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Súmula 676
Em razão da Lei n. 13.964/2019, não é mais possível ao juiz, de ofício, decretar ou converter prisão em flagrante em prisão preventiva. (Súmula n. 676, Terceira Seção, julgado em 11/12/2024, DJe de 17/12/2024.)
{ "Enunciado": "Em razão da Lei n. 13.964/2019, não é mais possível ao juiz, de ofício, decretar\nou converter prisão em flagrante em prisão preventiva. (TERCEIRA SEÇÃO, julgado\nem 11/12/2024, DJe de 17/12/2024)", "Excerto dos Precedentes Originários": "“[...] HOMICÍDIO QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA EX OFFICIO. NULIDADE.\nPACOTE ANTICRIME. CONCESSÃO DA ORDEM. SUPERVENIENTE REPRESENTAÇÃO DO ÓRGÃO\nMINISTERIAL. NÃO DEMONSTRAÇÃO. [...] É incabível a conversão, de ofício, da\nprisão em flagrante em preventiva, sendo necessária, nos termos das alterações\nda Lei n. 13.964/2019 no art. 311 do Código de Processo Penal, a provocação do\nMinistério Público, da autoridade policial ou do querelante, conforme o caso. 2.\nSem a demonstração de superveniente representação do órgão acusatório pela\nprisão preventiva ou de existência de motivos que possam justificar novo decreto\nprisional, não há como restabelecer a prisão cautelar. [...]”\n(AgRg no HC 629987RS, relator Ministro João Otávio de Noronha, Quinta Turma,\njulgado em 29/3/2022, DJe de 31/3/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] PRISÃO PREVENTIVA. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO, TRÁFICO\nDE DROGAS E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. CONVERSÃO EX\nOFFICIO DA PRISÃO EM FLAGRANTE EM PREVENTIVA. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE\nREQUERIMENTO PRÉVIO OU PELO MINISTÉRIO PÚBLICO OU PELO QUERELANTE, OU PELO\nASSISTENTE OU, POR FIM, MEDIANTE REPRESENTAÇÃO DA AUTORIDADE POLICIAL. [...] No\ncaso, a decisão agravada deve ser mantida, uma vez que não é possível a\ndecretação da prisão preventiva de ofício em face do que dispõe a Lei n.\n13.964/2019, mesmo se decorrente de prisão em flagrante e se não tiver ocorrido\naudiência de custódia. Isso porque não existe diferença entre a conversão da\nprisão em flagrante em preventiva e a decretação da prisão preventiva como uma\nprimeira prisão (EDcl no AgRg no HC n. 653.425/MG, de minha relatoria, Sexta\nTurma, DJe 19/11/2021). [...]” (AgRg no HC 722399ES, relator Ministro Sebastião\nReis Júnior, Sexta Turma, julgado em 22/3/2022, DJe de 31/3/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] TRÁFICO DE DROGAS. REQUERIMENTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA APLICAÇÃO DE\nMEDIDAS CAUTELARES MAIS BRANDAS. DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. ATUAÇÃO DE\nOFÍCIO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO. [...] A reforma introduzida pela Lei\nn. 13.964/2019 (‘Lei Anticrime’), preservando e valorizando as características\nessenciais da estrutura acusatória do processo penal brasileiro, modificou a\ndisciplina das medidas de natureza cautelar, especialmente as de caráter\nprocessual, estabelecendo um modelo mais coerente com as características do\nmoderno processo penal. Após a vigência da mencionada lei, houve a inserção do\nart. 3º-A ao CPP e a supressão do termo ‘de ofício’ que constava do art. 282, §§\n2º e 4º, e do art. 311, todos do Código de Processo Penal. 2. Assim, ‘A\ninterpretação do art. 310, II, do CPP deve ser realizada à luz dos arts. 282, §§\n2º e 4º, e 311, do mesmo estatuto processual penal, a significar que se tornou\ninviável, mesmo no contexto da audiência de custódia, a conversão, de ofício, da\nprisão em flagrante de qualquer pessoa em prisão preventiva, sendo necessária,\npor isso mesmo, para tal efeito, anterior e formal provocação do Ministério\nPúblico, da autoridade policial ou, quando for o caso, do querelante ou do\nassistente do MP. Magistério doutrinário. Jurisprudência’ (STF, HC 186490,\nRelator(a): CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 10/10/2020, PROCESSO\nELETRÔNICO DJe-255 DIVULG 21-10-2020 PUBLIC 22-10-2020). 3. Tratando-se de\nrequerimento do Ministério Público limitado à aplicação de medidas cautelares ao\npreso em flagrante, é vedado ao juiz decretar a medida mais gravosa, a prisão\npreventiva, por configurar uma atuação de ofício. ‘A competência é de acolher ou\nnegar, não lhe cabe exceder o pedido do Parquet. Para além disso, a decisão\nfigura-se como de ofício, que, de forma clara, tem sido vedada por esta Corte.’\n(STF, HC 217196/DF, Relator o Ministro Gilmar Mendes). [...]”\n(AgRg no HC 754506MG, relator Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta\nTurma, julgado em 16/8/2022, DJe de 22/8/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] RECURSO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. INJÚRIA, AMEAÇA, ROUBO E DESACATO.\nPRISÃO EM FLAGRANTE CONVERTIDA EM PREVENTIVA. AUSÊNCIA DE REPRESENTAÇÃO DA\nAUTORIDADE POLICIAL OU MANIFESTAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. OFENSA AO ART. 311 DO\nCÓDIGO DE PROCESSO PENAL - CPP. PRISÃO DE OFÍCIO. NULIDADE CONFIGURADA.\nCONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. [...] Na hipótese, o Juízo de primeiro grau,\nconverteu o flagrante em prisão preventiva de ofício, ante a inexistência de\nrepresentação da Autoridade Policial ou requerimento do Ministério Público nesse\nsentido. A 3ª Seção deste Superior Tribunal de Justiça, por ocasião do\njulgamento do RHC 131.263/GO, consolidou entendimento no sentido de que tal\ndecisão evidencia afronta aos arts. 311 e 282, § 4º, ambos do Código de Processo\nPenal, com a redação conferida pela Lei n. 13.964/2019, que, em homenagem ao\nsistema acusatório, veda, em qualquer hipótese, a decretação da prisão\npreventiva de ofício pelo Juiz. [...]” (AgRg no HC 768817DF, relator Ministro\nJoel Ilan Paciornik, Quinta Turma, julgado em 24/4/2023, DJe de 3/5/2023)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] LESÃO CORPORAL PRATICADA CONTRA MULHER, AMEAÇA E RESISTÊNCIA. CONTEXTO DE\nVIOLÊNCIA DOMÉSTICA. PLEITO DE RELAXAMENTO DA PRISÃO PREVENTIVA. AUSÊNCIA DE\nILEGALIDADE MANIFESTA. [...] A Terceira Seção do STJ, alinhando-se ao\nentendimento anteriormente firmado pela Quinta Turma desta Corte (HC 590.039/GO,\nda minha relatoria, julgado em 20/10/2020, DJe 29/10/2020) e pela Segunda Turma\nda Suprema Corte (HC 188.888/MG, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em\n6/10/2020, DJe 15/12/2020), firmou a compreensão segundo a qual, em razão do\nadvento da Lei n. 13.964/2019, ‘não é mais possível a conversão ex officio da\nprisão em flagrante em prisão preventiva’ (RHC 131.263/GO, Rel. Min. Sebastião\nReis Júnior, julgado em 24/2/2021, DJe 15/4/2021). 3. Não obstante, ambos os\nórgãos julgadores, os quais compõem a Terceira Seção do STJ, passaram a entender\nque a posterior manifestação do Ministério Público em sentido favorável à\nimposição da prisão preventiva supre o vício decorrente da anterior decretação\nda segregação cautelar de ofício, o que teria ocorrido na espécie, segundo\nconsta das informações prestadas pela magistrada singular. [...]”\n(AgRg no HC 821192GO, relator Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, julgado em\n28/8/2023, DJe de 30/8/2023)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] FURTO QUALIFICADO TENTADO. PRISÃO PREVENTIVA. SUPOSTA DECRETAÇÃO DE\nOFÍCIO PELO MAGISTRADO. INEXISTÊNCIA. [...] Dentre as inovações verificadas com\no advento da Lei n. 13.964/2019, constata-se singela, mas substanciosa alteração\nna disposição normativa expressa pelo art. 311 do Código de Processo Penal. De\nacordo com a redação atual do dispositivo, ‘[e]m qualquer fase da investigação\npolicial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a\nrequerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por\nrepresentação da autoridade policial’. Como se vê, a decretação da prisão\npreventiva por iniciativa exclusiva do Juiz, após o advento da Lei n.\n13.964/2019 (Pacote Anticrime), não é mais permitida. [...]”\n(AgRg no RHC 176879MG, relatora Ministra Laurita Vaz, Sexta Turma, julgado em\n19/6/2023, DJe de 22/6/2023)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] PRISÃO PREVENTIVA. VIGÊNCIA DA LEI 13.964/2019. CONVERSÃO EX OFFICIO DA\nPRISÃO EM FLAGRANTE EM PREVENTIVA. ILEGALIDADE. NECESSIDADE DE PRÉVIO\nREQUERIMENTO. [...] A Lei n. 13.964/2019 promoveu diversas alterações\nprocessuais, deixando clara a intenção do legislador de retirar do Magistrado\nqualquer possibilidade de decretação ex officio da prisão preventiva. 3. O\nanterior posicionamento desta Corte, no sentido de que ‘não há nulidade na\nhipótese em que o magistrado, de ofício, sem prévia provocação da autoridade\npolicial ou do órgão ministerial, converte a prisão em flagrante em preventiva’,\nmerece nova ponderação em razão das modificações trazidas pela referida Lei n\n13.964/2019, já que parece evidente a intenção legislativa de buscar a\nefetivação do sistema penal acusatório. 4. Assim, a partir das inovações\ntrazidas pelo Pacote Anticrime, tornou-se inadmissível a conversão, de ofício,\nda prisão em flagrante em preventiva. Portanto, a prisão preventiva somente\npoderá ser decretada mediante requerimento do Ministério Público, do assistente\nou querelante, ou da autoridade policial (art. 311 do CPP), o que não ocorreu na\nhipótese dos presentes autos. [...]” (HC 590039GO, relator Ministro Ribeiro\nDantas, Quinta Turma, julgado em 20/10/2020, DJe de 29/10/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] ART. 33 DA LEI N. 11.343/2006 E ART. 14 DA LEI N. 10.826/2003. PRISÃO EM\nFLAGRANTE CONVERTIDA EM PREVENTIVA, APÓS REQUERIMENTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO\nESTADUAL. CUSTÓDIA MANTIDA NA SENTENÇA CONDENATÓRIA. DESNECESSIDADE DE NOVA\nMANIFESTAÇÃO MINISTERIAL. [...] Impetração que se restringe à tese de\nilegalidade da manutenção da prisão cautelar do paciente no édito condenatório,\nsem manifestação prévia do órgão acusatório. 2. Como cediço, as alterações\ntrazidas pela Lei n. 13.964/2019, conhecida como Pacote Anticrime, buscaram\nreforçar o sistema acusatório, a partir do que ficou vedada a possibilidade de\ndecretação de prisão preventiva de ofício pelo juiz. Diante disso, o Supremo\nTribunal Federal e esta Corte passaram a não mais admitir a conversão, também de\nofício, da prisão em flagrante em preventiva, mostrando-se imprescindível o\nprévio requerimento do Ministério Público ou representação da autoridade\npolicial. [...]” (HC 651239CE, relator Ministro Antonio Saldanha Palheiro,\nSexta Turma, julgado em 2/8/2022, DJe de 8/8/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] PRISÃO. CONVERSÃO EX OFFICIO DA PRISÃO EM FLAGRANTE EM PREVENTIVA.\nIMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE REQUERIMENTO PRÉVIO OU PELO MINISTÉRIO PÚBLICO,\nOU PELO QUERELANTE, OU PELO ASSISTENTE, OU, POR FIM, MEDIANTE REPRESENTAÇÃO DA\nAUTORIDADE POLICIAL. [...] Em razão do advento da Lei n. 13.964/2019 não é mais\npossível a conversão ex officio da prisão em flagrante em prisão preventiva.\nInterpretação conjunta do disposto nos arts. 3º-A, 282, § 2º, e 311, caput,\ntodos do CPP. [...] A reforma introduzida pela Lei n. 13.964/2019 (‘Lei\nAnticrime’) modificou a disciplina referente às medidas de índole cautelar,\nnotadamente aquelas de caráter pessoal, estabelecendo um modelo mais consentâneo\ncom as novas exigências definidas pelo moderno processo penal de perfil\ndemocrático e assim preservando, em consequência, de modo mais expressivo, as\ncaracterísticas essenciais inerentes à estrutura acusatória do processo penal\nbrasileiro. - A Lei n. 13.964/2019, ao suprimir a expressão ‘de ofício’ que\nconstava do art. 282, §§ 2º e 4º, e do art. 311, todos do Código de Processo\nPenal, vedou, de forma absoluta, a decretação da prisão preventiva sem o prévio\n‘requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por\nrepresentação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério\nPúblico’ (grifo nosso), não mais sendo lícita, portanto, com base no ordenamento\njurídico vigente, a atuação ‘ex officio’ do Juízo processante em tema de\nprivação cautelar da liberdade. - A interpretação do art. 310, II, do CPP deve\nser realizada à luz dos arts. 282, §§ 2º e 4º, e 311, do mesmo estatuto\nprocessual penal, a significar que se tornou inviável, mesmo no contexto da\naudiência de custódia, a conversão, de ofício, da prisão em flagrante de\nqualquer pessoa em prisão preventiva, sendo necessária, por isso mesmo, para tal\nefeito, anterior e formal provocação do Ministério Público, da autoridade\npolicial ou, quando for o caso, do querelante ou do assistente do MP. Magistério\ndoutrinário. Jurisprudência. [...] - A conversão da prisão em flagrante em\nprisão preventiva, no contexto da audiência de custódia, somente se legitima se\ne quando houver, por parte do Ministério Público ou da autoridade policial (ou\ndo querelante, quando for o caso), pedido expresso e inequívoco dirigido ao\nJuízo competente, pois não se presume - independentemente da gravidade em\nabstrato do crime - a configuração dos pressupostos e dos fundamentos a que se\nrefere o art. 312 do Código de Processo Penal, que hão de ser adequada e\nmotivadamente comprovados em cada situação ocorrente. [...]” (RHC 131263GO,\nrelator Ministro Sebastião Reis Júnior, Terceira Seção, julgado em 24/2/2021,\nDJe de 15/4/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] PRISÃO EM FLAGRANTE. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER.\nMINISTÉRIO PÚBLICO PUGNA PELA CONVERSÃO DO FLAGRANTE EM CAUTELARES DIVERSAS.\nMAGISTRADO DETERMINOU CAUTELAR MÁXIMA. PRISÃO PREVENTIVA DE OFÍCIO. NÃO\nOCORRÊNCIA. PRÉVIA E ANTERIOR PROVOCAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. [...] Infere-se\ndos autos que o MP requereu, durante a audiência de custódia, a conversão da\nprisão em flagrante em cautelares diversas, no entanto, o Magistrado decretou a\ncautelar máxima. 2. Diversamente do alegado pelo Tribunal de origem, não se\njustificaria uma atuação ex officio do Magistrado por se tratar de crime de\nviolência doméstica e familiar contra a mulher, com fundamento no princípio da\nespecialidade. Não obstante o art. 20 da Lei n. 11.340/2006 ainda autorize a\ndecretação da prisão preventiva de ofício pelo Juiz de direito, tal disposição\ndestoa do atual regime jurídico. A atuação do juiz de ofício é vedada\nindependentemente do delito praticado ou de sua gravidade, ainda que seja de\nnatureza hedionda, e deve repercutir no âmbito da violência doméstica e\nfamiliar. 3. A decisão que decretou a prisão preventiva do paciente foi\nprecedida da necessária e prévia provocação do Ministério Público, formalmente\ndirigida ao Poder Judiciário. No entanto, este decidiu pela cautelar pessoal\nmáxima, por entender que apenas medidas alternativas seriam insuficientes para\ngarantia da ordem pública. 4. A determinação do Magistrado, em sentido diverso\ndo requerido pelo Ministério Público, pela autoridade policial ou pelo ofendido,\nnão pode ser considerada como atuação ex officio, uma vez que lhe é permitido\natuar conforme os ditames legais, desde que previamente provocado, no exercício\nde sua jurisdição. 5. Impor ou não cautelas pessoais, de fato, depende de prévia\ne indispensável provocação; contudo, a escolha de qual delas melhor se ajusta\nao caso concreto há de ser feita pelo juiz da causa. Entender de forma diversa\nseria vincular a decisão do Poder Judiciário ao pedido formulado pelo Ministério\nPúblico, de modo a transformar o julgador em mero chancelador de suas\nmanifestações, ou de lhe transferir a escolha do teor de uma decisão judicial.\n[...]” (RHC 145225RO, relator Ministro Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma,\njulgado em 15/2/2022, DJe de 22/3/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 17/12/2024", "Precedentes": "AgRg no HC 629987 RS 2020/0318309-0 Decisão:29/03/2022\nDJe DATA:31/03/2022AgRg no HC 722399 ES 2022/0034829-7 Decisão:22/03/2022\nDJe DATA:31/03/2022AgRg no HC 754506 MG 2022/0208444-8 Decisão:16/08/2022\nDJe DATA:22/08/2022AgRg no HC 768817 DF 2022/0280477-9 Decisão:24/04/2023\nDJe DATA:03/05/2023AgRg no HC 821192 GO 2023/0148551-5 Decisão:28/08/2023\nDJe DATA:30/08/2023AgRg no RHC 176879 MG 2023/0052197-4 Decisão:19/06/2023\nDJe DATA:22/06/2023HC 590039 GO 2020/0146013-9 Decisão:20/10/2020\nDJe DATA:29/10/2020\nRSTJ VOL.:00260 PG:00774HC 651239 CE 2021/0072189-2 Decisão:02/08/2022\nDJe DATA:08/08/2022RHC 131263 GO 2020/0185030-3 Decisão:24/02/2021\nDJe DATA:15/04/2021\nRSTJ VOL.:00261 PG:00891RHC 145225 RO 2021/0097859-6 Decisão:15/02/2022\nDJe DATA:22/03/2022", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:011340 ANO:2006\n***** LMP-06 LEI MARIA DA PENHA\n ART:00020\nLEG:FED LEI:013964 ANO:2019\n***** LPAC-2019 LEI DO PACOTE ANTICRIME\nLEG:FED DEL:003689 ANO:1941\n***** CPP-41 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\n ART:00282 PAR:00004 ART:00310 INC:00002 ART:00311" }
Súmula 675
É legítima a atuação dos órgãos de defesa do consumidor na aplicação de sanções administrativas previstas no CDC quando a conduta praticada ofender direito consumerista, o que não exclui nem inviabiliza a atuação do órgão ou entidade de controle quando a atividade é regulada. (Súmula n. 675, Primeira Seção, julgado em 13/11/2024, DJe de 25/11/2024.)
{ "Enunciado": "É legítima a atuação dos órgãos de defesa do consumidor na aplicação de sanções\n\nadministrativas previstas no CDC quando a conduta praticada ofender direito\nconsumerista, o que não exclui nem inviabiliza a atuação do órgão ou entidade\nde\ncontrole quando a atividade é regulada. (PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13/11/2024,\nDJe de 25/11/2024)", "Excerto dos Precedentes Originários": "“[...] MULTA APLICADA PELO PROCON POR PRÁTICA DE DUMPING. CONFLITO ENTRE OS\nMICROSSISTEMAS LEGAIS DE PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR E DA CONCORRÊNCIA. DIÁLOGO DAS\nFONTES. [...] ARTS. 4º, VI, E 6º, IV, DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. [...] O\nCódigo de Defesa do Consumidor previu, como um dos princípios da Política\nNacional das Relações de Consumo, ‘a coibição e repressão eficientes de todos os\nabusos praticados no mercado, inclusive a concorrência desleal’ (art. 4º, VI,\ngrifo adicionado), assegurando como direito básico do consumidor a proteção\ncontra ‘métodos comerciais desleais’ no fornecimento de produtos ou serviços\n(art. 6º, IV). 7. A proteção da livre concorrência não consta do rol\nconstitucional das matérias reservadas, privativamente, à esfera legislativa da\nUnião (art. 22). Ao contrário, o constituinte de 1988 atribui, simultaneamente,\ntambém aos Estados, o poder para legislar sobre ‘direito econômico’ (art. 24,\nI). Se é assim no que tange à competência legislativa, com maior razão se\njustifica a intervenção dos Estados e Distrito Federal no âmbito da competência\nde implementação da legislação vigente. 8. O combate às práticas\nanticoncorrenciais é medida que se insere, concomitantemente, nos microssistemas\ndo consumidor (CDC) e da concorrência (Lei 8.884/94). Daí a legitimidade\nconcorrente e competência ratione materiae dos órgãos de defesa do consumidor\n(inclusive os estaduais) para, em favor da incolumidade das relações jurídicas\nde consumo, exercitarem o poder de polícia que a lei lhes confere. 9. Diálogo\ndas fontes que, além de aplicável no contexto das normas ou microssistemas\nenvolvidos, deve, pelas mesmas razões, iluminar o poder de polícia e as\ncompetências dos órgãos incumbidos da implementação legal. [...]”\n(AgRg nos EREsp 938607SP, relator Ministro Herman Benjamin, Primeira Seção,Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processualjulgado em 14/4/2010, DJe de 6/3/2012)\n\n“[...] MULTA APLICADA PELO PROCON À COMPANHIA DE SEGUROS. POSSIBILIDADE. [...] O\ntema já foi analisado por esta Corte Superior, sendo consolidado o entendimento\nde que o PROCON possui legitimidade para aplicar multas administrativas às\ncompanhias de seguro em face de infração praticada em relação de consumo de\ncomercialização de título de capitalização e de que não há falar em bis in idem\nem virtude da inexistência da cumulação de competência para a aplicação da\nreferida multa entre o órgão de proteção ao consumidor e a SUSEP. [...]”\n(RMS 24921BA, relatora Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em\n21/10/2008, DJe de 12/11/2008)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] PENALIDADE APLICADA PELO PROCON À INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. INFRAÇÃO À\nLEGISLAÇÃO CONSUMERISTA. NEGATIVA DE FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES A CORRENTISTA.\nLEGITIMIDADE. COMPETÊNCIA DO BACEN ADSTRITA ÀS INFRAÇÕES ÀS NORMAS QUE REGEM AS\nATIVIDADES ESTRITAMENTE FINANCEIRAS. [...] O ato administrativo de aplicação de\npenalidade pelo PROCON à instituição financeira por infração às normas que\nprotegem o Direito do Consumidor não se encontra eivado de ilegalidade porquanto\ninocorrente a usurpação de competência do BACEN, autarquia que possui\ncompetência privativa para fiscalizar e punir as instituições bancárias quando\nagirem em descompasso com a Lei n.º 4.565/64, que dispõe sobre a Política e as\nInstituições Monetárias, Bancárias e Creditícias. 7. Raciocínio inverso\nconspiraria contra a ratio essendi dos dispositivos questionados porquanto\ninviabilizaria o acesso do consumidor-correntista à satisfação dos seus direitos\nhaja vista que inexiste no ordenamento jurídico pátrio a descentralização nos\nEstados das atividades desempenhadas pelo BACEN. [...]”\n(REsp 1122368AL, relator Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em\n3/9/2009, DJe de 14/10/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] EXECUÇÃO FISCAL. MULTA. PROCON. [...] COMPETÊNCIA DO PROCON PARA LAVRAR\nAUTO DE INFRAÇÃO. SISTEMA NACIONAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR - SNDC.\nPOSSIBILIDADE. [...] A atividade fiscalizadora e normativa das agências\nreguladoras não exclui a atuação de outros órgãos federais, municipais,\nestaduais ou do Distrito Federal, como é o caso dos Procon's ou da própria\nSecretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, por meio de seu\nDepartamento de Proteção e Defesa do Consumidor, que podem fiscalizar, apenas,\nqualquer pessoa física ou jurídica que se enquadre como fornecedora na relação\nde consumo, nos termos do art. 3º e parágrafos do Código de Defesa do\nConsumidor. [...]” (AgRg no REsp 1081366RJ, relator Ministro Benedito\nGonçalves, Primeira Turma, julgado em 5/6/2012, DJe de 12/6/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] APLICAÇÃO DE MULTA ADMINISTRATIVA PELO PROCON. POSSIBILIDADE. ATUAÇÃO DA\nANATEL. COMPATIBILIDADE. [...] O entendimento do Tribunal a quo, no sentido de\nque o PROCON tem poder de polícia para impor multas decorrentes de transgressão\nàs regras ditadas pela Lei n.º 8.078/90, está em sintonia com a jurisprudência\ndo STJ. 4. Ademais, conforme entendimento já registrado nesta Corte, a atuação\ndo PROCON ‘não exclui nem se confunde com o exercício da atividade regulatória\nsetorial realizada pelas agências criadas por lei, cuja preocupação não se\nrestringe à tutela particular do consumidor, mas abrange a execução do serviço\npúblico em seus vários aspectos, a exemplo, da continuidade e universalização do\nserviço, da preservação do equilíbrio econômico-financeiro do contrato de\nconcessão e da modicidade tarifária’ (REsp 1.138.591/RJ, Rel. Ministro CASTRO\nMEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 22/09/2009, DJe 05/10/2009). [...]”\n(AgRg no REsp 1112893RJ, relator Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma,\njulgado em 2/10/2014, DJe de 17/10/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] MULTA APLICADA PELO PROCON. [...] COMPETÊNCIA DO PROCON. ATUAÇÃO DA\nANATEL. COMPATIBILIDADE. [...] Sempre que condutas praticadas no mercado de\nconsumo atingirem diretamente o interesse de consumidores, é legítima a atuação\ndo Procon para aplicar as sanções administrativas previstas em lei, no regular\nexercício do poder de polícia que lhe foi conferido no âmbito do Sistema\nNacional de Defesa do Consumidor. Tal atuação, no entanto, não exclui nem se\nconfunde com o exercício da atividade regulatória setorial realizada pelas\nagências criadas por lei, cuja preocupação não se restringe à tutela particular\ndo consumidor, mas abrange a execução do serviço público em seus vários\naspectos, a exemplo, da continuidade e universalização do serviço, da\npreservação do equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão e da\nmodicidade tarifária. [...]” (REsp 1138591RJ, relator Ministro Castro\nMeira,\nSegunda Turma, julgado em 22/9/2009, DJe de 5/10/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] MULTA DO PROCON MUNICIPAL. [...] COMPETÊNCIA DO PROCON. ATUAÇÃO DA\nANATEL. COMPATIBILIDADE. [...] O entendimento do Tribunal recorrido, no sentido\nde que o Procon tem poder de polícia para impor multas decorrentes de\ntransgressão às regras ditadas pela Lei n. 8.078/90, está em sintonia com a\njurisprudência do STJ, pois sempre que condutas praticadas no mercado de consumo\natingirem diretamente os consumidores, é legítima a atuação do Procon para\naplicar as sanções administrativas previstas em lei, decorrentes do poder de\npolícia que lhe é conferido. Acresça-se, para melhor esclarecimento, que a\natuação do Procon não inviabiliza, nem exclui, a atuação da Agência reguladora,\npois esta procura resguardar em sentido amplo a regular execução do serviço\npúblico prestado. [...]” (REsp 1178786RJ, relator Ministro Mauro Campbell\nMarques, Segunda Turma, julgado em 16/12/2010, DJe de 8/2/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. TELEFONIA. [...] INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA.\nAPLICAÇÃO DE MULTA, PELO PROCON/SP. COMPETÊNCIA. [...] Quanto à alegada\nincompetência do PROCON/SP, registre-se que ‘o Procon tem poder de polícia para\nimpor multas decorrentes de transgressão às regras ditadas pela Lei n. 8.078/90,\nestá em sintonia com a jurisprudência do STJ, pois sempre que condutas\npraticadas no mercado de consumo atingirem diretamente os consumidores, é\nlegítima a atuação do Procon para aplicar as sanções administrativas previstas\nem lei, decorrentes do poder de polícia que lhe é conferido’ (STJ, REsp\n1.178.786/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe de\n08/02/2011). [...]” (AgInt no AREsp 1554102SP, relatora Ministra Assusete\nMagalhães, Segunda Turma, julgado em 28/3/2022, DJe de 30/3/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] CONSUMIDOR. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. VIOLAÇÃO DOS DIREITOS DO\nCONSUMIDOR. MULTA ADMINISTRATIVA. COMPETÊNCIA. PROCON. [...] Ainda que se\npudesse ultrapassar tais óbices, sob o fundamento de que houve debate acerca da\ncompetência do Procon, verifica-se que o acórdão recorrido está em consonância\ncom o entendimento do Superior Tribunal de Justiça. V - É que as penalidades\ndecorrentes de transgressão ao Código de Defesa do Consumidor podem ser\naplicadas pelo Procon, que deve exercer o poder de polícia conforme atribuição\nlegal que não inviabiliza, nem exclui, a atuação de agência reguladora\nrespectiva. [...]” (AgInt no AREsp 1910080GO, relator Ministro Francisco\nFalcão, Segunda Turma, julgado em 28/3/2022, DJe de 31/3/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] PODER DE POLÍCIA. PROCESSO ADMINISTRATIVO. INFRAÇÃO À LEGISLAÇÃO\nCONSUMERISTA. COMPETÊNCIA DO ÓRGÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. ATUAÇÃO DA AGÊNCIA\nREGULADORA. COMPATIBILIDADE. ACÓRDÃO DO TRIBUNAL EM CONSONÂNCIA COM A\nJURISPRUDÊNCIA DO STJ. [...] O órgão de proteção do consumidor é competente para\naplicar sanções administrativas quando as condutas praticadas no mercado de\nconsumo atingirem diretamente o interesse de consumidores, o que não se confunde\ncom o exercício da atividade regulatória setorial realizada pelas agências\nreguladoras. [...]” (AgInt no REsp 1983070CE, relator Ministro Mauro\nCampbell\nMarques, Segunda Turma, julgado em 27/6/2022, DJe de 30/6/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] MULTA ADMINISTRATIVA. APLICABILIDADE. AUTO DE INFRAÇÃO. PROCON. [...] ‘É\npacífico o entendimento no Superior Tribunal de Justiça segundo o qual a sanção\nadministrativa prevista no artigo 57 do Código de Defesa do Consumidor funda-se\nno Poder de Polícia que o PROCON detém para aplicar multas relacionadas à\ntransgressão dos preceitos da Lei n. 8.078/1990, independentemente da reclamação\nser realizada por um único consumidor, por dez, cem ou milhares de\nconsumidores’ (AgInt no REsp 1.594.667/MG, Rel. Ministra Regina Helena Costa,\nPrimeira Turma, DJe 17.8.2016). [...]” (AgInt no AREsp 2155897GO, relator\nMinistro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 13/3/2023, DJe de 4/4/2023)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] PODER DE POLÍCIA. FISCALIZAÇÃO. MULTA. CONDENAÇÃO EM FAVOR DA FAZENDA\nPÚBLICA. JUROS DE MORA. INAPLICABILIDADE DO ARTIGO 1ºF DA LEI 9.494/97.\nINCIDÊNCIA DA REGRA GERAL DO ART. 406, DO CC. [...] O entendimento adotado pela\nCorte local divergiu da jurisprudência do STJ que considera ser cabível o\nregramento do art. 406 do CC/2002, adotando-se a taxa SELIC como índice de juros\nde mora, nas hipóteses em que a Fazenda Pública figura como credora, merecendo\nprovimento o recurso especial. [...]” (AgInt nos EDcl no REsp 2008000SP,\nrelator Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 18/9/2023,\nDJe de 21/9/2023)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 25/11/2024", "Precedentes": "AgRg nos EREsp 938607 SP 2008/0135246-3 Decisão:14/04/2010\nDJe DATA:06/03/2012RMS 24921 BA 2007/0193925-7 Decisão:21/10/2008\nDJe DATA:12/11/2008REsp 1122368 AL 2009/0024370-8 Decisão:03/09/2009\nDJe DATA:14/10/2009AgRg no REsp 1081366 RJ 2008/0182740-3 Decisão:05/06/2012\nDJe DATA:12/06/2012AgRg no REsp 1112893 RJ 2008/0161803-3 Decisão:02/10/2014\nDJe DATA:17/10/2014REsp 1138591 RJ 2009/0085975-1 Decisão:22/09/2009\nDJe DATA:05/10/2009REsp 1178786 RJ 2009/0099101-8 Decisão:16/12/2010\nDJe DATA:08/02/2011AgInt no AREsp 1554102 SP 2019/0222877-0 Decisão:28/03/2022\nDJe DATA:30/03/2022AgInt no AREsp 1910080 GO 2021/0171887-4 Decisão:28/03/2022\nDJe DATA:31/03/2022AgInt no REsp 1983070 CE 2022/0021776-0 Decisão:27/06/2022\nDJe DATA:30/06/2022AgInt no AREsp 2155897 GO 2022/0192097-3 Decisão:13/03/2023\nDJe DATA:04/04/2023AgInt nos EDcl no REsp 2008000 SP 2022/0177548-5 Decisão:18/09/2023\nDJe DATA:21/09/2023", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:008078 ANO:1990\n***** CDC-90 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR\n ART:00003 ART:00004 ART:00005 ART:00057" }
Súmula 674
A autoridade administrativa pode se utilizar de fundamentação per relationem nos processos disciplinares. (Súmula n. 674, Primeira Seção, julgado em 13/11/2024, DJe de 25/11/2024.)
{ "Enunciado": "A autoridade administrativa pode se utilizar de fundamentação per relationem nos\nprocessos disciplinares. (PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13/11/2024, DJe de\n25/11/2024)", "Excerto dos Precedentes Originários": "“[...] DEMISSÃO. TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL. LOTAÇÃO. INSS. PROCEDIMENTO\nADMINISTRATIVO. INSTAURAÇÃO. CORREGEDORIA DA RECEITA FEDERAL. LEI 11.457/07.\nCOMPETÊNCIA. PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. OBSERVÂNCIA. [...] A\ndecisão ministerial acolheu o minucioso e bem fundamentado parecer elaborado\npela Consultoria Jurídica no âmbito do Ministério da Previdência Social,\ninexistindo, dessa maneira, a alegada deficiência de fundamentação, já que foi\nadotada a denominada remissão não contextual, em que a motivação encontra-se em\ndocumento diverso do ato impugnado, absolutamente admissível nos termos da\njurisprudência do STF e STJ [...]” (MS 16688DF, relator Ministro Castro Meira,\nPrimeira Seção, julgado em 26/10/2011, DJe de 9/11/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. FISCAL AGROPECUÁRIO. DEMISSÃO.\nALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE MOTIVAÇÃO DO ATO IMPETRADO. FUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA.\n[...] CARÊNCIA DE MOTIVAÇÃO E OFENSA AO DIREITO À AMPLA DEFESA 7. Alega o\nimpetrante\nque não houve argumentação suficiente do ato administrativo atacado e do parecer\ndo Chefe da Assessoria Jurídica da Controladoria-Geral da União, o que teria\nferido seu direito à ampla defesa. 8. A jurisprudência do STJ e a do STF\nadmitem, para fins de satisfação da obrigatoriedade da motivação dos atos\nadministrativos, a chamada remissão não contextual, em que a autoridade se\nremete aos fundamentos de manifestação constante no processo administrativo. [..\n.]” (MS 18504DF, relator Ministro Herman Benjamin, Primeira Seção, julgado em\n9/10/2013, DJe de 2/4/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL DO QUADRO DE PESSOAL DO DEPARTAMENTO\nPENITENCIÁRIO NACIONAL - DEPEN. [...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. PENA\nDE DEMISSÃO. MOTIVAÇÃO ADEQUADA E SUFICIENTE. [...] O Supremo Tribunal Federal\nchancelou a técnica da motivação per relationem, por entender revelar-se\n‘legítima, e plenamente compatível com a exigência imposta pelo art. 93, inciso\nIX, da Constituição da República, a utilização, por magistrados, da técnica da\nmotivação 'per relationem', que se caracteriza pela remissão que o ato judicial\nexpressamente faz a outras manifestações ou peças processuais existentes nos\nautos, mesmo as produzidas pelas partes, pelo Ministério Público ou por\nautoridades públicas, cujo teor indique os fundamentos de fato e/ou de direito\nque justifiquem a decisão emanada do Poder Judiciário. Precedentes’ (Pleno, MS\n25.936 ED/DF, Relator Ministro CELSO DE MELLO, julgado em 13.06.2007, DJe\n18.09.2009). [...]” (MS 17054DF, relatora Ministra Regina Helena Costa,\nPrimeira Seção, julgado em 11/12/2019, DJe de 13/12/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL. DEMISSÃO. PROCESSO ADMINISTRATIVO\nDISCIPLINAR INSTAURADO MEDIANTE PROVOCAÇÃO JUDICIAL EM AÇÃO PENAL. [...]\nDEFICIÊNCIA NA MOTIVAÇÃO DO ATO DEMISSÓRIO DO IMPETRANTE. INOCORRÊNCIA. [...] A\nmotivação mediante ‘declaração de concordância com fundamentos de anteriores\npareceres’ (motivação per relationem) encontra expresso amparo no art. 50, § 1º,\nda Lei n. 9.784/1999, cujo diploma disciplina o processo administrativo no\nâmbito da Administração Pública Federal. Portanto, ao invocar, como razões de\ndecidir, os fundamentos de fato e de direito constantes de anteriores pareceres\nlançados nos autos do processo disciplinar, não agiu a Autoridade administrativa\ncom ilegalidade ou abuso de poder, porque a tanto expressamente autorizada pela\nLei do Processo Administrativo Federal. [...]” (MS 22149DF, relator Ministro\nSérgio Kukina, Primeira Seção, julgado em 11/5/2022, DJe de 24/5/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA. [...] DECISÃO MOTIVADA. [...] DA AUSÊNCIA DE\nVIOLAÇÃO AO DEVIDO PROCESSO LEGAL [...] A impetrante aduz que a decisão da\nautoridade coatora não contém justa motivação, o que violaria o art. 93, inciso\nX da CF/88. Sem razão, porém. Verifica-se que o ato decisório do Ministro de\nEstado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República consta à fl. 5.230,\ne-STJ e faz referência expressa em ter se fundamentado nas informações contidas\nnos autos do Processo Administrativo Disciplinar. 7. Conforme consta nos autos\ndo Processo Administrativo Disciplinar, tanto o Relatório Final, às fls.\n5.190-5.226, e-STJ, elaborado pela Comissão do Processo Administrativo, quanto o\nParecer 425/2019/SAAI/SAJ/SG/PR, da Subchefia para Assuntos Jurídicos da\nSecretaria-Geral de Presidência da República, às fls. 5.227-5.229, e-STJ, o qual\nendossou o Relatório Final da CPAD, oferecem fundamentação jurídica suficiente\npara motivar o ato de cassação de aposentadoria da impetrante. 8. O STJ entende\nque, em Processo Administrativo Disciplinar, acolhida, pelo Ministro de Estado,\na sanção proposta pela Comissão processante e endossada pelo parecer da\nConsultoria Jurídica da Pasta, tanto o relatório como o parecer que o subsidiam\npassam, por expressa previsão legal (Lei n. 9.784/199, art. 50, II e § 1.º), a\nintegrar o ato ministerial. [...]” (MS 28214DF, relator Ministro Herman\nBenjamin, Primeira Seção, julgado em 22/6/2022, DJe de 30/6/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] SERVIDOR PÚBLICO. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. DEMISSÃO. [...]\nAUSÊNCIA DE PRESCRIÇÃO E DE NULIDADES DO PAD. [...] AUSÊNCIA DE NULIDADES NO PAD\n[...] Sobre suposta ausência de motivação do ato impugnado, o impetrante apenas\nfaz afirmações genéricas. O ato de demissão adotou como fundamento o Relatório\nda Comissão de Processo Administrativo Disciplinar e o Parecer n.\n00314/2020/CONJUR-CGU/CGU/AGU. No âmbito do processo administrativo, ‘é\nplenamente admitida a denominada fundamentação per relationem, podendo a\nautoridade competente, para fins de aplicação da pena disciplinar, valer-se da\nmotivação contida em outras peças do processo administrativo disciplinar,\ninclusive daquela lançada no relatório final da comissão processante’ (RMS\n18.220/PB, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, DJe 1.12.2014). [...]”\n(MS 27999DF, relator Ministro Herman Benjamin, Primeira Seção, julgado em\n2/3/2023, DJe de 4/4/2023)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. PROCESSO DISCIPLINAR. [...] Consoante o\nentendimento do STJ, não é desprovida de motivação a decisão que, em sede de\nprocesso administrativo disciplinar, adota o parecer da Consultoria Jurídica do\nórgão. [...] 4. Hipótese em que não há nenhuma ilegalidade praticada pela\nautoridade coatora que, adotando o parecer da Consultoria Jurídica da Pasta, não\nconheceu do recurso hierárquico interposto pelo impetrante, já que\nmanifestamente incabível. [...]” (AgInt no MS 29550DF, relator Ministro Gurgel\nde Faria, Primeira Seção, julgado em 19/12/2023, DJe de 30/1/2024)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. [...] Não há abuso no ato do\nGovernador, no que se lastreou em parecer da Assessoria Jurídica do Gabinete do\nProcurador-Geral do Estado, em modo de fundamentação per relationem. [...]”\n(RMS 55152SP, relator Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, julgado em\n11/5/2021, DJe de 14/5/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] SERVIDOR PÚBLICO. PAD. AGRAVAMENTO DA SANÇÃO RECOMENDADA PELA COMISSÃO.\nFUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA. EXISTÊNCIA. [...] Não há vedação quanto à adoção, pela\nAutoridade julgadora, do parecer de sua Consultoria Jurídica, devidamente\nfundamentado, como se verifica in casu. [...]” (RMS 32496BA, relator Ministro\nHerman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 19/10/2010, DJe de 3/2/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual“[...] SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL. DEMISSÃO POR\nTRANSGRESSÃO AO DISPOSTO NOS ARTS. 207, IV, 208, VIII, XV E XVII, 210, XVII,\nXVIII E XIX, E 211, III, C/C ART. 204, TODOS DA LEI 6.843/86. PROCESSO\nADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. [...] FUNDAMENTAÇÃO PER RELATIONEM DA DECISÃO DO\nGOVERNADOR DO ESTADO. NULIDADE INEXISTENTE. [...] O ato que aplicou a pena de\ndemissão ao impetrante, em fundamentação per relationem, reportou-se ao\nrelatório final da Comissão Processante, que realizou ‘trabalho extenso,\nminucioso e investigativo’, referendado pelos pareceres jurídicos a ele\nsubsequentes. XI. ‘A jurisprudência do STJ e a do STF admitem, para fins de\nsatisfação da obrigatoriedade da motivação dos atos administrativos, a chamada\nremissão não contextual, em que a autoridade se remete aos fundamentos de\nmanifestação constante no processo administrativo. [...]’ (STJ, MS 18.504/DF,\nRel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe de 02/04/2014), ou, ainda,\nque ‘não há abuso no ato do Governador, no que se lastreou em parecer da\nAssessoria Jurídica do Gabinete do Procurador-Geral do Estado, em modo de\nfundamentação per relationem’ (STJ, RMS 55.152/SP, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,\nPRIMEIRA TURMA, DJe de 14/05/2021). [...]” (RMS 43831SC, relatora Ministra\nAssusete Magalhães, Segunda Turma, julgado em 19/10/2021, DJe de 26/10/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 25/11/2024", "Precedentes": "MS 16688 DF 2011/0093721-9 Decisão:26/10/2011\nDJe DATA:09/11/2011MS 18504 DF 2012/0096225-0 Decisão:09/10/2013\nDJe DATA:02/04/2014MS 17054 DF 2011/0127245-7 Decisão:11/12/2019\nDJe DATA:13/12/2019MS 22149 DF 2015/0260357-4 Decisão:11/05/2022\nDJe DATA:24/05/2022MS 28214 DF 2021/0364524-5 Decisão:22/06/2022\nDJe DATA:30/06/2022MS 27999 DF 2021/0260676-7 Decisão:02/03/2023\nDJe DATA:04/04/2023AgInt no MS 29550 DF 2023/0256571-4 Decisão:19/12/2023\nDJe DATA:30/01/2024RMS 55152 SP 2017/0220580-2 Decisão:11/05/2021\nDJe DATA:14/05/2021RMS 32496 BA 2010/0123459-9 Decisão:19/10/2010\nDJe DATA:03/02/2011RMS 43831 SC 2013/0320312-4 Decisão:19/10/2021\nDJe DATA:26/10/2021", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:009784 ANO:1999 EDIÇÃO:1\n ART:00050 INC:00002 PAR:00001\nLEG:FED CFB:****** ANO:1988\n***** CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988\n ART:00093 INC:00009" }
Súmula 673
A comprovação da regular notificação do executado para o pagamento da dívida de anuidade de conselhos de classe ou, em caso de recurso, o esgotamento das instâncias administrativas são requisitos indispensáveis à constituição e execução do crédito. (Súmula n. 673, Primeira Seção, julgado em 11/9/2024, DJe de 16/9/2024.)
{ "Enunciado": "A comprovação da regular notificação do executado para o pagamento da dívida de\nanuidade de conselhos de classe ou, em caso de recurso, o esgotamento das\ninstâncias administrativas são requisitos indispensáveis à constituição e\nexecução do crédito. (PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 11/9/2024, DJe de 16/9/2024)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] EXECUÇÃO FISCAL. CONSELHO DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL. ANUIDADES.\nCONSTITUIÇÃO REGULAR DO CRÉDITO. NOTIFICAÇÃO. COMPROVAÇÃO. AUSÊNCIA. [...]\nSegundo a jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça, entende-se que 'a\nausência da notificação administrativa implica o reconhecimento da\nirregularidade na constituição do crédito, afastando, portanto, a presunção de\ncerteza e de exigibilidade de que goza a Certidão de Dívida Ativa, cabendo ao\nConselho a prova de que efetuou a devida notificação ao executado (AgInt no\nREsp. 1.825.987/RS, Rel. Min. Sérgio Kukina, DJe 19.12.2019; REsp. 1.793.414/RS,\nRel. Min. Francisco Falcão, DJe 26.3.2019)' (AgInt no AREsp 16.28.478/RS, Rel.\nMinistro Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira Turma, julgado em 08/06/2020, DJe\n17/06/2020). [...]\" (AgInt no AgInt no AREsp 1656080RS, relator Ministro Gurgel\nde Faria, Primeira Turma, julgado em 19/10/2020, DJe de 26/10/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONSELHOS PROFISSIONAIS. EXECUÇÃO FISCAL. ANUIDADES. CONSTITUIÇÃO DO\nCRÉDITO. NECESSIDADE DE NOTIFICAÇÃO PARA O PAGAMENTO. [...] A jurisprudência do\nSuperior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de que as anuidades devidas\naos conselhos de classe são contribuições de interesse das categorias\nprofissionais, sujeitando-se ao lançamento de ofício, cujo o aperfeiçoamento se\ndá com a notificação do contribuinte para o pagamento da dívida ou, em caso de\nrecurso, com o esgotamento das instâncias administrativa. Sendo assim, a\ncomprovação da regular notificação do executado é requisito indispensável à\npresunção de certeza e liquidez do título executivo. [...]\"\n(AgInt nos EDcl no AREsp 1774509RS, relator Ministro Afrânio Vilela, Segunda\nTurma, julgado em 22/4/2024, DJe de 25/4/2024)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO FISCAL. [...] CONSELHO DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL. ANUIDADE.\nNATUREZA TRIBUTÁRIA. LANÇAMENTO DE OFÍCIO. CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO. INSCRIÇÃO EM\nDÍVIDA ATIVA. NOTIFICAÇÃO DO CONTRIBUINTE PARA DEFESA PRÉVIA. NECESSIDADE.\nDEVIDO PROCESSO LEGAL. [...] A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça se\norienta no sentido de que as anuidades devidas aos conselhos profissionais\ncaracterizam-se como contribuições de interesse das categorias profissionais,\nsujeitas a lançamento de ofício, que somente se aperfeiçoa com a notificação do\ncontribuinte para o pagamento do tributo, a qual deve ser obrigatoriamente\ncomprovada, e/ou haver o esgotamento das instâncias administrativas, em caso de\nrecurso. Em não havendo a comprovação da remessa da comunicação para defesa\nprévia, afasta-se a certeza e liquidez da certidão de dívida ativa e\nconsidera-se irregularmente constituído o título executivo. [...]\"\n(AgInt no AREsp 1651861RS, relator Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma,\njulgado em 7/12/2020, DJe de 11/12/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONSELHO PROFISSIONAL. EXECUÇÃO DE ANUIDADES. LANÇAMENTO. NOTIFICAÇÃO DO\nCONTRIBUINTE. ENVIO. COMPROVAÇÃO NECESSÁRIA. NULIDADE DE OFÍCIO DA CDA.\nCABIMENTO. [...] As anuidades devidas aos conselhos profissionais constituem\ncontribuições de interesse das categorias profissionais e estão sujeitas a\nlançamento de ofício, que apenas se aperfeiçoa com a notificação do contribuinte\npara efetuar o pagamento do tributo e o esgotamento das instâncias\nadministrativas, em caso de recurso. 2. É necessária a comprovação da remessa da\ncomunicação. Do contrário, considera-se irregularmente constituído o título\nexecutivo, e elididas a certeza e a liquidez presumidamente conferidas à\ncertidão de dívida ativa. [...] 3. 'Em se tratando de questão que diz respeito à\nprópria validade do titulo executivo, isto é, referente a pressupostos de\nconstituição e desenvolvimento válido do processo, é permitido ao juiz\nreconhecer a nulidade da CDA de ofício. Precedentes: AgInt no AREsp\n1.219.767/SP, Rel. Min. GURGEL DE FARIA, DJe 3.4.2020; REsp 1.666.244/SP, Rel.\nMin. HERMAN BENJAMIN, DJe 19.6.2017' (AgInt no REsp n. 1.906.714/RS, relator\nMinistro Manoel Erhardt, Primeira Turma, DJe de 7/5/2021). [...]\"\n(AgInt no AREsp 1748402RS, relator Ministro Og Fernandes, Segunda Turma,\njulgado em 8/3/2022, DJe de 25/3/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO FISCAL. ANUIDADES. CONSTITUIÇÃO REGULAR DO CRÉDITO. NOTIFICAÇÃO.\n[...] Segundo a jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça, entende-se\nque 'a ausência da notificação administrativa implica o reconhecimento da\nirregularidade na constituição do crédito, afastando, portanto, a presunção de\ncerteza e de exigibilidade de que goza a Certidão de Dívida Ativa, cabendo ao\nConselho a prova de que efetuou a devida notificação ao executado' (AgInt no\nAREsp 1.628.478/RS, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira Turma,\njulgado em 08/06/2020, DJe 17/06/2020). [...]\" (AgInt no AREsp 1776591RS,\nrelator Ministro Gurgel de Faria, Primeira Turma, julgado em 16/11/2021, DJe de\n9/12/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO FISCAL. [...] ANUIDADES. CONSELHO PROFISSIONAL. CONSTITUIÇÃO DO\nCRÉDITO. NOTIFICAÇÃO. NECESSIDADE. [...] 'As anuidades devidas aos conselhos\nprofissionais constituem contribuições de interesse das categorias profissionais\ne estão sujeitas a lançamento de ofício, que apenas se aperfeiçoa com a\nnotificação do contribuinte para efetuar o pagamento do tributo e o esgotamento\ndas instâncias administrativas, em caso de recurso. É necessária a comprovação\nda remessa da comunicação. Do contrário, considera-se irregularmente constituído\no título executivo, e elididas a certeza e a liquidez presumidamente conferidas\nà certidão de dívida ativa' (STJ, REsp 1.788.488/RS, Rel. Ministro OG\nFERNANDES, SEGUNDA TURMA, DJe de 08/04/2019). [...]\" (AgInt no AREsp 1958021RS,\nrelator Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 14/3/2022,\nDJe de 17/3/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO FISCAL. CONSELHO DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL. ANUIDADES.\nCONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. AUSÊNCIA DE REGULAR NOTIFICAÇÃO DO\nEXECUTADO. NULIDADE. [...] O acórdão recorrido está de acordo com a\njurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, segundo a qual as anuidades\ndevidas aos conselhos profissionais caracterizam-se como contribuições de\ninteresse das categorias profissionais, lançadas de ofício. O citado lançamento\nsomente se aperfeiçoa com a notificação do contribuinte para o pagamento do\ntributo - a qual deve ser obrigatoriamente comprovada - e/ou com o esgotamento\ndas instâncias administrativas, em caso de recurso. Ausente a comprovação da\nremessa da comunicação, afasta-se a certeza e a liquidez da certidão de dívida\nativa e considera-se irregularmente constituído o título executivo. [...]\"\n(AgInt no AREsp 1958040RS, relator Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma,\njulgado em 14/3/2022, DJe de 28/3/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO FISCAL. CONSELHO DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL. ANUIDADES.\nNATUREZA TRIBUTÁRIA. LANÇAMENTO. NOTIFICAÇÃO DO CONTRIBUINTE. ENVIO. COMPROVAÇÃO\nNECESSÁRIA. [...] A situação controvertida nos presentes autos já foi analisada\ninúmeras vezes pelo STJ, que firmou entendimento no sentido de que 'as\nanuidades devidas aos conselhos profissionais constituem contribuições de\ninteresse das categorias profissionais e estão sujeitas a lançamento de ofício,\nque apenas se aperfeiçoa com a notificação do contribuinte para efetuar o\npagamento do tributo e o esgotamento das instâncias administrativas, em caso de\nrecurso. É necessária a comprovação da remessa da comunicação. Do contrário,\nconsidera-se irregularmente constituído o título executivo, e elididas a certeza\ne a liquidez presumidamente conferidas à certidão de dívida ativa' (STJ, REsp\n1.788.488/RS, Rel. Ministro OF FERNANDES, SEGUNDA TURMA, DJe de 08/04/2019). [..\n.]\" (AgInt no AREsp 2057234RS, relatora Ministra Assusete Magalhães, Segunda\nTurma, julgado em 20/6/2022, DJe de 22/6/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO FISCAL. ANUIDADE DE CONSELHO PROFISSIONAL. NOTIFICAÇÃO DO\nCONTRIBUINTE. INEXISTÊNCIA. IRREGULARIDADE DO TÍTULO EXECUTIVO. [...] Este\nSodalício firmou entendimento no sentido de que as ‘anuidades devidas aos\nconselhos profissionais constituem contribuições de interesse das categorias\nprofissionais e estão sujeitas a lançamento de ofício, que apenas se aperfeiçoa\ncom a notificação do contribuinte para efetuar o pagamento do tributo e o\nesgotamento das instâncias administrativas, em caso de recurso’, sendo\n'necessária a comprovação da remessa da comunicação' (REsp 1.788.488/RS, Rel.\nMinistro Og Fernandes, Segunda Turma, julgado em 2/4/2019, DJe 8/4/2019) [...]\"\n(AgInt no REsp 1825987RS, relator Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma,\njulgado em 16/12/2019, DJe de 19/12/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO FISCAL AJUIZADA POR CONSELHO DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL.\nCONSTITUIÇÃO REGULAR DO CRÉDITO. NOTIFICAÇÃO. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO. [...]\nA controvérsia dos autos cinge-se à possibilidade ou não de o juízo determinar\nde ofício a comprovação da regular constituição do crédito, mediante\napresentação de prova documental. 2. O TRF da 4a. Região reconheceu a nulidade\nda Certidão de Dívida Ativa em virtude de não ter sido comprovada a constituição\ndo crédito tributário com a remessa do carnê de pagamento ao executado. 3. Esta\nCorte de Justiça tem entendido que as anuidades devidas aos conselhos\nprofissionais constituem contribuições de interesse das categorias profissionais\ne estão sujeitas a lançamento de ofício, que apenas se aperfeiçoa com a\nnotificação do contribuinte para efetuar o pagamento do tributo e o esgotamento\ndas instâncias administrativas, em caso de recurso. 4. A comprovação pelo\nconselho de classe profissional da regularidade da notificação do executado é\nrequisito indispensável para a presunção de certeza e liquidez do título\nexecutivo em comento. [...]\" (AgInt no REsp 1929078RS, relator Ministro Manoel\nErhardt (Desembargador Convocado do Trf-5ª Região), Primeira Turma, julgado em\n21/6/2021, DJe de 24/6/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] O crédito tributário em questão é formalizado em documento enviado pelo\nConselho de Fiscalização Profissional ao sujeito passivo, contendo o valor\ndevido e a data do vencimento, além de outras informações, para que este realize\no referido pagamento ou interponha impugnação administrativa. 2. Assim, o\nlançamento se aperfeiçoa com a notificação do contribuinte para efetuar o\npagamento do tributo, sendo considerada suficiente a comprovação da remessa do\ncarnê com o valor da anuidade, ficando constituído em definitivo o crédito a\npartir de seu vencimento, se inexistente recurso administrativo e conforme o\nart. 174 do CTN 'a ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco\nanos, contados da data da sua constituição definitiva'. [...]\"\n(REsp 1696579RS, relator Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em\n21/11/2017, DJe de 19/12/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONSELHO PROFISSIONAL. EXECUÇÃO. ANUIDADES. NATUREZA TRIBUTÁRIA.\nLANÇAMENTO. NOTIFICAÇÃO DO CONTRIBUINTE. ENVIO. COMPROVAÇÃO NECESSÁRIA. [...] As\nanuidades devidas aos conselhos profissionais constituem contribuições de\ninteresse das categorias profissionais e estão sujeitas a lançamento de ofício,\nque apenas se aperfeiçoa com a notificação do contribuinte para efetuar o\npagamento do tributo e o esgotamento das instâncias administrativas, em caso de\nrecurso. 2. É necessária a comprovação da remessa da comunicação. Do contrário,\nconsidera-se irregularmente constituído o título executivo, e elididas a certeza\ne a liquidez presumidamente conferidas à certidão de dívida ativa. [...]\"\n(REsp 1788488RS, relator Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, julgado em\n2/4/2019, DJe de 8/4/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 16/09/2024", "Precedentes": "AgInt no AgInt no AREsp 1656080 RS 2020/0021653-7\nDecisão:19/10/2020\nDJe DATA:26/10/2020AgInt nos EDcl no AREsp 1774509 RS 2020/0266855-0\nDecisão:22/04/2024\nDJe DATA:25/04/2024AgInt no AREsp 1651861 RS 2020/0014358-7 Decisão:07/12/2020\nDJe DATA:11/12/2020AgInt no AREsp 1748402 RS 2020/0216988-4 Decisão:08/03/2022\nDJe DATA:25/03/2022AgInt no AREsp 1776591 RS 2020/0271302-9 Decisão:16/11/2021\nDJe DATA:09/12/2021AgInt no AREsp 1958021 RS 2021/0247670-4 Decisão:14/03/2022\nDJe DATA:17/03/2022AgInt no AREsp 1958040 RS 2021/0247717-0 Decisão:14/03/2022\nDJe DATA:28/03/2022AgInt no AREsp 2057234 RS 2022/0016463-9 Decisão:20/06/2022\nDJe DATA:22/06/2022AgInt no REsp 1825987 RS 2019/0201459-0 Decisão:16/12/2019\nDJe DATA:19/12/2019AgInt no REsp 1929078 RS 2021/0086754-5 Decisão:21/06/2021\nDJe DATA:24/06/2021REsp 1696579 RS 2017/0227646-9 Decisão:21/11/2017\nDJe DATA:19/12/2017REsp 1788488 RS 2018/0341183-4 Decisão:02/04/2019\nDJe DATA:08/04/2019", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:006830 ANO:1980\n***** LEF-80 LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS\n ART:00003" }
Súmula 672
A alteração da capitulação legal da conduta do servidor, por si só, não enseja a nulidade do processo administrativo disciplinar. (Súmula n. 672, Primeira Seção, julgado em 11/9/2024, DJe de 16/9/2024.)
{ "Enunciado": "A alteração da capitulação legal da conduta do servidor, por si só, não enseja a\nnulidade do processo administrativo disciplinar. (PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em\n11/9/2024, DJe de 16/9/2024)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] PROCESSO DISCIPLINAR. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE. DEVIDO PROCESSO LEGAL.\nVIOLAÇÃO. AUSÊNCIA. PREJUÍZO À DEFESA. DEMONSTRAÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. SANÇÃO.\nPROPORCIONALIDADE. [...] O controle jurisdicional do processo administrativo\ndisciplinar (PAD) restringe-se ao exame da regularidade do procedimento e à\nlegalidade do ato, à luz dos princípios do contraditório, da ampla defesa e do\ndevido processo legal, sendo-lhe defeso qualquer incursão no mérito\nadministrativo, a impedir a análise e valoração das provas constantes no\nprocesso disciplinar. [...] 4. No PAD, como acontece até mesmo no Processo\nPenal, que é aquele cercado das maiores garantias, o acusado se defende dos\nfatos que lhe são imputados e não da respectiva capitulação legal (MS 19.885/DF,\nPrimeira Seção, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe de 29/11/2016). [...]\"\n(AgInt no MS 20312DF, relator Ministro Gurgel de Faria, Primeira Seção, julgado\nem 4/5/2021, DJe de 24/5/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSO DISCIPLINAR. SERVIDOR. FATOS IMPUTADOS. CAPITULAÇÃO LEGAL.\nPREJUÍZO À DEFESA. AUSÊNCIA. [...] Este Corte tem reiteradamente reafirmado sua\njurisprudência no sentido de que o indiciado se defende dos fatos que lhe são\nimputados, e não de sua classificação legal, de sorte que a posterior alteração\nda capitulação jurídica da conduta não tem o condão de inquinar de nulidade o\nProcesso Administrativo Disciplinar. [...] 2. No caso, inexistente a alegada\nviolação do contraditório pelo fato de o parecer final da AGU supostamente ter\nqualificado a conduta do impetrante em previsões normativas que não coincidiram\ncom o indiciamento, pois, durante todo o processo administrativo, desde a\nportaria inaugural, passando pelo indiciamento dos servidores processados e\nnotificação para defesa, os fatos já estavam delimitados e detalhados. 3. Em\nprocesso administrativo disciplinar, só se declara a nulidade de um ato\nprocessual quando houver efetiva demonstração de prejuízo à defesa, por\naplicação do princípio pas de nullité sans grief. [...]\"\n(AgInt no MS 23865RJ, relator Ministro Gurgel de Faria, Primeira Seção, julgado\nem 15/2/2022, DJe de 21/2/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. [...] CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO\nVERIFICADO. [...] Quanto à nova capitulação jurídica dada aos fatos, 'o STJ\nentende que o indiciado se defende dos fatos que lhe são imputados, e não de sua\nclassificação legal, de sorte que a posterior alteração da capitulação jurídica\nda conduta, como ocorreu no caso dos autos, não tem o condão de inquinar de\nnulidade o Processo Administrativo Disciplinar' (STJ, MS 28.214/DF, Rel.\nMinistro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe de 30/06/2022). [...]\"\n(AgInt no MS 28128DF, relatora Ministra Assusete Magalhães, Primeira Seção,\njulgado em 29/8/2023, DJe de 31/8/2023)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. [...] OFENSA AO ART. 168, DA LEI 8.112/90.\nINOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE INCLUSÃO DE NOVAS INFRAÇÕES. MERA ATRIBUIÇÃO DE NOVA\nCAPITULAÇÃO JURÍDICA AOS MESMOS FATOS ANTERIORMENTE RELACIONADOS. POSSIBILIDADE.\n[...] É firme o entendimento no âmbito desta Corte, no sentido de que o\nindiciado se defende dos fatos imputados e não da sua capitulação jurídica, de\nforma que a posterior modificação do enquadramento legal da conduta não tem o\ncondão de ensejar a nulidade do processo administrativo disciplinar. [...] 9. No\ncaso, a partir das premissas fáticas fixadas pelo Tribunal de origem,\nobserva-se não ter sido imputada ao indiciado, novas infrações funcionais, mas\napenas fora conferida nova capitulação jurídica às condutas irregulares a ele\natribuídas, com base no acervo probatório já apurado e constante do PAD, o que é\nplenamente possível, sem implicar em ofensa ao art. 168 da Lei 8.112/1990 e aos\nprincípios do contraditório e da ampla defesa. [...]\"\n(AgInt no REsp 1702094GO, relator Ministro Teodoro Silva Santos, Segunda Turma,\njulgado em 29/4/2024, DJe de 7/5/2024)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. DEMISSÃO. [...] ALTERAÇÃO DO ENQUADRAMENTO\nPUNITIVO REJEITADA. [...] O indiciado se defende dos fatos que lhe são imputados\ne não de sua classificação legal, de sorte que a posterior alteração da\ncapitulação legal da conduta não tem o condão de inquinar de nulidade o\nprocesso. [...]\" (MS 12677DF, relator Ministro Humberto Martins, Primeira\nSeção, julgado em 11/4/2012, DJe de 20/4/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO DO EXTINTO TERRITÓRIO FEDERAL DE RONDÔNIA. PROCESSO\nADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. PENA DE DEMISSÃO. ALTERAÇÃO DA CAPITULAÇÃO LEGAL.\nAUSÊNCIA DE NULIDADE. [...] É pacífico, no âmbito desta Corte, o entendimento de\nque 'o indiciado se defende dos fatos que lhe são imputados, e não de sua\nclassificação legal, de sorte que a posterior alteração da capitulação legal da\nconduta não tem o condão de inquinar de nulidade o Processo Administrativo\nDisciplinar; a descrição dos fatos ocorridos, desde que feita de modo a\nviabilizar a defesa do acusado, afasta a alegação de ofensa ao princípio da\nampla defesa.' (MS 14.045/DF, Terceira Seção, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia\nFilho, DJe 29.04.2010). [...]\" (MS 17151DF, relatora Ministra Regina Helena\nCosta, Primeira Seção, julgado em 13/2/2019, DJe de 11/3/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. CAPITULAÇÃO LEGAL DO ATO DE DEMISSÃO\nQUE NÃO CONSTOU DO TERMO DE INDICIAMENTO. SERVIDOR SE DEFENDE DOS FATOS QUE LHE\nSÃO IMPUTADOS E NÃO DA RESPECTIVA CAPITULAÇÃO LEGAL. [...] Sustenta-se a\nimpossibilidade de demissão sumária e que a penalidade foi aplicada com\ncapitulação diversa das infrações apontadas no Termo de Indiciamento, o que\nviolaria o princípio do contraditório e da ampla defesa. [...] ACUSADO SE\nDEFENDE DOS FATOS E NÃO DA CAPITULAÇÃO LEGAL 6. No Processo Administrativo\nDisciplinar, como acontece até mesmo no Processo Penal, que é aquele cercado das\nmaiores garantias, o acusado se defende dos fatos que lhe são imputados e não\nda respectiva capitulação legal. 7. 'O indiciado se defende dos fatos que lhe\nsão imputados, e não de sua classificação legal, de sorte que a posterior\nalteração da capitulação legal da conduta, não tem o condão de inquinar de\nnulidade o Processo Administrativo Disciplinar; a descrição dos fatos ocorridos,\ndesde que feita de modo a viabilizar a defesa do acusado, afasta a alegação de\nofensa ao princípio da ampla defesa.' (MS 14.045/DF, Rel. Ministro Napoleão\nNunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 29/4/2010). [...] 9. No caso concreto, as\ncondutas atribuídas ao impetrante foram devidamente descritas no Termo de\nIndiciação, permitindo a sua defesa, tanto que esta foi acatada quanto a dois\ndos itens. [...]\" (MS 19885DF, relator Ministro Herman Benjamin, Primeira\nSeção, julgado em 9/11/2016, DJe de 29/11/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. SERVIDOR FEDERAL. POLICIAL FEDERAL.\nDEMISSÃO. [...] ALTERAÇÃO DA CAPITULAÇÃO LEGAL. POSSIBILIDADE. [...] Em processo\ndisciplinar, o servidor acusado se defende dos fatos, não da capitulação legal.\nAssim, posterior modificação do enquadramento legal da conduta ilícita não\nafeta, só por isso, a validade do procedimento disciplinar. [...]\"\n(MS 25735DF, relator Ministro Sérgio Kukina, Primeira Seção, julgado em\n14/6/2023, DJe de 19/6/2023)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. SERVIDOR FEDERAL. [...] CERCEAMENTO\nDE DEFESA. INOCORRÊNCIA. [...] Segundo o entendimento consolidado neste Tribunal\nSuperior, 'a indicação de nova capitulação jurídica para os fatos apurados pela\nComissão Processante não macula o procedimento adotado, tendo em vista que o\nindiciado se defende dos fatos a ele imputados, não da sua classificação legal'\n(MS n. 21.544/DF, relator Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe\nde 7/3/2017). [...]\" (MS 26625DF, relator Ministro Sérgio Kukina, Primeira\nSeção, julgado em 23/8/2023, DJe de 30/8/2023)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA. ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. [...]\nALTERAÇÃO DA CAPITULAÇÃO LEGAL DA CONDUTA. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE. [...] DA\nAUSÊNCIA DE NULIDADE DA ALTERAÇÃO DA CAPITULAÇÃO LEGAL DA CONDUTA DA ACUSADA E\nDO ÔNUS DA PROVA DE QUE O AUMENTO PATRIMONIAL NÃO DECORREU DE ORIGEM ILÍCITA [..\n.] O STJ entende que o indiciado se defende dos fatos que lhe são imputados, e\nnão de sua classificação legal, de sorte que a posterior alteração da\ncapitulação jurídica da conduta, como ocorreu no caso dos autos, não tem o\ncondão de inquinar de nulidade o Processo Administrativo Disciplinar. [...]\"\n(MS 28214DF, relator Ministro Herman Benjamin, Primeira Seção, julgado em\n22/6/2022, DJe de 30/6/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 16/09/2024", "Precedentes": "AgInt no MS 20312 DF 2013/0222030-7 Decisão:04/05/2021\nDJe DATA:24/05/2021AgInt no MS 23865 RJ 2017/0287785-7 Decisão:15/02/2022\nDJe DATA:21/02/2022AgInt no MS 28128 DF 2021/0329439-8 Decisão:29/08/2023\nDJe DATA:31/08/2023AgInt no REsp 1702094 GO 2017/0257187-2 Decisão:29/04/2024\nDJe DATA:07/05/2024MS 12677 DF 2007/0048622-6 Decisão:11/04/2012\nDJe DATA:20/04/2012MS 17151 DF 2011/0132126-9 Decisão:13/02/2019\nDJe DATA:11/03/2019MS 19885 DF 2013/0066302-6 Decisão:09/11/2016\nDJe DATA:29/11/2016MS 25735 DF 2020/0022774-6 Decisão:14/06/2023\nDJe DATA:19/06/2023MS 26625 DF 2020/0176613-7 Decisão:23/08/2023\nDJe DATA:30/08/2023MS 28214 DF 2021/0364524-5 Decisão:22/06/2022\nDJe DATA:30/06/2022", "Referência Legislativa": null }
Súmula 671
Não incide o IPI quando sobrevém furto ou roubo do produto industrializado após sua saída do estabelecimento industrial ou equiparado e antes de sua entrega ao adquirente. (Súmula n. 671, Primeira Seção, julgado em 20/6/2024, DJe de 24/6/2024.)
{ "Enunciado": "Não incide o IPI quando sobrevém furto ou roubo do produto industrializado após\nsua saída do estabelecimento industrial ou equiparado e antes de sua entrega ao\nadquirente. (PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 20/6/2024, DJe de 24/6/2024)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] IPI. FATO GERADOR. ROUBO DA MERCADORIA APÓS A SAÍDA DO ESTABELECIMENTO DO\nFABRICANTE. [...] Discute-se nos presentes autos se a saída física do produto\ndo estabelecimento industrial ou equiparado é suficiente para a configuração do\nfato gerador do IPI, sendo irrelevante a ausência de concretização do negócio\njurídico subjacente em razão do furto e/ou roubo das mercadorias. 2. A\ncontrovérsia já se encontra superada em ambas as Turmas de Direito Público do\nSuperior Tribunal de Justiça, restando consolidado o entendimento de que a\noperação passível de incidência da exação é aquela decorrente da saída do\nproduto industrializado do estabelecimento do fabricante e que se aperfeiçoa com\na transferência da propriedade do bem, porquanto somente quando há a efetiva\nentrega do produto ao adquirente a operação é dotada de relevância econômica\ncapaz de ser oferecida à tributação. 3. Na hipótese em que ocorre o roubo/furto\nda mercadoria após a sua saída do estabelecimento do fabricante, a operação\nmercantil não se concretiza, inexistindo proveito econômico para o fabricante\nsobre o qual deve incidir o tributo. Ou seja, não se configura o evento\nensejador de incidência do IPI, não gerando, por conseguinte, a obrigação\ntributária respectiva. [...]\"\n(EREsp 734403RS, relator Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira Seção,\njulgado em 14/11/2018, DJe de 21/11/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FURTO/ROUBO DE MERCADORIAS. IPI. FATO GERADOR. NÃO-OCORRÊNCIA. [...] Não\nconfigura fato gerador de IPI a mera saída de mercadoria de estabelecimento\ncomercial, sem a consequente operação mercantil, na hipótese em que as\nmercadorias são roubadas antes da entrega ao comprador. [...]\"\n(AgInt no REsp 1190231RJ, relator Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma,\njulgado em 2/8/2016, DJe de 17/8/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IPI. FATO GERADOR. MOMENTO TEMPORAL. FURTO/ROUBO. TRADIÇÃO. CONDIÇÃO\nRESOLUTÓRIA. CAPACIDADE CONTRIBUTIVA SUBJETIVA. EXAÇÃO INDEVIDA. [...] Em\nrelação ao mérito, esta Turma se posicionara inicialmente no sentido de que 'o\nroubo ou furto de mercadorias é risco inerente à atividade do industrial\nprodutor. Se roubados os produtos depois da saída (implementação do fato gerador\ndo IPI), deve haver a tributação, não tendo aplicação o disposto no art. 174,\nV, do RIPI-98'. (REsp 734.403/RS, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda\nTurma, DJe 6.10.2010). Nessa oportunidade, fiquei vencido ao lado do Eminente\nMinistro Castro Meira, cujas considerações ali feitas motivaram aqui maior\nreflexão sobre a justiça de onerar o contribuinte com tributação que não\ncorresponde ao proveito decorrente da operação. [...] 4. O fato gerador do IPI\nnão é a saída do produto do estabelecimento industrial ou a ele equiparado. Esse\né apenas o momento temporal da hipótese de incidência, cujo aspecto material\nconsiste na realização de operações que transfiram a propriedade ou posse de\nprodutos industrializados. 5. Não se pode confundir o momento temporal do fato\ngerador com o próprio fato gerador, que consiste na realização de operações que\ntransfiram a propriedade ou posse de produtos industrializados. 6. A antecipação\ndo elemento temporal criada por ficção legal não torna definitiva a ocorrência\ndo fato gerador, que é presumida e pode ser contraposta em caso de furto, roubo,\nperecimento da coisa ou desistência do comprador. 7. A obrigação tributária\nnascida com a saída do produto do estabelecimento industrial para entrega futura\nao comprador, portanto, com tradição diferida no tempo, está sujeita a condição\nresolutória, não sendo definitiva nos termos dos arts. 116, II, e 117 do CTN.\nNão há razão para tratar, de forma diferenciada, a desistência do comprador e o\nfurto ou o roubo da mercadoria, dado que em todos eles a realização do negócio\njurídico base foi frustrada. 8. O furto ou o roubo de mercadoria, segundo o art.\n174, V, do Regulamento do IPI, impõem o estorno do crédito de entrada relativo\naos insumos, o que leva à conclusão de que não existe o débito de saída em\nrespeito ao princípio constitucional da não cumulatividade. Do contrário, além\nda perda da mercadoria - e do preço ajustado para a operação mercantil -, estará\no vendedor obrigado a pagar o imposto e a anular o crédito pelas entradas já\nlançado na escrita fiscal. [...] 10. O furto de mercadorias antes da entrega ao\ncomprador faz desaparecer a grandeza econômica sobre a qual deve incidir o\ntributo. Em outras palavras, não se concretizando o negócio jurídico, por furto\nou roubo da mercadoria negociada, já não se avista o elemento signo de\ncapacidade contributiva, de modo que o ônus tributário será absorvido não pela\nriqueza advinda da própria operação tributada, mas pelo patrimônio e por rendas\noutras do contribuinte que não se relacionam especificamente com o negócio\njurídico que deu causa à tributação, em clara ofensa ao princípio do não\nconfisco. [...]\"\n(REsp 1203236RJ, relator Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em\n21/6/2012, DJe de 30/8/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IPI - FATO GERADOR - ROUBO DE MERCADORIA [...] A mera saída de mercadoria\ndo estabelecimento comercial ou a ele equiparado não caracteriza, por si só, a\nocorrência do fato gerador do IPI, fazendo-se necessária a efetivação de\noperação mercantil, à luz do que dispõe o art. 46, II, do CTN, c/c o art. 153,\n§3º, II, da CF/88. 3. Mudança de entendimento da Segunda Turma (REsp 1203236/RJ,\nRel. Min. Herman Benjamin, Dje 30/08/2012) 3. Hipótese em que a mercadoria foi\nobjeto de roubo após saída do estabelecimento comercial. [...]\"\n(REsp 1184354RS, relatora Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em\n16/5/2013, DJe de 3/6/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IPI. FURTO OU ROUBO DE MERCADORIAS, ANTES DA ENTREGA AO COMPRADOR. NÃO\nCONFIGURAÇÃO DO FATO GERADOR. [...] De acordo com o entendimento desta Corte,\nnão deve incidir IPI sobre a venda de produtos, na hipótese de roubo ou furto da\nmercadoria, antes da entrega ao comprador, porquanto não configurado o fator\ngerador, com a conclusão da operação mercantil. [...]\"\n(AgInt no REsp 1552257RS, relatora Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma,\njulgado em 8/11/2016, DJe de 22/11/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 24/06/2024", "Precedentes": "AgInt no REsp 1190231 RJ 2010/0067880-7 Decisão:02/08/2016\nDJe DATA:17/08/2016AgInt no REsp 1552257 RS 2015/0213886-6 Decisão:08/11/2016\nDJe DATA:22/11/2016EREsp 734403 RS 2005/0042482-4 Decisão:14/11/2018\nDJe DATA:21/11/2018REsp 1184354 RS 2010/0040177-8 Decisão:16/05/2013\nDJe DATA:03/06/2013REsp 1203236 RJ 2010/0130119-5 Decisão:21/06/2012\nDJe DATA:30/08/2012\nRDDT VOL.:00206 PG:00187\nRSTJ VOL.:00227 PG:00351", "Referência Legislativa": "LEG:FED CFB:****** ANO:1988\n***** CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988\n ART:00153 INC:00004 PAR:00003 INC:00002\nLEG:FED LEI:005172 ANO:1966\n***** CTN-66 CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL\n ART:00046 INC:00002 ART:00116 INC:00002 ART:00117\nLEG:FED DEC:007212 ANO:2010\n***** RIPI-10 REGULAMENTO DO IMPOSTO S/ PRODS. INDUSTRIALIZADOS\nDE 2010" }
Súmula 670
Nos crimes sexuais cometidos contra a vítima em situação de vulnerabilidade temporária, em que ela recupera suas capacidades físicas e mentais e o pleno discernimento para decidir acerca da persecução penal de seu ofensor, a ação penal é pública condicionada à representação se o fato houver sido praticado na vigência da redação conferida ao art. 225 do Código Penal pela Lei n. 12.015, de 2009. (Súmula n. 670, Terceira Seção, julgado em 20/6/2024, DJe de 24/6/2024.)
{ "Enunciado": "Nos crimes sexuais cometidos contra a vítima em situação de vulnerabilidade\ntemporária, em que ela recupera suas capacidades físicas e mentais e o pleno\ndiscernimento para decidir acerca da persecução penal de seu ofensor, a ação\npenal é pública condicionada à representação se o fato houver sido praticado na\nvigência da redação conferida ao art. 225 do Código Penal pela Lei n. 12.015, de\n2009. (TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 20/6/2024, DJe de 24/6/2024)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] ESTUPRO DE VULNERÁVEL. CRIME PRATICADO EM ESTADO DE HIPNOSE.\nVULNERABILIDADE TRANSITÓRIA. DELITO OCORRIDO NA VIGÊNCIA DA LEI 12.015/2009.\nAÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO DA VÍTIMA. RESPEITO À\nPRIVACIDADE E INTIMIDADE. OFENDIDA MAIOR E CAPAZ À ÉPOCA DOS FATOS. AUSÊNCIA DE\nREPRESENTAÇÃO. [...] A jurisprudência desta Corte superior compreende que, na\nsituação em análise, a diferenciação entre os tipos de vulnerabilidade no\nmomento da prática do crime, dentro do contexto de que sejam maiores e capazes,\nrespeita a previsão constitucional à privacidade e intimidade do cidadão, posto\nconferir aos ofendidos a possibilidade de, cessada a vulnerabilidade, optar por\ndeflagrar ou não a persecução penal. Precedentes. 2. Vítima de 38 anos,\nestuprada enquanto se encontrava hipnotizada, estaria em situação de\nvulnerabilidade temporária, condição que não guarda relação com idade, tampouco\ncom enfermidade ou deficiência mental, a exigir a propositura de ação penal\npública condicionada à representação da vítima, procedimento que não se deu no\nprazo de 6 meses previsto no art. 103 do CP. [...] 4. À época dos fatos, vigia a\nredação do art. 226 do Código Penal dada pela Lei 12.015/2009, a qual definia\nque os 'crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante\nação penal pública condicionada à representação', bem como que a redação do\nparágrafo único do mesmo artigo dispunha, de outra banda, que o processamento\ndaqueles crimes seria 'mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é\nmenor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável'. [...]\"\n(AgRg no HC 753124SC, relator Ministro Olindo Menezes (Desembargador Convocado\ndo TRF 1ª Região), Sexta Turma, julgado em 6/12/2022, DJe de 15/12/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIMES SEXUAIS. ART. 215 DO CP, NA VIGÊNCIA DA LEI 12.015/2009.\nVULNERABILIDADE TEMPORÁRIA DA VÍTIMA. AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À\nREPRESENTAÇÃO. [...] Paras os crimes sexuais cometidos na vigência da Lei n.\n12.015/2009, a ação penal é publica condicionada à representação nos casos em\nque a vítima maior de idade esteve temporariamente vulnerável no momento da\nprática do delito, mas não apresenta vulnerabilidade permanente. Entendimento\natual da Quinta e Sexta Turmas deste STJ. 2. 'Com relação às vítimas que são\nvulneráveis no momento da prática do crime, mas que são maiores e capazes, deve\nprevalecer o respeito ao direito constitucional à privacidade e à intimidade, de\nmaneira que, cessada a vulnerabilidade, cabe à vítima decidir se prossegue ou\nnão com a persecução criminal' (RHC n. 160.793/GO, relator Ministro Reynaldo\nSoares da Fonseca, Quinta Turma, julgado em 15/3/2022, DJe de 18/3/2022). [...]\"\n(AgRg no AREsp 2337986SC, relator Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma,\njulgado em 7/11/2023, DJe de 13/11/2023)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ESTUPRO DE VULNERÁVEL. [...] PRETENSÃO DE TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL.\nVULNERABILIDADE VERIFICADA APENAS NA OCASIÃO DA SUPOSTA OCORRÊNCIA DOS ATOS\nLIBIDINOSOS. VÍTIMA QUE NÃO PODE SER CONSIDERADA PESSOA PERMANENTEMENTE\nVULNERÁVEL, A PONTO DE FAZER INCIDIR O ART. 225, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CP. CRIME\nDE AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO. AUSÊNCIA DE INEQUÍVOCA\nMANIFESTAÇÃO DA VÍTIMA NO SENTIDO DE VER O CRIME DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL\nPROCESSADO. INEXISTÊNCIA DE CONDIÇÃO DE PROCEDIBILIDADE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL\nEVIDENCIADO. [...] De acordo com o art. 225 do Código Penal, o crime de estupro,\nem qualquer de suas formas, é, em regra, de ação penal pública condicionada à\nrepresentação, sendo, apenas em duas hipóteses, de ação penal pública\nincondicionada, quais sejam, vítima menor de 18 anos ou pessoa vulnerável. 6. A\nprópria doutrina reconhece a existência de certa confusão na previsão contida no\nart. 225, caput e parágrafo único, do Código Penal, o qual, ao mesmo tempo em\nque prevê ser a ação penal pública condicionada à representação a regra tanto\npara os crimes contra a liberdade sexual quanto para os crimes sexuais contra\nvulnerável, parece dispor que a ação penal do crime de estupro de vulnerável é\nsempre incondicionada. 7. A interpretação que deve ser dada ao referido\ndispositivo legal é a de que, em relação à vítima possuidora de incapacidade\npermanente de oferecer resistência à prática dos atos libidinosos, a ação penal\nseria sempre incondicionada. Mas, em se tratando de pessoa incapaz de oferecer\nresistência apenas na ocasião da ocorrência dos atos libidinosos, a ação penal\npermanece condicionada à representação da vítima, da qual não pode ser retirada\na escolha de evitar o strepitus judicii. 8. Com este entendimento, afasta-se a\ninterpretação no sentido de que qualquer crime de estupro de vulnerável seria de\nação penal pública incondicionada, preservando-se o sentido da redação do caput\ndo art. 225 do Código Penal. 9. No caso em exame, observa-se que, embora a\nsuposta vítima tenha sido considerada incapaz de oferecer resistência na ocasião\nda prática dos atos libidinosos, esta não é considerada pessoa vulnerável, a\nponto de ensejar a modificação da ação penal. Ou seja, a vulnerabilidade pôde\nser configurada apenas na ocasião da ocorrência do crime. Assim, a ação penal\npara o processamento do crime é pública condicionada à representação. 10.\nVerificada a ausência de manifestação inequívoca da suposta vítima de ver\nprocessado o paciente pelo crime de estupro de vulnerável, deve ser reconhecida\na ausência de condição de procedibilidade para o exercício da ação penal. [...]\"\n(HC 276510RJ, relator Ministro Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, julgado em\n11/11/2014, DJe de 1/12/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ESTUPRO DE VULNERÁVEL. [...] VÍTIMA EMBRIAGADA INCAPAZ DE OFERECER\nRESISTÊNCIA. VULNERABILIDADE TEMPORÁRIA. AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA.\nREPRESENTAÇÃO. [...] A vulnerabilidade, como condição excepcional que é,\ngeradora de situação desfavorável aos réus, tem de ser interpretada de forma\nrestrita, em observância aos princípios da intervenção mínima do direito penal,\nda ofensividade, do contraditório e da presunção de inocência. 4. Nos casos de\nvulnerabilidade temporária, em que a vítima recupera suas capacidades físicas e\nmentais e o pleno discernimento para decidir acerca da persecução penal de seu\nofensor, a ação penal dos crimes sexuais cometidos sob a égide da redação\nconferida ao art. 225 do Código Penal pela Lei n. 12.015/2009 deve ser mantida\ncomo pública condicionada à representação. Precedente da 6ª Turma. [...]\"\n(REsp 1814770SP, relator Ministro Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma,\njulgado em 5/5/2020, DJe de 1/7/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. ESTUPRO DE VULNERÁVEL. VÍTIMA EMBRIAGADA E\nINCAPAZ DE OFERECER RESISTÊNCIA. VULNERABILIDADE TEMPORÁRIA. FATOS OCORRIDOS\nANTES DA VIGÊNCIA DA LEI N. 13.718/2018. AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À\nREPRESENTAÇÃO. [...] A questão trazida a exame neste recurso ordinário diz\nrespeito à necessidade de representação na hipótese de vulnerabilidade\ntemporária, nos termos do art. 225 do Código Penal, na redação anterior às\nmudanças promovidas pela Lei n. 13.718, de 24 de setembro de 2018. 3. Embora\nexistam precedentes desta Quinta Turma no sentido de que a vulnerabilidade,\nainda que transitória, é condição suficiente para justificar a adoção de ação\npenal pública incondicionada nos crimes de estupro, a possibilidade de superar\ntal condição é um dado fático relevante, que não pode ser ignorado pelo\nintérprete, sob pena de se igualarem situações juridicamente diversas, ferindo o\nprincípio constitucional da isonomia. 4. Assim, com relação às vítimas que são\nvulneráveis no momento da prática do crime, mas que são maiores e capazes, deve\nprevalecer o respeito ao direito constitucional à privacidade e à intimidade, de\nmaneira que, cessada a vulnerabilidade, cabe à vítima decidir se prossegue ou\nnão com a persecução criminal, o que, aliás, efetivamente ocorreu na hipótese\ndestes autos, em que a ofendida manifestou-se no sentido de não pretender\ncontinuar com os atos persecutórios contra o suposto autor do delito. - Nos\ncasos de vulnerabilidade temporária, em que a vítima recupera suas capacidades\nfísicas e mentais e o pleno discernimento para decidir acerca da persecução\npenal de seu ofensor, a ação penal dos crimes sexuais cometidos sob a égide da\nredação conferida ao art. 225 do Código Penal pela Lei n. 12.015/2009 deve ser\nmantida como pública condicionada à representação. (REsp 1814770/SP, Rel.\nMinistro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, Sexta Turma, DJe 1º/7/2020). [...]\"\n(RHC 148695MG, relator Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma,\njulgado em 17/8/2021, DJe de 20/8/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. ESTUPRO DE VULNERÁVEL. VÍTIMA INCAPAZ DE\nOFERECER RESISTÊNCIA. VULNERABILIDADE TRANSITÓRIA. FATOS OCORRIDOS ANTES DA\nVIGÊNCIA DA LEI N. 13.718/2018. VIOLÊNCIA REAL. AÇÃO PENAL PÚBLICA\nINCONDICIONADA. [...] A questão trazida a exame neste recurso ordinário diz\nrespeito à necessidade de representação na hipótese de vulnerabilidade\ntemporária, nos termos do art. 225 do Código Penal, na redação anterior às\nmudanças promovidas pela Lei n. 13.718, de 24 de setembro de 2018. 3. Embora\nexistam precedentes desta Quinta Turma no sentido de que a vulnerabilidade,\nainda que transitória, é condição suficiente para justificar a adoção de ação\npenal pública incondicionada nos crimes de estupro, a possibilidade de superar\ntal condição é um dado fático relevante, que não pode ser ignorado pelo\nintérprete, sob pena de se igualarem situações juridicamente diversas, ferindo o\nprincípio constitucional da isonomia. 4. Assim, com relação às vítimas que são\nvulneráveis no momento da prática do crime, mas que são maiores e capazes, deve\nprevalecer o respeito ao direito constitucional à privacidade e à intimidade, de\nmaneira que, cessada a vulnerabilidade, cabe à vítima decidir se prossegue ou\nnão com a persecução criminal. 5. Neste caso, porém, além de a vítima ter\nmanifestado desejo de ver instaurado procedimento persecutório contra o suposto\nautor do delito, os autos informam que o crime foi praticado mediante emprego de\nviolência real, o que, de todo modo, afasta a necessidade de representação, já\nque a ação penal neste caso, mesmo pela redação antiga do dispositivo de\nregência, era pública incondicionada. [...]\"\n(RHC 160793GO, relator Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma,\njulgado em 15/3/2022, DJe de 18/3/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 24/06/2024", "Precedentes": "AgRg no AREsp 2337986 SC 2023/0110881-5 Decisão:07/11/2023\nDJe DATA:13/11/2023AgRg no HC 753124 SC 2022/0201119-9 Decisão:06/12/2022\nDJe DATA:15/12/2022HC 276510 RJ 2013/0291689-4 Decisão:11/11/2014\nDJe DATA:01/12/2014REsp 1814770 SP 2019/0145053-5 Decisão:05/05/2020\nDJe DATA:01/07/2020RHC 148695 MG 2021/0178040-3 Decisão:17/08/2021\nDJe DATA:20/08/2021RHC 160793 GO 2022/0048371-1 Decisão:15/03/2022\nDJe DATA:18/03/2022", "Referência Legislativa": "LEG:FED DEL:002848 ANO:1940\n***** CP-40 CÓDIGO PENAL\n ART:00225\nLEG:FED LEI:012015 ANO:2009\nLEG:FED LEI:013718 ANO:2018" }
Súmula 669
O fornecimento de bebida alcoólica a criança ou adolescente, após o advento da Lei n. 13.106, de 17 de março de 2015, configura o crime previsto no art. 243 do ECA. (Súmula n. 669, Terceira Seção, julgado em 12/6/2024, DJe de 17/6/2024.)
{ "Enunciado": "O fornecimento de bebida alcoólica a criança ou adolescente, após o advento da\nLei n. 13.106, de 17 de março de 2015, configura o crime previsto no art. 243 do\nECA. (TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 12/6/2024, DJe de 17/6/2024)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] VIOLAÇÃO AO ART. 243 DA LEI N. 8.069/90 E AO ART. 386, III, DO CÓDIGO DE\nPROCESSO PENAL - CPP. FORNECIMENTO DE BEBIDA ALCÓOLICA A ADOLESCENTES.\nTIPICIDADE DA CONDUTA. PRESENÇA DE PROVAS JUDICIALIZADAS. ADEQUAÇÃO SOCIAL.\nINVIABILIDADE. LEI N. 13.106/2015. [...] O Tribunal de origem constatou ser\ntípica a conduta do agravante de fornecer bebida alcoólica a adolescentes, haja\nvista o conteúdo da ocorrência policial, do auto de prisão em flagrante e dos\nprontuários civis das menores, bem como do depoimento de uma das vítimas e\nrelato policial. Dessa forma, para se concluir de modo diverso, pela atipicidade\nda conduta, seria necessário o revolvimento fático-probatório, vedado conforme\nSúmula n. 7 do STJ. 2. Inviável a aplicação do princípio da adequação social,\npois, com o advento da Lei n. 13.106/2015, configura crime previsto no art. 243\ndo Estatuto da Criança e do Adolescente o fornecimento de bebida alcóolica a\nmenores de idade. [...]\" (AgRg no AREsp 2004887DF, relator Ministro Joel Ilan\nPaciornik, Quinta Turma, julgado em 2/8/2022, DJe de 8/8/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] VENDA DE BEBIDA ALCOÓLICA A MENOR (ART. 243 DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO\nADOLESCENTE). PEDIDO DE ABSOLVIÇÃO DA PRÁTICA DO CRIME POR ATIPICIDADE MATERIAL\nDA CONDUTA. DESCABIMENTO. [...] Na presente hipótese, contrariamente ao alegado\npela defesa, a condenação do paciente baseou-se em elementos concretos, não\ndeixando dúvidas acerca da autoria e da materialidade do delito, destacando a\nCorte de origem que o paciente ‘tinha ciência da responsabilidade da sua função\ne, por natural, das restrições respectivas (necessidade de controlar a venda de\nbebida alcoólica para menores de idade) e, ainda assim, realizou a venda de\nbebida alcoólica para [os menores]’ (fl. 210). III - Em caso semelhante, a\njurisprudência desta Corte Superior possui entendimento no sentido de que 'o\nerro de tipo em face à ignorância em torno da idade da vítima, não obstante\ntenha resguardo jurídico, se tornou um modo corriqueiro de se eximir da\ncondenação penal. É desproporcional dar-lhe maior ênfase quando se tem, de outro\nlado, ofensa a direitos fundamentais. É salutar reavivar os critérios\ndeterminantes da tipicidade conglobante de Zaffaroni, em que o juízo de\ntipicidade é analisado partindo do sistema normativo considerado em sua\nglobalidade. Desse modo, imperiosa a análise do caso nessa perspectiva, não\npodendo a dúvida quanto à idade da vítima beneficiar os autores quando, por\nobrigatoriedade, a sua ciência seria requisito intrínseco para a formalização\ndos contratos trabalhista e de locação de imóvel' (REsp n. 1.464.450/SC, Quinta\nTurma, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, DJe de 23/8/2017). [...]\" (AgRg no HC\n727802MS, relator Ministro Jesuíno Rissato (Desembargador Convocado do TJDFT),\nQuinta Turma, julgado em 8/11/2022, DJe de 17/11/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FORNECIMENTO DE BEBIDA A ADOLESCENTE. ART. 243 DO ESTATUTO DA CRIANÇA E\nDO ADOLESCENTE. REDAÇÃO ANTERIOR À LEI N.º 13.106/2015. AUSÊNCIA DE ADEQUAÇÃO\nTÍPICA. [...] O fornecimento de bebida alcoólica a menor de 18 (dezoito) anos,\nno período anterior ao advento da Lei n.º 13.106/15, não configura o crime\nprevisto no art. 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente. [...]\" (REsp\n1775136AC, relatora Ministra Laurita Vaz, Sexta Turma, julgado em 3/12/2019,\nDJe de 17/12/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 17/06/2024", "Precedentes": "AgRg no AREsp 2004887 DF 2021/0347627-8 Decisão:02/08/2022\nDJe DATA:08/08/2022AgRg no HC 727802 MS 2022/0064191-0 Decisão:08/11/2022\nDJe DATA:17/11/2022REsp 1775136 AC 2018/0240076-8 Decisão:03/12/2019\nDJe DATA:17/12/2019", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:008069 ANO:1990\n***** ECA-90 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE\n ART:00081 INC:00002 ART:00243 ART:0258C\nLEG:FED DEL:003688 ANO:1941\n***** LCP-41 LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS\n ART:00063 INC:00001\nLEG:FED LEI:013106 ANO:2015" }
Súmula 668
Não é hediondo o delito de porte ou posse de arma de fogo de uso permitido, ainda que com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado. (Súmula n. 668, Terceira Seção, julgado em 18/4/2024, DJe de 22/4/2024.)
{ "Enunciado": "Não é hediondo o delito de porte ou posse de arma de fogo de uso permitido,\nainda que com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado,\nsuprimido ou adulterado. (TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 18/4/2024, DJe de\n22/4/2024)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] ART. 16, PARÁGRAFO ÚNICO, IV - LEI 10.826/2003. CONDUTA PRATICADA APÓS A\nVIGÊNCIA DA LEI 13.497/2017 E ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI 13.964/2019. PORTE DE\nARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO COM NUMERAÇÃO SUPRIMIDA. NATUREZA HEDIONDA\nAFASTADA. [...] O art. 16 da Lei 10.826/2003 tipifica, no caput, as condutas de\npossuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,\ntransportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar,\nmanter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso\nproibido ou restrito; ao passo que o inciso IV do parágrafo único define as\ncondutas de portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com\nnumeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou\nadulterado. 3. Prevalecia nesta Corte o entendimento de que, ao ser qualificada\na posse/porte de arma ou equipamento de uso restrito, idêntico tratamento\ndeveria ser concedido às figuras delitivas trazidas por equiparação legal,\nreconhecendo-se, inclusive, a hediondez das condutas praticadas após a edição da\nLei 13.497/2017, que alterou o art. 1º, parágrafo único, da Lei 8.072/90. 4. A\n6ª Turma, todavia, passou a considerar que, a partir da edição da Lei\n13.964/2019, não ostenta caráter hediondo o crime de porte ou posse de arma de\nfogo de uso permitido com numeração, marca ou qualquer outro sinal de\nidentificação raspado, suprimido ou adulterado [...] 5. Praticado o delito em\n9/7/2018, data posterior a publicação da Lei 13.497/2017 e anterior à vigência\nda Lei 13.964/2019, o delito do art. 16, parágrafo único, da Lei 10.826/2003,\nnão deve ser considerado hediondo para os fins de cálculo da execução penal. [..\n.]\" (AgRg no REsp 1907730MG, relator Ministro Olindo Menezes (Desembargador\nConvocado do TRF 1ª Região), Sexta Turma, julgado em 24/8/2021, DJe de\n31/8/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ART. 16, PARÁGRAFO ÚNICO, IV, DA LEI N. 10.826/2003. SUPERVENIÊNCIA DA\nLEI N. 13.964/2019. CRIME COMETIDO APÓS A VIGÊNCIA DA LEI N. 13.497/2017.\nCARÁTER HEDIONDO AFASTADO. ENTENDIMENTO DA SEXTA TURMA DESTA CORTE. [...] A\nSexta Turma desta Corte 'passou a considerar que, a partir da edição da Lei\n13.964/2019, não ostenta caráter hediondo o crime de porte ou posse de arma de\nfogo de uso permitido com numeração, marca ou qualquer outro sinal de\nidentificação raspado, suprimido ou adulterado [...]' (AgRg no REsp n.\n1.907.730/MG, relator Ministro OLINDO MENEZES - DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF\n1ª REGIÃO -, SEXTA TURMA, julgado em 24/8/2021, DJe 31/8/2021). [...]\"\n(AgRg no REsp 1977120MG, relator Ministro Antonio Saldanha Palheiro, Sexta\nTurma, julgado em 5/4/2022, DJe de 8/4/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PORTE DE ARMA DE FOGO COM NUMERAÇÃO SUPRIMIDA (ART. 16, PARÁGRAFO ÚNICO,\nIV, LEI N. 10.826/2003). CONDUTA PRATICADA APÓS A VIGÊNCIA DA LEI N.º\n13.497/2017 E ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI N.º 13.964/2019. NATUREZA HEDIONDA\nAFASTADA. [...] A jurisprudência desta Corte Superior havia se firmado no\nsentido de que a Lei de Crimes Hediondos não traz qualquer limitação quanto a\nsua aplicação tão somente ao caput do art. 16, da Lei nº 10.826/2003, ou seja,\nquando a arma, acessório ou munição for de uso proibido ou restrito,\nconcluindo-se assim que as condutas previstas no parágrafo único, vigente à\népoca dos fatos, devem ser igualmente taxadas de hediondas. 2. Esta Sexta Turma,\nem julgamentos recentes, nos HC n. 575.933/SP e 525.249/RS, julgados em\n15/12/2020 (DJe 18/12/2020), de relatoria da Ministra Laurita Vaz, decidiu que o\nentendimento anterior deve ser superado (overruling), pois a Lei n.\n13.964/2019, ao modificar a redação do art. 16 da Lei n.º 10.826/2003, com a\nimposição de penas diferenciadas para o posse ou porte de arma de fogo de uso\nrestrito e de uso proibido, atribuiu reprovação criminal diversa a depender da\nclassificação do armamento. 3. Firmou-se, assim, o entendimento de que deve ser\nconsiderado equiparado a hediondo apenas o crime de posse ou porte ilegal de\narma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei n. 10.826/2003,\nafastando-se o caráter hediondo do delito de porte ou posse de arma de fogo de\nuso permitido com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação\nraspado, suprimido ou adulterado. [...]\" (AgRg no HC 625762SP, relator Ministro\nNefi Cordeiro, Sexta Turma, julgado em 9/2/2021, DJe de 18/2/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PORTE DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO COM NUMERAÇÃO SUPRIMIDA. NATUREZA\nHEDIONDA AFASTADA NA ORIGEM. AUSÊNCIA DO INTERESSE DE AGIR. [...] Concluiu o\nTribunal de origem que 'nos casos em que as disposições previstas no art. 16,\ncaput, da Lei nº 10.826/03, e no seu §1º e incisos, referem-se apenas a\nartefatos de uso restrito, não se está mais diante de aplicação da Lei nº\n8.072/90, que somente faz menção à posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso\nproibido; ou seja, o delito não é mais considerado hediondo'. 2. Ademais,\nconsiderou que o agravante foi condenado por outros crimes, dentre eles o de\ntráfico de drogas, sendo considerado pelas instâncias ordinárias como crime\nequiparado a hediondo [...]\" (AgRg no HC 762271RS, relator Ministro Jesuíno\nRissato (Desembargador Convocado do TJDFT), Sexta Turma, julgado em 24/4/2023,\nDJe de 27/4/2023)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] MUDANÇA DA JURISPRUDÊNCIA. HEDIONDEZ DO DELITO PREVISTA NO ART. 16, § 1º,\nIV, DA LEI N. 10.826/03. ALTERAÇÃO PROMOVIDA PELA LEI N. 13.964/19. [...] A\nembargante foi condenada pela prática do delito tipificado no art. 16, § 1º, IV,\nda Lei n. 10.826/03 (posse de arma de fogo de uso permitido com numeração,\nmarca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou\nadulterado). Com o advento da Lei n. 13.964/19 (pacote anticrime), que alterou a\nLei n. 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos), a defesa requer o afastamento da\nhediondez do referido delito. 2. A Quinta Turma passou a acompanhar o\nposicionamento da Sexta Turma de que 'deve ser considerado equiparado a hediondo\napenas o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido,\nprevisto no art. 16 da Lei n. 10.826/2003, afastando-se o caráter hediondo do\ndelito de porte ou posse de arma de fogo de uso permitido com numeração, marca\nou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado' [...\n]\"\n(EDcl no AgRg no HC 700131RS, relator Ministro Joel Ilan Paciornik, Quinta\nTurma, julgado em 13/6/2023, DJe de 16/6/2023)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ART. 16, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO IV, DA LEI N.º 10.826/2003. CONDUTA\nPRATICADA APÓS A VIGÊNCIA DA LEI N.º 13.497/2017 E ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI N.º\n13.964/2019. PORTE DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO COM NUMERAÇÃO SUPRIMIDA.\nNATUREZA HEDIONDA AFASTADA. [...] Os Legisladores, ao elaborarem a Lei n.\n13.497/2017 - que alterou a Lei de Crimes Hediondos - quiseram conferir\ntratamento mais gravoso apenas ao crime de posse ou porte de arma de fogo, de\nacessório ou de munição de uso proibido ou restrito, não abrangendo o crime de\nposse ou porte de arma de fogo, de acessório ou de munição de uso permitido. [..\n.] 3. É certo que a Lei n. 13.964/2019 alterou a redação da Lei de Crimes\nHediondos, de modo que, atualmente, se considera equiparado a hediondo o crime\nde posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da\nLei n.º 10.826/2003. 4. Embora o crime ora em análise tenha sido praticado\nantes da vigência da Lei n.º 13.964/2019, cabe destacar que a alteração na\nredação da Lei de Crimes Hediondos apenas reforça o entendimento ora afirmado,\nno sentido da natureza não hedionda do porte ou posse de arma de fogo de uso\npermitido com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado,\nsuprimido ou adulterado. [...] 6. Esta Corte Superior, até o momento, afirmava\nque os Legisladores atribuíram reprovação criminal equivalente às condutas\ndescritas no caput do art. 16 da Lei n.º 10.826/2003 e ao porte ou posse de arma\nde fogo de uso permitido com numeração suprimida, equiparando a gravidade da\nação e do resultado. Todavia, diante dos fundamentos ora apresentados, tal\nentendimento deve ser superado (overruling). 7. Corrobora a necessidade de\nsuperação a constatação de que, diante de texto legal obscuro - como é o\nparágrafo único do art. 1.º da Lei de Crimes Hediondos, na parte em que dispõe\nsobre a hediondez do crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo - e de temas\ncom repercussões relevantes, na execução penal, cabe ao Julgador adotar postura\nredutora de danos, em consonância com o princípio da humanidade. [...]\"\n(HC 525249RS, relatora Ministra Laurita Vaz, Sexta Turma, julgado em\n15/12/2020, DJe de 18/12/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ART. 16, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO IV, DA LEI N.º 10.826/2003. CONDUTA\nPRATICADA APÓS A VIGÊNCIA DA LEI N.º 13.497/2017 E ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI N.º\n13.964/2019. PORTE DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO COM NUMERAÇÃO SUPRIMIDA.\nNATUREZA HEDIONDA AFASTADA. [...] Os Legisladores, ao elaborarem a Lei n.\n13.497/2017 - que alterou a Lei de Crimes Hediondos - quiseram conferir\ntratamento mais gravoso apenas ao crime de posse ou porte de arma de fogo, de\nacessório ou de munição de uso proibido ou restrito, não abrangendo o crime de\nposse ou porte de arma de fogo, de acessório ou de munição de uso permitido. [..\n.] 3. É certo que a Lei n. 13.964/2019 alterou a redação da Lei de Crimes\nHediondos, de modo que, atualmente, se considera equiparado a hediondo o crime\nde posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da\nLei n.º 10.826/2003. 4. Embora o crime ora em análise tenha sido praticado\nantes da vigência da Lei n.º 13.964/2019, cabe destacar que a alteração na\nredação da Lei de Crimes Hediondos apenas reforça o entendimento ora afirmado,\nno sentido da natureza não hedionda do porte ou posse de arma de fogo de uso\npermitido com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado,\nsuprimido ou adulterado. [...] 6. Esta Corte Superior, até o momento atual,\nafirmou que os Legisladores atribuiram reprovação criminal equivalente às\ncondutas descritas no caput do art. 16 da Lei n.º 10.826/2003 e ao porte ou\nposse de arma de fogo de uso permitido com numeração suprimida, equiparando a\ngravidade da ação e do resultado. Todavia, diante dos fundamentos ora\napresentados, tal entendimento deve ser superado (overruling). 7. Corrobora a\nnecessidade de superação a constatação de que, diante de texto legal obscuro -\ncomo é o parágrafo único do art. 1.º da Lei de Crimes Hediondos, na parte em que\ndispõe sobre a hediondez do crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo - e\nde temas com repercussões relevantes, na execução penal, cabe ao Julgador adotar\npostura redutora de danos, em consonância com o princípio da humanidade. [...]\"\n(HC 575933SP, relatora Ministra Laurita Vaz, Sexta Turma, julgado em\n15/12/2020, DJe de 18/12/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 22/04/2024", "Precedentes": "AgRg no REsp 1907730 MG 2020/0311952-0 Decisão:24/08/2021\nDJe DATA:31/08/2021AgRg no REsp 1977120 MG 2021/0391405-4 Decisão:05/04/2022\nDJe DATA:08/04/2022AgRg no HC 625762 SP 2020/0299277-7 Decisão:09/02/2021\nDJe DATA:18/02/2021AgRg no HC 762271 RS 2022/0246252-0 Decisão:24/04/2023\nDJe DATA:27/04/2023EDcl no AgRg no HC 700131 RS 2021/0328932-9 Decisão:13/06/2023\nDJe DATA:16/06/2023HC 525249 RS 2019/0229616-8 Decisão:15/12/2020\nDJe DATA:18/12/2020\nRSDPPP VOL.:00127 PG:00052\nRT VOL.:01026 PG:00467HC 575933 SP 2020/0095129-8 Decisão:15/12/2020\nDJe DATA:18/12/2020", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:008072 ANO:1990\n***** LCH-90 LEI DOS CRIMES HEDIONDOS\nLEG:FED LEI:010826 ANO:2003\n***** ED-2003 ESTATUTO DO DESARMAMENTO\n ART:00016 PAR:00001 INC:00004\nLEG:FED LEI:013964 ANO:2019\n***** LPAC-2019 LEI DO PACOTE ANTICRIME" }
Súmula 667
Eventual aceitação de proposta de suspensão condicional do processo não prejudica a análise do pedido de trancamento de ação penal. (Súmula n. 667, Terceira Seção, julgado em 18/4/2024, DJe de 22/4/2024.)
{ "Enunciado": "Eventual aceitação de proposta de suspensão condicional do processo não\nprejudica a análise do pedido de trancamento de ação penal. (TERCEIRA SEÇÃO,\njulgado em 18/4/2024, DJe de 22/4/2024)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] ACEITAÇÃO DE SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO. INEXISTÊNCIA DE ÓBICE AO\nCONHECIMENTO DO HABEAS CORPUS. [...] 'A homologação de suspensão condicional do\nprocesso não torna prejudicado o pedido de trancamento da ação penal, porquanto,\nse descumpridas as condições impostas, a ação penal pode ser retomada' (RHC\n95.625/MG, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, DJe 16/4/2018). [...]\"\n(AgRg no RHC 117540SP, relator Ministro Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma,\njulgado em 19/5/2020, DJe de 27/5/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LESÃO CORPORAL. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. MEDIDA EXCEPCIONAL. [...] Nos\ntermos da jurisprudência desta Corte Superior, 'eventual aceitação de proposta\nde suspensão condicional do processo não prejudica a análise de habeas corpus em\nque se pleiteia o trancamento de ação penal [...]' (HC 532.052/SP, Rel.\nMinistro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 15/12/2020, DJe\n18/12/2020). [...]\" (AgRg no RHC 138532RJ, relatora Ministra Laurita Vaz, Sexta\nTurma, julgado em 26/10/2021, DJe de 4/11/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO. EMBRIAGUEZ AO VOLANTE. PROVA DA\nMATERIALIDADE. EXAME DE ALCOOLEMIA. PROCESSO SUSPENSO. ACEITAÇÃO PELO ACUSADO.\nPEDIDO DE TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL POR ATIPICIDADE DA CONDUTA. INTERESSE DE\nAGIR PRESERVADO. [...] O fato de o denunciado ter aceitado a proposta de\nsuspensão condicional do processo formulada pelo Ministério Público (art. 89 da\nLei n. 9.099/1995) não constitui óbice ao conhecimento do pleito de trancamento\nda ação penal. [...]\" (HC 210122SP, relator Ministro Sebastião Reis Júnior,\nSexta Turma, julgado em 6/9/2011, DJe de 26/9/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. ART. 1.º, INCISO V, DA LEI N.º\n8.137/1990. DEIXAR DE FORNECER NOTA FISCAL QUANDO OBRIGATÓRIO. PLEITO DE\nTRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL POR ATIPICIDADE DA CONDUTA, EM RAZÃO DO PRINCÍPIO DA\nINSIGNIFICÂNCIA. VALOR ÍNFIMO DA NOTA FISCAL, SENDO O MONTANTE DO TRIBUTO AINDA\nMENOR. DOCUMENTO FISCAL ENVIADO 4 (QUATRO) DIAS APÓS A DATA DEVIDA.\nINEXPRESSIVIDADE DA LESÃO JURÍDICA PROVOCADA. ORDEM DE HABEAS CORPUS CONCEDIDA\nPARA DETERMINAR O TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL E A CONSEQUENTE ABSOLVIÇÃO DOS\nPACIENTES. [...] Nos termos da orientação dominante das Turmas que compõem a\nTerceira Seção do Superior Tribunal de Justiça, a superveniência de homologação\nda suspensão condicional do processo não prejudica o pleito de trancamento da\nação penal. [...]\" (HC 486854RJ, relatora Ministra Laurita Vaz, Sexta Turma,\njulgado em 22/10/2019, DJe de 18/11/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] HABEAS CORPUS. ESTELIONATO. SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO.\nPREJUDICIALIDADE DO WRIT. NÃO OCORRÊNCIA. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. [...] O\nSuperior Tribunal de Justiça firmou entendimento segundo o qual eventual\naceitação de proposta de suspensão condicional do processo não prejudica a\nanálise de habeas corpus em que se pleiteia o trancamento de ação penal\n(precedentes). [...]\" (HC 532052SP, relator Ministro Antonio Saldanha Palheiro,\nSexta Turma, julgado em 15/12/2020, DJe de 18/12/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"HABEAS CORPUS. USO DE DOCUMENTO FALSO. TRANCAMENTO DO PROCESSO. AUSÊNCIA DE\nEXPOSIÇÃO DE FATO CRIMINOSO NA DENÚNCIA. INÉPCIA DA INICIAL. [...] A teor dos\nprecedentes desta Corte, a aceitação de proposta de suspensão condicional do\nprocesso não prejudica a análise de habeas corpus em que se pleiteia o\ntrancamento do exercício da ação penal. [...]\" (HC 544800SP, relator Ministro\nRogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, julgado em 21/9/2021, DJe de 29/9/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRANCAMENTO. EMBRIAGUEZ AO VOLANTE. ATIPICIDADE DA CONDUTA. [...] Nos\ntermos da jurisprudência desta Corte, descabe falar em prejudicialidade de\nhabeas corpus impetrado com vistas ao trancamento do processo-crime, pois, em\ncaso de descumprimento das condições estabelecidas para a percepção do benefício\nlegal, o réu poderá voltar a ser processado pela prática de condutas\nreputadamente atípicas. [...]\" (RHC 92549SP, relator Ministro Ribeiro Dantas,\nQuinta Turma, julgado em 3/4/2018, DJe de 9/4/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRANCAMENTO DA AÇÃO. ATIPICIDADE DA CONDUTA. ACEITAÇÃO DO BENEFÍCIO DA\nSUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO. PREJUDICIALIDADE DO MANDAMUS. INEXISTÊNCIA.\n[...] A eventual aceitação do benefício da suspensão condicional do processo\npelo recorrente, e a superveniente homologação da proposta pelo Juízo\nprocessante, não acarreta a prejudicialidade do habeas corpus impetrado na\norigem com o objetivo de trancar a ação penal por inépcia da denúncia e/ou\nausência de justa causa, considerando a possibilidade de se retomar o curso da\nação penal caso descumpridas as condições impostas (Precedentes). [...]\"\n(RHC 93690DF, relator Ministro Felix Fischer, Quinta Turma, julgado em\n13/3/2018, DJe de 21/3/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ESTATUTO DO IDOSO. MAUS TRATOS E LESÃO CORPORAL. CRIMES PRATICADOS NO\nÂMBITO DOMÉSTICO. SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO. AUSÊNCIA DE\nPREJUDICIALIDADE NA ANÁLISE DO PEDIDO DE TRANCAMENTO. [...] A homologação de\nsuspensão condicional do processo não torna prejudicado o pedido de trancamento\nda ação penal, porquanto, se descumpridas as condições impostas, a ação penal\npode ser retomada. [...]\" (RHC 95625MG, relator Ministro Felix Fischer, Quinta\nTurma, julgado em 10/4/2018, DJe de 16/4/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. HOMOLOGAÇÃO DE SUSPENSÃO CONDICIONAL DO\nPROCESSO. AUSÊNCIA DE PREJUDICIALIDADE. [...] A homologação de suspensão\ncondicional do processo não prejudica a apreciação do pedido de trancamento da\nação penal. [...]\" (RHC 101849SP, relatora Ministra Laurita Vaz, Sexta Turma,\njulgado em 8/11/2018, DJe de 3/12/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 22/04/2024", "Precedentes": "AgRg no RHC 117540 SP 2019/0264023-3 Decisão:19/05/2020\nDJe DATA:27/05/2020AgRg no RHC 138532 RJ 2020/0316118-8 Decisão:26/10/2021\nDJe DATA:04/11/2021HC 210122 SP 2011/0138887-7 Decisão:06/09/2011\nDJe DATA:26/09/2011HC 486854 RJ 2018/0346430-5 Decisão:22/10/2019\nDJe DATA:18/11/2019HC 532052 SP 2019/0268118-9 Decisão:15/12/2020\nDJe DATA:18/12/2020HC 544800 SP 2019/0336401-1 Decisão:21/09/2021\nDJe DATA:29/09/2021RHC 92549 SP 2017/0314771-8 Decisão:03/04/2018\nDJe DATA:09/04/2018RHC 93690 DF 2018/0002988-4 Decisão:13/03/2018\nDJe DATA:21/03/2018RHC 95625 MG 2018/0051484-0 Decisão:10/04/2018\nDJe DATA:16/04/2018RHC 101849 SP 2018/0206392-5 Decisão:08/11/2018\nDJe DATA:03/12/2018", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:009099 ANO:1995\n***** LJE-95 LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS\n ART:00089" }
Súmula 666
A legitimidade passiva, em demandas que visam à restituição de contribuições de terceiros, está vinculada à capacidade tributária ativa; assim, nas hipóteses em que as entidades terceiras são meras destinatárias das contribuições, não possuem elas legitimidade ad causam para figurar no polo passivo, juntamente com a União. (Súmula n. 666, Primeira Seção, julgado em 18/4/2024, DJe de 22/4/2024.)
{ "Enunciado": "A legitimidade passiva, em demandas que visam à restituição de contribuições de\nterceiros, está vinculada à capacidade tributária ativa; assim, nas hipóteses em\nque as entidades terceiras são meras destinatárias das contribuições, não\npossuem elas legitimidade ad causam para figurar no polo passivo, juntamente com\na União. (PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 18/4/2024, DJe de 22/4/2024)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] CONTRIBUIÇÃO AO SISTEMA 'S'. HIGIDEZ DA COBRANÇA. QUESTIONAMENTO\nJUDICIAL. ILEGITIMIDADE DAS ENTIDADES DESTINATÁRIAS. [...] A hodierna\njurisprudência do STJ é no sentido de que ‘não se verifica a legitimidade dos\nserviços sociais autônomos para constarem no polo passivo de ações judiciais em\nque são partes o contribuinte e o/a INSS/União Federal e nas quais se discutem a\nrelação jurídico-tributária e a repetição de indébito, porquanto aqueles (os\nserviços sociais) são meros destinatários de subvenção econômica’ (EREsp\n1.619.954/SC, Rel. Ministro Gurgel de Faria, Primeira Seção, julgado em\n10/04/2019, DJe 1º/07/2019). [...]\" (AgInt no AREsp 1509165RS, relator Ministro\nSérgio Kukina, Primeira Turma, julgado em 12/6/2023, DJe de 15/6/2023)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO MANDAMENTAL IMPETRADA VISANDO O AFASTAMENTO DE CONTRIBUIÇÕES\nPREVIDENCIÁRIAS E DE CONTRIBUIÇÕES A TERCEIROS, INCIDENTES SOBRE VERBAS DA FOLHA\nDE SALÁRIOS. INEXIGÊNCIA DE FORMAÇÃO DE LITISCONSÓRCIO PASSIVO ENTRE A UNIÃO E\nAS ENTIDADES BENEFICIÁRIAS DAS CONTRIBUIÇÕES DE TERCEIROS. ORIENTAÇÃO FIRMADA\nPELA PRIMEIRA SEÇÃO DO STJ, NOS ERESP 1.619.954/SC. ILEGITIMIDADE ATIVA DO\nEMPREGADOR PARA PLEITEAR A DECLARAÇÃO DA INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO\nJURÍDICO-TRIBUTÁRIA. [...] Na origem, trata-se de Mandado de Segurança impetrado\npela parte ora recorrente, em face da União, com o objetivo de ver declarada a\ninexistência de relação jurídico-tributária e a existência do direito à\ncompensação em relação à contribuição previdenciária e às contribuições\ndestinadas a terceiros, incidentes sobre verbas salariais. [...] IV. Na forma da\njurisprudência firmada pela Primeira Seção do STJ, nos EREsp 1.619.954/SC\n(Relator Ministro GURGEL DE FARIA, DJe de 16/04/2019), a partir da interpretação\ndos arts. 3º da Lei 11.457/2007 e 89 da Lei 8.212/91, esse último alterado pela\nLei 11.941/2009, a restituição de contribuições destinadas a terceiros, nas\nhipóteses de pagamento ou recolhimento indevido ou maior que o devido, ocorre\nnos termos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do\nBrasil. O último dispositivo legal acima foi regulamentado - após a criação da\n'Super Receita' - pelo § 3º do art. 2º da Instrução Normativa RFB 900/2008,\nreproduzido pelo § 3º do art. 2º da Instrução Normativa RFB 1.300/2012, e,\natualmente, pelo art. 5º da vigente Instrução Normativa RFB 1.717/2017, segundo\no qual compete à Receita Federal do Brasil efetuar a restituição dos valores\nrecolhidos para outras entidades ou fundos, exceto nos casos de arrecadação\ndireta, realizada mediante convênio. Assim, em ação judicial que contenha pedido\nde restituição ou compensação de contribuições de terceiros, não arrecadadas\ndiretamente por outras entidades ou fundos, a União possui legitimidade\nexclusiva para figurar no polo passivo da demanda, não havendo que se falar em\nlitisconsórcio passivo entre a União e os beneficiários dessas contribuições. [.\n..] V. É firme o entendimento da jurisprudência desta Corte no sentido da\nilegitimidade ativa do empregador no que se refere ao pleito de declaração de\nnão incidência de contribuição previdenciária dos empregados. [...]\"\n(AgInt no AREsp 1929445RS, relatora Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma,\njulgado em 26/9/2022, DJe de 30/9/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS. DISCUSSÃO\nACERCA DA INEXIGIBILIDADE. ILEGITIMIDADE PASSIVA. [...] Está fixado no acórdão\nque o caso em comento trata de ação na qual se discute a legitimidade passiva\ndas partes para figurar em ações que questionem a 'inexigibilidade das\ncontribuições às terceiras entidades sobre verbas indenizatórias' [...] 4.\nAssim, como realçado anteriormente, a irresignação não procede, pois no EREsp\n1.619.954/SC, a Primeira Seção do STJ firmou a compreensão de que 'não se\nverifica a legitimidade dos serviços sociais autônomos para constarem no polo\npassivo de ações judiciais em que são partes o contribuinte e o/a INSS/União\nFederal e nas quais se discutem a relação jurídico-tributária e a repetição de\nindébito, porquanto aqueles (os serviços sociais) são meros destinatários de\nsubvenção econômica'. [...] 5. 'A orientação das Turmas que compõem a Primeira\nSeção deste Tribunal Superior firmou-se no sentido de que as atividades\nreferentes à tributação, à fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao\nrecolhimento das contribuições sociais vinculadas ao INSS (art. 2º da Lei n.\n11.457/2007), bem como as contribuições destinadas a terceiros e fundos, tais\ncomo SESI, SENAI, SESC, SENAC, SEBRAE, INCRA, APEX, ABDI, consoante a expressa\nprevisão contida no art. 3º da referida norma, foram transferidas à Secretaria\nda Receita Federal do Brasil, órgão da União, cuja representação, após os prazos\nestipulados no seu art. 16, ficou a cargo exclusivo da Procuradoria-Geral da\nFazenda Nacional para eventual questionamento quanto à exigibilidade das\ncontribuições, ainda que em demandas que têm por objetivo a restituição de\nindébito tributário.' [...]\" (AgInt no AREsp 2070652SP, relator Ministro Herman\nBenjamin, Segunda Turma, julgado em 19/9/2022, DJe de 5/12/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTRIBUIÇÕES DE TERCEIROS. ARRECADAÇÃO INDIRETA. ASSISTÊNCIA\nLITISCONSORCIAL E ASSISTÊNCIA SIMPLES. AUSÊNCIA DE INTERESSE JURÍDICO.\nILEGITIMIDADE PASSIVA. [...] No enfrentamento da matéria, o Tribunal a quo\nfundamentou: 'Da leitura das razões recursais, verifica-se que as recorrentes\nadmitem que o impetrante é contribuinte na modalidade 'indireta'. Dessa forma, a\narrecadação é feita pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, nos termos da\nLei n° 11.457/2007. Destaque-se o E. STJ tem entendido que nas demandas em que\nse discuta sobre as contribuições destinadas a terceiros, cuja arrecadação seja\nna forma indireta, não se reconhece a existência do litisconsórcio passivo\nnecessário aos destinatários, como no presente caso, SESI e SENAI. (...)\nAcresça-se que nem mesmo o pedido subsidiário de ingresso na lide na qualidade\nde assistentes simples da União pode ser acolhido. Nesse sentido, verifica-se\nque a controvérsia versa sobre a aplicação ou não de legislação (Lei n°\n6.950/81), estando, pois, ligada à questão de competência tributária. A par\ndisso, apenas o ente tributante (qual seja, a União Federal) detém legitimidade\npara figurar no polo passivo da demanda. Quando muito as recorrentes apenas\npossuem interesse econômico sobre o tema, não justificando, pois, sequer seu\ningresso como assistentes simples'. 2. Com efeito, no julgamento dos EREsp\n1.619.954/SC, a Primeira Seção do STJ firmou a compreensão de que 'não se\nverifica a legitimidade dos serviços sociais autônomos para constarem no polo\npassivo de ações judiciais em que são partes o contribuinte e o/a INSS/União\nFederal e nas quais se discutem a relação jurídico-tributária e a repetição de\nindébito, porquanto aqueles (os serviços sociais) são meros destinatários de\nsubvenção econômica'. [...]\" (AgInt no AREsp 2297593SP, relator Ministro Herman\nBenjamin, Segunda Turma, julgado em 26/6/2023, DJe de 30/6/2023)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTRIBUIÇÕES DEVIDAS AO FNDE (SALÁRIO-EDUCAÇÃO), AO SESC, AO SENAC, AO\nSEBRAE E AO INCRA. ILEGITIMIDADE PASSIVA. ENTENDIMENTO FIRMADO PELA PRIMEIRA\nSEÇÃO DO STJ NOS ERESP 1.619.954/SC. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM O\nENTENDIMENTO DO STJ SOBRE O TEMA. [...] O acórdão recorrido decidiu a\ncontrovérsia em conformidade com o entendimento do STJ sobre o tema, o qual se\nfirmou no sentido de que '(...) não se verifica a legitimidade dos serviços\nsociais autônomos para constarem no polo passivo de ações judiciais em que são\npartes o contribuinte e o/a INSS/União Federal e nas quais se discutem a relação\njurídico-tributária e a repetição de indébito, porquanto aqueles (os serviços\nsociais) são meros destinatários de subvenção econômica' (EREsp 1.619.954/SC,\nRel. Min. Gurgel de Faria, Primeira Seção, DJe 16/4/2019). [...]\"\n(AgInt no REsp 1681582RS, relator Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma,\njulgado em 15/12/2020, DJe de 18/12/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DA CONTRIBUIÇÃO REFERENTE AO\nSALÁRIO-EDUCAÇÃO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO. ILEGITIMIDADE PASSIVA DO FNDE.\nACÓRDÃO RECORRIDO EM DESCONFORMIDADE COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ, FIRMADA PELA\nPRIMEIRA SEÇÃO DO STJ, NO JULGAMENTO DOS ERESP 1.619.954/SC. [...] A Primeira\nSeção do Superior Tribunal de Justiça, a partir do julgamento dos EREsp\n1.619.954/SC (Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, DJe de 16/04/2019), alterou o seu\nentendimento, firmando posição no sentido de que a legitimidade passiva, em\ndemandas que visam a restituição de contribuições de terceiros, está vinculada à\ncapacidade tributária ativa. Assim, nas hipóteses em que as entidades terceiras\nsão meras destinatárias das contribuições, não possuem elas legitimidade ad\ncausam para figurar no polo passivo, juntamente com a União. Idêntica conclusão\naplica-se às ações de repetição de indébito da contribuição do salário-educação,\nporquanto o FNDE é mero destinatário do produto de sua arrecadação, cujos\nvalores são recolhidos pela União, por meio da Secretaria da Receita Federal,\npor ter ela base de cálculo sobre a remuneração paga, devida ou creditada a\nsegurados do Regime Geral de Previdência Social, na forma do art. 15 da Lei\n9.424/96 c/c arts. 2º, caput, e 3º, caput, e §§ 2º e 6º, da Lei 11.457/2007.\nIII. Esta Corte, após o julgamento dos EREsp 1.619.954/SC, tem decidido, em\ncasos análogos ao presente, pela ilegitimidade passiva do FNDE. [...]\"\n(AgInt no REsp 1938071GO, relatora Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma,\njulgado em 9/11/2022, DJe de 11/11/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTRIBUIÇÃO. SALÁRIO-EDUCAÇÃO. ILEGITIMIDADE PASSIVA DO FNDE.\nLEGITIMIDADE PASSIVA DA UNIÃO. [...] O Superior Tribunal de Justiça decidiu pela\nlegitimidade passiva da União e pela ilegitimidade passiva do FNDE em demandas\nque visem à repetição do indébito da contribuição do salário-educação, pois o\naludido fundo é mero destinatário do produto da sua arrecadação. [...]\"\n(AgInt no REsp 1957822MG, relator Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, julgado\nem 26/4/2022, DJe de 13/5/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. CONTRIBUIÇÕES DESTINADAS A TERCEIROS. SERVIÇOS\nSOCIAIS AUTÔNOMOS. DESTINAÇÃO DO PRODUTO. SUBVENÇÃO ECONÔMICA. LEGITIMIDADE\nPASSIVA AD CAUSAM. LITISCONSÓRCIO. INEXISTÊNCIA. [...] O ente federado detentor\nda competência tributária e aquele a quem é atribuído o produto da arrecadação\nde tributo, bem como as autarquias e entidades às quais foram delegadas a\ncapacidade tributária ativa, têm, em princípio, legitimidade passiva ad causam\npara as ações declaratórias e/ou condenatórias referentes à relação\njurídico-tributária. 2. Na capacidade tributária ativa, há arrecadação do\npróprio tributo, o qual ingressa, nessa qualidade, no caixa da pessoa jurídica.\n3. Arrecadado o tributo e, posteriormente, destinado seu produto a um terceiro,\nhá espécie de subvenção. 4. A constatação efetiva da legitimidade passiva deve\nser aferida caso a caso, conforme a causa de pedir e o contexto normativo em que\nse apoia a relação de direito material invocada na ação pela parte autora. 5.\nHipótese em que não se verifica a legitimidade dos serviços sociais autônomos\npara constarem no polo passivo de ações judiciais em que são partes o\ncontribuinte e o/a INSS/União Federal e nas quais se discutem a relação\njurídico-tributária e a repetição de indébito, porquanto aqueles (os serviços\nsociais) são meros destinatários de subvenção econômica. [...]\" (EREsp 1619954SC, relator Ministro Gurgel de Faria, Primeira Seção, julgado em 10/4/2019, DJe\nde 16/4/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SALÁRIO-EDUCAÇÃO. AÇÃO ORDINÁRIA QUE DISCUTE A EXIGIBILIDADE DA\nCONTRIBUIÇÃO E A RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO. LEGITIMIDADE PASSIVA DA UNIÃO.\nORIENTAÇÃO FIRMADA POR ESTA CORTE NO ERESP 1.619.954, REL. MIN. GURGEL DE FARIA,\nPRIMEIRA SEÇÃO, DJE 16.4.2019. [...] A orientação desta Corte é no sentido de\nque não se verifica a legitimidade das entidades terceiras para constarem no\npolo passivo de ações nas quais se discutem a relação jurídico-tributária e a\nrepetição de indébito, porquanto aquelas entidades são meras destinatários de\nsubvenção econômica. (ERESp 1.619.954, Rel. Min. Gurgel de Faria, Primeira\nSeção, DJe 16.4.2019). [...]\" (REsp 1824109DF, relator Ministro Mauro Campbell\nMarques, Segunda Turma, julgado em 17/5/2022, DJe de 27/5/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 22/04/2024", "Precedentes": "AgInt no AREsp 1509165 RS 2019/0146860-3 Decisão:12/06/2023\nDJe DATA:15/06/2023AgInt no AREsp 1929445 RS 2019/0274153-0 Decisão:26/09/2022\nDJe DATA:30/09/2022AgInt no AREsp 2070652 SP 2022/0038812-2 Decisão:19/09/2022\nDJe DATA:05/12/2022AgInt no AREsp 2297593 SP 2023/0038477-8 Decisão:26/06/2023\nDJe DATA:30/06/2023AgInt no REsp 1681582 RS 2017/0153296-5 Decisão:15/12/2020\nDJe DATA:18/12/2020AgInt no REsp 1938071 GO 2021/0144865-1 Decisão:09/11/2022\nDJe DATA:11/11/2022AgInt no REsp 1957822 MG 2021/0279042-0 Decisão:26/04/2022\nDJe DATA:13/05/2022EREsp 1619954 SC 2016/0213596-6 Decisão:10/04/2019\nDJe DATA:16/04/2019\nRIP VOL.:00116 PG:00269REsp 1824109 DF 2019/0191145-9 Decisão:17/05/2022\nDJe DATA:27/05/2022", "Referência Legislativa": "LEG:FED CFB:****** ANO:1988\n***** CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988\n ART:00149 ART:00157 INC:00001\nLEG:FED LEI:004320 ANO:1964\n ART:00012 PAR:00003 ART:00108 INC:00002\nLEG:FED LEI:008029 ANO:1990\n ART:00008\nLEG:FED LEI:008212 ANO:1991\n***** LOSS-91 LEI ORGÂNICA DA SEGURIDADE SOCIAL\n ART:00011 PAR:ÚNICO LET:A LET:B LET:C\n ART:00089\nLEG:FED LEI:008706 ANO:1993\n ART:00007\nLEG:FED LEI:010668 ANO:2003\n ART:00013\nLEG:FED LEI:011080 ANO:2004\n ART:00015 ART:00017\nLEG:FED LEI:011457 ANO:2007\n ART:00002 ART:00003\nLEG:FED LEI:011941 ANO:2009\n ART:00026" }
Súmula 665
O controle jurisdicional do processo administrativo disciplinar restringe-se ao exame da regularidade do procedimento e da legalidade do ato, à luz dos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, não sendo possível incursão no mérito administrativo, ressalvadas as hipóteses de flagrante ilegalidade, teratologia ou manifesta desproporcionalidade da sanção aplicada. (Súmula n. 665, Primeira Seção, julgado em 13/12/2023, DJe de 14/12/2023.)
{ "Enunciado": "O controle jurisdicional do processo administrativo disciplinar restringe-se ao\nexame da regularidade do procedimento e da legalidade do ato, à luz dos\nprincípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, não\nsendo possível incursão no mérito administrativo, ressalvadas as hipóteses de\nflagrante ilegalidade, teratologia ou manifesta desproporcionalidade da sanção\naplicada. (PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13/12/2023, DJe de 14/12/2023)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] SERVIDOR PÚBLICO. [...] AUSÊNCIA DE NULIDADE. ANULAÇÃO PARCIAL DO\nPROCESSO DISCIPLINAR. PRESERVAÇÃO DOS ATOS NÃO AFETADOS. POSSIBILIDADE.\nEVENTUAIS VÍCIOS. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE PREJUÍZO À DEFESA. PRINCÍPIO\nPAS DE NULLITÉ SANS GRIEF. [...] É pacífica a jurisprudência deste Superior\nTribunal de Justiça no sentido de que, em processo administrativo disciplinar,\napenas se declara a nulidade de um ato processual quando houver efetiva\ndemonstração de prejuízo à defesa, por força da aplicação do princípio pas de\nnullité sans grief. VIII - É firme o entendimento no âmbito do Supremo Tribunal\nFederal e desse Superior Tribunal de Justiça no sentido de que o mandado de\nsegurança não é a via adequada para o exame da suficiência do conjunto\nfático-probatório constante do Processo Administrativo Disciplinar - PAD, a fim\nde verificar se o impetrante praticou ou não os atos que foram a ele imputados e\nque serviram de base para a imposição de penalidade administrativa, porquanto\nexige prova pré-constituída e inequívoca do direito líquido e certo invocado. O\ncontrole jurisdicional do PAD restringe-se ao exame da regularidade do\nprocedimento e a legalidade do ato, à luz dos princípios do contraditório, da\nampla defesa e do devido processo legal, sendo-lhe defesa qualquer incursão no\nmérito administrativo, a impedir a análise e valoração das provas constantes no\nprocesso disciplinar (MS 16.121/DF, 1ª S., Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe\n06.04.2016). [...]\" (AgInt no MS 22629DF, relatora Ministra Regina Helena\nCosta, Primeira Seção, julgado em 16/11/2021, DJe de 19/11/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSO DISCIPLINAR. [...] O controle jurisdicional do PAD se restringe\nao exame da regularidade do procedimento e à legalidade do ato, à luz dos\nprincípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal,\nsendo-lhe defesa qualquer incursão no mérito administrativo, a impedir a análise\ne valoração das provas constantes no processo disciplinar. [...]\"\n(AgInt no MS 22919DF, relator Ministro Gurgel de Faria, Primeira Seção,\njulgado\nem\n19/10/2021, DJe de 8/11/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"SERVIDOR PÚBLICO. [...] DECISÃO MOTIVADA. AUSÊNCIA DE CERCEAMENTO DE DEFESA. [.\n..] O controle jurisdicional do PAD restringe-se ao exame da regularidade do\nprocedimento e à legalidade do ato, à luz dos princípios do contraditório, da\nampla defesa e do devido processo legal, sendo-lhe defesa qualquer incursão no\nmérito administrativo, a impedir a análise e valoração das provas constantes no\nprocesso disciplinar. [...]\" (AgInt no MS 26918DF, relatora Ministra Regina\nHelena Costa, Primeira Seção, julgado em 13/12/2022, DJe de 15/12/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL.\nAUSÊNCIA DE NULIDADE PROCESSUAL. OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E\nDA AMPLA DEFESA. [...] Ou seja, conforme precedentes do STJ, o controle\njurisdicional dos atos administrativos disciplinares 'limita-se ao campo da\nregularidade do procedimento, bem como à legalidade do ato, não sendo possível\nnenhuma incursão no mérito administrativo a fim de aferir o grau de conveniência\ne oportunidade, de modo que se mostra inviável a análise das provas constantes\nno processo disciplinar a fim de adotar conclusão diversa daquela à qual chegou\na autoridade administrativa competente' (MS 22.828/DF, Rel. Ministro Gurgel de\nFaria, Primeira Seção, DJe 21/9/2017). [...] 10. Após detida análise dos autos,\nentendo que não houve vício formal ou material a justificar o controle\njurisdicional do ato administrativo disciplinar.\" (MS 19560DF, relator\nMinistro\nHerman Benjamin, Primeira Seção, julgado em 13/2/2019, DJe de 1/7/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. [...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. [...\n] CONTROLE JURISDICIONAL DO PROCESSO ADMINISTRATIVO. LIMITES. IMPOSSIBILIDADE DE\nREAPRECIAÇÃO DO MÉRITO ADMINISTRATIVO. [...] Na forma da jurisprudência\nconsolidada do Superior Tribunal de Justiça, em mandado de segurança 'não cabe o\nexame da alegação de que o conjunto probatório seria insuficiente para o\nreconhecimento da infração disciplinar, vez que seu exame exige a revisão do\nconjunto fático-probatório apurado no PAD, com a incursão no mérito\nadministrativo, questões estas estranhas ao cabimento do writ e à competência do\nJudiciário', porém, na via do mandamus 'admite-se o exame da proporcionalidade\ne da razoabilidade da penalidade imposta ao servidor, porquanto se encontra\nrelacionada com a própria legalidade do ato administrativo' (STJ, AgInt no MS\n20.515/DF, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe de 1º/08/2017).\n[...] IV. A Primeira Seção do STJ tem entendido que 'o controle jurisdicional\ndo PAD restringe-se ao exame da regularidade do procedimento e a legalidade do\nato, à luz dos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo\nlegal, sendo-lhe defesa qualquer incursão no mérito administrativo, a impedir a\nanálise e valoração das provas constantes no processo disciplinar' (STJ, MS\n15.828/DF, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe de\n12/04/2016). [...]\" (MS 19995DF, relator Ministro Napoleão Nunes Maia\nFilho,\nrelatora para acórdão Ministra Assusete Magalhães, Primeira Seção, julgado em\n14/11/2018, DJe de 19/12/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PAD. SERVIDOR PÚBLICO ACUSADO DE SE VALER DO CARGO PARA LOGRAR PROVEITO\nPESSOAL. EXCLUSÃO INDEVIDA DE RUBRICAS DE CONSIGNAÇÃO EM FOLHA DE PAGAMENTO.\nDEMISSÃO. AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. NÃO\nOCORRÊNCIA. CORRELAÇÃO ENTRE OS FATOS INVESTIGADOS E A NORMA VIOLADA.\nOBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA, DO CONTRADITÓRIO E DO DEVIDO\nPROCESSO LEGAL. GRAVIDADE DA INFRAÇÃO. [...] O controle jurisdicional do PAD\nrestringe-se ao exame da regularidade do procedimento e à legalidade do ato, à\nluz dos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal,\nsendo-lhe defesa qualquer incursão no mérito administrativo, a impedir a\nanálise e valoração das provas constantes no processo disciplinar (MS 16.121/DF,\nPrimeira Seção, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe 6/4/2016). [...]\"\n(MS 22328DF, relator Ministro Og Fernandes, Primeira Seção, julgado em\n26/8/2020,\nDJe de 4/9/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA. RESPEITO\nAOS PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. EXAME DA PROVA PRODUZIDA NO\nPAD. MÉRITO ADMINISTRATIVO. [...] Compete ao Poder Judiciário apreciar, à luz\ndos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, a\nregularidade do procedimento administrativo disciplinar sem, contudo, reexaminar\nas provas para adentrar o mérito da decisão administrativa. No caso, não houve\nerro invencível que justificasse a intervenção do Judiciário. Prova suficiente\npara o reconhecimento da infração disciplinar que se considerou praticada. [...\n]\"\n(MS 22645DF, relator Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Seção, julgado\nem\n10/6/2020, DJe de 5/8/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. SERVIDOR PÚBLICO. AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL.\nDEMISSÃO. RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. VINCULAÇÃO. REVISÃO DE PROVAS.\nINVIABILIDADE. [...] Em sede de mandado de segurança impetrado contra sanção\nadministrativa disciplinar, não cabe ao Poder Judiciário sindicar condutas do\nservidor implicado ou aferir se exerceu atividade incompatível com a condição de\nagente de Polícia Federal, imiscuindo-se no mérito da atividade administrativa\nmaterial. A atuação judicial, em casos assim, é limitada à verificação, pelo\nviés exclusivamente processual administrativo, da legalidade e regularidade do\nprocedimento administrativo disciplinar, mediante o exame da conformidade dos\natos administrativos processuais ao ordenamento de regência, no âmbito do qual\nse situa, e se limita, o ato apontado como coator. [...]\" (MS 24275DF,\nrelator\nMinistro Sérgio Kukina, Primeira Seção, julgado em 8/2/2023, DJe de 16/2/2023)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. INASSIDUIDADE\nHABITUAL. PENA DE DEMISSÃO. NULIDADES NÃO CONSTATADAS. [...] Não há quaisquer\ndas irregularidades no procedimento administrativo disciplinar e ilegalidade no\nato administrativo questionado pelo mandamus, mas se comprova nos autos\nobservância dos princípios jurídicos informados em precedente desta Corte. Nesse\nsentido: 'o controle jurisdicional do PAD restringe-se ao exame da regularidade\ndo procedimento e à legalidade do ato, à luz dos princípios do contraditório,\nda ampla defesa e do devido processo legal, sendo-lhe defesa qualquer incursão\nno mérito administrativo, a impedir a análise e valoração das provas constantes\nno processo disciplinar' (MS 16.121/DF, Primeira Seção, Rel. Min. Mauro Campbell\nMarques, DJe 6/4/2016). [...]\" (MS 26941DF, relator Ministro Herman\nBenjamin,\nPrimeira Seção, julgado em 24/11/2021, DJe de 17/12/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. [...] NULIDADES. INEXISTÊNCIA.\nAUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE PREJUÍZO. [...] Diante dessas informações, o que se\nconcluiu é que o impetrante não conseguiu demonstrar a ocorrência de nulidade e,\nainda que se reputasse irregular a tramitação acima descrita, certamente não se\ndemonstrou prejuízo. Consequentemente, não se justifica a anulação do\nprocedimento. 12. Em processo administrativo disciplinar, apenas se declara a\nnulidade de um ato processual quando houver efetiva demonstração de prejuízo à\ndefesa, por força da aplicação do princípio pas de nullité sans grief. Não\nhavendo efetiva comprovação de prejuízos suportados pela defesa, concluir em\nsentido diverso demandaria dilação probatória, o que não é possível em sede de\nmandado de segurança, no qual se exige prova documental pré-constituída (MS\n19.000/DF, Relatora Min. Regina Helena Costa, Primeira Seção, DJe 6.4.2021) [...\n] 16. 'O controle jurisdicional do processo administrativo disciplinar (PAD)\nrestringe-se ao exame da regularidade do procedimento e à legalidade do ato, à\nluz dos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal,\nsendo-lhe defeso qualquer incursão no mérito administrativo, a impedir a\nanálise e valoração das provas constantes no processo disciplinar. Precedentes'\n(AgInt no MS 20.312/DF, Relator Min. Gurgel de Faria, Primeira Seção, DJe\n24.5.2021). [...]\" (MS 27608DF, relator Ministro Herman Benjamin, Primeira\nSeção, julgado em 23/6/2021, DJe de 3/8/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 14/12/2023RSTJ vol. 272 p. 1139", "Precedentes": "AgInt no MS 22629 DF 2016/0148969-1 Decisão:16/11/2021\nDJe DATA:19/11/2021AgInt no MS 22919 DF 2016/0282259-0 Decisão:19/10/2021\nDJe DATA:08/11/2021AgInt no MS 26918 DF 2020/0258806-5 Decisão:13/12/2022\nDJe DATA:15/12/2022MS 19560 DF 2012/0267118-6 Decisão:13/02/2019\nDJe DATA:01/07/2019MS 19995 DF 2013/0089820-0 Decisão:14/11/2018\nDJe DATA:19/12/2018MS 22328 DF 2015/0320642-9 Decisão:26/08/2020\nDJe DATA:04/09/2020MS 22645 DF 2016/0153363-1 Decisão:10/06/2020\nDJe DATA:05/08/2020MS 24275 DF 2018/0102528-1 Decisão:08/02/2023\nDJe DATA:16/02/2023MS 26941 DF 2020/0264995-7 Decisão:24/11/2021\nDJe DATA:17/12/2021MS 27608 DF 2021/0114892-0 Decisão:23/06/2021\nDJe DATA:03/08/2021", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:004878 ANO:1965\n ART:00052\nLEG:FED LEI:008112 ANO:1990\n***** RJU-90 REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA\nUNIÃO\n ART:00143" }
Súmula 664
É inaplicável a consunção entre o delito de embriaguez ao volante e o de condução de veículo automotor sem habilitação. (Súmula n. 664, Terceira Seção, julgado em 8/11/2023, DJe de 13/11/2023.)
{ "Enunciado": "É inaplicável a consunção entre o delito de embriaguez ao volante e o de\ncondução de veículo automotor sem habilitação. (TERCEIRA SEÇÃO, julgado em\n8/11/2023, DJe de 13/11/2023)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] CRIMES DE TRÂNSITO. ARTIGOS 306 E 309 DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO -\nCTB. DIRIGIR SEM HABILITAÇÃO. CRIME DE PERIGO CONCRETO. HIPÓTESE DOS AUTOS.\nEMBRIAGUEZ AO VOLANTE. TESTE DO BAFÔMETRO. REALIZAÇÃO VOLUNTÁRIA. NULIDADE.\nINOCORRÊNCIA. INCIDÊNCIA DO ÓBICE DO ENUNCIADO N. 7 DA SÚMULA DO SUPERIOR\nTRIBUNAL DE JUSTIÇA - STJ. PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. INVIABILIDADE. CONDUTAS\nAUTÔNOMAS. [...] 'Nos termos dos precedentes desta Corte, o crime tipificado no\nart.309 do Código de Trânsito Brasileiro é de perigo concreto, sendo necessária\na ocorrência de perigo real ou concreto, diante da exigência contida no próprio\ntexto do dispositivo' (AgRg no AREsp 1.027.420/SE, Rel. Ministro FELIX FISCHER,\nQUINTA TURMA, julgado em 14/3/2017, DJe de 22/3/2017), como na presente\nhipótese, diante da ocorrência do perigo concreto. Assim, descabido o\nacolhimento do pedido de absolvição, embora a decisão por mim proferida tenha se\nreferido à conduta como sendo de perigo abstrato, o que não é o caso, segundo a\norientação jurisprudencial desta Corte. 2. Submetido o réu voluntariamente ao\nteste do bafômetro, afasta-se a alegação de nulidade na realização do exame.\nIncide o óbice do enunciado n. 7 da Súmula do STJ, porquanto a análise da\nmatéria não prescinde do revolvimento do conteúdo fático-probatório reunido nos\nautos. 3. Em relação ao princípio da consunção, incidente o verbete n. 83 da\nSúmula desta Corte, pois o v. aresto recorrido está em harmonia com a\njurisprudência deste Superior Tribunal. É inviável o reconhecimento da consunção\nno tocante aos delitos previstos nos arts. 306 e 309 do CTB, quando um não\nconstitui meio para a execução do outro, mas sim infração penal autônoma. [...]\"\n(AgRg no AgRg no AREsp 1556343SC, relator Ministro Joel Ilan Paciornik,\nQuinta\nTurma, julgado em 6/10/2020, DJe de 13/10/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DELITOS PREVISTOS NOS ARTS. 306 E 309 DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO.\nPRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. NÃO APLICAÇÃO. [...] Não se aplica o princípio da\nconsunção aos crimes previstos nos arts. 306 e 309 do Código de Trânsito\nBrasileiro, pois, sendo delitos autônomos, a condução de veículo automotor sem\nhabilitação não é meio necessário nem fase de preparação ou execução do crime de\nembriaguez ao volante. [...]\" (AgRg no AREsp 1791009MS, relator Ministro\nJoão\nOtávio de Noronha, Quinta Turma, julgado em 16/3/2021, DJe de 19/3/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PENAL. DELITOS PREVISTOS NO CÓDIGO DE TRÂNSITO. INFRAÇÕES PENAIS\nAUTÔNOMAS. NÃO APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. [...] É inviável o\nreconhecimento da consunção do delito previsto no art. 309, do CTB, pelo seu\nart. 306, quando um não constitui meio para a execução do outro, mas sim\ninfração penal autônoma. [...]\" (AgRg no REsp 1619243SC, relator Ministro\nJoel\nIlan Paciornik, Quinta Turma, julgado em 23/5/2017, DJe de 7/6/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DELITOS DE TRÂNSITO. EMBRIAGUEZ AO VOLANTE E DIREÇÃO SEM HABILITAÇÃO.\nPRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. INAPLICABILIDADE. AUTONOMIA DAS INFRAÇÕES. [...] É\ninviável o reconhecimento da consunção do delito previsto no art. 309, do CTB,\npelo seu art. 306, quando um não constitui meio para a execução do outro, mas\nsim infração penal autônoma (AgRg no REsp 1619243/SC, Rel. Ministro JOEL ILAN\nPACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 23/05/2017, DJe 07/06/2017). [...]\"\n(AgRg no REsp 1661679DF, relator Ministro Nefi Cordeiro, Sexta Turma,\njulgado\nem\n19/4/2018, DJe de 2/5/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EMBRIAGUEZ AO VOLANTE E DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR SEM HABILITAÇÃO.\nARTS. 306 E 309 DO CTB. PEDIDO DE APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. NÃO\nCABIMENTO. [...] A jurisprudência desta Corte Superior de Justiça é no sentido\nde que os crimes previstos nos artigos 306 e 309 do CTB são autônomos, com\nobjetividades jurídicas distintas, motivo pelo qual não incide o postulado da\nconsunção. Dessarte, o delito de condução de veículo automotor sem habilitação\nnão se afigura como meio necessário nem como fase de preparação ou de execução\ndo crime de embriaguez ao volante. [...]\" (AgRg no REsp 1745604MG, relator\nMinistro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, julgado em 14/8/2018, DJe de\n24/8/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIME DE TRÂNSITO. ARTIGOS 306 E 309 DO CTB. EMBRIAGUEZ AO VOLANTE E\nDIREÇÃO SEM HABILITAÇÃO. DESNECESSIDADE DE REVOLVIMENTO APROFUNDADO DE MATÉRIA\nFÁTICO-PROBATÓRIA. APLICAÇÃO DA CONSUNÇÃO. PLEITO MINISTERIAL PARA\nRESTABELECIMENTO DA SENTENÇA. DELITOS AUTÔNOMOS. [...] A revaloração da prova ou\nde dados explicitamente admitidos e delineados no decisório recorrido, quando\nsuficientes para a solução da quaestio, não implica o vedado reexame do material\nde conhecimento. Os elementos probatórios delineados no v. acórdão increpado\nsão suficientes à análise do pedido, exigindo, tão somente, a revaloração da\nsituação descrita, o que, ao contrário, admite-se na via extraordinária. II -\n'Os crimes previstos nos arts. 306 e 309 do CTB são autônomos, com objetividades\njurídicas distintas, motivo pelo qual não incide o postulado da consunção.\nDessarte, o delito de condução de veículo automotor sem habilitação não se\nafigura como meio necessário nem como fase de preparação ou de execução do crime\nde embriaguez ao volante' (AgRg no REsp n. 745.604/MG, Quinta Turma, Rel. Min.\nReynaldo Soares da Fonseca, DJe de 24/8/2018). [...]\" (AgRg no REsp 1898458PR,\nrelator Ministro Felix Fischer, Quinta Turma, julgado em 9/12/2020, DJe de\n17/12/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIMES DE TRÂNSITO. ARTS. 306 E 309 DO CTB. PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO.\nINAPLICABILIDADE. [...] 'Os crimes previstos nos artigos 306 e 309 do CTB são\nautônomos, com objetividades jurídicas distintas, motivo pelo qual não incide o\npostulado da consunção. Dessarte, o delito de condução de veículo automotor sem\nhabilitação não se afigura como meio necessário nem como fase de preparação ou\nde execução do crime de embriaguez ao volante' (AgRg no REsp 1.745.604/MG, Rel.\nMinistro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 14/8/2018, DJe\n24/8/2018). [...]\" (AgRg no REsp 1980074MS, relator Ministro Ribeiro\nDantas,\nQuinta Turma, julgado em 7/6/2022, DJe de 14/6/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DELITOS DE TRÂNSITO. EMBRIAGUEZ AO VOLANTE E DIREÇÃO SEM HABILITAÇÃO.\nPRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. INAPLICABILIDADE. [...] Os crimes previstos nos arts.\n306 e 309 do CTB são autônomos, com objetividades jurídicas distintas, motivo\npelo qual não incide o postulado da consunção. Dessarte, o delito de condução de\nveículo automotor sem habilitação não se afigura como meio necessário nem como\nfase de preparação ou de execução do crime de embriaguez ao volante (AgRg no\nREsp n. 745.604/MG, Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, DJe\n24/8/2018). [...]\" (AgRg no HC 465408MS, relator Ministro Sebastião Reis\nJúnior, Sexta Turma, julgado em 11/12/2018, DJe de 1/2/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR SOB O EFEITO DE ÁLCOOL. CONDUÇÃO SEM\nHABILITAÇÃO PARA DIRIGIR (ARTS. 306, § 1º, II, E 309, DA LEI 9.503/97). CONCURSO\nMATERIAL. [...] O Tribunal de origem afastou a aplicação da consunção e\ncondenou o agravante pela prática, em concurso material, dos crimes previstos\npelos arts. 306 e 309 do CTB, em consonância com a jurisprudência desta Corte\nSuperior, segundo a qual o delito de embriaguez ao volante não se constitui em\nmeio necessário para o cometimento da direção de veículo automotor sem a devida\nhabilitação, sequer como fase de preparação, tampouco sob o viés da execução do\ncrime na direção de veículo automotor. 3. Os crimes em causa possuem momentos\nconsumativos também distintos, na medida em que o art. 306 do CTB (embriaguez ao\nvolante) é de perigo abstrato, de mera conduta, enquanto o art. 309 do CTB\n(direção de veículo automotor sem a devida habilitação) é de perigo concreto\n(REsp 1810481, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS). [...]\" (EDcl no HC 700764SC,\nrelator Ministro Olindo Menezes (Desembargador Convocado do TRF 1ª Região),\nSexta Turma, julgado em 22/2/2022, DJe de 25/2/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EMBRIAGUEZ AO VOLANTE E DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR SEM HABILITAÇÃO.\nARTS. 306 E 309 DO CTB. PEDIDO DE APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. NÃO\nCABIMENTO. [...] A condenação do paciente, em concurso material, pelos tipos dos\narts. 306 e 309 do CTB alinha-se ao entendimento assente nesta Corte Superior\nsobre o assunto, no sentido de que os crimes em questão são autônomos, com\nobjetividades jurídicas distintas, motivo pelo qual não incide o postulado da\nconsunção, pois um delito não constituiu meio para a execução do outro. [...]\"\n(HC 380695MS, relator Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma,\njulgado em 20/4/2017, DJe de 27/4/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 13/11/2023RSTJ vol. 272 p. 1138", "Precedentes": "AgRg no AgRg no AREsp 1556343 SC 2019/0233027-4\nDecisão:06/10/2020\nDJe DATA:13/10/2020AgRg no AREsp 1791009 MS 2020/0306740-9 Decisão:16/03/2021\nDJe DATA:19/03/2021AgRg no REsp 1619243 SC 2016/0209884-3 Decisão:23/05/2017\nDJe DATA:07/06/2017AgRg no REsp 1661679 DF 2017/0063055-4 Decisão:19/04/2018\nDJe DATA:02/05/2018AgRg no REsp 1745604 MG 2018/0135607-7 Decisão:14/08/2018\nDJe DATA:24/08/2018AgRg no REsp 1898458 PR 2020/0255351-8 Decisão:09/12/2020\nDJe DATA:17/12/2020AgRg no REsp 1980074 MS 2022/0014590-0 Decisão:07/06/2022\nDJe DATA:14/06/2022AgRg no HC 465408 MS 2018/0213017-7 Decisão:11/12/2018\nDJe DATA:01/02/2019EDcl no HC 700764 SC 2021/0332964-8 Decisão:22/02/2022\nDJe DATA:25/02/2022HC 380695 MS 2016/0314649-8 Decisão:20/04/2017\nDJe DATA:27/04/2017", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:009503 ANO:1997\n***** CTB-97 CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO\n ART:00306 ART:00309" }
Súmula 663
A pensão por morte de servidor público federal pode ser concedida ao filho inválido de qualquer idade, desde que a invalidez seja anterior ao óbito. (Súmula n. 663, Primeira Seção, julgado em 8/11/2023, DJe de 13/11/2023.)
{ "Enunciado": "A pensão por morte de servidor público federal pode ser concedida ao filho\ninválido de qualquer idade, desde que a invalidez seja anterior ao óbito.\n(PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 8/11/2023, DJe de 13/11/2023)", "Excerto dos Precedentes Originários": "[...] DIREITO À PENSÃO. FILHA MAIOR E INVÁLIDA. INVALIDEZ PREEXISTENTE AO ÓBITO\nDO INSTITUIDOR DA PENSÃO. [...] O entendimento jurisprudencial do STJ é o de\nque, em se tratando de filho inválido, a concessão da pensão por morte depende\napenas da comprovação de que a invalidez é anterior ao óbito do instituidor do\nbenefício. 2. Não se deve perder de vista, na análise de questão envolvendo o\npagamento de pensão a pessoa inválida, que o objetivo de tal prestação é a\nproteção de quem apresenta a incapacidade; neste caso, a pensão decorre,\nademais, do esforço contributivo do seu instituidor, e não propriamente de uma\nconcessão ex gratia. [...] (AgRg no Ag 1427186PE, relator Ministro Napoleão\nNunes Maia Filho, Primeira Turma, julgado em 6/9/2012, DJe de 14/9/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual[...] SERVIDOR PÚBLICO. [...] PENSÃO POR MORTE. FILHA MAIOR INVÁLIDA. INVALIDEZ\nPREEXISTENTE AO ÓBITO DO SERVIDOR PÚBLICO. PENSÃO. DIREITO. DEPENDÊNCIA\nECONÔMICA. PRESUNÇÃO LEGAL. COMPROVAÇÃO. DESNECESSIDADE. [...] De acordo com a\ninterpretação sistemática dos arts. 217, II, e 222, IV, da Lei 8.112/1990\n(vigentes ao tempo do óbito do pai da autora, em 2013), pode-se concluir que:\n(a) tratando-se de filhos não inválidos, a pensão por morte somente será devida\nse ao tempo do óbito do instituidor fossem menores de 21 (vinte e um) anos de\nidade, cessando seu pagamento quanto implementada essa idade; (b) é devida a\npensão por morte ao filho que ao tempo do óbito do instituidor já era inválido,\nindependentemente da idade. [...] 2. Na forma da jurisprudência desta Corte,\nfirmada à luz da legislação de regência vigente ao tempo do óbito, a lei não\nexige a comprovação de dependência econômica para o deferimento da pensão por\nmorte ao filho maior inválido. Ao contrário, reconhece a presunção de\ndependência nesses casos. [...]\" (AgInt no AREsp 1.943.659/RS, Rel. Ministro\nFRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA TURMA, DJe 31/3/2022). [...] (AgInt no REsp\n1940842RN, relator Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, julgado em 23/5/2022, DJe de\n27/5/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual[...] SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. [...] OFENSA AO ART. 217, II, A, DA LEI Nº\n8.112/90. PENSÃO POR MORTE ESTATUTÁRIA. FILHA MAIOR. INVALIDEZ ANTERIOR À\nMAIORIDADE DA FILHA. REQUISITO SEM PREVISÃO LEGAL. [...] O art. 217, II, a, da\nLei nº 8.112/90, vigente no ano de 2012, época do óbito do servidor,\nestabelecia como beneficiário da pensão por morte o filho inválido, enquanto\ndurar a invalidez, não tendo o legislador condicionado qualquer marco temporal\npara a constatação da invalidez, seja em momento anterior ou posterior à\nmaioridade do filho. 3. Para ter direito à pensão por morte, a norma legal\n(inciso IV do artigo 217 da Lei n. 8.112/1990) não condiciona que a invalidez\ndeva preceder à maioridade da autora. Não cabe ao Poder Judiciário dar\ninterpretação extensiva proibitiva sobre aquilo que não está contido no texto\nlegal e que não corresponde à vontade literal do legislador, sobretudo, para\njustificar a retirada de um direito (REsp nº 1.954.926/PB, Rel. Min. Benedito\nGonçalves, decisão publicada no DJe de 01/09/2021). 4. A Segunda Turma desta\nCorte, em reiterados julgados, tem se posicionado no sentido de que a pensão por\nmorte temporária prevista no art. 217 da Lei n.° 8.112/1990 pode ser concedida\nao filho inválido de qualquer idade, independentemente da data em que se iniciou\na invalidez, desde que anterior ao óbito do instituidor (REsp nº 1.899.272/PE,\nRel. Min. Og Fernandes, decisão publicada no DJe de 29/03/2021). [...] (AREsp\n1925264PE, relator Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em\n16/8/2022, DJe de 31/8/2022)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual[...] PENSÃO POR MORTE. FILHO MAIOR. INVALIDEZ PRECEDENTE AO ÓBITO DO\nINSTITUIDOR. CONFIRMAÇÃO. DIFICULDADE DE FIXAÇÃO DE UM TERMO ESPECÍFICO.\nBENEFÍCIO DE NATUREZA CONTRIBUTIVA. [...] A orientação adotada na origem está\nconsentânea com a jurisprudência desta Corte no sentido de que a invalidez deve\nanteceder o óbito do instituidor para que o filho inválido tenha direito à\npensão por morte. [...] 2. A fixação do período em que tem origem a incapacidade\nmental para deferimento da pensão a filho inválido é essencial para o exame do\ndireito ao benefício. Diante das peculiaridades trazidas nos autos e da natureza\ncontributiva do benefício, tem-se, no caso específico, a incapacidade como\npreexistente ao óbito do instituidor. [...] (REsp 1353931RS, relatora\nMinistra\nEliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 19/9/2013, DJe de 26/9/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual[...] PENSÃO POR MORTE - SERVIDORA PÚBLICA FEDERAL - MENOR SOB GUARDA -\nCONTINUIDADE DO PAGAMENTO APÓS OS 21 ANOS - INVALIDEZ ANTECEDENTE AO ÓBITO -\nCOMPROVAÇÃO [...] A orientação adotada na origem está consentânea com a\njurisprudência desta Corte no sentido de que a invalidez deve anteceder o óbito\ndo instituidor para que o filho inválido tenha direito à pensão por morte. [...]\n2. A fixação do período em que tem origem a incapacidade mental para\ndeferimento da pensão a filho inválido é essencial para o exame do direito ao\nbenefício. [...] (REsp 1364824CE, relatora Ministra Eliana Calmon, Segunda\nTurma, julgado em 14/5/2013, DJe de 20/5/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 13/11/2023RSTJ vol. 272 p. 1137", "Precedentes": "AgRg no Ag 1427186 PE 2011/0187112-9 Decisão:06/09/2012\nDJe DATA:14/09/2012AgInt no REsp 1940842 RN 2021/0163045-0 Decisão:23/05/2022\nDJe DATA:27/05/2022AREsp 1925264 PE 2021/0194596-3 Decisão:16/08/2022\nDJe DATA:31/08/2022REsp 1353931 RS 2011/0264516-0 Decisão:19/09/2013\nDJe DATA:26/09/2013REsp 1364824 CE 2013/0020907-5 Decisão:14/05/2013\nDJe DATA:20/05/2013", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:008112 ANO:1990\n***** RJU-90 REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA\nUNIÃO\n ART:00217" }
Súmula 662
Para a prorrogação do prazo de permanência no sistema penitenciário federal, é prescindível a ocorrência de fato novo; basta constar, em decisão fundamentada, a persistência dos motivos que ensejaram a transferência inicial do preso. (Súmula n. 662, Terceira Seção, julgado em 13/9/2023, DJe de 18/9/2023.)
{ "Enunciado": "Para a prorrogação do prazo de permanência no sistema penitenciário federal, é\nprescindível a ocorrência de fato novo; basta constar, em decisão fundamentada,\na persistência dos motivos que ensejaram a transferência inicial do preso.\n(TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 13/9/2023, DJe 18/9/2023)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] TRANSFERÊNCIA PARA PRESÍDIO FEDERAL. PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE PERMANÊNCIA.\nFUNDAMENTAÇÃO. NECESSIDADE DE MANUTENÇÃO DO APENADO EM PENITENCIÁRIA FEDERAL.\n[...] 'não se mostra necessário trazer fatos novos para que se renove a\npermanência de preso em estabelecimento penal federal, desde que persistam os\nmesmos motivos de interesse de segurança pública que ensejaram sua inclusão no\nreferido sistema' [...] Assim, subsistindo os motivos que determinaram a\ncustódia federal do agravante, fica justificada sua manutenção no sistema\npenitenciário em questão. [...]\" (AgRg no AREsp 1804584RJ, relator Ministro\nReynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, julgado em 13/4/2021, DJe de\n19/4/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[..] RENOVAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA PARA O SISTEMA PENITENCIÁRIO FEDERAL. [...]\nINEXISTÊNCIA DE FATO NOVO. CABIMENTO. [...] Para a prorrogação do prazo de\npermanência no sistema federal de segurança máxima, não é imprescindível a\nocorrência de fato novo. Esta Corte Superior entende que, na hipótese de\npersistência dos motivos que ensejaram a transferência inicial do preso, é\npossível manter a providência excepcional em decisão fundamentada. [...]\"\n(AgRg no AREsp 1808669RN, relator Ministro Joel Ilan Paciornik, Quinta\nTurma,\njulgado em 23/3/2021, DJe de 5/4/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PERMANÊNCIA DE APENADO NO SISTEMA PENITENCIÁRIO FEDERAL. SOLICITAÇÃO\nDEVIDAMENTE MOTIVADA PELO JUÍZO DE ORIGEM. [...] 'Persistindo as razões e\nfundamentos que ensejaram a transferência do preso para o presídio federal de\nsegurança máxima, [...], notadamente em razão da periculosidade concreta do\napenado, [...] a renovação da permanência é providência indeclinável, como\nmedida excepcional e adequada para resguardar a ordem pública [...]\"\n(AgRg no CC 159016RJ, relator Ministro Felix Fischer, Terceira Seção,\njulgado\nem\n22/8/2018, DJe de 29/8/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PRORROGAÇÃO DE PERMANÊNCIA DE PRESO EM PRESÍDIO FEDERAL DE SEGURANÇA\nMÁXIMA. [...] MANUTENÇÃO DAS RAZÕES QUE ENSEJARAM O PEDIDO INICIAL. [...]\nPersistindo as razões que ensejaram a transferência do preso para o presídio\nfederal de segurança máxima, a renovação da permanência do apenado é providência\nindeclinável, como medida excepcional e adequada para resguardar a ordem\npública. Incidência do art. 3º do Decreto 6.877/2009, que regulamenta a Lei\nsupramencionada. [...]\" (AgRg no CC 169493AM, relator Ministro Reynaldo\nSoares\nda Fonseca, Terceira Seção, julgado em 24/6/2020, DJe de 30/6/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] A demonstração da permanência dos fundamentos que levaram à inclusão do\ndetento no Sistema Prisional Federal é suficiente para justificar o deferimento\ndo pedido de prorrogação, não sendo exigida a indicação de fatos novos. [...]\"\n(AgRg no CC 180682RS, relatora Ministra Laurita Vaz, Terceira Seção,\njulgado em\n25/8/2021, DJe de 1/9/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PERMANÊNCIA DO APENADO NO SISTEMA PENITENCIÁRIO FEDERAL. SOLICITAÇÃO\nDEVIDAMENTE MOTIVADA PELO JUÍZO DA EXECUÇÃO PENAL, E RATIFICADA PELO JUÍZO\nFEDERAL [...] A renovação da transferência do paciente deferida com base nas\npeculiaridades do caso concreto [...] está de acordo com o entendimento desta\nCorte Superior, no sentido de que persistindo os motivos que ensejaram a\ntransferência do réu para presídio federal, essa manutenção é providência\nindeclinável. [...]\" (AgRg no HC 592548SP, relator Ministro Nefi Cordeiro,\nSexta Turma, julgado em 1/9/2020, DJe de 16/9/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PERMANÊNCIA DE CONDENADO EM PRESÍDIO FEDERAL. DETERMINAÇÃO DE\nTRANSFERÊNCIA. PEDIDO DE PRORROGAÇÃO DEVIDAMENTE JUSTIFICADO. [...] Para a\nprorrogação do prazo de permanência no sistema federal de segurança máxima, não\né imprescindível a ocorrência de fato novo. Esta Corte Superior entende que, na\nhipótese de persistência dos motivos que ensejaram a transferência inicial do\npreso, é possível manter a providência excepcional em decisão fundamentada. [...\n]\" (AgRg no HC 612263SP, relator Ministro Rogerio Schietti Cruz, Sexta\nTurma,\njulgado em 9/2/2021, DJe de 18/2/2021.)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RENOVAÇÃO DA PERMANÊNCIA DO APENADO EM ESTABELECIMENTO PENITENCIÁRIO\nFEDERAL [...] 'O Superior Tribunal de Justiça possui entendimento no sentido de,\npersistindo os motivos que ensejaram a transferência do preso para o presídio\nfederal de segurança máxima e estando a decisão que concede a prorrogação\ndevidamente fundamentada, não há falar em ilegalidade da medida.' [...]\"\n(AgRg no HC 683885PB, relator Ministro Jesuíno Rissato (Desembargador\nConvocado do TJDFT), Quinta Turma, julgado em 28/9/2021, DJe de 5/10/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] A Lei n.º 11.671/2008 não estabeleceu qualquer limite temporal para a\nrenovação de permanência do preso em estabelecimento penal federal de segurança\nmáxima. [...] O período de permanência será de até 3 (três) anos, renovável por\niguais períodos, quando solicitado motivadamente pelo juízo de origem,\nobservados os requisitos da transferência, e se persistirem os motivos que a\ndeterminaram. [...] apenas o prazo inicial de permanência do preso em presídio\nfederal de segurança máxima passou de no máximo 365 dias para o máximo de 3\nanos. Mas o prazo final, ou seja, aquele que o Juiz pode renovar, desde que de\nforma motivada, nunca foi especificado [...]\" (AgRg no HC 683886PR, relator\nMinistro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, julgado em 21/9/2021, DJe de\n27/9/2021.)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRANSFERÊNCIA DE PRESO PARA PRESÍDIO FEDERAL DE SEGURANÇA MÁXIMA. DECISÃO\nFUNDAMENTADA NA ALTA PERICULOSIDADE DO APENADO. DEMONSTRAÇÃO DA NECESSIDADE. [.\n..] RENOVAÇÃO DO PRAZO DE PERMANÊNCIA. POSSIBILIDADE. [...] Persistindo as\nrazões e fundamentos que ensejaram a transferência do preso para o presídio\nfederal de segurança máxima, [...] a renovação da permanência é providência\nindeclinável, como medida excepcional e adequada para resguardar a ordem\npública. [...]\" (CC 120929RJ, relator Ministro Marco Aurélio Bellizze,\nTerceira\nSeção, julgado em 27/6/2012, DJe de 16/8/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRANSFERÊNCIA PARA PRESÍDIO FEDERAL [...] PERMANÊNCIA DAS RAZÕES. [...]\nMOTIVAÇÃO LEGAL [...] persistindo as razões que ensejaram a transferência do\npreso para o presídio federal de segurança máxima, [...] a renovação da\npermanência do apenado é providência indeclinável, como medida excepcional e\nadequada para resguardar a ordem pública. [...]\" (CC 134016RJ, relator\nMinistro\nReynaldo Soares da Fonseca, Terceira Seção, julgado em 24/6/2015, DJe de\n1/10/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PRORROGAÇÃO DE PERMANÊNCIA DE PRESO EM PRESÍDIO FEDERAL DE SEGURANÇA\nMÁXIMA. MANUTENÇÃO DAS RAZÕES QUE ENSEJARAM O PEDIDO INICIAL. NECESSIDADE DE\nGARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. [...] Persistindo as razões que ensejaram a\ntransferência do preso para o presídio federal de segurança máxima, a renovação\nda permanência do apenado é providência indeclinável, como medida excepcional e\nadequada para resguardar a ordem pública. [...]\" (CC 176007RJ, relator\nMinistro\nReynaldo Soares da Fonseca, Terceira Seção, julgado em 9/12/2020, DJe de\n15/12/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RENOVAÇÃO DE PERMANÊNCIA DE PRESO EM ESTABELECIMENTO FEDERAL DE SEGURANÇA\nMÁXIMA. [...] DECISÃO FUNDAMENTADA NA GARANTIA DA SEGURANÇA PÚBLICA. [...] O\nrecolhimento em penitenciária federal se justifica no interesse da segurança\npública ou do próprio preso, revestindo-se de caráter excepcional [...]. a\nprorrogação de permanência encontra-se fundamentada em dados concretos que\ndemonstram a excepcionalidade da medida, pois o retorno do paciente à\npenitenciária estadual acarretaria risco à segurança pública. [...] tais\ncircunstâncias [...] são aptas à manutenção de sua permanência no presídio de\nsegurança máxima, como medida excepcional e adequada para resguardar a ordem\npública e a própria incolumidade do apenado. [...]\" (RHC 44915PR, relator\nMinistro Felix Fischer, Quinta Turma, julgado em 3/2/2015, DJe de 10/2/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 18/09/2023RSTJ vol. 271 p. 1074", "Precedentes": "AgRg no AREsp 1804584 RJ 2020/0333677-3 Decisão:13/04/2021\nDJe DATA:19/04/2021AgRg no AREsp 1808669 RN 2020/0346233-8 Decisão:23/03/2021\nDJe DATA:05/04/2021AgRg no CC 159016 RJ 2018/0139773-3 Decisão:22/08/2018\nDJe DATA:29/08/2018AgRg no CC 169493 AM 2019/0348328-9 Decisão:24/06/2020\nDJe DATA:30/06/2020AgRg no CC 180682 RS 2021/0191121-3 Decisão:25/08/2021\nDJe DATA:01/09/2021AgRg no HC 592548 SP 2020/0154976-5 Decisão:01/09/2020\nDJe DATA:16/09/2020AgRg no HC 612263 SP 2020/0235062-3 Decisão:09/02/2021\nDJe DATA:18/02/2021AgRg no HC 683885 PB 2021/0242559-4 Decisão:28/09/2021\nDJe DATA:05/10/2021AgRg no HC 683886 PR 2021/0242548-1 Decisão:21/09/2021\nDJe DATA:27/09/2021CC 120929 RJ 2012/0016867-6 Decisão:27/06/2012\nDJe DATA:16/08/2012CC 134016 RJ 2014/0122413-1 Decisão:24/06/2015\nDJe DATA:01/10/2015CC 176007 RJ 2020/0300217-4 Decisão:09/12/2020\nDJe DATA:15/12/2020RHC 44915 PR 2014/0022654-8 Decisão:03/02/2015\nDJe DATA:10/02/2015", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:011671 ANO:2008\n ART:00010 PAR:00001\nLEG:FED LEI:013964 ANO:2019\n***** LPAC-2019 LEI DO PACOTE ANTICRIME\n ART:00011" }
Súmula 661
A falta grave prescinde da perícia do celular apreendido ou de seus componentes essenciais. (Súmula n. 661, Terceira Seção, julgado em 13/9/2023, DJe de 18/9/2023.)
{ "Enunciado": "A falta grave prescinde da perícia do celular apreendido ou de seus componentes\nessenciais. (TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 13/9/2023, DJe de 18/9/2023)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] EXECUÇÃO PENAL. FALTA GRAVE. PERÍCIA PARA COMPROVAR UTILIZAÇÃO DE\nAPARELHO DE TELEFONIA CELULAR APREENDIDO. PRESCINDIBILIDADE. [...] O Superior\nTribunal de Justiça tem decidido que, para o reconhecimento da falta grave pelo\napenado, é dispensável, inclusive, a apreensão do aparelho celular, se\ncomprovada a sua utilização pelo preso, sendo desnecessária a realização de\nlaudo pericial no aparelho de telefonia para comprovação da sua utilização.\"\n(AgRg nos EDcl no HC 585539SP, relator Ministro Felix Fischer, Quinta\nTurma,\njulgado em 25/8/2020, DJe de 9/9/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PENAL. FALTA GRAVE. [...] POSSE DE APARELHO TELEFÔNICO CELULAR\nNO PRESÍDIO. PERÍCIA. DESNECESSIDADE. [...] A teor da jurisprudência desta Corte\nSuperior, mostra-se prescindível à configuração da falta grave prevista no art.\n50, inciso VII, da Lei de Execução Penal a realização de perícia para\ndemonstrar o efetivo funcionamento do aparelho celular e/ou de seus\ncomplementos.\" (AgRg no HC 317252SP, relator Ministro Nefi Cordeiro, Sexta\nTurma, julgado em 19/5/2016, DJe de 1/6/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PENAL. FALTA DISCIPLINAR DE NATUREZA GRAVE. APARELHO CELULAR.\nFUNCIONALIDADE DO APARELHO NÃO VERIFICADO POR MEIO DE LAUDO TÉCNICO.\nDESNECESSÁRIA A PERÍCIA TÉCNICA EM APARELHO CELULAR QUE PUDESSE ATESTAR SE\nESTAVA APTO PARA COMUNICAÇÃO COM OUTROS PRESOS OU COM O AMBIENTE EXTERNO. [...]\nA jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça consolidou-se no sentido de que\né prescindível a perícia do aparelho celular apreendido para a configuração da\nfalta disciplinar de natureza grave.\" (AgRg no HC 481163SP, relator\nMinistro\nSebastião Reis Júnior, Sexta Turma, julgado em 1/12/2020, DJe de 4/12/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PENAL. FALTA GRAVE. [...] POSSE DE APARELHO CELULAR. PERÍCIA.\nDESNECESSIDADE. [...] a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça\nconsolidou-se no sentido de que é prescindível a perícia do aparelho celular\napreendido para a configuração da falta disciplinar de natureza grave.\"\n(AgRg no HC 506102SP, relatora Ministra Laurita Vaz, Sexta Turma, julgado\nem\n5/12/2019, DJe de 17/12/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FALTA GRAVE. RECONHECIMENTO. TENTATIVA DE ENTREGA DE CHIP DE APARELHO\nCELULAR [...] DEPOIMENTO DOS AGENTES PENITENCIÁRIOS. PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE E\nVERACIDADE. [...] O Supremo Tribunal Federal entende que não apenas a posse do\naparelho telefônico propriamente dito, mas de qualquer artefato que viabilize a\ncomunicação intra ou extramuros é suficiente para caracterizar a falta\ndisciplinar prevista no art. 50, VII, da LEP [...] 2. Esta Superior Corte de\nJustiça, na mesma esteira, compreende que não apenas a posse de aparelho de\ntelefonia celular, mas também de componentes dessa espécie de ferramenta torna\ntípica a conduta, por entender que a intenção do legislador, neste caso, foi\ndificultar a comunicação dos presos. 3. É prescindível a perícia do aparelho\ncelular apreendido para a configuração da falta disciplinar de natureza grave do\nart. 50, inciso VII, da Lei de Execução Penal.\"\n(AgRg no HC 669266SP, relator Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta\nTurma, julgado em 8/6/2021, DJe de 14/6/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] POSSE/USO DE APARELHO CELULAR NO INTERIOR DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL.\nFALTA GRAVE. DEPOIMENTO DOS AGENTES PENITENCIÁRIOS. PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE E\nVERACIDADE. [...] consolidou-se nesta Superior Corte de Justiça entendimento no\nsentido de que a posse/uso de aparelho celular, bem como de seus componentes\nessenciais, tais como chip, carregador ou bateria, constitui falta grave, sendo\nprescindível a realização de perícia no aparelho telefônico ou seus acessórios\ncom a finalidade de se atestar sua funcionalidade. 3. Registre-se que firmou-se\nneste Tribunal orientação jurisprudencial de que a prova oral produzida,\nconsistente em declarações coesas dos agentes de segurança penitenciária se\nmostraram suficientes para a caracterização da falta como grave. A\nJurisprudência é pacífica no sentido de inexistir fundamento o questionamento, a\npriori, das declarações de servidores públicos, uma vez que suas palavras se\nrevestem, até prova em contrário, de presunção de veracidade e de legitimidade,\nque é inerente aos atos administrativos em geral [...]\"\n(AgRg no HC 671045GO, relator Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta\nTurma, julgado em 15/6/2021, DJe de 21/6/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PENAL. POSSE DE APARELHO DE TELEFONE CELULAR. FALTA DISCIPLINAR\nDE NATUREZA GRAVE. CONFIGURAÇÃO. PERÍCIA PARA ATESTAR O SEU FUNCIONAMENTO.\nDESNECESSIDADE. [...] Após a edição da Lei n. 11.466/2007, a posse, pelo\nsentenciado, de aparelho de telefonia celular ou qualquer componente\nimprescindível para o seu funcionamento, caracteriza falta disciplinar de\nnatureza grave, sendo desnecessária a realização de perícia para atestar a sua\nfuncionalidade. [...]\" (HC 263870MG, relator Ministro Nefi Cordeiro, Sexta\nTurma, julgado em 16/9/2014, DJe de 29/9/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] POSSE DE APARELHO TELEFÔNICO CELULAR. DESNECESSIDADE DE PROVA PERICIAL.\nFALTA GRAVE. ART. 50, VII, DA LEI DE EXECUÇÕES PENAIS. [...] O comando normativo\nintroduzido pela Lei 11.466/2007 no rol do art. 50 da Lei de Execuções Penais\nincluiu as condutas de posse, utilização ou fornecimento de aparelho telefônico\ncomo caracterizadores da prática de falta grave, que possa permitir a\ncomunicação do apenado com o ambiente externo. 3. Com efeito, a exegese desde\ndispositivo revela ser prescindível a realização de perícia no aparelho\ntelefônico para que venha a atestar sua funcionalidade, pois poderíamos alcançar\neventual situação in concreto hábil a esvaziar o preceito normativo, caso\nfossem encontrados compartimentos desmantelados, que uma vez juntos\npossibilitariam a montagem do equipamento de interlocução.\"\n(HC 345954RS, relator Ministro Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma,\njulgado\nem 23/8/2016, DJe de 1/9/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"EXECUÇÃO PENAL. [...] FALTA DISCIPLINAR DE NATUREZA GRAVE. [...] POSSE DE\nCELULAR, BATERIA E CHIP [...] segundo entendimento adotado pelo Superior\nTribunal de Justiça, após o advento da Lei n. 11.466/2007, a posse de aparelho\ncelular, bem como de seus componentes essenciais, tais como chip, carregador ou\nbateria, constitui falta disciplinar de natureza grave, sendo, ainda,\nprescindível a realização de perícia no aparelho telefônico com a finalidade de\nse atestar sua funcionalidade.\"\n(HC 359902RS, relator Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, julgado em\n18/10/2016, DJe de 8/11/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"EXECUÇÃO PENAL. PORTE DE 'CHIP' TELEFÔNICO. FALTA GRAVE. PERÍCIA PARA ATESTAR A\nFUNCIONALIDADE DO OBJETO. PRESCINDIBILIDADE. [...] Segundo entendimento da\nTerceira Seção deste Tribunal Superior, a posse de aparelho celular, bem como de\nseus componentes essenciais, tais como 'chip', carregador ou bateria,\nisoladamente, constitui falta disciplinar de natureza grave após o advento da\nLei n. 11.466/2007. III - Ademais, a jurisprudência deste Tribunal Superior é\npacífica no sentido de ser prescindível, para a configuração da falta grave, a\nrealização de perícia no aparelho telefônico ou nos componentes essenciais,\ndentre os quais o 'chip', a fim de demonstrar o funcionamento.\"\n(HC 395878PR, relator Ministro Felix Fischer, Quinta Turma, julgado em\n27/6/2017, DJe de 1/8/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PENAL. [...] PORTE DE CARREGADOR DE APARELHO CELULAR. FALTA\nGRAVE. PERÍCIA PARA ATESTAR A FUNCIONALIDADE DO OBJETO. PRESCINDIBILIDADE. [...]\nSegundo entendimento da Terceira Seção deste Tribunal Superior, a posse de\naparelho celular, bem como de seus componentes essenciais, tais como 'chip',\ncarregador ou bateria, isoladamente, constitui falta disciplinar de natureza\ngrave após o advento da Lei n. 11.466/2007. III - Ademais, a jurisprudência\ndeste Tribunal Superior é pacífica no sentido de ser prescindível, para a\nconfiguração da falta grave, a realização de perícia no aparelho telefônico ou\nnos componentes essenciais, dentre os quais o 'chip', a fim de demonstrar o\nfuncionamento.\"\n(HC 652528MG, relator Ministro Felix Fischer, Quinta Turma, julgado em\n20/4/2021, DJe de 5/5/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 18/09/2023RSTJ vol. 271 p. 1073", "Precedentes": "AgRg nos EDcl no HC 585539 SP 2020/0128414-5 Decisão:25/08/2020\nDJe DATA:09/09/2020AgRg no HC 317252 SP 2015/0039620-9 Decisão:19/05/2016\nDJe DATA:01/06/2016AgRg no HC 481163 SP 2018/0316561-9 Decisão:01/12/2020\nDJe DATA:04/12/2020AgRg no HC 506102 SP 2019/0115499-3 Decisão:05/12/2019\nDJe DATA:17/12/2019AgRg no HC 669266 SP 2021/0159776-9 Decisão:08/06/2021\nDJe DATA:14/06/2021AgRg no HC 671045 GO 2021/0170027-6 Decisão:15/06/2021\nDJe DATA:21/06/2021HC 263870 MG 2013/0016465-3 Decisão:16/09/2014\nDJe DATA:29/09/2014HC 345954 RS 2015/0321076-7 Decisão:23/08/2016\nDJe DATA:01/09/2016HC 359902 RS 2016/0158437-0 Decisão:18/10/2016\nDJe DATA:08/11/2016HC 395878 PR 2017/0083138-9 Decisão:27/06/2017\nDJe DATA:01/08/2017HC 652528 MG 2021/0077737-0 Decisão:20/04/2021\nDJe DATA:05/05/2021", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:007210 ANO:1984\n***** LEP-84 LEI DE EXECUÇÃO PENAL\n ART:00050 INC:00007\nLEG:FED LEI:011466 ANO:2007\n ART:00001" }
Súmula 660
A posse, pelo apenado, de aparelho celular ou de seus componentes essenciais constitui falta grave. (Súmula n. 660, Terceira Seção, julgado em 13/9/2023, DJe de 18/9/2023.)
{ "Enunciado": "A posse, pelo apenado, de aparelho celular ou de seus componentes essenciais\nconstitui falta grave. (TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 13/9/2023, DJe de 18/9/2023)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] POSSE DE CHIP DE APARELHO CELULAR. FALTA DISCIPLINAR DE NATUREZA GRAVE.\n[...] Há pacífico entendimento jurisprudencial desta Corte Superior no sentido\nde que, 'após o advento da Lei n. 11.466/2007, a posse de aparelho celular bem\ncomo de seus componentes essenciais, tais como chip, carregador ou bateria,\nconstitui falta disciplinar de natureza grave.'\" (AgRg no REsp 1708448RJ,\nrelator Ministro Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, julgado em 7/6/2018, DJe de\n15/6/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PENAL. FALTA GRAVE. [...] POSSE DE CHIP DE CELULAR. LEI N.\n11.466/2007. [...] Segundo entendimento adotado pelo Superior Tribunal de\nJustiça, após o advento da Lei n. 11.466/2007, a posse de aparelho celular, bem\ncomo de seus componentes essenciais, tais como chip, carregador ou bateria,\nconstitui falta disciplinar de natureza grave.\" (AgRg no HC 662734SP,\nrelator\nMinistro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, julgado em 3/8/2021, DJe de 9/8/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PENAL. FALTA GRAVE. [...] 'Segundo entendimento da Terceira\nSeção deste Tribunal Superior, a posse de aparelho celular, bem como de seus\ncomponentes essenciais, tais como 'chip', carregador ou bateria, isoladamente,\nconstitui falta disciplinar de natureza grave após o advento da Lei n.\n11.466/2007'\"\n(AgRg no HC 664000SC, relator Ministro Jesuíno Rissato (Desembargador\nConvocado\ndo TJDFT), Quinta Turma, julgado em 24/8/2021, DJe de 30/8/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FALTA GRAVE. RECONHECIMENTO. TENTATIVA DE ENTREGA DE CHIP DE APARELHO\nCELULAR POR MEIO DE SEDEX. [...] O Supremo Tribunal Federal entende que não\napenas a posse do aparelho telefônico propriamente dito, mas de qualquer\nartefato que viabilize a comunicação intra ou extramuros é suficiente para\ncaracterizar a falta disciplinar prevista no art. 50, VII, da LEP. 2. Esta\nSuperior Corte de Justiça, na mesma esteira, compreende que não apenas a posse\nde aparelho de telefonia celular, mas também de componentes dessa espécie de\nferramenta torna típica a conduta, por entender que a intenção do legislador,\nneste caso, foi dificultar a comunicação dos presos.\"\n(AgRg no HC 669266SP, relator Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta\nTurma, julgado em 8/6/2021, DJe de 14/6/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] POSSE/USO DE APARELHO CELULAR NO INTERIOR DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL.\nFALTA GRAVE. [...] consolidou-se nesta Superior Corte de Justiça entendimento no\nsentido de que a posse/uso de aparelho celular, bem como de seus componentes\nessenciais, tais como chip, carregador ou bateria, constitui falta grave, sendo\nprescindível a realização de perícia no aparelho telefônico ou seus acessórios\ncom a finalidade de se atestar sua funcionalidade.\" (AgRg no HC 671045GO,\nrelator Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, julgado em 15/6/2021,\nDJe de 21/6/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PENAL. POSSE DE APARELHO CELULAR SEM BATERIA E CHIP, APÓS A\nENTRADA EM VIGOR DA LEI Nº 11.466/07. RECONHECIMENTO DA PRÁTICA DE FALTA GRAVE.\n[...] Na linha da iterativa jurisprudência desta Casa de Justiça, a posse de\naparelho celular, com ou sem seus componentes essenciais, tais como chip ou\ncarregador, posteriores à Lei nº 11.466/07, constitui falta disciplinar de\nnatureza grave.\" (HC 206126GO, relator Ministro Og Fernandes, Sexta Turma,\njulgado em 29/5/2012, DJe de 6/6/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PENAL. POSSE DE APARELHO DE TELEFONE CELULAR. FALTA DISCIPLINAR\nDE NATUREZA GRAVE. CONFIGURAÇÃO. [...] Após a edição da Lei n. 11.466/2007, a\nposse [...] de aparelho de telefonia celular ou qualquer componente\nimprescindível para o seu funcionamento, caracteriza falta disciplinar de\nnatureza grave, sendo desnecessária a realização de perícia para atestar a sua\nfuncionalidade.\" (HC 263870MG, relator Ministro Nefi Cordeiro, Sexta Turma,\njulgado em 16/9/2014, DJe de 29/9/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PENAL. POSSE DE APARELHOS DE TELEFONIA. FALTA GRAVE. [...]\nConstitui infração disciplinar a posse, por apenados, de aparelho celular ou de\nseus componentes, tendo em vista que a ratio essendi da norma é proibir a\ncomunicação entre os presos ou destes com o meio externo.\" (HC 298535SP,\nrelator Ministro Ericson Maranho (Desembargador Convocado do TJ/SP), Sexta\nTurma, julgado em 20/11/2014, DJe de 12/12/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PENAL. POSSE DE CHIP DE CELULAR. FALTA DISCIPLINAR DE NATUREZA\nGRAVE. LEI N. 11.466/2007. [...] Segundo entendimento adotado pelo Superior\nTribunal de Justiça, após o advento da Lei n. 11.466/2007 a posse de aparelho\ncelular, bem como de seus componentes essenciais, tais como chip, carregador ou\nbateria, constitui falta disciplinar de natureza grave.\" (HC 300337SP,\nrelator\nMinistro Ericson Maranho (Desembargador Convocado do TJ/SP), Sexta Turma,\njulgado em 18/6/2015, DJe de 30/6/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FALTA DISCIPLINAR DE NATUREZA GRAVE. [...] LEI N. 11.466/2007. POSSE DE\nCELULAR, BATERIA E CHIP [...] Segundo entendimento adotado pelo Superior\nTribunal de Justiça, após o advento da Lei n. 11.466/2007, a posse de aparelho\ncelular, bem como de seus componentes essenciais, tais como chip, carregador ou\nbateria, constitui falta disciplinar de natureza grave, sendo, ainda,\nprescindível a realização de perícia no aparelho telefônico com a finalidade de\nse atestar sua funcionalidade.\"\n(HC 359902RS, relator Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, julgado em\n18/10/2016, DJe de 8/11/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PORTE DE CHIP TELEFÔNICO. FALTA GRAVE. [...] Segundo entendimento da\nTerceira Seção deste Tribunal Superior, a posse de aparelho celular, bem como de\nseus componentes essenciais, tais como 'chip', carregador ou bateria,\nisoladamente, constitui falta disciplinar de natureza grave após o advento da\nLei n. 11.466/2007.\" (HC 395878PR, relator Ministro Felix Fischer, Quinta\nTurma, julgado em 27/6/2017, DJe de 1/8/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FALTA GRAVE. ART. 50, INCISO VII, DA LEP. POSSE DE COMPONENTES DE\nAPARELHO DE TELEFONIA CELULAR DURANTE O TRABALHO EXTERNO. [...] De acordo com a\njurisprudência desta Corte, a posse de aparelho de telefonia celular ou dos\ncomponentes essenciais ao seu funcionamento constitui falta disciplinar de\nnatureza grave.\"\n(HC 409325SP, relatora Ministra Maria Thereza de Assis Moura, Sexta Turma,\njulgado em 5/12/2017, DJe de 12/12/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[..] PORTE DE CARREGADOR DE APARELHO CELULAR. FALTA GRAVE. [...] Segundo\nentendimento da Terceira Seção deste Tribunal Superior, a posse de aparelho\ncelular, bem como de seus componentes essenciais, tais como chip, carregador\nou bateria, isoladamente, constitui falta disciplinar de natureza grave após o\nadvento da Lei n. 11.466/2007.\" (HC 652528MG, relator Ministro Felix\nFischer,\nQuinta Turma, julgado em 20/4/2021, DJe de 5/5/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FALTA GRAVE. EXECUÇÃO DA PENA. POSSE DE CHIP DE TELEFONE CELULAR. LEI N.\n11.466/07. ART. 50, VII, DA LEP. COMPONENTE ESSENCIAL AO FUNCIONAMENTO DO\nAPARELHO. NECESSIDADE DE REPRIMIR A COMUNICAÇÃO. É assente nesta Corte Superior\no entendimento de que após a edição da Lei n. 11.466/2007, a posse de aparelho\ntelefônico ou dos componentes essenciais ao seu efetivo funcionamento, a exemplo\ndo chip, passou a ser considerada falta grave.\" (REsp 1457292RS, relator\nMinistro Jorge Mussi, Quinta Turma, julgado em 4/11/2014, DJe de 11/11/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 18/09/2023RSTJ vol. 271 p. 1072", "Precedentes": "AgRg no REsp 1708448 RJ 2017/0285961-0 Decisão:07/06/2018\nDJe DATA:15/06/2018AgRg no HC 662734 SP 2021/0126823-6 Decisão:03/08/2021\nDJe DATA:09/08/2021AgRg no HC 664000 SC 2021/0133751-1 Decisão:24/08/2021\nDJe DATA:30/08/2021AgRg no HC 669266 SP 2021/0159776-9 Decisão:08/06/2021\nDJe DATA:14/06/2021AgRg no HC 671045 GO 2021/0170027-6 Decisão:15/06/2021\nDJe DATA:21/06/2021HC 206126 GO 2011/0104075-9 Decisão:29/05/2012\nDJe DATA:06/06/2012HC 263870 MG 2013/0016465-3 Decisão:16/09/2014\nDJe DATA:29/09/2014HC 298535 SP 2014/0165558-0 Decisão:20/11/2014\nDJe DATA:12/12/2014HC 300337 SP 2014/0188125-3 Decisão:18/06/2015\nDJe DATA:30/06/2015HC 359902 RS 2016/0158437-0 Decisão:18/10/2016\nDJe DATA:08/11/2016HC 395878 PR 2017/0083138-9 Decisão:27/06/2017\nDJe DATA:01/08/2017HC 409325 SP 2017/0179707-6 Decisão:05/12/2017\nDJe DATA:12/12/2017HC 652528 MG 2021/0077737-0 Decisão:20/04/2021\nDJe DATA:05/05/2021REsp 1457292 RS 2014/0130755-5 Decisão:04/11/2014\nDJe DATA:11/11/2014", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:007210 ANO:1984\n***** LEP-84 LEI DE EXECUÇÃO PENAL\n ART:00050 INC:00007\nLEG:FED LEI:011466 ANO:2007\n ART:00001" }
Súmula 659
A fração de aumento em razão da prática de crime continuado deve ser fixada de acordo com o número de delitos cometidos, aplicando-se 1/6 pela prática de duas infrações, 1/5 para três, 1/4 para quatro, 1/3 para cinco, 1/2 para seis e 2/3 para sete ou mais infrações. (Súmula n. 659, Terceira Seção, julgado em 13/9/2023, DJe de 18/9/2023.)
{ "Enunciado": "A fração de aumento em razão da prática de crime continuado deve ser fixada de\nacordo com o número de delitos cometidos, aplicando-se 1/6 pela prática de duas\ninfrações, 1/5 para três, 1/4 para quatro, 1/3 para cinco, 1/2 para seis e 2/3\npara sete ou mais infrações. (TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 13/9/2023, DJe\n8/9/2023)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[..] DOSIMETRIA DA PENA. CONTINUIDADE DELITIVA. ART. 71, CAPUT, DO CÓDIGO\nPENAL. FRAÇÃO DE AUMENTO. [...] entendimento pacificado nesta Corte Superior, no\nsentido de que 'em se tratando de aumento de pena referente à continuidade\ndelitiva, aplica-se a fração de aumento de 1/6 pela prática de 2 infrações; 1/5,\npara 3 infrações; 1/4 para 4 infrações; 1/3 para 5 infrações; 1/2 para 6\ninfrações e 2/3 para 7 ou mais infrações' [...]\"\n(AgRg nos EDcl no AREsp 1650790RN, relator Ministro Ribeiro Dantas, Quinta\nTurma, julgado em 4/8/2020,\nDJe de 13/8/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PATAMAR DE AUMENTO. NÚMERO DE CRIMES COMETIDOS INDETERMINADO. [...] a\njurisprudência desta Corte Superior de Justiça é de que se aplica a fração de\naumento de 1/6 pela prática de duas infrações; 1/5, para três infrações; 1/4,\npara quatro infrações; 1/3, para cinco infrações; 1/2, para seis infrações e\n2/3, para sete ou mais infrações. [...]\" (AgRg no AREsp 1774040TO, relator\nMinistro Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, julgado em 23/3/2021, DJe de\n30/3/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FRAÇÃO DA CONTINUIDADE DELITIVA. [...] quanto à fração da continuidade\ndelitiva [...], praticadas cinco infrações, aplica-se o percentual de 1/3 em\ndecorrência do art. 71 do CP. [...]\" (AgRg no REsp 1625256PR, relator\nMinistro\nRogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, julgado em 5/5/2020, DJe de 12/5/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FRAÇÃO DE AUMENTO. [...] Firmou-se nesta Corte o entendimento de que o\nnúmero de infrações cometidas deve ser considerado quando da escolha da fração\nde aumento decorrente da continuidade delitiva, dentre os parâmetros previstos\nno caput do art. 71 do Código Penal, sendo 1/6 para a hipótese de dois delitos\naté o patamar máximo de 2/3 para o caso de 7 infrações ou mais. [...]\"\n(AgRg no REsp 1803351GO, relator Ministro Reynaldo Soares da Fonseca,\nQuinta\nTurma,\njulgado em 4/6/2019, DJe de 14/6/2019.)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTINUIDADE DELITIVA. QUANTUM DE AUMENTO. [...] o entendimento\npacificado neste Superior Tribunal de Justiça é firme no sentido de que,\n'aplica-se a fração de aumento de 1/6 pela prática de 2 infrações; 1/5, para 3\ninfrações; 1/4 para 4 infrações; 1/3 para 5 infrações; 1/2 para 6 infrações e\n2/3 para 7 ou mais infrações' [...]\" (AgRg no REsp 1880036PR, relator\nMinistro\nRibeiro Dantas, Quinta Turma, julgado em 9/12/2020, DJe de 14/12/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTINUIDADE DELITIVA. AUMENTO NA FRAÇÃO MÁXIMA. [...] O Superior\nTribunal de Justiça tem adotado o seguinte critério para determinar o aumento\npela pela continuidade delitiva: 1/6 para 2 infrações, 1/5 quando forem 3, 1/4\npara 4, 1/3 para 5, 1/2 para 6 e 2/3 quando forem 7 ou mais. [...]\"\n(AgRg no REsp 1916698RJ, relator Ministro Olindo Menezes (Desembargador\nConvocado do TRF 1ª Região), Sexta Turma, julgado em 11/5/2021, DJe de\n17/5/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTINUIDADE DELITIVA. [...] FRAÇÃO APLICADA. CONSONÂNCIA COM O\nENTENDIMENTO FIRMADO NESTA CORTE [...] esta Corte firmou a compreensão de que a\nfração de aumento no crime continuado é determinada em função da quantidade de\ndelitos cometidos, 'aplicando-se a fração de aumento de 1/6 pela prática de 2\ninfrações; 1/5, para 3 infrações; 1/4, para 4 infrações; 1/3, para 5 infrações;\n1/2, para 6 infrações; e 2/3, para 7 ou mais infrações' [...]\"\n(AgRg no HC 561502SP, relator Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta\nTurma,\njulgado em 5/3/2020, DJe de 17/3/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTINUIDADE DELITIVA. FRAÇÃO PARA MAJORAÇÃO. [...] 'a fração para a\nmajoração pela continuidade deve obedecer os parâmetros previstos no caput do\nart. 71 do Código Penal, sendo 1/6 para a hipótese de dois delitos até o patamar\nmáximo de 2/3 para o caso de 7 infrações ou mais, o que ocorreu na espécie' [...\n]\" (AgRg no HC 647843SP, relatora Ministra Laurita Vaz, Sexta Turma,\njulgado em\n4/5/2021, DJe de 14/5/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTINUIDADE DELITIVA. FRAÇÃO DE AUMENTO. [...] e o entendimento deste\nTribunal sobre a questão é no sentido de que, em se tratando de aumento de pena\nreferente à continuidade delitiva, aplica-se a fração de aumento de 1/6 pela\nprática de 2 infrações; 1/5, para 3 infrações; 1/4, para 4 infrações; 1/3, para\n5 infrações; 1/2, para 6 infrações; e 2/3, para 7 ou mais infrações. [...]\"\n(HC 365963SP, relator Ministro Felix Fischer, Terceira Seção, julgado em\n11/10/2017, DJe de 23/11/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTINUIDADE DELITIVA. REDUÇÃO DO INCREMENTO A 1/3. [...] esta Corte\nSuperior de Justiça possui o entendimento consolidado de que, em se tratando de\naumento de pena referente à continuidade delitiva, aplica-se a fração de aumento\nde 1/6 pela prática de 2 infrações; 1/5, para 3 infrações; 1/4 para 4\ninfrações; 1/3 para 5 infrações; 1/2 para 6 infrações e 2/3 para 7 ou mais\ninfrações. [...]\" (HC 626247SP, relator Ministro Ribeiro Dantas, Quinta\nTurma,\njulgado em 9/2/2021, DJe de 12/2/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 18/09/2023RSTJ vol. 271 p. 1071", "Precedentes": "AgRg nos EDcl no AREsp 1650790 RN 2020/0015196-8\nDecisão:04/08/2020\nDJe DATA:13/08/2020AgRg no AREsp 1774040 TO 2020/0267068-8 Decisão:23/03/2021\nDJe DATA:30/03/2021AgRg no REsp 1625256 PR 2016/0238392-1 Decisão:05/05/2020\nDJe DATA:12/05/2020AgRg no REsp 1803351 GO 2019/0078033-9 Decisão:04/06/2019\nDJe DATA:14/06/2019AgRg no REsp 1880036 PR 2020/0147004-7 Decisão:09/12/2020\nDJe DATA:14/12/2020AgRg no REsp 1916698 RJ 2021/0012661-9 Decisão:11/05/2021\nDJe DATA:17/05/2021AgRg no HC 561502 SP 2020/0034709-0 Decisão:05/03/2020\nDJe DATA:17/03/2020AgRg no HC 647843 SP 2021/0056476-7 Decisão:04/05/2021\nDJe DATA:14/05/2021HC 365963 SP 2016/0207605-7 Decisão:11/10/2017\nDJe DATA:23/11/2017HC 626247 SP 2020/0299773-0 Decisão:09/02/2021\nDJe DATA:12/02/2021", "Referência Legislativa": "LEG:FED DEL:002848 ANO:1940\n***** CP-40 CÓDIGO PENAL\n ART:00071" }
Súmula 658
O crime de apropriação indébita tributária pode ocorrer tanto em operações próprias, como em razão de substituição tributária. (Súmula n. 658, Terceira Seção, julgado em 13/9/2023, DJe de 18/9/2023.)
{ "Enunciado": "O crime de apropriação indébita tributária pode ocorrer tanto em\noperações\npróprias, como em razão de substituição tributária. (TERCEIRA SEÇÃO,\njulgado em\n13/9/2023, DJe de 18/9/2023)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] PENAL. CRIME CONTRA ORDEM TRIBUTÁRIA. APROPRIAÇÃO INDÉBITA\nTRIBUTÁRIA. DOLO ESPECÍFICO. DESNECESSIDADE. DELITO CONFIGURADO PELO\nSIMPLES NÃO RECOLHIMENTO DO TRIBUTO. ENTENDIMENTO PACIFICADO NA TERCEIRA\nSEÇÃO NO JULGAMENTO DO HC N.º 399.109/SC. [...] A Terceira Seção do\nSuperior Tribunal de Justiça, no julgamento do HC n.º 399.109/SC, firmou\no entendimento de que o elemento subjetivo especial, no crime de\napropriação indébita tributária (art. 2.º, inciso II, da Lei n.º\n8.137/90), é prescindível, sendo suficiente para a configuração do crime\na consciência (ainda que potencial) de não recolher o valor do tributo\ndevido. 2. O sujeito ativo do crime de apropriação indébita tributária é\naquele que ostenta a qualidade de sujeito passivo da obrigação\ntributária. Dessa forma, o delito do resta configurado tanto nos casos\nde recolhimento próprio quanto nas hipóteses de responsabilidade\ntributária por substituição. [...]\"\n(AgRg nos EREsp 1635341SC, relatora Ministra Laurita Vaz, Terceira\nSeção, julgado em 10/10/2018, DJe de 26/10/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. ART. 2°, II, DA LEI N.\n8.137/1990. ICMS DECLARADO E NÃO PAGO. TIPICIDADE. PRESCINDIBILIDADE DE\nESPECIAL FIM DE AGIR. [...] O sujeito ativo do crime de apropriação\nindébita tributária é aquele que ostenta a qualidade de sujeito passivo\nda obrigação tributária, que 'desconta' ou 'cobra' o tributo ou a\ncontribuição, conforme claramente descrito pelo art. 2º, II, da Lei n.\n8.137/1990. Exige-se, em tal caso, que a conduta seja dolosa (elemento\nsubjetivo geral do tipo), consistente na consciência (ainda que\npotencial) de não recolher ao Fisco o valor do tributo devido. [...]\"\n(AgRg no AREsp 1121680GO, relator Ministro Rogerio Schietti Cruz,\nSexta Turma, julgado em 6/11/2018, DJe de 21/11/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] Para a Terceira Seção, órgão especializado para julgar matérias\ncriminais nesta Corte, o crime do art. 2º, II, da Lei n. 8.137/1990,\nsomente pode ter como sujeito passivo aqueles que 'descontam' ou\n'cobram' tributo ou contribuição. 2. Com efeito, 'a interpretação\nconsentânea com a dogmática penal do termo 'descontado' é a de que ele\nse refere aos tributos diretos quando há responsabilidade tributária por\nsubstituição, enquanto o termo 'cobrado' deve ser compreendido nas\nrelações tributárias havidas com tributos indiretos (incidentes sobre o\nconsumo), de maneira que não possui relevância o fato de o ICMS ser\npróprio ou por substituição, porquanto, em qualquer hipótese, não haverá\nônus financeiro para o contribuinte de direito.' [...]\"\n(AgRg no AREsp 1421593GO, relator Ministro Ribeiro Dantas, Quinta\nTurma, julgado em 26/3/2019, DJe de 1/4/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] APROPRIAÇÃO INDÉBITA TRIBUTÁRIA. ICMS PRÓPRIO OU POR\nSUBSTITUIÇÃO. IRRELEVÂNCIA. REPASSE AO CONSUMIDOR. [...] Para a Terceira\nSeção, órgão especializado para julgar matérias criminais nesta Corte, o\ncrime do art. 2º, II, da Lei n. 8.137/1990, somente pode ter como\nsujeito passivo aqueles que 'descontam' ou 'cobram' tributo ou\ncontribuição. 3. Com efeito, 'a interpretação consentânea com a\ndogmática penal do termo 'descontado' é a de que ele se refere aos\ntributos diretos quando há responsabilidade tributária por substituição,\nenquanto o termo 'cobrado' deve ser compreendido nas relações\ntributárias havidas com tributos indiretos (incidentes sobre o consumo),\nde maneira que não possui relevância o fato de o ICMS ser próprio ou por\nsubstituição, porquanto, em qualquer hipótese, não haverá ônus\nfinanceiro para o contribuinte de direito.' [...]\" (AgRg no REsp\n1730395SC, relator Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, julgado em\n23/10/2018, DJe de 31/10/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] NÃO RECOLHIMENTO DE ICMS POR MESES SEGUIDOS. APROPRIAÇÃO INDÉBITA\nTRIBUTÁRIA. [...] Em recente julgado a eg. Terceira Seção fixou\norientação jurisprudencial no sentido de que 'a interpretação\nconsentânea com a dogmática penal do termo 'descontado' é a de que ele\nse refere aos tributos diretos quando há responsabilidade tributária por\nsubstituição, enquanto o termo 'cobrado' deve ser compreendido nas\nrelações tributárias havidas com tributos indiretos (incidentes sobre o\nconsumo), de maneira que não possui relevância o fato de o ICMS ser\npróprio ou por substituição, porquanto, em qualquer hipótese, não haverá\nônus financeiro para o contribuinte de direito.' [...]\"\n(AgRg no RHC 97835SC, relator Ministro Joel Ilan Paciornik, Quinta\nTurma, julgado em 2/10/2018, DJe de 11/10/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] NÃO RECOLHIMENTO DE ICMS POR MESES SEGUIDOS. APROPRIAÇÃO INDÉBITA\nTRIBUTÁRIA. [...] DECLARAÇÃO PELO RÉU DO IMPOSTO DEVIDO EM GUIAS\nPRÓPRIAS. IRRELEVÂNCIA PARA A CONFIGURAÇÃO DO DELITO. TRIBUTOS DIRETOS\nEM QUE HÁ RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO E TRIBUTOS INDIRETOS. [...]\nA Terceira Seção, no julgamento do HC n. 399.109/SC, pacificou\nentendimento de que para a configuração do delito previsto no art. 2º,\nII, da Lei n. 8.137/1990, nos casos em que não há o repasse de ICMS ao\nFisco - o qual prescinde da diferenciação entre imposto próprio ou por\nsubstituição tributária -, o fato de o agente registrar, apurar e\ndeclarar em guia própria ou em livros fiscais o imposto devido não tem o\ncondão de elidir ou exercer nenhuma influência na prática do delito,\nvisto que este não pressupõe a clandestinidade. 2. O sujeito ativo do\ncrime de apropriação indébita tributária é aquele que ostenta a\nqualidade de sujeito passivo da obrigação tributária, conforme\nclaramente descrito pelo art. 2º, II, da Lei n. 8.137/1990, que exige,\npara sua configuração, seja a conduta dolosa (elemento subjetivo do\ntipo), consistente na consciência (ainda que potencial) de não recolher\no valor do tributo devido. [...]\" (AgInt no RHC 100281SP, relator\nMinistro Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, julgado em 11/12/2018, DJe\nde 4/2/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] NÃO RECOLHIMENTO DE ICMS POR MESES SEGUIDOS. APROPRIAÇÃO INDÉBITA\nTRIBUTÁRIA. [...] DECLARAÇÃO PELO RÉU DO IMPOSTO DEVIDO EM GUIAS\nPRÓPRIAS. IRRELEVÂNCIA PARA A CONFIGURAÇÃO DO DELITO. TERMOS \"DESCONTADO\nE COBRADO\". ABRANGÊNCIA. TRIBUTOS DIRETOS EM QUE HÁ RESPONSABILIDADE POR\nSUBSTITUIÇÃO E TRIBUTOS INDIRETOS. [...] Para a configuração do delito\nde apropriação indébita tributária - tal qual se dá com a apropriação\nindébita em geral - o fato de o agente registrar, apurar e declarar em\nguia própria ou em livros fiscais o imposto devido não tem o condão de\nelidir ou exercer nenhuma influência na prática do delito, visto que\neste não pressupõe a clandestinidade. 2. O sujeito ativo do crime de\napropriação indébita tributária é aquele que ostenta a qualidade de\nsujeito passivo da obrigação tributária, conforme claramente descrito\npelo art. 2º, II, da Lei n. 8.137/1990, que exige, para sua\nconfiguração, seja a conduta dolosa (elemento subjetivo do tipo),\nconsistente na consciência (ainda que potencial) de não recolher o valor\ndo tributo devido. A motivação, no entanto, não possui importância no\ncampo da tipicidade, ou seja, é prescindível a existência de elemento\nsubjetivo especial. [...]\n\" (HC 399109SC, relator Ministro Rogerio Schietti Cruz, Terceira\nSeção, julgado em 22/8/2018, DJe de 31/8/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] APROPRIAÇÃO INDÉBITA TRIBUTÁRIA. NÃO RECOLHIMENTO DE ICMS\nPRÓPRIO. ALEGADA ATIPICIDADE FORMAL DA CONDUTA. INOCORRÊNCIA.\nABRANGÊNCIA DA INTERPRETAÇÃO DOS TERMOS 'DESCONTADO E COBRADO'. AUSÊNCIA\nDE CLANDESTINIDADE. DECLARAÇÃO PELO RÉU DO IMPOSTO DEVIDO EM GUIAS\nPRÓPRIAS. IRRELEVÂNCIA. VALORAÇÃO NEGATIVA DAS CONSEQUÊNCIAS DO DELITO\nCOM BASE NO MONTANTE TOTAL SONEGADO. [...] A Terceira Seção deste\nSuperior Tribunal de Justiça, no julgamento do HC n.º 399.109/SC, Rel.\nMinistro ROGÉRIO SCHIETTI CRUZ, pacificou a jurisprudência desta Corte\nno sentido de que o delito de apropriação indébita tributária\naperfeiçoa-se tanto nos casos de recolhimento em operação própria quanto\nnas hipóteses de responsabilidade tributária por substituição. 2.\nConsiderando a máxima hermenêutica verba cum effectu sunt accipienda, a\nadoção, pela norma incriminadora, de dois vocábulos distintos na\ndiscriminação da figura típica - 'descontado ou cobrado' - evidencia que\no referido dispositivo legal abarca duas condutas típicas diversas,\nsubmetidas ao mesmo parâmetro de repressão por idêntico preceito\nsecundário. Precedentes. 3. O vocábulo 'descontado' exprime as hipóteses\nde supressão da exação retida por contribuinte de fato no âmbito da\nresponsabilidade tributária por substituição, contrapondo-se ao sentido\nsemântico do verbete 'cobrado', que designa a conduta proibida\nconsistente na supressão de Tributo em operação própria, uma vez que o\nônus econômico repercute em relação ao consumidor final ainda que\nausentes quaisquer espécies de substituição tributária, situação\nidêntica a vertente impetração, na qual houve supressão de ICMS próprio.\n[...]\" (HC 470909SC, relatora Ministra Laurita Vaz, Sexta Turma,\njulgado em 18/6/2019, DJe de 1/7/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIME TRIBUTÁRIO. ART. 2º, INCISO II DA LEI Nº 8.137/90. ICMS.\nATIPICIDADE FORMAL. AUSÊNCIA DO ELEMENTO 'DESCONTADO' OU 'COBRADO'.\nTRIBUTAÇÃO INDIRETA DO ICMS. CONDUTA TÍPICA. 'APROPRIAÇÃO INDÉBITA\nTRIBUTÁRIA'. MERA NOMENCLATURA. OFENSA À GARANTIA CONSTITUCIONAL DA\nPROIBIÇÃO DA PRISÃO POR DÍVIDAS. INOCORRÊNCIA. FRAUDE TRIBUTÁRIA, E NÃO\nSIMPLES INADIMPLEMENTO. [...] A eg. Terceira Seção reafirmou orientação\njurisprudencial no sentido de que 'a interpretação consentânea com a\ndogmática penal do termo 'descontado' é a de que ele se refere aos\ntributos diretos quando há responsabilidade tributária por substituição,\nenquanto o termo 'cobrado' deve ser compreendido nas relações\ntributárias havidas com tributos indiretos (incidentes sobre o consumo),\nde maneira que não possui relevância o fato de o ICMS ser próprio ou por\nsubstituição, porquanto, em qualquer hipótese, não haverá ônus\nfinanceiro para o contribuinte de direito.' (HC 399.109/SC, Rel.\nMinistro ROGÉRIO SCHIETTI CRUZ, Terceira Seção, DJe 31/8/2018). [...]\"\n(HC 483657SC, relator Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta\nTurma, julgado em 7/2/2019, DJe de 15/2/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] APROPRIAÇÃO INDÉBITA TRIBUTÁRIA. ART. 2º, II, DA LEI N. 8.137/90.\n[...] DECLARAÇÃO PELO RÉU DO IMPOSTO DEVIDO EM GUIAS PRÓPRIAS. TRIBUTOS\nDIRETOS EM QUE HÁ RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO. CONDUTA TÍPICA.\nINÉPCIA DA DENÚNCIA. NÃO CONFIGURAÇÃO. ART. 41 DO CPP ATENDIDO. [...] A\nTerceira Seção desta Corte, no julgamento do habeas corpus n.\n399.109/SC, Relator o Ministro Rogério Schietti Cruz, sedimentou o\nentendimento de que é típica a conduta do agente que deixa de recolher,\nno prazo legal, tributo descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito\npassivo da obrigação tributária. [...] III - 'O sujeito ativo do crime\nde apropriação indébita tributária é aquele que ostenta a qualidade de\nsujeito passivo da obrigação tributária, conforme claramente descrito\npelo art. 2º, II, da Lei n. 8.137/1990, que exige, para sua\nconfiguração, seja a conduta dolosa (elemento subjetivo do tipo),\nconsistente na consciência (ainda que potencial) de não recolher o valor\ndo tributo devido. A motivação, no entanto, não possui importância no\ncampo da tipicidade, ou seja, é prescindível a existência de elemento\nsubjetivo especial.' (HC 399.109/SC, Terceira Seção, Rel. Min. Rogerio\nSchietti Cruz, DJe 31/8/2018). [...]\" (RHC 85339SC, relator\nMinistro Felix Fischer, Quinta Turma, julgado em 4/9/2018, DJe de\n19/9/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. TRANCAMENTO DO PROCESSO-CRIME.\nEXCEPCIONALIDADE. JUSTA CAUSA PARA A PERSECUÇÃO PENAL. ATIPICIDADE.\nMATÉRIA DECIDIDA PELA TERCEIRA SEÇÃO NO HC 399.109/SC. (DECLARAÇÃO DO\nIMPOSTO DEVIDO EM GUIAS PRÓPRIAS. IRRELEVÂNCIA PARA A CONFIGURAÇÃO DO\nDELITO. TERMOS 'DESCONTADO E COBRADO'. ABRANGÊNCIA. TRIBUTOS DIRETOS EM\nQUE HÁ RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO E TRIBUTOS INDIRETOS. [...] A\nquestão relativa à atipicidade da apropriação indébita tributária foi\npacificada no âmbito da Terceira Seção, na ocasião do julgamento do HC\n399.109/SC, no qual se firmou o entendimento de que 'o sujeito ativo do\ncrime de apropriação indébita tributária é aquele que ostenta a\nqualidade de sujeito passivo da obrigação tributária, conforme\nclaramente descrito pelo art. 2º, II, da Lei n. 8.137/1990, que exige,\npara sua configuração, seja a conduta dolosa (elemento subjetivo do\ntipo), consistente na consciência (ainda que potencial) de não recolher\no valor do tributo devido. A motivação, no entanto, não possui\nimportância no campo da tipicidade, ou seja, é prescindível a existência\nde elemento subjetivo especial.' [...]\" (RHC 90109MG, relator\nMinistro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, julgado em 19/3/2019, DJe de\n25/3/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. TRANCAMENTO DO PROCESSO-CRIME.\nEXCEPCIONALIDADE. JUSTA CAUSA PARA A PERSECUÇÃO PENAL. ATIPICIDADE.\nMATÉRIA DECIDIDA PELA TERCEIRA SEÇÃO NO HC 399.109/SC. (DECLARAÇÃO DO\nIMPOSTO DEVIDO EM GUIAS PRÓPRIAS. IRRELEVÂNCIA PARA A CONFIGURAÇÃO DO\nDELITO. TERMOS 'DESCONTADO E COBRADO'. ABRANGÊNCIA. TRIBUTOS DIRETOS EM\nQUE HÁ RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO E TRIBUTOS INDIRETOS. [...] A\nquestão relativa à atipicidade da apropriação indébita tributária foi\npacificada no âmbito da Terceira Seção, na ocasião do julgamento do HC\n399.109/SC, no qual se firmou o entendimento de que 'o sujeito ativo do\ncrime de apropriação indébita tributária é aquele que ostenta a\nqualidade de sujeito passivo da obrigação tributária, conforme\nclaramente descrito pelo art. 2º, II, da Lei n. 8.137/1990, que exige,\npara sua configuração, seja a conduta dolosa (elemento subjetivo do\ntipo), consistente na consciência (ainda que potencial) de não recolher\no valor do tributo devido. A motivação, no entanto, não possui\nimportância no campo da tipicidade, ou seja, é prescindível a existência\nde elemento subjetivo especial.' 4. Asseverou-se, ainda, que 'a\ndescrição típica do crime de apropriação indébita tributária contém a\nexpressão 'descontado ou cobrado', o que, indiscutivelmente, restringe a\nabrangência do sujeito ativo do delito, porquanto nem todo sujeito\npassivo de obrigação tributária que deixa de recolher tributo ou\ncontribuição social responde pelo crime do art. 2º, II, da Lei n.\n8.137/1990, mas somente aqueles que 'descontam' ou 'cobram' o tributo ou\ncontribuição.' [...]\"\n(RHC 93154SC, relator Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma,\njulgado em 4/6/2019, DJe de 11/6/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 18/09/2023RSTJ vol. 271 p. 1070", "Precedentes": "AgRg nos EREsp 1635341 SC 2016/0285668-4 Decisão:10/10/2018\nDJe DATA:26/10/2018AgRg no AREsp 1121680 GO 2017/0153407-5 Decisão:06/11/2018\nDJe DATA:21/11/2018AgRg no AREsp 1421593 GO 2018/0339523-3 Decisão:26/03/2019\nDJe DATA:01/04/2019AgRg no REsp 1730395 SC 2018/0060730-2 Decisão:23/10/2018\nDJe DATA:31/10/2018AgRg no RHC 97835 SC 2018/0103418-0 Decisão:02/10/2018\nDJe DATA:11/10/2018AgInt no RHC 100281 SP 2018/0165381-8 Decisão:11/12/2018\nDJe DATA:04/02/2019HC 399109 SC 2017/0106798-0 Decisão:22/08/2018\nDJe DATA:31/08/2018\nRT VOL.:01008 PG:00398HC 470909 SC 2018/0249711-6 Decisão:18/06/2019\nDJe DATA:01/07/2019HC 483657 SC 2018/0331696-5 Decisão:07/02/2019\nDJe DATA:15/02/2019RHC 85339 SC 2017/0133329-0 Decisão:04/09/2018\nDJe DATA:19/09/2018RHC 90109 MG 2017/0255042-7 Decisão:19/03/2019\nDJe DATA:25/03/2019RHC 93154 SC 2017/0329840-4 Decisão:04/06/2019\nDJe DATA:11/06/2019", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:008137 ANO:1990\n***** LCOT LEI DOS CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA\n ART:00002 INC:00002" }
Súmula 657
Atendidos os requisitos de segurada especial no RGPS e do período de carência, a indígena menor de 16 anos faz jus ao salário- maternidade. (Súmula n. 657, Primeira Seção, julgado em 23/8/2023, DJe de 28/8/2023.)
{ "Enunciado": "Atendidos os requisitos de segurada especial no RGPS e do período de\ncarência, a indígena menor de 16 anos faz jus ao salário-maternidade.\n(PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 23/8/2023, DJe de 28/8/2023)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] SALÁRIO-MATERNIDADE. INDÍGENA. MENOR DE 16 ANOS. ATIVIDADE\nCAMPESINA COMPROVADA. NORMA DE GARANTIA DO MENOR NÃO PODE SER\nINTERPRETADA EM SEU DETRIMENTO. IMPERIOSA PROTEÇÃO DA MATERNIDADE, DO\nNASCITURO E DA FAMÍLIA. DEVIDA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. [...] É\npossível conceder o benefício previdenciário à menor de 16 anos que\ntenha trabalhado em atividade rural durante o período de carência do\nsalário-maternidade (10 meses). 2. Vedar a filiação ao RGPS a uma jovem\nmenor de 16 anos que efetivamente tenha exercido atividade rural pela\nsimples ausência do requisito etário enseja o desamparo não só a\nadolescente, mas também o nascituro, que seria privado não apenas da\nproteção social, como do convívio familiar, já que sua mãe teria de\nvoltar ao exercício profissional após seu nascimento. [...]\"\n(AgRg no REsp 1559760MG, relator Ministro Humberto Martins, Segunda Turma,\njulgado em 3/12/2015, DJe de 14/12/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SALÁRIO-MATERNIDADE. INDÍGENAS. ATIVIDADE LABORATIVA MATÉRIA\nFÁTICA. REEXAME. IMPOSSIBILIDADE. LIMITE ETÁRIO. VEDAÇÃO LEGAL. CASO\nCONCRETO. INAPLICABILDIADE. [...] Caso em que as instâncias ordinárias\nreconheceram a participação da mulher indígena no contexto laboral de\nsua própria cultura firmada nos elementos de convicção postos no\nprocesso, cuja revisão é providência incompatível com a via estreita do\nrecurso especial, nos termos da Súmula 7 do STJ. 4. O Superior Tribunal\nde Justiça, desde há muito, tem se posicionado no sentido de que a\nvedação legal do trabalho infantil tem por escopo proteger o menor e,\nportanto, não pode ser utilizada em prejuízo daquele que foi obrigado,\ndadas as circunstâncias, a exercer o trabalho em idade inferior ao\nlimite etário mínimo. 5. Ambas as Turmas da Primeira Seção têm\nreconhecido o direito de indígena menor de dezesseis anos, qualificada\ncomo segurada especial, a perceber o benefício de auxílio-maternidade,\nvisto que o não preenchimento do requisito etário exigido para a\nfiliação ao RGPS, como segurado especial, não constitui óbice à\nconcessão de benefício previdenciário a jovem que foi impelida a exercer\ntrabalho rural em regime de economia familiar. [...]\"\n(AgInt no REsp 1679865RS, relator Ministro Gurgel de Faria, Primeira Turma,\njulgado em 30/8/2021, DJe de 8/9/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SALÁRIO-MATERNIDADE. TRABALHADORA RURAL MENOR DE 16 ANOS.\nATIVIDADE CAMPESINA COMPROVADA. ART. 11, VII, c, § 6o. DA LEI 8.213/91.\nCARÁTER PROTETIVO DO DISPOSITIVO LEGAL. NORMA DE GARANTIA DO MENOR NÃO\nPODE SER INTERPRETADA EM SEU DETRIMENTO. IMPERIOSA PROTEÇÃO DA\nMATERNIDADE, DO NASCITURO E DA FAMÍLIA. DEVIDA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO.\n[...] O sistema de Seguridade Social, em seu conjunto, tem por objetivo\nconstitucional proteger o indivíduo, assegurando seus direitos à saúde,\nassistência social e previdência social; traduzindo-se como elemento\nindispensável para garantia da dignidade humana. 2. A intenção do\nlegislador infraconstitucional ao impor o limite mínimo de 16 anos de\nidade para a inscrição no RGPS era a de evitar a exploração do trabalho\nda criança e do adolescente, ancorado no art. 7o., XXXIII da\nConstituição Federal. 3. Esta Corte já assentou a orientação de que a\nlegislação, ao vedar o trabalho infantil, teve por escopo a sua\nproteção, tendo sido estabelecida a proibição em benefício do menor e\nnão em seu prejuízo, aplicando-se o princípio da universalidade da\ncobertura da Seguridade Social. 4. Desta feita, não é admissível que o\nnão preenchimento do requisito etário para filiação ao RGPS, por uma\njovem impelida a trabalhar antes mesmo dos seus dezesseis anos,\nprejudique o acesso ao benefício previdenciário, sob pena de desamparar\nnão só a adolescente, mas também o nascituro, que seria privado não\napenas da proteção social, como do convívio familiar, já que sua mãe\nteria de voltar às lavouras após seu nascimento. 5. Nessas condições,\nconclui-se que, comprovado o exercício de trabalho rural pela menor de\n16 anos durante o período de carência do salário-maternidade (10 meses),\né devida a concessão do benefício. [...]\"\n(REsp 1440024RS, relator Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira\nTurma,\njulgado em 18/8/2015, DJe de 28/8/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. INDÍGENAS MENORES DE 16 (DEZESSEIS) ANOS.\nCONDIÇÃO DE SEGURADAS ESPECIAIS. CONCESSÃO DE SALÁRIO-MATERNIDADE.\nCABIMENTO. [...] No caso, o Ministério Público Federal ajuizou ação\ncivil pública, com o objetivo de reconhecer direito individual homogêneo\ndas indígenas, menores de 16 anos, ao salário-maternidade, na condição\nde seguradas especiais do Regime Geral de Previdência Social. 3. O\nsistema previdenciário protege os indígenas, caso desempenhem trabalho\nremunerado. A Constituição da República de 1988, a Convenção 129 da\nOrganização Internacional do Trabalho e o Estatuto do Índio são\nuníssonos ao proteger os direitos indígenas e garantir à esta população,\nno tocante ao sistema previdenciário, o mesmo tratamento conferido aos\ndemais trabalhadores. 4. A limitação etária não tem o condão de afastar\na condição de segurada especial das indígenas menores de 16 (dezesseis)\nanos, vedando-lhes o acesso ao sistema de proteção previdenciária\nestruturado pelo Poder Público. Princípio da primazia da verdade. [...]\n5. As regras de proteção das crianças e adolescentes não podem ser\nutilizadas com o escopo de restringir direitos. Nos casos em que\nocorreu, ainda que de forma indevida, a prestação do trabalho pela menor\nde 16 (dezesseis) anos, é preciso assegurar a essa criança ou\nadolescente, ainda que indígena, a proteção do sistema previdenciário,\ndesde que preenchidos os requisitos exigidos na lei, devendo ser\nafastado o óbice etário. [...]\"\n(REsp 1650697RS, relator Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma,\njulgado em 27/4/2017, DJe de 4/5/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. INDÍGENAS MENORES DE 16 (DEZESSEIS) ANOS.\nCONDIÇÃO DE SEGURADAS ESPECIAIS. CONCESSÃO DE SALÁRIO-MATERNIDADE.\nCABIMENTO. [...] Cuida-se, na origem, de Ação Civil Pública movida pelo\nMinistério Público Federal contra o Instituto Nacional do Seguro Social\n- INSS, em que objetiva que o réu se abstenha de indeferir,\nexclusivamente por motivo de idade, os requerimentos de benefícios de\nsalário-maternidade formulados pelas seguradas indígenas da cultura\nMbyá-Guarani provenientes de qualquer cidade de competência. A sentença\nde procedência foi mantida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região.\n2. O acórdão impugnado está em consonância com o entendimento do STJ em\ncasos idêntico aos dos autos. Por emblemático, transcreve-se trecho do\nREsp 1.650.697/RS: '3. O sistema previdenciário protege os indígenas,\ncaso desempenhem trabalho remunerado. A Constituição da República de\n1988, a Convenção 129 da Organização Internacional do Trabalho e o\nEstatuto do Índio são uníssonos ao proteger os direitos indígenas e\ngarantir à esta população, no tocante ao sistema previdenciário, o mesmo\ntratamento conferido aos demais trabalhadores. 4. A limitação etária não\ntem o condão de afastar a condição de segurada especial das indígenas\nmenores de 16 (dezesseis) anos, vedando-lhes o acesso ao sistema de\nproteção previdenciária estruturado pelo Poder Público. Princípio da\nprimazia da verdade. as regras de proteção das crianças e adolescentes\nnão podem ser utilizadas com o escopo de restringir direitos. 5. Nos\ncasos em que ocorreu, ainda que de forma indevida, a prestação do\ntrabalho pela menor de 16 (dezesseis) anos, é preciso assegurar a essa\ncriança ou adolescente, ainda que indígena, a proteção do sistema\nprevidenciário, desde que preenchidos os requisitos exigidos na lei,\ndevendo ser afastado o óbice etário' (REsp 1.650.697/RS, Rel. Ministro\nMauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 4/5/2017). [...]\"\n(REsp 1709883RS, relator Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado\nem 6/11/2018, DJe de 19/11/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 28/08/2023RSTJ vol. 271 p. 1069", "Precedentes": "AgRg no REsp 1559760 MG 2015/0249238-9 Decisão:03/12/2015\nDJe DATA:14/12/2015AgInt no REsp 1679865 RS 2017/0145732-1 Decisão:30/08/2021\nDJe DATA:08/09/2021REsp 1440024 RS 2014/0048346-2 Decisão:18/08/2015\nDJe DATA:28/08/2015REsp 1650697 RS 2017/0018834-0 Decisão:27/04/2017\nDJe DATA:04/05/2017REsp 1709883 RS 2017/0291973-1 Decisão:06/11/2018\nDJe DATA:19/11/2018", "Referência Legislativa": "LEG:FED CFB:****** ANO:1988\n***** CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988\n ART:00007 INC:00033 ART:00201 INC:00002 ART:00227\nLEG:FED DEL:005452 ANO:1943\n***** CLT-43 CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO\n ART:00428\nLEG:FED LEI:006001 ANO:1973\n***** EIN-73 ESTATUTO DO ÍNDIO\n ART:00014 ART:00055\nLEG:FED LEI:008213 ANO:1991\n***** LBPS-91 LEI DE BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL\n ART:00011 INC:00007 PAR:00006 ART:00025 INC:00003\n ART:00039 PAR:UNICO ART:00071\nLEG:FED DEC:003048 ANO:1999\n***** RPS-99 REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL\n ART:00093 PAR:00002" }
Súmula 656
É válida a cláusula de prorrogação automática de fiança na renovação do contrato principal. A exoneração do fiador depende da notificação prevista no art. 835 do Código Civil. (Súmula n. 656, Segunda Seção, julgado em 9/11/2022, DJe de 16/11/2022.)
{ "Enunciado": "É válida a cláusula de prorrogação automática de fiança na renovação do\ncontrato\nprincipal. A exoneração do fiador depende da notificação prevista no art. 835\ndo Código Civil. (SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 9/11/2022, DJe de 16/11/2022)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"FIANÇA. RECURSO ESPECIAL. PRORROGAÇÃO DE FIANÇA EM CONTRATO BANCÁRIO.\nJULGAMENTO AFETADO À SEGUNDA SEÇÃO PARA PACIFICAÇÃO DA MATÉRIA NO ÂMBITO DO STJ.\nCONTRATO BANCÁRIO. CARACTERIZA-SE POR SER, EM REGRA, CATIVO E DE LONGA DURAÇÃO,\nPRORROGANDO-SE SUCESSIVAMENTE. FIANÇA PREVENDO CLARAMENTE SUA PRORROGAÇÃO, CASO\nOCORRA A DA AVENÇA PRINCIPAL. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA. INEXISTÊNCIA. APLICAÇÃO\nDA MESMA EXEGESE PACIFICADA NO ÂMBITO DO STJ - ANTES MESMO DA NOVA REDAÇÃO\nCONFERIDA AO ART. 39 DA LEI DO INQUILINATO PELA LEI N. 12.112/2009 - NO TOCANTE\nÀ ADMISSÃO DA PRORROGAÇÃO DA FIANÇA EM CONTRATO DE LOCAÇÃO, QUANDO EXPRESSAMENTE\nPREVISTA NA PACTUAÇÃO ACESSÓRIA. FIADORES QUE, DURANTE O PRAZO DE PRORROGAÇÃO\nCONTRATUAL, NÃO PROMOVERAM NOTIFICAÇÃO RESILITÓRIA, NOS MOLDES DO DISPOSTO NO\nART. 835 DO CC. PRETENSÃO DE EXONERAÇÃO DA FIANÇA. INVIABILIDADE. [...] A fiança\nfoi pactuada para garantia fidejussória de dívida de sociedade empresária da\nqual eram sócios os recorrentes, previamente definido o montante e a\npossibilidade de prorrogação da avença principal e da acessória, constando da\nsentença que a presente ação de exoneração da fiança somente foi proposta após o\najuizamento anterior, pelo Banco, da ação de execução em face da devedora\nprincipal e dos fiadores. 2. A prorrogação do contrato principal, a par de ser\ncircunstância prevista em cláusula contratual - previsível no panorama\ncontratual -, comporta ser solucionada adotando-se a mesma diretriz conferida\npara fiança em contrato de locação - antes mesmo da nova redação do art. 39 da\nLei do Inquilinato pela Lei n. 12.112/2009 -, pois é a mesma matéria\ndisciplinada pelo Código Civil. 3. A interpretação extensiva da fiança constitui\nem utilizar analogia para ampliar as obrigações do fiador ou a duração do\ncontrato acessório, não o sendo a observância àquilo que foi expressamente\npactuado, sendo certo que as causas específicas legais de extinção da fiança são\ntaxativas. 4. Com efeito, não há falar em nulidade da disposição contratual que\nprevê prorrogação da fiança, pois não admitir interpretação extensiva significa\ntão somente que o fiador responde, precisamente, por aquilo que declarou no\ninstrumento da fiança. 5. Porém, independentemente das disposições contratuais,\né reconhecida a faculdade do fiador de, no período de prorrogação contratual,\npromover notificação resilitória, nos moldes do disposto no art. 835 do Código\nCivil. [...]\" (REsp 1253411CE, relator Ministro Luis Felipe Salomão,\nSegunda\nSeção, julgado em 24/6/2015, DJe de 4/8/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"FIANÇA EM LOCAÇÃO DE IMÓVEL URBANO. [...] A MELHOR INTERPRETAÇÃO DO ARTIGO 39\nDA LEI DO INQUILINATO, EM SUA REDAÇÃO PRIMITIVA, É A DE QUE, EM NÃO HAVENDO\nEXPRESSA PACTUAÇÃO NO CONTRATO DE FIANÇA ACERCA DA PRORROGAÇÃO DESSE PACTO\nACESSÓRIO, A PRORROGAÇÃO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO POR PRAZO INDETERMINADO, NÃO\nIMPLICA A MANUTENÇÃO DO FIADOR COMO GARANTE. JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA NO\nÂMBITO DO STJ. REDAÇÃO ATUAL DO ARTIGO 39 DA LEI DO INQUILINATO, COM A ALTERAÇÃO\nDE SUA REDAÇÃO PROMOVIDA PELA LEI 12.112/09. A PRORROGAÇÃO DO CONTRATO DE\nLOCAÇÃO POR PRAZO INDETERMINADO, POR FORÇA DA LEI DO INQUILINATO, RESULTA NA\nMANUTENÇÃO DA FIANÇA, SALVO EXPRESSA DISPOSIÇÃO CONTRATUAL EM CONTRÁRIO. [...]\nCom o julgamento dos EREsp 566.633/CE, ficou pacificado no âmbito do STJ a\nadmissão da prorrogação da fiança nos contratos locatícios prorrogados por prazo\nindeterminado, contanto que expressamente prevista no contrato (v.g., a\nprevisão de que a fiança subsistirá \"até a entrega das chaves\"). 2. Todavia, a\njurisprudência consolidada apreciou demandas à luz da redação primitiva do\nartigo 39 da Lei do Inquilinato (Lei 8.245/91). Com a nova redação conferida ao\ndispositivo pela Lei 12.112/09, para contratos de fiança firmados a partir de\nsua vigência, salvo disposição contratual em contrário, a garantia, em caso de\nprorrogação legal do contrato de locação por prazo indeterminado, também\nprorroga-se automaticamente (ope legis), resguardando-se, durante essa\nprorrogação, evidentemente, a faculdade de o fiador de exonerar-se da obrigação\nmediante notificação resilitória. [...]\" (REsp 1326557PA, relator Ministro\nLuis\nFelipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 13/11/2012, DJe de 3/12/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"FIANÇA EM CONTRATO BANCÁRIO. [...] CONTRATO BANCÁRIO. CARACTERIZA-SE POR SER,\nEM REGRA, CATIVO E DE LONGA DURAÇÃO, PRORROGANDO-SE SUCESSIVAMENTE. FIANÇA\nPREVENDO, CLARA E EXPRESSAMENTE, SUA PRORROGAÇÃO, CASO OCORRA A DA AVENÇA\nPRINCIPAL. NULIDADE DA CLÁUSULA. INEXISTÊNCIA. FIADORES QUE, DURANTE O PRAZO DE\nPRORROGAÇÃO CONTRATUAL, NÃO PROMOVERAM NOTIFICAÇÃO RESILITÓRIA, NOS MOLDES DO\nDISPOSTO NO ART. 835 DO CC. PRETENSÃO DE EXONERAÇÃO DA FIANÇA. INVIABILIDADE. [.\n..] A avença principal - garantida pela fiança - constitui contrato bancário que\ntem por característica ser, em regra, de longa duração, mantendo a paridade\nentre as partes contratantes, vigendo e renovando-se periodicamente por longo\nperíodo - constituindo o tempo elemento nuclear dessa modalidade de negócio. 2.\nNão há falar em nulidade da disposição contratual que prevê prorrogação da\nfiança, pois não admitir interpretação extensiva significa tão somente que o\nfiador responde, precisamente, por aquilo que declarou no instrumento da fiança\n- no caso, como incontroverso, se obrigou a manter-se como garante em caso de\nprorrogação da avença principal. 3. A simples e clara previsão de que em caso de\nprorrogação do contrato principal há a prorrogação automática da fiança não\nimplica violação ao art. 51 do Código de Defesa do Consumidor, cabendo, apenas,\nser reconhecido o direito do fiador de, no período de prorrogação contratual,\npromover a notificação resilitória, nos moldes do disposto no art. 835 do Código\nCivil. [...]\" (REsp 1374836MG, relator Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta\nTurma, julgado em 3/10/2013, DJe de 28/2/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] GARANTIAS LOCATÍCIAS. FIANÇA. PRORROGAÇÃO DA LOCAÇÃO POR PRAZO\nINDETERMINADO. DÉBITO DO PERÍODO POSTERIOR A PRORROGAÇÃO AUTOMÁTICA. EXPRESSA\nPREVISÃO CONTRATUAL DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO FIADOR ATÉ A ENTREGA DAS\nCHAVES OU DA SUA EXONERAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 39 DA LEI 8935/91. PRECEDENTE\nESPECÍFICO DA TERCEIRA SEÇÃO DO STJ. [...] Os fiadores continuam responsáveis\npelos débitos locatícios posteriores à prorrogação legal da locação por prazo\nindeterminado se concordaram expressamente com essa possibilidade no contrato de\nfiança adjeto ao de locação e não se exoneraram na forma prevista em lei (art.\n1500 do CC/16 e art. 835 do CC/02. 2. Inteligência do art. 39 da Lei n. 8935/91.\n3. Precedentes específicos do STJ, inclusive da Terceira Seção (EREsp n.\n566.633-CE, DJe de 12/03/2008). [...]\" (REsp 1412372SC, relator Ministro\nPaulo\nde Tarso Sanseverino, Terceira Turma, julgado em 7/4/2015, DJe de 15/4/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO CUMULADA COM COBRANÇA DE ALUGUÉIS\nE ACESSÓRIOS. PRORROGAÇÃO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO POR PRAZO INDETERMINADO. FIANÇA\nATÉ A EFETIVA ENTREGA DAS CHAVES. EXPRESSA PREVISÃO CONTRATUAL. GARANTIA QUE SE\nPRORROGA AUTOMATICAMENTE. EXONERAÇÃO DA FIANÇA. ART. 835 DO CC/02. NOTIFICAÇÃO\nEXTRAJUDICIAL FEITA AO LOCADOR. RECEBIMENTO E ASSINATURA POR TERCEIRO. [...]\nCinge-se a controvérsia em determinar se a notificação extrajudicial promovida\npelos recorrentes - fiadores de contrato de locação - à recorrida - locadora -\ndeve ser considerada válida para fins da exoneração da fiança prestada. 3.\nExistindo, no contrato de locação, cláusula expressa prevendo que os fiadores\nrespondem pelos débitos locativos até a efetiva entrega do imóvel, subsiste a\nfiança no período em que referido contrato foi prorrogado, ressalvada a hipótese\nde exoneração do encargo. Precedentes. 4. Não se pode conceber a exoneração do\nfiador com o simples envio de notificação, pois só com a ciência pessoal do\ncredor é que se inicia o prazo de 60 (sessenta) dias previsto no art. 835 do\nCC/02, razão pela qual caberá ao fiador, em situação de eventual litígio, o ônus\nde provar não só o envio, mas o recebimento da notificação pelo credor. 5. Na\nhipótese, não há como se afirmar, nem mesmo presumir, que a locadora teve\nciência da notificação enviada pelos recorrentes, que foi recebida por\nprocurador e representante legal de imobiliária, sendo, portanto, impossível\nconsiderar que os fiadores exoneraram-se da fiança prestada. [...]\" (REsp\n1428271MG, relatora Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em\n28/3/2017, DJe de 30/3/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTRATOS BANCÁRIOS. FIANÇA. PRORROGAÇÃO AUTOMÁTICA. CLÁUSULA EXPRESSA.\nLEGALIDADE. PRETENSÃO DE EXONERAÇÃO DA FIANÇA. INVIABILIDADE. [...] A\njurisprudência deste STJ afirma a validade da cláusula que estabelece a\nprorrogação automática da fiança com a renovação do contrato principal, cabendo\nao fiador, acaso intente sua exoneração, efetuar, no período de prorrogação\ncontratual, a notificação de que reza o art. 835 do Código Civil. 3. Não há\nfalar em nulidade da disposição contratual que prevê prorrogação da fiança, pois\nnão admitir interpretação extensiva significa tão somente que o fiador\nresponde, precisamente, por aquilo que declarou no instrumento da fiança. [...]\"\n(REsp 1502417MG, relatora Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado\nem\n18/5/2017, DJe de 26/5/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO CUMULADA COM COBRANÇA DE ALUGUÉIS\nE ACESSÓRIOS. ADITAMENTOS CONTRATUAIS PREVENDO A PRORROGAÇÃO CONTRATUAL E\nMAJORAÇÃO DO ENCARGO. AUSÊNCIA DE DISPOSIÇÃO CONTRATUAL QUE AFASTE A\nRESPONSABILIDADE DOS FIADORES ATÉ A EFETIVA ENTREGA DAS CHAVES. PRORROGAÇÃO DA\nGARANTIA. ART. 39 DA LEI 8.245/91. [...] O propósito recursal é definir se os\nrecorrentes, fiadores de contrato de locação, devem ser solidariamente\nresponsáveis pelos débitos locativos, ainda que não tenham anuído com o aditivo\ncontratual que previa a prorrogação do contrato, bem como a majoração do valor\ndo aluguel. 3. O art. 39 da Lei 8.245/91 dispõe que, salvo disposição contratual\nem contrário, qualquer das garantias da locação se estende até a efetiva\ndevolução do imóvel, ainda que prorrogada a locação por prazo indeterminado. 4.\nDa redação do mencionado dispositivo legal depreende-se que não há necessidade\nde expressa anuência dos fiadores quanto à prorrogação do contrato quando não há\nqualquer disposição contratual que os desobrigue até a efetiva entrega das\nchaves. 5. Ademais, a própria lei, ao resguardar a faculdade do fiador de\nexonerar-se da obrigação mediante a notificação resilitória, reconhece que a\natitude de não mais responder pelos débitos locatícios deve partir do próprio\nfiador, nos termos do art. 835 do CC/02. 6. Na hipótese sob julgamento, em não\nhavendo cláusula contratual em sentido contrário ao disposto no art. 39 da Lei\nde Inquilinato - isto é, que alije os fiadores da responsabilidade até a entrega\ndas chaves - e, tampouco, a exoneração da fiança por parte dos garantes, deve\nprevalecer o disposto na lei especial quanto à subsistência da garantia\nprestada. [...]\" (REsp 1607422SP, relatora Ministra Nancy Andrighi,\nTerceira\nTurma, julgado em 17/10/2017, DJe de 17/11/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE FIANÇA. [...] CLÁUSULA DE RENÚNCIA AO DIREITO DE SE\nEXONERAR DA FIANÇA. PRORROGAÇÃO DO CONTRATO POR PRAZO INDETERMINADO. VALIDADE.\nREGRA DE DIREITO INTERTEMPORAL. ART. 2.035 DO CC/02. EXONERAÇÃO DA FIANÇA. PLANO\nDA EFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO. APLICAÇÃO DO CC/02. VALIDADE DA NOTIFICAÇÃO\nENVIADA PELOS FIADORES. [...] A ação de exoneração de fiança é útil, necessária\ne adequada à satisfação da pretensão deduzida por quem é demandado a pagar as\nverbas locatícias pendentes, de modo que o fato de não opor embargos do devedor\nna ação de execução das verbas locatícias não acarreta, por si só, a perda\nsuperveniente do interesse de agir naquela demanda. [...] 7. A cláusula de\nrenúncia ao direito de exoneração da fiança é válida durante o prazo determinado\ninicialmente no contrato; uma vez prorrogado por prazo indeterminado, nasce\npara o fiador a faculdade de se exonerar da obrigação, desde que observado o\ndisposto no art. 1.500 do CC/16 ou no art. 835 do CC/02. [...]\" (REsp\n1656633SP, relatora Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em 15/8/2017, DJe\nde 22/8/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE FIANÇA. CONTRATO BANCÁRIO. RENOVAÇÃO AUTOMÁTICA.\nLEGALIDADE. POTESTATIVIDADE DA CLÁUSULA DE RENÚNCIA DO DIREITO DE EXONERAÇÃO\nAPÓS A INDETERMINAÇÃO DO PRAZO DO CONTRATO DE GARANTIA. EXONERAÇÃO CONTADA DO\nTÉRMINO DO PRAZO DE SESSENTA DIAS INICIADO COM A CITAÇÃO DO DEMANDADO. [...] A\njurisprudência desta Corte firmou entendimento no sentido de ser válida a\ncláusula que estabelece a prorrogação automática da fiança juntamente com a do\ncontrato principal, cabendo ao fiador, ao almejar a sua exoneração, realizar, no\nperíodo de prorrogação contratual, a notificação prevista no art. 835 do Código\nCivil. 2. A cláusula contratual de renúncia do direito de exoneração não tem\neficácia após a prorrogação do contrato de fiança, sendo inadmissível a\npretensão de vinculação dos fiadores por prazo indeterminado. 3. A desobrigação\nnascida do pedido de exoneração, todavia, não decorre da mera indeterminação do\ncontrato de fiança, como sugerido pelo autor, mas tem eficácia a partir do\ntérmino do prazo de sessenta (60) dias contado da notificação ou da citação do\nréu na ação de exoneração. [...]\" (REsp 1673383SP, relator Ministro Paulo\nde\nTarso Sanseverino, Terceira Turma, julgado em 11/6/2019, DJe de 19/6/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 16/11/2022RSTJ vol. 268 p. 1154RSSTJ vol. 49 p. 331", "Precedentes": "REsp 1673383 SP 2017/0118849-6 Decisão:11/06/2019\nDJe DATA:19/06/2019REsp 1607422 SP 2016/0154232-6 Decisão:17/10/2017\nDJe DATA:17/11/2017REsp 1656633 SP 2014/0345728-1 Decisão:15/08/2017\nDJe DATA:22/08/2017REsp 1502417 MG 2014/0318466-0 Decisão:18/05/2017\nDJe DATA:26/05/2017REsp 1428271 MG 2014/0001130-8 Decisão:28/03/2017\nDJe DATA:30/03/2017REsp 1253411 CE 2011/0114771-5 Decisão:24/06/2015\nDJe DATA:04/08/2015REsp 1412372 SC 2013/0351751-5 Decisão:07/04/2015\nDJe DATA:15/04/2015REsp 1374836 MG 2013/0054365-6 Decisão:03/10/2013\nDJe DATA:28/02/2014REsp 1326557 PA 2012/0111785-5 Decisão:13/11/2012\nDJe DATA:03/12/2012\nRSTJ VOL.:00229 PG:00537", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:010406 ANO:2002\n***** CC-02 CÓDIGO CIVIL DE 2002\n ART:00835\nLEG:FED LEI:008245 ANO:1991\n***** LINQ-91 LEI DO INQUILINATO DE 1991\n ART:00039\nLEG:FED LEI:012112 ANO:2009\n ART:00002\nLEG:FED SUM:******\n***** SUM(STJ) SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA\n SUM:000214" }
Súmula 655
Aplica-se à união estável contraída por septuagenário o regime da separação obrigatória de bens, comunicando-se os adquiridos na constância, quando comprovado o esforço comum. (Súmula n. 655, Segunda Seção, julgado em 9/11/2022, DJe de 16/11/2022.)
{ "Enunciado": "Aplica-se à união estável contraída por septuagenário o regime da separação\nobrigatória de bens, comunicando-se os adquiridos na constância, quando\ncomprovado o esforço comum. (SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 09/11/2022,\nDJe 16/11/2022)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] DIREITO DE FAMÍLIA. UNIÃO ESTÁVEL. COMPANHEIRO SEXAGENÁRIO. SEPARAÇÃO\nOBRIGATÓRIA DE BENS (CC/1916, ART. 258, II; CC/2002, ART. 1.641, II).\nDISSOLUÇÃO. BENS ADQUIRIDOS ONEROSAMENTE. PARTILHA. NECESSIDADE DE PROVA DO\nESFORÇO COMUM. PRESSUPOSTO DA PRETENSÃO. [...] Nos moldes do art. 258, II, do\nCódigo Civil de 1916, vigente à época dos fatos (matéria atualmente regida pelo\nart. 1.641, II, do Código Civil de 2002), à união estável de sexagenário, se\nhomem, ou cinquentenária, se mulher, impõe-se o regime da separação obrigatória\nde bens. 2. Nessa hipótese, apenas os bens adquiridos onerosamente na constância\nda união estável, e desde que comprovado o esforço comum na sua aquisição,\ndevem ser objeto de partilha. [...]\" (EREsp 1171820PR, relator Ministro Raul\nAraújo, Segunda Seção, julgado em 26/8/2015, DJe de 21/9/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL C/C PARTILHA DE\nBENS. COMPANHEIRO SEXAGENÁRIO. ART. 1.641, II, DO CÓDIGO CIVIL (REDAÇÃO ANTERIOR\nÀ DADA PELA LEI 12.344/2010). REGIME DE BENS. SEPARAÇÃO LEGAL. IMPOSSIBILIDADE\nDE SE PRESTIGIAR A UNIÃO ESTÁVEL EM DETRIMENTO DO CASAMENTO. NECESSIDADE DE\nPROVA DO ESFORÇO COMUM. INEXISTÊNCIA. BENFEITORIA EXCLUÍDA DA PARTILHA. [...]\nDevem ser estendidas, aos companheiros, as mesmas limitações previstas para o\ncasamento, no caso de um dos conviventes já contar com mais de sessenta anos à\népoca do início do relacionamento, tendo em vista a impossibilidade de se\nprestigiar a união estável em detrimento do casamento. 2. De acordo com o art.\n1.641, inciso II, do Código Civil, com a redação anterior à dada pela Lei\n12.344/2010 (que elevou essa idade para setenta anos, se homem), ao nubente ou\ncompanheiro sexagenário, é imposto o regime de separação obrigatória de bens. 3.\nNesse caso, ausente a prova do esforço comum para a aquisição do bem, deve ele\nser excluído da partilha. [...]\" (REsp 1369860PR, relator Ministro Sidnei\nBeneti, relator para acórdão Ministro João Otávio de Noronha, Terceira Turma,\njulgado em 19/8/2014, DJe de 4/9/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DIREITO DE FAMÍLIA. AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL.\nPARTILHA DE BENS. COMPANHEIRO SEXAGENÁRIO. ART. 1.641, II, DO CÓDIGO CIVIL\n(REDAÇÃO ANTERIOR À LEI Nº 12.344/2010). REGIME DE BENS. SEPARAÇÃO LEGAL.\nNECESSIDADE DE PROVA DO ESFORÇO COMUM. COMPROVAÇÃO. BENFEITORIA E CONSTRUÇÃO\nINCLUÍDAS NA PARTILHA. SÚMULA Nº 7/STJ. [...] É obrigatório o regime de\nseparação legal de bens na união estável quando um dos companheiros, no início\nda relação, conta com mais de sessenta anos, à luz da redação originária do art.\n1.641, II, do Código Civil, a fim de realizar a isonomia no sistema,\nevitando-se prestigiar a união estável no lugar do casamento. 2. No regime de\nseparação obrigatória, apenas se comunicam os bens adquiridos na constância do\ncasamento pelo esforço comum, sob pena de se desvirtuar a opção legislativa,\nimposta por motivo de ordem pública. 3. Rever as conclusões das instâncias\nordinárias no sentido de que devidamente comprovado o esforço da autora na\nconstrução e realização de benfeitorias no terreno de propriedade exclusiva do\nrecorrente, impondo-se a partilha, demandaria o reexame de matéria\nfático-probatória, o que é inviável em sede de recurso especial, nos termos da\nSúmula nº 7 do Superior Tribunal de Justiça. [...]\" (REsp 1403419MG, relator\nMinistro Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira Turma, julgado em 11/11/2014, DJe\nde 14/11/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL. PARTILHA DE BENS. COMPANHEIRO SEXAGENÁRIO.\nSÚMULA 377 DO STF. BENS ADQUIRIDOS NA CONSTÂNCIA DA UNIÃO ESTÁVEL QUE DEVEM SER\nPARTILHADOS DE FORMA IGUALITÁRIA. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DO ESFORÇO COMUM\nDOS COMPANHEIROS PARA LEGITIMAR A DIVISÃO. PRÊMIO DE LOTERIA (LOTOMANIA). FATO\nEVENTUAL OCORRIDO NA CONSTÂNCIA DA UNIÃO ESTÁVEL. NECESSIDADE DE MEAÇÃO. [...]\nPor força do art. 258, parágrafo único, inciso II, do Código Civil de 1916\n(equivalente, em parte, ao art. 1.641, inciso II, do Código Civil de 2002), ao\ncasamento de sexagenário, se homem, ou cinquentenária, se mulher, é imposto o\nregime de separação obrigatória de bens (recentemente, a Lei 12.344/2010 alterou\na redação do art. 1.641, II, do CC, modificando a idade protetiva de 60 para 70\nanos). Por esse motivo, às uniões estáveis é aplicável a mesma regra,\nimpondo-se seja observado o regime de separação obrigatória, sendo o homem maior\nde sessenta anos ou a mulher maior de cinquenta. Precedentes. 2. A ratio legis\nfoi a de proteger o idoso e seus herdeiros necessários dos casamentos realizados\npor interesse estritamente econômico, evitando que este seja o principal fator\na mover o consorte para o enlace. 3. A Segunda Seção do STJ, seguindo a linha da\nSúmula n.º 377 do STF, pacificou o entendimento de que apenas os bens\nadquiridos onerosamente na constância da união estável, e desde que comprovado o\nesforço comum na sua aquisição, devem ser objeto de partilha (EREsp\n1171820/PR, Rel. Ministro Raul Araújo, Segunda Seção, julgado em 26/08/2015, DJe\n21/09/2015). 4. Nos termos da norma, o prêmio de loteria é bem comum que\ningressa na comunhão do casal sob a rubrica de bens adquiridos por fato\neventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior (CC/1916, art.\n271, II; CC/2002, art. 1.660, II). 5. Na hipótese, o prêmio da lotomania,\nrecebido pelo ex-companheiro, sexagenário, deve ser objeto de partilha, haja\nvista que: i) se trata de bem comum que ingressa no patrimônio do casal,\nindependentemente da aferição do esforço de cada um; ii) foi o próprio\nlegislador quem estabeleceu a referida comunicabilidade; iii) como se trata de\nregime obrigatório imposto pela norma, permitir a comunhão dos aquestos acaba\nsendo a melhor forma de se realizar maior justiça social e tratamento\nigualitário, tendo em vista que o referido regime não adveio da vontade livre e\nexpressa das partes; iv) a partilha dos referidos ganhos com a loteria não\nofenderia o desiderato da lei, já que o prêmio foi ganho durante a relação, não\nhavendo falar em matrimônio realizado por interesse ou em união meramente\nespeculativa. [...]\" (REsp 1689152SC, relator Ministro Luis Felipe Salomão,\nQuarta Turma, julgado em 24/10/2017, DJe de 22/11/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 16/11/2022RSSTJ vol. 49 p. 309RSTJ vol. 268 p. 1153", "Precedentes": "REsp 1689152 SC 2011/0235045-8 Decisão:24/10/2017\nDJe DATA:22/11/2017\nRSDF VOL.:00110 PG:00087EREsp 1171820 PR 2012/0091130-8 Decisão:26/08/2015\nDJe DATA:21/09/2015REsp 1403419 MG 2013/0304757-6 Decisão:11/11/2014\nDJe DATA:14/11/2014REsp 1369860 PR 2013/0067986-7 Decisão:19/08/2014\nDJe DATA:04/09/2014\nRDDP VOL.:00140 PG:00134\nRIOBDF VOL.:00086 PG:00145\nRT VOL.:00951 PG:00458", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:003071 ANO:1916\n***** CC-16 CÓDIGO CIVIL DE 1916\n ART:00258 PAR:ÚNICO INC:00002\nLEG:FED LEI:010406 ANO:2002\n***** CC-02 CÓDIGO CIVIL DE 2002\n ART:01641 INC:00002\nLEG:FED LEI:012344 ANO:2010\nLEG:FED SUM:******\n***** SUM(STF) SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\n SUM:000377" }
Súmula 654
A tabela de preços máximos ao consumidor (PMC) publicada pela ABCFarma, adotada pelo Fisco para a fixação da base de cálculo do ICMS na sistemática da substituição tributária, não se aplica aos medicamentos destinados exclusivamente para uso de hospitais e clínicas. (Súmula n. 654, Primeira Seção, julgado em 24/8/2022, DJe de 29/8/2022.)
{ "Enunciado": "A tabela de preços máximos ao consumidor (PMC) publicada pela ABCFarma,\nadotada pelo Fisco para a fixação da base de cálculo do ICMS na\nsistemática da substituição tributária, não se aplica aos medicamentos\ndestinados exclusivamente para uso de hospitais e clínicas. (SÚMULA 654,\nPRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 24/08/2022, DJe 29/08/2022)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] ICMS/ST. BASE DE CÁLCULO. SÚMULA 168/STJ. [...] Ademais, a\norientação desta Corte firmou-se no sentido de que não se aplica os\nvalores constantes da Revista ABCFarma quando se tratar de medicamentos\ndestinados, exclusivamente, à administração hospitalar. Incidência da\nSúmula 168/STJ. [...]\" (AgInt nos EREsp 1237400BA, relator Ministro\nMauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 14/6/2017, DJe de\n21/6/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ICMS/ST. BASE DE CÁLCULO. TABELA ABCFARMA. MEDICAMENTOS\nEXCLUSIVOS DE USO EM HOSPITAIS E CLÍNICAS. INAPLICABILIDADE. SÚMULA N.\n168/STJ. [...] Esta Corte firmou posicionamento segundo o qual a tabela\nde Preços Máximos ao Consumidor (PMC) publicada pela ABCFARMA, adotada\npelo fisco para o estabelecimento da base de cálculo do ICMS/ST, não se\naplica aos medicamentos destinados exclusivamente para uso de hospitais\ne clínicas. [...]\" (AgInt nos EREsp 1579741MG, relatora Ministra\nRegina Helena Costa, Primeira Seção, julgado em 28/5/2019, DJe de\n31/5/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. BASE DE CÁLCULO. MEDICAMENTOS\nADQUIRIDOS POR HOSPITAIS. APLICAÇÃO DE TABELA QUE FIXA PREÇO MÁXIMO AO\nCONSUMIDOR (ABCFARMA). IMPOSSIBILIDADE. [...] A tabela de Preços Máximos\nao Consumidor (PMC) publicada pela ABCFARMA, adotada pelo fisco para o\nestabelecimento da base de cálculo do ICMS/ST, não se aplica aos\nmedicamentos destinados exclusivamente para uso de hospitais e clínicas,\numa vez que, consideradas as peculiaridades dessa operação de venda,\nnotadamente a forma de acondicionamento da mercadoria e o volume de\naquisição, são comercializados com preços diferenciados daqueles que são\noferecidos no comércio varejista pelas farmácias e drogarias. [...]\"\n(EDcl nos EDcl no REsp 1237400BA, relator Ministro Gurgel de Faria,\nPrimeira Turma, julgado em 26/4/2016, DJe de 2/5/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ICMS/ST. VENDA DE MEDICAMENTOS DE USO RESTRITO A HOSPITAIS E\nCLÍNICAS. RECOLHIMENTO COM BASE NO VALOR DA OPERAÇÃO. EXIGÊNCIA DO\nTRIBUTO COM BASE NO PREÇO MÁXIMO AO CONSUMIDOR - PMC. ART. 148 DO CTN.\n[...] Hipótese em que a empresa Recorrida, fabricante de medicamentos de\nutilização restrita a hospitais e clínicas (conforme prova pericial),\nprocedeu ao recolhimento do ICMS/ST com base no valor da operação\nconstante da nota fiscal. 2. Para o Recorrente, a base de cálculo\ndeveria ser o preço máximo de venda ao consumidor - PMC, sugerido pelos\nfabricantes/industriais e publicado pelas Revistas ABCFARMA e GUIA DA\nFARMÁCIA, determinado também pela Portaria 37 de 11.5.1992 do Ministério\nda Economia e Fazenda. 3. Cuidando-se de medicamentos de uso hospitalar\nrestrito, destinados a pacientes internados, e não a consumidores finais\nde balcão, não é lícito desprezar o critério natural do valor da\noperação de que decorra a saída da mercadoria, sem a demonstração, pela\nFazenda Pública Estadual, da inidoneidade dos documentos ou incorreção\ndas declarações prestadas pelo contribuinte sobre os valores\nefetivamente praticados nos bens tributados (art. 148 do CTN). [...]\"\n(REsp 1229289BA, relator Ministro Olindo Menezes (Desembargador\nConvocado do TRF 1ª Região), relator para acórdão Ministro Napoleão\nNunes Maia Filho, Primeira Turma, julgado em 3/5/2016, DJe de 17/8/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. VENDA DE MEDICAMENTOS DESTINADOS\nAO USO EXCLUSIVO DE HOSPITAIS. BASE DE CÁLCULO. PREÇO MÁXIMO AO\nCONSUMIDOR. REVISTA ABCFARMA. NÃO APLICAÇÃO. PRECEDENTES DO STJ. SÚMULA\n83/STJ. [...] Hipótese em que a Corte de origem consignou que 'a pericia\ntécnica confirmou que os medicamentos vendidos pela autora destinam-se\nexclusivamente ao uso hospitalar (...)'. 2. O Superior Tribunal de\nJustiça entende que 'A tabela de Preços Máximos ao Consumidor (PMC)\npublicada pela ABCFARMA, adotada pelo fisco para o estabelecimento da\nbase de cálculo do ICMS/ST, não se aplica aos medicamentos destinados\nexclusivamente para uso de hospitais e clínicas, uma vez que,\nconsideradas as peculiaridades dessa operação de venda, notadamente a\nforma de acondicionamento da mercadoria e o volume de aquisição, são\ncomercializados com preços diferenciados daqueles que são oferecidos no\ncomércio varejista pelas farmácias e drogarias' (EDcl nos EDcl no REsp\n1.237.400/BA, Rel. Ministro Gurgel de Faria, Primeira Turma, julgado em\n26/4/2016, DJe 2/5/2016). 3. Dessume-se que o acórdão recorrido está em\nsintonia com o atual entendimento deste Tribunal Superior, razão pela\nqual não merece prosperar a irresignação. Incide, in casu, o princípio\nestabelecido na Súmula 83/STJ: [...]\" (REsp 1579741MG, relator\nMinistro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 15/12/2016, DJe de\n2/2/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 29/08/2022RSSTJ vol. 49 p. 293RSTJ vol. 267 p. 985", "Precedentes": "AgInt nos EREsp 1579741 MG 2016/0018344-7 Decisão:28/05/2019\nDJe DATA:31/05/2019AgInt nos EREsp 1237400 BA 2011/0022226-5 Decisão:14/06/2017\nDJe DATA:21/06/2017REsp 1579741 MG 2016/0018344-7 Decisão:15/12/2016\nDJe DATA:02/02/2017REsp 1229289 BA 2011/0013920-2 Decisão:03/05/2016\nDJe DATA:17/08/2016EDcl nos EDcl no REsp 1237400 BA 2011/0022226-5\nDecisão:26/04/2016\nDJe DATA:02/05/2016", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:005172 ANO:1966\n***** CTN-66 CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL\n ART:00148\nLEG:FED SUM:******\n***** SUM(STJ) SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA\n SUM:000431" }
Súmula 653
O pedido de parcelamento fiscal, ainda que indeferido, interrompe o prazo prescricional, pois caracteriza confissão extrajudicial do débito. (Súmula n. 653, Primeira Seção, julgado em 2/12/2021, DJe de 6/12/2021.)
{ "Enunciado": "O pedido de parcelamento fiscal, ainda que indeferido, interrompe o\nprazo prescricional, pois caracteriza confissão extrajudicial do débito.\n(SÚMULA 653, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 02/12/2021, DJe 06/12/2021)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] PEDIDO DE PARCELAMENTO. ART. 174, PARÁGRAFO ÚNICO, IV, DO CTN.\nINTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO. PRECEDENTES. [...] A prescrição interrompe-se\npor qualquer ato, judicial ou extrajudicial, que constitua em mora o\ndevedor; como exemplo, o preenchimento de termo de confissão de dívida\npara fins de parcelamento do débito que, nos termos do art. 174,\nparágrafo único, do CTN, recomeça a fluir por inteiro.\" (AERESP\n1037426RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em\n25/05/2011, DJe 01/06/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO FISCAL. PEDIDO DE ADESÃO A PARCELAMENTO. INTERRUPÇÃO DO\nPRAZO PRESCRICIONAL. OCORRÊNCIA. PRAZO CUJA CONTAGEM VOLTA A FLUIR LOGO\nAPÓS A FORMULAÇÃO DO PEDIDO DO CONTRIBUINTE. [...] É firme o\nentendimento desta Corte de que o pedido de parcelamento fiscal\ninterrompe o lapso da prescrição, ainda que indeferido, visto que\nconfigura confissão extrajudicial do débito, nos termos do art. 174,\nparág único, IV do CTN.\" (AIAGRESP 1480908RS, Rel. Ministro\nNAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 05/05/2020, DJe\n12/05/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ADESÃO A PARCELAMENTO. INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO. [...] É\nremansoso o posicionamento do STJ de que o pedido de parcelamento do\ndébito tributário interrompe a prescrição, nos termos do art. 174, IV,\ndo CTN, por representar ato inequívoco de reconhecimento da dívida.\nPrecedentes.\" (AIEDRESP 1472656SP, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,\nPRIMEIRA TURMA, julgado em 07/12/2020, DJe 11/02/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRÉDITO TRIBUTÁRIO. PRESCRIÇÃO. PEDIDO DE PARCELAMENTO.\nINTERRUPÇÃO. [...] O só requerimento de parcelamento de crédito\ntributário é causa de interrupção do prazo de prescrição, tendo em vista\ncaracterizar confissão extrajudicial do débito (art. 174, parágrafo\núnico, IV, do CTN).\" (AIEDRESP 1830355PE, Rel. Ministro BENEDITO\nGONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 11/11/2020, DJe 16/11/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PRESCRIÇÃO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO. EXISTÊNCIA DE PARCELAMENTO\nANTERIOR. [...] O Superior Tribunal de Justiça possui jurisprudência\nsólida no sentido de que o parcelamento do débito tributário não só\nsuspende o lustro prescricional, mas o interrompe, tendo em vista\nimplicar no reconhecimento do débito tributário, a teor do art. 174, IV,\ndo Código Tributário Nacional.\" (AINTARESP 1584351SP, Rel. Ministro\nMAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 25/05/2020, DJe\n28/05/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO FISCAL. PARCELAMENTO SUPERVENIENTE DO CRÉDITO. EXCLUSÃO.\nPRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. [...] É pacífica a orientação segundo a qual o\nsó requerimento de parcelamento de crédito Tributário, ainda que\nindeferido, é causa de interrupção do prazo de prescrição, tendo em\nvista caracterizar confissão extrajudicial do débito (art. 174,\nparágrafo único, IV, do CTN). Precedentes.\" (AINTARESP 1689747RJ,\nRel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 29/03/2021,\nDJe 06/04/2021)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. PARCELAMENTO. RECONHECIMENTO DA\nDÍVIDA. INTERRUPÇÃO DO PRAZO. ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL PACÍFICO.\n[...] Por força do art. 174, IV, do CTN, o pedido de parcelamento de\ndébito tributário interrompe a prescrição da pretensão de cobrança, pois\né ato que importa reconhecimento da dívida pelo devedor.\" (AIRESP\n1839377PE, Rel. Ministro BENDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado\nem 26/10/2020, DJe 28/10/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO FISCAL. PEDIDO DE PARCELAMENTO. INTERRUPÇÃO DO PRAZO\nPRESCRICIONAL. ART. 174, IV, DO CTN. [...] O pedido de parcelamento do\ndébito tributário interrompe a prescrição nos termos do art. 174, IV, do\nCTN por representar ato inequívoco de reconhecimento da dívida.\nPrecedentes.\" (RESP 1369365SC, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA\nTURMA, julgado em 11/06/2013, DJe 19/06/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. PEDIDO DE PARCELAMENTO TRIBUTÁRIO.\nINTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL. [...] A jurisprudência do STJ\nentende que 'o pedido de parcelamento interrompe o prazo prescricional,\npor constituir reconhecimento inequívoco do débito, nos termos do art.\n174, parágrafo único, IV, do CTN' (STJ, REsp 1.493.115/SP, Rel. Ministro\nMauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe de 25/09/2015).\" (RESP\n1684841TO, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em\n21/09/2017, DJe 09/10/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PARCELAMENTO. INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL. PRESCRIÇÃO DO\nCRÉDITO TRIBUTÁRIO NÃO CONFIGURADA. [...] O Superior Tribunal de Justiça\npossui jurisprudência no sentido de que a adesão a parcelamento\ntributário é causa de suspensão da exigibilidade do crédito e interrompe\no prazo prescricional, por constituir reconhecimento inequívoco do\ndébito, nos termos do art. 174, IV, do CTN, voltando a correr o prazo a\npartir do inadimplemento da última parcela pelo contribuinte.\" (RESP\n1728845SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em\n10/04/2018, DJe 28/05/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PARCELAMENTO. INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL. PRESCRIÇÃO DO\nCRÉDITO TRIBUTÁRIO NÃO CONFIGURADA. [...] O Superior Tribunal de Justiça\npossui jurisprudência no sentido de que a adesão a parcelamento\ntributário é causa de suspensão da exigibilidade do crédito e interrompe\no prazo prescricional, por constituir reconhecimento inequívoco do\ndébito, nos termos do art. 174, IV, do CTN, voltando a correr o prazo a\npartir do inadimplemento da última parcela pelo contribuinte.\" (RESP\n1742611RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em\n12/06/2018, DJe 26/11/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] a mera opção pelo parcelamento implica em inequívoco\nreconhecimento extrajudicial dos débitos pelo devedor e tem o condão de\ninterromper a prescrição, ainda que tal parcelamento seja cancelado ou\nindeferido posteriormente. [...]\" (RESP 1795162SP, Rel. Ministro\nHERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 21/03/2019, DJe 22/04/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 06/12/2021RSSTJ vol. 49 p. 275", "Precedentes": "AgInt no AREsp 1689747 RJ 2020/0085309-6 Decisão:29/03/2021\nDJe DATA:06/04/2021AgInt nos EDcl no REsp 1472656 SP 2014/0193929-6\nDecisão:07/12/2020\nDJe DATA:11/12/2020AgInt nos EDcl no REsp 1830355 PE 2019/0230589-2\nDecisão:11/11/2020\nDJe DATA:16/11/2020AgInt no REsp 1839377 PE 2019/0281715-4 Decisão:26/10/2020\nDJe DATA:28/10/2020AgInt no AREsp 1584351 SP 2019/0275890-3 Decisão:25/05/2020\nDJe DATA:28/05/2020AgInt no AgRg no REsp 1480908 RS 2014/0233299-2\nDecisão:05/05/2020\nDJe DATA:12/05/2020REsp 1795162 SP 2019/0005411-0 Decisão:21/03/2019\nDJe DATA:22/04/2019REsp 1742611 RJ 2018/0117195-2 Decisão:12/06/2018\nDJe DATA:26/11/2018REsp 1728845 SP 2018/0036001-9 Decisão:10/04/2018\nDJe DATA:28/05/2018REsp 1684841 TO 2017/0169899-0 Decisão:21/09/2017\nDJe DATA:09/10/2017REsp 1369365 SC 2013/0050026-0 Decisão:11/06/2013\nDJe DATA:19/06/2013AgRg nos EREsp 1037426 RS 2011/0065263-0 Decisão:25/05/2011\nDJe DATA:01/06/2011", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:005172 ANO:1966\n***** CTN-66 CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL\n ART:00174 INC:00004" }
Súmula 652
A responsabilidade civil da Administração Pública por danos ao meio ambiente, decorrente de sua omissão no dever de fiscalização, é de caráter solidário, mas de execução subsidiária. (Súmula n. 652, Primeira Seção, julgado em 2/12/2021, DJe de 6/12/2021.)
{ "Enunciado": "A responsabilidade civil da Administração Pública por danos ao meio\nambiente, decorrente de sua omissão no dever de fiscalização, é de\ncaráter solidário, mas de execução subsidiária. (SÚMULA 652, PRIMEIRA\nSEÇÃO, julgado em 02/12/2021, DJe 06/12/2021)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] DANO AO MEIO AMBIENTE. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR\nOMISSÃO. ARTS. 3º, IV, C/C 14, § 1º, DA LEI 6.938/81. DEVER DE CONTROLE\nE FISCALIZAÇÃO. [...] A jurisprudência Predominante no STJ é no sentido\nde que, em matéria de proteção ambiental, há responsabilidade civil do\nEstado quando a omissão de cumprimento adequado do seu dever de\nfiscalizar for determinante para a concretização ou o agravamento do\ndano causado pelo seu causador direto. Trata-se, todavia, de\nresponsabilidade subsidiária, cuja execução poderá ser promovida caso o\ndegradador direto não cumprir a obrigação, 'seja por total ou parcial\nexaurimento patrimonial ou insolvência, seja por impossibilidade ou\nincapacidade, por qualquer razão, inclusive técnica, de cumprimento da\nprestação judicialmente imposta, assegurado, sempre, o direito de\nregresso (art. 934 do Código Civil), com a desconsideração da\npersonalidade jurídica, conforme preceitua o art. 50 do Código Civil'\n(REsp 1.071.741/SP, 2ª T., Min. Herman Benjamin, DJe de 16/12/2010).\"\n(AGRESP 1001780PR, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA\nSEÇÃO, julgado em 27/09/2011, DJe 04/10/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DANO AMBIENTAL. OMISSÃO DO ENTE FEDERADO. RESPONSABILIDADE\nOBJETIVA. ACÓRDÃO DO TRIBUNAL A QUO ALINHADO À JURISPRUDÊNCIA DO STJ.\n[...] O Tribunal de origem, ao Reconhecer a responsabilidade objetiva do\nEstado por danos ambientais, em razão de conduta omissiva do ente\npúblico, alinhou-se à jurisprudência deste Sodalício, que se firmou no\nsentido de que \"A legitimidade por dano ambiental alcança,\nimediatamente, aquele que, por ação ou omissão, causou ou permitiu que\nfosse causado dano ao patrimônio ambiental. Essa responsabilidade de\nquem assim procede se define da maneira mais objetiva possível, mediante\na simples resposta à pergunta quem causou, quem provocou ou quem\npermitiu que o dano ocorresse\" (AgRg no AREsp 796.146/SP, Rel. Ministro\nNapoleão Nunes Maia Filho, Primeira Turma, DJe 25/8/2017).\" (AIRESP\n1205174PR, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em\n28/09/2020, DJe 01/10/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DANO AMBIENTAL E URBANÍSTICO. CONSTRUCÕES IRREGULARES. DEVER DE\nFISCALIZAÇÃO. OMISSÃO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. CARÁTER\nSOLIDÁRIO, MAS DE EXECUÇÃO SUBSIDIÁRIA. [...] A responsabilidade do\nEstado por dano ao meio ambiente decorrente de sua omissão no dever de\nfiscalização é de caráter solidário, mas de execução subsidiária, na\ncondição de devedor-reserva. Precedentes.\" (AIRESP 1326093DF, Rel.\nMinistro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 24/04/2018, DJe\n30/04/2018)\n\n\"[...] DANO AMBIENTAL. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DE EXECUÇÃO\nSUBSIDIÁRIA. [...] A Responsabilidade do Estado por dano ao meio\nambiente decorrente de sua omissão no dever de fiscalização é de caráter\nsolidário, mas de execução subsidiária, na condição de devedor-reserva.\nPrecedentes.\" (AIRESP 1362234MS, Rel. Ministro OG FERNANDES,\nSEGUNDA TURMA, julgado em 05/11/2019, DJe 11/11/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DEVER-PODER DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL DO ESTADO.\nOMISSÃO. [...] RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO DE NATUREZA SOLIDÁRIA,\nOBJETIVA, ILIMITADA E DE EXECUÇÃO SUBSIDIÁRIA. [...] A Administração é\nsolidária, objetiva e ilimitadamente responsável, nos termos da Lei\n6.938/1981, por danos urbanístico-ambientais decorrentes da omissão do\nseu dever de controlar e fiscalizar, na medida em que contribua, direta\nou indiretamente, tanto para a degradação ambiental em si mesma, como\npara o seu agravamento, consolidação ou perpetuação, tudo sem prejuízo\nda adoção, contra o agente público relapso ou desidioso, de medidas\ndisciplinares, penais, civis e no campo da improbidade administrativa.\n14. No caso de omissão de dever de controle e fiscalização, a\nresponsabilidade ambiental solidária da Administração é de execução\nsubsidiária (ou com ordem de preferência).\" (RESP 1071741SP, Rel.\nMinistro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 24/03/2009, DJe\n16/12/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. DEVER DE FISCALIZAÇÃO DO ESTADO.\nOMISSÃO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA E SOLIDÁRIA. [...] O Superior\nTribunal de Justiça firmou o entendimento de que o ente federado tem o\ndever de fiscalizar e preservar o meio ambiente e combater a poluição\n(Constituição Federal, art. 23, VI, e art. 3º da Lei 6.938/1981),\npodendo sua omissão ser interpretada como causa indireta do dano\n(poluidor indireto), o que enseja sua responsabilidade objetiva.\"\n(RESP 1666027SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,\njulgado em 19/10/2017, DJe 01/02/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AMBIENTAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. POLUIÇÃO. RESPONSABILIDADE CIVIL.\n[...] A jurisprudência predominante no STJ é no sentido de que, em\nmatéria de proteção ambiental, há responsabilidade civil do Estado\nquando a omissão de cumprimento adequado do seu dever de fiscalizar for\ndeterminante para a concretização ou o agravamento do dano causado pelo\nseu causador direto.\" (RESP 1715151SC, Rel. Ministro HERMAN\nBENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/02/2018, DJe 14/11/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] VIOLAÇÃO À LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA. CONFIGURAÇÃO DO DANO À\nCOLETIVIDADE. [...] A Administração é solidária, objetiva e\nilimitadamente responsável, nos termos da Lei 6.938/1981, por danos\nurbanístico-ambientais decorrentes da omissão do seu dever de controlar\ne fiscalizar, na medida em que contribua, direta ou indiretamente, tanto\npara a degradação ambiental em si mesma, como para o seu agravamento,\nconsolidação ou perpetuação. Precedentes.\" (AGRESP 1497096RJ, Rel.\nMinistro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 15/12/2015,\nDJe 18/12/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 06/12/2021RSSTJ vol. 49 p. 233", "Precedentes": "AgInt no REsp 1205174 PR 2010/0145536-7 Decisão:28/09/2020\nDJe DATA:01/10/2020AgInt no REsp 1362234 MS 2013/0005292-0 Decisão:05/11/2019\nDJe DATA:11/11/2019AgInt no REsp 1326903 DF 2012/0116422-6 Decisão:24/04/2018\nDJe DATA:30/04/2018REsp 1715151 SC 2017/0297292-8 Decisão:20/02/2018\nDJe DATA:14/11/2018REsp 1666027 SP 2016/0332438-7 Decisão:19/10/2017\nDJe DATA:01/02/2018AgRg no REsp 1497096 RJ 2014/0299188-3 Decisão:15/12/2015\nDJe DATA:18/12/2015AgRg no REsp 1001780 PR 2007/0247653-4 Decisão:27/09/2011\nDJe DATA:04/10/2011\nRSTJ VOL.:00239 PG:00271REsp 1071741 SP 2008/0146043-5 Decisão:24/03/2009\nDJe DATA:16/12/2010\nRSTJ VOL.:00239 PG:00512", "Referência Legislativa": "LEG:FED CFB:****** ANO:1988\n***** CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988\n ART:00023 INC:00006 INC:00007 ART:00170 INC:00006\n ART:00225\nLEG:FED LEI:006938 ANO:1981\n***** LPNM-1981 LEI SOBRE A POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE\n ART:00002 INC:00001 INC:00005 ART:00003 INC:00004\n ART:00006 ART:00014 INC:00001\nLEG:FED LEI:009605 ANO:1998\n ART:00070 PAR:00001 PAR:00003 ART:00072" }
Súmula 651
Compete à autoridade administrativa aplicar a servidor público a pena de demissão em razão da prática de improbidade administrativa, independentemente de prévia condenação, por autoridade judiciária, à perda da função pública. (Súmula n. 651, Primeira Seção, julgado em 21/10/2021, DJe de 25/10/2021.)
{ "Enunciado": "Compete à autoridade administrativa aplicar a servidor público a pena de\ndemissão em razão da prática de improbidade administrativa,\nindependentemente de prévia condenação, por autoridade judiciária, à\nperda da função pública.\n(SÚMULA 651, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 21/10/2021, DJe 25/10/2021)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] COMPETÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PARA IMPOR PENALIDADE A\nSERVIDOR PÚBLICO POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PRECEDENTES\nDO STF E DO STJ. DESNECESSIDADE DE ANTERIOR JULGAMENTO NA\nESFERA PENAL. INCOMUNICABILIDADE DAS INSTÂNCIAS. [...] É firme o\nentendimento no âmbito do Supremo Tribunal Federal e do Superior\nTribunal de Justiça acerca da competência da autoridade\nadministrativa para impor pena de demissão a servidor público em\nrazão da prática de ato de improbidade administrativa,\nindependentemente de provimento jurisdicional, porquanto a\npenalidade administrativa não se confunde com a pena de perda da\nfunção pública prevista no art. 12 da Lei 8.429/1992, esta sim\naplicável exclusivamente pela autoridade judiciária. Precedentes. 7. Por\nforça do Princípio da Incomunicabilidade das Instâncias, esta Corte\nSuperior já decidiu que a imposição de sanção disciplinar pela\nAdministração Pública, quando comprovado que o servidor praticou\nilícito administrativo, prescinde de anterior julgamento na esfera\ncriminal.[...]\" (MS 21544DF, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,\nPRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/02/2017, DJe 07/03/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSO DISCIPLINAR [...] O Supremo Tribunal Federal tem\norientado sua jurisprudência no\nsentido de ser lícito à Administração Pública impor ao servidor a\nsanção de demissão por prática de ato de improbidade. [...]\" (MS\n17868DF, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em\n08/03/2017, DJe 23/03/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] POSSIBILIDADE DE AVALIAÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA EM PAD\n7.'Ao prever a demissão do servidor que incorre em ato de improbidade\nadministrativa, o Estatuto dos Servidores da União faz remissão às\ncondutas tipificadas na lei de improbidade administrativa, razão\npela qual, nessa qualidade, podem ser apuradas e punidas pela\nprópria Administração. Precedentes.' (STF, RMS 33.666, Relator p/\nAcórdão Min. Edson Fachin, Primeira Turma, public 21-9-2016) 8. 'É\nfirme o entendimento no âmbito do Supremo Tribunal Federal e do Superior\nTribunal de Justiça acerca da competência da autoridade administrativa\npara impor pena de demissão a servidor público em razão da prática\n de ato de improbidade administrativa, independentemente de\nprovimento Jurisdicional, porquanto a penalidade administrativa não se\nconfunde com a pena de perda da função pública prevista no art. 12 da\nLei 8.429/1992, esta sim aplicável exclusivamente pela\nAutoridade judiciária Precedentes.'[...]\" (MS 20870DF, Rel.\nMinistro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/12/2016, DJe\n17/04/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DE PENA DE DEMISSÃO POR ATO DE\nIMPROBIDADE. [...] 'É firme o entendimento no âmbito do Supremo Tribunal\nFederal e do Superior Tribunal de Justiça acerca da competência da\nautoridade administrativa para impor pena de demissão a servidor\npúblico em razão da prática de ato de improbidade administrativa,\nindependentemente de provimento jurisdicional, porquanto a\npenalidade administrativa não se confunde com a pena de perda da função\npública prevista no art. 12 da Lei 8.429/1992, esta sim aplicável\nexclusivamente pela autoridade judiciária. Precedentes.'[...]\"\n(MS 19903DF, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN , PRIMEIRA SEÇÃO,\njulgado em 08/02/2017, DJe 01/08/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. PENA DE DEMISSÃO.\n[...] No âmbito do Processo administrativo disciplinar, é possível a\naplicação da pena de demissão por ato de improbidade administrativa\npraticado por servidor público, hipótese que não se confunde com a\nperda da função pública prevista no art. 12 da Lei n. 8.429/92, esta sim\nda competência exclusivamente da autoridade judiciária.[...]\" (MS\n17151DF, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado\nem 13/02/2019, DJe 11/03/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] A autoridade administrativa é competente para aplicar a\npena disciplinar de demissão tendo em vista a prática de improbidade\nadministrativa. Assim, não há exigência de manifestação prévia do\nPoder Judiciário sobre a sua caracterização. Precedentes da 1ª\nSeção.[...]\" (MS 18761DF, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,\nPRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/06/2019, DJe 01/07/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 25/10/2021RSSTJ vol. 49 p. 189RSTJ vol. 263 p. 1215", "Precedentes": "MS 18761 DF 2012/0129255-6 Decisão:12/06/2019\nDJe DATA:01/07/2019MS 17151 DF 2011/0132126-9 Decisão:13/02/2019\nDJe DATA:11/03/2019MS 17868 DF 2011/0286358-8 Decisão:08/03/2017\nDJe DATA:23/03/2017\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00665MS 21544 DF 2015/0004447-1 Decisão:22/02/2017\nDJe DATA:07/03/2017MS 19903 DF 2013/0069217-0 Decisão:08/02/2017\nDJe DATA:01/08/2017MS 20870 DF 2014/0053773-2 Decisão:14/12/2016\nDJe DATA:17/04/2017", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:008112 ANO:1990\n***** RJU-90 REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA\nUNIÃO\n ART:00132 INC:00004 ART:00141 INC:00001 ART:00167\nLEG:FED LEI:008429 ANO:1992\n***** LIA-92 LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA\n ART:00012 ART:00014 ART:00015" }
Súmula 650
A autoridade administrativa não dispõe de discricionariedade para aplicar ao servidor pena diversa de demissão quando caraterizadas as hipóteses previstas no art. 132 da Lei n. 8.112/1990. (Súmula n. 650, Primeira Seção, julgado em 22/9/2021, DJe de 27/9/2021.)
{ "Enunciado": "A autoridade administrativa não dispõe de discricionariedade para\naplicar ao servidor pena diversa de demissão quando caraterizadas as\nhipóteses previstas no art. 132 da Lei n. 8.112/1990. (SÚMULA 650,\nPRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/09/2021, DJe 27/09/2021)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. MOTIVAÇÃO PER RELATIONEM.\nPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES DO STF E STJ. DEMISSÃO. ATO VINCULADO.\nIMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DE SANÇÃO MAIS BRANDA. [...] É consolidado\nno âmbito desta Corte o entendimento segundo o qual, quando verificado\nque a conduta imputada ao investigado configura hipótese à qual a lei\nimpõe a aplicação da pena de demissão, a Administração Pública não pode\naplicar pena mais branda, porquanto se trata de ato vinculado. [...]\"\n(AIEDROMS 50926BA, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA\nSEÇÃO, julgado em 21/11/2017, DJe 27/11/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL.\nCOMPORTAMENTO INCOMPATÍVEL COM O CARGO. ACÓRDÃO QUE CONCLUIU PELA\nEXISTÊNCIA DE PROVAS SUFICIENTES PARA A DEMISSÃO. ARTS. 117, IX E X, 128\nE 132, IV, DA LEI 8.112/90. [...] Segundo a jurisprudência do Superior\nTribunal de Justiça, assentado o cometimento de infração punível\nexclusivamente com a demissão, não cabe ao órgão censor aplicar sanção\ndiversa ao servidor, dado que o comando do art. 132 da Lei n. 8.112/1990\nse apresenta como norma vinculante para a autoridade administrativa\njulgadora. Como já decidido em hipótese análoga, 'Acerca da\nproporcionalidade e razoabilidade na aplicação da pena de demissão, é\nfirme o entendimento desta Corte Superior de Justiça de que,\ncaracterizada conduta para a qual a lei estabelece, peremptoriamente, a\naplicação de determinada penalidade, não há para o administrador\ndiscricionariedade a autorizar a aplicação de pena diversa' [...]\".\n(AIRESP 1533097PR, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA,\njulgado em 01/03/2018, DJe 08/03//2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. [...]\nCONDUTA ILEGAL PASSÍVEL DE DEMISSÃO. NATUREZA VINCULADA DA IMPOSIÇÃO DA\nSANÇÃO. [...] A Jurisprudência do STJ reconhece a natureza vinculada à\nsanção quando eventual conduta irregular do servidor esteja prevista em\numa das hipóteses passíveis de demissão. [...]\" (AIRMS 54617SP,\nRel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em\n06/03/2018, DJe 12/03/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. DEMISSÃO. ABANDONO DE CARGO. ART. 132,\nII, DA LEI 8.112/90. [...] restando devidamente comprovados, no caso, os\nelementos necessários ao enquadramento da conduta do impetrante como\nabandono do cargo, não há como afastar a pena que lhe é imposta, de vez\nque, uma vez concretizada a infração administrativa grave, não é\npossível mitigar a aplicação da pena de demissão legalmente prevista\n(STJ, AgInt no RMS 56.025/SP, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,\nSEGUNDA TURMA, DJe de 26/09/2018). Consoante a jurisprudência do STJ,\n?não se está negando vigência ao art. 128 da Lei 8.112/1990 ('Na\naplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da\ninfração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público,\nas circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes\nfuncionais'), pois tais critérios de dosimetria são direcionados para as\nhipóteses em que a própria lei dá margem discricionária, o que não é o\ncaso das hipóteses de demissão (art. 132 da Lei 8.112/1990) (STJ, REsp\n1.685.571/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de\n16/10/2017). [...]\" (MS 17796DF, Relatora para Acórdão Ministra\nASSUSETE MAGALHÃES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 25/09/2019, DJe\n19/11/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSO DISCIPLINAR. AUDITORA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL.\nATRIBUIÇÃO DE IRREGULARIDADES NA EMISSÃO DE CND'S PARA A REGULARIZAÇÃO\nDE OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL. SERVIDORA FEDERAL POR ISSO DEMITIDA. [...]\nAssentado o cometimento de infração punível exclusivamente com a\ndemissão, não cabe ao órgão censor aplicar sanção diversa ao servidor,\ndado que o comando do art. 132 da Lei n. 8.112/1990 se apresenta como\nnorma vinculante para a autoridade administrativa julgadora. Como já\ndecidido em hipótese análoga, Acerca da proporcionalidade e\nrazoabilidade na aplicação da pena de demissão, é firme o entendimento\ndesta Corte Superior de Justiça de que, caracterizada conduta para a\nqual a lei estabelece, peremptoriamente, a aplicação de determinada\npenalidade, não há para o administrador discricionariedade a autorizar a\naplicação de pena diversa [...]\" (MS 17868DF, Rel. Ministro SÉRGIO\nKUKINA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 08/03/2017, DJe 23/03/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. PENA DE DEMISSÃO. ANALISTA\nAMBIENTAL. OPERAÇÃO EUTERPE DA POLÍCIA FEDERAL. [...] A constatação de\nconduta enquadrável nas previsões legais de demissão (art. 132 da Lei\n8.112/1990) é ato vinculado, já que inarredável impor a citada sanção se\nverificada uma das respectivas hipóteses. Nesse sentido: MS 18.122/DF,\nRel. Ministro Humberto Martins, Primeira Seção, DJe 20.2.2013; MS\n15.437/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Primeira Seção, DJe 26.11.2010).\n6. Não se está negando vigência ao art. 128 da Lei 8.112/1990 (Na\naplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da\ninfração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público,\nas circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes\nfuncionais), pois tais critérios de dosimetria são direcionados para as\nhipóteses em que a própria lei dá margem discricionária, o que não é o\ncaso das hipóteses de demissão (art. 132 da Lei 8.112/1990).\" (MS\n18370DF, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em\n08/02/2017, DJe 01/08/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"DEMISSÃO. ANALISTA-TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL. [...] Caracterizada a\nprática de improbidade administrativa, não há discricionariedade para\naplicação de penalidade diversa pela autoridade administrativa, tendo em\nvista o que dispõe o art. 132, IV, da Lei nº 8112/90. Precedentes da 1ª\nSeção.\" (MS 18761DF, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA\nSEÇÃO, julgado em 12/06/2019, DJe 01/07/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. MANDADO DE\nSEGURANÇA. DEMISSÃO. [...] Não obstante os procedimentos administrativos\nestarem sujeitos a controle judicial amplo quanto à legalidade, uma vez\nverificado que a conduta praticada pelo servidor se enquadra em hipótese\nlegal de demissão (art. 132 da Lei 8.112/1990), a imposição dessa sanção\né ato vinculado, não podendo o administrador ou o Poder Judiciário\ndeixar de aplicá-la ou fazer incidir sanção mais branda amparando-se em\njuízos de proporcionalidade e de razoabilidade.[...]\" (MS 19517DF,\nRel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em\n24/04/2019, DJe 16/10/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. SUPERINTENDÊNCIA\nDO MINISTÉRIO DA FAZENDA NO ESTADO DA PARAÍBA. PROCESSO ADMINISTRATIVO\nDISCIPLINAR. PENA DE DEMISSÃO DO CARGO DE TÉCNICO DE CONTABILIDADE. ART.\n132, IV E XIII, C/C ART. 117, IX, DA LEI 8.112/90. RECEBIMENTO INDEVIDO\nDE DIÁRIAS DE VIAGENS A SERVIÇO. [...] INFRAÇÕES DISCIPLINARES DOLOSAS,\nPUNÍVEIS COM DEMISSÃO, PRATICADAS PELO IMPETRANTE, APURADAS EM PROCESSO\nADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. INEXISTÊNCIA DE OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA\nRAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE. ATO ADMINISTRATIVO VINCULADO.\nTEMPO DE SERVIÇO DO IMPETRANTE, COMO SERVIDOR PÚBLICO, E BONS\nANTECEDENTES FUNCIONAIS. INSUFICIÊNCIA PARA AMENIZAR A PENA DE DEMISSÃO,\nSE CONFIGURADAS INFRAÇÕES GRAVES. PRECEDENTES DA PRIMEIRA SEÇÃO,\nRELACIONADOS AO MESMO PAD. [...] Demonstrada a prática de infração aos\narts. 117, IX, e 132, IV e XIII, da Lei 8.112/90, o ato de demissão é\nvinculado. Nesse sentido: A Administração Pública, quando se depara com\nsituações em que a conduta do investigado se amolda nas hipóteses de\ndemissão ou cassação de aposentadoria, não dispõe de discricionariedade\npara aplicar pena menos gravosa por tratar-se de ato vinculado. Nesse\nsentido, confira-se: [...] o administrador não tem qualquer margem de\ndiscricionariedade na aplicação da pena, tratando-se de ato plenamente\nvinculado. Configurada a infração do art. 117, XI, da Lei 8.112/90,\ndeverá ser aplicada a pena de demissão, nos termos do art.132, XIII, da\nLei 8.112/90, sob pena de responsabilização criminal e administrativa do\nsuperior hierárquico desidioso (MS 15.437/DF, Rel. Ministro CASTRO\nMEIRA, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe 26/11/2010) (STJ, MS 15.517/DF, Rel.\nMinistro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe de 18/02/2011). VIII.\nAdemais, o fato de os servidores terem prestado anos de serviços ao\nente público, e de terem bons antecedentes funcionais, não é suficiente\npara amenizar a pena a eles impostas se praticadas, como no caso,\ninfrações graves a que a lei, expressamente, prevê a aplicação de\ndemissão [...]\" (MS 19995DF, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES,\nPRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/11/2018, DJe 19/12/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. SERVIDORA PÚBLICA FEDERAL.\nDEMISSÃO. LEGALIDADE. [...] Os princípios da razoabilidade e da\nproporcionalidade não são passíveis de invocação para se alcançar a\nsubstituição de pena demissória legalmente incidente por outra menos\ngravosa. Precedentes do STF: RMS 34.405 AgR, Rel. Ministro EDSON FACHIN,\nSEGUNDA TURMA, DJe 5/11/2018; RMS 30.455, Rel. Ministro LUIZ FUX,\nPRIMEIRA TURMA, DJe 25/6/2012. 6. Nesse mesmo sentido, enquadrada a\nconduta ilícita do agente público em hipótese para a qual a lei prevê\ncomo única sanção a demissão, não pode a autoridade julgadora aplicar\npenalidade menos severa, ainda que em reverência ao princípio da\nproporcionalidade. [...]\" (MS 20963DF, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,\nPRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 26/08/2020, DJe 08/09/2020)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EX-SERVIDOR. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. POLICIAL\nRODOVIÁRIO FEDERAL. DEMISSÃO. ART. 132, IV E XIII, DA LEI 8.112/90.\n[...] demonstrada a prática de infração aos arts. 117, IX, e 132, IV e\nXIII, da Lei 8.112/90, entre outros, o ato de demissão é vinculado.\nNesse sentido: A Administração Pública, quando se depara com situações\nem que a conduta do investigado se amolda nas hipóteses de demissão ou\ncassação de aposentadoria, não dispõe de discricionariedade para aplicar\npena menos gravosa por tratar-se de ato vinculado. Nesse sentido,\nconfira-se: [...] o administrador não tem qualquer margem de\ndiscricionariedade na aplicação da pena, tratando-se de ato plenamente\nvinculado. Configurada a infração do art. 117, XI, da Lei 8.112/90,\ndeverá ser aplicada a pena de demissão, nos termos do art.132, XIII, da\nLei 8.112/90, sob pena de responsabilização criminal e administrativa do\nsuperior hierárquico desidioso (MS 15.437/DF, Rel. Ministro CASTRO\nMEIRA, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe 26/11/2010) [...]\" (MS 21197RJ, Rel.\nMinistra ASSUSETE MAGALHÃES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/12/2015, DJe\n10/02/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. EX-REITOR DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA.\nPROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. PENA DE DEMISSÃO. [...]\nCompreendida a conduta do Impetrante nas disposições dos arts. 117, IX,\ne 132, IV, X e XIII, da Lei n. 8.112/90, combinado com os arts. 10,\ncaput, e incisos I, VIII e XII, e 11, caput, e inciso I, da Lei n.\n8.429/92 - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem,\nem detrimento da dignidade da função pública, lesão aos cofres públicos\ne prática de ato de improbidade administrativa que atenta contra os\nprincípios da Administração Pública e causa prejuízo ao erário, não\nexiste para o administrador discricionariedade para a aplicação de pena\ndiversa da demissão. [...]\" (MS 21859DF, Rel. Ministra REGINA\nHELENA COSTA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 28/11/2018, DJe 19/12/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO. PROCESSO DISCIPLINAR. PENA DE DEMISSÃO.\nAPLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE. AUSÊNCIA DE\nDISCRICIONARIEDADE PARA O ADMINISTRADOR. PRECEDENTES. [...] O acórdão\nrecorrido encontra-se em harmonia com o entendimento jurisprudencial\ndesta Corte no sentido de que, caracterizada conduta para a qual a lei\nestabelece, peremptoriamente, a aplicação de determinada penalidade, não\nhá para o administrador discricionariedade a autorizar a aplicação de\npena diversa. (MS 14667/DF, Rel. Min. GURGEL DE FARIA, Terceição Seção,\nJulg. 10/12/2014, Publ. DJe 17/12/2014). [...]\" (RESP 1565409AL,\nRel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 27/04/2017, DJe\n09/05/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 27/09/2021RSSTJ vol. 49 p. 133", "Precedentes": "MS 20963 DF 2014/0094363-1 Decisão:26/08/2020\nDJe DATA:08/09/2020MS 17796 DF 2011/0269833-7 Decisão:25/09/2019\nDJe DATA:19/11/2019MS 18761 DF 2012/0129255-6 Decisão:12/06/2019\nDJe DATA:01/07/2019MS 19517 DF 2012/0258210-0 Decisão:24/04/2019\nDJe DATA:16/10/2019MS 21859 DF 2015/0147355-3 Decisão:28/11/2018\nDJe DATA:19/12/2018MS 19995 DF 2013/0089820-0 Decisão:14/11/2018\nDJe DATA:19/12/2018AgInt no RMS 54617 SP 2017/0170217-0 Decisão:06/03/2018\nDJe DATA:12/03/2018AgInt no REsp 1533097 PR 2015/0111960-1 Decisão:01/03/2018\nDJe DATA:08/03/2018AgInt nos EDcl no RMS 50926 BA 2016/0117329-2\nDecisão:21/11/2017\nDJe DATA:27/11/2017REsp 1565409 AL 2015/0159574-0 Decisão:27/04/2017\nDJe DATA:09/05/2017MS 17868 DF 2011/0286358-8 Decisão:08/03/2017\nDJe DATA:23/03/2017\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00665MS 18370 DF 2012/0069521-0 Decisão:08/02/2017\nDJe DATA:01/08/2017MS 21197 RJ 2014/0200911-7 Decisão:09/12/2015\nDJe DATA:10/02/2016", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:008112 ANO:1990\n***** RJU-90 REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA\nUNIÃO\n ART:00132" }
Súmula 649
Não incide ICMS sobre o serviço de transporte interestadual de mercadorias destinadas ao exterior. (Súmula n. 649, Primeira Seção, julgado em 28/4/2021, DJe de 3/5/2021.)
{ "Enunciado": "Não incide ICMS sobre o serviço de transporte interestadual de\nmercadorias destinadas ao exterior. (SÚMULA 649, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado\nem 28/04/2021, DJe 03/05/2021)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"TRIBUTÁRIO. ICMS. TRANSPORTE DE MERCADORIA DESTINADA AO EXTERIOR.\nISENÇÃO. ART. 3º, II DA LC 87/96. [...] 'Os precedentes jurisprudenciais\ndesta Corte Superior afirmam pela não incidência do ICMS sobre serviço\nde transporte interestadual de mercadorias destinadas ao exterior, pois\no art. 3º, II, da LC n. 87/96 tem por finalidade a desoneração do\ncomércio exterior como pressuposto para o desenvolvimento nacional com a\ndiminuição das desigualdades regionais pelo primado do trabalho' (AgRg\nno REsp 1.301.482/MS, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, Segunda Turma, DJe\n16/5/13). 2. Demais precedentes: AgRg no REsp 1.292.197/SC, Rel.\nMinistro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, DJe 10/09/2013; AgRg no\nAREsp 249.937/PA, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA,\nDJe 17/12/2012; AgRg no REsp 1379148/SC, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,\nSEGUNDA TURMA, DJe 16/09/2013; EREsp 710.260/RO, Rel. Ministra ELIANA\nCALMON, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe 14/04/2008. [...]\" (AgRg no AREsp 385764SC, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/12/2014,\nDJe 03/02/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ICMS. TRANSPORTE INTERESTADUAL DE MERCADORIA DESTINADA AO\nEXTERIOR. ISENÇÃO FISCAL. PRECEDENTES. [...] Os precedentes\njurisprudenciais desta Corte Superior afirmam pela não incidência do\nICMS sobre serviço de transporte interestadual de mercadorias destinadas\nao exterior, pois o art. 3º, II, da LC n. 87/96 tem por finalidade a\ndesoneração do comércio exterior como pressuposto para o desenvolvimento\nnacional, com a diminuição das desigualdades regionais pelo primado do\ntrabalho. [...]\" (AgRg no AREsp 412277SC, Rel. Ministro HUMBERTO\nMARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 21/11/2013, DJe 02/12/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] OPERAÇÕES DE TRANSPORTE DE MERCADORIAS DESTINADAS AO EXTERIOR.\nISENÇÃO. PRECEDENTES. [...] A orientação da Primeira Seção do STJ\npacificou-se no sentido de que 'o art. 3º, II da LC 87/96 dispôs que não\nincide ICMS sobre operações e prestações que destinem ao exterior\nmercadorias, de modo que está acobertado pela isenção tributária o\ntransporte interestadual dessas mercadorias'; [...]\"\n(AgRg no REsp 1409872SC, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,\nSEGUNDA TURMA,\njulgado em 27/10/2015, DJe 06/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ICMS. TRANSPORTE INTERESTADUAL DE MERCADORIAS DESTINADAS AO\nEXTERIOR. ISENÇÃO TRIBUTÁRIA. [...] A Primeira Seção desta Corte, ao\njulgar o EREsp. 710.260/RO, de relatoria da eminente Ministra ELIANA\nCALMON, entendeu que não incide ICMS nas operações de transporte\ninterestadual de mercadorias destinadas ao exterior, nos termos do art.\n3o., II da LC 87/1996. Precedentes: REsp. 1.777.524/MS, Rel. Min. HERMAN\nBENJAMIN, DJe 19.12.2018; AgInt no AREsp. 1.323.892/PR, Rel. Min. MAURO\nCAMPBELL MARQUES, DJe 22.11.2018; AREsp. 851.938/RS, Rel. Min. GURGEL DE\nFARIA, DJe 9.8.2016. [...]\" (AgInt no AREsp 455010MS, Rel. Ministro\nNAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 13/05/2019, DJe\n20/05/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ICMS. TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE MERCADORIAS DESTINADAS À\nEXPORTAÇÃO. ISENÇÃO. [...] NO QUE REMANESCE NO PLANO\nINFRACONSTITUCIONAL, O JULGADO ESTÁ EM CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA\nDO STJ. SÚMULA 83/STJ. [...] Da leitura do acórdão recorrido observa-se\nque as conclusões do julgado, quanto à incidência de ICMS sobre\noperações de transporte de mercadorias destinadas à exportação, levaram\nem consideração o teor do texto constitucional (art. 155, § 2o., X, a da\nCF), de sorte que sua revisão, no ponto, é tarefa defesa nesta Corte. A\npropósito: AgRg no AREsp. 316.882/SC, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe\n27.8.2015. 2. Outrossim, no âmbito infraconstitucional, constata-se que,\nao conferir interpretação ao art. 3o., II da LC 87/1996, o Tribunal de\norigem atuou em conformidade com a orientação que se extrai da\njurisprudência desta Corte, de que a isenção prevista no art. 3o., II da\nLC 87/1996 não seria exclusiva das operações que destinam mercadorias\ndiretamente ao exterior, alcançando outras que integram todo o processo\nde exportação, inclusive as parciais, como o transporte interestadual.\n[...]\" (AgInt no AREsp 578962SC, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA\nFILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 24/06/2019, DJe 27/06/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ICMS. ISENÇÃO TRIBUTÁRIA. TRANSPORTE DE MERCADORIAS CUJA\nDESTINAÇÃO FINAL É A EXPORTAÇÃO. ART. 3º, II, DA LC N. 87/1996. DIREITO.\n[...] Consoante a jurisprudência desta Corte, a Primeira Seção, no\njulgamento do EREsp 710.260/RO, asseverou que a isenção prevista no art.\n3º, II, da LC n. 87/1996 alcançaria além das operações que destinam\nmercadorias diretamente ao exterior, como também àquelas outras que\nintegram todo o processo de exportação, como o transporte interestadual.\n[...]\" (AgInt no AREsp 1323892PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL\nMARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 22/11/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ICMS. ISENÇÃO TRIBUTÁRIA. TRANSPORTE DE MERCADORIAS CUJA\nDESTINAÇÃO FINAL É A EXPORTAÇÃO. ART. 3º, II, DA LC N. 87/1996. DIREITO.\n[...] A Primeira Seção, no julgamento do EREsp 710.260/RO, consignou que\na isenção prevista no art. 3º, II, da LC n. 87/1996 não seria exclusiva\ndas operações que destinam mercadorias diretamente ao exterior,\nalcançando outras que integram todo o processo de exportação, inclusive\nas parciais, como o transporte interestadual. 2. Hipótese em que a\nrecorrente pretende o reconhecimento do direito a créditos de ICMS em\nrazão da aquisição de insumos essenciais às atividades de exportação,\nespecialmente de óleo diesel e de óleo combustível, utilizados em sua\natividade de transporte de cargas destinadas ao exterior, bem como o\ndireito de proceder à atualização monetária desses créditos. 3. Agravo\nconhecido para dar provimento ao recurso especial, a fim de reconhecer à\ntransportadora recorrente o direito ao benefício fiscal quanto às\nmercadorias transportadas que, comprovadamente e ao final, destinarem-se\nà exportação. (AREsp 851938RS, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA,\nPRIMEIRA TURMA, julgado em 16/06/2016, DJe 09/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"TRIBUTÁRIO. ICMS. TRANSPORTE INTERESTADUAL DE MERCADORIA DESTINADA AO\nEXTERIOR. ISENÇÃO. ART. 3º, II DA LC 87/96. [...] O art. 3º, II da LC\n87/96 dispôs que não incide ICMS sobre operações e prestações que\ndestinem ao exterior mercadorias, de modo que está acobertado pela\nisenção tributária o transporte interestadual dessas mercadorias. 2. Sob\no aspecto teleológico, a finalidade da exoneração tributária é tornar o\nproduto brasileiro mais competitivo no mercado internacional. 3. Se o\ntransporte pago pelo exportador integra o preço do bem exportado,\ntributar o transporte no território nacional equivale a tributar a\nprópria operação de exportação, o que contraria o espírito da LC 87/96 e\nda própria Constituição Federal. 4. Interpretação em sentido diverso\nimplicaria em ofensa aos princípios da isonomia e do pacto federativo,\nna medida em que se privilegiaria empresas que se situam em cidades\nportuárias e trataria de forma desigual os diversos Estados que integram\na Federação. [...]\" (EREsp 710260RO, Rel. Ministra ELIANA CALMON,\nPRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 27/02/2008, DJe 14/04/2008)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRIBUTÁRIO. ICMS SOBRE SERVIÇO DE TRANSPORTE DE MERCADORIA\nDESTINADA À EXPORTAÇÃO. [...] O aresto vergastado está em consonância\ncom o entendimento do STJ de que 'o art. 3º, II da LC 87/96 dispôs que\nnão incide ICMS sobre operações e prestações que destinem ao exterior\nmercadorias, de modo que está acobertado pela isenção tributária o\ntransporte interestadual dessas mercadorias', assim 'se o transporte\npago pelo exportador integra o preço do bem exportado, tributar o\ntransporte no território nacional equivale a tributar a própria operação\nde exportação, o que contraria o espírito da LC 87/96 e da própria\nConstituição Federal' (EREsp 710.260/RO, Rel. Min. Eliana Calmon,\nPrimeira Seção, DJe 14.4.2008). Não se vislumbra interesse recursal\nquanto a tal aspecto. [...]\" (REsp 1777524MS, Rel. Ministro HERMAN\nBENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/12/2018, DJe 19/12/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ICMS. TRANSPORTE INTERESTADUAL DE MERCADORIA EXPORTÁVEL. ART. 3º,\nII, DA LC 87/1996. TRANSPORTE PAGO PELO COMPRADOR INTERNACIONAL.\nISENÇÃO. TELEOLOGIA DA NORMA. TRIBUTAÇÃO QUE ENCARECE O VALOR FINAL\nPAGO. COMPETITIVIDADE DO PRODUTO NACIONAL DECRESCIDA. [...] A\njurisprudência do STJ está consagrada no sentido de que a isenção\ntributária de ICMS, concernente a produtos destinados ao exterior,\ncontempla toda a cadeia de deslocamento físico da mercadoria, o que\nabarca, inclusive, trechos eventualmente fracionados, percorridos dentro\ndo território nacional, não sendo possível, portanto, a tributação das\nfases intermediárias do itinerário. 3. '(...) Sob o aspecto teleológico,\na finalidade da exoneração tributária é tornar o produto brasileiro mais\ncompetitivo no mercado internacional'. Assim, 'se o transporte pago pelo\nexportador integra o preço do bem exportado, tributar o transporte no\nterritório nacional equivale a tributar a própria operação de\nexportação, o que contraria o espírito da LC 87/96 e da própria\nConstituição Federal' (EREsp 710.260/RO, Primeira Seção, Rel. Min.\nEliana Calmon, DJe de 14.4.2008) 4. Portanto, tendo em vista que a\nteleologia da norma em tela é fortalecer a competitividade do produto\nnacional no mercado estrangeiro, não se sustenta a tese do recorrente de\nfazer incidir o ICMS sobre o transporte do produto a ser exportado,\nainda que o preço seja pago pelo comprador de fora, pois, mesmo nessa\nhipótese, o valor total encarece, e a competitividade do produto, por\nóbvio, decresce. 5. Assim, impor ICMS nos moldes pugnados pelo\nrecorrente fere o espírito da norma insculpida no art. 3º, II, da Lei\nKandir, pois incute no preço final do produto o imposto e,\ninvariavelmente, eleva o montante pago pelo comprador internacional.\n[...]\" (REsp 1793173RO, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA\nTURMA, julgado em 21/03/2019, DJe 22/04/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 03/05/2021RSSTJ vol. 49 p. 111RSTJ vol. 261 p. 1107", "Precedentes": "AgInt no AREsp 578962 SC 2014/0230176-5 Decisão:24/06/2019\nDJe DATA:27/06/2019\nRBDTFP VOL.:00075 PG:00105AgInt no AREsp 455010 MS 2013/0418083-5 Decisão:13/05/2019\nDJe DATA:20/05/2019REsp 1793173 RO 2019/0017056-0 Decisão:21/03/2019\nDJe DATA:22/04/2019REsp 1777524 MS 2018/0278053-8 Decisão:13/12/2018\nDJe DATA:19/12/2018AgInt no AREsp 1323892 PR 2018/0169433-4 Decisão:13/11/2018\nDJe DATA:22/11/2018AREsp 851938 RS 2016/0018484-9 Decisão:16/06/2016\nDJe DATA:09/08/2016AgRg no REsp 1409872 SC 2013/0342295-6 Decisão:27/10/2015\nDJe DATA:06/11/2015AgRg no AREsp 385764 SC 2013/0276061-2 Decisão:18/12/2014\nDJe DATA:03/02/2015AgRg no AREsp 412277 SC 2013/0340883-6 Decisão:21/11/2013\nDJe DATA:02/12/2013EREsp 710260 RO 2005/0179881-0 Decisão:27/02/2008\nDJe DATA:14/04/2008\nRET VOL.:00061 PG:00112\nRT VOL.:00873 PG:00139\nRTFP VOL.:00081 PG:00287", "Referência Legislativa": "LEG:FED LCP:000087 ANO:1996\n***** LKANDIR-96LEI KANDIR\n ART:00003 INC:00002" }
Súmula 648
A superveniência da sentença condenatória prejudica o pedido de trancamento da ação penal por falta de justa causa feito em habeas corpus. (Súmula n. 648, Terceira Seção, julgado em 14/4/2021, DJe de 19/4/2021.)
{ "Enunciado": "A superveniência da sentença condenatória prejudica o pedido de\ntrancamento da ação penal por falta de justa causa feito em habeas\ncorpus. (SÚMULA 648, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 14/04/2021, DJe\n19/04/2021)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] NULIDADES. [..] TRANCAMENTO. SOBREVEIO SENTENÇA.\nPREJUDICIALIDADE. [...] O advento de sentença condenatória prejudica,\ninequivocamente, o pleito de trancamento de ação penal em curso, em face\nda perda do seu objeto. [...]\" (AgRg no RHC 36648PR, Rel. Ministra\nMARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 25/11/2014, DJe\n15/12/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA\nCONDENATÓRIA. PREJUDICADO. [...] A superveniência de sentença\ncondenatória, na linha da orientação firmada nesta Corte, torna\nprejudicado o pedido que buscava o trancamento da ação penal sob a\nalegação de falta de justa causa, haja vista que o novo exame da\nquaestio pelo Juízo de primeiro grau se dá de forma significativamente\nmais aprofundada. [...]\" (AgRg no RHC 53455RJ, Rel. Ministro\nANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 09/03/2017, DJe\n21/03/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRANCAMENTO DE AÇÃO PENAL. SENTENÇA CONDENATÓRIA PROFERIDA ANTES\nDA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO EM HABEAS CORPUS. NOVO TÍTULO. PERDA DO\nOBJETO. [...] Com a superveniência da sentença condenatória há novo\ntítulo judicial. Assim, fica prejudicado o writ em que se postula o\ntrancamento da ação penal, por falta de justa causa, e a revogação da\nprisão preventiva. Por consequência, também o presente recurso, dirigido\ncontra o acórdão nele proferido, perdeu seu objeto, esvaziando-se o\ninteresse recursal. [...]\" (AgRg no RHC 75425PE, Rel. Ministro\nSEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 20/10/2016, DJe\n14/11/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. SENTENÇA CONDENATÓRIA SUPERVENIENTE.\n[...] A jurisprudência desta Corte é segura no sentido que a\nsuperveniência de sentença condenatória torna prejudicado o pedido que\nbuscava o trancamento da ação penal sob a alegação de falta de justa\ncausa e inépcia da denúncia, haja vista a insubsistência do exame de\ncognição sumária, relativo ao recebimento da denúncia, em face da\nposterior sentença de cognição exauriente. [...]\" (HC 310191SP,\nRel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 27/02/2018, DJe\n05/03/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. ALEGAÇÃO DE ATIPICIDADE. SENTENÇA\nCONDENATÓRIA. PERDA DE OBJETO DO WRIT. [...] De acordo com a\njurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a superveniência de\nsentença condenatória prejudica o mandamus que tem por objeto o\ntrancamento da ação penal por ausência de justa causa, pois o juiz de\nprimeiro grau, em sede de cognição exauriente, reputou presentes os\nelementos probatórios da conduta delitiva. Precedentes. [...]\" (HC\n367779RJ, Rel. Ministro FELIX FISCHER, Rel. p/ Acórdão Ministro JORGE\nMUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 07/02/2017, DJe 17/02/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ALEGADA AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA PARA A AÇÃO PENAL. PREJUDICADO EM\nRAZÃO DE SENTENÇA CONDENATÓRIA POSTERIOR. PRECEDENTES. [...] O pleito de\ntrancamento da ação penal por ausência de justa causa ficou superado\npela prolação da sentença condenatória.\" (HC 371680RS, Rel.\nMinistro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em\n14/03/2017, DJe 17/03/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] HABEAS CORPUS. RECEBIMENTO DA DENÚNCIA E ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA.\nSUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA CONDENATÓRIA. TEMAS SUPERADOS. [...]\nCompreendendo a decisão de mérito um plus em relação ao recebimento da\npeça acusatória e à análise da absolvição sumária, porquanto perpassa\nnão só a admissibilidade da denúncia, mas deita compreensão sobre o\nmérito da causa, a sua existência nos autos torna a discussão em torno\ndo recebimento da peça inicial e da absolvição sumária superada em face\ndo operado efeito substitutivo superveniente. [...]\" (HC 400041SP,\nRel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em\n26/06/2018, DJe 02/08/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRANCAMENTO. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. ATIPICIDADE DA\nCONDUTA DE 'ESTELIONATO JUDICIAL'. NÃO VERIFICAÇÃO. SUPERVENIÊNCIA DE\nSENTENÇA CONDENATÓRIA. ALEGAÇÃO ESVAZIADA. [...] A jurisprudência do\nSupremo Tribunal Federal e desta Corte Superior de Justiça consolidaram\no entendimento de que não é cabível examinar justa causa para ação penal\napós a prolação de sentença condenatória. (Precedentes). V - Com a\nsuperveniência da sentença condenatória, tem-se por esvaziada a alegação\nde inépcia. De fato, o provimento da pretensão punitiva estatal denota a\naptidão da inicial acusatória para inaugurar a ação penal,\nimplementando-se a ampla defesa e o contraditório durante a instrução\nprocessual, que culmina na condenação lastreada no arcabouço probatório\ndos autos. Portanto, não se pode falar em ausência de aptidão da\ndenúncia nos casos em que os elementos carreados aos autos determinam a\nprolação de sentença condenatória. [...]\" (HC 404225RJ, Rel.\nMinistro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 21/09/2017, DJe\n11/10/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRANCAMENTO DO PROCESSO. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. SUPERVENIÊNCIA\nDE SENTENÇA CONDENATÓRIA. PEDIDO PREJUDICADO. [...] O pedido de\ntrancamento do processo por inépcia da denúncia ou por ausência de justa\ncausa para a persecução penal não é cabível quando já há sentença, pois\nseria incoerente analisar a mera higidez formal da acusação ou os\nindícios da materialidade delitiva se a própria pretensão condenatória\njá houver sido acolhida, depois de uma análise vertical do acervo fático\ne probatório dos autos.[...]\" (RHC 32524PR, Rel. Ministro ROGERIO\nSCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 04/10/2016, DJe 17/10/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. SENTENÇA JÁ\nPROFERIDA. PERDA DE OBJETO DO WRIT. [...] De acordo com a jurisprudência\ndesta Corte, proferida sentença condenarória fica prejudico o mandamus\nque pleiteia o trancamento da ação penal por ausência de justa causa,\nhaja vista que o juiz de primeiro grau, em sede de cognição exauriente,\nreputou presentes os elementos probatórios da conduta delitiva. [...]\"\n(RHC 70157RJ, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em\n14/02/2017, DJe 22/02/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 19/04/2021RSSTJ vol. 49 p. 103RSTJ vol. 261 p. 1106", "Precedentes": "HC 400041 SP 2017/0113953-8 Decisão:26/06/2018\nDJe DATA:02/08/2018HC 310191 SP 2014/0312345-4 Decisão:27/02/2018\nDJe DATA:05/03/2018HC 404225 RJ 2017/0145187-6 Decisão:21/09/2017\nDJe DATA:11/10/2017HC 371680 RS 2016/0245611-1 Decisão:14/03/2017\nDJe DATA:17/03/2017AgRg no RHC 53455 RJ 2014/0288994-9 Decisão:09/03/2017\nDJe DATA:21/03/2017RHC 70157 RJ 2016/0110794-1 Decisão:14/02/2017\nDJe DATA:22/02/2017HC 367779 RJ 2016/0218459-6 Decisão:07/02/2017\nDJe DATA:17/02/2017AgRg no RHC 75425 PE 2016/0197854-8 Decisão:20/10/2016\nDJe DATA:14/11/2016RHC 32524 PR 2012/0071474-0 Decisão:04/10/2016\nDJe DATA:17/10/2016AgRg no RHC 36648 PR 2013/0089278-0 Decisão:25/11/2014\nDJe DATA:15/12/2014", "Referência Legislativa": null }
Súmula 647
São imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais decorrentes de atos de perseguição política com violação de direitos fundamentais ocorridos durante o regime militar. (Súmula n. 647, Primeira Seção, julgado em 10/3/2021, DJe de 15/3/2021.)
{ "Enunciado": "São imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais\ndecorrentes de atos de perseguição política com violação de direitos\nfundamentais ocorridos durante o regime militar. (SÚMULA 647, PRIMEIRA\nSEÇÃO, julgado em 10/03/2021, DJe 15/03/2021)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. PERSEGUIÇÃO POLÍTICA\nOCORRIDA DURANTE O REGIME MILITAR. LEGITIMIDADE ATIVA DO ESPÓLIO.\nIMPRESCRITIBILIDADE. INAPLICABILIDADE DO ART. 1º DO DECRETO 20.910/1932.\n[...] Pacífica a jurisprudência desta Corte quanto ao direito de os\nsucessores ajuizarem ação de reparação em decorrência de perseguição,\ntortura e prisão, por motivos políticos, durante o Regime Militar,\ntransmitindo-se aos herdeiros a legitimidade ativa para ajuizamento da\nindenizatória. 2. A Primeira Seção desta Corte, em caso análogo (EREsp\n816.209/RJ, Min. Eliana Calmon, DJe de 10/11/2009), manifestou-se pela\ninaplicabilidade do art. 1º do Decreto 20.910/32 em ações de indenização\npor danos morais e materiais decorrentes de atos de violência ocorridos\ndurante o Regime Militar, consideradas imprescritíveis. [...]\"\n(AgRg nos EDcl no REsp 1328303PR, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,\nSEGUNDA TURMA, julgado em 05/03/2015, DJe 11/03/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ANISTIA POLÍTICA. PERSEGUIÇÃO. REGIME MILITAR. PRETENSÃO\nIMPRESCRITÍVEL. INAPLICABILIDADE DO ART. 1° DO DECRETO 20.910/1932.\n[...] Conforme o entendimento jurisprudencial do STJ, em face do caráter\nimprescritível das pretensões indenizatórias decorrentes dos danos a\ndireitos da personalidade ocorridos durante o regime militar, não há que\nse falar em aplicação do prazo prescricional do Decreto 20.910/32.\n[...]\" (AgRg no REsp 1392941RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL\nMARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 26/11/2013, DJe 04/12/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] REGIME MILITAR. ANISTIA POLÍTICA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.\nHERDEIROS. LEGITIMIDADE. PRESCRIÇÃO. INAPLICABILIDADE. [...] O prazo\nquinquenal previsto no Decreto n. 20.910/1932 é inaplicável às ações que\nobjetivam reparação por danos morais ocasionados por torturas sofridas\ndurante o período do regime militar, demandas que são imprescritíveis,\ntendo em vista as dificuldades enfrentadas pelas vítimas para deduzir\nsuas pretensões em juízo. [...]\" (AgInt no AREsp 711976RJ, Rel.\nMinistro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 03/05/2018, DJe\n12/06/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS, EM DECORRÊNCIA DE PERSEGUIÇÃO\nPOLÍTICA, DURANTE O REGIME MILITAR. IMPRESCRITIBILIDADE. [...] Nos\ntermos da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, os sucessores\npossuem legitimidade para ajuizar ação de reparação de danos em\ndecorrência de perseguição, tortura e prisão, sofridos durante a época\ndo regime militar, sendo tal ação reparatória considerada\nimprescritível, pelo que não se aplica o art. 1º do Decreto 20.910/32.\nNesse sentido: STJ, AgRg nos EDcl no REsp 1.328.303/PR, Rel. Ministro\nHUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, DJe de 11/03/2015; AgInt no REsp\n1.590.332/RS, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, DJe de\n28/06/2016. [...]\" (AgInt no REsp 1489263RS, Rel. Ministra ASSUSETE\nMAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 21/06/2018, DJe 28/06/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS. PERSEGUIÇÃO POLÍTICA OCORRIDA DURANTE\nO REGIME MILITAR. IMPRESCRITIBILIDADE. INAPLICABILIDADE DO ART. 1º DO\nDECRETO 20.910/1932. [...] 'Conforme jurisprudência do STJ, são\nimprescritíveis as ações de reparação por danos morais, ajuizadas em\ndecorrência de perseguição, tortura e prisão, por motivos políticos,\ndurante o Regime Militar, transmitindo-se aos herdeiros a legitimidade\nativa para ajuizamento da indenizatória. Precedentes.' (AgRg no AREsp\n478.312/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em\n24/04/2014, DJe 02/05/2014) [...]\" (AgInt no REsp 1590332RS, Rel.\nMinistro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 21/06/2016, DJe\n28/06/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ANISTIA POLÍTICA. DIREITOS FUNDAMENTAIS. OFENSA OCORRIDA, EM\nTESE, DURANTE O REGIME DE GOVERNO MILITAR. IMPRESCRITIBILIDADE. [...] A\njurisprudência desta Corte firmou compreensão segundo a qual os danos\ndecorrentes de violação de direitos fundamentais ocorridos durante o\nRegime Militar são imprescritíveis. A propósito: REsp 1.565.166/PR, Rel.\nMin. Regina Helena Costa, Primeira Turma, DJe 2/8/2018; REsp\n1.664.760/RS, Rel. Min. Herman Benjamin, Segunda Turma DJe 30/6/2017.\n[...]\" (AgInt no REsp 1602586PE, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES,\nPRIMEIRA TURMA, julgado em 07/02/2019, DJe 12/02/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RESPONSABILIDADE DO ESTADO. PERSEGUIÇÃO POLÍTICA. REGIME MILITAR.\nINAPLICABILIDADE DO ART. 1º DO DECRETO N. 20.910/1932. [...] AFASTAMENTO\nDA PRESCRIÇÃO. [...] A jurisprudência do STJ é pacificada no sentido de\nque a prescrição quinquenal, disposta no art. 1º do Decreto 20.910/1932,\né inaplicável aos danos decorrentes de violação de direitos\nfundamentais, que são imprescritíveis, principalmente quando ocorreram\ndurante o Regime Militar, época na qual os jurisdicionados não podiam\ndeduzir a contento suas pretensões. Nesse sentido: AgInt no AREsp\n600.264/RJ, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em\n05/09/2017, DJe 11/09/2017; REsp 1664760/RS, Rel. Ministro HERMAN\nBENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/06/2017, DJe 30/06/2017. [...]\"\n(AgInt no REsp 1710240RS, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA\nTURMA, julgado em 08/05/2018, DJe 14/05/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS\nE MORAIS. REGIME MILITAR. TORTURA. IMPRESCRITIBILIDADE. INAPLICABILIDADE\nDO ART. 1º DO DECRETO 20.910/1932. [...] As ações indenizatórias por\ndanos morais e materiais decorrentes de atos de tortura ocorridos\ndurante o Regime Militar de exceção são imprescritíveis.\nInaplicabilidade do prazo prescricional do art. 1º do Decreto\n20.910/1932. [...]\" (EREsp 816209RJ, Rel. Ministra ELIANA CALMON,\nPRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 28/10/2009, DJe 10/11/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS\nE MORAIS. REGIME MILITAR. TORTURA. IMPRESCRITIBILIDADE. INAPLICABILIDADE\nDO ART. 1º DO DECRETO N. 20.910/1932. [...] A Primeira Seção do STJ\npacificou o entendimento de que as ações indenizatórias por danos morais\ne materiais decorrentes de atos de tortura, ocorridos durante o Regime\nMilitar de exceção, são imprescritíveis. Inaplicabilidade do prazo\nprescricional do art. 1º do Decreto n. 20.910/1932. Precedente: EREsp\n816.209/RJ, Rel. Min. Eliana Calmon, DJe 10.11.2009. 2. A Constituição\nFederal não estipulou lapso prescricional à faculdade de agir,\ncorrespondente ao direito inalienável à dignidade; assim, eventual\nviolação dos direitos humanos ou direitos fundamentais da pessoa humana,\nenseja ação de reparação ex delicto imprescritível, com fundamento\nconstitucional no art. 8º, § 3º, do Ato das Disposições Constitucionais\nTransitórias. [...]\" (EREsp 845228RJ, Rel. Ministro HUMBERTO\nMARTINS, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 08/09/2010, DJe 16/09/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PERSEGUIÇÃO POLÍTICA. REGIME MILITAR. SUCESSORES DO ANISTIADO.\nIMPRESCRITIBILIDADE. INAPLICABILIDADE DO ART. 1º DO DECRETO 20.910/1932.\nPRECEDENTES. [...] . A jurisprudência do STJ é pacificada no sentido de\nque a prescrição quinquenal, disposta no art. 1º do Decreto 20.910/1932,\né inaplicável aos danos decorrentes de violação de direitos\nfundamentais, que são imprescritíveis, principalmente quando ocorreram\ndurante o Regime Militar, época na qual os jurisdicionados não podiam\ndeduzir a contento suas pretensões. 2. Com efeito, a jurisprudência do\nSuperior Tribunal de Justiça firmou orientação no sentido de que os\nsucessores possuem legitimidade para ajuizar ação de reparação de danos\nem decorrência de perseguição, tortura e prisão sofridas durante a época\ndo regime militar, sendo tal ação reparatória considerada\nimprescritível, pelo que não se aplicam os prazos prescricionais do\nDecreto 20.910/1932 ou do Código Civil. 3. Ressalte-se que a afronta aos\ndireitos básicos da pessoa humana, como a proteção da sua dignidade\nlesada pela tortura e prisão por delito de opinião durante o Regime\nMilitar de exceção, enseja ação de reparação ex delicto imprescritível e\nostenta amparo constitucional no art. 8.º, § 3º, do Ato das Disposições\nConstitucionais Transitórias. [...]\" (REsp 1771299RS, Rel. Ministro\nHERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 23/04/2019, DJe 30/05/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 15/03/2021RSSTJ vol. 49 p. 89RSTJ vol. 261 p. 1105", "Precedentes": "REsp 1771299 RS 2018/0263557-3 Decisão:23/04/2019\nDJe DATA:30/05/2019AgInt no REsp 1602586 PE 2016/0136770-9 Decisão:07/02/2019\nDJe DATA:12/02/2019AgInt no REsp 1489263 RS 2014/0273400-0 Decisão:21/06/2018\nDJe DATA:28/06/2018AgInt no REsp 1710240 RS 2017/0304001-8 Decisão:08/05/2018\nDJe DATA:14/05/2018AgInt no AREsp 711976 RJ 2015/0120239-7 Decisão:03/05/2018\nDJe DATA:12/06/2018AgInt no REsp 1590332 RS 2016/0081001-7 Decisão:21/06/2016\nDJe DATA:28/06/2016AgRg nos EDcl no REsp 1328303 PR 2012/0120640-3\nDecisão:05/03/2015\nDJe DATA:11/03/2015AgRg no REsp 1392941 RS 2013/0251242-0 Decisão:26/11/2013\nDJe DATA:04/12/2013EREsp 845228 RJ 2008/0067756-3 Decisão:08/09/2010\nDJe DATA:16/09/2010EREsp 816209 RJ 2007/0237580-7 Decisão:28/10/2009\nDJe DATA:10/11/2009", "Referência Legislativa": "LEG:FED CFB:****** ANO:1988\n***** CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988\n ART:00001 INC:00003 ART:00005 INC:00003\nLEG:FED CFB:****** ANO:1988\n***** ADCT-88 ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS\n ART:00008 PAR:00003\nLEG:FED LEI:009140 ANO:1995\n ART:00011\nLEG:FED LEI:010536 ANO:2002\nLEG:FED LEI:010559 ANO:2002\n ART:00006 PAR:00006\nLEG:FED DEC:020910 ANO:1932\n***** DPRES-1932DECRETO SOBRE PRESCRIÇÃO QUINQUENAL\n ART:00001\nLEG:FED DEC:000592 ANO:1992\n ART:00002 ART:00007" }
Súmula 646
É irrelevante a natureza da verba trabalhista para fins de incidência da contribuição ao FGTS, visto que apenas as verbas elencadas em lei (art. 28, § 9º, da Lei n. 8.212/1991), em rol taxativo, estão excluídas da sua base de cálculo, por força do disposto no art. 15, § 6º, da Lei n. 8.036/1990. (Súmula n. 646, Primeira Seção, julgado em 10/3/2021, DJe de 15/3/2021.)
{ "Enunciado": "É irrelevante a natureza da verba trabalhista para fins de incidência da\ncontribuição ao FGTS, visto que apenas as verbas elencadas em lei (art.\n28, § 9º, da Lei n. 8.212/1991), em rol taxativo, estão excluídas da sua\nbase de cálculo, por força do disposto no art. 15, § 6º, da Lei n.\n8.036/1990. (SÚMULA 646, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/03/2021, DJe\n15/03/2021)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] FGTS. BASE DE CÁLCULO. [...] 'O FGTS trata-se de um direito\nautônomo dos trabalhadores urbanos e rurais de índole social e\ntrabalhista, não possuindo caráter de imposto e nem de contribuição\nprevidenciária. Assim, não é possível a sua equiparação com a\nsistemática utilizada para fins de incidência de contribuição\nprevidenciária e imposto de renda, de modo que é irrelevante a natureza\nda verba trabalhista (remuneratória ou indenizatória/compensatória) para\nfins de incidência do FGTS' (REsp 1.448.294/RS, Rel. Min. Mauro Campbell\nMarques, Segunda Turma, DJe 15/12/2014). 2. 'Pacificou-se o\nposicionamento de que apenas verbas expressamente delineadas em lei\npodem ser excluídas do alcance de incidência do FGTS. [...] não podendo\no intérprete ampliar as hipóteses legais de não incidência' (AgRg no\nREsp 1.518.699/SC, Rel. Ministro Herman Benjamin, segunda turma, DJe\n5/2/2016 - grifos acrescidos). [...]\"\n(AgRg no REsp 1464272SC, Rel. Ministra DIVA MALERBI (DESEMBARGADORA\nCONVOCADA TRF 3ª REGIÃO), SEGUNDA TURMA, julgado em 07/04/2016, DJe\n15/04/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTRIBUIÇÃO PARA FGTS. [...] Nos termos da jurisprudência\npacífica do STJ, o FGTS trata de um direito autônomo dos trabalhadores\nurbanos e rurais de índole social e trabalhista, não possuindo caráter\nde imposto e nem de contribuição previdenciária. Logo, não é possível a\nsua equiparação com a sistemática utilizada para fins de incidência de\ncontribuição previdenciária e imposto de renda, de modo que é\nirrelevante a natureza da verba trabalhista (remuneratória ou\nindenizatória/compensatória) para fins de incidência da contribuição ao\nFGTS. Precedentes. 3. O rol do art. 28, § 9º, da Lei n. 8.212/91 é\ntaxativo. Assim, da interpretação sistemática do referido artigo e do\nart. 15, caput e § 6º, da Lei n. 8.036/90, verifica-se que, somente em\nrelação às verbas expressamente excluídas pela lei, não haverá a\nincidência do FGTS. [...]\"\n(AgRg no REsp 1499609SC, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA\nTURMA, julgado em 02/06/2015, DJe 10/06/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] BASE DE CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO PARA O FGTS. ART. 15, CAPUT E §\n6º, DA LEI 8.036/90. [...] Ante os termos do art. art. 15, caput e § 6º,\nda Lei 8.036/90, verifica-se que o legislador ordinário determinou a\nexclusão, da base de cálculo da contribuição para o FGTS, apenas das\nparcelas elencadas no art. 28, § 9º, da Lei 8.212/91. [...] sobretudo\nporque, conforme o entendimento firmado nesta Corte, o rol do art. 28, §\n9º, da Lei 8.212/91 é taxativo. Nesse sentido: STJ, AgRg no REsp\n1.499.609/SC, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, DJe de\n10/06/2015. IV. Ademais, na esteira da jurisprudência desta Corte, o\nFGTS, por não ter natureza de imposto ou de contribuição previdenciária,\nnão tem a sua base de cálculo atrelada à natureza jurídica da verba paga\nao trabalhador, sendo devida a inclusão de todas as parcelas que não se\nenquadrem no art. 15, § 6º, da Lei 8.036/90 [...]\"\n(AgRg no REsp 1526754RN, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA\nTURMA, julgado em 10/11/2015, DJe 20/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] BASE DE CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO AO FGTS. [...] O FGTS é direito\nautônomo dos trabalhadores urbanos e rurais de índole social e\ntrabalhista, não possui caráter de imposto nem de contribuição\nprevidenciária. Assim, impossível sua equiparação com a sistemática\nutilizada para fins de incidência de contribuição previdenciária e\nimposto de renda, de modo que é irrelevante a natureza da verba\ntrabalhista (remuneratória ou indenizatória/compensatória) na aplicação\ndo FGTS. [...] 4. Pacificou-se o posicionamento de que apenas verbas\nexpressamente delineadas em lei podem ser excluídas do alcance de\nincidência do FGTS. [...] não podendo o intérprete ampliar as hipóteses\nlegais de não incidência. [...]\" (AgRg no REsp 1531922SC, Rel.\nMinistro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/08/2015, DJe\n11/09/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTRIBUIÇÃO AO FGTS. INCIDÊNCIA [...] 'Pacificou-se o\nposicionamento de que apenas verbas expressamente delineadas em lei\npodem ser excluídas do alcance de incidência do FGTS. [...] não podendo\no intérprete ampliar as hipóteses legais de não incidência' (AgRg no\nREsp 1.531.922/SC, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe\n11/09/2015). [...]\" (AgRg no REsp 1551306RS, Rel. Ministro BENEDITO\nGONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 27/10/2015, DJe 10/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTRIBUIÇÃO PARA O FGTS. [...] ROL TAXATIVO. [...] Incabível a\nequiparação da contribuição para o FGTS com a sistemática utilizada para\nefeito de incidência das contribuições previdenciárias e do imposto\nsobre a renda, porquanto irrelevante a natureza da verba trabalhista, se\nremuneratória ou indenizatória. III - De acordo com o disposto no art.\n15, caput, e parágrafo 6°, da Lei n. 8.036/90, apenas as parcelas\ntaxativamente arrolados no art. 28, § 9°, da Lei n. 8.212/91, estão\nexcluídas da base de cálculo da contribuição para o FGTS. [...]\"\n(AgInt no AgInt no REsp 1476201SC, Rel. Ministra REGINA HELENA\nCOSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 13/09/2016, DJe 20/09/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTRIBUIÇÃO AO FGTS. [...] INCIDÊNCIA. [...] 'O FGTS trata-se de\num direito autônomo dos trabalhadores urbanos e rurais de índole social\ne trabalhista, não possuindo caráter de imposto e nem de contribuição\nprevidenciária. Assim, não é possível a sua equiparação com a\nsistemática utilizada para fins de incidência de contribuição\nprevidenciária e imposto de renda, de modo que é irrelevante a natureza\nda verba trabalhista (remuneratória ou indenizatória/compensatória) para\nfins de incidência do FGTS.' (REsp 1448294/RS, Rel. Ministro MAURO\nCAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 09/12/2014, DJe 15/12/2014).\n2. Somente as verbas expressamente referidas no art. 28, § 9º, da Lei n.\n8.212/1991 estão excluídas da base de cálculo da contribuição para o\nFGTS, nos termos do art. 15, caput e § 6º, da Lei n. 8.036/1990 [...]\"\n(AgInt no REsp 1484939PE, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA\nTURMA, julgado em 10/10/2017, DJe 13/12/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SOMENTE EM RELAÇÃO ÀS VERBAS EXPRESSAMENTE EXCLUÍDAS PELA LEI NÃO\nHAVERÁ A INCIDÊNCIA DE FGTS. [...] A jurisprudência do STJ entende ser\nincabível a equiparação da sistemática de incidência da contribuição ao\nFGTS com a sistemática utilizada para efeito de incidência das\ncontribuições previdenciárias e do imposto sobre a renda, porquanto\nirrelevante a natureza da verba trabalhista, se remuneratória ou\nindenizatória. Com efeito, de acordo com o disposto no art. 15, caput e\n§ 6º., da Lei n. 8.036/90, apenas as parcelas taxativamente arrolados no\nart. 28, § 9º., da Lei n. 8.212/91 estão excluídas da base de cálculo da\ncontribuição para o FGTS (AgInt no REsp 1.488.558/RS, Rel. Min. REGINA\nHELENA COSTA, DJe 27.10.2016). [...]\"\n(AgInt no REsp 1567234SC, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO,\nPRIMEIRA TURMA, julgado em 21/03/2017, DJe 31/03/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FGTS. BASE DE CÁLCULO. [...] 'O FGTS trata de um direito autônomo\ndos trabalhadores urbanos e rurais de índole social e trabalhista, não\npossuindo caráter de imposto e nem de contribuição previdenciária.\nAssim, não é possível a sua equiparação com a sistemática utilizada para\nfins de incidência de contribuição previdenciária e imposto de renda, de\nmodo que é irrelevante a natureza da verba trabalhista (remuneratória ou\nindenizatória/compensatória) para fins de incidência do FGTS' (REsp\n1.448.294/RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe\n15/12/2014). 2. 'Pacificou-se o posicionamento de que apenas verbas\nexpressamente delineadas em lei podem ser excluídas do alcance de\nincidência do FGTS. [...] não podendo o intérprete ampliar as hipóteses\nlegais de não incidência' (AgRg no REsp 1.518.699/SC, Rel. Ministro\nHerman Benjamin, Segunda Turma, DJe 5/2/2016 - grifos acrescidos).\n[...]\" (AgInt no REsp 1596573SC, Rel. Ministro OG FERNANDES,\nSEGUNDA\nTURMA, julgado em 04/10/2016, DJe 11/10/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FGTS. [...] Consoante a jurisprudência do STJ, o FGTS não possui\nnatureza tributária [...]\" (AgInt no REsp 1681135RS, Rel. Ministro\nFRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/04/2018, DJe 10/04/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FGTS. [...] 2. A orientação da Primeira Seção desta Corte é\npacífica no sentido de que a contribuição para o FGTS não possui\nnatureza tributária - entendimento que decorre da exegese da Súmula\n353/STJ ('As disposições do Código Tributário Nacional não se aplicam às\ncontribuições para o FGTS.').[...]\" (AgInt no REsp 1725145RS, Rel.\nMinistro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 02/10/2018,\nDJe 22/10/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 15/03/2021RSSTJ vol. 49 p. 79RSTJ vol. 261 p. 1104", "Precedentes": "AgInt no REsp 1725145 RS 2018/0037863-0 Decisão:02/10/2018\nDJe DATA:22/10/2018AgInt no REsp 1681135 RS 2017/0151163-4 Decisão:05/04/2018\nDJe DATA:10/04/2018AgInt no REsp 1484939 PE 2014/0251780-4 Decisão:10/10/2017\nDJe DATA:13/12/2017AgInt no REsp 1567234 SC 2015/0289824-5 Decisão:21/03/2017\nDJe DATA:31/03/2017AgInt no REsp 1596573 SC 2016/0107000-3 Decisão:04/10/2016\nDJe DATA:11/10/2016AgInt no AgInt no REsp 1476201 SC 2014/0213712-0\nDecisão:13/09/2016\nDJe DATA:20/09/2016AgRg no REsp 1464272 SC 2014/0157634-7 Decisão:07/04/2016\nDJe DATA:15/04/2016AgRg no REsp 1526754 RN 2015/0080585-1 Decisão:10/11/2015\nDJe DATA:20/11/2015AgRg no REsp 1551306 RS 2015/0212382-0 Decisão:27/10/2015\nDJe DATA:10/11/2015AgRg no REsp 1531922 SC 2015/0110591-6 Decisão:20/08/2015\nDJe DATA:11/09/2015AgRg no REsp 1499609 SC 2014/0308868-0 Decisão:02/06/2015\nDJe DATA:10/06/2015", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:008036 ANO:1990\n ART:00015 PAR:00006\nLEG:FED LEI:008212 ANO:1991\n***** LOSS-91 LEI ORGÂNICA DA SEGURIDADE SOCIAL\n ART:00028 PAR:00009\nLEG:FED SUM:******\n***** SUM(STJ) SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA\n SUM:000353" }
Súmula 645
O crime de fraude à licitação é formal, e sua consumação prescinde da comprovação do prejuízo ou da obtenção de vantagem. (Súmula n. 645, Terceira Seção, julgado em 10/2/2021, DJe de 17/2/2021.)
{ "Enunciado": "O crime de fraude à licitação é formal, e sua consumação prescinde da\ncomprovação do prejuízo ou da obtenção de vantagem. (SÚMULA 645,\nTERCEIRA SEÇÃO, julgado em 10/02/2021, DJe 17/02/2021)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] ARTS. 90 E 92 DA LEI 8.666/93. FRAUDE AO CARÁTER COMPETITIVO DA\nLICITAÇÃO. COMPROVAÇÃO DE DANO AO ERÁRIO. DESNECESSIDADE. [...] O delito\ndo art. 90 da Lei 8.666/93 prescinde da existência de prejuízo ao\nerário, 'haja vista que o dano se revela pela simples quebra do caráter\ncompetitivo entre os licitantes interessados em contratar, ocasionada\ncom a frustração ou com a fraude no procedimento licitatório' (REsp n.\n1.484.415/DF, Sexta Turma, Rel. Ministro Rogério Schietti Cruz, DJe de\n22/2/2016). Precedentes do STF e do STJ. [...]\" (AgRg no AREsp\n1088099MG, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em\n06/02/2018, DJe 16/02/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LEI DE LICITAÇÕES. ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO PENAL. CIÊNCIA DA\nILICITUDE DA CONDUTA. [...] ART. 90 DA LEI N. 8.666/1993. CRIME FORMAL.\nLISURA DAS CONTRATAÇÕES. DESNECESSIDADE DE PREJUÍZO AO ERÁRIO. [...] O\ncrime previsto no art. 90 da Lei n. 8.666/1993 objetiva tutelar a lisura\ndas licitações e contratações com a Administração Pública, bastando para\nsua consumação a frustração do caráter competitivo do procedimento\nlicitatório por meio de expedientes fraudulentos, independentemente de\nefetivo prejuízo ao erário. [...]\" (AgRg no AREsp 1127434MG, Rel.\nMinistro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 02/08/2018, DJe\n09/08/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FRAUDE AO CARÁTER COMPETITIVO DA LICITAÇÃO. ART. 90 DA LEI N.\n8.666/1993. TIPICIDADE. CRIME FORMAL. APERFEIÇOAMENTO COM A QUEBRA DO\nCARÁTER COMPETITIVO ENTRE OS PARTICIPANTES DO PROCESSO LICITATÓRIO.\nDESNECESSIDADE DE OCORRÊNCIA DE PREJUÍZO. [..] Quanto à tipicidade da\nconduta, a conclusão obtida pelo Tribunal de origem está em consonância\ncom o entendimento desta Corte de que [...] o art. 90 da Lei n.\n8.666/1993 estabelece 'um crime em que o resultado exigido pelo tipo\npenal não demanda a ocorrência de prejuízo econômico para o poder\npúblico, haja vista que a prática delitiva se aperfeiçoa com a simples\nquebra do caráter competitivo entre os licitantes interessados em\ncontratar, ocasionada com a frustração ou com a fraude no procedimento\nlicitatório' (REsp n. 1.498.982/SC, Ministro Rogerio Schietti Cruz,\nSexta Turma, DJe 18/4/2016). [...]\" (AgRg no REsp 1679993RN, Rel.\nMinistro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, Rel. p/ Acórdão Ministro SEBASTIÃO\nREIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 20/03/2018, DJe 16/04/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ART. 90 DA LEI 8.666/93. COMPROVAÇÃO DO DANO AO ERÁRIO.\nDESNECESSIDADE. AUSÊNCIA DE CONLUIO. [...] Diversamente do que ocorre\ncom o delito previsto no art. 89 da Lei n. 8.666/1993, o art. 90 desta\nlei não demanda a ocorrência de prejuízo econômico para o poder público,\nhaja vista que o dano se revela pela simples quebra do caráter\ncompetitivo entre os licitantes interessados em contratar, ocasionada\ncom a frustração ou com a fraude no procedimento licitatório. (REsp\n1484415/DF, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em\n15/12/2015, DJe 22/02/2016). [...]\" (AgRg no REsp 1737035RN, Rel.\nMinistro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 11/06/2019, DJe\n21/06/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIME DE FRUSTRAÇÃO DO CARÁTER COMPETITIVO DE PROCEDIMENTO\nLICITATÓRIO MEDIANTE PRÉVIO AJUSTE (LEI N. 8.666/1993, ART. 90). [...] O\ncrime do art. 90 da Lei n. 8.666/1993 é formal, ou de consumação\nantecipada, bastando a frustração do caráter competitivo do procedimento\nlicitatório com o mero ajuste, combinação ou outra expediente finalidade\nespecífica (elemento subjetivo do tipo) de obter vantagem decorrente do\nobjeto de adjudicação, para si ou para outrem. Despicienda, pois, a\nefetiva obtenção da vantagem com a adjudicação do objeto licitado para\nfutura e eventual contratação ou o prejuízo à Administração Pública.\n[...]\" (HC 300910PE, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA,\njulgado em 27/02/2018, DJe 06/03/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIMES TIPIFICADOS NO ART. 90 DA LEI N. 8666/93 E NO ART. 1º, X,\nDO DECRETO-LEI 201/67. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE PREJUÍZO. [...] À luz\nda jurisprudência do STJ, o delito descrito no art. 90 da Lei n.\n8.666/1993, é formal, bastando para se consumar a demonstração de que a\ncompetição foi frustrada, independentemente de demonstração de\nrecebimento de vantagem indevida pelo agente e comprovação de dano ao\nerário. Precedentes. [...] 8. Em resumo, denúncia narra de forma clara a\nprática de fraude ao caráter competitivo da licitação, crime formal, bem\ncomo o dano ao erário, de modo a permitir que o paciente defenda-se dos\nfatos descritos. [...]\" (HC 341341MG, Rel. Ministro JOEL ILAN\nPACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 16/10/2018, DJe 30/10/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FRAUDE EM PROCESSO LICITATÓRIO. ART. 90 DA LEI N. 8.666/1993.\n[...] O crime do art. 90 da Lei n. 8.666/1993 é formal, ou de consumação\nantecipada, bastando a frustração do caráter competitivo do procedimento\nlicitatório com o mero ajuste, combinação ou outro expediente com\nfinalidade específica (elemento subjetivo do tipo) de obter vantagem\ndecorrente do objeto de adjudicação, para si ou para outrem.\nDespicienda, pois, a efetiva obtenção da vantagem com a adjudicação do\nobjeto licitado para futura e eventual contratação ou o prejuízo para a\nAdministração Pública. [...]\" (HC 373027BA, Rel. Ministro RIBEIRO\nDANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 20/02/2018, DJe 26/02/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIMES DE LICITAÇÃO. FRUSTRAR OU FRAUDAR, MEDIANTE AJUSTE,\nCOMBINAÇÃO OU QUALQUER OUTRO EXPEDIENTE, O CARÁTER COMPETITIVO DO\nPROCEDIMENTO LICITATÓRIO, COM O INTUITO DE OBTER, PARA SI OU PARA\nOUTREM, VANTAGEM DECORRENTE DA ADJUDICAÇÃO DO OBJETO DA LICITAÇÃO. [..]\nC) DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL E VIOLAÇÃO DO ART. 90 DA LEI N. 8.666/1993.\nPEDIDO DE ABSOLVIÇÃO. ALEGAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DANO AO ERÁRIO. DOLO\nESPECÍFICO RECONHECIDO PELAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS. CRIME FORMAL, DE\nCONSUMAÇÃO ANTECIPADA. PREJUÍZO AO ERÁRIO, MERO EXAURIMENTO DO CRIME.\nJURISPRUDÊNCIA DO STJ. [...] DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL E VIOLAÇÃO DO ART.\n90 DA LEI N. 8.666/1993. PEDIDO DE ABSOLVIÇÃO. ALEGAÇÃO DE INEXISTÊNCIA\nDE DANO AO ERÁRIO. DOLO ESPECÍFICO RECONHECIDO PELAS INSTÂNCIAS\nORDINÁRIAS. CRIME FORMAL, DE CONSUMAÇÃO ANTECIPADA. PREJUÍZO AO ERÁRIO,\nMERO EXAURIMENTO DO CRIME. JURISPRUDÊNCIA DO STJ. [...] Pedido de\nabsolvição. Alegação de inexistência de dano ao Erário. Dissídio\njurisprudencial e violação do art. 90 da Lei n. 8.666/93. A\njurisprudência desta Corte tem-se orientado no sentido de que, para que\nhaja a configuração do crime do referido artigo, é necessário que haja a\ncomprovação do dolo específico. 8. A ausência do dolo específico,\nconsistente no especial fim de 'obter, para si ou para outrem, vantagem\ndecorrente da adjudicação do objeto da licitação', enseja, in casu, a\nabsolvição pela prática do art. 90 da Lei n. 8.666/1993 em algumas das\ncondutas praticadas em continuidade delitiva (AgRg no AREsp n.\n185.188/SP, Ministro Felix Fischer, Quinta Turma, DJe 12/5/2015). 9. O\ncrime do art. 90 da Lei n. 8.666/1993 é formal, ou de consumação\nantecipada, bastando a frustração do caráter competitivo do procedimento\nlicitatório com o mero ajuste, combinação ou outro expediente,\nconstatação que fulmina o argumento da necessidade de prejuízo ao\nerário, sendo este mero exaurimento do crime, elemento a ser valorado\npor ocasião da fixação da pena-base (HC n. 384.302/TO, Ministro Ribeiro\nDantas, DJe 9/6/2017). 10. Para alterar a referida decisão, relativa à\ntipificação e consumação do crime previsto no art. 90 da Lei n.\n8666/1993, seria necessária a análise do contexto fático-probatório,\nmedida esta vedada na via estreita do recurso especial, em função do\nóbice da Súmula 7/STJ. 11. Diversamente do que ocorre com o delito\nprevisto no art. 89 da Lei n. 8.666/1993, o art. 90 desta lei não\ndemanda a ocorrência de prejuízo econômico para o poder público, haja\nvista que o dano se revela pela simples quebra do caráter competitivo\nentre os licitantes interessados em contratar, ocasionada com a\nfrustração ou com a fraude no procedimento licitatório. De fato, a ideia\nde vinculação de prejuízo à Administração Pública é irrelevante, na\nmedida em que o crime pode se perfectibilizar mesmo que haja benefício\nfinanceiro da Administração Pública (REsp n. 1.484.415/DF, Ministro\nRogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, DJe 22/2/2016). [...]\" (REsp\n1597460PE, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado\nem 21/08/2018, DJe 03/09/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ARTIGOS 89, 90, 96, I, DA LEI N. 8.666/1993 E 288, 299 E 312 DO\nCÓDIGO PENAL. AÇÃO PENAL. [...] ARTIGO 90 DA LEI N. 8.666/90. CRIME\nFORMAL. [...] O crime previsto no artigo 90 da Lei de Licitações, 'não\ndemanda a ocorrência de prejuízo econômico para o poder público, haja\nvista que a prática delitiva se aperfeiçoa com a simples quebra do\ncaráter competitivo entre os licitantes interessados em contratar,\nocasionada com a frustração ou com a fraude no procedimento licitatório'\n(REsp n. 1.498.982/SC, Rel. Ministro Rogerio Schietti Cruz, 6ª T., DJe\n18/04/2016). Necessário que a denúncia descrevesse a forma pela qual o\nrecorrente teria, de qualquer modo, concorrido para a frustração ou\nfraude do caráter competitivo da licitação, o que, todavia, não\nocorrera. [...]\" (RHC 74812MA, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK,\nRel. p/ Acórdão Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA,\njulgado em 21/11/2017, DJe 04/12/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FRAUDE EM LICITAÇÃO E CRIME DE RESPONSABILIDADE. [...] Hipótese\nem que a peça acusatória permite a deflagração da ação penal, uma vez\nque narrou fato típico, antijurídico e culpável - qual seja a\nadjudicação e homologação do procedimento licitatório, que teve\nsuperfaturamento do valor, além de fraudado o caráter competitivo -,\nsuas circunstâncias, a qualificação dos acusados, a classificação do\ncrime e o rol de testemunhas, viabilizando a aplicação da lei penal pelo\nórgão julgador e o exercício da ampla defesa pela denuncia. 5. Não há\nfalar em ausência de justa causa, porquanto devidamente delineada a\nmaterialidade delitiva e os indícios de autoria, uma vez que o\nrecorrente foi denunciado em virtude de ter concorrido para suposta\nfraude de procedimento licitatório de 3 terrenos do Município de\nPalhoça, por preço abaixo de mercado, causando, assim, prejuízo ao ente\nmunicipal. 6. A jurisprudência deste Superior Tribunal é no sentido de\nque a conduta descrita 'no art. 90 da Lei n. 8.666/1993 é formal,\nbastando para se consumar a demonstração de que a competição foi\nfrustrada, independentemente de demostração de recebimento de vantagem\nindevida pelo agente e comprovação de dano ao erário' (HC 341.341/MG,\nRel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 16/10/2018,\nDJe 30/10/2018). [...]\" (RHC 94327SC, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS,\nQUINTA TURMA, julgado em 13/08/2019, DJe 19/08/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 17/02/2021RSSTJ vol. 49 p. 65", "Precedentes": "RHC 94327 SC 2018/0017438-1 Decisão:13/08/2019\nDJe DATA:19/08/2019AgRg no REsp 1737035 RN 2018/0095696-6 Decisão:11/06/2019\nDJe DATA:21/06/2019HC 341341 MG 2015/0289929-2 Decisão:16/10/2018\nDJe DATA:30/10/2018REsp 1597460 PE 2016/0120167-1 Decisão:21/08/2018\nDJe DATA:03/09/2018AgRg no AREsp 1127434 MG 2017/0163803-7 Decisão:02/08/2018\nDJe DATA:09/08/2018AgRg no REsp 1679993 RN 2017/0152993-0 Decisão:20/03/2018\nDJe DATA:16/04/2018HC 300910 PE 2014/0195264-8 Decisão:27/02/2018\nDJe DATA:06/03/2018HC 373027 BA 2016/0256128-8 Decisão:20/02/2018\nDJe DATA:26/02/2018AgRg no AREsp 1088099 MG 2017/0098074-0 Decisão:06/02/2018\nDJe DATA:16/02/2018RHC 74812 MA 2016/0215770-4 Decisão:21/11/2017\nDJe DATA:04/12/2017", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:008666 ANO:1993\n***** LC-93 LEI DE LICITAÇÕES\n ART:00090" }
Súmula 644
O núcleo de prática jurídica deve apresentar o instrumento de mandato quando constituído pelo réu hipossuficiente, salvo nas hipóteses em que é nomeado pelo juízo. (Súmula n. 644, Terceira Seção, julgado em 10/2/2021, DJe de 17/2/2021.)
{ "Enunciado": "O núcleo de prática jurídica deve apresentar o instrumento de mandato\nquando constituído pelo réu hipossuficiente, salvo nas hipóteses em que\né nomeado pelo juízo. (SÚMULA 644, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em\n10/02/2021, DJe 17/02/2021)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] RECURSO ESPECIAL SUBSCRITO POR ADVOGADO SEM PROCURAÇÃO NOS AUTOS.\nNÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA. OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO DE MANDATO.\nSÚMULA 115/STJ. I - Este Superior Tribunal de Justiça tem entendido que\n'[o] advogado integrante de Núcleo de Prática Jurídica, no que tange aos\npoderes de representação em juízo, não está dispensado de apresentar\nprocuração ou ato de nomeação apud acta, haja vista que somente é\nequiparado à Defensoria Pública quanto à intimação pessoal dos atos\nprocessuais' (PET no AREsp n. 869.937/DF, Sexta Turma, Rel. Min. Rogerio\nSchietti Cruz, DJe de 26/4/2017). II - In casu, após a devida intimação,\nnão houve a regularização da representação processual nos autos.\nIncidência da Súmula 115/STJ. [...]\" (AgRg no AREsp 1049303DF, Rel.\nMinistro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 06/03/2018, DJe\n14/03/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA. PROCURAÇÃO. DESNECESSIDADE.\nINAPLICABILIDADE DA SÚMULA N. 115/STJ. [...] 'A nomeação judicial do\nNúcleo de Prática Jurídica para patrocinar a defesa do réu, todavia,\ndispensa a juntada de procuração, por não haver atuação provocada pelo\nassistido, mas sim exercício do munus público por determinação judicial,\nsendo, portanto, afastada a incidência da Súmula 115/STJ. Precedentes do\nSTJ' (EAREsp n. 798.496/DF, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, TERCEIRA SEÇÃO,\njulgado em 11/4/2018, DJe 16/4/2018). [...]\" (AgRg no AREsp 1088912DF, Rel. Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, julgado em\n17/04/2018, DJe 29/05/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PETIÇÃO RECURSAL SUBSCRITA POR ADVOGADO SEM PROCURAÇÃO NOS AUTOS.\nNÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA. OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO DE MANDATO.\nENUNCIADO N.º 115 DA SÚMULA DESTA CORTE SUPERIOR. INCIDÊNCIA. [...]\nReputa-se inexistente o recurso apresentado por advogado sem procuração\nnos autos. Inteligência do Enunciado n.º 115 da Súmula desta Corte\nSuperior de Justiça. 2. Os advogados integrantes de Núcleos de Prática\nJurídica, no que tange aos poderes de representação em juízo, não se\nequiparam à Defensoria Pública, por ausência de previsão legal, sendo\nnecessária a juntada do respectivo mandato para atuar em juízo em nome\ndo representado. Precedentes. [...]\" (AgRg no AREsp 1160621DF, Rel.\nMinistro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 17/04/2018, DJe\n30/04/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] NOMEAÇÃO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA EM JUÍZO. PROCURAÇÃO.\nDESNECESSIDADE. ENTENDIMENTO PACIFICADO PELA TERCEIRA SEÇÃO DO STJ.\n[...] O Núcleo de Prática Jurídica, por não se tratar de entidade de\ndireito público, não se exime da apresentação de instrumento de mandato\nquando constituído pelo réu hipossuficiente a quem cabe a livre escolha\ndo seu defensor, em consonância com o princípio da confiança. 2. A\nTerceira Seção, no julgamento do EAREsp 798496, decidiu que a nomeação\njudicial do Núcleo de Prática Jurídica para patrocinar a defesa do réu\ndispensa a juntada de procuração, por não haver atuação provocada pelo\nassistido, mas sim exercício do munus público por determinação judicial,\nsendo, portanto, afastada a incidência da Súmula 115/STJ. [...]\"\n(AgRg no AREsp 1164056DF, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA,\njulgado\nem 15/05/2018, DJe 24/05/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ADVOGADO INTEGRANTE DE NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA - NPJ.\nPROCURAÇÃO. NECESSIDADE. REGULARIZAÇÃO. TRANSCURSO DO PRAZO IN ALBIS.\n[...] O advogado integrante de Núcleo de Prática Jurídica, no que tange\naos poderes de representação em juízo, não está dispensado de apresentar\nprocuração ou ato de nomeação apud acta, haja vista que somente é\nequiparado à Defensoria Pública quanto à intimação pessoal dos atos\nprocessuais. Precedentes. 2. Intimada para regularizar a sua\nrepresentação processual, nos termos do art. 932, parágrafo único, do\nCódigo de Processo Civil - CPC vigente, a parte recorrente deixou\ntranscorrer in albis o prazo para tal. [...]\" (AgRg no AREsp 1199054DF, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em\n07/06/2018, DJe 20/06/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] NOMEAÇÃO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA EM JUÍZO. PROCURAÇÃO.\nDESNECESSIDADE. INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 115/STJ. [...] O Núcleo de\nPrática Jurídica, por não se tratar de entidade de direito público, não\nse exime da apresentação de instrumento de mandato quando constituído\npelo réu hipossuficiente a quem cabe a livre escolha do seu defensor, em\nconsonância com o princípio da confiança. 2. A nomeação judicial do\nNúcleo de Prática Jurídica para patrocinar a defesa do réu, todavia,\ndispensa a juntada de procuração, por não haver atuação provocada pelo\nassistido, mas sim exercício do munus público por determinação judicial,\nsendo, portanto, afastada a incidência da Súmula 115/STJ. [...]\"\n(EAREsp 798496DF, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, TERCEIRA SEÇÃO,\njulgado em 11/04/2018, DJe 16/04/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INTERPOSIÇÃO DE RECURSO POR NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA. CADEIA DE\nPROCURAÇÃO E SUBSTABELECIMENTO. SÚMULA N. 115 DO STJ. [...] O advogado\nintegrante de Núcleo de Prática Jurídica, no que tange aos poderes de\nrepresentação em juízo, não está dispensado de apresentar procuração ou\nato de nomeação apud acta, haja vista que somente é equiparado à\nDefensoria Pública quanto à intimação pessoal dos atos processuais. 3.\nNa espécie, não consta procuração, cópia de termo de interrogatório ou\noutro documento comprobatório da constituição do defensor apud acta, nos\ntermos do art. 266 do Código de Processo Penal. 4. Intimada para\nregularizar a sua representação processual, nos termos do art. 932,\nparágrafo único, do CPC vigente, a parte agravante deixou transcorrer in\nalbis o prazo para tal. 5. Diante da ausência de correção do vício\napontado, incide, no caso, a Súmula n. 115 do STJ, porquanto na\ninstância especial é inexistente recurso interposto por advogado sem\nprocuração nos autos. [...]\" (PET no AREsp 869937DF, Rel. Ministro\nROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 18/04/2017, DJe\n26/04/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 17/02/2021RSSTJ vol. 49 p. 55", "Precedentes": "AgRg no AREsp 1199054 DF 2017/0286167-2 Decisão:07/06/2018\nDJe DATA:20/06/2018AgRg no AREsp 1164056 DF 2017/0233999-0 Decisão:15/05/2018\nDJe DATA:24/05/2018AgRg no AREsp 1088912 DF 2017/0098916-1 Decisão:17/04/2018\nDJe DATA:29/05/2018AgRg no AREsp 1160621 DF 2017/0230949-4 Decisão:17/04/2018\nDJe DATA:30/04/2018EAREsp 798496 DF 2015/0264257-5 Decisão:11/04/2018\nDJe DATA:16/04/2018\nRSTJ VOL.:00250 PG:00678AgRg no AREsp 1049303 DF 2017/0019797-0 Decisão:06/03/2018\nDJe DATA:14/03/2018PET no AREsp 869937 DF 2016/0061110-1 Decisão:18/04/2017\nDJe DATA:26/04/2017", "Referência Legislativa": "LEG:FED DEL:003689 ANO:1941\n***** CPP-41 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\n ART:00266\nLEG:FED SUM:******\n***** SUM(STJ) SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA\n SUM:000115\nLEG:FED LEI:001060 ANO:1950\n***** LAJ-50 LEI DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA\n ART:00016 PAR:ÚNICO" }
Súmula 643
A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em julgado da condenação. (Súmula n. 643, Terceira Seção, julgado em 10/2/2021, DJe de 17/2/2021.)
{ "Enunciado": "A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em julgado\nda condenação. (SÚMULA 643, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 10/02/2021, DJe\n17/02/2021)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] EXECUÇÃO PROVISÓRIA. PENA RESTRITIVA DE DIREITOS.\nIMPOSSIBILIDADE. [...] Ressalvada compreensão pessoal diversa, a\nTerceira Seção, no julgamento do EResp 1.619.087/SC, na sessão de\n14/06/2017, adotou a orientação em relação à impossibilidade de execução\nprovisória da pena restritiva de direitos, sendo indispensável, em tais\ncasos, o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, nos termos\ndo art. 147 da Lei de Execução Penal. 3. Tal entendimento foi reafirmado\npela Terceira Seção desta Corte com o julgamento no AgRg no HC\n435.092/SP. [...]\" (AgRg nos EREsp 1699768SP, Rel. Ministro NEFI\nCORDEIRO, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 13/03/2019, DJe 20/03/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] REQUERIMENTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. EXECUÇÃO IMEDIATA DA\nPENA. PENA RESTRITIVA DE DIREITOS. IMPOSSIBILIDADE. ENTENDIMENTO DA\nTERCEIRA SEÇÃO. [...] Em que pese o requerimento de imediata execução da\npena pelo Ministério Público Federal, a Terceira Seção desta Corte\nSuperior, ao julgar os EREsp n. 1.619.087/SC (DJe 24/8/2017), se\nposicionou pela impossibilidade de execução da pena restritiva de\ndireitos antes do trânsito em julgado da condenação. Posição reafirmada\nna análise do AgRg no HC n. 435.092/SP (DJe 26/11/2018). [...]\" (AgRg\nno AREsp 1048093RS, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA,\njulgado em 02/04/2019, DJe 10/04/2019)\n\n\"[...] EXECUÇÃO PROVISÓRIA DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS.\nINADMISSIBILIDADE. AGRAVOS IMPROVIDOS. [...] Ressalvada compreensão\npessoal diversa, a Terceira Seção, no julgamento do AgRg no HC\n435.092/SP, na sessão de 24/10/2018, manteve a orientação firmada no\nEREsp 1.619.087/SC quanto à impossibilidade de execução provisória das\npenas restritivas de direito, sendo indispensável, em tais casos, o\ntrânsito em julgado da sentença penal condenatória, nos termos do art.\n147 da Lei de Execução Penal. [...]\" (AgRg no AREsp 1289339CE, Rel.\nMinistro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 13/12/2018, DJe\n04/02/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DE\nDIREITOS. POSSIBILIDADE. EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA. IMPOSSIBILIDADE.\n[...] O Supremo Tribunal Federal, ao julgar a possibilidade da execução\nprovisória da pena, tratou apenas da execução provisória da pena em caso\nde pena privativa de liberdade, não autorizando para as penas\nrestritivas de direito. 3. Agravo regimental não provido.\" (AgRg no\nREsp 1622395SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA\nTURMA, julgado em 22/11/2016, DJe 05/12/2016)\n\n\"[...] VERIFICADA A SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR\nRESTRITIVAS DE DIREITOS. NECESSIDADE DO TRÂNSITO EM JULGADO DA\nCONDENAÇÃO. ENTENDIMENTO DA TERCEIRA SEÇÃO DESTA CORTE. ERESP N.\n1619087/SC, DJE. 24/8/2017. [...] Para a jurisprudência do Superior\nTribunal de Justiça não é possível a execução provisória de penas\nrestritivas de direitos antes do trânsito em julgado da condenação. 3. A\nTerceira Seção desta Corte, no julgamento do EREsp n. 1.619.087/SC, em\nvoto proferido pelo em. Ministro JORGE MUSSI, dirimiu a controvérsia\nacerca da execução provisória da pena privativa de liberdade substituída\npor restritiva de direitos, ao entendimento de que o Supremo Tribunal\nFederal, ao modificar sua jurisprudência no julgamento do HC n.\n126.292/SP, somado ao art. 147 da Lei de Execução Penal, não considerou\na possibilidade de se executar provisoriamente a pena restritiva de\ndireitos antes do trânsito em julgado da condenação, dispondo tão\nsomente sobre a prisão do acusado condenado à pena privativa de\nliberdade em segundo grau, antes do trânsito em julgado. Precedente.\n(AgRg nos EDcl no REsp n. 1.629.095/SE, Ministro Joel Ilan Paciornik,\nQuinta Turma, DJe 6/10/2017 - grifo nosso).[...]\"\n(AgRg no REsp 1676952PA, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA\nTURMA, julgado\nem 14/11/2017, DJe 21/11/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"PROCESSUAL PENAL. [...] EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA RESTRITIVA DE\nDIREITOS. IMPOSSIBILIDADE. [...] A Terceira Seção, no julgamento do\nEResp 1.619.087/SC, na sessão de 14/06/2017, adotou a orientação quanto\nà impossibilidade de execução provisória das penas restritivas de\ndireito, sendo indispensável, em tais casos, o trânsito em julgado da\nsentença penal condenatória, nos termos do art. 147 da Lei de Execução\nPenal. 2. Tal entendimento foi reafirmado pela Terceira Seção desta\nCorte com o julgamento, em 24/10/2018, do HC 435.092/SP, ainda pendente\nde publicação.[...]\" (AgRg no REsp 1735762RS, Rel. Ministro NEFI\nCORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 11/12/2018, DJe 19/12/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PENA RESTRITIVA DE DIREITO. EXECUÇÃO. TRÂNSITO EM JULGADO.\nINOCORRÊNCIA. ILEGALIDADE. [...] O trânsito em julgado da sentença é\ncondição necessária à execução da pena restritiva de direito, como é da\nletra do artigo 147 da Lei de Execução Penal, que bem se ajusta à\npresunção de não-culpabilidade, insculpida na Constituição da República\n(artigo 5º, inciso LVII). [...]\" (AgRg no HC 42481RS, Rel. Ministro\nHAMILTON CARVALHIDO, SEXTA TURMA, julgado em 07/02/2006, DJ 14/08/2006,\np. 333)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PROVISÓRIA DE PENA RESTRITIVA DE DIREITOS.\nIMPOSSIBILIDADE. [...] A Terceira Seção desta Corte Superior de Justiça,\nem sessão realizada no dia 14/06/2017, no julgamento do EREsp 1.619.087,\npor maioria de votos, firmou orientação no sentido da impossibilidade de\nexecução provisória das penas restritivas de direitos, devendo-se\naguardar, portanto, o trânsito em julgado da condenação, nos termos do\nart. 147 da LEP. Ressalva do entendimento da Relatora. [...]\"\n(AgRg no HC 404848SC, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA,\nSEXTA TURMA,\njulgado em 03/10/2017, DJe 09/10/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA RESTRITIVA DE DIREITOS.\nIMPOSSIBILIDADE. ART. 147 DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL. EM VIGOR.\nENTENDIMENTO RATIFICADO PELA TERCEIRA SEÇÃO DESTA CORTE (AGRG NO HC\n435.092/SP). [...] A Suprema Corte, ao tempo em que vigorava o\nentendimento de ser possível a execução provisória da pena, como agora,\nnão a autorizava para as penas restritivas de direito. Precedentes. 3.\nHipótese em que se encontra em pleno vigor o disposto no art. 147 da Lei\nde Execução Penal (Lei n. 7.210, de 11/7/1984) e não há notícia de que o\nSTF ou a Corte Especial do STJ, no âmbito de suas respectivas\ncompetências, tenham declarado a inconstitucionalidade de aludida norma.\nNem mesmo no já referido HC 126.292/SP fez-se menção a tal\npossibilidade. Por conseguinte, este órgão colegiado não poderia recusar\na aplicação do art. 147 da LEP sem ferir a CF ou desconsiderar a\norientação da Súmula Vinculante n. 10. 4. Entendimento ratificado pela\nTerceira Seção, em 24/10/2018, nos autos do AgRg no HC 435.092/SP, Rel.\nMin. ROGERIO SCHIETTI, rel. p/ acordão Min. REYNALDO SOARES DA FONSECA,\ncujo acórdão pende de publicação. [...]\" (AgRg no HC 466254ES, Rel.\nMinistro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 06/11/2018, DJe\n13/11/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA RESTRITIVA DE DIREITOS.\nIMPOSSIBILIDADE. ART. 147 DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL EM VIGOR.\nENTENDIMENTO RATIFICADO PELA TERCEIRA SEÇÃO DESTA CORTE (AGRG NO HC\n435.092/SP). [...] Na hipótese, a ordem foi concedida, de ofício, nos\ntermos do art. 34, XVIII, 'b', do RISTJ, pois a Corte de origem, em\ndesacordo com a jurisprudência firmada neste Superior Tribunal de\nJustiça e no Supremo Tribunal Federal, determinou a execução provisória\nde pena restritiva de direitos. [...]\" (AgRg no HC 501869SP, Rel.\nMinistro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 07/05/2019, DJe\n13/05/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PROVISÓRIA DE PENA RESTRITIVA DE DIREITOS.\nIMPOSSIBILIDADE. [...] O Supremo Tribunal Federal - STF, ao tempo em que\nvigorava o entendimento de ser possível a execução provisória da pena,\ncomo agora, não a autorizava para as penas restritivas de direitos.\n[...]\" (AgRg na PetExe no AREsp 1013538DF, Rel. Ministro JOEL ILAN\nPACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 04/04/2017, DJe 10/04/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE SUBSTITUÍDA POR RESTRITIVA DE\nDIREITOS. EXECUÇÃO PROVISÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. [...] Nos termos do\nartigo 147 da Lei de Execução Penal, a execução da reprimenda restritiva\nde direitos é condicionada ao trânsito em julgado da sentença\ncondenatória, conforme entendimento consolidado no âmbito da Terceira\nSeção desta Corte Superior de Justiça. [...]\"\n(AgRg na PetExe nos EAREsp 828271SC, Rel. Ministro JORGE MUSSI,\nTERCEIRA SEÇÃO, julgado em 11/10/2017, DJe 13/11/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA RESTRITIVA DE DIREITOS. ADOÇÃO DA\nNOVA ORIENTAÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE. [...] A\norientação consolidada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do HC\nn. 126.292/SP (relator Ministro Teori Zavascki, Tribunal Pleno, DJe\n17/5/2016) de que é possível a execução provisória de acórdão penal\ncondenatório proferido em grau de apelação, ainda que sujeito a recurso\nespecial ou extraordinário, não inclui as penas restritivas de direitos,\ndispondo tão somente sobre a prisão do acusado condenado à pena\nprivativa de liberdade. Precedentes. 2. Outrossim, tal premissa foi\nreafirmada em recentíssimo julgado do Superior Tribunal de Justiça, o\nqual assentou que 'a Terceira Seção, no julgamento do EResp\n1.619.087/SC, na sessão de 14/06/2017, adotou a orientação em relação à\nimpossibilidade de execução provisória da pena restritiva de direitos,\nsendo indispensável, em tais casos, o trânsito em julgado da sentença\npenal condenatória, nos termos do art. 147 da Lei de Execução Penal'\n(AgRg nos EREsp n. 1699768/SP, relator Ministro NEFI CORDEIRO, TERCEIRA\nSEÇÃO, julgado em 13/3/2019, DJe 20/3/2019). [...]\"\n(AgRg no TP 1872SC, Rel. Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA\nTURMA, julgado em 09/04/2019, DJe 24/04/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE SUBSTITUÍDA POR RESTRITIVAS DE\nDIREITOS. EXECUÇÃO PROVISÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. ART. 147 DA LEI DE\nEXECUÇÃO PENAL. PROIBIÇÃO EXPRESSA. AUSÊNCIA DE MANIFESTAÇÃO DO STF.\n[...] Considerando a ausência de manifestação expressa da Corte Suprema\ne o\nteor do art. 147 da LEP, não se afigura possível a execução da pena\nrestritiva de direitos antes do trânsito em julgado da condenação.\n[...]\" (EREsp 1619087SC, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS\nMOURA, Rel. p/ Acórdão Ministro JORGE MUSSI, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em\n14/06/2017, DJe 24/08/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"Pena privativa de liberdade (substituição por penas restritivas de\ndireito). Trânsito em julgado da sentença (ausência). Execução\nprovisória (impossibilidade). [...] Somente após o trânsito em julgado\nda sentença que impôs pena restritiva de direitos é que se pode\nexecutá-la. 2. Tal é o que dispõem os arts. 393, I, e 669 do Cód. de Pr.\nPenal, bem como o art. 147 da Lei nº 7.210/84 (Lei de Execução Penal).\n[...]\" (HC 51396MG, Rel. Ministro NILSON NAVES, SEXTA TURMA,\njulgado em 27/09/2007, DJ 26/11/2007, p. 249)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO DA PENA RESTRITIVA DE DIREITOS ANTES DO TRÂNSITO EM\nJULGADO DA CONDENAÇÃO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO. Em sendo a\npena privativa de liberdade substituída por pena restritiva de direito,\na sua execução depende do trânsito em julgado do decisum condenatório,\nex vi do art. 147 da Lei de Execuções Penais. (Precedentes do STF e do\nSTJ).[...]\" (HC 51439RS, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA,\njulgado em 06/06/2006, DJ 28/08/2006, p. 299)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PENA RESTRITIVA DE DIREITOS - EXECUÇÃO PROVISÓRIA DE PENA\nRESTRITIVA DE DIREITOS - IMPOSSIBILIDADE [...] Se a pena privativa de\nliberdade foi substituída por restritivas de direitos, não é possível a\nsua execução provisória (inteligência dos artigos 147 da LEP). [...]\"\n(HC 89504SP, Rel. Ministra JANE SILVA (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO\nTJ/MG), SEXTA TURMA, julgado em 18/12/2007, DJ 11/02/2008, p. 1)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SENTENÇA CONDENATÓRIA. EXECUÇÃO PROVISÓRIA DAS PENAS RESTRITIVAS\nDE DIREITOS. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES DO STJ E DO STF. [...] As\nTurmas que compõem a Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça, na\nlinha dos precedentes do Supremo Tribunal Federal, entendem que as penas\nrestritivas de direitos não podem ser executadas antes do trânsito em\njulgado da sentença penal condenatória. [...]\" (HC 101457SP, Rel.\nMinistro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 24/06/2008, DJe\n04/08/2008)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SENTENÇA CONDENATÓRIA CONFIRMADA EM SEGUNDO GRAU. PENA: 3 ANOS E\n6 MESES DE DETENÇÃO, SUBSTITUÍDA POR RESTRITIVA DE DIREITO. EXPEDIÇÃO DE\nGUIA DE RECOLHIMENTO PROVISÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. INADMISSIBILIDADE DA\nEXECUÇÃO DA PENA ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO DA CONDENAÇÃO. ART. 147 DA\nLEP. PARECER MINISTERIAL PELA DENEGAÇÃO DA ORDEM. ORDEM CONCEDIDA, NO\nENTANTO, COM A RESSALVA DO ENTENDIMENTO EM CONTRÁRIO DO RELATOR, PARA\nDETERMINAR A SUSPENSÃO DE EVENTUAL EXECUÇÃO DA PENA RESTRITIVA DE\nDIREITOS, ATÉ QUE TRANSITE EM JULGADO A DECISÃO CONDENATÓRIA. [...]\nEntretanto, este Tribunal e o Pretório Excelso já firmaram o\nentendimento de ser expressamente vedada a execução provisória de pena\nrestritiva de direitos, o que deve ocorrer apenas após o trânsito em\njulgado da decisão condenatória, nos termos do art. 147 da Lei 7.210/84\n(LEP). (STJ - HC 89.504/SP, Rel. Min. JANE SILVA, DJU 18.12.07 e STF -\nHC 88.413/MG, Rel. Min. CEZAR PELUSO, DJU 23.05.06), orientação a ser\nseguida com a ressalva do ponto de vista do Relator. [...]\"\n(HC 139465SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, QUINTA\nTURMA,\njulgado em 05/11/2009, DJe 15/12/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PROVISÓRIA. PENA RESTRITIVA DE DIREITOS.\nIMPOSSIBILIDADE. [...] As penas restritivas de direitos, a teor do\ndisposto no art. 147, da Lei de Execução Penal, só podem ser executadas\napós o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Precedentes\ndo Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal. [...]\"\n(HC 197737SP, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em\n19/05/2011, DJe 08/06/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PROVISÓRIA DE PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS.\nIMPOSSIBILIDADE. [...] A Terceira Seção deste Superior Tribunal de\nJustiça, em sessão realizada no dia 14/6/2017, por maioria de votos, no\njulgamento do EREsp n. 1.619.087, firmou orientação no sentido de ser\nimpossível a execução provisória das penas restritivas de direitos,\ndevendo-se aguardar o trânsito em julgado da condenação, nos termos do\nart. 147 da LEP. [...]\" (HC 396917SP, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS\nJÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 26/09/2017, DJe 09/10/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE SUBSTITUÍDA POR RESTRITIVA DE\nDIREITOS. IMPOSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO PROVISÓRIA DE PENA RESTRITIVA DE\nDIREITOS. ART. 147 DA LEP. [...] A Terceira Seção, no julgamento do\nEResp 1.619.087/SC, na sessão de 14/6/2017, adotou a orientação quanto à\nimpossibilidade de execução provisória das penas restritivas de direito,\nsendo indispensável, em tais casos, o trânsito em julgado da sentença\npenal condenatória, nos termos do art. 147 da Lei de Execução Penal.\n[...]\" (HC 480424SC, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA,\nQUINTA TURMA, julgado em 02/04/2019, DJe 16/04/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PENA RESTRITIVA DE DIREITOS. EXECUÇÃO IMEDIATA. IMPOSSIBILIDADE.\n[...] Ao julgar os EREsp n. 1.619.087/SC, de relatoria do Ministro Jorge\nMussi (DJe 24/8/2017), a Terceira Seção desta Corte Superior concluiu\npela impossibilidade de execução da pena restritiva de direitos antes do\ntrânsito em julgado da condenação. [...]\" (RCD no AREsp 1061277SP,\nRel. Ministro ROGERIO\nSCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 27/11/2018, DJe 06/12/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PROVISÓRIA. PENA RESTRITIVAS DE DIREITOS.\nIMPOSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE TRÂNSITO EM JULGADO DA CONDENAÇÃO.\n[...] A execução da pena restritiva de direitos somente pode ser\nefetivada após o trânsito em julgado da condenação, não se podendo\nexigir seu cumprimento antes de tal condição. Precedentes do STF e desta\nCorte. [...]\" (REsp 898281RS, Rel.\nMinistro GILSON DIPP, QUINTA TURMA, julgado em 27/02/2007, DJ\n30/04/2007, p. 343)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 17/02/2021RSSTJ vol. 49 p. 21", "Precedentes": "AgRg no HC 501869 SP 2019/0092488-4 Decisão:07/05/2019\nDJe DATA:13/05/2019AgRg no TP 1872 SC 2019/0000345-5 Decisão:09/04/2019\nDJe DATA:24/04/2019AgRg no AREsp 1048093 RS 2017/0018016-7 Decisão:02/04/2019\nDJe DATA:10/04/2019HC 480424 SC 2018/0311665-8 Decisão:02/04/2019\nDJe DATA:16/04/2019AgRg nos EREsp 1699768 SP 2017/0247617-0 Decisão:13/03/2019\nDJe DATA:20/03/2019AgRg no AREsp 1289339 CE 2018/0107188-0 Decisão:13/12/2018\nDJe DATA:04/02/2019AgRg no REsp 1735762 RS 2018/0088473-8 Decisão:11/12/2018\nDJe DATA:19/12/2018RCD no AREsp 1061277 SP 2017/0041933-5 Decisão:27/11/2018\nDJe DATA:06/12/2018AgRg no HC 466254 ES 2018/0219107-8 Decisão:06/11/2018\nDJe DATA:13/11/2018AgRg no REsp 1676952 PA 2017/0144186-7 Decisão:14/11/2017\nDJe DATA:21/11/2017AgRg na PetExe nos EAREsp 828271 SC 2015/0315426-8\nDecisão:11/10/2017\nDJe DATA:13/11/2017AgRg no HC 404848 SC 2017/0148712-1 Decisão:03/10/2017\nDJe DATA:09/10/2017HC 396917 SP 2017/0089924-0 Decisão:26/09/2017\nDJe DATA:09/10/2017EREsp 1619087 SC 2016/0208949-0 Decisão:14/06/2017\nDJe DATA:24/08/2017AgRg na PetExe no AREsp 1013538 DF 2016/0290585-2\nDecisão:04/04/2017\nDJe DATA:10/04/2017AgRg no REsp 1622395 SP 2016/0225454-1 Decisão:22/11/2016\nDJe DATA:05/12/2016HC 197737 SP 2011/0033911-6 Decisão:19/05/2011\nDJe DATA:08/06/2011HC 139465 SP 2009/0116728-4 Decisão:05/11/2009\nDJe DATA:15/12/2009HC 101457 SP 2008/0048935-0 Decisão:24/06/2008\nDJe DATA:04/08/2008HC 89504 SP 2007/0203220-9 Decisão:18/12/2007\nDJ DATA:11/02/2008 PG:00171HC 51396 MG 2005/0210212-9 Decisão:27/09/2007\nDJ DATA:26/11/2007 PG:00249REsp 898281 RS 2006/0208593-8 Decisão:27/02/2007\nDJ DATA:30/04/2007 PG:00343HC 51439 RS 2005/0210596-8 Decisão:06/06/2006\nDJ DATA:28/08/2006 PG:00299AgRg no HC 42481 RS 2005/0040942-7 Decisão:07/02/2006\nDJ DATA:14/08/2006 PG:00333", "Referência Legislativa": "LEG:FED CFB:****** ANO:1988\n***** CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988\n ART:00005 INC:00057\nLEG:FED DEL:003689 ANO:1941\n***** CPP-41 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\n ART:00669\nLEG:FED LEI:007210 ANO:1984\n***** LEP-84 LEI DE EXECUÇÃO PENAL\n ART:00147" }
Súmula 642
O direito à indenização por danos morais transmite-se com o falecimento do titular, possuindo os herdeiros da vítima legitimidade ativa para ajuizar ou prosseguir a ação indenizatória. (Súmula n. 642, Corte Especial, julgado em 2/12/2020, DJe de 7/12/2020.)
{ "Enunciado": "O direito à indenização por danos morais transmite-se com o falecimento\ndo titular, possuindo os herdeiros da vítima legitimidade ativa para\najuizar ou prosseguir a ação indenizatória. (SÚMULA 642, CORTE ESPECIAL,\njulgado em 02/12/2020, DJe 07/12/2020)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. INCLUSÃO INDEVIDA DO NOME\nDO AUTOR DA HERANÇA APÓS O SEU FALECIMENTO. LEGITIMIDADE ATIVA DO\nESPÓLIO CONFIGURADA. APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA ECONOMIA, CELERIDADE E\nINSTRUMENTALIDADE. [...] A Corte Especial deste Tribunal firmou o\nentendimento de que, 'embora a violação moral atinja apenas o plexo de\ndireitos subjetivos da vítima, o direito à respectiva indenização\ntransmite-se com o falecimento do titular do direito, possuindo o\nespólio e os herdeiros legitimidade ativa ad causam para ajuizar ação\nindenizatória por danos morais, em virtude da ofensa moral suportada\npelo de cujus'. (AgRg nos EREsp 978.651/SP, Rel. Min. FELIX FISCHER, DJe\n10.2.11). 2.- Sustenta o agravante que, no caso, o espólio não detém\nlegitimidade para a propositura da ação de indenização por danos morais,\ntendo em vista que a inclusão indevida do nome do titular do direito nos\ncadastros de restrição ao crédito ocorreu após o seu falecimento, razão\npela qual não há que se falar em transmissibilidade do direito à\nreparação patrimonial devida. 3.- Todavia, não lhe assiste razão, pois,\nainda que o dano moral pleiteado pela família do falecido constitua\ndireito pessoal dos herdeiros, não transmitido por herança, o que\nafastaria a legitimidade do espólio para pleiteá-lo, eventual extinção\ndo processo, nesse caso, representaria ofensa aos princípios da\neconomia, celeridade e instrumentalidade, na medida em que a simples\nalteração dos nomes dos autores supriria tal vício. Precedentes. [...]\"\n(AgRg nos EDcl no REsp 1126313PR, Rel. Ministro SIDNEI BENETI,\nTERCEIRA TURMA, julgado em 28/08/2012, DJe 17/09/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DANO MORAL. FALECIMENTO DO TITULAR. AJUIZAMENTO DE AÇÃO\nINDENIZATÓRIA. TRANSMISSIBILIDADE DO DIREITO. ENTENDIMENTO\nJURISPRUDENCIAL CONSOLIDADO. SÚMULA N.º 168/STJ. A posição atual e\ndominante que vigora nesta c. Corte é no sentido de embora a violação\nmoral atinja apenas o plexo de direitos subjetivos da vítima, o direito\nà respectiva indenização transmite-se com o falecimento do titular do\ndireito, possuindo o espólio ou os herdeiros legitimidade ativa ad\ncausam para ajuizar ação indenizatória por danos morais, em virtude da\nofensa moral suportada pelo de cujus. Incidência da Súmula n.º 168/STJ.\n[...]\" (AgRg nos EREsp 978651SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, CORTE\nESPECIAL, julgado em 15/12/2010, DJe 10/02/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. AÇÃO PROPOSTA\nPELO OFENDIDO. FALECIMENTO DO TITULAR NO CURSO DA AÇÃO. LEGITIMIDADE DOS\nSUCESSORES. TRANSMISSIBILIDADE DO DIREITO. ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL\nCONSOLIDADO. [...] A Corte Especial deste Tribunal firmou o entendimento\nde que, embora a violação moral atinja apenas o plexo de direitos\nsubjetivos da vítima, o direito à respectiva indenização transmite-se\ncom o falecimento do titular do direito, possuindo o espólio e os\nherdeiros legitimidade ativa ad causam para ajuizar ação indenizatória\npor danos morais, em virtude da ofensa moral suportada pelo de cujus\n(AgRg no EREsp. 978.651/SP, Rel. Min. FELIX FISCHER, DJe 10.02.11).\n[...]\" (AgRg no AREsp 195026SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA\nFILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 27/11/2012, DJe 03/12/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DANOS MORAIS - QUANTUM INDENIZATÓRIO - RAZOABILIDADE -\nIMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 7/STJ [...] Quanto à alegação de\ninstrasmissibilidade dos direitos de personalidade, a jurisprudência\ndesta Corte é pacífica no sentido de que 'embora a violação moral atinja\napenas o plexo de direitos subjetivos da vítima, o direito à respectiva\nindenização transmite-se com o falecimento do titular do direito,\npossuindo o espólio e os herdeiros legitimidade ativa ad causam para\najuizar ação indenizatória por danos morais, em virtude da ofensa moral\nsuportada pelo de cujus' (AgRg nos EREsp 978.651/SP, Rel. Min. FELIX\nFISCHER, DJe 10.2.11). [...]\" (AgRg no AREsp 326485SP, Rel.\nMinistro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 25/06/2013, DJe\n01/08/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO INDENIZATÓRIA - MORTE DO AUTOR NO CURSO DA DEMANDA -\nLEGITIMIDADE DOS HERDEIROS [...]\" (AgRg no REsp 1245248SC, Rel.\nMinistro MASSAMI UYEDA, TERCEIRA TURMA, julgado em 17/04/2012, DJe\n25/04/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. [...] O STJ\npossui firme o entendimento no sentido de que 'embora a violação moral\natinja apenas o plexo de direitos subjetivos da vítima, o direito à\nrespectiva indenização transmite-se com o falecimento do titular do\ndireito, possuindo o espólio e os herdeiros legitimidade ativa ad causam\npara ajuizar ação indenizatória por danos morais, em virtude da ofensa\nmoral suportada pelo de cujus' (AgRg nos EREsp 978.651/SP, Rel. Ministro\nFelix Fischer, Corte Especial, julgado em 15/12/2010, DJe de\n10/02/2011). [...]\" (AgInt no AgInt nos EDcl no AREsp 1112079PR,\nRel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 21/08/2018,\nDJe 24/08/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"Responsabilidade civil. Ação de indenização em decorrência de acidente\nsofrido pelo de cujus. Legitimidade ativa do espólio. [...] Dotado o\nespólio de capacidade processual (art. 12, V, do Código de Processo\nCivil), tem legitimidade ativa para postular em Juízo a reparação de\ndano sofrido pelo de cujus, direito que se transmite com a herança (art.\n1.526 do Código Civil).\" (REsp 343654SP, Rel. Ministro CARLOS\nALBERTO MENEZES DIREITO, TERCEIRA TURMA, julgado em 06/05/2002, DJ\n01/07/2002, p. 337)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MORAIS. ALUNOS EXPULSOS DE ESCOLA.\nABUSO DA DIRETORA DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO. LEGITIMIDADE ATIVA DOS PAIS\nDE UM DOS ALUNOS, JÁ FALECIDO, PARA AJUIZAR A AÇÃO REPARATÓRIA.\nLEGITIMIDADE PASSIVA DA DIRETORA. ÓRGÃO DA PESSOA JURÍDICA.\nRESPONSABILIDADE DIRETA. VALOR DA REPARAÇÃO. REVISÃO. [...] Nos termos\ndos arts. 12 e 943 do Código Civil de 2002 (art. 1.526 do Código Civil\nde 1916), o direito de exigir a reparação de dano moral é assegurado aos\nsucessores do lesado, transmitindo-se com a herança. O direito que se\nsucede é o de ação, de reparação, que possui natureza patrimonial, e não\no direito moral em si, que é personalíssimo e, portanto,\nintransmissível. 2. A diretoria de instituição de ensino é órgão da\npessoa jurídica, por meio do qual esta pratica os atos inerentes à\natividade de administração e direção da escola. Portanto, os ditos atos\nde direção, ainda que praticados por intermédio da pessoa física do\ndiretor, são próprios da pessoa jurídica, e não de terceiro. Uma vez\nconfigurado o dano, surge a responsabilidade direta da pessoa jurídica\nou por fato próprio. 3. Ao ofendido é possível escolher entre ajuizar a\nação reparatória do dano contra a pessoa jurídica em conjunto com a\npessoa física que atuou como órgão daquela, causando o dano, ou\nseparadamente, preferindo acionar um ou outro. Há um laço de\nsolidariedade entre a pessoa jurídica e a física, a qual age como órgão\ndaquela, causando dano a terceiro (CC/1916, art. 1.518; CC/2002, art.\n942). [...]\" (REsp 705870MA, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA\nTURMA, julgado em 21/08/2012, DJe 23/04/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INDENIZAÇÃO. DANO MORAL. VÍTIMA. FALECIMENTO. SUCESSORES.\nLEGITIMIDADE. RESIDÊNCIA. DESOCUPAÇÃO POR CULPA DE TERCEIRO. MORADIA HÁ\nVÁRIOS ANOS. DANO MORAL. EXISTÊNCIA. [...] Embora a violação moral\natinja apenas o plexo de direitos subjetivos da vítima, o direito à\nrespectiva indenização transmite-se com o falecimento do titular do\ndireito, possuindo o espólio e os herdeiros legitimidade ativa ad causam\npara ajuizar ação indenizatória por danos morais, em virtude da ofensa\nmoral suportada pelo de cujus. Precedentes. 2. Se o espólio, em ação\nprópria, pode pleitear a reparação dos danos psicológicos suportados\npelo falecido, com mais razão deve se admitir o direito dos sucessores\nde receberem a indenização moral requerida pelo de cujus em ação por ele\npróprio iniciada. [...]\" (REsp 1040529PR, Rel. Ministra NANCY\nANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 02/06/2011, DJe 08/06/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...]INDENIZAÇÃO. DANO MORAL. VÍTIMA. FALECIMENTO. SUCESSORES.\nLEGITIMIDADE. [...] Embora a violação moral atinja apenas o plexo de\ndireitos subjetivos da vítima, o direito à respectiva indenização\ntransmite-se com o falecimento do titular do direito, possuindo o\nespólio e os herdeiros legitimidade ativa ad causam para ajuizar ação\nindenizatória por danos morais, em virtude da ofensa moral suportada\npelo de cujus. Precedentes. 2. Se o espólio, em ação própria, pode\npleitear a reparação dos danos psicológicos suportados pelo falecido,\ncom mais razão deve se admitir o direito dos sucessores de receberem a\nindenização moral requerida pelo de cujus em ação por ele próprio\niniciada. [...]\" (REsp 1071158RJ, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,\nTERCEIRA TURMA, julgado em 25/10/2011, DJe 07/11/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. MORTE DE\nFAMILIAR. DEMANDA AJUIZADA PELO ESPÓLIO. ILEGITIMIDADE ATIVA. [...] A\njurisprudência tem, de regra, conferido soluções diversas a ações i)\najuizadas pelo falecido, ainda em vida, tendo o espólio assumido o\nprocesso posteriormente; ii) ajuizadas pelo espólio pleiteando danos\nexperimentados em vida pelo de cujus; e iii) ajuizadas pelo espólio, mas\npleiteando direito próprio dos herdeiros (como no caso). 2. Nas\nhipóteses de ações ajuizadas pelo falecido, ainda em vida, tendo o\nespólio assumido o processo posteriormente (i), e nas ajuizadas pelo\nespólio pleiteando danos experimentados em vida pelo de cujus (ii), a\njurisprudência tem reconhecido a legitimidade do espólio. 3. Diversa é a\nhipótese em que o espólio pleiteia bem jurídico pertencente aos\nherdeiros (iii) por direito próprio e não por herança, como é o caso de\nindenizações por danos morais experimentados pela família em razão da\nmorte de familiar. Nessa circunstância, deveras, não há coincidência\nentre o postulante e o titular do direito pleiteado, sendo, a rigor,\nhipótese de ilegitimidade ad causam. 4. Porém, muito embora se reconheça\nque o espólio não tem legitimidade para pleitear a indenização pelos\ndanos alegados, não se afigura razoável nem condicente com a\nprincipiologia moderna que deve guiar a atividade jurisdicional a\nextinção pura e simples do processo pela ilegitimidade ativa. A\nconsequência prática de uma extinção dessa natureza é a de que o vício\nde ilegitimidade ativa seria sanado pelo advogado simplesmente ajuizando\nnovamente a mesma demanda, com a mesma causa de pedir e o mesmo pedido,\nalterando apenas o nome do autor e reimprimindo a primeira página de sua\npetição inicial. 5. Em casos com esses contornos, a jurisprudência da\nCasa não tem proclamado a ilegitimidade do espólio, preferindo salvar os\natos processuais praticados em ordem a observar o princípio da\ninstrumentalidade. [...]\" (REsp 1143968MG, Rel. Ministro LUIS\nFELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 26/02/2013, DJe 01/07/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. ÓBITO DA AUTORA. HERDEIROS.\nLEGITIMIDADE PARA O PROSSEGUIMENTO DA AÇÃO. [...]\" (REsp 1242729SP,\nRel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em\n07/06/2011, DJe 10/06/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 07/12/2020RSSTJ vol. 49 p. 11", "Precedentes": "AgInt no AgInt nos EDcl no AREsp 1112079 PR 2017/0129515-5\nDecisão:21/08/2018\nDJe DATA:24/08/2018AgRg no AREsp 326485 SP 2013/0106182-4 Decisão:25/06/2013\nDJe DATA:01/08/2013REsp 1143968 MG 2008/0284161-8 Decisão:26/02/2013\nDJe DATA:01/07/2013\nREVPRO VOL.:00223 PG:00412AgRg no AREsp 195026 SP 2012/0131482-8 Decisão:27/11/2012\nDJe DATA:03/12/2012\nRIOBDCPC VOL.:00081 PG:00162AgRg nos EDcl no REsp 1126313 PR 2009/0041755-9\nDecisão:28/08/2012\nDJe DATA:17/09/2012REsp 705870 MA 2004/0167173-1 Decisão:21/08/2012\nDJe DATA:23/04/2013AgRg no REsp 1245248 SC 2011/0063423-9 Decisão:17/04/2012\nDJe DATA:25/04/2012REsp 1071158 RJ 2008/0146386-9 Decisão:25/10/2011\nDJe DATA:07/11/2011REsp 1242729 SP 2011/0035625-4 Decisão:07/06/2011\nDJe DATA:10/06/2011REsp 1040529 PR 2008/0058392-8 Decisão:02/06/2011\nDJe DATA:08/06/2011\nRMDCPC VOL.:00042 PG:00111AgRg nos EREsp 978651 SP 2009/0076052-1 Decisão:15/12/2010\nDJe DATA:10/02/2011REsp 343654 SP 2001/0101096-8 Decisão:06/05/2002\nDJ DATA:01/07/2002 PG:00337\nREVFOR VOL.:00366 PG:00223\nRSTJ VOL.:00160 PG:00281", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:005869 ANO:1973\n***** CPC-73 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 1973\n ART:00012 INC:00005\n(REVOGADO PELO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015)\nLEG:FED LEI:003071 ANO:1916\n***** CC-16 CÓDIGO CIVIL DE 1916\n ART:00076 ART:01526\n(REVOGADOS PELO CÓDIGO CIVIL DE 2002)\nLEG:FED LEI:010406 ANO:2002\n***** CC-02 CÓDIGO CIVIL DE 2002\n ART:00012 ART:00943 INC:00001 ART:00948 ART:01829\n ART:01839" }
Súmula 641
A portaria de instauração do processo administrativo disciplinar prescinde da exposição detalhada dos fatos a serem apurados. (Súmula n. 641, Primeira Seção, julgado em 18/2/2020, DJe de 19/2/2020.)
{ "Enunciado": "A portaria de instauração do processo administrativo disciplinar\nprescinde da exposição detalhada dos fatos a serem apurados. (SÚMULA\n641, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 18/02/2020, DJe 19/02/2020)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL.\nCONCESSÃO DE BENEFÍCIOS MEDIANTE FRAUDE. DESCRIÇÃO DOS FATOS NA PORTARIA\nINAUGURAL. [...] Trata-se de Mandado de Segurança impetrado por\nex-Técnica do Seguro Social contra ato do Ministro de Estado da\nPrevidência Social que a demitiu do cargo por considerar que ela teria\npraticado a infração prevista no art. 117, IX, da Lei 8.112/90, ou seja,\nvaler-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em\ndetrimento da dignidade da função pública. [...] Alegação de falta de\ndescrição dos fatos na portaria inaugural 3. A portaria de instauração\ndo Processo Administrativo-Disciplinar, prevista no art. 151, I, da Lei\n8.112/90 tem como objetivo dar publicidade à constituição da Comissão\nProcessante, razão pela qual não é necessário que ela descreva\ndetalhadamente os fatos, formule a acusação e mencione os dispositivos\nlegais que teriam sido violados. Esses elementos fazem-se necessários é\nna fase de indiciamento, prevista no art. 161 da mesma lei. 4. 'Somente\napós o início da instrução probatória, a Comissão Processante poderá\nfazer o relato circunstanciado das condutas supostamente praticadas pelo\nServidor indiciado, capitulando as infrações porventura cometidas;\nprecisamente por isso, não se exige que a Portaria instauradora do\nProcesso Disciplinar contenha a minuciosa descrição dos fatos que serão\napurados, exigível apenas quando do indiciamento do Servidor' (MS\n17.981/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira Seção, DJe\n03/03/2016). [...]\" (MS 17389DF, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,\nPRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/11/2016, DJe 29/11/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSO DISCIPLINAR. AUDITORA-FISCAL DO TRABALHO. DEMISSÃO.\nOPERAÇÃO PARALELO 251. IMPUTAÇÃO DE FAVORECIMENTO E PROTEÇÃO A EMPRESAS\nFISCALIZADAS E IRREGULARIDADES NA HOMOLOGAÇÃO DE RESCISÃO DE CONTRATOS\nDE TRABALHO. [...] ALEGAÇÕES DE VÍCIOS FORMAIS E DE VIOLAÇÃO DE\nGARANTIAS PROCESSUAIS (CONTRADITÓRIO, AMPLA DEFESA E EMPREGO DE PROVA\nILÍCITA). NÃO OCORRÊNCIA. LEGALIDADE DO PROCEDIMENTO INVESTIGATIVO\nDISCIPLINAR. DENEGAÇÃO DA ORDEM. [...] O ato administrativo que\ndetermina a abertura do processo disciplinar não precisa especificar\ndetalhadamente os ilícitos a serem apurados. [...] 3. Não é carente de\nmotivos o ato administrativo que, para determinar a abertura de\nprocedimento disciplinar, expõe as razões de fato e de direito que o\njustificam, em conformidade com o disposto no art 50, I, da Lei n.\n9.784/1999. [...]\" (MS 17900DF, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,\nPRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 23/08/2017, DJe 29/08/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. PAD.\nFATO APURADO: SUPOSTA EXIGÊNCIA DE VANTAGEM PECUNIÁRIA PARA LIBERAÇÃO DE\nVEÍCULO DE PARTICULAR (ART. 117, IX DA LEI 8.112/90). [...] NULIDADE DA\nPORTARIA INAUGURAL. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO MINUCIOSA DOS FATOS\nINVESTIGADOS E CAPITULAÇÃO. DESNECESSIDADE. [...] Somente após o início\nda instrução probatória, a Comissão Processante poderá fazer o relato\ncircunstanciado das condutas supostamente praticadas pelo Servidor\nindiciado, capitulando as infrações porventura cometidas; precisamente\npor isso, não se exige que a Portaria instauradora do Processo\nDisciplinar contenha a minuciosa descrição dos fatos que serão apurados,\nexigível apenas quando do indiciamento do Servidor. [...]\" (MS 17981DF, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em\n25/02/2016, DJe 03/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. SERVIDORA DO INSS. [...]\nPORTARIA INAUGURAL. DESCRIÇÃO DETALHADA DOS FATOS IMPUTADOS É EXIGÍVEL\nAPENAS COM A PORTARIA DE INDICIAÇÃO. [...] Mandado de segurança contra\nato do Ministro de Estado da Previdência Social, que aplicou a pena de\ndemissão a servidora do INSS, nos termos dos arts. 117, IX e 132, XIII\nda Lei n. 8.112/90, por haver-se valido do cargo em detrimento da\ndignidade da função pública, praticando uma série de irregularidades na\nconcessão de benefícios previdenciários. 2. A impetrante sustenta\nviolação a seu direito líquido e certo por: I. Ter-se operado\nprescrição; II. A Portaria de instauração do PAD não descrever\ndetalhadamente os fatos a ela imputados; III. Ter havido indevido bis in\nidem, por já haver sido punida antes pela mesma infração; IV. Nulidade\nna formação da Comissão Processante, por ser composta por servidora que\njá havia composto outra Comissão Processante em outro PAD instaurado em\ndesfavor da impetrante; V. Ser desproporcional a penalidade aplicada se\ncomparada à penalidade imposta a outra servidora. [...] 4. A portaria\ninaugural de instauração de PAD tem como principal objetivo dar início\nao Processo Administrativo Disciplinar, conferindo publicidade à\nconstituição da Comissão Processante. Nela não se exige a exposição\ndetalhada dos fatos imputados ao servidor, o que somente se faz\nindispensável na fase de indiciamento, a teor do disposto nos arts. 151\ne 161, da Lei n.º 8.112/1990. [...]\" (MS 20615DF, Rel. Ministro\nBENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 08/03/2017, DJe\n31/03/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. CHEFE DE SERVIÇO DO CONSELHO NACIONAL\nDE ASSISTÊNCIA SOCIAL - CNAS. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. PENA\nDE CONVERSÃO DE EXONERAÇÃO EM DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO. ARTS.\n116, I, II, III E IX, E 117, IX E XII, DA LEI 8.112/1990 C/C ARTS. 127,\nV, 132, CAPUT E XIII, E 137, DA LEI 8.112/1990. IRREGULARIDADES NA\nOBTENÇÃO/RENOVAÇÃO DE CERTIFICADO DE ENTIDADE BENEFICIENTE DE\nASSISTÊNCIA SOCIAL - CEBAS. 'OPERAÇÃO FARISEU'. [...] Pretende o\nimpetrante, ex-Chefe de Serviço do Conselho Nacional de Assistência\nSocial - CNAS, a concessão da segurança para anular a Decisão de\n27/6/2015, do Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União, que\nlhe impôs pena de conversão da exoneração em destituição de cargo em\ncomissão, pelo enquadramento nas infrações disciplinares previstas nos\narts. art. art. 116, I, II, III e IX, 127, V c/c art. 132, caput e XIII,\nda Lei 8.112/1990, com a restrição prevista no art. 137 da Lei\n8.112/1990, sob o pretexto de que a pretensão punitiva disciplinar\nestaria fulminada pela prescrição e em razão da nulidade absoluta do PAD\ntendo em vista que competiria unicamente à autoridade instauradora a\ninclusão de outros réus no rol de acusados. [...] 4. A portaria de\ninstauração do PAD tem como principal objetivo dar início à persecução\ndisciplinar, conferindo publicidade à constituição da Comissão\nDisciplinar, nela não se exigindo a exposição detalhada dos fatos a\nserem apurados, o que somente se faz indispensável na fase de\nindiciamento, a teor dos arts. 151 e 161, da Lei 8.112/1990, de modo que\nnão constitui nulidade a falta de indicação, na portaria inaugural, do\nnome do servidor acusado, dos supostos ilícitos e seu enquadramento\nlegal. Isto porque, consoante bem destacada o Manual de PAD da\nControladoria-Geral da União, 'ao contrário de configurar qualquer\nprejuízo à defesa, tais lacunas na portaria preservam a integridade do\nservidor envolvido e obstam que os trabalhos da comissão sofram\ninfluências ou seja alegada a presunção de culpabilidade. A indicação de\nque contra o servidor paira uma acusação é formulada pela comissão na\nnotificação para que ele acompanhe o processo como acusado; já a\ndescrição da materialidade do fato e o enquadramento legal da\nirregularidade (se for o caso) são feitos pela comissão em momento\nposterior, somente ao final da instrução contraditória, com a\nindiciação'. [...]\" (MS 22151DF, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL\nMARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 25/02/2016, DJe 06/04/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DISCIPLINAR. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. DEMISSÃO. [...] FALTA DE\nDETALHAMENTO DA PORTARIA INAUGURAL. AUSÊNCIA DE MÁCULA. [...] Mandado de\nsegurança impetrado com o objetivo de anular feito administrativo\ndisciplinar que resultou na demissão do impetrante, o qual alega\nprescrição da pretensão punitiva, mácula por excesso de prazo na\ncondução do feito, ausência de detalhamento na portaria inaugural, bem\ncomo nulidade em virtude de a restauração dos autos não ter observado os\narts. 1.063 até 1.069 do Código de Processo Civil. [...] 5. '(...)\nposteriormente à fase instrutória do processo administrativo\ndisciplinar, deve haver a descrição detalhada dos fatos a serem\napurados, sendo desnecessária tal providência na portaria inaugural, de\nmodo que, ainda que tenha ocorrido a descrição da irregularidade pela\nPortaria Instauradora, tal fato impede a apuração de infrações\ndisciplinares conexas ou o aprofundamento das investigações (...)'\n[...]\" (MS 22575PA, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, PRIMEIRA SEÇÃO,\njulgado em 24/08/2016, DJe 30/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 19/02/2020RSSTJ vol. 48 p. 417RSTJ vol. 256 p. 717", "Precedentes": "MS 17900 DF 2011/0294152-2 Decisão:23/08/2017\nDJe DATA:29/08/2017MS 20615 DF 2013/0384632-8 Decisão:08/03/2017\nDJe DATA:31/03/2017MS 17389 DF 2011/0158334-9 Decisão:09/11/2016\nDJe DATA:29/11/2016MS 22575 PA 2016/0125802-0 Decisão:24/08/2016\nDJe DATA:30/08/2016MS 17981 DF 2011/0306961-0 Decisão:25/02/2016\nDJe DATA:03/03/2016MS 22151 DF 2015/0261071-8 Decisão:25/02/2016\nDJe DATA:06/04/2016", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:008112 ANO:1990\n***** RJU-90 REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA\nUNIÃO\n ART:00151 INC:00001 ART:00161" }
Súmula 640
O benefício fiscal que trata do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (REINTEGRA) alcança as operações de venda de mercadorias de origem nacional para a Zona Franca de Manaus, para consumo, industrialização ou reexportação para o estrangeiro. (Súmula n. 640, Primeira Seção, julgado em 18/2/2020, DJe de 19/2/2020.)
{ "Enunciado": "O benefício fiscal que trata do Regime Especial de Reintegração de\nValores Tributários para as Empresas Exportadoras (REINTEGRA) alcança as\noperações de venda de mercadorias de origem nacional para a Zona Franca\nde Manaus, para consumo, industrialização ou reexportação para o\nestrangeiro. (SÚMULA 640, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 18/02/2020, DJe\n19/02/2020)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] VENDAS EFETUADAS PARA A ZONA FRANCA DE MANAUS. EQUIPARAÇÃO À\nEXPORTAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTRANGEIRO. LEI 12.456/2011.\nPOSSIBILIDADE. [...] Nos termos da jurisprudência desta Corte, a\nalienação de mercadorias para empresas estabelecidas na Zona Franca de\nManaus equivale à venda efetivada para empresas estabelecidas no\nexterior, para efeitos fiscais, razão pela qual, o contribuinte faz jus\nao benefício instituído no Reintegra. [...]\" (AgInt no REsp 1703251RS, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 19/03/2019,\nDJe 22/03/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] VENDAS EFETUADAS PARA A ZONA FRANCA DE MANAUS. EQUIPARAÇÃO À\nEXPORTAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTRANGEIRO. LEI 12.456/2011.\nPOSSIBILIDADE. [...] Nos termos da jurisprudência desta Corte, a\nalienação de mercadorias para empresas estabelecidas na Zona Franca de\nManaus equivale à venda efetivada para empresas estabelecidas no\nexterior, para efeitos fiscais, razão pela qual, o contribuinte faz jus\nao benefício instituído no Reintegra. [...]\" (AgInt no REsp 1719493RS, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 12/03/2019,\nDJe 15/03/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] MERCADORIA DESTINADA À ZONA FRANCA DE MANAUS. EQUIPARAÇÃO À\nEXPORTAÇÃO. CONTRIBUINTE ENQUADRADO NESSA SITUAÇÃO. EXTENSÃO DO\nBENEFÍCIO FISCAL DO 'REINTEGRA'. POSSIBILIDADE. [...] A venda de\nmercadorias destinadas à Zona Franca de Manaus equivale à exportação de\nproduto brasileiro para o exterior, para efeitos fiscais, nos termos do\nDecreto-lei n. 288/67. Por conseguinte, o contribuinte enquadrado nessas\ncondições faz jus ao benefício fiscal instituído pelo programa\nREINTEGRA. [...]\" (REsp 1679681SC, Rel. Ministra REGINA HELENA\nCOSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 19/02/2019, DJe 28/02/2019)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ALIENAÇÃO DE MERCADORIAS PARA EMPRESA ESTABELECIDA NA ZONA FRANCA\nDE MANAUS. REINTEGRA. DIREITO AO BENEFÍCIO TRIBUTÁRIO. [...] O Superior\nTribunal de Justiça possui jurisprudência pacífica no sentido de que a\nalienação de mercadorias para empresas estabelecidas na Zona Franca de\nManaus equivale à venda efetivada para empresas estabelecidas no\nexterior, para efeitos fiscais, razão pela qual o contribuinte faz jus\nao benefício instituído no Reintegra. [...]\" (AgInt no REsp 1713824RS, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA TURMA, julgado em\n13/12/2018, DJe 18/12/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] BENEFÍCIOS FISCAIS. REINTEGRA. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DOS ARTS.\n489, §1º, IV E 1.022, I E II, DO CPC/2015. INEXISTÊNCIA. ACÓRDÃO\nRECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. [...] Sobre a\nalegada violação do arts. 489, §1º, IV e 1.022, I e II, do CPC/2015, por\nsuposta omissão pelo Tribunal de origem da análise da questão acerca da\nconcessão do benefício do REINTEGRA às empresas que comercializam com a\nZona Franca de Manaus, não há a alegada violação quando o aresto\nrecorrido adota fundamentação suficiente para dirimir a controvérsia,\nsendo desnecessária a manifestação expressa sobre todos os argumentos\napresentados pelos litigantes. II - O Superior Tribunal de Justiça\npossui jurisprudência pacífica no sentido de que a alienação de\nmercadorias para empresas estabelecidas na Zona Franca de Manaus\nequivale à venda efetivada para empresas estabelecidas no exterior, para\nefeitos fiscais, razão pela qual, o contribuinte faz jus ao benefício\ninstituído no Reintegra. [...]\" (AgInt no REsp 1704482RS, Rel.\nMinistro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA TURMA, julgado em 01/03/2018, DJe\n06/03/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] REINTEGRA. ZONA FRANCA DE MANAUS. EXPORTAÇÃO. EQUIVALÊNCIA. [...]\nA jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de\nque a venda de mercadorias para empresas estabelecidas na Zona Franca de\nManaus equivale à venda efetivada para empresas estabelecidas no\nexterior, para efeitos fiscais, razão pela qual a contribuinte faz jus\nao benefício instituído no Reintegra. [...]\" (REsp 1688621RS, Rel.\nMinistro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 07/11/2017, DJe\n14/11/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] REINTEGRA. ZONA FRANCA DE MANAUS. EXPORTAÇÃO. EQUIVALÊNCIA. [...]\nA jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de\nque a venda de mercadorias para empresas estabelecidas na Zona Franca de\nManaus equivale à venda efetivada para empresas estabelecidas no\nexterior, para efeitos fiscais, razão pela qual a contribuinte faz jus\nao benefício instituído no Reintegra. [...]\" (REsp 1656949RS, Rel.\nMinistro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/10/2017, DJe\n11/10/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] REINTEGRA. ZONA FRANCA DE MANAUS. EQUIPARAÇÃO À EXPORTAÇÃO.\nFUNDAMENTO CONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE. [...] O\nentendimento do Sodalício a quo está em conformidade com a orientação do\nSTJ de que a venda de mercadorias para empresas situadas na Zona Franca\nde Manaus equivale à exportação de produto brasileiro para o\nestrangeiro, em termos de efeitos fiscais, segundo exegese do\nDecreto-Lei 288/1967, fazendo jus a recorrida à compensação e aos\nbenefícios fiscais requeridos. [...]\" (REsp 1658090RS, Rel.\nMinistro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/04/2017, DJe\n27/04/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] REINTEGRA. ZONA FRANCA DE MANAUS. EXPORTAÇÃO. EQUIVALÊNCIA. [...]\nA jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de\nque a venda de mercadorias para empresas estabelecidas na Zona Franca de\nManaus equivale à venda efetivada para empresas estabelecidas no\nexterior, para efeitos fiscais, razão pela qual a contribuinte faz jus\nao benefício instituído no Reintegra. [...]\" (REsp 1650050RS, Rel.\nMinistro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/03/2017, DJe\n24/04/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] REINTEGRA. ZONA FRANCA DE MANAUS. EXPORTAÇÃO. EQUIVALÊNCIA. [...]\nA jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de\nque a venda de mercadorias para empresas estabelecidas na Zona Franca de\nManaus equivale à venda efetivada para empresas estabelecidas no\nexterior, para efeitos fiscais, razão pela qual a contribuinte faz jus\nao benefício instituído no Reintegra. [...]\" (AgInt no REsp 1605804RS, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/09/2016,\nDJe 20/09/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRÉDITOS DO ÂMBITO DO REINTEGRA. LEI 12.456/2011. VENDAS\nEFETUADAS PARA A ZONA FRANCA DE MANAUS E ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO.\nEQUIPARAÇÃO À EXPORTAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTRANGEIRO. [...] Cinge-se a\nquestão controvertida a se determinar a possibilidade, ou não, de a\nempresa contribuinte poder creditar-se, no âmbito do Regime Especial de\nReintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras\n(Reintegra), instituído pela Lei 12.456/2001, das vendas realizadas para\nempresas da Zona Franca de Manaus. III. Na esteira do entendimento\nfirmado no STJ, ao analisar especificamente o benefício conferido pela\nLei 12.456/2011, 'a venda de mercadorias para empresas situadas na Zona\nFranca de Manaus equivale à exportação de produto brasileiro para o\nestrangeiro, em termos de efeitos fiscais, segundo exegese do\nDecreto-Lei 288/67, fazendo jus a recorrida à compensação e aos\nbenefícios fiscais requeridos' (STJ, AgRg no REsp 1.532.186/RS, Rel.\nMinistro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de 10/09/2015). [...]\"\n(AgInt no REsp 1553840SC, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA\nTURMA, julgado em 17/05/2016, DJe 25/05/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] REINTEGRA. PRODUTOS DESTINADOS À ZONA FRANCA DE MANAUS.\nEQUIVALÊNCIA À EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS BRASILEIROS AO EXTERIOR. [...] A\njurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a venda de\nmercadorias para empresas situadas na Zona Franca de Manaus equivale à\nexportação de produto brasileiro para o estrangeiro, em termos de\nefeitos fiscais, segundo interpretação do Decreto-lei n. 288/67, não\nincidindo a contribuição social do PIS nem da Cofins sobre tais\nreceitas. [...]\" (AgRg no REsp 1550849SC, Rel. Ministro MAURO\nCAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/10/2015, DJe 16/10/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] REINTEGRA. ZONA FRANCA DE MANAUS. EQUIPARAÇÃO À EXPORTAÇÃO. [...]\nO entendimento do Sodalício a quo está em conformidade com a orientação\ndo STJ no sentido de que a venda de mercadorias para empresas situadas\nna Zona Franca de Manaus equivale à exportação de produto brasileiro\npara o estrangeiro, em termos de efeitos fiscais, segundo exegese do\nDecreto-Lei 288/67, fazendo jus a recorrida à compensação e aos\nbenefícios fiscais requeridos. [...]\" (AgRg no REsp 1532186RS, Rel.\nMinistro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 25/08/2015, DJe\n10/09/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 19/02/2020RSSTJ vol. 48 p. 407RSTJ vol. 256 p. 716", "Precedentes": "AgInt no REsp 1703251 RS 2017/0261522-3 Decisão:19/03/2019\nDJe DATA:22/03/2019AgInt no REsp 1719493 RS 2018/0013131-5 Decisão:12/03/2019\nDJe DATA:15/03/2019REsp 1679681 SC 2017/0144936-8 Decisão:19/02/2019\nDJe DATA:28/02/2019AgInt no REsp 1713824 RS 2017/0312282-5 Decisão:13/12/2018\nDJe DATA:18/12/2018AgInt no REsp 1704482 RS 2017/0271398-0 Decisão:01/03/2018\nDJe DATA:06/03/2018REsp 1688621 RS 2017/0185212-4 Decisão:07/11/2017\nDJe DATA:14/11/2017REsp 1656949 RS 2017/0044010-6 Decisão:05/10/2017\nDJe DATA:11/10/2017REsp 1658090 RS 2017/0048279-3 Decisão:06/04/2017\nDJe DATA:27/04/2017REsp 1650050 RS 2017/0016624-9 Decisão:16/03/2017\nDJe DATA:24/04/2017AgInt no REsp 1605804 RS 2016/0146421-8 Decisão:13/09/2016\nDJe DATA:20/09/2016AgInt no REsp 1553840 SC 2015/0223078-0 Decisão:17/05/2016\nDJe DATA:25/05/2016AgRg no REsp 1550849 SC 2015/0209894-0 Decisão:06/10/2015\nDJe DATA:16/10/2015\nRBDTFP VOL.:00009 PG:00144\nRBDTFP VOL.:00052 PG:00144AgRg no REsp 1532186 RS 2015/0107514-9 Decisão:25/08/2015\nDJe DATA:10/09/2015", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:012546 ANO:2011\n ART:00008\nLEG:FED LEI:013670 ANO:2018\nLEG:FED LEI:013043 ANO:2014" }
Súmula 639
Não fere o contraditório e o devido processo decisão que, sem ouvida prévia da defesa, determine transferência ou permanência de custodiado em estabelecimento penitenciário federal. (Súmula n. 639, Terceira Seção, julgado em 27/11/2019, DJe de 2/12/2019.)
{ "Enunciado": "Não fere o contraditório e o devido processo decisão que, sem ouvida\nprévia da defesa, determine transferência ou permanência de custodiado\nem estabelecimento penitenciário federal. (SÚMULA 639, TERCEIRA SEÇÃO,\njulgado em 27/11/2019, DJe 02/12/2019)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"EXECUÇÃO PENAL. [...] REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO. INCLUSÃO\nCAUTELAR. ART. 52, §§ 1º E 2º, DA LEI N.º 7.210/84. ALEGAÇÃO DE\nCERCEAMENTO DE DEFESA. AUSÊNCIA DE INSTAURAÇÃO DE PAD E DE OITIVA PRÉVIA\nDA DEFESA. FUNDAMENTO DA IMPRESCINDIBILIDADE DA MEDIDA PARA GARANTIR A\nORDEM E A SEGURANÇA DO ESTABELECIMENTO PENAL. SENTENCIADO QUE\nDESEMPENHOU PAPEL ATIVO EM REBELIÃO. PERICULOSIDADE CONCRETA.\nCONTRADITÓRIO DIFERIDO. POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO\nILEGAL. [...] O v. acórdão justificou a inclusão do paciente no RDD, com\nfulcro no art. 52, §§ 1º e 2º, da Lei n.º 7.210/84, considerando a\nimprescindibilidade da medida para garantir a ordem e a segurança do\nestabelecimento penal, com nítido caráter acautelatório. II - Consignou,\nademais, que a inclusão do recorrente no referido regime se justificava\nem razão das evidências de que o paciente, supostamente, teria\ndesempenhado papel ativo em rebelião ocorrida no dia 12/04/2018 no\nPresídio Ariston Cardoso/BA. Afirmou que o recorrente teria apresentado\npericulosidade concreta, em razão do 'comportamento transgressor com\n'subversão da ordem, insubordinação, truculência, incitação de violência\ndentro da comunidade carcerária', ameças a agentes, queima de colchões e\ndestruição de celas'. III - Os fundamentos adotados no v. acórdão, se\ncoadunam com a jurisprudência desta Corte de Justiça no sentido de que,\nem casos de extrema e comprovada necessidade, é possível a autorização\nimediata de transferência do preso e sua inclusão cautelar no RDD, pois\na ausência de oitiva prévia não é capaz de macular o procedimento,\nconsiderando o caráter emergencial da medida que poderá ser\nposteriormente suprida com o contraditório diferido. IV - O eg.\nTribunal, ao conceder parcialmente a ordem, já determinou ao Magistrado\nde origem que 'adote as providências necessárias à abertura do\nProcedimento Administrativo Disciplinar (PAD), oportunizando o exercício\ndo contraditório diferido, observando o prazo de 180 (cento e oitenta)\ndias, consignado cautelarmente, para sua conclusão' (fl. 50). Não se\nvislumbra ilegalidade sanável na presente via, pois a determinação de\ninclusão cautelar do recorrente no RDD observou os ditames da Lei e foi\ndevidamente justificada como meio eficaz de resguardar a segurança\npública. [...]\" (RHC 103368BA, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA\nTURMA, julgado em 06/12/2018, DJe 12/12/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"EXECUÇÃO PENAL. [...] PRORROGAÇÃO DE PRAZO DE PERMANÊNCIA DE PRESO EM\nESTABELECIMENTO PENITENCIÁRIO FEDERAL. ALEGAÇÃO DE NULIDADE POR AUSÊNCIA\nDE PRÉVIA OITIVA DA DEFESA. DISPENSABILIDADE. INTIMAÇÃO PERANTE O JUÍZO\nFEDERAL. ILEGALIDADE NÃO VERIFICADA. [...] A jurisprudência do Superior\nTribunal de Justiça consolidou-se no sentido de não haver malferimento\nao contraditório ou ampla defesa, pela ausência de oitiva prévia da\ndefesa acerda da decisão que determina tanto a transferência quanto a\npermanência do custodiado em estabelecimento penitenciário federal,\nquando se constatar o caráter urgente e emergencial da medida ou o\nprejuízo que a ouvida preliminar do preso poderia acarretar para a\ngarantia da ordem pública. Precedentes. III - O recolhimento em\npenitenciária federal se justifica no interesse da segurança pública ou\ndo próprio preso, revestindo-se de caráter excepcional (art. 3º, da Lei\nn. 11.671/2008). IV - In casu, consta que a defesa foi devidamente\nintimada para manifestar-se quanto à permanência do paciente no Sistema\nPenitenciário Federal antes de o d. Juízo Federal autorizar a\nprorrogação do prazo, não havendo qualquer ilegalidade. [...]\" (HC\n455702PR, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em\n20/09/2018, DJe 27/09/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INCLUSÃO EM CARÁTER PROVISÓRIO DOS AGRAVANTES EM PRESÍDIO\nFEDERAL. VIOLAÇÃO À LEGISLAÇÃO FEDERAL NÃO CONFIGURADA. DECISÃO\nFUNDAMENTADA. DESEMPENHO DE FUNÇÃO DE LIDERANÇA EM FACÇÃO CRIMINOSA\nRESPONSÁVEL POR ATOS VIOLENTOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE.\nVIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO. INEXISTÊNCIA. PRECEDENTES.\nREEXAME DO CONJUNTO FÁTICO PROBATÓRIO. SÚMULA 7/STJ. [...] Entende esta\nCorte que 'Excepcionalmente, permite-se a transferência emergencial do\ncustodiado, em hipóteses específicas, em que evidenciada a\npericulosidade concreta decorrente de participação em organização\ncriminosa, poder de mando, graduada hierarquia, o que possibilita a\natuação em atos criminosos externos; assim como para fins de prevenção\nde eventos que venham a colocar em risco a segurança pública, a\nintegridade física e a vida de autoridades, de internos e da população\nem geral, exigindo-se que, ato contínuo, seja garantida a intimação da\ndefesa do custodiado para manifestação, suprindo-se a exigência legal\npara a manutenção da medida. Precedente' (HC 389.493/PR, Relator\nMinistro NEFI CORDEIRO, Sexta Turma, DJe 26/4/2017). 2. A decisão que\ndeterminou a transferência provisória dos agravantes, egressos do\nSistema Prisional de Parnamirim/RN, para a Penitenciária Federal de\nMossoró/RN, encontra-se devidamente motivada em fatos concretos,\nnotadamente em razões de segurança pública, levando em conta a\npericulosidade concreta dos apenados, que desempenham funções de\nliderança em facção criminosa responsável por ataques ao patrimônio\npúblico e privado e com grande poder de influência no estabelecimento\npenal em que se encontravam. 3. O fato de ter sido concedido prazo de 30\ndias para o envio da documentação necessária não enseja violação ao art.\n9º, § 3º, do Decreto n. 6.877/2009, revelando-se razoável, em vista da\nquantidade de apenados e de fatos noticiados. 4. A ausência de oitiva\nprévia da defesa da decisão que determina a transferência provisória de\napenados para estabelecimento penitenciário federal não implica em\nofensa aos princípios do contraditório e da ampla defesa. Precedentes.\n5. As considerações a respeito de não estarem provados os fatos que\njustificaram a medida é questão que desborda dos limites do recurso\nespecial, por demandar ampla revisão de matéria fático-probatória\n(Súmula 7/STJ). [...]\" (AgRg no REsp 1732152RN, Rel. Ministro\nREYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 17/05/2018, DJe\n30/05/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"EXECUÇÃO PENAL. [...] TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE PARA PRESÍDIO FEDERAL.\nALEGADA NULIDADE POR AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO, BEM COMO PELA FALTA DE\nINTIMAÇÃO PRÉVIA DA DEFESA PARA MANIFESTAÇÃO ACERCA DA REMOÇÃO.\nINOCORRÊNCIA. EXTRATO DE INTELIGÊNCIA DA SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA\nDO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. CONDENADO INTEGRANTE DE ORGANIZAÇÃO\nCRIMINOSA (COMANDO VERMELHO). PERICULOSIDADE. MODIFICAR AS PREMISSAS DA\nORIGEM. REEXAME DE PROVAS. INVIABILIDADE EM SEDE DE AÇÃO MANDAMENTAL.\n[...] 'A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça consolidou-se no\nsentido de não haver malferimento ao contraditório e à ampla defesa pela\nnão oitiva prévia da defesa da decisão que determina tanto a\ntransferência quanto a permanência do custodiado em estabelecimento\npenitenciário federal' (RHC 46.786/MS, Rel. Ministro FELIX FISCHER,\nQuinta Turma, julgado em 03/02/2015, DJe 10/02/2015). 3. No caso, a\ninclusão do paciente encontra-se fundamentada em dados concretos, pois,\n'diante do extenso e detalhado Parecer da Coordenadoria de Segurança e\nInteligência do Ministério Público, no sentido da alta periculosidade do\npaciente e sua integração e liderança na organização criminosa\nautodenominada 'Comando Vermelho', responsável por atos de desordem\nurbana, razão pela qual, encontram-se presentes as razões que ensejaram\na transferência do paciente para um dos presídios federais da União,\nnoutro Estado da Federação', não havendo que falar em ilegalidade ou\nausência de fundamentação da medida imposta. 4. Por fim, a alegação de\nque foram reproduzidos os mesmos motivos que anteriormente haviam\nculminado na transferência do paciente ao presídio federal (decisão de\n2016), nota-se que não há, na via estreita do habeas corpus, como\nexaminar se permanecem, ou não, os motivos da medida, ante a necessidade\nde revolvimento do material probatório, vedado no remédio\nconstitucional. [...]\" (HC 423234RJ, Rel. Ministro REYNALDO SOARES\nDA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 20/03/2018, DJe 02/04/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRANSFERÊNCIA DE PRESOS ENTRE PRESÍDIOS FEDERAIS (RODÍZIO).\nLEGALIDADE DO PROCEDIMENTO. OITIVA DA DEFESA. AUSÊNCIA DE PREVISÃO NA\nLEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA (ART. 12 DO DECRETO N. 6.877/2009). [...] A\nmotivação do sistema de rodízio de presos entre os estabelecimentos\npenais da União é a própria conveniência da administração penitenciária\nfederal, que busca a manutenção da ordem e da disciplina carcerárias, no\nregime de segurança máxima (AgRg no RHC n. 73.261/SP, Ministro Felix\nFischer, Quinta Turma, DJe 26/4/2017). 2. O Decreto n. 6.877/2009 prevê\nque a transferência poderá ocorrer mediante requerimento da autoridade\nadministrativa ou do Ministério Público dirigido ao juiz federal\ncorregedor, sem exigir previa oitiva da defesa, bastando que o pleito\nseja instruído com os fatos motivadores. [...]\" (AgRg no RHC\n49440MS, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em\n14/11/2017, DJe 21/11/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PENAL. INCLUSÃO EM PRESÍDIO FEDERAL. ALEGAÇÃO DE\nINOBSERVÂNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. DESPROPORCIONALIDADE DA MEDIDA.\nINEXISTÊNCIA. REQUISITOS LEGAIS PREENCHIDOS. PACIENTE QUE POSSUI POSIÇÃO\nPRIVILEGIADA NA HIERARQUIA DA FACÇÃO CRIMINOSA. GARANTIA DA SEGURANÇA\nPÚBLICA. [...] Para a transferência do sentenciado para o Sistema\nPenitenciário Federal devem ser observadas as regras do devido processo\nlegal, garantindo-se, para tanto, a manifestação prévia do Ministério\nPúblico e da Defesa. [...]\" (HC 395740RJ, Rel. Ministro NEFI\nCORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 10/10/2017, DJe 23/10/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"EXECUÇÃO PENAL. [...] RODÍZIO DE PRESO ENTRE OS ESTABELECIMENTOS PENAIS\nFEDERAIS. CONVENIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA FEDERAL. SEGURANÇA\nPÚBLICA. DIREITO DE CONVIVÊNCIA SOCIAL E FAMILIAR DO PRESO QUE ADMITE\nRESTRIÇÕES. OITIVA PRÉVIA DA DEFESA. AUSÊNCIA DE PREVISÃO NO DECRETO\nFEDERAL N. 6.877/2009. [...] O cumprimento de pena em proximidade ao\nmeio social e familiar não consiste em mero interesse pessoal do\napenado. Pelo contrário, atende ele também ao interesse público e a uma\ndas finalidades da pena que é, precisamente, promover a ressocialização\ndo preso. De fato, é dever do Estado, dentre outros, assistir o preso, o\ninternado e o egresso, 'objetivando prevenir o crime e orientar o\nretorno à convivência em sociedade'. (art. 10 da LEP), inclusive\namparando a sua família, quando necessário (art. 23, inciso VII, da\nLEP). II - 'Não obstante o condenado tenha o direito a cumprir a pena\nimposta em local próximo ao seu meio social e familiar, a renovação de\nsua permanência no estabelecimento federal pode ser implementada tantas\nvezes quantas forem necessárias para o resguardo do interesse da\nsegurança pública, desde que solicitado motivadamente pelo juízo de\norigem e observados os requisitos da transferência' (RHC n. 67.153/RO,\nQuinta Turma, de minha relatoria, DJe de 6/5/2016). III - Ora, o\nprecitado entendimento, que vale para o pedido de renovação da\nautorização de permanência do preso no sistema penitenciário federal, a\nfortiori, deve ser aplicado também à possibilidade de transferência do\napenado entre estabelecimentos penais federais, no prazo de validade da\numa mesma autorização. IV - A motivação do sistema de rodízio de presos\nentre os estabelecimentos penais da União é a própria conveniência da\nadministração penitenciária federal, que busca a manutenção da ordem e\nda disciplina carcerárias, no regime de segurança máxima. Estando as\ntransferências anteriores do apenado justificadas em razões concretas de\nconveniência da administração da justiça e também em imperativos de\nsegurança pública (Art. 144, da CF), está ausente flagrante ilegalidade\na coartar, no ponto. V - No Decreto Federal n. 6.877/2009, outrossim,\nnão há previsão de oitiva prévia da defesa, quando a transferência do\npreso, entre as unidades integrantes do sistema penitenciário federal,\nfor requerida pela autoridade administrativa ou pelo Ministério Público.\nVI - Na ausência de previsão legal específica, não é de se impor a\noitiva prévia da defesa, como requisito para a transferência do apenado\nentre estabelecimentos penais federais, sendo sempre possível que o\napenado, em momento posterior e valendo-se dos meios cabíveis,\ninsurja-se contra qualquer ilegalidade praticada pela administração da\njustiça, no caso concreto. [...]\" (AgRg no RHC 73261SP, Rel.\nMinistro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 18/04/2017, DJe\n26/04/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PENAL. REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO. ALEGAÇÃO DE\nINOBSERVÂNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. DESPROPORCIONALIDADE DA MEDIDA.\nINEXISTÊNCIA. REQUISITOS LEGAIS PREENCHIDOS. PACIENTE QUE POSSUI POSIÇÃO\nPRIVILEGIADA NA HIERARQUIA DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA. GARANTIA DA\nSEGURANÇA PÚBLICA. [...] Para a inclusão de sentenciado em regime\ndisciplinar diferenciado devem ser observadas as regras do devido\nprocesso legal, garantindo-se, para tanto, a manifestação prévia do\nMinistério Público e da Defesa. 2. Excepcionalmente, permite-se a\ntransferência emergencial do custodiado, em hipóteses específicas, em\nque evidenciada a periculosidade concreta decorrente de participação em\norganização criminosa, poder de mando, graduada hierarquia, o que\npossibilita a atuação em atos criminosos externos; assim como para fins\nde prevenção de eventos que venham a colocar em risco a segurança\npública, a integridade física e a vida de autoridades, de internos e da\npopulação em geral, exigindo-se que, ato contínuo, seja garantida a\nintimação da defesa do custodiado para manifestação, suprindo-se a\nexigência legal para a manutenção da medida. [...]\" (HC 389493PR, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 18/04/2017, DJe\n26/04/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"EXECUÇÃO PENAL. [...] PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE PERMANÊNCIA DE PRESO EM\nESTABELECIMENTO PENITENCIÁRIO FEDERAL. FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA.\nCERCEAMENTO DE DEFESA POR FALTA DE PRÉVIA OUVIDA DA DEFESA.\nINOCORRÊNCIA. INTIMAÇÃO PARA MANIFESTAÇÃO PERANTE O JUÍZO FEDERAL. [...]\nDa leitura do art. 10, § 1º, da Lei n. 11.671/2008, ressalta,\ninconteste, a inexistência de vedação à renovação do prazo de\npermanência por mais de uma vez, sendo exigido apenas que o prazo seja\ndeterminado, não superior a 360 dias, que o pedido seja motivado e sejam\nobservados os requisitos do artigo 3º do mesmo diploma legal, não\nexigindo justificativa diferente daquela que motivou a transferência.\n[...]\" (HC 349668PR,Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA,\njulgado em 21/02/2017, DJe\n03/03/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"EXECUÇÃO PENAL. [...] PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE PERMANÊNCIA DE PRESO EM\nESTABELECIMENTO PENITENCIÁRIO FEDERAL. NULIDADE PELA AUSÊNCIA DE\nINTIMAÇÃO DA DEFESA PARA MANIFESTAÇÃO ACERCA DA RENOVAÇÃO DA\nPERMANÊNCIA. INOCORRÊNCIA. INTIMAÇÃO PARA MANIFESTAÇÃO PERANTE O JUÍZO\nDE ORIGEM. [...] A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça\nconsolidou-se no sentido de não haver malferimento ao contraditório e à\nampla defesa pela não oitiva prévia da defesa da decisão que determina\ntanto a transferência quanto a permanência do custodiado em\nestabelecimento penitenciário federal. [...]\" (RHC 46786MS,\nRel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 03/02/2015, DJe\n10/02/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 02/12/2019RSSTJ vol. 48 p. 395RSTJ vol. 256 p. 715", "Precedentes": "RHC 103368 BA 2018/0250665-0 Decisão:06/12/2018\nDJe DATA:12/12/2018HC 455702 PR 2018/0152694-0 Decisão:20/09/2018\nDJe DATA:27/09/2018AgRg no REsp 1732152 RN 2018/0071076-3 Decisão:17/05/2018\nDJe DATA:30/05/2018HC 423234 RJ 2017/0285323-0 Decisão:20/03/2018\nDJe DATA:02/04/2018AgRg no RHC 49440 MS 2014/0165306-5 Decisão:14/11/2017\nDJe DATA:21/11/2017HC 395740 RJ 2017/0082038-3 Decisão:10/10/2017\nDJe DATA:23/10/2017AgRg no RHC 73261 SP 2016/0182624-6 Decisão:18/04/2017\nDJe DATA:26/04/2017HC 389493 PR 2017/0039063-6 Decisão:18/04/2017\nDJe DATA:26/04/2017HC 349668 PR 2016/0045598-2 Decisão:21/02/2017\nDJe DATA:03/03/2017RHC 46786 MS 2014/0075241-2 Decisão:03/02/2015\nDJe DATA:10/02/2015", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:007210 ANO:1984\n***** LEP-84 LEI DE EXECUÇÃO PENAL\n ART:00052 PAR:00001 PAR:00002\nLEG:FED LEI:011671 ANO:2008\n ART:00003 ART:00005\nLEG:FED DEC:006877 ANO:2009\n ART:00012" }
Súmula 638
É abusiva a cláusula contratual que restringe a responsabilidade de instituição financeira pelos danos decorrentes de roubo, furto ou extravio de bem entregue em garantia no âmbito de contrato de penhor civil. (Súmula n. 638, Segunda Seção, julgado em 27/11/2019, DJe de 2/12/2019.)
{ "Enunciado": "É abusiva a cláusula contratual que restringe a responsabilidade de\ninstituição financeira pelos danos decorrentes de roubo, furto ou\nextravio de bem entregue em garantia no âmbito de contrato de penhor\ncivil. (SÚMULA 638, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 27/11/2019, DJe 02/12/2019)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"RESPONSABILIDADE CIVIL. MÚTUO COM GARANTIA PIGNORATÍCIA. ROUBO DAS\nJÓIAS EMPENHADAS. PRETENDIDA PREVALÊNCIA DO VALOR PREVISTO EM CLÁUSULA\nCONTRATUAL. ABUSIVIDADE. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA TIDA COMO DEPOSITÁRIA\nDOS BENS. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. [...] Mantêm-se incólumes os\nfundamentos expendidos pela decisão recorrida que deixam de ser\nimpugnados de maneira específica. - Alegações produzidas pela recorrente\nque não prescindem do reexame do conjunto fático-probatório. Aplicação\nda Súmula n. 7-STJ. [...]\" (REsp 273089SP, Rel. Ministro BARROS\nMONTEIRO, QUARTA TURMA, julgado em 15/09/2005, DJ 24/10/2005, p. 327)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PENHOR. DANOS MORAIS E MATERIAIS. ROUBO/FURTO DE JÓIAS\nEMPENHADAS. CONTRATO DE SEGURO. DIREITO DO CONSUMIDOR. LIMITAÇÃO DA\nRESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR. CLÁUSULA ABUSIVA. AUSÊNCIA DE INDÍCIO DE\nFRAUDE POR PARTE DA DEPOSITANTE. [...] O contrato de penhor traz\nembutido o de depósito do bem e, por conseguinte, a obrigação acessória\ndo credor pignoratício de devolver esse bem após o pagamento do mútuo.\nII - Nos termos do artigo 51, I, da Lei 8.078/90, são abusivas e,\nportanto, nulas, as cláusulas que de alguma forma exonerem ou atenuem a\nresponsabilidade do fornecedor por vícios no fornecimento do produto ou\ndo serviço, mesmo que o consumidor as tenha pactuado livre e\nconscientemente. III - Inexistente o menor indício de alegação de fraude\nou abusividade de valores por parte da depositante, reconhece-se o dever\nde ressarcimento integral pelos prejuízos morais e materiais\nexperimentados pela falha na prestação do serviço. IV - Na hipótese dos\nautos, em que o credor pignoratício é um banco e o bem ficou depositado\nem cofre desse mesmo banco, não é possível admitir o furto ou o roubo\ncomo causas excludentes do dever de indenizar. Há de se levar em conta a\nnatureza específica da empresa explorada pela instituição financeira, de\nmodo a considerar esse tipo de evento, como um fortuito interno,\ninerente à própria atividade, incapaz de afastar, portanto, a\nresponsabilidade do depositário. [...]\" (REsp 1133111PR, Rel.\nMinistro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 06/10/2009, DJe\n05/11/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTRATO DE PENHOR. JOIAS. FURTO. FORTUITO INTERNO.\nRECONHECIMENTO DE ABUSO DE CLÁUSULA CONTRATUAL QUE LIMITA O VALOR DA\nINDENIZAÇÃO EM FACE DE EXTRAVIO DOS BENS EMPENHADOS. VIOLAÇÃO AO ART.\n51, I, DO CDC. OCORRÊNCIA DE DANOS MATERIAIS E MORAIS. [...] No contrato\nde penhor é notória a hipossuficiência do consumidor, pois este,\nnecessitando de empréstimo, apenas adere a um contrato cujas cláusulas\nsão inegociáveis, submetendo-se à avaliação unilateral realizada pela\ninstituição financeira. Nesse contexto, deve-se reconhecer a violação ao\nart. 51, I, do CDC, pois mostra-se abusiva a cláusula contratual que\nlimita, em uma vez e meia o valor da avaliação, a indenização devida no\ncaso de extravio, furto ou roubo das joias que deveriam estar sob a\nsegura guarda da recorrida. 2. O consumidor que opta pelo penhor assim o\nfaz pretendendo receber o bem de volta, e, para tanto, confia que o\nmutuante o guardará pelo prazo ajustado. Se a joia empenhada fosse para\no proprietário um bem qualquer, sem valor sentimental, provavelmente o\nconsumidor optaria pela venda da joia, pois, certamente, obteria um\nvalor maior. 3. Anulada a cláusula que limita o valor da indenização, o\nquantum a título de danos materiais e morais deve ser estabelecido\nconforme as peculiaridades do caso, sempre com observância dos\nprincípios da razoabilidade e da proporcionalidade. [...]\" (REsp\n1155395PR, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em\n01/10/2013, DJe 29/10/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTRATO DE PENHOR. JOIAS. ROUBO. CLÁUSULA CONTRATUAL. LIMITAÇÃO\nDO VALOR INDENIZATÓRIO. ABUSIVIDADE. RECONHECIMENTO. CÓDIGO DE DEFESA DO\nCONSUMIDOR. VIOLAÇÃO. [...] A orientação pacífica do Superior Tribunal\nde Justiça reconhece a submissão das instituições financeiras aos\nprincípios e às regras do Código de Defesa do Consumidor. 2. Tendo\nocorrido o roubo das joias empenhadas, a Caixa Econômica Federal deve\nindenizar a recorrente por danos materiais. 3. A cláusula contratual que\nrestringiu a responsabilidade da CEF a 1,5 (um inteiro e cinco décimos)\nvez o valor de avaliação das joias empenhadas deve ser considerada\nabusiva, por força do artigo 51, I, da Lei nº 8.078/1990. Precedentes do\nSTJ. 4. Não há como conhecer da insurgência quanto à indenização por\ndanos morais, haja vista a ausência de demonstração do dissídio\njurisprudencial nos moldes legais. [...]\" (REsp 1227909PR, Rel.\nMinistro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em\n15/09/2015, DJe 23/09/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 02/12/2019RSSTJ vol. 48 p. 383RSTJ vol. 256 p. 714", "Precedentes": "REsp 1227909 PR 2011/0001843-0 Decisão:15/09/2015\nDJe DATA:23/09/2015REsp 1155395 PR 2009/0170609-0 Decisão:01/10/2013\nDJe DATA:29/10/2013\nRSTJ VOL.:00232 PG:00349REsp 1133111 PR 2009/0143980-9 Decisão:06/10/2009\nDJe DATA:05/11/2009REsp 273089 SP 2000/0083142-5 Decisão:15/09/2005\nDJ DATA:24/10/2005 PG:00327\nLEXSTJ VOL.:00195 PG:00116", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:008078 ANO:1990\n***** CDC-90 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR\n ART:00051 INC:00001\nLEG:FED SUM:******\n***** SUM(STJ) SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA\n SUM:000297" }
Súmula 637
O ente público detém legitimidade e interesse para intervir, incidentalmente, na ação possessória entre particulares, podendo deduzir qualquer matéria defensiva, inclusive, se for o caso, o domínio. (Súmula n. 637, Corte Especial, julgado em 6/11/2019, DJe de 11/11/2019.)
{ "Enunciado": "O ente público detém legitimidade e interesse para intervir,\nincidentalmente, na ação possessória entre particulares, podendo deduzir\nqualquer matéria defensiva, inclusive, se for o caso, o domínio. (SÚMULA\n637, CORTE ESPECIAL, julgado em 06/11/2019, DJe 11/11/2019)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] DEMANDA POSSESSÓRIA ENTRE PARTICULARES. POSSIBILIDADE DE DEFESA\nDA POSSE DE BEM PÚBLICO POR MEIO DE OPOSIÇÃO. [...]Hipótese em que,\npendente demanda possessória em que particulares disputam a posse de\nimóvel, a União apresenta oposição pleiteando a posse do bem em seu\nfavor, aos fundamentos de que a área pertence à União e de que a\nocupação de terras públicas não constitui posse. 2. Quadro fático\nsimilar àqueles apreciados pelos paradigmas, em que a Terracap postulava\nem sede de oposição a posse de bens disputados em demanda possessória\npendente entre particulares, alegando incidentalmente o domínio como\nmeio de demonstração da posse. 3. Os elementos fático-jurídico nos casos\ncotejados são similares porque tanto no caso examinado pelo paradigma\nquanto naquele examinado pelo acórdão embargado de divergência o ente\npúblico manifesta oposição em demanda possessória pendente entre\nparticulares, sustentando ter ele (o ente público) direito à posse e\nalegando domínio apenas incidentalmente, como forma de demonstração da\nposse. 4. Divergência configurada, uma vez que no acórdão embargado a\noposição não foi admitida, ao passo que nos paradigmas se admitiu tal\nforma de intervenção de terceiro. Embargos de divergência admitidos. 5.\nO art. 923 do CPC/73 (atual art. 557 do CPC/2015), ao proibir, na\npendência de demanda possessória, a propositura de ação de\nreconhecimento do domínio, apenas pode ser compreendido como uma forma\nde se manter restrito o objeto da demanda possessória ao exame da posse,\nnão permitindo que se amplie o objeto da possessória para o fim de se\nobter sentença declaratória a respeito de quem seja o titular do\ndomínio. 6. A vedação constante do art. 923 do CPC/73 (atual art. 557 do\nCPC/2015), contudo, não alcança a hipótese em que o proprietário alega a\ntitularidade do domínio apenas como fundamento para pleitear a tutela\npossessória. Conclusão em sentido contrário importaria chancelar\neventual fraude processual e negar tutela jurisdicional a direito\nfundamental. 7. Titularizar o domínio, de qualquer sorte, não induz\nnecessariamente êxito na demanda possessória. Art. 1.210, parágrafo 2º,\ndo CC/2002. A tutela possessória deverá ser deferida a quem ostente\nmelhor posse, que poderá ser não o proprietário, mas o cessionário,\narrendatário, locatário, depositário, etc. 8. A alegação de domínio,\nembora não garanta por si só a obtenção de tutela possessória, pode ser\nformulada incidentalmente com o fim de se obter tutela possessória.\n[...]\" (EREsp 1134446MT, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, CORTE\nESPECIAL, julgado em 21/03/2018, DJe 04/04/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO POSSESSÓRIA ENTRE PARTICULARES. OPOSIÇÃO. TERRACAP.\nPOSSIBILIDADE. [...] Segundo a jurisprudência desta Corte Superior, é\ncabível o oferecimento de oposição pela TERRACAP para defesa de sua\nposse sobre bem imóvel, com fundamento em domínio da área pública, em\nação de reintegração de posse entre particulares. [...]\"\n(AgRg no REsp 1282207DF, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA,\nTERCEIRA TURMA,\njulgado em 15/12/2015, DJe 02/02/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. LITIGANTES. PARTICULARES.\nOPOSIÇÃO. OFERECIMENTO. COMPANHIA IMOBILIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL.\nCABIMENTO. [...] É cabível o oferecimento de oposição pela TERRACAP para\ndefesa de sua posse sobre bem imóvel, com fundamento em domínio da área\npública, em ação de reintegração de posse entre particulares. 2.- 'Se a\nposse, pelo Poder Público, decorre de sua titularidade sobre os bens, a\noposição manifestada pela Terracap no processo não tem, como fundamento,\nseu domínio sobre a área pública, mas a posse dele decorrente'\n(Precedente. REsp 780.401/DF, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA\nTURMA, julgado em 03/09/2009, DJe 21/09/2009). [...]\"\n(AgRg nos EDcl no REsp 1099469DF, Rel. Ministro SIDNEI BENETI,\nTERCEIRA TURMA,\njulgado em 15/09/2011, DJe 22/09/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] Ação possessória, entre dois particulares, disputando área\npública. Oposição apresentada pela Terracap. Extinção do processo, na\norigem, com fundamento na inadmissibilidade de se pleitear proteção\nfundamentada no domínio, durante o trâmite de ação possessória. Art. 923\ndo CPC. [...] A jurisprudência do STJ pacificou-se no sentido de\nconsiderar públicos os bens pertencentes à Terracap. - Ao ingressar com\noposição, a Terracap apenas demonstra seu domínio sobre a área para\ncomprovar a natureza pública dos bens. A discussão fundamentada no\ndomínio é meramente incidental. A pretensão manifestada no processo tem,\ncomo fundamento, a posse da Empresa Pública sobre a área. - A posse,\npelo Estado, sobre bens públicos, notadamente quando se trata de bens\ndominicais, dá-se independentemente da demonstração do poder de fato\nsobre a coisa. Interpretação contrária seria incompatível com a\nnecessidade de conferir proteção possessória à ampla parcela do\nterritório nacional de que é titular o Poder Público. - Se a posse, pelo\nPoder Público, decorre de sua titularidade sobre os bens, a oposição\nmanifestada pela Terracap no processo não tem, como fundamento, seu\ndomínio sobre a área pública, mas a posse dele decorrente, de modo que é\nincabível opor, à espécie, o óbice do art. 923 do CPC. [...]\"\n(REsp 780401DF, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA,\njulgado em\n03/09/2009, DJe 21/09/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 11/11/2019RSTJ vol. 256 p. 713", "Precedentes": "EREsp 1134446 MT 2009/0129278-6 Decisão:21/03/2018\nDJe DATA:04/04/2018\nRSTJ VOL.:00250 PG:00038AgRg no REsp 1282207 DF 2011/0226071-4 Decisão:15/12/2015\nDJe DATA:02/02/2016AgRg nos EDcl no REsp 1099469 DF 2008/0228015-3\nDecisão:15/09/2011\nDJe DATA:22/09/2011REsp 780401 DF 2005/0146869-2 Decisão:03/09/2009\nDJe DATA:21/09/2009", "Referência Legislativa": "LEG:FED CFB:****** ANO:1988\n***** CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988\n ART:00005 INC:00025\nLEG:FED LEI:010406 ANO:2002\n***** CC-02 CÓDIGO CIVIL DE 2002\n ART:01210 PAR:00002\nLEG:FED LEI:005869 ANO:1973\n***** CPC-73 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 1973\n ART:00056 ART:00923\nLEG:FED LEI:013105 ANO:2015\n***** CPC-15 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015\n ART:00557" }
Súmula 636
A folha de antecedentes criminais é documento suficiente a comprovar os maus antecedentes e a reincidência. (Súmula n. 636, Terceira Seção, julgado em 26/6/2019, DJe de 27/6/2019.)
{ "Enunciado": "A folha de antecedentes criminais é documento suficiente a comprovar os\nmaus antecedentes e a reincidência. (SÚMULA 636, TERCEIRA SEÇÃO, julgado\nem 26/06/2019, DJe 27/06/2019)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] ROUBO MAJORADO E CORRUPÇÃO DE MENORES. [...] MAUS ANTECEDENTES.\nFOLHA DE ANTECEDENTES. IDONEIDADE PARA COMPROVAÇÃO. [...] A\njurisprudência desta Corte tem posicionamento firme no sentido de\nconsiderar a folha de antecedentes criminais documento hábil e\nsuficiente para comprovar os antecedentes maculados, dispensando a\napresentação de certidão cartorária. - As condenações alcançadas pelo\nperíodo depurador de 5 anos, previsto no art. 64, inciso I, do Código\nPenal afastam os efeitos da reincidência, mas não impedem a configuração\nde maus antecedentes, permitindo o aumento da pena-base acima do mínimo\nlegal e a devida individualização das penas. [...]\" (HC 456211SP,\nRel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em\n11/09/2018, DJe 20/09/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SUFICIÊNCIA DA PROVA PARA CONDENAÇÃO. REEXAME DE PROVA. SÚMULA\n7/STJ. REINCIDÊNCIA. [...] Cabe ao aplicador da lei, na instância\nordinária, analisar a existência de provas suficientes para embasar o\ndecreto condenatório, ou a ensejar a absolvição, sendo inviável, em sede\nde recurso especial, rediscutir a suficiência probatória para a\ncondenação. (Súmula 7/STJ) [...] 5. É assente neste Sodalício o\nposicionamento de que a folha de antecedentes criminais é documento\nhábil e suficiente à comprovação da existência de maus antecedentes e\nreincidência, não sendo, pois, imprescindível a apresentação de certidão\ncartorária. [...]\" (AgRg no REsp 1716998RN, Rel. Ministra MARIA\nTHEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 08/05/2018, DJe\n16/05/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ROUBO MAJORADO. DOSIMETRIA DA PENA. EXASPERAÇÃO DA PENA-BASE.\nPERSONALIDADE. FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA. [...] No presente caso, a Corte\nde origem considerou duas condenações transitadas em julgado, por fatos\nposteriores ao sub judice, remanescendo, portanto, incorreta a valoração\nnegativa da personalidade do agente, com base em condenação posterior ao\npresente fato, a fim de supedanear o aumento da pena-base. III - Não há\nque se falar na necessidade de certidão explicativa de antecedentes\ncriminais. A jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça é firme\nno sentido de que a folha de antecedentes criminais é documento válido e\nsuficiente para comprovar os maus antecedentes e a reincidência, motivo\npelo qual não há que se falar em constrangimento ilegal na aferição\nnegativa desse elemento. [...]\" (HC 396780SP, Rel. Ministro FELIX\nFISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 03/08/2017, DJe 10/08/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FURTO QUALIFICADO. RÉU REINCIDENTE. FOLHA DE ANTECEDENTES\nCRIMINAIS. DOCUMENTO APTO A COMPROVAR A REINCIDÊNCIA. [...] No que se\nrefere ao pleito de afastamento da agravante da reincidência, é firme a\njurisprudência desta Corte de Justiça 'no sentido de que a folha de\nantecedentes criminais é documento hábil e suficiente a comprovar os\nmaus antecedentes e a reincidência, não sendo, pois, obrigatória a\napresentação de certidão cartorária' (HC 175.538/SP, Rel. Ministro MARCO\nAURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, DJe 18/04/2013). [...]\" (HC 315449SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 15/12/2016,\nDJe 01/02/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXASPERAÇÃO DA PENA-BASE. QUANTIDADE DE DROGA APREENDIA. [...]\nCERTIDÃO CARTORÁRIA. NÃO OBRIGATORIEDADE. [...] O registro de condenação\ntransitada em julgado em folha de antecedentes criminais é suficiente\npara a caracterização da reincidência, não sendo obrigatória a\napresentação de certidão cartorária. [...]\" (HC 212789SP, Rel.\nMinistro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 07/10/2014, DJe\n21/10/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ROUBO SIMPLES TENTADO. [...] FOLHA DE ANTECEDENTES. VALOR\nPROBATÓRIO. MAUS ANTECEDENTES E REINCIDÊNCIA. CARACTERIZAÇÃO. [...] A\nfolha de antecedentes criminais possui fé pública e valor probante para\no reconhecimento das informações nela certificadas. 2. Condenações\nanteriores com trânsito em julgado há mais de cinco anos não\ncaracterizam a reincidência, mas podem ser consideradas como maus\nantecedentes. 3. O reconhecimento da reincidência com fundamento em\ncondenação prévia e definitiva distinta daquela(s) considerada(s) na\nprimeira etapa da dosimetria não caracteriza ofensa ao princípio do ne\nbis in idem. [...]\" (HC 272899SP, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI\nCRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 18/09/2014, DJe 02/10/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] MAUS ANTECEDENTES. ACRÉSCIMO DA SANÇÃO BÁSICA. COMPROVAÇÃO POR\nCERTIDÃO CARTORÁRIA. DESNECESSIDADE. [...] Consoante reiterada\njurisprudência desta Corte, a ausência de certidão cartorária não impede\no reconhecimento dos maus antecedentes, o que pode ser legitimamente\nfeito com base na folha de antecedentes. 2. Havendo referência no\nacórdão recorrido quanto à existência nos autos de folha de antecedentes\ndo recorrente que registra condenação definitiva anterior, não se pode\nfalar em afronta ao art. 59 do CP ou ao enunciado do verbete n. 444 da\nSúmula do STJ. [...]\" (AgRg no REsp 1417107SP, Rel. Ministro JORGE\nMUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 06/05/2014, DJe 13/05/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO DE DROGAS. [...] REINCIDÊNCIA. COMPROVAÇÃO POR MEIO DE\nFOLHA DE ANTECEDENTES, POSSIBILIDADE. [...] Esta Corte de Justiça tem\nentendimento consolidado no sentido de que a folha de antecedentes\ncriminais é documento hábil à comprovação da reincidência. [...]\"\n(HC 211072MS, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA,\njulgado\nem 26/11/2013, DJe 13/12/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] REINCIDÊNCIA. COMPROVAÇÃO. FOLHA DE ANTECEDENTES CRIMINAIS\nEXPEDIDA PELO INSTITUTO NACIONAL DE IDENTIFICAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL.\nPOSSIBILIDADE. [...] A folha de antecedentes criminais expedida pelo INI\ncontém a identificação do Recorrido, o crime que o condenou e a data do\ntrânsito em julgado da condenação. Informações essas bastantes e\nsuficientes para o reconhecimento da agravante da reincidência, prevista\nnos arts. 61, I, e 63 do CP. [...]\" (REsp 285750DF, Rel. Ministra\nLAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 07/10/2003, DJ 08/03/2004, p. 309)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 27/06/2019RSSTJ vol. 48 p. 353RSTJ vol. 254 p. 1531", "Precedentes": "HC 456211 SP 2018/0155584-3 Decisão:11/09/2018\nDJe DATA:20/09/2018AgRg no REsp 1716998 RN 2017/0333794-0 Decisão:08/05/2018\nDJe DATA:16/05/2018HC 396780 SP 2017/0088808-0 Decisão:03/08/2017\nDJe DATA:10/08/2017HC 315449 SP 2015/0022059-1 Decisão:15/12/2016\nDJe DATA:01/02/2017HC 212789 SP 2011/0159540-6 Decisão:07/10/2014\nDJe DATA:21/10/2014\nRB VOL.:00613 PG:00052HC 272899 SP 2013/0206023-8 Decisão:18/09/2014\nDJe DATA:02/10/2014AgRg no REsp 1417107 SP 2013/0371791-1 Decisão:06/05/2014\nDJe DATA:13/05/2014HC 211072 MS 2011/0006970-2 Decisão:26/11/2013\nDJe DATA:13/12/2013REsp 285750 DF 2000/0112563-0 Decisão:07/10/2003\nDJ DATA:08/03/2004 PG:00309", "Referência Legislativa": "LEG:FED DEL:002848 ANO:1940\n***** CP-40 CÓDIGO PENAL\n ART:00059 ART:00061 INC:00001 ART:00063" }
Súmula 635
Os prazos prescricionais previstos no art. 142 da Lei n. 8.112/1990 iniciam-se na data em que a autoridade competente para a abertura do procedimento administrativo toma conhecimento do fato, interrompem-se com o primeiro ato de instauração válido - sindicância de caráter punitivo ou processo disciplinar - e voltam a fluir por inteiro, após decorridos 140 dias desde a interrupção. (Súmula n. 635, Primeira Seção, julgado em 12/6/2019, DJe de 17/06/2019.)
{ "Enunciado": "Os prazos prescricionais previstos no art. 142 da Lei n. 8.112/1990\niniciam-se na data em que a autoridade competente para a abertura do\nprocedimento administrativo toma conhecimento do fato, interrompem-se\ncom o primeiro ato de instauração válido - sindicância de caráter\npunitivo ou processo disciplinar - e voltam a fluir por inteiro, após\ndecorridos 140 dias desde a interrupção. (SÚMULA 635, PRIMEIRA SEÇÃO,\njulgado em 12/06/2019, DJe 17/06/2019)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] PROCESSO ADMINISTRATIVO. PRESCRIÇÃO. DATA DO CONHECIMENTO DO FATO\nPELA AUTORIDADE COMPETENTE. [...] Quanto à prescrição, tem-se que a\njurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça possui entendimento\nfirme no sentido de que o termo inicial da prescrição da pretensão\npunitiva disciplinar é a data do conhecimento do fato pela autoridade\ncompetente para a instauração do procedimento administrativo (art. 142,\n§ 1º, da Lei n° 8.112/1990), e não da ciência da infração por qualquer\nservidor público. [...]\" (AgInt no REsp 1571622RS, Rel. Ministro\nFRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/09/2018, DJe 12/09/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PAD. ANULAÇÃO. ALEGADA OCORRÊNCIA DE\nPRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL DO PRAZO PRESCRICIONAL: CIÊNCIA DOS FATOS PARA\nAUTORIDADE COMPETENTE. JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA DESTA CORTE. [...] O\nacórdão recorrido está em harmonia com a orientação jurisprudencial\ndesta Corte de que o termo inicial para a contagem do prazo\nprescricional para o ato punitivo da Administração é a data da ciência\ndo ato imputado pela autoridade competente, não sendo possível acolher a\ntese recursal de que tal prazo se iniciaria na data da prática do ato.\n[...]\" (AgInt no AREsp 374344MG, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA\nFILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/02/2018, DJe 05/03/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO. DIRETOR PRESIDENTE DE FUNDAÇÃO DE NATUREZA\nPRIVADA. PROCESSO DISCIPLINAR. PRESCRIÇÃO. INOCORRÊNCIA. [...] O termo\ninicial da prescrição da pretensão punitiva disciplinar estatal é a data\ndo conhecimento do fato pela autoridade competente para instaurar o\nprocesso administrativo disciplinar, a qual se interrompe com a\npublicação do primeiro ato instauratório válido, seja a abertura de\nsindicância ou a instauração de processo disciplinar, sendo certo que\ntal interrupção não é definitiva, visto que, após o prazo de 140 dias, o\nprazo recomeça a correr por inteiro. 2. Hipótese em que não se\nconcretizou a prescrição punitiva da administração, porquanto a portaria\nque cassou a aposentadoria do impetrante com restrição de retorno ao\nserviço público federal foi publicada antes do quinquênio legal. [...]\"\n(MS 21669DF, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado\nem 23/08/2017, DJe 09/10/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. DEMISSÃO. TERMO INICIAL.\nDATA DO CONHECIMENTO DO FATO PELA AUTORIDADE COMPETENTE PARA INSTAURAR O\nPROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. PRESCRIÇÃO AFASTADA. [...] A Lei\n8.112/1990, ao versar sobre a prescrição da ação disciplinar (art. 142),\nprevê como seu termo inicial a data do conhecimento do fato pela\nautoridade competente para instaurar o processo administrativo\ndisciplinar (§ 1º do art. 142), cujo implemento constitui causa\ninterruptiva (§ 3º do art. 142). O Inequívoco conhecimento da autoridade\nhierarquicamente superior dá início ao decurso do prazo prescricional.\n[...]\" (REsp 1675064RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA\nTURMA, julgado em 17/08/2017, DJe 13/09/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. DEMISSÃO. RESTRIÇÃO DE\nRETORNO AO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL. INSTAURAÇÃO DO PAD. CAUSA\nINTERRUPTIVA. PRESCRIÇÃO AFASTADA. [...] A Lei 8.112/90, ao versar sobre\na prescrição da ação disciplinar (art. 142), prevê como seu termo\ninicial a data do conhecimento do fato pela autoridade competente para\ninstaurar o processo administrativo disciplinar (§ 1º do art. 142), cujo\nimplemento constitui causa interruptiva (§ 3º do art. 142). Inequívoco\nconhecimento da autoridade hierarquicamente superior dá início ao\ndecurso do prazo prescricional. [...]\" (MS 21682DF, Rel. Ministro\nBENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/06/2017, DJe\n21/06/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL. PROCESSO\nADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. PENA DE DEMISSÃO. ARTS. 117, IX, E 132, IV,\nDA LEI 8.112/1990. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA DISCIPLINAR.\nINOCORRÊNCIA. [...] Pretende o impetrante, ex-servidor, ocupante do\ncargo de Técnico de Serviços Diversos do Quadro de Pessoal do Instituto\nNacional do Seguro Social - INSS o reconhecimento da nulidade da\nPortaria 204, de 01/06/2015, que lhe aplicou a pena de demissão por\nvaler-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em\ndetrimento da dignidade da função público (art. 117, IX, da Lei\n8.112/1990), com restrição de retorno ao serviço público, nos termos do\nart. 137, parágrafo único, da Lei 8.112/1190, em decorrência dos fatos\napurados no PAD 35308.000307/2009-87, ao fundamento de que a pretensão\npunitiva disciplinar estaria fulminada pela prescrição, da\ndesproporcionalidade da penalidade aplicada face a sua conduta, da\ninsuficiência de fundamentação e motivação por parte da autoridade\ncoatora para o agravamento da penalidade sugerida pela comissão\nprocessante e da ausência de comprovação da transgressão funcional. 2. O\ntermo inicial da prescrição da pretensão punitiva disciplinar estatal é\na data do conhecimento do fato pela autoridade competente para instaurar\no Processo Administrativo Disciplinar (art. 142, § 1º, da Lei\n8.112/1990), a qual interrompe-se com a publicação do primeiro ato\ninstauratório válido, seja a abertura de sindicância ou a instauração de\nprocesso disciplinar (art. 142, § 3º, da Lei 8.112/1990). Esta\ninterrupção não é definitiva, visto que, após o prazo de 140 dias (prazo\nmáximo para conclusão e julgamento do PAD a partir de sua instauração\n(art. 152 c/c art. 167)), o prazo prescricional recomeça a correr por\ninteiro (art. 142, § 4º, da Lei 8.112/1990). [...]\" (MS 22028DF,\nRel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em\n28/09/2016, DJe 19/12/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL. PROCESSO DISCIPLINAR. PENA DE\nDEMISSÃO. PRIMEIRA PORTARIA DE INSTAURAÇÃO. REQUISITOS DE VALIDADE.\nOCORRÊNCIA. EFEITO. ABERTURA DO PAD. MANIFESTAÇÃO DE\nIMPEDIMENTO/SUSPEIÇÃO DA TRÍADE PROCESSANTE. ABSTENÇÃO DE PRATICAR\nQUALQUER ATO NOS AUTOS. SEGUNDA PORTARIA. NÃO INTERRUPÇÃO DO LUSTRO\nTEMPORAL. PRESCRIÇÃO. OCORRÊNCIA. [...] O termo inicial da prescrição da\npretensão punitiva disciplinar estatal é a data do conhecimento do fato\npela autoridade competente para instaurar o Processo Administrativo\nDisciplinar, a qual se interrompe com a publicação do primeiro ato\ninstauratório válido, seja a abertura de sindicância ou a instauração de\nprocesso disciplinar, sendo certo que tal interrupção não é definitiva,\nvisto que, após o prazo de 140 dias, o prazo prescricional recomeça a\ncorrer por inteiro. 2. O primeiro ato instauratório válido se deu com a\npublicação da Portaria n. 71, de 16/05/2008, uma vez que atendeu a todos\nos requisitos legais de validade, uma vez que cumpriu seu objetivo de\nidentificar, com precisão, o sujeito (autoridade responsável pela\nabertura do PAD), os integrantes da comissão, o procedimento adotado, o\nprazo concedido pela autoridade, ressaltando que os fatos que\ndesencadearam os trabalhos da comissão foram aqueles já noticiados no\nbojo do Processo Administrativo n. 08.655.005.421/2006-38. 3. O ato\ninaugural de instauração do PAD - Portaria n. 71, de 16/05/2008 - não só\nfoi editado conforme a lei como também produziu o efeito desejado, qual\nseja, a instauração do procedimento apuratório disciplinar e, em razão\ndisso, a interrupção do prazo prescricional da pretensão punitiva da\nadministração. 4. Editada nova portaria (Portaria n. 164, de 24/08/2009)\npara a instauração de outro PAD - com finalidade idêntica à do PAD\nanterior - e designação de nova Comissão Processante, em razão da\nsuspeição/impedimento de todos os membros indicados na portaria\ninaugural (os quais suscitaram tais óbices), não há que se falar em\nmarco interruptivo para a contagem do lustro temporal, uma vez que o PAD\njá estava instaurado desde 16/05/2008, pela Portaria n. 71, e tendo em\nvista que a tríade processante originalmente constituída não praticou\nnenhum ato nos autos. [...] 6. A contagem do prazo prescricional -\niniciada em 21/03/2007, quando a autoridade competente para a\ninstauração do Processo Administrativo Disciplinar foi cientificada do\nilícito funcional - foi interrompida com a publicação da Portaria n. 71,\nem 16/05/2008, e reiniciada por inteiro após decorridos 140 dias daquela\ninterrupção (6/10/2008). Dessa forma, acrescidos os cinco anos, os atos\nimpugnados poderiam ter ocorrido até 06/10/2013. 7. Hipótese em que\nocorreu a prescrição punitiva da administração, uma vez que as Portarias\nn. 3.210, 3.211 e 3.212, que demitiram os impetrantes, foram publicadas\nem 10/10/2013. [...]\" (MS 20553BA, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA,\nPRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/09/2016, DJe 27/09/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. TERMO INICIAL DO PRAZO\nPRESCRICIONAL. DATA DO CONHECIMENTO DOS FATOS PELA AUTORIDADE COMPETENTE\nPARA INSTAURAÇÃO DO PAD. AUSÊNCIA DE PRESCRIÇÃO. [...] Prevalece no STJ\no entendimento de que, nos termos do art. 142, § 1°, da Lei 8.112/1990,\no termo inicial do prazo prescricional da pretensão punitiva disciplinar\ndo Estado inicia-se na data do conhecimento do fato pela autoridade\ncompetente para a instauração do PAD. [...]\" (AgRg no AgRg no REsp\n1535918RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em\n26/04/2016, DJe 27/05/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. PRESCRIÇÃO. OCORRÊNCIA.\nINÍCIO DO PRAZO PRESCRICIONAL DA CIÊNCIA DOS FATOS PELA AUTORIDADE\nCOMPETENTE PARA INSTAURAÇÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR.\nAPURAÇÃO PRELIMINAR DOS FATOS E INSTAURAÇÃO DO PAD PELA\nCONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO. TRANSCURSO DE MAIS DE 2 (DOIS) ANOS DO\nCONHECIMENTO DOS FATOS ATÉ A ABERTURA DO PROCESSO DISCIPLINAR. [...]\nTrata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, contra Portaria\ndo Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União que aplicou,\nao impetrante, a pena de suspensão por 60 dias, com base nos fatos\napurados em Processo Administrativo Disciplinar. 2. Assiste razão ao\nimpetrante em relação à ocorrência do decurso do prazo prescricional\npara pretensão disciplinar de aplicação da penalidade de suspensão. 3. O\ntermo inicial da prescrição (a quo) se dá na data de conhecimento dos\nfatos pela autoridade competente para a instauração do processo\nadministrativo disciplinar para a apuração da falta, ficando\ninterrompida a partir daí até a aplicação da sanção. No caso em exame,\nos fatos já eram do conhecimento do Ministro de Estado da\nControladoria-Geral da União em 29.7.2009. A abertura do Processo\nAdministrativo Disciplinar somente se deu em 01.08.2011, de sorte que\ntranscorreu por inteiro o prazo prescricional, tendo em vista que a\npenalidade de suspensão prescreve em 2 (dois) anos, a teor do artigo\n142, II, da Lei n. 8.112/90. [...]\" (MS 20942DF, Rel. Ministro OG\nFERNANDES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 24/06/2015, DJe 01/07/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 17/06/2019RSSTJ vol. 48 p. 327RSTJ vol. 254 p. 1530", "Precedentes": "AgInt no REsp 1571622 RS 2015/0306835-0 Decisão:04/09/2018\nDJe DATA:12/09/2018AgInt no AREsp 374344 MG 2013/0236800-5 Decisão:20/02/2018\nDJe DATA:05/03/2018MS 21669 DF 2015/0060804-4 Decisão:23/08/2017\nDJe DATA:09/10/2017REsp 1675064 RJ 2017/0110154-2 Decisão:17/08/2017\nDJe DATA:13/09/2017MS 21682 DF 2015/0067758-9 Decisão:14/06/2017\nDJe DATA:21/06/2017MS 22028 DF 2015/0216489-0 Decisão:28/09/2016\nDJe DATA:19/12/2016MS 20553 BA 2013/0358660-7 Decisão:14/09/2016\nDJe DATA:27/09/2016AgRg no AgRg no REsp 1535918 RS 2015/0131980-6\nDecisão:26/04/2016\nDJe DATA:27/05/2016MS 20942 DF 2014/0085371-0 Decisão:24/06/2015\nDJe DATA:01/07/2015", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:008112 ANO:1990\n***** RJU-90 REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA\nUNIÃO\n ART:00142 ART:00143 ART:00152 ART:00167" }
Súmula 634
Ao particular aplica-se o mesmo regime prescricional previsto na Lei de Improbidade Administrativa para o agente público. (Súmula n. 634, Primeira Seção, julgado em 12/6/2019, DJe de 17/06/2019.)
{ "Enunciado": "Ao particular aplica-se o mesmo regime prescricional previsto na Lei de\nImprobidade Administrativa para o agente público. (SÚMULA 634, PRIMEIRA\nSEÇÃO, julgado em 12/06/2019, DJe 17/06/2019)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PRESCRIÇÃO. SERVIDORES PÚBLICOS.\nAFERIÇÃO INDIVIDUAL. [...] A averiguação do transcurso do prazo\nprescricional da pretensão punitiva por ato de improbidade\nadministrativa deve ser feita individualmente, a partir do término do\nexercício do cargo em comissão, consoante dispõe o art. 23, I, da Lei n.\n8.429/92. [...]\" (AgInt no REsp 1536133CE, Rel. Ministra REGINA\nHELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 07/08/2018, DJe 14/08/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. VÍCIO EM PROCEDIMENTO\nLICITATÓRIO. [...] O Ministério Público Federal propôs ação de\nresponsabilização por ato de improbidade envolvendo os demandados, uma\nvez que a Companhia de Docas do Estado de São Paulo e a Santos Brasil\nParticipações S.A. teriam celebrado termo de concessão referente a áreas\ndo Porto de Santos/SP por meio de contratação direta. [...] Com relação\nà prescrição do ato de improbidade administrativa, vislumbra-se que a\npremissa jurídica adotada pelo Tribunal de origem foi equivocada. Em se\ntratando de ato de improbidade administrativa praticado por particular,\njuntamente com servidores públicos, o marco inicial do prazo\nprescricional quinquenal para a aplicação das penalidades corresponderá\nà data de desligamento dos agentes públicos. [...]\" (AgInt no REsp\n1528837SP, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA TURMA, julgado em\n24/10/2017, DJe 31/10/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PRAZO PRESCRICIONAL. TERMO INICIAL.\nDIA SEGUINTE AO TÉRMINO DO MANDATO. [...] O prazo prescricional, na ação\nde improbidade administrativa ajuizada contra agente público, é de 5\n(cinco) anos contados do primeiro dia após o fim do exercício no cargo.\nA mesma regra deve ser estendida aos particulares litisconsortes\npassivos. [...]\" (REsp 1374373MG, Rel. Ministro OG FERNANDES,\nSEGUNDA TURMA, julgado em 03/10/2017, DJe 11/10/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. [...] TERMO\nINICIAL DA PRESCRIÇÃO. APLICAÇÃO DA MESMA SISTEMÁTICA ATRIBUÍDA AOS\nAGENTES PÚBLICOS. [...] Quanto à prescrição das sanções, a\njurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é firme no sentido de\nque, 'nos termos do artigo 23, I e II, da Lei 8429/92, aos particulares,\nréus na ação de improbidade administrativa, aplica-se a mesma\nsistemática atribuída aos agentes públicos para fins de fixação do termo\ninicial da prescrição' (AgRg no REsp 1.541.598/RJ, Rel. Ministro Mauro\nCampbell Marques, Segunda Turma, DJe de 13.11.2015). [...]\"\n(AgInt no REsp 1453044SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA\nTURMA, julgado\nem 07/02/2017, DJe 06/03/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. RECEBIMENTO DA INICIAL. PRESCRIÇÃO.\n[...] ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE TERIAM SIDO PRATICADOS POR\nPARTICULAR, EM CONLUIO COM AGENTES PÚBLICOS, NÃO OCUPANTES DE CARGO\nEFETIVO. TERMO INICIAL DO PRAZO PRESCRICIONAL. ART. 23, I, DA LEI\n8.429/92. [...] No acórdão objeto do Recurso Especial, o Tribunal de\norigem negou provimento a Agravo de Instrumento, interposto contra\ndecisão que, afastando a prescrição, recebeu a inicial de Ação Civil\nPública ajuizada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, na qual\né imputada, ao agravante, a prática de atos de improbidade\nadministrativa, que teriam sido praticados em conjunto com agentes\npúblicos do Município de Santo André/SP, entre os anos de 1997 a 2001.\n[...] IV. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é firme no\nsentido de que, 'nos termos do artigo 23, I e II, da Lei 8429/92, aos\nparticulares, réus na ação de improbidade administrativa, aplica-se a\nmesma sistemática atribuída aos agentes públicos para fins de fixação do\ntermo inicial da prescrição' [...]\" (AgRg no AREsp 161126SP, Rel.\nMinistra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 02/06/2016, DJe\n13/06/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. [...] PRESCRIÇÃO\nNAS AÇÕES PROPOSTAS CONTRA O PARTICULAR. TERMO INICIAL IDÊNTICO AO DO\nAGENTE PÚBLICO QUE PRATICOU O ATO ÍMPROBO. PRECEDENTES DO STJ. ART. 7º\nDA LEI 8.429/92. [...] Esta Corte firmou orientação no sentido de que,\nnos termos do artigo 23, I e II, da Lei 8429/92, aos particulares, réus\nna ação de improbidade administrativa, aplica-se a mesma sistemática\natribuída aos agentes públicos para fins de fixação do termo inicial da\nprescrição. [...]\" (AgRg no REsp 1541598RJ, Rel. Ministro MAURO\nCAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/11/2015, DJe 13/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PARTICULAR EM CONLUIO COM\nAGENTES PÚBLICOS. APLICAÇÃO DO ART. 23 DA LIA. POSSIBILIDADE. [...] A\ncompreensão firmada no Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que,\nnas ações de improbidade administrativa, para o fim de fixação do termo\ninicial do curso da prescrição, aplicam-se ao particular que age em\nconluio com agente público as disposições do art. 23, I e II, da Lei nº\n8.429/1992. [...]\" (AgRg no REsp 1510589SE, Rel. Ministro BENEDITO\nGONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 26/05/2015, DJe 10/06/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PARTICULAR BENEFICIÁRIO DO ATO\nÍMPROBO. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. SIMETRIA COM PRAZO DO AGENTE\nPÚBLICO. [...] Esta Corte Superior entende que o termo inicial da\nprescrição em improbidade administrativa em relação a particulares que\nse beneficiam de ato ímprobo é idêntico ao do agente público que\npraticou a ilicitude, a teor do disposto no art. 23, I e II, da Lei n.\n8.429/92. [...]\" (REsp 1433552SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,\nSEGUNDA TURMA, julgado em 25/11/2014, DJe 05/12/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. [...]\nPRAZO PRESCRICIONAL PARA PROPOSITURA DA AÇÃO CONTRA PARTICULAR QUE TENHA\nAGIDO EM CONLUIO COM AGENTE PÚBLICO. TERMO A QUO. ART. 23, I e II, DA\nLEI Nº 8.429/1992. [...] A compreensão firmada no Superior Tribunal de\nJustiça é no sentido de que, nas ações de improbidade administrativa,\npara o fim de fixação do termo inicial do curso da prescrição,\naplicam-se ao particular que age em conluio com agente público as\ndisposições do art. 23, I e II, da Lei nº 8.429/1992. 3 - O objetivo da\nregra estabelecida na LIA para contagem do prazo prescricional é\njustamente impedir que os protagonistas de atos de improbidade\nadministrativa - quer agentes públicos, quer particulares em parceria\ncom agentes públicos - explorem indevidamente o prestígio, o poder e as\nfacilidades decorrentes de função ou cargo públicos para dificultar ou\nmesmo impossibilitar as investigações. 4 - Afasta-se, pois, a tese de\nocorrência da prescrição, porque, na espécie, o agente público que atuou\nem conjunto com o particular desligou-se do cargo apenas no ano seguinte\nao da propositura da ação civil pública. [...]\" (REsp 1405346SP,\nRel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, Rel. p/ Acórdão Ministro SÉRGIO\nKUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 15/05/2014, DJe 19/08/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL.\n[...] TERCEIRO EM CONLUIO COM AGENTES PÚBLICOS. APLICAÇÃO DO ART. 23 DA\nLIA. [...] Nos moldes da jurisprudência firmada do STJ, aplica-se aos\nparticulares, réus em ação de improbidade, a mesma sistemática cabível\naos agentes públicos, prevista no art. 23, I e II, da Lei 8.429/1992,\npara fins de fixação do termo inicial da prescrição. [...]\"\n(AgRg no REsp 1159035MG, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA\nTURMA, julgado\nem 21/11/2013, DJe 29/11/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL DE IMPROBIDADE. CONTRATAÇÕES DE SERVIÇOS PUBLICITÁRIOS\nSEM LICITAÇÃO. HOMOLOGAÇÃO E PAGAMENTO ADMINISTRATIVO SEM A EFETIVA\nPRESTAÇÃO DO SERVIÇO. TERCEIRO QUE NÃO É AGENTE PÚBLICO. PRESCRIÇÃO.\n[...] Ação civil de improbidade relativa a contratações, ao longo do ano\nde 1994, de serviços publicitários sem licitação e que teriam sido pagos\nsem a devida prestação pelo contratado. [...] Em relação ao terceiro que\nnão detém a qualidade de agente público, incide também a norma do art.\n23 da Lei nº 8.429/1992 para efeito de aferição do termo inicial do\nprazo prescricional. [...]\" (REsp 1156519RO, Rel. Ministro CASTRO\nMEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/06/2013, DJe 28/06/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. [...]\nPRAZO PRESCRICIONAL NAS AÇÕES PROPOSTAS CONTRA PARTICULAR. ART. 23 DA\nLEI 8.429/92. [...]\" (AgRg no Ag 1300240RS, Rel. Ministro TEORI\nALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 21/06/2012, DJe 27/06/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IMPROBIDADE. TERMO A QUO DO PRAZO PRESCRICIONAL. [...] Tendo como\nescopo a aplicação das sanções previstas na Lei 8.429/1992, o particular\nsubmete-se ao mesmo prazo prescricional que o agente público que\npraticou o ato ímprobo. [...]\" (EDcl no AgRg no REsp 1066838SC,\nRel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 07/04/2011, DJe\n26/04/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PRAZO\nPRESCRICIONAL. TERMO INICIAL. ATO PRATICADO POR PARTICULAR. APLICAÇÃO DO\nART. 23, I E II, DA LEI 8.429/92. [...] Na hipótese examinada, o\nMinistério Público do Estado do Paraná ajuizou ação civil pública por\natos de improbidade administrativa contra os recorrentes e Outros (fls.\n38/81), em face de supostas irregularidades em operações financeiras\nrealizadas no Banco do Estado do Paraná, na qual foi determinada a\nindisponibilidade dos bens dos recorrentes, nos termos do pedido da\npetição inicial que delimitou especificamente o valor do suposto dano\ncausado ao erário pelos requeridos, individualmente (fls. 35/36). Tal\ndecisão foi mantida pelo Tribunal de origem, que também analisou a\nalegação de prescrição por questão de ordem pública. 5. A orientação\ndesta Corte Superior é no sentido de que o termo inicial da prescrição\nem improbidade administrativa em relação a particulares é idêntico ao do\nagente público que praticou o ato ímprobo, matéria regulada no art. 23,\nI e II, da Lei 8.429/92. [...]\" (REsp 773227PR, Rel. Ministra\nDENISE ARRUDA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 09/12/2008, DJe 11/02/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 17/06/2019RSSTJ vol. 48 p. 317RSTJ vol. 254 p. 1529", "Precedentes": "AgInt no REsp 1536133 CE 2015/0133656-4 Decisão:07/08/2018\nDJe DATA:14/08/2018AgInt no REsp 1528837 SP 2015/0091621-0 Decisão:24/10/2017\nDJe DATA:31/10/2017REsp 1374373 MG 2013/0078615-8 Decisão:03/10/2017\nDJe DATA:11/10/2017AgInt no REsp 1453044 SP 2014/0105326-9 Decisão:07/02/2017\nDJe DATA:06/03/2017AgRg no AREsp 161126 SP 2012/0063709-6 Decisão:02/06/2016\nDJe DATA:13/06/2016AgRg no REsp 1541598 RJ 2015/0048417-3 Decisão:05/11/2015\nDJe DATA:13/11/2015AgRg no REsp 1510589 SE 2015/0009772-6 Decisão:26/05/2015\nDJe DATA:10/06/2015REsp 1433552 SP 2013/0385548-9 Decisão:25/11/2014\nDJe DATA:05/12/2014REsp 1405346 SP 2013/0177651-2 Decisão:15/05/2014\nDJe DATA:19/08/2014\nRSTJ VOL.:00236 PG:00159AgRg no REsp 1159035 MG 2009/0188052-8 Decisão:21/11/2013\nDJe DATA:29/11/2013REsp 1156519 RO 2009/0092709-0 Decisão:18/06/2013\nDJe DATA:28/06/2013AgRg no Ag 1300240 RS 2010/0066985-7 Decisão:21/06/2012\nDJe DATA:27/06/2012EDcl no AgRg no REsp 1066838 SC 2008/0114043-1\nDecisão:07/04/2011\nDJe DATA:26/04/2011REsp 773227 PR 2005/0132084-4 Decisão:09/12/2008\nDJe DATA:11/02/2009", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:008429 ANO:1992\n***** LIA-92 LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA\n ART:00003 ART:00023 INC:00001 INC:00002" }
Súmula 633
A Lei n. 9.784/1999, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para a revisão de atos administrativos no âmbito da Administração Pública federal, pode ser aplicada, de forma subsidiária, aos estados e municípios, se inexistente norma local e específica que regule a matéria. (Súmula n. 633, Primeira Seção, julgado em 12/6/2019, DJe de 17/6/2019.)
{ "Enunciado": "A Lei n. 9.784/1999, especialmente no que diz respeito ao prazo\ndecadencial para a revisão de atos administrativos no âmbito da\nAdministração Pública federal, pode ser aplicada, de forma subsidiária,\naos estados e municípios, se inexistente norma local e específica que\nregule a matéria. (SÚMULA 633, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/06/2019,\nDJe 17/06/2019)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] MILITAR ANISTIADO. INSTAURAÇÃO DE PROCESSO DE REVISÃO.\nDECADÊNCIA. ARTIGO 54 DA LEI Nº 9.784/99. [...] 'O direito da\nAdministração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos\nfavoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data\nem que foram praticados, salvo comprovada má-fé.' e 'Considera-se\nexercício do direito de anular qualquer medida de autoridade\nadministrativa que importe impugnação à validade do ato.' (artigo 54,\ncaput, e parágrafo 2º, da Lei nº 9.784/99). 2. Com vistas nos princípios\nda razoabilidade e da proporcionalidade, este Superior Tribunal de\nJustiça tem admitido a aplicação, por analogia integrativa, da Lei\nFederal n. 9.784/1999, que disciplina a decadência quinquenal para\nrevisão de atos administrativos no âmbito da administração pública\nfederal, aos Estados e Municípios, quando ausente norma específica, não\nobstante a autonomia legislativa destes para regular a matéria em seus\nterritórios. 3. Instaurado o processo de revisão de anistiado político\napós decorridos mais de sete anos da sua concessão e quase vinte e seis\nanos de recebimento da prestação mensal, permanente e continuada, resta\nconsumado o prazo decadencial de que cuida o artigo 54 da Lei nº\n9.784/99. [...]\" (MS 18338DF, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES,\nPRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/06/2017, DJe 21/06/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PENSÃO POR MORTE. PRETENSÃO DE ANULAÇÃO DO BENEFÍCIO.\nRECONHECIMENTO DE DECADÊNCIA DO DIREITO DA ADMINISTRAÇÃO. PRAZO DECENAL\nPREVISTO NA LEI ESTADUAL 10.177/1998. [...] Cuida-se, na origem, de Ação\nOrdinária por meio da qual a parte recorrente visa à anulação de ato\nadministrativo que concedeu pensão por morte ao recorrido, sem prejuízo\nda restituição de valores depositados no curso da ação, a partir da\ncitação. O acórdão combatido reconheceu a decadência do direito\nvindicado, considerando que a estabilização do ato praticado pelo ente\nestatal ocorre com o decurso do prazo de 10 anos, nos termos do art. 10\nda Lei Estadual 10.177/1998. 2. Discute-se a aplicação do prazo\nquinquenal, previsto na Lei 9.784/99, que regula o processo\nadministrativo no âmbito federal, ou o lapso decenal, estipulado na Lei\nEstadual 10.177/1998, que disciplina o processo administrativo no âmbito\nda Administração Pública Estadual. 3. Tem-se que deve prevalecer o\npreceito especializante da norma estadual, que prevê o prazo decenal. O\nentendimento do STJ é que se aplica o prazo decadencial de 5 (cinco)\nanos para a Administração rever seus atos, nos termos da Lei 9.784/99,\nno âmbito estadual, somente quando ausente norma específica [...]\"\n(REsp 1666687SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,\njulgado em 06/06/2017, DJe 19/06/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LEI 9.784/99. REGRAS DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. AUSÊNCIA DE\nLEI LOCAL. APLICABILIDADE DA LEI FEDERAL NOS ESTADOS E MUNICÍPIOS. [...]\n'Com fundamento nos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade,\neste Superior Tribunal de Justiça tem admitido a aplicação, por analogia\nintegrativa, da Lei Federal n. 9.784/1999, que disciplina a decadência\nquinquenal para revisão de atos administrativos no âmbito da\nAdministração Pública Federal, aos Estados e Municípios, quando ausente\nnorma específica, não obstante a autonomia legislativa destes para\nregular a matéria em seus Territórios.' [...]\" (AgRg no REsp 1083566RJ, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 14/06/2016,\nDJe 24/06/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ART. 54 DA LEI 9.784/99. APLICABILIDADE. [...] Na forma da\njurisprudência, 'com vistas nos princípios da razoabilidade e da\nproporcionalidade, este Superior Tribunal de Justiça tem admitido a\naplicação, por analogia integrativa, da Lei Federal n. 9.784/1999, que\ndisciplina a decadência quinquenal para revisão de atos administrativos\nno âmbito da administração pública federal, aos Estados e Municípios,\nquando ausente norma específica, não obstante a autonomia legislativa\ndestes para regular a matéria em seus territórios' [...]\"\n(AgRg no AREsp 345831PR, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA\nTURMA,\njulgado em 09/06/2016, DJe 21/06/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DESPACHANTE. CASSAÇÃO DE LICENÇA PARA EXERCÍCIO. DEVIDO PROCESSO\nADMINISTRATIVO. PEDIDO DE REVISÃO. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. LEI\nFEDERAL N. 9.784/99. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA AOS ESTADOS E MUNICÍPIOS. NÃO\nOCORRÊNCIA. AUTONOMIA FEDERATIVA. ARTS. 18, 24, XI e 25, TODOS DA CF/88.\n[...] A jurisprudência do STJ firmou-se no sentido de que a Lei n.\n9.784/99 pode ser aplicada de forma subsidiária no âmbito dos demais\nEstados Membros, se ausente lei própria que regule o processo\nadministrativo local, o que não é o caso dos autos. 3. De fato, a Lei\nEstadual n. 12.327/98 é silente acerca do pedido de revisão. Não\nobstante, não deixou de regular o tema, pois tratou do processo\nadministrativo disciplinar, não prevendo a existência do pedido de\nrevisão das decisões que apliquem a penalidade de cassação de credencial\ndo Despachante, mas tão somente de recurso ao Secretário de Estado da\nSegurança Pública, no prazo de 15 dias, o que foi feito pela Recorrente.\n4. Verifica-se, pois, que a unidade federativa fez uma opção\nlegislativa, dentro da competência legislativa concorrente que a\nConstituição Federal confere aos Estados Membros (art. 24, XI, CF/88).\n5. Não cabe, pois, ao Poder Judiciário, sob pretexto de suprir lacuna,\ninserir, no âmbito do procedimento administrativo disciplinar, regra não\nprevista na legislação local. Isto implicaria em indevida ingerência na\nautonomia legislativa dos Estados Membros (arts. 18 e 25, CF/88). [...]\"\n(RMS 46160PR, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em\n08/09/2015, DJe 18/09/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] POLICIAL MILITAR. PEDIDO DE ANULAÇÃO DE ATO DE EXPULSÃO, COM A\nCONSEQUENTE REINTEGRAÇÃO ÀS FILEIRAS DA CORPORAÇÃO. [...] O Tribunal de\norigem julgou improcedente a pretensão formulada pelo ora agravante, de\nanulação de ato que importou em sua expulsão das fileiras da Polícia\nMilitar de São Paulo, por dois fundamentos autônomos, a saber: (i) no\nprocesso administrativo disciplinar foram julgadas condutas diversas\ndaquelas que ensejaram a abertura do processo criminal, sendo certo que,\nquanto a tal resíduo administrativo, já teria ocorrido a prescrição do\nfundo de direito; (ii) na esfera criminal, a absolvição do agravante\ndeu-se por ausência de prova, e não por negativa de autoria. II. Nas\nrazões do Recurso Especial o ora agravante, buscando impugnar o primeiro\nfundamento do acórdão recorrido, apontou contrariedade aos arts. 5º,\nXXXV, da Constituição Federal e 2º, VI, da Lei 9.784/99. [...] V. Nos\ntermos da jurisprudência desta Corte, 'com vistas nos princípios da\nrazoabilidade e da proporcionalidade, este Superior Tribunal de Justiça\ntem admitido a aplicação, por analogia integrativa, da Lei Federal n.\n9.784/1999, que disciplina a decadência quinquenal para revisão de atos\nadministrativos no âmbito da administração pública federal, aos Estados\ne Municípios, quando ausente norma específica, não obstante a autonomia\nlegislativa destes para regular a matéria em seus territórios' [...]\"\n(AgRg no REsp 1378247SP, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA\nTURMA, julgado em 17/03/2015, DJe 25/03/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO\nESPECIAL. CONCURSO PÚBLICO. POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL. LEI\nFEDERAL 9.784/99. INAPLICABILIDADE. EXISTÊNCIA DE LEI LOCAL QUE CUIDA DO\nPROCESSO ADMINISTRATIVO NO ÂMBITO DO DISTRITO FEDERAL. [...] 1. É cediço\nque '[c]om vistas nos princípios da razoabilidade e da\nproporcionalidade, este Superior Tribunal de Justiça tem admitido a\naplicação, por analogia integrativa, da Lei Federal n. 9.784/1999, que\ndisciplina a decadência quinquenal para revisão de atos administrativos\nno âmbito da administração pública federal, aos Estados e Municípios,\nquando ausente norma específica, não obstante a autonomia legislativa\ndestes para regular a matéria em seus territórios' [...] 2. Existindo\nlei local disciplinando o processo administrativo no âmbito do Distrito\nFederal, a saber, a Lei Distrital 2.834/01, mostram-se inaplicáveis as\nregras contidas na Lei Federal 9.784/99. [...]\" (AgRg no AREsp\n393378DF, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado\nem 06/02/2014, DJe 18/02/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO. CONCURSO. MUNICÍPIO. EXISTÊNCIA DE LEGISLAÇÃO\nPRÓPRIA A REGULAR OS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS. LEI 9.784/99.\nINAPLICABILIDADE. [...] 'Com vistas nos princípios da razoabilidade e da\nproporcionalidade, este Superior Tribunal de Justiça tem admitido a\naplicação, por analogia integrativa, da Lei Federal n. 9.784/1999, que\ndisciplina a decadência quinquenal para revisão de atos administrativos\nno âmbito da administração pública federal, aos Estados e Municípios,\nquando ausente norma específica, não obstante a autonomia legislativa\ndestes para regular a matéria em seus territórios' [...] 2. Hipótese em\nque, não bastasse o fato de que o art. 2º da Lei 9.784/99 não foi\nprequestionado no acórdão estadual recorrido - o que dá ensejo à\naplicação das Súmulas 282 e 356/STF -, referido dispositivo sequer tem\naplicação ao caso concreto, haja vista existir no âmbito do ordenamento\njurídico do Município de São Paulo legislação própria a cuidar do tema,\na saber, a Lei Municipal 14.141, de 27/3/06, que 'estabelece normas\ncomuns aplicáveis aos processos administrativos no âmbito da\nAdministração Municipal' (art. 1º, caput). [...]\" (AgRg no AREsp\n201084SP, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado\nem 13/08/2013, DJe 21/08/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PAGAMENTO DE HORAS EXTRAS. REVISÃO DE ATO ADMINISTRATIVO.\nDECADÊNCIA. NÃO OCORRÊNCIA. APLICABILIDADE DO ART. 54 DA LEI 9.784/1999\nPOR ANALOGIA. POSSIBILIDADE. [...] O Superior Tribunal de Justiça\nassentou o entendimento de que mesmo os atos administrativos praticados\nanteriormente ao advento da Lei Federal 9.784, de 1º.2.1999, estão\nsujeitos ao prazo de decadência quinquenal contado da sua entrada em\nvigor. A partir de sua vigência, o prazo decadencial para a\nAdministração rever seus atos é de cinco anos, nos termos do art. 54. 2.\nNa hipótese dos autos, a administração passou a pagar, por ato\nunilateral, vantagens ao servidor decorrentes de portarias emitidas nos\nanos de 1996 e 1998. Em 2002 a administração reviu seu ato e cancelou o\npagamento da vantagem. Logo, a revisão foi feita dentro do prazo de\ncinco anos, a contar da data em que vigente a lei supracitada. 3.\nAdemais, ao contrário da tese defendida pelo agravante, a jurisprudência\ndo STJ firmou-se no sentido de que a Lei 9.784/1999 pode ser aplicada de\nforma subsidiária no âmbito dos demais Estados-Membros e Municípios, se\nausente lei própria que regule o processo administrativo local, como\nocorre na espécie. [...]\" (AgRg no AREsp 263635RS, Rel. Ministro\nHERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/05/2013, DJe 22/05/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PENSÃO POR MORTE. REVISÃO DO VALOR.\nIMPOSSIBILIDADE. DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA EM FACE DO DECURSO DO PRAZO\nDE CINCO ANOS APÓS A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. APLICAÇÃO DA LEI FEDERAL N.\n9.784/99 POR ANALOGIA INTEGRATIVA. [...] Nos termos da Súmula 473/STF, a\nAdministração, com fundamento no seu poder de autotutela, pode anular\nseus próprios atos, de modo a adequá-lo aos preceitos legais. 2. Com\nvistas nos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, este\nSuperior Tribunal de Justiça tem admitido a aplicação, por analogia\nintegrativa, da Lei Federal n. 9.784/1999, que disciplina a decadência\nquinquenal para revisão de atos administrativos no âmbito da\nadministração pública federal, aos Estados e Municípios, quando ausente\nnorma específica, não obstante a autonomia legislativa destes para\nregular a matéria em seus territórios. Colheu-se tal entendimento tendo\nem consideração que não se mostra razoável e nem proporcional que a\nAdministração deixe transcorrer mais de cinco anos para providenciar a\nrevisão e correção de atos administrativos viciados, com evidente\nsurpresa e prejuízo ao servidor beneficiário. [...]\" (REsp 1251769SC, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em\n06/09/2011, DJe 14/09/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 17/06/2019RSSTJ vol. 48 p. 307RSTJ vol. 254 p. 1528", "Precedentes": "MS 18338 DF 2012/0057778-3 Decisão:14/06/2017\nDJe DATA:21/06/2017REsp 1666687 SP 2017/0076240-9 Decisão:06/06/2017\nDJe DATA:19/06/2017AgRg no REsp 1083566 RJ 2008/0038961-0 Decisão:14/06/2016\nDJe DATA:24/06/2016AgRg no AREsp 345831 PR 2013/0153176-0 Decisão:09/06/2016\nDJe DATA:21/06/2016RMS 46160 PR 2014/0194313-2 Decisão:08/09/2015\nDJe DATA:18/09/2015AgRg no REsp 1378247 SP 2013/0106028-1 Decisão:17/03/2015\nDJe DATA:25/03/2015AgRg no AREsp 393378 DF 2013/0304321-0 Decisão:06/02/2014\nDJe DATA:18/02/2014AgRg no AREsp 201084 SP 2012/0140709-7 Decisão:13/08/2013\nDJe DATA:21/08/2013AgRg no AREsp 263635 RS 2012/0251852-6 Decisão:16/05/2013\nDJe DATA:22/05/2013REsp 1251769 SC 2011/0099170-6 Decisão:06/09/2011\nDJe DATA:14/09/2011", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:009784 ANO:1999\n***** LPA-99 LEI DE PROCESSO ADMINISTRATIVO" }
Súmula 632
Nos contratos de seguro regidos pelo Código Civil, a correção monetária sobre a indenização securitária incide a partir da contratação até o efetivo pagamento. (Súmula n. 632, Segunda Seção, julgado em 8/5/2019, DJe de 13/5/2019.)
{ "Enunciado": "Nos contratos de seguro regidos pelo Código Civil, a correção monetária\nsobre a indenização securitária incide a partir da contratação até o\nefetivo pagamento. (SÚMULA 632, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 08/05/2019,\nDJe 13/05/2019)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] DIREITO SECURITÁRIO. [...] CORREÇÃO MONETÁRIA. ALTERAÇÃO DE\nOFÍCIO. POSSIBILIDADE. [...] Ação de cobrança na qual se busca o\npagamento de indenização decorrente de contrato de seguro de vida em\ngrupo e acidentes pessoais coletivo, visto que o segurado veio a óbito\napós a realização de cirurgia bariátrica, em virtude de choque séptico e\nfalência múltipla dos órgãos. [...] O Superior Tribunal de Justiça\nconsagrou o entendimento de que, nas indenizações securitárias, a\ncorreção monetária incide desde a data da celebração do contrato até o\ndia do efetivo pagamento do seguro, pois a apólice deve refletir o valor\ncontratado atualizado. [...]\" (REsp 1673368MG, Rel. Ministro\nRICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/08/2017, DJe\n22/08/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTRATO DE SEGURO DE VEÍCULO. ACIDENTE DE TRÂNSITO. [...]\nCORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS DE MORA. TERMO INICIAL. [...] A correção\nmonetária incide desde a data da celebração do contrato até o dia do\nefetivo pagamento do seguro, pois a apólice deve refletir o valor\ncontratado atualizado. [...]\" (REsp 1447262SC, Rel. Ministro\nRICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 04/09/2014, DJe\n11/09/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO DE VIDA. PAGAMENTO DA COBERTURA. CORREÇÃO MONETÁRIA. [...]\nOs valores da cobertura de seguro de vida devem ser acrescidos de\ncorreção monetária a partir da data em que celebrado o contrato entre as\npartes. [...]\" (EDcl no REsp 765471RS, Rel. Ministra MARIA ISABEL\nGALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 28/05/2013, DJe 06/06/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ACIDENTE DE TRÂNSITO. BENEFICIÁRIO DE SEGURO. INDENIZAÇÃO\nRECONHECIDA. JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. ÍNDICE E TERMO INICIAL.\n[...] Correção monetária devida desde a contratação até o efetivo\npagamento, de acordo com o pacto [...]\" (EDcl no REsp 1012490PR,\nRel. Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA TURMA, julgado em\n17/06/2008, DJe 18/08/2008)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"Seguro. Pagamento a menor. Correção monetária. [...] O pagamento do\nvalor segurado deve ser calculado com a devida correção monetária,\ncomputada desde a data do contrato até a do efetivo pagamento. [...]\"\n(REsp 702998PB, Rel. Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO,\nTERCEIRA TURMA, julgado em 10/11/2005, REPDJ 06/02/2006, p. 280, DJ\n01/02/2006, p. 546)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"SEGURO DE VIDA EM GRUPO. Indenização. Correção monetária. Termo\ninicial. De acordo com precedentes deste Tribunal, o valor da\nindenização em caso de seguro de vida deve ser corrigido desde a data da\ncontratação, e não do óbito. [...]\" (REsp 479687RS, Rel. Ministro\nRUY ROSADO DE AGUIAR, QUARTA TURMA, julgado em 01/04/2003, DJ\n04/08/2003, p. 318)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO DE VIDA FACULTATIVO. CORREÇÃO MONETÁRIA. TERMO INICIAL.\nDATA DA APÓLICE. O termo inicial da correção monetária no caso de seguro\nde morte facultativo é a partir da data da apólice e não da morte do\nsegurado, a fim de ser garantido o pagamento da indenização em valores\nmonetários reais, sobretudo porque, como na hipótese, 'a seguradora,\nquando recebeu os prêmios mensais, por mais de dezoito meses, fazia com\nque, mês a mês, incidissem índices de correção sobre os valores pagos',\npois o país sofria de um surto inflacionário que aniquilava o valor real\nda moeda. [...]\" (REsp 176618PR, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA,\nQUARTA TURMA, julgado em 18/05/2000, DJ 14/08/2000, p. 176)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO DE VIDA. CORREÇÃO MONETÁRIA. ATUALIZAÇÃO. TERMO A QUO.\n[...] Sendo a correção monetária mero mecanismo para evitar a corrosão\ndo poder aquisitivo da moeda, sem qualquer acréscimo do valor original,\nimpõe-se que o valor segurado seja atualizado desde a sua contratação,\npara que a indenização seja efetivada com base em seu valor real, na\ndata do pagamento. II - É entendimento consolidado da Corte que a\nevolução dos fatos econômicos tornou insustentável a não-incidência da\ncorreção monetária, sob pena de prestigiar-se o enriquecimento sem causa\ndo devedor, constituindo ela imperativo econômico, jurídico e ético\nindispensável à plena indenização dos danos e ao fiel e completo\nadimplemento das obrigações. [...]\" (REsp 247685AC, Rel. Ministro\nSÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, QUARTA TURMA, julgado em 25/04/2000, DJ\n05/06/2000, p. 175)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO INDENIZATÓRIA. ACIDENTE DE VEÍCULOS. [...] CONTRATO DE\nSEGURO. VALOR NOMINAL DA INDENIZAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. INCIDÊNCIA.\nDESNECESSIDADE DE CLÁUSULA CONTRATUAL. [...] SENDO A CORREÇÃO MONETÁRIA\nMERO MECANISMO PARA EVITAR A CORROSÃO DO PODER AQUISITIVO DA MOEDA. SEM\nQUALQUER ACRÉSCIMO DO VALOR ORIGINAL, IMPUNHA-SE QUE O VALOR SEGURADO\nFOSSE ATUALIZADO, PARA QUE A INDENIZAÇÃO SEJA EFETIVADA COM BASE EM SEU\nVALOR REAL, NA DATA DO PAGAMENTO.\" (REsp 61061SP, Rel. Ministro\nSÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, QUARTA TURMA, julgado em 25/08/1997, DJ\n29/09/1997, p. 48209)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 13/05/2019RSSTJ vol. 48 p. 289RSTJ vol. 254 p. 1527", "Precedentes": "REsp 1673368 MG 2017/0074992-0 Decisão:15/08/2017\nDJe DATA:22/08/2017REsp 1447262 SC 2013/0387218-6 Decisão:04/09/2014\nDJe DATA:11/09/2014\nRSTJ VOL.:00240 PG:00427EDcl no REsp 765471 RS 2005/0112527-2 Decisão:28/05/2013\nDJe DATA:06/06/2013EDcl no REsp 1012490 PR 2007/0293012-2 Decisão:17/06/2008\nDJe DATA:18/08/2008REsp 702998 PB 2004/0159320-6 Decisão:10/11/2005\nREPDJ DATA:06/02/2006 PG:00280\nDJ DATA:01/02/2006 PG:00546REsp 479687 RS 2002/0164036-6 Decisão:01/04/2003\nDJ DATA:04/08/2003 PG:00318REsp 176618 PR 1998/0040354-0 Decisão:18/05/2000\nDJ DATA:14/08/2000 PG:00176\nRJADCOAS VOL.:00015 PG:00078\nRSTJ VOL.:00145 PG:00426REsp 247685 AC 2000/0011392-1 Decisão:25/04/2000\nDJ DATA:05/06/2000 PG:00175REsp 61061 SP 1995/0007720-5 Decisão:25/08/1997\nDJ DATA:29/09/1997 PG:48209", "Referência Legislativa": null }
Súmula 631
O indulto extingue os efeitos primários da condenação (pretensão executória), mas não atinge os efeitos secundários, penais ou extrapenais. (Súmula n. 631, Terceira Seção, julgado em 24/4/2019, DJe de 29/4/2019.)
{ "Enunciado": "O indulto extingue os efeitos primários da condenação (pretensão\nexecutória), mas não atinge os efeitos secundários, penais ou\nextrapenais. (SÚMULA 631, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 24/04/2019, DJe\n29/04/2019)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] TRÁFICO DE DROGAS. REINCIDÊNCIA. CONCESSÃO DE INDULTO. EFEITOS\nSECUNDÁRIOS DA CONDENAÇÃO MANTIDOS. [...] Ao contrário do entendimento\ndo acórdão recorrido, a condenação definitiva do recorrente por crime de\nroubo qualificado é fundamento apto a justificar o afastamento da causa\nde diminuição, porquanto a reincidência não é afastada com a concessão\ndo indulto, uma vez que persistem os efeitos secundários da condenação.\n[...]\" (AgRg no AREsp 682331MG, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK,\nQUINTA TURMA, julgado em 07/11/2017, DJe 14/11/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INDULTO. PENAS ACESSÓRIAS. INADMISSIBILIDADE. [...] A teor do\ndisposto no art. 1º, parágrafo único, do Decreto n. 6.706/2008, o\nindulto alcança os efeitos primários da condenação, e não as penas\nacessórias. [...]\" (AgRg no HC 266215SC, Rel. Ministro RIBEIRO\nDANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 19/09/2017, DJe 27/09/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] POSSE DE ARMA DE FOGO. DOSIMETRIA. REINCIDÊNCIA REGULARMENTE\nAPLICADA. [...] Ausente qualquer ilegalidade na dosimetria da pena,\nsendo regularmente aplicada a agravante da reincidência em razão de\ncondenação anterior, com prazo depurador inferior a cinco anos. A\nextinção da punibilidade pelo indulto não afasta os efeitos da\ncondenação, dentre eles a reincidência, uma vez que só atinge a\npretensão executória. Inaplicabilidade ao caso do art. 64, II, do Código\nPenal, já que a situação descrita no julgado, utilizado para incidir a\nreincidência, trata de crime militar impróprio (art. 234 e seguintes do\nCódigo Penal Militar). [...]\" (AgRg no HC 409588SP, Rel. Ministro\nSEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 12/12/2017, DJe\n19/12/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] OFERECIMENTO DE ENTORPECENTE (ART. 33, § 3º, DA LEI 11.343/06).\n[...] PENA RECLUSIVA. SUBSTITUIÇÃO POR RESTRITIVAS DE DIREITOS.\nBENEFÍCIO NEGADO. REINCIDÊNCIA. CONFIGURAÇÃO. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS\nDESFAVORÁVEIS. REQUISITOS SUBJETIVOS. NÃO PREENCHIMENTO. [...] Subsiste,\npara fins de reincidência, condenação anterior em que foi concedido o\nbenefício do indulto, vez que esse perdão apaga apenas os efeitos\nexecutórios da condenação, mas não os secundários. [...]\" (HC 186375MG, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 21/06/2011, DJe\n01/08/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS. AFASTAMENTO DA CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE\nPENA PREVISTA NO ART. 33, § 4.º, DA LEI N.º 11.343/2006. ALEGAÇÃO DE QUE\nO RÉU NÃO POSSUI MAUS ANTECEDENTES. IMPROCEDÊNCIA. CONCESSÃO DE INDULTO.\nPERSISTÊNCIA DOS EFEITOS SECUNDÁRIOS DA CONDENAÇÃO. [...] Como já\nafirmou esta Corte de origem, '[o] indulto, ato político, está previsto\nno art. 84, XII, da CF, e é privativo do Presidente da República. Tem\npor escopo extinguir os efeitos primários da condenação, isto é, a pena,\nde forma plena ou parcial' (HC 94.425/RS, 5.ª Turma, Rel. Min. ARNALDO\nESTEVES LIMA, DJe de 16/11/2009), persistindo os efeitos secundários,\ntais como reincidência, inclusão do nome do réu no rol dos culpados,\nobrigação de indenizar a vítima etc. 2. Na hipótese, a certidão de\nantecedentes mencionada na sentença condenatória refere-se à condenação\ndo Paciente pela prática do crime previsto no art. 157, § 2.º, inciso\nII, c.c. o art. 14, inciso II, do Código Penal, na qual foi agraciado\ncom a concessão de indulto, julgando-se extinta a punibilidade. Desse\nmodo, corretamente afastada a incidência da causa de diminuição de pena\nprevista no art. 33, § 4.º, da Lei de Drogas. [...]\" (HC 198909SP,\nRel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 14/08/2012, DJe\n23/08/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ESTELIONATO. CONCESSÃO DE INDULTO. PERSISTÊNCIA DOS EFEITOS\nSECUNDÁRIOS DA CONDENAÇÃO. REINCIDÊNCIA CONFIGURADA. REGIME FECHADO.\nPOSSIBILIDADE. CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL DESFAVORÁVEL E PACIENTE\nREINCIDENTE. NÃO INCIDÊNCIA DA SÚMULA 269/STJ. [...] [o] indulto, ato\npolítico, está previsto no art. 84, XII, da CF, e é privativo do\nPresidente da República. Tem por escopo extinguir os efeitos primários\nda condenação, isto é, a pena, de forma plena ou parcial (HC 94.425/RS,\n5.ª Turma, Rel. Min. ARNALDO ESTEVES LIMA, DJe de 16/11/2009),\npersistindo os efeitos secundários, tais como reincidência, inclusão do\nnome do réu no rol dos culpados, obrigação de indenizar a vítima etc. 3.\nA jurisprudência desta Corte consolidou entendimento no sentido de que é\nadmissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes\ncondenados à pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as\ncircunstâncias judiciais, o que culminou na edição do enunciado n. 269\nda Súmula do STJ. 4. Verifica-se, inicialmente, que o paciente é\nreincidente e foi condenado a pena não superior a 4 anos, o que atrairia\na aplicação do enunciado n. 269 da Súmula desta Corte e a fixação do\nregime inicial semiaberto. Entretanto, no caso dos autos, a pena-base\nfoi fixada acima do mínimo legal, em razão da valoração negativa das\ncircunstâncias do art. 59 do Código Penal, o que afasta o referido\nenunciado sumular e representa fundamentação idônea para a fixação do\nregime prisional fechado. [...]\" (HC 368650SP, Rel. Ministro\nREYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 13/12/2016, DJe\n01/02/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PORTE DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO. [...] REITERAÇÃO DELITIVA.\nPERICULOSIDADE DO AGENTE DEMONSTRADA. NECESSIDADE DE GARANTIR A ORDEM\nPÚBLICA. IRRELEVÂNCIA DA CONCESSÃO DE INDULTO EM RELAÇÃO À CONDENAÇÃO\nANTERIOR. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA. [...] A privação\nantecipada da liberdade do cidadão acusado de crime reveste-se de\ncaráter excepcional em nosso ordenamento jurídico, e a medida deve estar\nembasada em decisão judicial fundamentada (art. 93, IX, da CF), que\ndemonstre a existência da prova da materialidade do crime e a presença\nde indícios suficientes da autoria, bem como a ocorrência de um ou mais\npressupostos do artigo 312 do Código de Processo Penal. Exige-se, ainda,\nna linha perfilhada pela jurisprudência dominante deste Superior\nTribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, que a decisão esteja\npautada em motivação concreta, vedadas considerações abstratas sobre a\ngravidade do crime. 4. Na espécie, as instâncias ordinárias destacaram a\nnecessidade da medida para a garantia da ordem pública, em razão das\ncircunstâncias concretas do delito, uma vez que o paciente e seus\ncomparsas foram surpreendidos no interior de veículo na posse de arma de\nfogo de uso restrito e com numeração raspada, (sendo inclusive\nconfessado, por um dos acusados, que o grupo pretendia cometer crime de\nroubo a uma padaria situada nas imediações), somando-se a isso, ainda, o\nfato de o paciente já possuir condenação definitiva por crime de tráfico\nde drogas. Neste contexto, justifica-se a prisão preventiva, nos termos\ndo art. 312 do Código de Processo Penal, com vistas a resguardar a ordem\npública e conter a reiteração delitiva. Precedentes. 5. 'A concessão de\nindulto em relação às condenações anteriores não indica o retorno do\ncondenado à condição de primário nem afasta a presença de maus\nantecedentes, permanecendo intactos os fundamentos que justificaram a\nprisão preventiva, ante a necessidade de evitar a reiteração delitiva\npelo recorrente' (RHC 61.803/TO, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK,\nQuinta Turma, julgado em 20/04/2017, DJe 03/05/2017). 6. Eventuais\ncondições subjetivas favoráveis ao paciente, tais como primariedade,\nresidência fixa e trabalho lícito, por si sós, não obstam a segregação\ncautelar, quando presentes os requisitos legais para a decretação da\nprisão preventiva. [...]\" (HC 438408SP, Rel. Ministro REYNALDO\nSOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 20/03/2018, DJe 02/04/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FURTO QUALIFICADO E ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA ARMADA. [...] QUADRILHA\nARMADA ESPECIALIZADA EM DELITOS DE FURTO A INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS.\nEXISTÊNCIA DE CONDENAÇÕES ANTERIORES POR OUTROS CRIMES CONTRA O\nPATRIMÔNIO. REITERAÇÃO DELITIVA DEMONSTRADA. IRRELEVÂNCIA DA CONCESSÃO\nDE INDULTO EM RELAÇÃO ÀS CONDENAÇÕES ANTERIORES. AUSÊNCIA DE FLAGRANTE\nILEGALIDADE. [...] No caso, verifica-se que a prisão preventiva foi\nadequadamente motivada com base em elementos concretos extraídos dos\nautos, restando demonstrada a elevada periculosidade da recorrente,\nevidenciada pelo modus operandi - quadrilha armada especializada em\ncrimes de furto a instituições financeiras, possuindo integrantes em\nvários Estados da Federação. O Magistrado de piso ressaltou a existência\n8 (oito) processos (5 por furtos simples, 2 por furto qualificado e 1\nroubo) com condenação contra o recorrente, demonstrando, portanto, sua\npropensão à prática criminosa e à reiteração delitiva. Ainda, destacou\nque quando do cumprimento de mandado de prisão temporária, o recorrente\nnão foi encontrado pela Polícia. Nesse contexto, forçoso concluir que a\nprisão processual está devidamente fundamentada na necessidade de\ngarantia da ordem pública, não havendo falar, portanto, em existência de\nevidente flagrante ilegalidade capaz de justificar a sua revogação. 4. A\nconcessão de indulto em relação às condenações anteriores não indica o\nretorno do condenado à condição de primário nem afasta a presença de\nmaus antecedentes, permanecendo intactos os fundamentos que justificaram\na prisão preventiva, ante a necessidade de evitar a reiteração delitiva\npelo recorrente. [...]\" (RHC 61803TO, Rel. Ministro JOEL ILAN\nPACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 20/04/2017, DJe 03/05/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 29/04/2019RSSTJ vol. 48 p. 279RSTJ vol. 253 p. 930", "Precedentes": "AgRg no AREsp 682331 MG 2015/0063400-6 Decisão:07/11/2017\nDJe DATA:14/11/2017AgRg no HC 266215 SC 2013/0067571-4 Decisão:19/09/2017\nDJe DATA:27/09/2017AgRg no HC 409588 SP 2017/0181932-4 Decisão:12/12/2017\nDJe DATA:19/12/2017HC 186375 MG 2010/0178615-2 Decisão:21/06/2011\nDJe DATA:01/08/2011HC 198909 SP 2011/0044827-3 Decisão:14/08/2012\nDJe DATA:23/08/2012HC 368650 SP 2016/0223185-7 Decisão:13/12/2016\nDJe DATA:01/02/2017HC 438408 SP 2018/0043286-6 Decisão:20/03/2018\nDJe DATA:02/04/2018\nRSSTJ VOL.:00048 PG:00279RHC 61803 TO 2015/0172004-5 Decisão:20/04/2017\nDJe DATA:03/05/2017", "Referência Legislativa": "LEG:FED DEL:002848 ANO:1940\n***** CP-40 CÓDIGO PENAL\n ART:00107 INC:00002\nLEG:FED CFB:****** ANO:1988\n***** CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988\n ART:00005 INC:00043 ART:00084 INC:00012" }
Súmula 630
A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de entorpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, não bastando a mera admissão da posse ou propriedade para uso próprio. (Súmula n. 630, Terceira Seção, julgado em 24/4/2019, DJe de 29/4/2019.)
{ "Enunciado": "A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico\nilícito de entorpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo\nacusado, não bastando a mera admissão da posse ou propriedade para uso\npróprio. (SÚMULA 630, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 24/04/2019, DJe\n29/04/2019)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] TRÁFICO DE DROGAS. [...] CONFISSÃO ESPONTÂNEA. ATENUANTE QUE NÃO\nSE APLICA PARA CONDENADO POR TRÁFICO DE DROGAS QUE RECONHECE APENAS O\nUSO DE DROGAS. [...] A confissão espontânea pela prática de uso de\ndrogas não enseja a aplicação da referida atenuante se o réu foi\ncondenado por tráfico de drogas, conforme jurisprudência desta Corte.\n[...]\" (AgRg no AgRg no AREsp 1053604AC, Rel. Ministro JOEL ILAN\nPACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 01/06/2017, DJe 09/06/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO DE DROGAS. [...] ATENUANTE CONFISSÃO ESPONTÂNEA. POSSE\nPARA USO PRÓPRIO. NÃO CABIMENTO. [...] 'É firme nesta Corte Superior o\nentendimento de que a incidência da atenuante da confissão espontânea no\ncrime de tráfico ilícito de entorpecentes exige o reconhecimento da\ntraficância pelo acusado, não sendo apta para atenuar a pena a mera\nadmissão da propriedade para uso próprio. Nessa hipótese, inexiste,\nsequer parcialmente, o reconhecimento do crime de tráfico de drogas, mas\napenas a prática de delito diverso' (AgRg no HC 351.962/MS, Rel.\nMinistro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 27/06/2017,\nDJe 01/08/2017). [...]\" (AgRg no AREsp 1263525MG, Rel. Ministra\nMARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 12/06/2018, DJe\n22/06/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. DOSIMETRIA. CONFISSÃO\nESPONTÂNEA. APLICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. RECONHECIMENTO DA PROPRIEDADE DA\nDROGA PARA USO PESSOAL. DESCABIMENTO. [...] Sabe-se que nos casos em que\na confissão do agente é utilizada como fundamento para embasar a\nconclusão condenatória, a atenuante prevista no art. 65, inciso III,\nalínea d, do CP, deve ser aplicada em seu favor, pouco importando se a\nadmissão da prática do ilícito foi espontânea ou não, integral ou\nparcial ou se houve retratação posterior em juízo. 2. Entretanto, in\ncasu, não obstante o agravante tenha admitido a propriedade da droga,\nnão reconheceu a traficância, afirmando que o estupefaciente encontrado\nseria para uso pessoal, sendo, portanto, insuficiente para reconhecer a\nincidência da referida atenuante. [...]\" (AgRg no AREsp 1308356MG,\nRel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 07/08/2018, DJe\n17/08/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. CONFISSÃO ESPONTÂNEA.\nINCIDÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE. RECONHECIMENTO DA PROPRIEDADE DA DROGA PARA\nUSO PESSOAL. TRAFICÂNCIA NÃO CONFESSADA. [...] Nos termos da\njurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, se a confissão do réu,\nainda que parcial (qualificada) ou retratada, for utilizada pelo\nmagistrado para fundamentar a condenação, deve incidir a respectiva\natenuante (HC 237.252/SP, Rel. Ministra Maria Thereza de Assis Moura,\nSexta Turma, DJe 26/2/2014). 2. Todavia, no caso dos autos, embora o réu\ntenha reconhecido a propriedade da droga apreendida, não confessou a\nprática do crime de tráfico de drogas, afirmando ser mero usuário. 3. É\nfirme nesta Corte Superior o entendimento de que a incidência da\natenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de\nentorpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, não\nsendo apta para atenuar a pena a mera admissão da propriedade para uso\npróprio. Nessa hipótese, inexiste, nem sequer parcialmente, o\nreconhecimento do crime de tráfico de drogas, mas apenas a prática de\ndelito diverso. [...]\" (AgRg no REsp 1417551SC, Rel. Ministro NEFI\nCORDEIRO, Rel. p/ Acórdão Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA\nTURMA, julgado em 24/10/2017, DJe 12/12/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO INTERESTADUAL DE DROGAS. [...] CONFISSÃO ESPONTÂNEA. NÃO\nCONFIGURAÇÃO. [...] Uma vez que, no caso, o acusado não confessou que\nestaria traficando drogas - mas, tão somente, admitiu que a substância\nentorpecente apreendida em seu poder seria para consumo próprio -, não\nhá como aplicar-lhe a atenuante prevista no art. 65, III, 'd', do Código\nPenal. [...]\" (AgRg no REsp 1594486SP, Rel. Ministro ROGERIO\nSCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 21/09/2017, DJe 02/10/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO DE DROGAS. RECONHECIMENTO DA ATENUANTE DA CONFISSÃO\nESPONTÂNEA. POSSE PARA USO PRÓPRIO. NÃO CABIMENTO. [...] Consolidou-se o\nentendimento desta Corte Superior de que, para a caracterização da\nautoria, quando o juiz utiliza como elemento a confissão do réu, ainda\nque qualificada, imperioso se revela o reconhecimento da atenuante da\nconfissão espontânea. Esse entendimento, inclusive, foi recentemente\nsumulado, consoante dispõe o enunciado n. 545/STJ: 'Quando a confissão\nfor utilizada para a formação do convencimento do julgador, o réu fará\njus à atenuante prevista no art. 65, III, 'd', do Código Penal.' III -\nNa hipótese, não há qualquer dado que justifique a redução da reprimenda\nimposta em razão do reconhecimento da atenuante da confissão espontânea,\numa vez que as declarações do paciente não foram em nenhum momento\nlevadas em consideração para fundamentar a condenação que lhe foi\nimposta. IV - Outrossim, em se tratando do delito de tráfico de drogas,\npara a incidência da atenuante genérica da confissão espontânea, faz-se\nimprescindível que o Paciente tenha confessado a traficância, não sendo\napta, para atenuar a pena, a mera admissão da propriedade para uso\npróprio. [...]\" (AgRg no HC 432165MS, Rel. Ministro FELIX FISCHER,\nQUINTA TURMA, julgado em 24/05/2018, DJe 29/05/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO DE DROGAS. DOSIMETRIA. ATENUANTE DA CONFISSÃO ESPONTÂNEA.\nRECONHECIMENTO DA PROPRIEDADE DA DROGA PARA USO PESSOAL. ADMISSÃO DE\nCRIME DIVERSO. IMPOSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO DA ATENUANTE. [...]\nRessalvada compressão pessoal em sentido diverso, as Turmas componentes\nda Terceira Seção desta Corte superior firmaram entendimento no sentido\nde ser indevido o reconhecimento da atenuante da confissão espontânea,\nnos delitos de tráfico de drogas, nos casos em que o agente confessa a\npropriedade da droga para uso pessoal, negando a traficância. [...]\"\n(AgRg no HC 438846MS, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA,\njulgado em 05/06/2018, DJe 12/06/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO DE DROGAS. PEDIDO DE COMPENSAÇÃO DA AGRAVANTE DA\nREINCIDÊNCIA COM A CONFISSÃO ESPONTÂNEA. RECONHECIMENTO DA PROPRIEDADE\nDAS DROGAS PARA USO PRÓPRIO. NÃO INCIDÊNCIA DA ATENUANTE. [...] No\ndelito de tráfico de drogas, não faz jus à atenuante da confissão o\nacusado que afirma a propriedade das drogas para uso próprio.\nPrecedentes. 2. In casu, o paciente não confessou que estaria traficando\ndrogas, mas, tão somente, admitiu que a substância entorpecente\napreendida em seu poder seria para consumo próprio. Portanto, não incide\nao caso a atenuante prevista no art. 65, III, 'd', do Código Penal, não\nsendo possível, por consequência, promover a sua compensação com a\nagravante da reincidência. [...]\" (AgRg no HC 448692SC, Rel.\nMinistro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em\n26/06/2018, DJe 01/08/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO DE DROGAS. CONDENAÇÃO. CONFISSÃO ESPONTÂNEA. NÃO\nINCIDÊNCIA. [...] Embora o Paciente tenha afirmado ser o proprietário da\ndroga apreendida, aduziu que detinha a substância entorpecente para uso\npróprio, negando, portanto, a realização do comércio ilícito. Nesse\ncontexto, considerando que o acusado não assumiu a prática do delito que\nlhe foi atribuído, não há como se aplicar a atenuante prevista no art.\n65, inciso III, alínea d, do Código Penal. [...]\" (HC 168369MS,\nRel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 03/05/2011, DJe\n18/05/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO DE DROGAS. [...] ATENUANTE DA CONFISSÃO ESPONTÂNEA. POSSE\nPARA USO PRÓPRIO. NÃO CABIMENTO. [...] A confissão espontânea do\nsentenciado por delito de tráfico de drogas de que é mero usuário não\ninduz a incidência da atenuante prevista no art. 65, III, 'd', do Código\nPenal. [...]\" (HC 431541MS, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA\nTURMA, julgado em 21/08/2018, DJe 28/08/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO DE DROGAS. [...] CONFISSÃO ESPONTÂNEA. [...] CONFISSÃO DE\nUSO. NEGATIVA DE TRÁFICO. ATENUANTE. NÃO INCIDÊNCIA. [...] De acordo com\na jurisprudência desta Corte, [...] nas hipóteses em que o réu admite a\nposse de drogas para uso próprio não há confissão da prática do delito\nde tráfico de drogas, não tendo aplicação a atenuante do artigo 65,\ninciso III, alínea 'd', do Código Penal (AgRg no REsp n. 1.641.789/SC,\nMinistra Maria Thereza de Assis Moura, Sexta Turma, DJe 16/4/2018).\n[...]\" (HC 437135SP, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA\nTURMA, julgado em 22/05/2018, DJe 06/06/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 29/04/2019RSSTJ vol. 48 p. 265RSTJ vol. 253 p. 929", "Precedentes": "AgRg no AgRg no AREsp 1053604 AC 2017/0028142-7\nDecisão:01/06/2017\nDJe DATA:09/06/2017AgRg no AREsp 1263525 MG 2018/0061171-6 Decisão:12/06/2018\nDJe DATA:22/06/2018\nRSSTJ VOL.:00048 PG:00265AgRg no AREsp 1308356 MG 2018/0141033-0 Decisão:07/08/2018\nDJe DATA:17/08/2018AgRg no REsp 1417551 SC 2013/0375825-0 Decisão:24/10/2017\nDJe DATA:12/12/2017AgRg no REsp 1594486 SP 2016/0106791-3 Decisão:21/09/2017\nDJe DATA:02/10/2017AgRg no HC 432165 MS 2018/0000113-9 Decisão:24/05/2018\nDJe DATA:29/05/2018AgRg no HC 438846 MS 2018/0046045-6 Decisão:05/06/2018\nDJe DATA:12/06/2018AgRg no HC 448692 SC 2018/0104868-4 Decisão:26/06/2018\nDJe DATA:01/08/2018HC 168369 MS 2010/0062100-6 Decisão:03/05/2011\nDJe DATA:18/05/2011HC 431541 MS 2017/0335325-8 Decisão:21/08/2018\nDJe DATA:28/08/2018HC 437135 SP 2018/0034025-3 Decisão:22/05/2018\nDJe DATA:06/06/2018", "Referência Legislativa": "LEG:FED DEL:002848 ANO:1940\n***** CP-40 CÓDIGO PENAL\n ART:00065 INC:00003 LET:D\nLEG:FED SUM:******\n***** SUM(STJ) SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA\n SUM:000545\nLEG:FED LEI:011343 ANO:2006\n***** LDR-06 LEI DE DROGAS\n ART:00028 ART:00033" }
Súmula 629
Quanto ao dano ambiental, é admitida a condenação do réu à obrigação de fazer ou à de não fazer cumulada com a de indenizar. (Súmula n. 629, Primeira Seção, julgado em 12/12/2018, DJe de 17/12/2018.)
{ "Enunciado": "Quanto ao dano ambiental, é admitida a condenação do réu à obrigação de\nfazer ou à de não fazer cumulada com a de indenizar. (SÚMULA 629,\nPRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2018, DJe 17/12/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"AMBIENTAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. [...] CUMULAÇÃO DE AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE\nFAZER COM INDENIZAÇÃO. POSSIBILIDADE DE REPARAÇÃO TOTAL DA ÁREA\nDEGRADADA. PEDIDO INDENIZATÓRIO DEFERIDO. PRINCÍPIOS DA REPARAÇÃO\nINTEGRAL, DO POLUIDOR-PAGADOR E DO USUÁRIO-PAGADOR. POSSIBILIDADE DE\nCUMULAÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER (REPARAÇÃO DA ÁREA DEGRADADA) COM A DE\nPAGAR QUANTIA CERTA (INDENIZAÇÃO). REDUCTIO AD PRISTINUM STATUM. DANO\nAMBIENTAL INTERMEDIÁRIO, RESIDUAL E MORAL COLETIVO. ART. 5º DA LEI DE\nINTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL. INTERPRETAÇÃO IN DUBIO PRO NATURA DA NORMA\nAMBIENTAL. REVISÃO DE POSICIONAMENTO DO TRIBUNAL A QUO. [...] Cuida-se\nde inconformismo com a decisão do Tribunal de origem que condenou os\nréus à reparação da área degradada e entendeu incabível o pedido de\ncondená-los ao pagamento de indenização pecuniária porque seria possível\na reconstituição da área devastada. [...] 3. A jurisprudência do STJ\nestá firmada no sentido da viabilidade, no âmbito da Lei 7.347/85 e da\nLei 6.938/81, de cumulação de obrigações de fazer, de não fazer e de\nindenizar [...]\" (REsp 1669185RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,\nSEGUNDA TURMA, julgado em 05/09/2017, DJe 20/10/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. DANO. CUMULAÇÃO DA INDENIZAÇÃO\nCOM OBRIGAÇÃO DE FAZER. [...] Esta Corte Superior entende que, em se\ntratando de dano ambiental, é possível a cumulação da indenização com\nobrigação de fazer, sendo que tal cumulação não é obrigatória, e\nrelaciona-se com a impossibilidade de recuperação total da área\ndegradada. [...]\" (AgInt no REsp 1577376SC, Rel. Ministro OG\nFERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 03/08/2017, DJe 09/08/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"AMBIENTAL. [...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DANO AMBIENTAL. INDENIZAÇÃO\nCUMULADA COM OBRIGAÇÃO DE FAZER. CABIMENTO. NÃO OBRIGATORIEDADE.\nPOSSIBILIDADE DE RECUPERAÇÃO TOTAL DA ÁREA DEGRADADA. [...] A\njurisprudência desta Corte entende que, em se tratando de dano\nambiental, é possível a cumulação da indenização com obrigação de fazer,\nporém tal cumulação não é obrigatória e está relacionada com a\nimpossibilidade de recuperação total da área degradada. [...]\"\n(AgInt no REsp 1633715SC, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES,\nPRIMEIRA TURMA,\njulgado em 02/05/2017, DJe 11/05/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR DANO AMBIENTAL. RECUPERAÇÃO DA ÁREA\nDEGRADADA. MEDIDA SUFICIENTE À REPARAÇÃO. INDENIZAÇÃO PECUNIÁRIA.\nCONDENAÇÃO. AFASTAMENTO NO CASO CONCRETO. [...] A jurisprudência desta\nCorte tem reconhecido a possibilidade de cumulação da condenação em\nobrigação de fazer e/ou não fazer e indenização em dinheiro por dano\nambiental, para fins de recomposição integral do meio ambiente. [...]\"\n(AgInt no REsp 1196027RS, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA\nTURMA, julgado em 21/02/2017, DJe 27/03/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DANO AMBIENTAL. POSSIBILIDADE DE REPARAÇÃO DA\nÁREA DEGRADADA. INDENIZAÇÃO INCABÍVEL. [...] A jurisprudência desta\nCorte entende que, em se tratando de dano ambiental, é possível a\ncumulação da indenização com obrigação de fazer, sendo que tal cumulação\nnão é obrigatória, e relaciona-se com a impossibilidade de recuperação\ntotal da área degradada. [...]\" (AgRg no Ag 1365693MG, Rel.\nMinistro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em\n22/09/2016, DJe 10/10/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AMBIENTAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DESMATAMENTO EM ÁREA DE\nPRESERVAÇÃO PERMANENTE, SEM AUTORIZAÇÃO DA AUTORIDADE AMBIENTAL. DANOS\nCAUSADOS À BIOTA. INTERPRETAÇÃO DOS ARTS. 4º, VII, E 14, § 1º, DA LEI\n6.938/1981 E DO ART. 3º DA LEI 7.347/85. PRINCÍPIOS DA REPARAÇÃO\nINTEGRAL, DO POLUIDOR-PAGADOR E DO USUÁRIO-PAGADOR. POSSIBILIDADE DE\nCUMULAÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER (REPARAÇÃO DA ÁREA DEGRADADA) E DE PAGAR\nQUANTIA CERTA (INDENIZAÇÃO). REDUCTION AD PRISTINUM STATUM. DANO\nAMBIENTAL INTERMEDIÁRIO, RESIDUAL E MORAL COLETIVO. ART. 5º DA LEI DE\nINTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL. INTERPRETAÇÃO IN DUBIO PRO NATURA DA NORMA\nAMBIENTAL. [...] Cuidam os autos de Ação Civil Pública proposta com o\nfito de obter responsabilização por danos ambientais causados pela\nsupressão de vegetação típica de brejo sem autorização do órgão\nambiental competente. O juiz de primeiro grau e o Tribunal de Justiça de\nMinas Gerais consideraram provado o dano ambiental e condenaram o réu a\nrepará-lo; porém, julgaram improcedente o pedido indenizatório pelo dano\necológico pretérito e residual. 2. A jurisprudência do STJ está firmada\nno sentido da viabilidade, no âmbito da Lei 7.347/85 e da Lei 6.938/81,\nde cumulação de obrigações de fazer, de não fazer e de indenizar [...]\"\n(REsp 1255127MG, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,\njulgado em 18/08/2016, DJe 12/09/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DANO AMBIENTAL. INDENIZAÇÃO PECUNIÁRIA\nCUMULADA COM OBRIGAÇÃO DE FAZER. EFETIVA REPARAÇÃO DA ÁREA DEGRADADA.\n[...] Em ação civil pública ambiental, é admitida a possibilidade de\ncondenação do réu à obrigação de fazer ou não fazer cumulada com a de\nindenizar. Tal orientação fundamenta-se na eventual possibilidade de que\na restauração in natura não se mostre suficiente à recomposição integral\ndo dano causado. [...]\" (AgRg no REsp 1486195SC, Rel. Ministro\nHUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 03/03/2016, DJe 11/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] POSSIBILIDADE DE REPARAÇÃO TOTAL DA ÁREA DEGRADADA. PEDIDO\nINDENIZATÓRIO INDEFERIDO. [...] Este STJ entende que, em casos de danos\nambientais, é perfeitamente possível a cumulação de indenização com\nobrigação de fazer. Tal cumulação não é obrigatória, e relaciona-se com\na impossibilidade de recuperação total da área degradada. [...]\"\n(AgRg no REsp 1154986MG, Rel. Ministra DIVA MALERBI (DESEMBARGADORA\nCONVOCADA TRF 3ª REGIÃO), SEGUNDA TURMA, julgado em 04/02/2016, DJe\n12/02/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DANOS AMBIENTAIS. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. OBRIGAÇÕES DE\nRECOMPOR/RESTAURAR/REPARAR E OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR. CUMULAÇÃO.\nPOSSIBILIDADE. [...] Trata-se, na origem, de ação civil pública ajuizada\ncom o objetivo de condenar o recorrido a abster-se de intervir em área\nde especial proteção ambiental, a averbar a reserva legal, a recompô-la\ne a pagar uma indenização pecuniária. A instância ordinária entendeu que\nnão é possível cumular as obrigações de recompor e de indenizar, uma vez\nque a perícia técnica entendeu que é possível recuperar in natura a área\nafetada. [...] 3. É pacífico nesta Corte Superior o entendimento segundo\no qual é possível a cumulação entre as obrigações de\nrecompor/restaurar/recuperar as áreas afetadas por danos ambientais e a\nobrigação de indenizar em pecúnia. [...]\" (REsp 1264250MG, Rel.\nMinistro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 03/11/2011,\nDJe 11/11/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA PARA TUTELA DO MEIO AMBIENTE. OBRIGAÇÕES DE\nFAZER, DE NÃO FAZER E DE PAGAR QUANTIA. POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DE\nPEDIDOS ART. 3º DA LEI 7.347/85. INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA. ART. 225, §\n3º, DA CF/88, ARTS. 2º E 4º DA LEI 6.938/81, ART. 25, IV, DA LEI\n8.625/93 E ART. 83 DO CDC. PRINCÍPIOS DA PREVENÇÃO, DO POLUIDOR-PAGADOR\nE DA REPARAÇÃO INTEGRAL. [...] A Lei nº 7.347/85, em seu art. 5º,\nautoriza a propositura de ações civis públicas por associações que\nincluam entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio\nambiente, ao consumidor, ao patrimônio artístico, estético, histórico,\nturístico e paisagístico, ou a qualquer outro interesse difuso ou\ncoletivo. 2. O sistema jurídico de proteção ao meio ambiente,\ndisciplinado em normas constitucionais (CF, art. 225, § 3º) e\ninfraconstitucionais (Lei 6.938/81, arts. 2º e 4º), está fundado, entre\noutros, nos princípios da prevenção, do poluidor-pagador e da reparação\nintegral. 3. Deveras, decorrem para os destinatários (Estado e\ncomunidade), deveres e obrigações de variada natureza, comportando\nprestações pessoais, positivas e negativas (fazer e não fazer), bem como\nde pagar quantia (indenização dos danos insuscetíveis de recomposição in\nnatura), prestações essas que não se excluem, mas, pelo contrário, se\ncumulam, se for o caso. [...] 5. A exegese do art. 3º da Lei 7.347/85\n('A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o\ncumprimento de obrigação de fazer ou não fazer'), a conjunção 'ou' deve\nser considerada com o sentido de adição (permitindo, com a cumulação dos\npedidos, a tutela integral do meio ambiente) e não o de alternativa\nexcludente (o que tornaria a ação civil pública instrumento inadequado a\nseus fins). [...] 7. A exigência para cada espécie de prestação, da\npropositura de uma ação civil pública autônoma, além de atentar contra\nos princípios da instrumentalidade e da economia processual, ensejaria a\npossibilidade de sentenças contraditórias para demandas semelhantes,\nentre as mesmas partes, com a mesma causa de pedir e com finalidade\ncomum (medidas de tutela ambiental), cuja única variante seriam os\npedidos mediatos, consistentes em prestações de natureza diversa. 8.\nAdemais, a proibição de cumular pedidos dessa natureza não encontra\nsustentáculo nas regras do procedimento comum, restando ilógico negar à\nação civil pública, criada especialmente como alternativa para melhor\nviabilizar a tutela dos direitos difusos, o que se permite, pela via\nordinária, para a tutela de todo e qualquer outro direito. [...]\"\n(REsp 625249PR, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em\n15/08/2006, DJ 31/08/2006, p. 203)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA PARA TUTELA DO MEIO AMBIENTE. OBRIGAÇÕES DE\nFAZER, DE NÃO FAZER E DE PAGAR QUANTIA. POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DE\nPEDIDOS ART. 3º DA LEI 7.347/85. INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA. ART. 225, §\n3º, DA CF/88, ARTS. 2º E 4º DA LEI 6.938/81, ART. 25, IV, DA LEI\n8.625/93 E ART. 83 DO CDC. PRINCÍPIOS DA PREVENÇÃO, DO POLUIDOR-PAGADOR\nE DA REPARAÇÃO INTEGRAL. [...] O sistema jurídico de proteção ao meio\nambiente, disciplinado em normas constitucionais (CF, art. 225, § 3º) e\ninfraconstitucionais (Lei 6.938/81, arts. 2º e 4º), está fundado, entre\noutros, nos princípios da prevenção, do poluidor-pagador e da reparação\nintegral. Deles decorrem, para os destinatários (Estado e comunidade),\ndeveres e obrigações de variada natureza, comportando prestações\npessoais, positivas e negativas (fazer e não fazer), bem como de pagar\nquantia (indenização dos danos insuscetíveis de recomposição in natura),\nprestações essas que não se excluem, mas, pelo contrário, se cumulam, se\nfor o caso. [...] 3. É por isso que, na interpretação do art. 3º da Lei\n7.347/85 ('A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro\nou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer'), a conjunção 'ou'\ndeve ser considerada com o sentido de adição (permitindo, com a\ncumulação dos pedidos, a tutela integral do meio ambiente) e não o de\nalternativa excludente (o que tornaria a ação civil pública instrumento\ninadequado a seus fins). É conclusão imposta, outrossim, por\ninterpretação sistemática do art. 21 da mesma lei, combinado com o art.\n83 do Código de Defesa do Consumidor ('Art. 83. Para a defesa dos\ndireitos e interesses protegidos por este código são admissíveis todas\nas espécies de ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva\ntutela.') e, ainda, pelo art. 25 da Lei 8.625/1993, segundo o qual\nincumbe ao Ministério Público 'IV - promover o inquérito civil e a ação\ncivil pública, na forma da lei: a) para a proteção, prevenção e\nreparação dos danos causados ao meio ambiente (...)'. 4. Exigir, para\ncada espécie de prestação, uma ação civil pública autônoma, além de\natentar contra os princípios da instrumentalidade e da economia\nprocessual, ensejaria a possibilidade de sentenças contraditórias para\ndemandas semelhantes, entre as mesmas partes, com a mesma causa de pedir\ne com finalidade comum (medidas de tutela ambiental), cuja única\nvariante seriam os pedidos mediatos, consistentes em prestações de\nnatureza diversa. A proibição de cumular pedidos dessa natureza não\nexiste no procedimento comum, e não teria sentido negar à ação civil\npública, criada especialmente como alternativa para melhor viabilizar a\ntutela dos direitos difusos, o que se permite, pela via ordinária, para\na tutela de todo e qualquer outro direito. [...]\" (REsp 605323MG,\nRel. Ministro JOSÉ DELGADO, Rel. p/ Acórdão Ministro TEORI ALBINO\nZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/08/2005, DJ 17/10/2005, p. 179)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 17/12/2018RSSTJ vol. 48 p. 249RSTJ vol. 252 p. 1306", "Precedentes": "REsp 1669185 RS 2017/0098505-6 Decisão:05/09/2017\nDJe DATA:20/10/2017\nRSSTJ VOL.:00048 PG:00249AgInt no REsp 1577376 SC 2016/0004307-3 Decisão:03/08/2017\nDJe DATA:09/08/2017AgInt no REsp 1633715 SC 2013/0227907-7 Decisão:02/05/2017\nDJe DATA:11/05/2017AgInt no REsp 1196027 RS 2010/0095535-1 Decisão:21/02/2017\nDJe DATA:27/03/2017AgRg no Ag 1365693 MG 2010/0198681-4 Decisão:22/09/2016\nDJe DATA:10/10/2016REsp 1255127 MG 2011/0091499-0 Decisão:18/08/2016\nDJe DATA:12/09/2016AgRg no REsp 1486195 SC 2014/0240778-4 Decisão:03/03/2016\nDJe DATA:11/03/2016AgRg no REsp 1154986 MG 2009/0168012-1 Decisão:04/02/2016\nDJe DATA:12/02/2016REsp 1264250 MG 2011/0113812-2 Decisão:03/11/2011\nDJe DATA:11/11/2011REsp 625249 PR 2004/0001147-9 Decisão:15/08/2006\nDJ DATA:31/08/2006 PG:00203REsp 605323 MG 2003/0195051-9 Decisão:18/08/2005\nDJ DATA:17/10/2005 PG:00179\nRNDJ VOL.:00073 PG:00087\nRSTJ VOL.:00239 PG:00800", "Referência Legislativa": "LEG:FED CFB:****** ANO:1988\n***** CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988\n ART:00186 INC:00002 ART:00225 PAR:00003\nLEG:FED LEI:006938 ANO:1981\n ART:00002 ART:00004 ART:00014\nLEG:FED LEI:007347 ANO:1985\n***** LACP-85 LEI DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA\n ART:00003" }
Súmula 628
A teoria da encampação é aplicada no mandado de segurança quando presentes, cumulativamente, os seguintes requisitos: a) existência de vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou informações e a que ordenou a prática do ato impugnado; b) manifestação a respeito do mérito nas informações prestadas; e c) ausência de modificação de competência estabelecida na Constituição Federal. (Súmula n. 628, Primeira Seção, julgado em 12/12/2018, DJe de 17/12/2018.)
{ "Enunciado": "A teoria da encampação é aplicada no mandado de segurança quando\npresentes, cumulativamente, os seguintes requisitos: a) existência de\nvínculo hierárquico entre a autoridade que prestou informações e a que\nordenou a prática do ato impugnado; b) manifestação a respeito do mérito\nnas informações prestadas; e c) ausência de modificação de competência\nestabelecida na Constituição Federal. (SÚMULA 628, PRIMEIRA SEÇÃO,\njulgado em 12/12/2018, DJe 17/12/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] PRETENSÃO DE AFASTAMENTO DA EXIGÊNCIA DE ICMS. ILEGITIMIDADE DO\nSECRETÁRIO DE TRIBUTAÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PARA FIGURAR,\nCOMO AUTORIDADE IMPETRADA, NO POLO PASSIVO DO MANDADO DE SEGURANÇA.\n[...] Trata-se, na origem, de Mandado de Segurança, ajuizado em\n02/09/2016, contra o Secretário de Estado da Tributação do Rio Grande do\nNorte, perante o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte,\nno qual se pretende afastar a exigência do ICMS, espécie de tributo\nsujeito a lançamento por homologação, sobre valores constantes de\nfaturas de energia elétrica, referentes a EUSD - Encargo de Uso de\nSistema de Distribuição, também definido como TUSD - Tarifa de Uso de\nSistema de Distribuição e TUST - Tarifa de Uso de Sistema de\nTransmissão. II. Sendo preventivo o mandado de segurança, desnecessária\na existência concreta de ato coator, porquanto o receio de ato que venha\na violar o direito líquido e certo da parte impetrante é suficiente a\nensejar a impetração. Entretanto, in casu, diante da argumentação\nconstante da impetração, não se verifica a existência de possíveis atos\nde efeitos concretos, a serem praticados pelo Secretário de Estado da\nTributação do Rio Grande do Norte - a justificar a competência\noriginária do Tribunal de Justiça -, tendentes a violar ou ameaçar\nsuposto direito líquido e certo da impetrante, a dar ensejo à\nimpetração, ainda que na forma preventiva. Com efeito, a impetrante não\naponta ato algum, de efeitos concretos, a ser praticado pela autoridade\nque se aponta coatora - o Secretário de Estado da Tributação do Rio\nGrande do Norte -, a justificar a competência originária do Tribunal de\nJustiça local. Apenas defende a inexistência de relação\njurídico-tributária que a obrigue a recolher o ICMS, na hipótese versada\nna petição inicial. III. A Primeira Seção do STJ, ao julgar o MS\n4.839/DF (Rel. Ministro ARI PARGENDLER, DJU de 16/02/98), deixou anotado\nque 'a autoridade coatora, no mandado de segurança, é aquela que pratica\no ato, não a que genericamente orienta os orgãos subordinados a respeito\nda aplicação da lei no âmbito administrativo; mal endereçado o writ, o\nprocesso deve ser extinto sem julgamento de mérito'. IV. A Primeira\nTurma do STJ, ao julgar o AgRg no RMS 36.846/RJ (Rel. Ministro ARI\nPARGENDLER, DJe de 07/12/2012), decidiu que, no regime do lançamento por\nhomologação, a iminência de sofrer o lançamento fiscal, acaso não cumpra\na legislação de regência, autoriza o sujeito passivo da obrigação\ntributária a impetrar mandado de segurança contra a exigência que\nconsidera indevida. Nesse caso, porém, autoridade coatora é aquela que\ntem competência para o lançamento ex officio, que, certamente, não é o\nSecretário de Estado da Fazenda. V. Sobre a teoria da encampação, a\nPrimeira Seção do STJ, nos autos do MS 10.484/DF (Rel. Ministro JOSÉ\nDELGADO, DJU de 26/09/2005), firmou o entendimento de que tal teoria\napenas se aplica ao mandado de segurança, quando preenchidos,\ncumulativamente, os seguintes requisitos: (a) existência de vínculo\nhierárquico entre a autoridade que prestou informações e a que ordenou a\nprática do ato impugnado; (b) manifestação a respeito do mérito, nas\ninformações prestadas; (c) ausência de indevida modificação ampliativa\nde competência jurisdicional absoluta. VI. A mais recente jurisprudência\nda Segunda Turma do STJ orienta-se no sentido de que o Secretário de\nEstado não possui legitimidade para figurar, como autoridade coatora, em\nmandado de segurança que visa afastar a cobrança de ICMS. [...] VII. A\npartir da interpretação analítica da legislação estadual pertinente à\nSecretaria de Tributação do Estado do Rio Grande do Norte, ao Secretário\nde Estado da Tributação e aos Auditores Fiscais, especialmente os arts.\n1º e 6º da Lei estadual 6.038/90, impõe-se a conclusão de que a\nfiscalização e a cobrança do ICMS não se incluem entre as atribuições do\nSecretário de Estado da Tributação do Rio Grande do Norte. Ao contrário,\ntais atos de fiscalização e cobrança competem, privativamente, aos\nAuditores Fiscais. VIII. Não se aplica ao caso a teoria da encampação,\npois a indevida presença do Secretário de Estado da Tributação do Rio\nGrande do Norte, no polo passivo deste Mandado de Segurança, implicou\nmodificação da competência jurisdicional, disciplinada pela Constituição\ndo Estado do Rio Grande do Norte. [...]\" (AgInt no RMS 54968RN,\nRel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 15/05/2018,\nDJe 21/05/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONCURSO PÚBLICO. LEGITIMIDADE PASSIVA NA AÇÃO MANDAMENTAL.\nAUTORIDADE DE QUEM EMANA O ATO IMPUGNADO. TEORIA DA ENCAMPAÇÃO. AUSÊNCIA\nDE REQUISITOS PARA APLICAÇÃO. [...] O tribunal de origem adotou\nentendimento pacífico nesta Corte, segundo o qual possui legitimidade\npara figurar no polo passivo de ação mandamental, a autoridade de quem\nemana o ato impugnado. III - Este Tribunal Superior orienta-se no\nsentido de que a aplicação da teoria da encampação, a qual mitiga a\nindicação errônea da autoridade coatora em mandado de segurança, tem\nlugar quando presentes os seguintes requisitos: (i) vínculo hierárquico\nentre a autoridade que prestou as informações e aquela que determinou a\nprática do ato; (ii) manifestação sobre o mérito nas informações\nprestadas, e; (iii) ausência de modificação na competência\nconstitucionalmente estabelecida. IV - In casu, não cabe a aplicação da\nteoria da encampação, porquanto a ilegitimidade passiva do Sr. Prefeito\nMunicipal de São Paulo afasta a competência originária do Tribunal de\nJustiça do Estado de São Paulo para o processar e julgar o feito, nos\ntermos do art. 74, III, da Constituição do Estado de São Paulo. [...]\"\n(AgInt no RMS 54264SP, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA\nTURMA, julgado em 17/04/2018, DJe 25/04/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. AUTORIDADE COATORA\nERRONEAMENTE APONTADA. CORREÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. [...] O Sodalício a\nquo entendeu ser possível a emenda da exordial da Ação Mandamental,\ntendo em vista o equivocado apontamento da autoridade coatora. 2. In\ncasu, consoante se extrai do aresto objurgado, o impetrante indicou a\nDiretoria do Departamento de Recursos Humanos da Secretaria de Estado da\nAdministração e da Previdência como polo passivo da demanda, e o correto\nseria o Governador do Estado do Paraná. 3. A jurisprudência do STJ\nconsolidou-se no sentido de que a oportunidade de emenda à petição\ninicial de Mandado de Segurança para correção da autoridade coatora\nsomente pode ser admitida quando o órgão jurisdicional em que a demanda\ntenha sido proposta for competente para o conhecimento do mandamus. 4. É\ndescabida, no caso, a aplicação da teoria da encampação pois, malgrado o\nDiretor do Departamento de Recursos Humanos da Secretaria de Estado da\nAdministração e da Previdência tenha prestado as informações necessárias\nao deslinde da causa, a correta indicação do Governador do Estado do\nParaná como autoridade coatora modifica a regra de competência\njurisdicional do Tribunal de Justiça. [...]\" (REsp 1703947PR, Rel.\nMinistro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 28/11/2017, DJe\n19/12/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] NULIDADE DE ATOS PRATICADOS PELA COMISSÃO PROCESSANTE NA\nINSTRUÇÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. AUTORIDADE COATORA.\nMINISTRO DE ESTADO DA FAZENDA. ILEGITIMIDADE PASSIVA. EXTINÇÃO DO FEITO\nSEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. TEORIA DA ENCAMPAÇÃO. AUSÊNCIA DE REQUISITOS\nPARA APLICAÇÃO. ARGUMENTOS INSUFICIENTES PARA DESCONSTITUIR A DECISÃO\nATACADA. [...] Infere-se da inicial do presente Mandado de Segurança,\nque o Impetrante busca o reconhecimento da nulidade de administrativo\ndisciplinar instaurado em seu desfavor, apontando como ato violador de\nseu direito líquido e certo a reabertura do PAD pelo Chefe do Escritório\nde Corregedoria na 8ª Região Fiscal. Nesse contexto, os atos impugnados,\nse existentes, devem ser atribuídos a esta autoridade, e não ao Sr.\nMinistro de Estado da Fazenda. III - Considerando-se que os atos\nacoimados de ilegais pelo Impetrante, foram praticados pelo Chefe do\nEscritório de Corregedoria na 8ª Região Fiscal , que não integra o rol\nde Autoridades previsto no art. 105, I, 'b', da Constituição Federal,\nmostra-se inviável o conhecimento do presente mandado de segurança.\n[...] IV - A jurisprudência desta Corte firmou entendimento segundo o\nqual, a aplicação da teoria da encampação, que mitiga a indicação\nerrônea da autoridade coatora em mandado de segurança, tem lugar quando\npresentes os seguintes requisitos: (i) vínculo hierárquico entre a\nautoridade que prestou as informações e aquela que determinou a prática\ndo ato; (ii) manifestação sobre o mérito nas informações prestadas, e;\n(iii) ausência de modificação na competência constitucionalmente\nestabelecida. Precedentes. V - In casu, observo ser incabível a\naplicação da teoria da encampação, porquanto, não obstante exista\nvínculo hierárquico entre a autoridade apontada no mandamus e aquela que\nseria legitimada a figurar no polo passivo, haverá a modificação da\ncompetência constitucionalmente prevista. [...]\"\n(AgInt nos EDcl no MS 23399DF, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA,\nPRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 11/10/2017, DJe 19/10/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ICMS. INSURGÊNCIA CONTRA COBRANÇA DO TRIBUTO. SECRETÁRIO DE\nESTADO DE FAZENDA APONTADO COMO AUTORIDADE COATORA. ILEGITIMIDADE\nPASSIVA. TEORIA DA ENCAMPAÇÃO. INAPLICABILIDADE. [...] Secretário de\nEstado de Fazenda não ostenta legitimidade para figurar no pólo passivo\ndo mandado de segurança, questionando a obrigatoriedade de pagamento de\nICMS, pois não é de sua competência determinar a nulidade de eventual\nlançamento tributário. [...] 2. Inaplicabilidade da teoria da encampação\nna hipótese dos autos porquanto o conhecimento do writ esbarra na\nalteração de competência estabelecida pela Constituição Federal. [...]\"\n(AgInt no RMS 51519MG, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA,\njulgado em 01/12/2016, DJe 16/12/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ICMS. ALÍQUOTAS APLICÁVEIS SOBRE VALORES DECORRENTES DE\nFORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. ILEGITIMIDADE PASSIVA DO SECRETÁRIO DO\nESTADO. NÃO INCIDÊNCIA DO ART. 6o., § 3o. DA LEI 12.016/2009. AUSÊNCIA\nDOS REQUISITOS PARA APLICAÇÃO DA TEORIA DA ENCAMPAÇÃO. [...] Para\naplicar ocorrência da teoria da encampação necessita-se do preenchimento\nde alguns requisitos: (a) existência de vínculo hierárquico entre a\nautoridade que prestou informações e a que ordenou a prática do ato\nimpugnado; (b) manifestação a respeito do mérito nas informações\nprestadas; e (c) ausência de modificação de competência estabelecida na\nConstituição Federal. 2. A jurisprudência desta Corte Superior é\npacífica acerca da ilegitimidade do Secretário de Estado da Fazenda para\nintegrar o pólo passivo da Ação Mandamental em que se busca alterar a\nalíquota e a base de cálculo do ICMS incidente sobre a prestação de\nserviços de energia elétrica, a teor do disposto no Decreto 40.613/2007,\ndo Estado do Rio de Janeiro. 3. Destarte, a teoria da encampação é\ninaplicável no caso concreto, porquanto, ainda que o Secretário de\nFazenda do Estado do Rio de Janeiro tivesse defendido o mérito do ato,\nsua indicação como autoridade coatora resulta em alteração na\ncompetência jurisdicional, na medida em que compete originariamente ao\nTribunal de Justiça Estadual o julgamento de Mandado de Segurança contra\nSecretário de Estado, prerrogativa de foro não extensível ao servidor\nresponsável pelo lançamento tributário ou pela expedição da certidão de\nregularidade fiscal. [...]\" (AgRg no RMS 30771RJ, Rel. Ministro\nNAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/11/2016, DJe\n30/11/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ICMS. PROTOCOLO CONFAZ 21/2011. ILEGITIMIDADE DO SECRETÁRIO DE\nFAZENDA PARA FIGURAR COMO AUTORIDADE COATORA. DENEGAÇÃO DO WRIT. [...]\nNos casos em que o mandado de segurança impugna a sistemática de\nrecolhimento de ICMS implementada pelo Protocolo/CONFAZ n. 21/2011, esta\nCorte Superior tem decidido, pacificamente, pela ilegitimidade dos\nSecretários da Fazenda, porquanto não são as autoridades encarregadas\npelo lançamento do ICMS nem pela fiscalização no seu regular\nrecolhimento. 2. A encampação do ato atacado pelo mandamus por\nautoridade diversa daquela que o praticou está vinculada a três\nrequisitos: a) existência de vínculo hierárquico entre a autoridade que\nprestou informações e a que ordenou a prática do ato impugnado; b)\nausência de modificação de competência estabelecida na Constituição\nFederal; e c) manifestação a respeito do mérito nas informações\nprestadas. 3. Hipótese em que, constatada a ilegitimidade do Secretário\nde Fazenda para figurar como autoridade coatora, cuja indicação implicou\nem modificação da competência jurisdicional, deve ser denegado o writ.\n[...]\" (AgInt no RMS 44173MT, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA,\nPRIMEIRA TURMA, julgado em 15/09/2016, DJe 21/10/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ICMS-ST. INSURGÊNCIA CONTRA A COBRANÇA DE TRIBUTO. ATO ATRIBUÍDO\nAO SECRETÁRIO DE ESTADO DE FAZENDA. ILEGITIMIDADE PASSIVA CARACTERIZADA.\n[...] O Superior Tribunal de Justiça tem decidido que nem o Secretário\nde Estado da Fazenda nem o Governador de Estado detêm legitimidade para\nfigurar como autoridades coatoras em mandado de segurança em que se\npretende evitar a prática de lançamentos fiscais, ainda que em caráter\npreventivo. 2. Inviável a pretensão de ver aplicada a teoria da\nencampação do ato pela autoridade apontada como coatora, pois, na linha\njurisprudencial desta Corte, tal configuraria indevida ampliação da\nregra de competência absoluta insculpida na Constituição. [...]\"\n(RMS 45902RJ, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em\n15/09/2016, DJe 21/09/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDORES APOSENTADOS E PENSIONISTAS VINCULADOS AO MINISTÉRIO DA\nAGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. PAGAMENTO DE GRATIFICAÇÃO.\nPARIDADE COM OS SERVIDORES ATIVOS. MINISTRO DE ESTADO DO PLANEJAMENTO,\nORÇAMENTO. ILEGITIMIDADE PASSIVA. [...] O Superior Tribunal de Justiça\nfirmou entendimento de que o Ministro de Estado do Planejamento,\nOrçamento e Gestão não possui legitimidade para figurar no polo passivo\nde ação mandamental proposta com o objetivo de assegurar o pagamento de\ngratificação. 3. No âmbito do Poder Executivo Federal, cabe diretamente\nao Ministro do Planejamento a coordenação e gestão do Sistema de Pessoal\nCivil - SIPEC, criado pela Lei 67.326/1970. Cumprindo, porém, a prática\nde atos relacionados à folha de pagamento ao Secretário de Recursos\nHumanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (art. 27 do\nDecreto 4.781/2003) ou, se, adstrito o caso a determinada pasta ou\nautarquia, ao respectivo Coordenador-Geral de Recursos Humanos,\nintegrante do mencionado SIPEC. Precedentes do STJ. 4. Da forma como\nestruturado o sistema, os questionamentos circunscritos à folha de\npagamento dos servidores de determinada pasta devem ser respondidos pelo\ncoordenador-geral de Recursos Humanos do ministério correspondente, ou,\nno caso das autarquias e fundações públicas, pelo chefe da respectiva\nunidade de recursos humanos, razão pela qual o Ministro da Agricultura,\nPecuária e Abastecimento também é parte ilegítima para figurar no feito.\n5. Não há falar em encampação do ato, porquanto a ilegitimidade dos\nMinistros aqui referidos implica modificação da competência estabelecida\nna Constituição Federal de 1988. [...]\" (EDcl no MS 19267DF, Rel.\nMinistro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 25/05/2016, DJe\n01/09/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] MANDADO DE SEGURANÇA. ICMS. CONVÊNIO CONFAZ 52/91. INSURGÊNCIA\nCONTRA A COBRANÇA DE TRIBUTO. ATO ATRIBUÍDO AO SECRETÁRIO DE ESTADO DE\nFAZENDA. ILEGITIMIDADE PASSIVA CARACTERIZADA. [...] O Superior Tribunal\nde Justiça tem decidido que nem o Secretário de Estado da Fazenda nem o\nGovernador de Estado detêm legitimidade para figurar como autoridade\ncoatora em mandado de segurança questionando a legalidade de lançamentos\nde ICMS efetuados sob a disciplina de Convênios celebrados pelo Conselho\nNacional de Política Fazendária - CONFAZ. 2. Inviável a pretensão de ver\naplicada a teoria da encampação do ato pela autoridade apontada como", "Fonte(s)": "DJe 17/12/2018RSSTJ vol. 48 p. 241RSTJ vol. 252 p. 1304", "Precedentes": "AgInt no RMS 54968 RN 2017/0194699-6 Decisão:15/05/2018\nDJe DATA:21/05/2018AgInt no RMS 54264 SP 2017/0133119-2 Decisão:17/04/2018\nDJe DATA:25/04/2018REsp 1703947 PR 2017/0223581-6 Decisão:28/11/2017\nDJe DATA:19/12/2017AgInt nos EDcl no MS 23399 DF 2017/0057949-7\nDecisão:11/10/2017\nDJe DATA:19/10/2017AgInt no RMS 51519 MG 2016/0184648-0 Decisão:01/12/2016\nDJe DATA:16/12/2016AgRg no RMS 30771 RJ 2009/0210753-0 Decisão:17/11/2016\nDJe DATA:30/11/2016AgInt no RMS 44173 MT 2013/0361770-1 Decisão:15/09/2016\nDJe DATA:21/10/2016RMS 45902 RJ 2014/0156385-1 Decisão:15/09/2016\nDJe DATA:21/09/2016EDcl no MS 19267 DF 2012/0209851-0 Decisão:25/05/2016\nDJe DATA:01/09/2016RMS 48179 MT 2015/0091964-4 Decisão:17/05/2016\nDJe DATA:23/05/2016AgInt no RMS 49232 MS 2015/0222715-9 Decisão:05/05/2016\nDJe DATA:18/05/2016MS 20937 DF 2014/0083469-7 Decisão:24/02/2016\nDJe DATA:02/03/2016AgRg no RMS 43289 MG 2013/0224851-0 Decisão:15/12/2015\nDJe DATA:18/12/2015AgRg no MS 19461 DF 2012/0247390-2 Decisão:14/08/2013\nDJe DATA:21/08/2013MS 17435 DF 2011/0175681-3 Decisão:12/12/2012\nDJe DATA:01/02/2013\nRSSTJ VOL.:00048 PG:00241MS 17448 DF 2011/0182207-9 Decisão:09/11/2011\nDJe DATA:22/11/2011MS 15444 DF 2010/0114646-0 Decisão:10/11/2010\nDJe DATA:18/11/2010MS 12149 DF 2006/0175865-0 Decisão:27/08/2008\nDJe DATA:15/09/2008MS 12779 DF 2007/0091059-3 Decisão:13/02/2008\nDJe DATA:03/03/2008", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:012016 ANO:2009\n***** LMS-09 LEI DO MANDADO DE SEGURANÇA\n ART:00006 PAR:00003" }
Súmula 627
O contribuinte faz jus à concessão ou à manutenção da isenção do imposto de renda, não se lhe exigindo a demonstração da contemporaneidade dos sintomas da doença nem da recidiva da enfermidade. (Súmula n. 627, Primeira Seção, julgado em 12/12/2018, DJe de 17/12/2018.)
{ "Enunciado": "O contribuinte faz jus à concessão ou à manutenção da isenção do imposto\nde renda, não se lhe exigindo a demonstração da contemporaneidade dos\nsintomas da doença nem da recidiva da enfermidade. (SÚMULA 627, PRIMEIRA\nSEÇÃO, julgado em 12/12/2018, DJe 17/12/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] IMPOSTO DE RENDA. ISENÇÃO. [...] Para que o contribuinte faça jus\nà isenção do imposto de renda, nos termos do art. 6º, XIV, da Lei n.\n7.713/1988, não se exige a demonstração da contemporaneidade dos\nsintomas, a indicação de validade do laudo pericial ou a comprovação de\nrecidiva da enfermidade, uma vez que a isenção do imposto de renda, em\nfavor dos inativos portadores de moléstia grave, tem como objetivo\ndiminuir o sacrifício do aposentado, aliviando os encargos financeiros\nrelativos ao tratamento médico. [...]\" (REsp 1706816RJ, Rel.\nMinistro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 07/12/2017, DJe\n18/12/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IRPF. AIDS. ART. 6º DA LEI 7.713/1988. ISENÇÃO. POSSIBILIDADE.\n[...] O STJ consolidou entendimento de que não se exige a demonstração\nda contemporaneidade dos sintomas da enfermidade, bem como a indicação\nde validade do laudo pericial, ou a comprovação de recidiva da\nenfermidade, para que o contribuinte faça jus à isenção do imposto de\nrenda nos termos do art. 6º, XIV, da Lei 7.713/1988, uma vez que 'a\nisenção do imposto de renda, em favor dos inativos portadores de\nmoléstia grave, tem como objetivo diminuir o sacrifício do aposentado,\naliviando os encargos financeiros relativos ao tratamento médico' (REsp\n734.541/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 20.2.2006).\n[...]\" (AgInt no REsp 1598765DF, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,\nSEGUNDA TURMA, julgado em 08/11/2016, DJe 29/11/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IMPOSTO DE RENDA. ISENÇÃO COM BASE NO ART. 6º, XIV, DA LEI\n7.713/1988. NEOPLASIA MALIGNA. DEMONSTRAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE DOS\nSINTOMAS. DESNECESSIDADE. [...] O entendimento jurisprudencial desta\nPrimeira Seção é no sentido de que, após a concessão da isenção do\nImposto de Renda sobre os proventos de aposentadoria ou reforma\npercebidos por portadores de moléstias graves, nos termos art. 6º,\ninciso XIV, da Lei 7.713/88, o fato de a Junta Médica constatar a\nausência de sintomas da doença pela provável cura não justifica a\nrevogação do benefício isencional, tendo em vista que a finalidade desse\nbenefício é diminuir o sacrifícios dos aposentados, aliviando-os dos\nencargos financeiros. [...]\" (MS 21706DF, Rel. Ministro MAURO\nCAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 23/09/2015, DJe 30/09/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA. MOLÉSTIA GRAVE. NEOPLASIA MALIGNA.\nDEMONSTRAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE DOS SINTOMAS. DESNECESSIDADE. [...]\nApós a concessão da isenção do imposto de renda sobre os proventos de\naposentadoria, pensão ou reforma percebidos por portadores de moléstias\ngraves, nos termos art. 6º, inciso XIV, da Lei 7.713/88, o fato de se\nconstatar a ausência de sintomas da doença não justifica a revogação do\nbenefício isencional, tendo em vista que a finalidade desse benefício é\ndiminuir o sacrifícios dos beneficiários, aliviando-os dos encargos\nfinanceiros. Precedentes. 2. Os arts. 6º, XIV, da Lei n. 7.713/88, e 30\nda Lei n. 9.250/95, não podem limitar a liberdade que o Código de\nProcesso Civil confere ao magistrado na apreciação e valoração jurídica\ndas provas constantes dos autos, razão pela qual o benefício de isenção\ndo imposto de renda pode ser confirmado quando a neoplasia maligna for\ncomprovada, independentemente da contemporaneidade dos sintomas da\ndoença. Precedentes. [...]\" (AgRg no AREsp 701863RS, Rel. Ministro\nMAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/06/2015, DJe\n23/06/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IMPOSTO DE RENDA. NEOPLASIA MALIGNA. ISENÇÃO. CONTEMPORANEIDADE\nDOS SINTOMAS. DESNECESSIDADE. [...] Hipótese em que agrava o Ministério\nPúblico Federal de decisão que deu provimento ao recurso especial para\nreconhecer indevida a incidência do imposto de renda sobre os proventos\nde aposentadoria auferidos pelo autor. 2. A par de ser admitida a\nvaloração da prova em sede especial, a jurisprudência desta Corte\nSuperior não exige a demonstração de contemporaneidade dos sintomas ou a\ncomprovação de recidiva da enfermidade para a manutenção da regra\nisencional. 3. 'Há entendimento jurisprudencial desta Primeira Seção no\nsentido de que, após a concessão da isenção do Imposto de Renda sobre os\nproventos de aposentadoria ou reforma percebidos por portadores de\nmoléstias graves, nos termos art. 6º, inciso XIV, da Lei 7.713/88, o\nfato de a Junta Médica constatar a ausência de sintomas da doença pela\nprovável cura não justifica a revogação do benefício isencional, tendo\nem vista que a finalidade desse benefício é diminuir o sacrifícios dos\naposentados, aliviando-os dos encargos financeiros' (MS 15.261/DF, Rel.\nMinistro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 5/10/2010). [...]\"\n(AgRg no REsp 1403771RS, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA,\njulgado em 20/11/2014, DJe 10/12/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA. REVISÃO DO BENEFÍCIO. PORTADOR DE\nNEOPLASIA MALIGNA. CONTEMPORANEIDADE DOS SINTOMAS. DESNECESSIDADE. [...]\nA jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que 'após a\nconcessão da isenção do Imposto de Renda sobre os proventos de\naposentadoria ou reforma percebidos por portadores de moléstias graves,\nnos termos art. 6º, inciso XIV, da Lei 7.713/88, o fato de a Junta\nMédica constatar a ausência de sintomas da doença não justifica a\nrevogação do benefício isencional, tendo em vista que a finalidade desse\nbenefício é diminuir o sacrifícios dos aposentados, aliviando-os dos\nencargos financeiros.' (REsp 1.202.820/RS, Rel. Ministro Mauro Campbell\nMarques, Segunda Turma, DJe 15/10/2010). [...]\" 3. No caso, ficou\nconsignado que a parte agravada é portadora de neoplasia maligna, que,\nmuito embora tenha existido cirurgia que extirpou lesões decorrentes da\nenfermidade, ainda necessita de acompanhamento contínuo, em razão da\nexistência de outras áreas afetadas pela doença. [...]\" (AgRg no AREsp\n371436MS, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em\n03/04/2014, DJe 11/04/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE PROVENTOS DE REFORMA DE\nPORTADOR DE NEOPLASIA MALIGNA. DEMONSTRAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE DOS\nSINTOMAS. DESNECESSIDADE. [...] Há entendimento jurisprudencial desta\nPrimeira Seção no sentido de que, após a concessão da isenção do Imposto\nde Renda sobre os proventos de aposentadoria ou reforma percebidos por\nportadores de moléstias graves, nos termos art. 6º, inciso XIV, da Lei\n7.713/88, o fato de a Junta Médica constatar a ausência de sintomas da\ndoença pela provável cura não justifica a revogação do benefício\nisencional, tendo em vista que a finalidade desse benefício é diminuir o\nsacrifícios dos aposentados, aliviando-os dos encargos financeiros.\n[...]\" (MS 15261DF, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA\nSEÇÃO, julgado em 22/09/2010, DJe 05/10/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PORTADOR DE NEOPLASIA MALIGNA. ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA.\nAPOSENTADORIA. DESNECESSIDADE DE LAUDO MÉDICO OFICIAL E DA\nCONTEMPORANEIDADE DOS SINTOMAS. [...] É considerado isento de imposto de\nrenda o recebimento do benefício de aposentadoria por portador de\nneoplasia maligna, nos termos do art. 6º, inciso XIV, da Lei nº\n7.713/88. II - Ainda que o art. 30 da Lei nº 9.250/95 determine que,\npara o recebimento de tal benefício, é necessária a emissão de laudo\npericial por meio de serviço médico oficial, a 'norma do art. 30 da Lei\nn. 9.250/95 não vincula o Juiz, que, nos termos dos arts. 131 e 436 do\nCódigo de Processo Civil, é livre na apreciação das provas acostadas aos\nautos pelas partes litigantes' (REsp nº 673.741/PB, Relator Ministro\nJOÃO OTÁVIO DE NORONHA DJ de 09/05/2005). III - Sendo assim, de acordo\ncom o entendimento do julgador, esse pode, corroborado pelas provas dos\nautos, entender válidos laudos médicos expedidos por serviço médico\nparticular, para fins de isenção do imposto de renda. Precedente: REsp\nnº 749.100/PE, Rel. Min. FRANCISCO FALCÃO, DJ de 28.11.2005. IV - Ainda\nque se alegue que a lesão foi retirada e que o paciente não apresenta\nsinais de persistência ou recidiva a doença, o entendimento dominante\nnesta Corte é no sentido de que a isenção do imposto de renda, em favor\ndos inativos portadores de moléstia grave, tem como objetivo diminuir o\nsacrifício do aposentado, aliviando os encargos financeiros relativos ao\nacompanhamento médico e medicações ministradas. Precedente: REsp\n734.541/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 2.2.2006, DJ 20.2.2006 (REsp\nnº 967.693/DF, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, DJ de 18/09/2007). [...]\"\n(REsp 1088379DF, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, PRIMEIRA TURMA,\njulgado em 14/10/2008, DJe 29/10/2008)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IMPOSTO DE RENDA INCIDENTE SOBRE PROVENTOS DE APOSENTADORIA -\nNEOPLASIA MALIGNA - LEI N. 7.713/88 - DECRETO N. 3.000/99 -\nNÃO-INCIDÊNCIA - PROVA VÁLIDA E PRÉ-CONSTITUÍDA - EXISTÊNCIA -\nCONTEMPORANEIDADE DOS SINTOMAS - DESNECESSIDADE [...] Cinge-se a\ncontrovérsia na prescindibilidade ou não da contemporaneidade dos\nsintomas de neoplasia maligna, para que servidor o público aposentado,\nsubmetido à cirurgia para retirada da lesão cancerígena, continue\nfazendo jus ao benefício isencional do imposto de renda, previsto no\nartigo 6º, inciso XIV, da Lei n. 7.713/88. 2. Quanto à alegada\ncontrariedade ao disposto no artigo 267, inciso VI, do CPC, por ausência\nde prova pré-constituída, não prospera a pretensão; porquanto, o\nTribunal de origem, como soberano das circunstâncias fáticas e\nprobatórias da causa, confirmou a decisão recorrida e entendeu estar\npresente documento hábil para comprovar a moléstia do impetrante. Pensar\nde modo diverso demandaria o reexame de todo o contexto\nfático-probatório dos autos, o que é defeso a esta Corte em vista do\nóbice da Súmula 7/STJ. 3. O mesmo argumento utilizado pela Corte de\norigem tem a virtude de afastar a alegação de violação dos artigos 30,\ncaput e § 1º da Lei n. 9.250/95 e 39, § 4º, do Regulamento do Imposto de\nRenda, a saber: o Decreto n. 3.000/99, feita pelo recorrente. 4. Ainda\nque se alegue que a lesão foi retirada e que o paciente não apresenta\nsinais de persistência ou recidiva a doença, o entendimento dominante\nnesta Corte é no sentido de que a isenção do imposto de renda, em favor\ndos inativos portadores de moléstia grave, tem como objetivo diminuir o\nsacrifício do aposentado, aliviando os encargos financeiros relativos ao\nacompanhamento médico e medicações ministradas. Precedente: REsp\n734.541/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 2.2.2006, DJ 20.2.2006. 5. O\nart. 111 do CTN, que prescreve a interpretação literal da norma, não\npode levar o aplicador do direito à absurda conclusão de que esteja ele\nimpedido, no seu mister de apreciar e aplicar as normas de direito, de\nvaler-se de uma equilibrada ponderação dos elementos lógico-sistemático,\nhistórico e finalístico ou teleológico, os quais integram a moderna\nmetodologia de interpretação das normas jurídicas. (REsp 192.531/RS,\nRel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 17.2.2005, DJ 16.5.2005.)\n[...]\" (REsp 967693DF, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA\nTURMA, julgado em 04/09/2007, DJ 18/09/2007, p. 296)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RESTITUIÇÃO. IMPOSTO DE RENDA. NEOPLASIA MALIGNA. LEI N.º\n7.713/88. DECRETO N.º 3.000/99. PROVA DA CONTEMPORANEIDADE DOS SINTOMAS.\nDESNECESSIDADE. [...] Controvérsia que gravita em torno da\nprescindibilidade ou não da contemporaneidade dos sintomas de neoplasia\nmaligna para que servidora pública aposentada, que sofreu extirpação da\nmama esquerda em decorrência da referida doença, continue fazendo jus ao\nbenefício isencional do imposto de renda previsto no artigo 6º, inciso\nXIV, da Lei 7.713/88. 2. Os proventos da inatividade de servidora\npública, portadora de neoplasia maligna, não sofrem a incidência do\nimposto de renda, ainda que a doença tenha sido adquirida após a\naposentadoria, a teor do disposto no artigo 6º, inciso XIV, da Lei\n7.713/88. No mesmo sentido, determina o artigo 39, inciso XXXIII, do\nDecreto n.º 3.000/99, que regulamenta a tributação, fiscalização,\narrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de\nQualquer Natureza, ao tratar dos rendimentos isentos ou não tributáveis\ndas pessoas físicas. [...] 3. Acórdão calcado na tese de que a Lei\n7.713/88, com a redação dada pela Lei 8.541/92, isenta do imposto de\nrenda os proventos de aposentadoria ou reforma percebidos pelos\nportadores de neoplasia maligna, desde que a enfermidade seja\ncontemporânea à isenção, corroborando esse entendimento a exigência de\nprazo de validade do laudo pericial, no caso de moléstias passíveis de\ncontrole, consubstanciada no § 1º, do artigo 30, da Lei 9250/95. 4.\nDeveras, 'a regra insculpida no art. 111 do CTN, na medida em que a\ninterpretação literal se mostra insuficiente para revelar o verdadeiro\nsignificado das normas tributárias, não pode levar o aplicador do\ndireito à absurda conclusão de que esteja ele impedido, no seu mister de\ninterpretar e aplicar as normas de direito, de se valer de uma\nequilibrada ponderação dos elementos lógico-sistemático, histórico e\nfinalístico ou teleológico que integram a moderna metodologia de\ninterpretação das normas jurídicas' (RESP n.º 411704/SC, Rel. Min. João\nOtávio de Noronha, DJ de 07.04.2003). 5. O Sistema Jurídico hodierno\nvive a denominada fase do pós-positivismo ou Estado Principiológico na\nlição de Norberto Bobbio, de sorte que, na aplicação do direito ao caso\nconcreto, é mister ao magistrado inferir a ratio essendi do princípio\nmaior informativo do segmento jurídico sub judice. 6. Consectariamente,\na aplicação principiológica do direito implica em partir-se do princípio\njurídico genérico ao específico e deste para a legislação\ninfraconstitucional, o que revela, in casu, que a solução adotada pelo\nTribunal a quo destoa do preceito constitucional da defesa da dignidade\nda pessoa humana. 7. Deveras, a isenção do imposto de renda, em favor\ndos inativos portadores de moléstia grave, tem como objetivo diminuir o\nsacrifício do aposentado, aliviando os encargos financeiros relativos ao\ntratamento médico. 8. Restabelecimento da sentença de primeiro grau,\nsegundo a qual 'a questão acerca de a autora ser ou não portadora de\ndoença que isenta de imposto de renda é eminentemente técnica. O perito\nafirma, sem possibilidade de qualquer dúvida, que a autora é portadora\nda doença. Assim, para a improcedência seria preciso que o réu trouxesse\nelementos técnicos capazes de afastar o laudo, e, no entanto, em\nprimeiro lugar - diversamente do que fez o assistente da autora (fl.\n316) - nada trouxe a confirmar a sua afirmação de que 'são considerados,\npelos critérios médicos atuais ... como livres da doença quando atingem\n10 (dez) anos do diagnóstico, sem evidenciar qualquer sinal de\nprogressão da mesma', e em segundo lugar o afirmado por sua assistente\ntécnica não se sustenta já que o que afirma é nada menos do que o\nseguinte: 'existem chances de cura, após o período preconizado de\nacompanhamento e tratamento, caso não surjam recidivas e metástases'\n(sic), isto é, o paciente pode ser considerado curado, desde que a\ndoença não volte...' (fls. 366/367). [...]\" (REsp 734541SP, Rel.\nMinistro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 02/02/2006, DJ 20/02/2006,\np. 227)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 17/12/2018RSSTJ vol. 48 p. 231RSTJ vol. 252 p. 1303", "Precedentes": "REsp 1706816 RJ 2017/0281883-8 Decisão:07/12/2017\nDJe DATA:18/12/2017\nRSSTJ VOL.:00048 PG:00231AgInt no REsp 1598765 DF 2016/0104019-9 Decisão:08/11/2016\nDJe DATA:29/11/2016MS 21706 DF 2015/0078292-4 Decisão:23/09/2015\nDJe DATA:30/09/2015\nRT VOL.:00962 PG:00345AgRg no AREsp 701863 RS 2015/0076998-8 Decisão:16/06/2015\nDJe DATA:23/06/2015AgRg no REsp 1403771 RS 2013/0308213-3 Decisão:20/11/2014\nDJe DATA:10/12/2014AgRg no AREsp 371436 MS 2013/0217325-0 Decisão:03/04/2014\nDJe DATA:11/04/2014MS 15261 DF 2010/0080447-5 Decisão:22/09/2010\nDJe DATA:05/10/2010REsp 1088379 DF 2008/0200060-8 Decisão:14/10/2008\nDJe DATA:29/10/2008REsp 967693 DF 2007/0160218-3 Decisão:04/09/2007\nDJ DATA:18/09/2007 PG:00296REsp 734541 SP 2005/0044563-7 Decisão:02/02/2006\nDJ DATA:20/02/2006 PG:00227", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:005172 ANO:1966\n***** CTN-66 CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL\n ART:00111\nLEG:FED LEI:007713 ANO:1988\n ART:00006 INC:00014 INC:00021\nLEG:FED LEI:009250 ANO:1995\n ART:00030\nLEG:FED DEC:003000 ANO:1999\n***** RIR-99 REGULAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA DE 1999\n ART:00039\n(REVOGADO PELO DECRETO EXECUTIVO 9.580/2018)\nLEG:FED DEC:009580 ANO:2018" }
Súmula 626
A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área considerada pela lei local como urbanizável ou de expansão urbana não está condicionada à existência dos melhoramentos elencados no art. 32, § 1º, do CTN. (Súmula n. 626, Primeira Seção, julgado em 12/12/2018, DJe de 17/12/2018.)
{ "Enunciado": "A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área considerada pela lei\nlocal como urbanizável ou de expansão urbana não está condicionada à\nexistência dos melhoramentos elencados no art. 32, § 1º, do CTN. (SÚMULA\n626, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2018, DJe 17/12/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] IPTU. [...] IMÓVEL LOCALIZADO EM ÁREA URBANA, CONFORME LEI\nMUNICIPAL. AUSÊNCIA DOS MELHORAMENTOS INDICADOS NO ART. 32, § 1º, DO\nCTN. DESNECESSIDADE. [...] O Tribunal de origem julgou cabível a\nincidência de Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana - IPTU\nsobre imóvel de propriedade do ora agravante, localizado em área urbana,\nconforme definido em lei municipal. IV. Na forma da jurisprudência, 'a\npropriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel estão sujeitos à\nincidência do IPTU ou do ITR, a depender da classificação do imóvel\nconsiderado, em urbano ou rural. Para essa finalidade, a Primeira Seção,\nem sede de recurso especial repetitivo (art. 543-C do CPC), decidiu que,\n'[a]o lado do critério espacial previsto no art. 32 do CTN, deve ser\naferida a destinação do imóvel, nos termos do art. 15 do DL 57/1966'\n(REsp 1.112.646/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe 28/8/2009)' (STJ,\nAgRg no AREsp 259.607/SC, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA\nTURMA, DJe de 17/06/2013). Outrossim, 'a jurisprudência desta Corte é\npacífica no sentido de que é legal a cobrança do IPTU dos sítios de\nrecreio, localizados em zona de expansão urbana definida por legislação\nmunicipal, nos termos do arts. 32, § 1º, do CTN c/c arts. 14 do\nDecreto-lei nº 57/66 e 29 da Lei 5.172/66, mesmo que não contenha os\nmelhoramentos previstos no art. 31, § 1º, do CTN' (STJ, AgRg no REsp\n783.794/SP, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe de\n08/02/2010). V. No caso, encontrando-se o imóvel em área urbana, e não\nde expansão, conforme a Lei 7.032/98, do Município de São José do Rio\nPreto, com mais razão a incidência do IPTU, considerando que sequer há\nnotícia, nos autos, de desenvolvimento de qualquer atividade rural na\npropriedade, aliada à circunstância de que o tributo é devido, ainda que\nausentes os melhoramentos indicados no art. 32, § 1º, do CTN. [...]\"\n(AgInt no AREsp 1197346SP, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES,\nSEGUNDA TURMA, julgado em 08/05/2018, DJe 15/05/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IPTU. ÁREA URBANIZÁVEL OU DE EXPANSÃO URBANA. PREVISÃO EM LEI\nMUNICIPAL. ART. 32, § 2º, DO CTN. INEXIGIBILIDADE DOS MELHORAMENTOS\nPREVISTOS NO § 1º DO ART. 32 DO CTN. [...] A existência de previsão em\nlei municipal de que a área é urbanizável ou de expansão urbana, nos\ntermos do § 2º do art. 32 do CTN, afasta, para fins de incidência do\nIPTU, a exigência dos melhoramentos elencados no § 1º do mesmo\ndispositivo legal. [...]\" (REsp 1655031SP, Rel. Ministro HERMAN\nBENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/04/2017, DJe 25/04/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IPTU. IMÓVEL SITUADO EM ÁREA URBANIZÁVEL. [...] EXISTÊNCIA DE LEI\nMUNICIPAL. MELHORAMENTOS DO ART. 32, §1º, DO CTN. DESNECESSIDADE. [...]\nO entendimento desta Corte Superior é no sentido de que a existência de\nlei municipal tornando a área em discussão urbanizável ou de expansão\nurbana, afasta, de per si, a exigência prevista no art. 32, §1º, do CTN,\né dizer, de qualquer daqueles melhoramentos básicos. [...]\"\n(AgRg nos EDcl no REsp 1375925PE, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES,\nPRIMEIRA\nTURMA, julgado em 15/05/2014, DJe 26/05/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IPTU. MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO. SÍTIO RECREIO. INCIDÊNCIA.\nIMÓVEL SITUADO EM ÁREA URBANA DESPROVIDA DE MELHORAMENTOS.\nDESNECESSIDADE. [...] A jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido\nde que é legal a cobrança do IPTU dos sítios de recreio, localizados em\nzona de expensão urbana definida por legislação municipal, nos termos do\narts. 32, § 1º, do CTN c/c arts. 14 do Decreto-lei nº 57/66 e 29 da Lei\n5.172/66, mesmo que não contenha os melhoramentos previstos no art. 31,\n§ 1º, do CTN. [...]\" (AgRg no REsp 783794SP, Rel. Ministro MAURO\nCAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 15/12/2009, DJe 08/02/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ALEGAÇÃO DE QUE O IMÓVEL ESTARIA LOCALIZADO EM ÁREA URBANA.\nAPLICAÇÃO DA SÚMULA 7/STJ. IPTU. ART. 32 DO CTN. IMÓVEL SITUADO EM ÁREA\nDE EXPANSÃO URBANA. MELHORAMENTOS. DESNECESSIDADE. [...] Tendo o douto\nmagistrado a quo consignado que, no caso dos autos, trata-se de imóvel\nlocalizado em área de expansão urbana (fl. 161), qualquer manifestação\ndeste Superior Tribunal de Justiça em sentido diverso encontraria óbice\nna Súmula 7 desta Corte. 2. Deve ser mantida a decisão ora agravada que,\nadotando orientação firmada nesta Corte Superior, entendeu que 'incide a\ncobrança do IPTU sobre imóvel considerado por lei municipal como situado\nem área urbanizável ou de expansão urbana, mesmo que a área não esteja\ndotada de qualquer dos melhoramentos elencados no art. 31, § 1º, do CTN'\n(REsp 433.907/DF, 1ª Turma, Rel. Min. José Delgado, DJU de 23.9.2002).\n[...]\" (AgRg no Ag 672875SP, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA\nTURMA, julgado em 18/10/2005, DJ 14/11/2005, p. 199)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IPTU. ÁREA DE EXPANSÃO URBANA. LEI MUNICIPAL. MATÉRIA DE FATO.\nSÚMULA N. 7/STJ. [...] O Superior Tribunal de Justiça tem entendimento\nfirmado no sentido de que incide IPTU sobre imóvel situado em área de\nexpansão urbana, assim considerada por lei municipal, a despeito de ser\ndesprovida dos melhoramentos ditados pelos parágrafos do art. 32 do\nCódigo Tributário Nacional. [...]\" (REsp 234578SP, Rel. Ministro\nJOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA TURMA, julgado em 12/05/2005, DJ\n01/07/2005, p. 460)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IPTU. INCIDÊNCIA. MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO/SP. SÍTIO DE\nRECREIO. [...] Esta Corte entende ser cabível a cobrança do IPTU sobre\n'sítio de recreio' assim considerado por lei municipal como situado em\nárea de expansão urbana, mesmo que não contenha os melhoramentos\nprevistos no art. 31, § 1º, do CTN. Interpretação do art. 32, § 2º, do\nCTN c/c arts. 14, do D.L. 57/66, e 29, do CTN. [...]\" (REsp 218788SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 08/03/2005, DJ\n01/08/2005, p. 370)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IPTU. INCIDÊNCIA. IMÓVEL SITUADO EM ÁREA DE EXPANSÃO URBANA.\nMELHORAMENTOS. DESNECESSIDADE. ART. 32, § 1º, CTN. [...] Esta Corte\npossui entendimento reiterado no sentido de que incide o IPTU sobre as\náreas consideradas como de expansão urbana por lei municipal, mesmo\nquando não providas dos melhoramentos previstos no art. 32, § 1º, do\nCTN. [...]\" (AgRg no REsp 191311SP, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO,\nPRIMEIRA TURMA, julgado em 27/04/2004, DJ 24/05/2004, p. 153)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IPTU. IMÓVEL SITUADO EM ÁREA CONSIDERADA URBANIZÁVEL OU DE\nEXPANSÃO URBANA. INCIDÊNCIA. INTERPRETAÇÃO DO ART. 32 E §§ 1º E 2º, DO\nCTN. [...] Recurso Especial interposto contra v. Acórdão segundo o qual\n'a lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de\nexpansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos\ncompetentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo\nquando localizadas fora das zonas definidas como zonas urbanas, pela lei\nmunicipal, para efeito da cobrança do IPTU, porquanto inaplicável, nessa\nhipótese, o disposto no parágrafo 1º, do artigo 32, do CTN, por força do\ncomando emergente do parágrafo 2º, do mencionado artigo, porque este\ndispositivo excepciona aquele'. 2. Incide a cobrança do IPTU sobre\nimóvel considerado por lei municipal como situado em área urbanizável ou\nde expansão urbana, mesmo que a área não esteja dotada de qualquer dos\nmelhoramentos elencados no art. 31, § 1º, do CTN. 3. Interpretação feita\nde modo adequado do art. 32 e seus §§ 1º e 2º, do CTN. [...]\"\n(REsp 433907DF, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA TURMA, julgado\nem\n27/08/2002, DJ 23/09/2002, p. 284)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IPTU. MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO/SP. SÍTIO DE RECREIO.\nINCIDÊNCIA DO TRIBUTO. [...] Consoante decisões reiteradas desta Corte,\né legítima a cobrança do IPTU sobre 'sítio de recreio' considerado por\nlei municipal como situado em área de expansão urbana, ainda que não\ndotada dos melhoramentos previstos no art. 31, § 1º, do CTN.\nInterpretação do art. 32, § 2º, do CTN c/c arts. 14, do D.L. 57/66, e\n29, da Lei 5.172/66. [...]\" (REsp 215460SP, Rel. Ministro FRANCISCO\nPEÇANHA MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/09/2001, DJ 12/11/2001, p.\n136)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 17/12/2018RSSTJ vol. 48 p. 223RSTJ vol. 252 p. 1302", "Precedentes": "AgInt no AREsp 1197346 SP 2017/0283105-1 Decisão:08/05/2018\nDJe DATA:15/05/2018REsp 1655031 SP 2017/0025324-3 Decisão:06/04/2017\nDJe DATA:25/04/2017\nRSSTJ VOL.:00048 PG:00223AgRg nos EDcl no REsp 1375925 PE 2013/0087632-3\nDecisão:15/05/2014\nDJe DATA:26/05/2014AgRg no REsp 783794 SP 2005/0159477-5 Decisão:15/12/2009\nDJe DATA:08/02/2010\nRDDT VOL.:00175 PG:00185AgRg no Ag 672875 SP 2005/0059255-8 Decisão:18/10/2005\nDJ DATA:14/11/2005 PG:00199REsp 234578 SP 1999/0093342-7 Decisão:12/05/2005\nDJ DATA:01/07/2005 PG:00460REsp 218788 SP 1999/0051457-2 Decisão:08/03/2005\nDJ DATA:01/08/2005 PG:00370AgRg no REsp 191311 SP 1998/0075224-2 Decisão:27/04/2004\nDJ DATA:24/05/2004 PG:00153\nRDDT VOL.:00107 PG:00151REsp 433907 DF 2002/0052505-6 Decisão:27/08/2002\nDJ DATA:23/09/2002 PG:00284\nRJADCOAS VOL.:00040 PG:00080\nRT VOL.:00812 PG:00190REsp 215460 SP 1999/0044358-6 Decisão:20/09/2001\nDJ DATA:12/11/2001 PG:00136\nLEXSTJ VOL.:00149 PG:00143\nRSTJ VOL.:00151 PG:00203", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:005172 ANO:1966\n***** CTN-66 CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL\n ART:00032 PAR:00001 PAR:00002" }
Súmula 625
O pedido administrativo de compensação ou de restituição não interrompe o prazo prescricional para a ação de repetição de indébito tributário de que trata o art. 168 do CTN nem o da execução de título judicial contra a Fazenda Pública. (Súmula n. 625, Primeira Seção, julgado em 12/12/2018, DJe de 17/12/2018.)
{ "Enunciado": "O pedido administrativo de compensação ou de restituição não interrompe\no prazo prescricional para a ação de repetição de indébito tributário de\nque trata o art. 168 do CTN nem o da execução de título judicial contra\na Fazenda Pública. (SÚMULA 625, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2018,\nDJe 17/12/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] PRAZO PRESCRICIONAL PARA A REPETIÇÃO DE INDÉBITO NOS TRIBUTOS\nSUJEITOS A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. AÇÃO AJUIZADA APÓS A VIGÊNCIA DA\nLC N. 118/2005, OU SEJA, APÓS 9/6/2005. PRAZO PRESCRICIONAL DE CINCO\nANOS. PEDIDO ADMINISTRATIVO DE COMPENSAÇÃO DOS CRÉDITOS NÃO INTERROMPE A\nPRESCRIÇÃO. [...] O Superior Tribunal de Justiça, em julgamento\nsubmetido ao regime do art. 543-C do CPC/73, no REsp 1.269.570/MG, DJe\n4/6/2012, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, modificou entendimento\nanteriormente construído no REsp 1.002.932/SP, consignando que, nos\ntributos sujeitos a lançamento por homologação, nas ações ajuizadas a\npartir de 9.6.2005, ou seja, da vigência da Lei Complementar n.\n118/2005, é aplicável o prazo prescricional de cinco anos contados do\npagamento antecipado, previsto no art. 3º do referido diploma legal, em\nconformidade com o julgamento proferido pelo STF no RE 566.621/RS. II -\nAinda de acordo com a jurisprudência do STJ, entende-se que, nas ações\nde repetição de indébito, o pedido administrativo de compensação não\ninterrompe a prescrição. [...]\" (AgInt nos EDcl no REsp 1587844SP,\nRel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/02/2018,\nDJe 26/02/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] REPETIÇÃO DE INDÉBITO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. PEDIDO\nADMINISTRATIVO DE COMPENSAÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA DE INTERRUPÇÃO E/OU\nSUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO. ART. 4º DO DECRETO N. 20.910/32.\nINAPLICABILIDADE. [...] O entendimento desta Corte Superior é no sentido\nde que o pedido administrativo de compensação do crédito tributário não\ncaracteriza a interrupção do prazo prescricional para a ação de\nexecução. [...] 2. Inaplicabilidade do art. 4º do Decreto n. 20.910/32,\numa vez que a controvérsia constante dos autos não diz respeito a mero\naproveitamento de créditos, mas a compensação tributária de valores\nlíquidos e certos. [...]\" (AgRg no REsp 1371686SC, Rel. Ministra\nDIVA MALERBI (DESEMBARGADORA CONVOCADA TRF 3ª REGIÃO), SEGUNDA TURMA,\njulgado em 17/05/2016, DJe 24/05/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] REPETIÇÃO DE INDÉBITO. DIREITO RECONHECIDO EM MANDADO DE\nSEGURANÇA TRANSITADO EM JULGADO. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. ART. 168 DO CTN.\nTERMO INICIAL. DATA DO TRÂNSITO EM JULGADO. AÇÃO PROPOSTA APÓS O DECURSO\nDESSE LAPSO. PEDIDO DE COMPENSAÇÃO NO ÂMBITO ADMINISTRATIVO. INTERRUPÇÃO\nDO PRAZO PRESCRICIONAL. IMPOSSIBILIDADE. [...] In casu, a ação de\nrepetição do indébito tributário foi ajuizada após o transcurso do prazo\nde cinco anos, cujo termo inicial coincide com a data do trânsito em\njulgado da ação mandamental que reconheceu a inexigibilidade do imposto\ncobrado, de modo que configurada a prescrição. II - O pedido\nadministrativo de compensação constitui meio inidôneo para interromper a\nfluência da prescrição para ajuizamento da respectiva ação de repetição.\nPrecedentes. III - Ressalvo, contudo, posicionamento pessoal contrário a\nesse entendimento, adotando-o, todavia, com vistas à uniformidade das\ndecisões. [...]\" (AgRg no REsp 1276022RS, Rel. Ministra REGINA\nHELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 19/05/2015, DJe 28/05/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PEDIDOS ADMINISTRATIVOS E\nTENTATIVAS JUDICIAIS MAL SUCEDIDAS. INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO.\nIMPOSSIBILIDADE. [...] O pedido administrativo de compensação não tem o\ncondão de interromper o prazo prescricional para ajuizamento da\nrespectiva ação de execução. [...] Quiçá do prazo prescricional para\najuizamento de ação de repetição de indébito. 3. O manejo de mandado de\nsegurança é capaz de interromper o prazo prescricional em relação à ação\nde repetição de indébito tributário [...]. Isso, nos termos do previsto\nno art. 202 do Código Civil, somente pode ocorrer uma vez. 4. No caso,\ncom a impetração do mandado de segurança em 10/12/1998, o prazo\nprescricional para a repetição do indébito foi interrompido e recomeçou\na ser contado a partir do trânsito em julgado do provimento\njurisdicional, perpetrado em 14/08/2002. Entretanto, tal ação somente\nfoi ajuizada em 27/06/2008. Logo, a pretensão está fulminada pela\nprescrição. [...]\" (REsp 1248618SC, Rel. Ministro BENEDITO\nGONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/12/2014, DJe 13/02/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PRAZO PARA EXECUÇÃO DE SENTENÇA. CINCO ANOS. SÚMULA 150/STF.\nPEDIDO DE COMPENSAÇÃO NA VIA ADMINISTRATIVA. INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO.\nIMPOSSIBILIDADE. [...] 'A jurisprudência do Superior Tribunal de\nJustiça, em consonância com o enunciado sumular 150/STF, firmou-se em\nque o prazo prescricional para a propositura da ação executiva contra a\nFazenda Pública é de cinco anos, contados a partir do trânsito em\njulgado da sentença condenatória, não sendo aplicável o prazo pela\nmetade para ações ajuizadas contra a Fazenda Pública' (AgRg no REsp\n1.224.850/AL, Rel. Min. HAMILTON CARVALHIDO, Primeira Turma, DJe\n15/3/11). 2. Não há falar em ofensa ao verbete sumular 7/STJ, na medida\nem que não foi necessário o revolvimento de matéria probatória nos autos\npara se chegar a conclusão de que ocorrera período superior a 5 anos\nentre a data do trânsito em julgado da decisão condenatória e o\najuizamento da execução. O pedido administrativo de compensação\ntributária não tem o condão de interromper o lapso prescricional (AgRg\nno REsp 1.117.375/RS, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe 3/11/10). [...]\"\n(AgRg no AgRg no REsp 1217558RS, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES\nLIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 09/04/2013, DJe 19/04/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. TENTATIVA DE REALIZAR COMPENSAÇÃO\nPELA VIA ADMINISTRATIVA. NÃO INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO\nEXECUTIVA. [...] A jurisprudência desta Corte pacificou-se no sentido de\nque, em função da autonomia do processo de execução em relação ao\nprocesso de conhecimento, a Súmula 150/STF estabelece idêntico prazo\nprescricional da ação de conhecimento para o processo de execução, que\nno caso dos autos é de 5 anos. 2. In casu, a decisão exequenda transitou\nem julgado em 30.6.2000, e a execução de sentença foi ajuizada somente\nem 31.7.2007. 3. 'O pedido administrativo de compensação de indébito não\ninterrompe a prescrição para executar a Fazenda Pública.' (REsp\n1035441/SC, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em\n3/8/2010, DJe 24/8/2010). [...]\" (EDcl no AgRg no AREsp 186954RS,\nRel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/12/2012,\nDJe 08/02/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] REPETIÇÃO DE INDÉBITO - FINSOCIAL - PRESCRIÇÃO - INTERRUPÇÃO PELO\nREQUERIMENTO ADMINISTRATIVO DE COMPENSAÇÃO - IMPOSSIBILIDADE [...] A\nPrimeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, no julgamento dos\nembargos de divergência no REsp 435.835/SC em 24.3.2004, adotou o\nentendimento segundo o qual, para as hipóteses de devolução de tributos\nsujeitos à homologação, declarados inconstitucionais pelo Supremo\nTribunal Federal, a prescrição do direito de pleitear a restituição\nocorre após expirado o prazo de cinco anos, contados do fato gerador,\nacrescido de mais cinco anos, a partir da homologação tácita. 2. Nas\nações de repetição de indébito, o pedido administrativo de compensação\nnão interrompe a prescrição. Precedentes. 3. Na hipótese dos autos,\nverifica-se que os tributos objeto da ação de repetição de indébito\nforam recolhidos no período de outubro de 1989 a abril de 1992 e ação\nsomente foi ajuizada em 2003, ou seja, em prazo superior a dez anos do\núltimo recolhimento, não tendo o pedido administrativo efeito\ninterruptivo do prazo prescricional. [...]\" (AgRg no REsp 1085923BA, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em\n20/05/2010, DJe 09/06/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] REPETIÇÃO DE INDÉBITO. [...] FINSOCIAL. PEDIDO ADMINISTRATIVO DE\nCOMPENSAÇÃO. INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL. IMPOSSIBILIDADE. [...]\nO simples pedido administrativo de compensação tributária não tem o\ncondão de interromper o prazo prescricional. [...]\" (REsp 805406MG,\nRel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/02/2009, DJe\n30/03/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PRESCRIÇÃO. PEDIDO ADMINISTRATIVO. INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO.\nIMPOSSIBILIDADE. [...] O pedido administrativo de compensação não tem o\ncondão de interromper o prazo prescricional. [...]\" (AgRg no REsp\n1062447SP, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, PRIMEIRA TURMA, julgado em\n14/10/2008, DJe 29/10/2008)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TRIBUTOS SUJEITOS A LANÇAMENTO POR\nHOMOLOGAÇÃO. PRAZO PRESCRICIONAL. LC 118/2005. INCONSTITUCIONALIDADE DA\nAPLICAÇÃO RETROATIVA. PEDIDO ADMINISTRATIVO DE COMPENSAÇÃO. NÃO\nINTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL. [...] Sobre a prescrição da ação de\nrepetição de indébito tributário de tributos sujeitos a lançamento por\nhomologação, a jurisprudência do STJ (1ª Seção) assentou o entendimento\nde que, no regime anterior ao do art. 3º da LC 118/05, o prazo de cinco\nanos, previsto no art. 168 do CTN, tem início, não na data do\nrecolhimento do tributo indevido, e sim na data da homologação -\nexpressa ou tácita - do lançamento. Assim, não havendo homologação\nexpressa, o prazo para a repetição do indébito acaba sendo de dez anos a\ncontar do fato gerador. 4. A norma do art. 3º da LC 118/05, que\nestabelece como termo inicial do prazo prescricional, nesses casos, a\ndata do pagamento indevido, não tem eficácia retroativa. É que a Corte\nEspecial, ao apreciar Incidente de Inconstitucionalidade no Eresp\n644.736/PE, sessão de 06/06/2007, DJ 27.08.2007, declarou\ninconstitucional a expressão 'observado, quanto ao art. 3º, o disposto\nno art. 106, I, da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código\nTributário Nacional', constante do art. 4º, segunda parte, da referida\nLei Complementar. 5. O pedido administrativo de compensação não\ninterrompe o prazo prescricional. [...]\" (REsp 815738MG, Rel.\nMinistro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 09/10/2007,\nDJ 25/10/2007, p. 127)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PEDIDO ADMINISTRATIVO - INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO -\nIMPOSSIBILIDADE. [...] É firme o entendimento no sentido de que o prazo\nprescricional para o ajuizamento de ação de repetição de indébito, para\nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, é de cinco anos\ncontados do fato gerador, acrescido de mais cinco da homologação tácita.\n2. A respeito do tema referente à interrupção do prazo prescricional\npelo protocolo de pedido administrativo, as turmas da Primeira Seção\ndesta Corte já se manifestaram sobre o tema, firmando o entendimento de\nque o pedido administrativo não interrompe o prazo prescricional. [...]\"\n(EREsp 669139SE, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, PRIMEIRA SEÇÃO,\njulgado em 23/05/2007, DJ 04/06/2007, p. 289)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRIBUTO. FINSOCIAL. PRAZO PRESCRICIONAL. PEDIDO ADMINISTRATIVO DE\nCOMPENSAÇÃO. NÃO INTERRUPÇÃO. [...] É entendimento do STJ que o pedido\nadministrativo de compensação tributária não tem o condão de interromper\no prazo prescricional. [...]\" (AgRg no REsp 879258SP, Rel. Ministro\nHERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 15/02/2007, DJ 19/12/2007, p.\n1216)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FINSOCIAL. PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. INOCORRÊNCIA. COMPENSAÇÃO.\nLEIS N. 8.383/91 E 9.430/96. [...] Na hipótese de tributo sujeito a\nlançamento por homologação, o prazo para a propositura da ação de\nrepetição de indébito é de 10 (dez) anos a contar do fato gerador, se a\nhomologação for tácita (tese dos 'cinco mais cinco'), e, de 5 (cinco)\nanos a contar da homologação, se esta for expressa. 2. A mera\nformalização de pedido de compensação de créditos tributários na\nSecretaria da Receita Federal não constitui circunstância suficiente\npara, nos termos do art. 174, parágrafo único, I e IV, do CTN,\ninterromper o prazo prescricional para a propositura de ação de\nrepetição de indébito. 3. A sistemática introduzida pela redação\noriginal do art. 74 da Lei n. 9.430/96, que possibilita a compensação de\ntributos de espécie e destinação diferentes, exige necessariamente\nprévio requerimento administrativo do contribuinte à Receita Federal. 4.\nO novo procedimento para a compensação de tributos, instituído pela Lei\nn. 10.637/2002, não pode ser aplicado, em sede de recurso especial, às\nações ajuizadas antes de sua entrada em vigor. Contudo, impedida não\nestá a parte de, independentemente do resultado deste processo, proceder\nà compensação dos créditos na conformidade com as normas supervenientes,\nse atender os requisitos próprios. [...]\" (REsp 541243MG, Rel.\nMinistro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA TURMA, julgado em 10/10/2006,\nDJ 06/12/2006, p. 235)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FINSOCIAL - INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO - PROCESSO ADMINISTRATIVO -\nIMPOSSIBILIDADE [...] - O simples pedido administrativo de compensação\ntributária não é motivo apto para interromper o prazo prescricional.\n[...]\" (REsp 531352MG, Rel. Ministro FRANCISCO PEÇANHA MARTINS,\nSEGUNDA TURMA, julgado em 06/12/2005, DJ 13/02/2006, p. 732)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PIS. COMPENSAÇÃO. FINSOCIAL. PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. [...] É\nfirme a orientação desta Corte de que se admite a compensação dos\nindébitos recolhidos a título de PIS com valores devidos referentes ao\nFinsocial em razão de ambos possuírem a mesma natureza\njurídico-tributária e destinarem-se ao custeio da Previdência Social. 2.\nA mera formalização de pedido de compensação de créditos tributários na\nSecretaria da Receita Federal não constitui circunstância suficiente\npara, nos termos do art. 174, parágrafo único, I e IV, do CTN,\ninterromper o prazo prescricional para a propositura de ação de\nrepetição de indébito. [...]\" (REsp 572341MG, Rel. Ministro JOÃO\nOTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/08/2004, DJ 18/10/2004,\np. 235)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 17/12/2018RSSTJ vol. 48 p. 203RSTJ vol. 252 p. 1300", "Precedentes": "AgInt nos EDcl no REsp 1587844 SP 2016/0051780-0\nDecisão:20/02/2018\nDJe DATA:26/02/2018AgRg no REsp 1371686 SC 2013/0059056-9 Decisão:17/05/2016\nDJe DATA:24/05/2016AgRg no REsp 1276022 RS 2011/0211925-8 Decisão:19/05/2015\nDJe DATA:28/05/2015REsp 1248618 SC 2011/0077416-9 Decisão:18/12/2014\nDJe DATA:13/02/2015\nRSSTJ VOL.:00048 PG:00203AgRg no AgRg no REsp 1217558 RS 2010/0193469-4\nDecisão:09/04/2013\nDJe DATA:19/04/2013EDcl no AgRg no AREsp 186954 RS 2012/0116624-6\nDecisão:18/12/2012\nDJe DATA:08/02/2013AgRg no REsp 1085923 BA 2008/0196397-3 Decisão:20/05/2010\nDJe DATA:09/06/2010REsp 805406 MG 2005/0211181-2 Decisão:17/02/2009\nDJe DATA:30/03/2009AgRg no REsp 1062447 SP 2008/0118744-0 Decisão:14/10/2008\nDJe DATA:29/10/2008REsp 815738 MG 2006/0023295-2 Decisão:09/10/2007\nDJ DATA:25/10/2007 PG:00127EREsp 669139 SE 2007/0007795-3 Decisão:23/05/2007\nDJ DATA:04/06/2007 PG:00289AgRg no REsp 879258 SP 2006/0187139-9 Decisão:15/02/2007\nDJ DATA:19/12/2007 PG:01216REsp 541243 MG 2003/0077659-9 Decisão:10/10/2006\nDJ DATA:06/12/2006 PG:00235REsp 531352 MG 2003/0071426-0 Decisão:06/12/2005\nDJ DATA:13/02/2006 PG:00732REsp 572341 MG 2003/0130302-6 Decisão:05/08/2004\nDJ DATA:18/10/2004 PG:00235", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:005172 ANO:1966\n***** CTN-66 CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL\n ART:00168 ART:00174 PAR:ÚNICO\nLEG:FED LEI:008383 ANO:1991\n ART:00066\nLEG:FED LEI:009430 ANO:1996\n ART:00074\nLEG:FED LEI:010637 ANO:2002\n ART:00049\nLEG:FED DEC:020910 ANO:1932\n***** DPRES-1932DECRETO SOBRE PRESCRIÇÃO QUINQUENAL\n ART:00004 PAR:ÚNICO\nLEG:FED SUM:******\n***** SUM(STJ) SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA\n SUM:000461" }
Súmula 624
É possível cumular a indenização do dano moral com a reparação econômica da Lei n. 10.559/2002 (Lei da Anistia Política). (Súmula n. 624, Primeira Seção, julgado em 12/12/2018, DJe de 17/12/2018.)
{ "Enunciado": "É possível cumular a indenização do dano moral com a reparação econômica\nda Lei n. 10.559/2002 (Lei da Anistia Política). (SÚMULA 624, PRIMEIRA\nSEÇÃO, julgado em 12/12/2018, DJe 17/12/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] ANISTIA POLÍTICA. POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DE VALOR RECEBIDO A\nTÍTULO DE REPARAÇÃO ECONÔMICA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. [...] o\nSTJ entende ser possível a cumulação de valor recebido a título de\nreparação econômica com aquele de indenização de danos morais. [...]\"\n(AgRg no REsp 1270045RS, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO,\nPRIMEIRA TURMA, julgado em 02/08/2016, DJe 12/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ANISTIADO POLÍTICO. REPARAÇÃO ADMINISTRATIVA E INDENIZAÇÃO POR\nDANO MORAL. CUMULAÇÃO. POSSIBILIDADE. [...] O acórdão recorrido está em\nconfronto com a orientação desta Corte, segundo a qual mesmo que\nrealizada administrativamente a reparação econômica de que trata a Lei\nn. 10.559/02, inexistirá óbice para que o anistiado político, com base\nnos mesmos fatos, possa alcançar, também na esfera judicial, a\ncondenação da União ao ressarcimento por danos morais. [...]\"\n(AgInt no AREsp 680900RJ, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA,\nPRIMEIRA TURMA,\njulgado em 07/06/2016, DJe 21/06/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. PERSEGUIÇÃO POLÍTICA OCORRIDA\nDURANTE O REGIME MILITAR INSTAURADO EM 1964. [...] REPARAÇÃO ECONÔMICA\nNO ÂMBITO ADMINISTRATIVO QUE NÃO INIBE A REIVINDICAÇÃO DE DANOS MORAIS\nPELO ANISTIADO NA VIA JUDICIAL. [...] Mesmo tendo conquistado na via\nadministrativa a reparação econômica de que trata a Lei nº 10.559/02, e\nnada obstante a pontual restrição posta em seu art. 16 (dirigida, antes\ne unicamente, à Administração e não à Jurisdição), inexistirá óbice a\nque o anistiado, embora com base no mesmo episódio político mas porque\nsimultaneamente lesivo à sua personalidade, possa reivindicar e\nalcançar, na esfera judicial, a condenação da União também à compensação\npecuniária por danos morais. [...]\" (REsp 1485260PR, Rel. Ministro\nSÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 05/04/2016, DJe 19/04/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS. ANISTIADO\nPOLÍTICO. [...] O direito à indenização por danos materiais não exclui,\nobviamente, o direito à reparação por danos morais sofridos pelo\nanistiado político. Aplica-se, por conseguinte, a orientação consolidada\nna Súmula 37/STJ: 'São cumuláveis as indenizações por dano material e\ndano moral oriundos do mesmo fato.' 3. A jurisprudência do Superior\nTribunal de Justiça tem se posicionado no sentido de que o ressarcimento\nefetivado pela União em virtude da edição da Lei 10.559/2002 possui\nnatureza distinta da reparação moral decorrente do previsto no art. 5º,\nV e X, da CF/1988. [...]\" (AgRg no AREsp 662667PR, Rel. Ministro\nHERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 26/05/2015, DJe 05/08/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. PERSEGUIÇÃO POLÍTICA OCORRIDA\nDURANTE O REGIME MILITAR. [...] ACUMULAÇÃO DE REPARAÇÃO ECONÔMICA COM\nINDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. POSSIBILIDADE. [...] A Lei 10.559/2002\nproíbe a acumulação de: a) reparação econômica em parcela única com\nreparação econômica em prestação continuada (art. 3º, § 1º); b)\npagamentos, benefícios ou indenizações com o mesmo fundamento,\nfacultando-se ao anistiado político, nesta hipótese, a escolha da opção\nmais favorável (art. 16). 6. Inexiste vedação para a acumulação da\nreparação econômica com indenização por danos morais, porquanto se trata\nde verbas indenizatórias com fundamentos e finalidades diversas: aquela\nvisa à recomposição patrimonial (danos emergentes e lucros cessantes),\nao passo que esta tem por escopo a tutela da integridade moral,\nexpressão dos direitos da personalidade. [...]\" (AgRg no REsp\n1467148SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em\n05/02/2015, DJe 11/02/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 17/12/2018RSSTJ vol. 48 p. 193RSTJ vol. 252 p. 1299", "Precedentes": "AgRg no REsp 1270045 RS 2011/0184571-3 Decisão:02/08/2016\nDJe DATA:12/08/2016\nRSSTJ VOL.:00048 PG:00193AgInt no AREsp 680900 RJ 2015/0061101-9 Decisão:07/06/2016\nDJe DATA:21/06/2016REsp 1485260 PR 2014/0258381-4 Decisão:05/04/2016\nDJe DATA:19/04/2016AgRg no AREsp 662667 PR 2015/0032525-9 Decisão:26/05/2015\nDJe DATA:05/08/2015AgRg no REsp 1467148 SP 2014/0151681-2 Decisão:05/02/2015\nDJe DATA:11/02/2015", "Referência Legislativa": "LEG:FED CFB:****** ANO:1988\n***** CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988\n ART:00005 INC:00005 INC:00010\nLEG:FED CFB:****** ANO:1988\n***** ADCT-88 ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS\n ART:00008\nLEG:FED LEI:010559 ANO:2002\n ART:00001 ART:00004 ART:00005 ART:00016\nLEG:FED SUM:******\n***** SUM(STJ) SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA\n SUM:000037" }
Súmula 623
As obrigações ambientais possuem natureza propter rem, sendo admissível cobrá-las do proprietário ou possuidor atual e/ou dos anteriores, à escolha do credor. (Súmula n. 623, Primeira Seção, julgado em 12/12/2018, DJe de 17/12/2018.)
{ "Enunciado": "As obrigações ambientais possuem natureza propter rem, sendo admissível\ncobrá-las do proprietário ou possuidor atual e/ou dos anteriores, à\nescolha do credor. (SÚMULA 623, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2018,\nDJe 17/12/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] INSTITUIÇÃO DE ÁREA DE RESERVA LEGAL. OBRIGAÇÃO PROPTER REM E EX\nLEGE. DEVER DE AVERBAÇÃO. TEMPUS REGIT ACTUM. [...] É pacífica a\njurisprudência do STJ ao reconhecer a natureza propter rem da Reserva\nLegal e a obrigatoriedade e vinculação para o proprietário atual e o\nPoder Público. 'Nos termos do artigo 16 c/c art. 44 da Lei 7.771/65,\nimpõe-se aos proprietários a averbação da reserva legal à margem de\nmatrícula do imóvel, ainda que não haja na propriedade área florestal ou\nvegetação nativa. Em suma, a legislação obriga o proprietário a manter\ne, eventualmente, recompor a fração da propriedade reservada por lei'\n(cfr. REsp 865.309/MG, Segunda Turma, Min. Castro Meira, DJe de\n23/10/2008). [...]\" (AgInt no REsp 1404904MG, Rel. Ministro HERMAN\nBENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 02/02/2017, DJe 03/03/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AMBIENTAL. [...] IMÓVEL RURAL. REGISTRO DE ESCRITURA DE COMPRA E\nVENDA. EXIGÊNCIA. OFICIAL DO CARTÓRIO DE IMÓVEIS. AVERBAÇÃO DA ÁREA DE\nRESERVA LEGAL. SUPERVENIÊNCIA DA LEI N. 12.651/12. PERSISTÊNCIA DO DEVER\nDE AVERBAR. EXCEÇÃO. PRÉVIO REGISTRO NO CADASTRO AMBIENTAL RURAL. [...]\nA existência da área de reserva legal no âmbito das propriedades rurais\ncaracteriza-se como uma limitação administrativa necessária à tutela do\nmeio ambiente para as presentes e futuras gerações e em harmonia com a\nfunção social da propriedade, o que legitima haver restrições aos\ndireitos individuais em benefício dos interesses de toda a coletividade.\n4. De acordo com a jurisprudência do STJ, a obrigação de demarcar,\naverbar e restaurar a área de reserva legal constitui-se uma obrigação\npropter rem, que se transfere automaticamente ao adquirente ou ao\npossuidor do imóvel rural. Esse dever jurídico independe da existência\nde floresta ou outras formas de vegetação nativa na gleba,\ncumprindo-lhes, caso necessário, a adoção das providências essenciais à\nrestauração ou à recuperação das mesmas, a fim de readequar-se aos\nlimites percentuais previstos na lei de regência. 5. Cumpre ao oficial\ndo cartório de imóveis exigir a averbação da área de reserva legal\nquando do registro da escritura de compra e venda do imóvel rural, por\nse tratar de conduta em sintonia com todo o sistema de proteção ao meio\nambiente. A peculiaridade é que, com a novel legislação, a averbação\nserá dispensada caso a reserva legal já esteja registrada no Cadastro\nAmbiental Rural - CAR, consoante dispõe o art. 18, § 4º, da Lei n.\n12.651/12. [...]\" (REsp 1276114MG, Rel. Ministro OG FERNANDES,\nSEGUNDA TURMA, julgado em 04/10/2016, DJe 11/10/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DANO AO MEIO AMBIENTE. ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. RESERVA\nLEGAL. RESPONSABILIDADE OBJETIVA PELO DANO AMBIENTAL. OBRIGAÇÃO PROPTER\nREM. [...] A Caixa Econômica Federal sustenta que 'as construções\nquestionadas pelo Ministério Público como causadoras de danos ambientais\nnão foram realizadas pela Caixa Econômica Federal, mas sim por terceiros\nque ocuparam a área muito antes da área ser transformada em uma APA-\nÁrea de Proteção Ambiental'. O STJ possui entendimento pacífico de que a\nresponsabilidade civil pela reparação dos danos ambientais adere à\npropriedade, como obrigação propter rem, sendo possível cobrar também do\natual proprietário condutas derivadas de danos provocados pelos\nproprietários antigos. [...]\" (REsp 1622512RJ, Rel. Ministro HERMAN\nBENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 22/09/2016, DJe 11/10/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DANO AMBIENTAL. REPARAÇÃO INTEGRAL DOS DANOS. NATUREZA PROPTER\nREM. CUMULAÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER, DE NÃO FAZER E DE INDENIZAR.\nPOSSIBILIDADE. [...] A jurisprudência do STJ está firmada no sentido de\nque a necessidade de reparação integral da lesão causada ao meio\nambiente permite a cumulação de obrigações de fazer, de não fazer e de\nindenizar, que têm natureza propter rem. [...]\" (AgRg no REsp\n1254935SC, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado\nem 20/03/2014, DJe 28/03/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"AMBIENTAL. [...] INSTITUIÇÃO DE ÁREA DE RESERVA LEGAL. OBRIGAÇÃO\nPROPTER REM E EX LEGE. [...] A jurisprudência desta Corte está firmada\nno sentido de que os deveres associados às APPs e à Reserva Legal têm\nnatureza de obrigação propter rem, isto é, aderem ao título de domínio\nou posse, independente do fato de ter sido ou não o proprietário o autor\nda degradação ambiental. Casos em que não há falar em culpa ou nexo\ncausal como determinantes do dever de recuperar a área de preservação\npermanente. 3. Este Tribunal tem entendido que a obrigação de demarcar,\naverbar e restaurar a área de reserva legal nas propriedades rurais\nconfigura dever jurídico (obrigação ex lege) que se transfere\nautomaticamente com a mudança do domínio, podendo, em consequência, ser\nimediatamente exigível do proprietário atual. [...]\" (AgRg no REsp\n1367968SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em\n17/12/2013, DJe 12/03/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] Trata-se de ação em que se pretende a indenização em virtude de\nlimitação administrativa perpetrada pelo art. 4º do Código Florestal,\nque veda a supressão de mata ciliar em área de preservação permanente.\n[...] 5. No que tange à apontada divergência jurisprudencial, não há\ncomo se falar em divergência atual, o que torna possível aplicar ao caso\na Súmula n. 83/STJ. Em verdade, o Superior Tribunal de Justiça vem\nentendendo que a obrigação de recuperar a degradação ambiental ocorrida\nna faixa da reserva legal ou área de preservação permanente abrange\naquele que é titular da propriedade do imóvel, mesmo que não seja de sua\nautoria a deflagração do dano, tendo em consideração a sua natureza\npropter rem. [...]\" (REsp 1247140PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL\nMARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 22/11/2011, DJe 01/12/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DANOS AMBIENTAIS. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. RESPONSABILIDADE DO\nADQUIRENTE. TERRAS RURAIS. RECOMPOSIÇÃO. MATAS. TEMPUS REGIT ACTUM.\nAVERBAÇÃO PERCENTUAL DE 20%. [...] A responsabilidade pelo dano\nambiental é objetiva, ante a ratio essendi da Lei 6.938/81, que em seu\nart. 14, § 1º, determina que o poluidor seja obrigado a indenizar ou\nreparar os danos ao meio-ambiente e, quanto ao terceiro, preceitua que a\nobrigação persiste, mesmo sem culpa. [...] 2. A obrigação de reparação\ndos danos ambientais é propter rem, por isso que a Lei 8.171/91 vigora\npara todos os proprietários rurais, ainda que não sejam eles os\nresponsáveis por eventuais desmatamentos anteriores, máxime porque a\nreferida norma referendou o próprio Código Florestal (Lei 4.771/65) que\nestabelecia uma limitação administrativa às propriedades rurais,\nobrigando os seus proprietários a instituírem áreas de reservas legais,\nde no mínimo 20% de cada propriedade, em prol do interesse coletivo.\n[...]\" (REsp 1090968SP, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA,\njulgado em 15/06/2010, DJe 03/08/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] MEIO AMBIENTE. ÁREA DE RESERVA LEGAL EM PROPRIEDADES RURAIS:\nDEMARCAÇÃO, AVERBAÇÃO E RESTAURAÇÃO. LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA. OBRIGAÇÃO\nEX LEGE E PROPTER REM, IMEDIATAMENTE EXIGÍVEL DO PROPRIETÁRIO ATUAL.\n[...] Em nosso sistema normativo (Código Florestal - Lei 4.771/65, art.\n16 e parágrafos; Lei 8.171/91, art. 99), a obrigação de demarcar,\naverbar e restaurar a área de reserva legal nas propriedades rurais\nconstitui (a) limitação administrativa ao uso da propriedade privada\ndestinada a tutelar o meio ambiente, que deve ser defendido e preservado\n'para as presentes e futuras gerações' (CF, art. 225). Por ter como\nfonte a própria lei e por incidir sobre as propriedades em si, (b)\nconfigura dever jurídico (obrigação ex lege) que se transfere\nautomaticamente com a transferência do domínio (obrigação propter rem),\npodendo, em consequência, ser imediatamente exigível do proprietário\natual, independentemente de qualquer indagação a respeito de boa-fé do\nadquirente ou de outro nexo causal que não o que se estabelece pela\ntitularidade do domínio. [...]\" (REsp 1179316SP, Rel. Ministro\nTEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 15/06/2010, DJe\n29/06/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CÓDIGO FLORESTAL (LEI 4.771, DE 15 DE SETEMBRO DE 1965). RESERVA\nLEGAL. MÍNIMO ECOLÓGICO. OBRIGAÇÃO PROPTER REM QUE INCIDE SOBRE O NOVO\nPROPRIETÁRIO. DEVER DE MEDIR, DEMARCAR, ESPECIALIZAR, ISOLAR, RECUPERAR\nCOM ESPÉCIES NATIVAS E CONSERVAR A RESERVA LEGAL. RESPONSABILIDADE CIVIL\nAMBIENTAL. ART. 3º, INCISOS II, III, IV E V, E ART. 14, § 1º, DA LEI DA\nPOLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (LEI 6.938/81). [...] As obrigações\nambientais ostentam caráter propter rem, isto é, são de natureza\nambulante, ao aderirem ao bem, e não a seu eventual titular. Daí a\nirrelevância da identidade do dono - ontem, hoje ou amanhã -, exceto\npara fins de imposição de sanção administrativa e penal. 'Ao adquirir a\nárea, o novo proprietário assume o ônus de manter a preservação,\ntornando-se responsável pela reposição, mesmo que não tenha contribuído\npara o desmatamento' (REsp 926.750/MG, Rel. Min. CASTRO MEIRA, DJ\n4/10/2007. No mesmo sentido, REsp 343.741/PR, Rel. Min. FRANCIULLI\nNETTO, DJ 7/10/2002; REsp 264.173/PR, Rel. Min. JOSÉ DELGADO, DJ\n2/4/2001; REsp 282.781/PR, Rel. Min. ELIANA CALMON, DJ 27.5.2002). 4. A\nespecialização da Reserva Legal configura-se 'como dever do proprietário\nou adquirente do imóvel rural, independentemente da existência de\nflorestas ou outras formas de vegetação nativa na gleba' (REsp\n821.083/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, DJe 9/4/2008. No mesmo sentido, RMS\n21.830/MG, Rel. Min. CASTRO MEIRA, DJ 01/12/2008; RMS 22.391/MG, Rel.\nMin. DENISE ARRUDA, DJe 3/12/2008; REsp 973.225/MG, Rel. Min. ELIANA\nCALMON, DJe 3/9/2009). [...]\" (EREsp 218781PR, Rel. Ministro HERMAN\nBENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/12/2009, DJe 23/02/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 17/12/2018RSSTJ vol. 48 p. 155RSTJ vol. 252 p. 1298", "Precedentes": "AgInt no REsp 1404904 MG 2013/0316892-0 Decisão:02/02/2017\nDJe DATA:03/03/2017REsp 1276114 MG 2011/0149439-7 Decisão:04/10/2016\nDJe DATA:11/10/2016REsp 1622512 RJ 2015/0315713-6 Decisão:22/09/2016\nDJe DATA:11/10/2016AgRg no REsp 1254935 SC 2011/0113562-2 Decisão:20/03/2014\nDJe DATA:28/03/2014AgRg no REsp 1367968 SP 2012/0004929-3 Decisão:17/12/2013\nDJe DATA:12/03/2014REsp 1247140 PR 2011/0076243-2 Decisão:22/11/2011\nDJe DATA:01/12/2011\nRSTJ VOL.:00238 PG:00166REsp 1090968 SP 2008/0207311-0 Decisão:15/06/2010\nDJe DATA:03/08/2010\nRSSTJ VOL.:00048 PG:00155\nRSTJ VOL.:00239 PG:00362REsp 1179316 SP 2009/0235738-6 Decisão:15/06/2010\nDJe DATA:29/06/2010\nRSTJ VOL.:00238 PG:00133EREsp 218781 PR 2002/0146843-9 Decisão:09/12/2009\nDJe DATA:23/02/2012\nRSTJ VOL.:00238 PG:00317", "Referência Legislativa": "LEG:FED CFB:****** ANO:1988\n***** CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988\n ART:00023 INC:00006 INC:00007 ART:00024 INC:00006\n INC:00008 ART:00186 INC:00002 ART:00225 PAR:00001\n INC:00001\nLEG:FED LEI:004771 ANO:1965\n***** CFLO-65 CÓDIGO FLORESTAL DE 1965\n ART:00016 LET:A\n(REVOGADO PELA LEI 12.651/2012)\nLEG:FED LEI:006938 ANO:1981\n ART:00014 PAR:00001\nLEG:FED LEI:008171 ANO:1991\n ART:00099\nLEG:FED LEI:009985 ANO:2000\n ART:00002\nLEG:FED LEI:012651 ANO:2012\n***** CFLO-12 CÓDIGO FLORESTAL DE 2012\n ART:00018 ART:00029" }
Súmula 622
A notificação do auto de infração faz cessar a contagem da decadência para a constituição do crédito tributário; exaurida a instância administrativa com o decurso do prazo para a impugnação ou com a notificação de seu julgamento definitivo e esgotado o prazo concedido pela Administração para o pagamento voluntário, inicia-se o prazo prescricional para a cobrança judicial. (Súmula n. 622, Primeira Seção, julgado em 12/12/2018, DJe de 17/12/2018.)
{ "Enunciado": "A notificação do auto de infração faz cessar a contagem da decadência\npara a constituição do crédito tributário; exaurida a instância\nadministrativa com o decurso do prazo para a impugnação ou com a\nnotificação de seu julgamento definitivo e esgotado o prazo concedido\npela Administração para o pagamento voluntário, inicia-se o prazo\nprescricional para a cobrança judicial. (SÚMULA 622, PRIMEIRA SEÇÃO,\njulgado em 12/12/2018, DJe 17/12/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] CRÉDITO TRIBUTÁRIO CONSTITUÍDO POR AUTO DE INFRAÇÃO. INÍCIO DO\nPRAZO PRESCRICIONAL COM A NOTIFICAÇÃO DO LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO.\nPRESCRIÇÃO NÃO CONFIGURADA. [...] Segundo entendimento firmado no STJ,\n'uma vez constituído o crédito tributário pela notificação do auto de\ninfração, não há falar em decadência, mas em prescrição, cujo termo\ninicial é a data da constituição definitiva do crédito. Não havendo\nimpugnação pela via administrativa, caso dos autos, o curso do prazo\nprescricional inicia-se com a notificação do lançamento tributário'\n(STJ, EDcl no AgRg no AREsp 439.781/RO, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,\nSEGUNDA TURMA, DJe de 31/03/2014). [...]\" (AgRg no REsp 1358305RS,\nRel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 08/03/2016,\nDJe 17/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO.\nAUSÊNCIA DE RECURSO ADMINISTRATIVO. MATÉRIA JULGADA EM CONSONÂNCIA COM O\nENTENDIMENTO DO STJ. [...] 'Sobre o tema, esta Corte Superior de Justiça\nfirmou compreensão de que, uma vez constituído o crédito tributário pela\nnotificação do auto de infração, não há falar em decadência, mas em\nprescrição, cujo termo inicial é a data da constituição definitiva do\ncrédito, que se dá, nos casos de lançamento de ofício, quando não couber\nrecurso administrativo ou quando se houver esgotado o prazo para sua\ninterposição. [...]' (AgRg no AREsp 424868/RO, Rel. Min. Sérgio Kukina,\nPrimeira Turma, DJe de 25/6/2014). [...]\" (AgRg no AREsp 800136RO,\nRel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 23/02/2016,\nDJe 02/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO. AUSÊNCIA DE RECURSO\nADMINISTRATIVO. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. NOTIFICAÇÃO DO CONTRIBUINTE.\nACERCA DA CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. ART. 174 do\nCTN. [...] No caso dos autos, o Tribunal de origem afirmou que o débito\ntributário foi constituído em 2001 e que a citação do devedor ocorreu em\n2009, de modo que ocorreu a prescrição. Não há nenhuma menção de\nimpugnação administrativa. Desconstituir tais premissas requer,\nnecessariamente, o reexame de fatos e provas, o que é vedado ao STJ, em\nRecurso Especial, por esbarrar no óbice da Súmula 7/STJ. 2. Nos termos\nda redação original do art. 174, parágrafo único, I, do CTN, a\nprescrição era interrompida com a citação do devedor. Com a edição da LC\n118/05, que modificou o inciso referido, o lapso prescricional passou a\nser interrompido pelo 'despacho que ordena a citação'. A nova regra,\nentretanto, tem incidência somente nos casos em que a data do despacho\nordinatório da citação seja posterior a sua entrada em vigor. 3. Sobre o\ntema, o Superior Tribunal de Justiça firmou compreensão de que, uma vez\nconstituído o crédito tributário pela notificação do auto de infração,\nnão há falar em decadência, mas em prescrição, cujo termo inicial é a\ndata da constituição definitiva do crédito, que se dá, nos casos de\nlançamento de ofício, quando não couber recurso administrativo ou quando\nse houver esgotado o prazo para sua interposição. [...]\"\n(AgRg no AREsp 788656RO, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA\nTURMA, julgado\nem 02/02/2016, DJe 20/05/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PRESCRIÇÃO. LANÇAMENTO DE OFÍCIO. TERMO INICIAL. CONSTITUIÇÃO DO\nCRÉDITO TRIBUTÁRIO. DATA DA NOTIFICAÇÃO DO CONTRIBUINTE. [...] É\nentendimento assente nesta Corte que, uma vez constituído o crédito\ntributário pela notificação do auto de infração, não há falar em\ndecadência, mas em prescrição, cujo termo inicial é a data da\nconstituição definitiva do crédito. Não havendo impugnação pela via\nadministrativa, caso dos autos, o curso do prazo prescricional inicia-se\ncom a notificação do lançamento tributário. [...]\"\n(AgRg no REsp 1485017PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,\nSEGUNDA TURMA,\njulgado em 25/11/2014, DJe 02/12/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. LANÇAMENTO DE OFÍCIO. TERMO INICIAL.\nCONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. DATA DA NOTIFICAÇÃO DO CONTRIBUINTE.\n[...] É entendimento assente nesta Corte que, uma vez constituído o\ncrédito tributário pela notificação do auto de infração, não há falar em\ndecadência, mas em prescrição, cujo termo inicial é a data da\nconstituição definitiva do crédito. Não havendo impugnação pela via\nadministrativa, caso dos autos, o curso do prazo prescricional inicia-se\ncom a notificação do lançamento tributário. [...]\"\n(AgRg no REsp 1461636PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,\nSEGUNDA TURMA,\njulgado em 02/10/2014, DJe 08/10/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO DE OFÍCIO. CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA\nDO CRÉDITO. AUSÊNCIA DE RECURSO ADMINISTRATIVO. PRESCRIÇÃO. TERMO\nINICIAL. NOTIFICAÇÃO DO CONTRIBUINTE. [...] Sobre o tema, esta Corte\nSuperior de Justiça firmou compreensão de que, uma vez constituído o\ncrédito tributário pela notificação do auto de infração, não há falar em\ndecadência, mas em prescrição, cujo termo inicial é a data da\nconstituição definitiva do crédito, que se dá, nos casos de lançamento\nde ofício, quando não couber recurso administrativo ou quando se houver\nesgotado o prazo para sua interposição. [...]\" (AgRg no AREsp 424868RO, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 16/06/2014,\nDJe 25/06/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INÍCIO DA PRESCRIÇÃO DA DEMANDA COM A NOTIFICAÇÃO DO CONTRIBUINTE\nACERCA DA CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. CTN, ART. 174.\nAUSÊNCIA DE PROCESSO ADMINISTRATIVO. TERMO INICIAL DA FLUÊNCIA DA\nPRESCRIÇÃO. NOTIFICAÇÃO DO LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO. [...] É entendimento\nassente nesta Corte que, uma vez constituído o crédito tributário pela\nnotificação do auto de infração, não há falar em decadência, mas em\nprescrição, cujo termo inicial é a data da constituição definitiva do\ncrédito. Não havendo impugnação pela via administrativa, caso dos autos,\no curso do prazo prescricional inicia-se com a notificação do lançamento\ntributário. 4. A declaração de débito apresentada pelo devedor dispensa\na formalização de procedimento administrativo pelo Fisco, com vista a\nconstituir definitivamente o crédito tributário. Este entendimento está\nconsolidado nesta Corte segundo o rito reservado aos recursos\nrepetitivos, REsp 1.143.094/SP, Rel. Min. Luiz Fux. [...]\"\n(EDcl no AgRg no AREsp 439781RO, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,\nSEGUNDA\nTURMA, julgado em 25/03/2014, DJe 31/03/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 17/12/2018RSSTJ vol. 48 p. 133RSTJ vol. 252 p. 1297", "Precedentes": "AgRg no REsp 1358305 RS 2012/0263407-9 Decisão:08/03/2016\nDJe DATA:17/03/2016\nRSSTJ VOL.:00048 PG:00133AgRg no AREsp 800136 RO 2015/0265338-0 Decisão:23/02/2016\nDJe DATA:02/03/2016AgRg no AREsp 788656 RO 2015/0242162-1 Decisão:02/02/2016\nDJe DATA:20/05/2016AgRg no REsp 1485017 PR 2014/0251992-5 Decisão:25/11/2014\nDJe DATA:02/12/2014AgRg no REsp 1461636 PR 2014/0147496-3 Decisão:02/10/2014\nDJe DATA:08/10/2014AgRg no AREsp 424868 RO 2013/0367909-1 Decisão:16/06/2014\nDJe DATA:25/06/2014EDcl no AgRg no AREsp 439781 RO 2013/0393640-4\nDecisão:25/03/2014\nDJe DATA:31/03/2014", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:005172 ANO:1966\n***** CTN-66 CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL\n ART:00142 ART:00174" }
Súmula 621
Os efeitos da sentença que reduz, majora ou exonera o alimentante do pagamento retroagem à data da citação, vedadas a compensação e a repetibilidade. (Súmula n. 621, Segunda Seção, julgado em 12/12/2018, DJe de 17/12/2018.)
{ "Enunciado": "Os efeitos da sentença que reduz, majora ou exonera o alimentante do\npagamento retroagem à data da citação, vedadas a compensação e a\nrepetibilidade. (SÚMULA 621, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 12/12/2018, DJe\n17/12/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] PRISÃO CIVIL. ALIMENTOS. AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. EFEITOS\nA PARTIR DA CITAÇÃO. DECRETO PRISIONAL QUE INCLUIU VALORES QUE NÃO\nPODERIAM SER CONSIDERADOS. [...] Habeas corpus impetrada contra decreto\nde prisão civil, que desconsiderou a redução do valor da pensão\nalimentícia. 2. 'Os efeitos da sentença proferida em ação de revisão de\nalimentos - seja em caso de redução, majoração ou exoneração - retroagem\nà data da citação (Lei 5.478/68, art. 13, § 2º), ressalvada a\nirrepetibilidade dos valores adimplidos e a impossibilidade de\ncompensação do excesso pago com prestações vincendas' (EREsp\n1.181.119/RJ, Rel. Min. LUIS FELIPE SALOMÃO, Rel. p/ acórdão Min. MARIA\nISABEL GALLOTTI, Segunda Seção, DJe 20/06/2014). [...]\" (HC 446409SP, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em\n12/06/2018, DJe 15/06/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FAMÍLIA. EXECUÇÃO ALIMENTÍCIA. OBRIGAÇÃO. INADIMPLEMENTO. PRISÃO\nCIVIL. BINÔMIO NECESSIDADE E POSSIBILIDADE. EX-CÔNJUGE. CREDORA MAIOR E\nCAPAZ. INDEPENDÊNCIA ECONÔMICA. COMPROVAÇÃO. EMERGÊNCIA. INEXISTÊNCIA.\nOBRIGAÇÃO PRETÉRITA. RITO DA EXPROPRIAÇÃO. CABIMENTO. ÓCIO. PRAZO\nDETERMINADO. AÇÃO REVISIONAL. EXONERAÇÃO. CITAÇÃO. RETROATIVIDADE. [...]\nA execução de dívida alimentar pelo rito da prisão exige a atualidade da\ndívida, a urgência e a necessidade na percepção do valor pelo credor e\nque o inadimplemento do devedor seja voluntário e inescusável. 2. Na\nhipótese, a alimentanda, ex-cônjuge do paciente, é maior e\neconomicamente independente, inexistindo situação emergencial a\njustificar a medida extrema da restrição da liberdade sob o regime\nfechado de prisão. 3. A obrigação, porquanto pretérita, poderá ser\ncobrada pelo rito menos gravoso da expropriação. 4. Os alimentos devidos\nentre ex-cônjuges não podem servir de fomento ao ócio ou ao\nenriquecimento sem causa, motivo pelo qual devem ser fixados com prazo\ndeterminado. 5. Os efeitos da sentença que julga procedente o pedido de\nexoneração do encargo alimentício retroagem à data da citação,\ndesonerando o obrigado desde então, conforme dispõe o artigo 13, § 2º,\nda Lei nº 5.478/1968. [...]\" (RHC 95204MS, Rel. Ministro RICARDO\nVILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 24/04/2018, DJe\n30/04/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ALIMENTOS PRESTADOS EM NATURA. COMPENSAÇÃO COM ALIMENTOS FIXADOS\nEM PECÚNIA. IMPOSSIBILIDADE. IRREPETIBILIDADE DOS VALORES ADIMPLIDOS.\n[...] 'O s efeitos da sentença proferida em ação de revisão de alimentos\n- seja em caso de redução, majoração ou exoneração - retroagem à data da\ncitação (Lei 5.478/68, art. 13, § 2º), ressalvada a irrepetibilidade dos\nvalores adimplidos e a impossibilidade de compensação do excesso pago\ncom prestações vincendas.' (EREsp 1181119/RJ, Rel. Ministro LUIS FELIPE\nSALOMÃO, Rel. p/ Acórdão Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO,\njulgado em 27/11/2013, DJe 20/6/2014) 3. Nos termos da jurisprudência\ndeste Superior Tribunal de Justiça, não é cabível a compensação de\nalimentos fixados em pecúnia com aqueles pagos in natura, realizados por\nmera liberalidade. [...]\" (AgInt nos EDcl no AREsp 1041402DF, Rel.\nMinistra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 07/11/2017, DJe\n21/11/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ALIMENTOS PROVISÓRIOS. NÃO INTEGRAM O PATRIMÔNIO JURÍDICO\nSUBJETIVO DO ALIMENTANDO, PODENDO SER REVISTOS A QUALQUER TEMPO.\nREVOGAÇÃO DA DECISÃO QUE FIXOU ALIMENTOS PROVISIONAIS. PRETENSÃO DE\nRECEBER VERBA, POSTERIORMENTE RECONHECIDA COMO INDEVIDA. INVIABILIDADE.\n[...] A Segunda Seção, por ocasião do julgamento dos EREsp nº\n1.181.119/RJ, ao interpretar o art. 13, § 2º, da Lei nº 5.478/1968,\nconcluiu que os alimentos provisórios não integram o patrimônio jurídico\nsubjetivo do alimentando, podendo ser revistos a qualquer tempo,\nporquanto provimento rebus sic stantibus, já que não produzem coisa\njulgada material (art. 15 da Lei nº 5.478/1968). 2. Com efeito, conforme\nentendimento sufragado por aquele Colegiado, demonstrado em sede de\njuízo exauriente, observado o contraditório e a ampla defesa, que a\nobrigação imposta liminarmente não deve subsistir, fica vedada a\ncobrança dos denominados alimentos provisórios, sob pena de\nenriquecimento sem causa. 3. 'Os efeitos da sentença proferida em ação\nde revisão de alimentos - seja em caso de redução, majoração ou\nexoneração - retroagem à data da citação (Lei 5.478/68, art. 13, § 2º),\nressalvada a irrepetibilidade dos valores adimplidos e a impossibilidade\nde compensação do excesso pago com prestações vincendas'. (AgRg nos\nEREsp 1256881/SP, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO,\njulgado em 25/11/2015, DJe 03/12/2015) [...]\" (AgInt no REsp 1531597MG, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em\n16/03/2017, DJe 28/03/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS JULGADA\nPROCEDENTE. POSTERIOR DECRETO DE PRISÃO. EFEITO RETROATIVO DA SENTENÇA\nDE EXONERAÇÃO. DÍVIDA DE DUVIDOSA EXISTÊNCIA E LIQUIDEZ. VERBA ALIMENTAR\nSEM CARÁTER DE URGÊNCIA. [...] A sentença de procedência de ação de\nexoneração de alimentos retroage à data da citação (EREsp 1.181.119/RJ,\nRel. Ministra ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, DJe de 20/6/2014). 2. O\nrecorrente ajuizou, em 2011, ação de exoneração de alimentos, a qual foi\njulgada procedente e transitou em julgado em 8/10/2014. A dívida a que\nse refere a ordem de prisão ora examinada, nos termos do consignado no\nacórdão recorrido, corresponde ao período de 2011 a 2014, razão pela\nqual é forçoso reconhecer, na hipótese, a repercussão da sentença de\nexoneração no valor do débito que fundamenta o decreto prisional,\ntornando duvidosa a existência e liquidez da dívida. 3. Tratando-se de\ndívida relativa, em sua quase totalidade, a valor acumulado durante o\ntrâmite de ação exoneratória decidida em favor do alimentante, bem como\nconsiderando o lapso entre a data da sentença de exoneração e o decreto\nde prisão, não se justifica a cobrança pelo rito do art. 733 do CPC/73\n(CPC/2015, art. 528), na medida em que a verba discutida aproxima-se\nmais de uma dívida de valor do que de uma verba alimentar, na real\nacepção do termo. [...]\" (RHC 79489MT, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO,\nQUARTA TURMA, julgado em 16/02/2017, DJe 06/03/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] REVISÃO DOS ALIMENTOS. MAJORAÇÃO, REDUÇÃO OU EXONERAÇÃO.\nSENTENÇA. EFEITOS. DATA DA CITAÇÃO. IRREPETIBILIDADE. [...] Os efeitos\nda sentença proferida em ação de revisão de alimentos - seja em caso de\nredução, majoração ou exoneração - retroagem à data da citação (Lei\n5.478/68, art. 13, § 2º), ressalvada a irrepetibilidade dos valores\nadimplidos e a impossibilidade de compensação do excesso pago com\nprestações vincendas (2ª Seção, ERESP 1.118.119/RJ). [...]\"\n(AgRg nos EREsp 1256881SP, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI,\nSEGUNDA SEÇÃO,\njulgado em 25/11/2015, DJe 03/12/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ALIMENTOS PROVISÓRIOS. EXECUÇÃO. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO DE\nALIMENTOS. EFEITOS. DATA DA CITAÇÃO. RETROATIVIDADE. [...] O Superior\nTribunal de Justiça consagrou o entendimento de que os efeitos da\nsentença que reduz ou majora a prestação alimentícia ou até mesmo\nexonera o alimentante do seu pagamento retroagem à data da citação,\ndevendo-se respeitar apenas a irrepetibilidade dos valores adimplidos e\na impossibilidade de compensação do excesso pago com prestações\nvincendas. [...]\" (AgRg nos EAg 1152842SP, Rel. Ministro RICARDO\nVILLAS BÔAS CUEVA, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 28/10/2015, DJe 04/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\" AÇÃO DE REVISÃO DE ALIMENTOS. 1. EFEITOS DA SENTENÇA. RETROAÇÃO À DATA\nDA CITAÇÃO. PRECEDENTE DA SEGUNDA SEÇÃO. SÚMULA N. 83/STJ. [...] A\nSegunda Seção desta Corte, no julgamento do EREsp n. 1.181.119/RJ,\nRelator o Ministro Luis Felipe Salomão, Relatora p/ Acórdão a Ministra\nMaria Isabel Gallotti, DJe de 20/6/2014, estabeleceu que 'Os efeitos da\nsentença proferida em ação de revisão de alimentos - seja em caso de\nredução, majoração ou exoneração - retroagem à data da citação (Lei\n5.478/68, art. 13, § 2º), ressalvada a irrepetibilidade dos valores\nadimplidos e a impossibilidade de compensação do excesso pago com\nprestações vincendas'. Incidência da Súmula n. 83/STJ. [...]\"\n(AgRg no AREsp 713267RS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE,\nTERCEIRA TURMA,\njulgado em 04/08/2015, DJe 17/08/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FAMÍLIA. ALIMENTOS PROVISÓRIOS. SENTENÇA DEFINITIVA. EXTINÇÃO DA\nDÍVIDA. ART. 13, § 2º, DA LEI DE ALIMENTOS. EFICÁCIA EX TUNC.\nIMPOSSIBILIDADE DE COBRANÇA. VEDAÇÃO AO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. [...]\nCinge-se a controvérsia a definir se é possível a extinção da execução\ndos alimentos provisórios por ausência de título executivo diante de\nposterior sentença definitiva de improcedência do pedido na ação de\nalimentos. 2. À luz da jurisprudência desta Corte, a sentença definitiva\nexoneratória da obrigação de pagamento de alimentos retroage com\neficácia ex tunc independentemente do caso. 3. Uma vez demonstrado em\nsede de juízo exauriente, observado o contraditório e a ampla defesa,\nque a obrigação imposta liminarmente não deve subsistir, resta vedada a\ncobrança dos denominados alimentos provisórios, sob pena de\nenriquecimento sem causa. 4. A Segunda Seção, no julgamento do EREsp nº\n1.181.119/RJ, ao interpretar o art. 13, § 2º, da Lei nº 5.478/1968,\nconcluiu, por maioria, que os alimentos provisórios não integram o\npatrimônio jurídico subjetivo do alimentando, podendo ser revistos a\nqualquer tempo, porquanto provimento rebus sic stantibus, já que não\nproduzem coisa julgada material (art. 15 da Lei nº 5.478/1968). 5. A\nsentença exoneratória que redimensiona o binômio\nnecessidade-possibilidade segue a mesma lógica das ações congêneres\nrevisionais, devendo seus efeitos retroagir à data da citação. [...]\"\n(REsp 1426082MG, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA\nTURMA, julgado em 02/06/2015, DJe 10/06/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FAMÍLIA. ALIMENTOS. AÇÃO DE EXONERAÇÃO. EFEITOS A PARTIR DA\nCITAÇÃO. ACÓRDÃO DO TRIBUNAL EM CONSONÂNCIA COM ORIENTAÇÃO DO STJ.\n[...]\" (AgRg no AREsp 321583RJ, Rel. Ministro PAULO DE TARSO\nSANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 10/02/2015, DJe 18/02/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PRISÃO CIVIL. INADIMPLÊNCIA DO DÉBITO ALIMENTAR. REDUÇÃO DO VALOR\nDA PRESTAÇÃO EM AÇÃO REVISIONAL. RETROATIVIDADE. ILIQUIDEZ DA EXECUÇÃO.\nNÃO OCORRÊNCIA. [...] 'Os efeitos da sentença proferida em ação de\nrevisão de alimentos - seja em caso de redução, majoração ou exoneração\n- retroagem à data da citação (Lei 5.478/68, art. 13, § 2º), ressalvada\na irrepetibilidade dos valores adimplidos e a impossibilidade de\ncompensação do excesso pago com prestações vincendas' (EREsp n.\n1181119/RJ, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Rel. p/ Acórdão Ministra\nMARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 27/11/2013, DJe\n20/06/2014). [...]\" (RHC 40309SC, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS\nFERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 11/11/2014, DJe 16/12/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] REVISÃO DOS ALIMENTOS. MAJORAÇÃO, REDUÇÃO OU EXONERAÇÃO.\nSENTENÇA. EFEITOS. DATA DA CITAÇÃO. IRREPETIBILIDADE. [...] Os efeitos\nda sentença proferida em ação de revisão de alimentos - seja em caso de\nredução, majoração ou exoneração - retroagem à data da citação (Lei\n5.478/68, art. 13, § 2º), ressalvada a irrepetibilidade dos valores\nadimplidos e a impossibilidade de compensação do excesso pago com\nprestações vincendas. [...]\" (EREsp 1181119RJ, Rel. Ministro LUIS\nFELIPE SALOMÃO, Rel. p/ Acórdão Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA\nSEÇÃO, julgado em 27/11/2013, DJe 20/06/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 17/12/2018RSSTJ vol. 48 p. 95RSTJ vol. 252 p. 1296", "Precedentes": "HC 446409 SP 2018/0091404-9 Decisão:12/06/2018\nDJe DATA:15/06/2018RHC 95204 MS 2018/0040100-8 Decisão:24/04/2018\nDJe DATA:30/04/2018AgInt nos EDcl no AREsp 1041402 DF 2017/0006056-0\nDecisão:07/11/2017\nDJe DATA:21/11/2017AgInt no REsp 1531597 MG 2015/0109144-3 Decisão:16/03/2017\nDJe DATA:28/03/2017RHC 79489 MT 2016/0323642-4 Decisão:16/02/2017\nDJe DATA:06/03/2017AgRg nos EREsp 1256881 SP 2013/0340003-3 Decisão:25/11/2015\nDJe DATA:03/12/2015AgRg nos EAg 1152842 SP 2009/0020888-5 Decisão:28/10/2015\nDJe DATA:04/11/2015AgRg no AREsp 713267 RS 2015/0115328-2 Decisão:04/08/2015\nDJe DATA:17/08/2015REsp 1426082 MG 2013/0412731-0 Decisão:02/06/2015\nDJe DATA:10/06/2015\nRDDP VOL.:00151 PG:00162\nRJP VOL.:00064 PG:00169AgRg no AREsp 321583 RJ 2013/0092472-0 Decisão:10/02/2015\nDJe DATA:18/02/2015RHC 40309 SC 2013/0273471-4 Decisão:11/11/2014\nDJe DATA:16/12/2014EREsp 1181119 RJ 2011/0269036-7 Decisão:27/11/2013\nDJe DATA:20/06/2014\nRDTJRJ VOL.:00101 PG:00073\nRSSTJ VOL.:00048 PG:00095", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:005478 ANO:1968\n***** LAA-68 LEI DE AÇÃO DE ALIMENTOS\n ART:00013 PAR:00002\nLEG:FED SUM:******\n***** SUM(STJ) SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA\n SUM:000277" }
Súmula 620
A embriaguez do segurado não exime a seguradora do pagamento da indenização prevista em contrato de seguro de vida. (Súmula n. 620, Segunda Seção, julgado em 12/12/2018, DJe de 17/12/2018.)
{ "Enunciado": "A embriaguez do segurado não exime a seguradora do pagamento da\nindenização prevista em contrato de seguro de vida. (SÚMULA 620, SEGUNDA\nSEÇÃO, julgado em 12/12/2018, DJe 17/12/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO DE VIDA PROPOSTA POR FAMILIARES\nBENEFICIÁRIOS DA COBERTURA. ACIDENTE DE TRÂNSITO. MORTE DO CONDUTOR\nSEGURADO. NEGATIVA DE COBERTURA PELA SEGURADORA. ALEGAÇÃO DE AGRAVAMENTO\nDE RISCO. INGESTÃO DE BEBIDA ALCOÓLICA. EMBRIAGUEZ DO SEGURADO.\nRELEVÂNCIA RELATIVA. ORIENTAÇÃO CONTIDA NA CARTA CIRCULAR\nSUSEP/DETEC/GAB n° 08/2007. [...] Sob a vigência do Código Civil de\n1916, à época dos fatos, a jurisprudência desta Corte e a do egrégio\nSupremo Tribunal Federal foi consolidada no sentido de que o seguro de\nvida cobre até mesmo os casos de suicídio, desde que não tenha havido\npremeditação (Súmulas 61/STJ e 105/STF). 2. Já em consonância com o\nnovel Código Civil, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça\nconsolidou seu entendimento para preconizar que 'o legislador\nestabeleceu critério objetivo para regular a matéria, tornando\nirrelevante a discussão a respeito da premeditação da morte' e que,\nassim, a seguradora não está obrigada a indenizar apenas o suicídio\nocorrido dentro dos dois primeiros anos do contrato (AgRg nos EDcl nos\nEREsp 1.076.942/PR, Rel. p/ acórdão Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA). 3.\nCom mais razão, a cobertura do contrato de seguro de vida deve abranger\nos casos de sinistros ou acidentes decorrentes de atos praticados pelo\nsegurado em estado de insanidade mental, de alcoolismo ou sob efeito de\nsubstâncias tóxicas, ressalvado o suicídio ocorrido dentro dos dois\nprimeiros anos do contrato. 4. Orientação da Superintendência de Seguros\nPrivados na Carta Circular SUSEP/DETEC/GAB n° 08/2007: '1) Nos Seguros\nde Pessoas e Seguro de Danos, é VEDADA A EXCLUSÃO DE COBERTURA na\nhipótese de 'sinistros ou acidentes decorrentes de atos praticados pelo\nsegurado em estado de insanidade mental, de alcoolismo ou sob efeito de\nsubstâncias tóxicas'; 2) Excepcionalmente, nos Seguros de Danos cujo bem\nsegurado seja um VEÍCULO, é ADMITIDA A EXCLUSÃO DE COBERTURA para 'danos\nocorridos quando verificado que o VEÍCULO SEGURADO foi conduzido por\npessoa embriagada ou drogada, desde que a seguradora comprove que o\nsinistro ocorreu devido ao estado de embriaguez do condutor'. [...]\"\n(EREsp 973725SP, Rel. Ministro LÁZARO GUIMARÃES (DESEMBARGADOR\nCONVOCADO DO TRF 5ª REGIÃO), SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 25/04/2018, DJe\n02/05/2018)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO DE VIDA. RECUSA INDEVIDA DE PAGAMENTO. EMBRIAGUEZ DO\nSEGURADO. AGRAVAMENTO DO RISCO NÃO CONFIGURADO. [...] Nos termos da\njurisprudência dominante desta Corte Superior, 'a embriaguez do\nsegurado, por si só, não pode ser considerada causa de agravamento de\nrisco, a exonerar, em qualquer hipótese, a seguradora, em caso de\nacidente de trânsito. Precedentes' (AgRg no AREsp 635.307/MG, Relator\nMinistro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 17/3/2015, DJe\n26/3/2015). [...] 3. Em se tratando de seguro de vida, esta Corte\nSuperior decidiu que 'é vedada a exclusão de cobertura na hipótese de\nsinistros ou acidentes decorrentes de atos praticados pelo segurado em\nestado de insanidade mental, de alcoolismo ou sob efeito de substâncias\ntóxicas (Carta Circular SUSEP/DETEC/GAB n° 08/2007)' (REsp 1.665.701/RS,\nRel. Min. RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, DJe de 31/05/2017).\n[...]\" (AgInt no AREsp 1110339SP, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS\nFERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 05/10/2017, DJe 09/10/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO DE VIDA. ACIDENTE DE TRÂNSITO. MORTE\nDO SEGURADO. PAIS BENEFICIÁRIOS DA COBERTURA. NEGATIVA DE COBERTURA PELA\nSEGURADORA. AGRAVAMENTO DE RISCO. INGESTÃO DE BEBIDA ALCOÓLICA E USO DE\nSUBSTÂNCIA ENTORPECENTE (THC). AGRAVAMENTO DO RISCO. [...] 'A embriaguez\ndo segurado, por si só, não exime o segurador do pagamento de\nindenização prevista em contrato de seguro de vida, sendo necessária a\nprova de que o agravamento de risco dela decorrente influiu\ndecisivamente na ocorrência do sinistro' (AgRg no AREsp 57.290/RS, Rel.\nMin. NANCY ANDRIGHI, DJe de 9/12/2011). 2. No seguro de vida, 'é vedada\na exclusão de cobertura na hipótese de sinistros ou acidentes\ndecorrentes de atos praticados pelo segurado em estado de insanidade\nmental, de alcoolismo ou sob efeito de substâncias tóxicas (Carta\nCircular SUSEP/DETEC/GAB n° 08/2007)' (REsp 1.665.701/RS, Rel. Min.\nRICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, DJe de 31/05/2017, grifou-se)\n3. O Tribunal estadual constatou que a ingestão de álcool e o uso de\nsubstância entorpecente pelo segurado não foram causas determinantes\npara a ocorrência do sinistro, uma vez que o acidente ocorreu em uma\ncurva, às 5h40 da manhã, com a pista molhada, situação que pode causar\nacidente fatal a qualquer condutor. [...]\" (AgInt no AREsp 1081746SC, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 17/08/2017, DJe\n08/09/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO DE VIDA. ACIDENTE DE TRÂNSITO. CAUSA DO SINISTRO.\nEMBRIAGUEZ DO SEGURADO. MORTE ACIDENTAL. AGRAVAMENTO DO RISCO.\nDESCARACTERIZAÇÃO. DEVER DE INDENIZAR DA SEGURADORA. ESPÉCIE\nSECURITÁRIA. COBERTURA AMPLA. CLÁUSULA DE EXCLUSÃO. ABUSIVIDADE. SEGURO\nDE AUTOMÓVEL. TRATAMENTO DIVERSO. [...] Cinge-se a controvérsia a\ndefinir se é devida indenização securitária decorrente de contrato de\nseguro de vida quando o acidente que vitimou o segurado decorreu de seu\nestado de embriaguez. 2. No contrato de seguro, em geral, conforme a sua\nmodalidade, é feita a enumeração dos riscos excluídos no lugar da\nenumeração dos riscos garantidos, o que delimita o dever de indenizar da\nseguradora. 3. As diferentes espécies de seguros são reguladas pelas\ncláusulas das respectivas apólices, que, para serem idôneas, não devem\ncontrariar disposições legais nem a finalidade do contrato. 4. O ente\nsegurador não pode ser obrigado a incluir na cobertura securitária todos\nos riscos de uma mesma natureza, já que deve possuir liberdade para\noferecer diversos produtos oriundos de estudos técnicos, pois quanto\nmaior a periculosidade do risco, maior será o valor do prêmio. 5. É\nlícita, no contrato de seguro de automóvel, a cláusula que prevê a\nexclusão de cobertura securitária para o acidente de trânsito (sinistro)\nadvindo da embriaguez do segurado que, alcoolizado, assumiu a direção do\nveículo. Configuração do agravamento essencial do risco contratado, a\nafastar a indenização securitária. Precedente da Terceira Turma. 6. No\ncontrato de seguro de vida, ocorrendo o sinistro morte do segurado e\ninexistente a má-fé dele (a exemplo da sonegação de informações sobre\neventual estado de saúde precário - doenças preexistentes - quando do\npreenchimento do questionário de risco) ou o suicídio no prazo de\ncarência, a indenização securitária deve ser paga ao beneficiário, visto\nque a cobertura neste ramo é ampla. 7. No seguro de vida, é vedada a\nexclusão de cobertura na hipótese de sinistros ou acidentes decorrentes\nde atos praticados pelo segurado em estado de insanidade mental, de\nalcoolismo ou sob efeito de substâncias tóxicas (Carta Circular\nSUSEP/DETEC/GAB n° 08/2007). 8. As cláusulas restritivas do dever de\nindenizar no contrato de seguro de vida são mais raras, visto que não\npodem esvaziar a finalidade do contrato, sendo da essência do seguro de\nvida um permanente e contínuo agravamento do risco segurado. [...]\"\n(REsp 1665701RS, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA\nTURMA, julgado em 09/05/2017, DJe 31/05/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 17/12/2018RSSTJ vol. 48 p. 67RSTJ vol. 252 p. 1295", "Precedentes": "EREsp 973725 SP 2013/0016348-9 Decisão:25/04/2018\nDJe DATA:02/05/2018\nRSSTJ VOL.:00048 PG:00067\nRSTJ VOL.:00250 PG:00329AgInt no AREsp 1110339 SP 2017/0126760-5 Decisão:05/10/2017\nDJe DATA:09/10/2017AgInt no AREsp 1081746 SC 2017/0077648-3 Decisão:17/08/2017\nDJe DATA:08/09/2017REsp 1665701 RS 2016/0309392-5 Decisão:09/05/2017\nDJe DATA:31/05/2017", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:010406 ANO:2002\n***** CC-02 CÓDIGO CIVIL DE 2002\n ART:00768\nLEG:FED LEI:008078 ANO:1990\n***** CDC-90 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR\n ART:00054 PAR:00003 PAR:00004" }
Súmula 619
A ocupação indevida de bem público configura mera detenção, de natureza precária, insuscetível de retenção ou indenização por acessões e benfeitorias. (Súmula n. 619, Corte Especial, julgado em 24/10/2018, DJe de 30/10/2018.)
{ "Enunciado": "A ocupação indevida de bem público configura mera detenção, de natureza\nprecária, insuscetível de retenção ou indenização por acessões e\nbenfeitorias. (SÚMULA 619, CORTE ESPECIAL, julgado em 24/10/2018, DJe\n30/10/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] O acórdão recorrido está em consonância com o entendimento do\nSuperior Tribunal de Justiça, segundo o qual 'Não é cabível o pagamento\nde indenização por acessões ou benfeitorias, nem o reconhecimento do\ndireito de retenção, na hipótese em que o particular ocupa\nirregularmente área pública, pois admitir que o particular retenha\nimóvel público seria reconhecer, por via transversa, a posse privada do\nbem coletivo, o que não se harmoniza com os princípios da\nindisponibilidade do patrimônio público e da supremacia do interesse\npúblico' (REsp 1.183.266/PR, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki,\nPrimeira Turma, DJe 18/5/2011). Aplicável a Súmula 83/STJ. [...]\"\n(AgInt no AREsp 460180ES, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA\nTURMA, julgado em 03/10/2017, DJe 18/10/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TERRACAP. BENS PÚBLICOS. INDENIZAÇÃO POR BENFEITORIAS.\nINAPLICABILIDADE. MERA DETENÇÃO. [...] 'Os imóveis administrados pela\nCompanhia Imobiliária de Brasília (TERRACAP) são públicos' (EREsp n.\n695.928/DF, Relator Ministro JOSÉ DELGADO, CORTE ESPECIAL, julgado em\n18/10/2006, DJ 18/12/2006, p. 278). 3. A indevida ocupação de bem\npúblico descaracteriza a posse, qualificando a mera detenção, de\nnatureza precária, que inviabiliza a pretendida indenização por\nbenfeitorias. [...]\" (AgRg no AREsp 762197DF, Rel. Ministro ANTONIO\nCARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 01/09/2016, DJe 06/09/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. BEM PÚBLICO FEDERAL. OCUPAÇÃO\nPOR PARTICULARES SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DA ADMINISTRAÇÃO. DETENÇÃO\nILÍCITA CONFIGURADA. CONSTRUÇÃO RESIDENCIAL INCOMPATÍVEL COM O CONCEITO\nDE BENFEITORIA NECESSÁRIA. IMPOSSIBILIDADE DE INDENIZAÇÃO. [...] O\nSuperior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp 808.708/RJ (Rel.\nMinistro HERMAN BENJAMIN, Segunda Turma, DJe 4/5/2011), consignou que\n'Os bens públicos federais contam com regime jurídico especial próprio\n(Decreto-Lei 9.760/1946); logo, descabe, como é curial, aplicar o regime\njurídico geral do Código Civil, exceto naquilo em que o microssistema\nseja omisso e, ainda assim, levando em conta, obrigatoriamente, a\nprincipiologia que o informa'. 2. Nos termos do art. 71 do Decreto-Lei\nnº 9.760/46, inexistindo autorização expressa do Poder Público federal\npara a ocupação de área pública, como na hipótese vertente, o ocupante\npoderá ser sumariamente despejado e perderá, sem direito a qualquer\nindenização, tudo quanto haja incorporado ao solo. 3. Também de acordo\ncom o regime jurídico dos bens imóveis federais (art. 90 do Decreto-Lei\nnº 9.760/46), as benfeitorias necessárias somente serão indenizáveis se\na União for previamente notificada da sua execução, o que não ocorreu no\ncaso concreto. 4. 'Configurada a ocupação indevida de bem público, não\nhá falar em posse, mas em mera detenção, de natureza precária, o que\nafasta o direito à indenização por benfeitorias. Precedentes do STJ.'\n(REsp 1.310.458/DF, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, Segunda Turma, DJe\n9/5/2013) 5. Ademais, a construção residencial em comento, embora de\npequeno porte, é incompatível com o conceito de benfeitoria necessária\n('as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore' - art.\n96, § 3º, do CC), já que nenhum benefício trará ao Poder Público, pois\ndeverá ser demolida, uma vez que não guarda compatibilidade com a\ndestinação e com as finalidades do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.\n[...]\" (REsp 1055403RJ, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA\nTURMA, julgado em 07/06/2016, DJe 22/06/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] OCUPAÇÃO IRREGULAR DE ÁREA PÚBLICA POR PARTICULAR. ÁREA NÃO\nEDIFICÁVEL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. INDENIZAÇÃO. [...] O acórdão regional\nencontra-se em consonância com a jurisprudência desta Corte, assentada\nno sentido de que restando configurada a ocupação indevida de bem\npúblico, não há falar em posse, mas em mera detenção, de natureza\nprecária, o que afasta o direito de retenção por benfeitorias e o\nalmejado pleito indenizatório à luz da alegada boa-fé. [...]\"\n(AgRg no AREsp 824129PE, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,\nSEGUNDA TURMA,\njulgado em 23/02/2016, DJe 01/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO REIVINDICATÓRIA. OCUPAÇÃO DE BEM PÚBLICO. DESCONHECIMENTO DO\nVÍCIO. POSSE. IMPOSSIBILIDADE. MERA DETENÇÃO. NATUREZA PRECÁRIA. ART.\n1.219 DO CC. INDENIZAÇÃO POR BENFEITORIAS E DIREITO DE RETENÇÃO.\nIMPOSSIBILIDADE. [...] A ocupação de bem público não gera direitos\npossessórios, e sim mera detenção de natureza precária. 3. Ainda que a\nparte desconheça vício que inquine seu direito, gozando de boa-fé, não\nsão cabíveis o pagamento de indenização pelas benfeitorias e o\nreconhecimento do direito de retenção, nos termos do art. 1.219 do CC.\n[...]\" (AgRg no REsp 1319975DF, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE\nNORONHA, TERCEIRA TURMA, julgado em 01/12/2015, DJe 09/12/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] REINTEGRAÇÃO DE POSSE. OCUPAÇÃO DE ÁREA PÚBLICA POR PARTICULARES.\n[...] CONSTRUÇÃO. BENFEITORIAS. INDENIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. [...]\nHipótese em que o Tribunal de Justiça reconheceu que a área ocupada\npelos recorrentes é pública e afastou o direito à indenização pelas\nbenfeitorias. [...] 5. Configurada a ocupação indevida de bem público,\nnão há falar em posse, mas em mera detenção, de natureza precária, o que\nafasta o direito à indenização por benfeitorias. [...]\" (REsp\n1310458DF, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em\n11/04/2013, DJe 09/05/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] POSSE DE BEM PÚBLICO GERIDO PELA TERRACAP OCUPADO SEM PERMISSÃO.\nIMPOSSIBILIDADE. DIREITO À RETENÇÃO E INDENIZAÇÃO POR BENFEITORIAS.\nINVIABILIDADE. [...] Conforme dispõe a Lei 5.861/72, incumbe à TERRACAP,\nempresa pública que tem a União como co-proprietária, a gestão das\nterras públicas no Distrito Federal. 2. A jurisprudência firme desta\nCorte entende não ser possível a posse de bem público, constituindo a\nsua ocupação sem aquiescência formal do titular do domínio mera detenção\nde natureza precária. 3. Os artigos 516 do Código Civil de 1916 e 1.219\ndo Código Civil em vigor estabelecem a posse como requisito para que se\npossa fazer jus ao direito de retenção por benfeitoria. [...]\" (REsp\n841905DF, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em\n17/05/2011, DJe 24/05/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO REIVINDICATÓRIA. OCUPAÇÃO IRREGULAR DE ÁREA PÚBLICA. DIREITO\nDE INDENIZAÇÃO PELAS ACESSÕES. INEXISTÊNCIA. [...] A jurisprudência\nassentada no Superior Tribunal de Justiça considera indevida a\nindenização por acessões construídas sobre área pública irregularmente\nocupada. [...]\" (REsp 850970DF, Rel. Ministro TEORI ALBINO\nZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 01/03/2011, DJe 11/03/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO - BEM PÚBLICO - POSSE - INEXISTÊNCIA -\nDETENÇÃO - DIREITO DE RETENÇÃO E INDENIZAÇÃO POR BENFEITORIAS -\nINVIABILIDADE [...]\" (AgRg no Ag 1160658RJ, Rel. Ministro MASSAMI\nUYEDA, TERCEIRA TURMA, julgado em 27/04/2010, DJe 21/05/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"´[...] Bem público. Ocupação indevida. Direito de retenção por\nbenfeitorias. [...] Configurada a ocupação indevida de bem público, não\nhá falar em posse, mas em mera detenção, de natureza precária, o que\nafasta o direito de retenção por benfeitorias. [...]\" (REsp 699374DF, Rel. Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, TERCEIRA TURMA,\njulgado em 22/03/2007, DJ 18/06/2007, p. 257)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 30/10/2018RSSTJ vol. 48 p. 43RSSTJ vol. 48 p. 58RSTJ vol. 252 p. 1294", "Precedentes": "AgInt no AREsp 460180 ES 2014/0003368-6 Decisão:03/10/2017\nDJe DATA:18/10/2017AgRg no AREsp 762197 DF 2015/0199540-6 Decisão:01/09/2016\nDJe DATA:06/09/2016REsp 1055403 RJ 2008/0101594-0 Decisão:07/06/2016\nDJe DATA:22/06/2016\nRSSTJ VOL.:00048 PG:00043AgRg no AREsp 824129 PE 2015/0309609-0 Decisão:23/02/2016\nDJe DATA:01/03/2016AgRg no REsp 1319975 DF 2012/0087560-0 Decisão:01/12/2015\nDJe DATA:09/12/2015REsp 1310458 DF 2011/0204112-1 Decisão:11/04/2013\nDJe DATA:09/05/2013\nRSSTJ VOL.:00048 PG:00058REsp 841905 DF 2006/0079897-0 Decisão:17/05/2011\nDJe DATA:24/05/2011REsp 850970 DF 2006/0099647-2 Decisão:01/03/2011\nDJe DATA:11/03/2011AgRg no Ag 1160658 RJ 2009/0036809-0 Decisão:27/04/2010\nDJe DATA:21/05/2010REsp 699374 DF 2004/0151955-9 Decisão:22/03/2007\nDJ DATA:18/06/2007 PG:00257", "Referência Legislativa": "LEG:FED CFB:****** ANO:1988\n***** CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988\n ART:00191 PAR:ÚNICO\nLEG:FED LEI:010406 ANO:2002\n***** CC-02 CÓDIGO CIVIL DE 2002\n ART:01208 ART:01255" }
Súmula 618
A inversão do ônus da prova aplica-se às ações de degradação ambiental. (Súmula n. 618, Corte Especial, julgado em 24/10/2018, DJe de 30/10/2018.)
{ "Enunciado": "A inversão do ônus da prova aplica-se às ações de degradação ambiental.\n(SÚMULA 618, CORTE ESPECIAL, julgado em 24/10/2018, DJe 30/10/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DEFESA DO MEIO AMBIENTE. INVERSÃO DO ÔNUS DA\nPROVA. POSSIBILIDADE. [...] Agravo interno aviado contra decisão\npublicada em 19/05/2017, que, por sua vez, julgara recurso interposto\ncontra decisum publicado na vigência do CPC/2015. II. Na origem,\ntrata-se de Agravo de Instrumento, interposto pela parte agravante\ncontra decisão prolatada pelo Juízo de 1º Grau, que, em Ação Civil\nPública ajuizada pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais\ncontra OI MOVEL S.A. - em recuperação judicial, manteve a inversão do\nônus da prova, em face da hipossuficiência técnica do parquet e da\naplicação do princípio da precaução. O Tribunal a quo negou provimento\nao Agravo de Instrumento. [...] IV. A jurisprudência do Superior\nTribunal de Justiça firmou orientação no sentido de que o princípio da\nprecaução pressupõe a inversão do ônus probatório [...]\"\n(AgInt no AREsp 1090084MG, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES,\nSEGUNDA TURMA,\njulgado em 21/11/2017, DJe 28/11/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AMBIENTAL. CUSTEIO DE PERÍCIA PARA AVALIAR SE HOUVE INVASÃO DE\nÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO. INVERSÃO DO ÔNUS\nDA PROVA. POSSIBILIDADE. [...] Na hipótese dos autos, o Juízo originário\nconsignou que a inversão do ônus da prova decorreu da aplicação do\nprincípio da precaução, como noticiado pelo próprio recorrente à fl.\n579/STJ. Nesse sentido, a decisão está em consonância com a orientação\ndesta Corte Superior de que o princípio da precaução pressupõe a\ninversão do ônus probatório. [...] 2. O Tribunal de origem acrescentou\nque o ônus da prova recaiu sobre a parte recorrente, em razão de ter\nsido ela quem requerera a produção da prova pericial [...]\"\n(AgInt no AREsp 779250SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA\nTURMA, julgado\nem 06/12/2016, DJe 19/12/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONSTRUÇÃO DE HIDRELÉTRICA. RIO MADEIRA. PESCADORES. [...]\nINVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA EM AÇÃO POR INDENIZAÇÃO POR DANO AMBIENTAL.\n[...] A inversão do ônus da prova no que se refere ao dano ambiental\nestá de acordo com a jurisprudência desta Corte, que já se manifestou no\nsentido de que, 'tratando-se de ação indenizatória por dano ambiental, a\nresponsabilidade pelos danos causados é objetiva, pois fundada na teoria\ndo risco integral. Assim, cabível a inversão do ônus da prova' [...]\"\n(AgInt no AREsp 846996RO, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA,\njulgado em 04/10/2016, DJe 19/10/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] USINA HIDRELÉTRICA. CONSTRUÇÃO. PRODUÇÃO PESQUEIRA. REDUÇÃO.\nRESPONSABILIDADE OBJETIVA. DANO INCONTESTE. NEXO CAUSAL. PRINCÍPIO DA\nPRECAUÇÃO. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. CABIMENTO. [...] O princípio da\nprecaução, aplicável à hipótese, pressupõe a inversão do ônus\nprobatório, transferindo para a concessionária o encargo de provar que\nsua conduta não ensejou riscos para o meio ambiente e, por consequência,\npara os pescadores da região. [...]\" (AgRg no AREsp 183202SP, Rel.\nMinistro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em\n10/11/2015, DJe 13/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO AMBIENTAL. BAÍA DE GUANABARA. [...]\nÔNUS PROBATÓRIO. INVERSÃO. [...] Tratando-se de ação indenizatória por\ndano ambiental, a responsabilidade pelos danos causados é objetiva, pois\nfundada na teoria do risco integral. Assim, cabível a inversão do ônus\nda prova. [...]\" (AgRg no AREsp 533786RJ, Rel. Ministro ANTONIO\nCARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 22/09/2015, DJe 29/09/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. EXTRAÇÃO DE ARGILA SEM O DEVIDO LICENCIAMENTO\nAMBIENTAL. DANO AMBIENTAL. RESPONSABILIDADE OBJETIVA E SOLIDÁRIA.\nINVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. [...] O Tribunal de origem reconheceu a\ninexistência de licença ambiental e os danos causados pela extração\nilegal de argila. Ademais, consignou (fls. 584e-STJ): a responsabilidade\nambiental 'é objetiva, bastando a comprovação do nexo causal ... Em\noutras palavras, o dever de reparação independe de culpa do agente e se\naplica a todos que direta ou indiretamente teriam responsabilidade pela\natividade causadora de degradação ambiental'. 2. O entendimento do Juízo\na quo está em consonância com a orientação do STJ: 'Aquele que cria ou\nassume o risco de danos ambientais tem o dever de reparar os danos\ncausados e, em tal contexto, transfere-se a ele todo o encargo de provar\nque sua conduta não foi lesiva' [...]\" (REsp 1517403AL, Rel.\nMinistro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 25/08/2015, DJe\n16/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DANOS AMBIENTAIS. [...] INVERSÃO DO ÔNUS DA\nPROVA. PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO. [...] Em ação ambiental, impõe-se a\ninversão do ônus da prova, cabendo ao empreendedor, no caso concreto o\npróprio Estado, responder pelo potencial perigo que causa ao meio\nambiente, em respeito ao princípio da precaução. [...]\"\n(REsp 1237893SP, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA,\njulgado em\n24/09/2013, DJe 01/10/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONSTRUÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA. REDUÇÃO DA PRODUÇÃO PESQUEIRA.\n[...] PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. CABIMENTO.\n[...] O princípio da precaução, aplicável à hipótese, pressupõe a\ninversão do ônus probatório, transferindo para a concessionária o\nencargo de provar que sua conduta não ensejou riscos para o meio\nambiente e, por consequência, aos pescadores da região. [...]\"\n(AgRg no AREsp 206748SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA,\nTERCEIRA\nTURMA, julgado em 21/02/2013, DJe 27/02/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONSTRUÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA. REDUÇÃO DA PRODUÇÃO PESQUEIRA.\n[...] PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. CABIMENTO.\n[...] O princípio da precaução, aplicável à hipótese, pressupõe a\ninversão do ônus probatório, transferindo para a concessionária o\nencargo de provar que sua conduta não ensejou riscos para o meio\nambiente e, por consequência, aos pescadores da região. [...]\"\n(REsp 1330027SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA\nTURMA,\njulgado em 06/11/2012, DJe 09/11/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL.\nCONTAMINAÇÃO COM MERCÚRIO. ART. 333 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ÔNUS\nDINÂMICO DA PROVA. CAMPO DE APLICAÇÃO DOS ARTS. 6º, VIII, E 117 DO\nCÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO. POSSIBILIDADE DE\nINVERSÃO DO ONUS PROBANDI NO DIREITO AMBIENTAL. PRINCÍPIO IN DUBIO PRO\nNATURA. [...] Em Ação Civil Pública proposta com o fito de reparar\nalegado dano ambiental causado por grave contaminação com mercúrio, o\nJuízo de 1º grau, em acréscimo à imputação objetiva estatuída no art.\n14, § 1º, da Lei 6.938/81, determinou a inversão do ônus da prova quanto\na outros elementos da responsabilidade civil, decisão mantida pelo\nTribunal a quo. 2. O regime geral, ou comum, de distribuição da carga\nprobatória assenta-se no art. 333, caput, do Código de Processo Civil.\nTrata-se de modelo abstrato, apriorístico e estático, mas não absoluto,\nque, por isso mesmo, sofre abrandamento pelo próprio legislador, sob o\ninfluxo do ônus dinâmico da prova, com o duplo objetivo de corrigir\neventuais iniquidades práticas (a probatio diabólica, p. ex., a\ninviabilizar legítimas pretensões, mormente dos sujeitos vulneráveis) e\ninstituir um ambiente ético-processual virtuoso, em cumprimento ao\nespírito e letra da Constituição de 1988 e das máximas do Estado Social\nde Direito. 3. No processo civil, a técnica do ônus dinâmico da prova\nconcretiza e aglutina os cânones da solidariedade, da facilitação do\nacesso à Justiça, da efetividade da prestação jurisdicional e do combate\nàs desigualdades, bem como expressa um renovado due process, tudo a\nexigir uma genuína e sincera cooperação entre os sujeitos na demanda. 4.\nO legislador, diretamente na lei (= ope legis), ou por meio de poderes\nque atribui, específica ou genericamente, ao juiz (= ope judicis),\nmodifica a incidência do onus probandi, transferindo-o para a parte em\nmelhores condições de suportá-lo ou cumpri-lo eficaz e eficientemente,\ntanto mais em relações jurídicas nas quais ora claudiquem direitos\nindisponíveis ou intergeracionais, ora as vítimas transitem no universo\nmovediço em que convergem incertezas tecnológicas, informações cobertas\npor sigilo industrial, conhecimento especializado, redes de causalidade\ncomplexa, bem como danos futuros, de manifestação diferida, protraída ou\nprolongada. 5. No Direito Ambiental brasileiro, a inversão do ônus da\nprova é de ordem substantiva e ope legis, direta ou indireta (esta\núltima se manifesta, p. ex., na derivação inevitável do princípio da\nprecaução), como também de cunho estritamente processual e ope judicis\n(assim no caso de hipossuficiência da vítima, verossimilhança da\nalegação ou outras hipóteses inseridas nos poderes genéricos do juiz,\nemanação natural do seu ofício de condutor e administrador do processo).\n6. Como corolário do princípio in dubio pro natura, 'Justifica-se a\ninversão do ônus da prova, transferindo para o empreendedor da atividade\npotencialmente perigosa o ônus de demonstrar a segurança do\nempreendimento, a partir da interpretação do art. 6º, VIII, da Lei\n8.078/1990 c/c o art. 21 da Lei 7.347/1985, conjugado ao Princípio\nAmbiental da Precaução' (REsp 972.902/RS, Rel. Min. Eliana Calmon,\nSegunda Turma, DJe 14.9.2009), técnica que sujeita aquele que\nsupostamente gerou o dano ambiental a comprovar 'que não o causou ou que\na substância lançada ao meio ambiente não lhe é potencialmente lesiva'\n(REsp 1.060.753/SP, Rel. Min. Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe\n14.12.2009). 7. A inversão do ônus da prova, prevista no art. 6º, VIII,\ndo Código de Defesa do Consumidor, contém comando normativo estritamente\nprocessual, o que a põe sob o campo de aplicação do art. 117 do mesmo\nestatuto, fazendo-a valer, universalmente, em todos os domínios da Ação\nCivil Pública, e não só nas relações de consumo (REsp 1049822/RS, Rel.\nMin. Francisco Falcão, Primeira Turma, DJe 18.5.2009). 8. Destinatário\nda inversão do ônus da prova por hipossuficiência - juízo perfeitamente\ncompatível com a natureza coletiva ou difusa das vítimas - não é apenas\na parte em juízo (ou substituto processual), mas, com maior razão, o\nsujeito-titular do bem jurídico primário a ser protegido. [...]\"\n(REsp 883656RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,\njulgado em\n09/03/2010, DJe 28/02/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DANO AMBIENTAL - DIREITO DO SUPOSTO POLUIDOR - PRINCÍPIO DA\nPRECAUÇÃO - INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. [...] O princípio da precaução\npressupõe a inversão do ônus probatório, competindo a quem supostamente\npromoveu o dano ambiental comprovar que não o causou ou que a substância\nlançada ao meio ambiente não lhe é potencialmente lesiva. 4. Nesse\nsentido e coerente com esse posicionamento, é direito subjetivo do\nsuposto infrator a realização de perícia para comprovar a ineficácia\npoluente de sua conduta, não sendo suficiente para torná-la prescindível\ninformações obtidas de sítio da internet. 5. A prova pericial é\nnecessária sempre que a prova do fato depender de conhecimento técnico,\no que se revela aplicável na seara ambiental ante a complexidade do\nbioma e da eficácia poluente dos produtos decorrentes do engenho humano.\n[...]\" (REsp 1060753SP, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA,\njulgado em 01/12/2009, DJe 14/12/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DANO AMBIENTAL. [...] PROVA PERICIAL. INVERSÃO DO\nÔNUS. ADIANTAMENTO PELO DEMANDADO. DESCABIMENTO. [...] Em autos de ação\ncivil pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual visando apurar\ndano ambiental, foram deferidos, a perícia e o pedido de inversão do\nônus e das custas respectivas, tendo a parte interposto agravo de\ninstrumento contra tal decisão. II - Aquele que cria ou assume o risco\nde danos ambientais tem o dever de reparar os danos causados e, em tal\ncontexto, transfere-se a ele todo o encargo de provar que sua conduta\nnão foi lesiva. III - Cabível, na hipótese, a inversão do ônus da prova\nque, em verdade, se dá em prol da sociedade, que detém o direito de ver\nreparada ou compensada a eventual prática lesiva ao meio ambiente -\nartigo 6º, VIII, do CDC c/c o artigo 18, da lei nº 7.347/85. [...]\"\n(REsp 1049822RS, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, PRIMEIRA TURMA,\njulgado em 23/04/2009, DJe 18/05/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 30/10/2018RSSTJ vol. 48 p. 21RSTJ vol. 252 p. 1293", "Precedentes": "AgInt no AREsp 1090084 MG 2017/0091710-3 Decisão:21/11/2017\nDJe DATA:28/11/2017AgInt no AREsp 779250 SP 2015/0228871-9 Decisão:06/12/2016\nDJe DATA:19/12/2016AgInt no AREsp 846996 RO 2016/0012832-0 Decisão:04/10/2016\nDJe DATA:19/10/2016AgRg no AREsp 183202 SP 2012/0108685-1 Decisão:10/11/2015\nDJe DATA:13/11/2015AgRg no AREsp 533786 RJ 2014/0146071-2 Decisão:22/09/2015\nDJe DATA:29/09/2015REsp 1517403 AL 2015/0041316-2 Decisão:25/08/2015\nDJe DATA:16/11/2015REsp 1237893 SP 2011/0026590-4 Decisão:24/09/2013\nDJe DATA:01/10/2013AgRg no AREsp 206748 SP 2012/0150767-5 Decisão:21/02/2013\nDJe DATA:27/02/2013REsp 1330027 SP 2012/0048766-0 Decisão:06/11/2012\nDJe DATA:09/11/2012REsp 883656 RS 2006/0145139-9 Decisão:09/03/2010\nDJe DATA:28/02/2012\nRSSTJ VOL.:00048 PG:00021\nRSTJ VOL.:00239 PG:01141REsp 1060753 SP 2008/0113082-6 Decisão:01/12/2009\nDJe DATA:14/12/2009\nRSTJ VOL.:00239 PG:01225REsp 1049822 RS 2008/0084061-9 Decisão:23/04/2009\nDJe DATA:18/05/2009\nREVFOR VOL.:00404 PG:00359\nRJTJRS VOL.:00277 PG:00041\nRSTJ VOL.:00239 PG:01177", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:008078 ANO:1990\n***** CDC-90 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR\n ART:00006 INC:00008\nLEG:FED LEI:006938 ANO:1981\nLEG:FED LEI:007347 ANO:1985\n***** LACP-85 LEI DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA\n ART:00021" }
Súmula 617
A ausência de suspensão ou revogação do livramento condicional antes do término do período de prova enseja a extinção da punibilidade pelo integral cumprimento da pena. (Súmula n. 617, Terceira Seção, julgado em 26/9/2018, DJe de 1/10/2018.)
{ "Enunciado": "A ausência de suspensão ou revogação do livramento condicional antes do\ntérmino do período de prova enseja a extinção da punibilidade pelo\nintegral cumprimento da pena. (SÚMULA 617, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em\n26/09/2018, DJe 01/10/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] EXECUÇÃO PENAL. LIVRAMENTO CONDICIONAL. CRIME COMETIDO DURANTE O\nPERÍODO DE PROVA. FISCALIZAÇÃO. ART. 145 DA LEP. POSTERIOR SUSPENSÃO,\nREVOGAÇÃO OU PRORROGAÇÃO DO BENEFÍCIO. IMPOSSIBILIDADE. DECLARAÇÃO DE\nEXTINÇÃO DA PENA. ART. 90 DO CÓDIGO PENAL. [...] Compete ao Juízo das\nExecuções Criminais determinar a suspensão do livramento condicional,\ncautelarmente, quando cometido novo delito durante a sua vigência para\ndepois, se for o caso, revogá-lo (art. 145 da Lei de Execução Penal). 2.\nConsoante entendimento consolidado nesta Corte Superior, não ocorrendo o\nsobrestamento durante o período de prova, descabida é a sua revogação\nposterior, devendo ser declarada a extinção da pena, nos termos do art.\n90 do Código Penal. 3. No caso, o ora agravado foi beneficiado com o\nlivramento condicional com término do período de prova previsto para\n23-5-2016. No dia 27-2-2016, praticou novo delito. Entretanto, o Juízo\nda Execução não procedeu à suspensão cautelar do benefício, tão somente\no fazendo em data posterior ao seu transcurso, no dia 11-8-2016. [...]\"\n(AgRg no HC 394664MG, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA,\njulgado em 19/10/2017, DJe 30/10/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LIVRAMENTO CONDICIONAL. FIM DO PERÍODO DE PROVA. AUSÊNCIA DE\nSUSPENSÃO, REVOGAÇÃO OU PRORROGAÇÃO DO BENEFÍCIO. EXTINÇÃO DA PENA.\n[...] Consolidou-se nesta Corte Superior de Justiça entendimento no\nsentido de que, cumprido o prazo do livramento condicional sem a\nsuspensão, prorrogação ou a revogação do benefício pelo Juiz da\nExecução, a pena deve ser declarada extinta, nos termos do art. 90 do\nCódigo Penal e 145 da Lei de Execuções Penais. [...]\"\n(AgRg no HC 377067SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA,\nQUINTA TURMA,\njulgado em 21/09/2017, DJe 27/09/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PENAL. LIVRAMENTO CONDICIONAL. COMETIMENTO DE NOVO\nDELITO DURANTE O PERÍODO DE PROVA. AUSÊNCIA DE SUSPENSÃO/REVOGAÇÃO NO\nCURSO DO BENEFÍCIO. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. OCORRÊNCIA. PRECEDENTES.\nFLAGRANTE ILEGALIDADE. OCORRÊNCIA. [...] A ausência de suspensão ou\nrevogação do livramento condicional antes do término do período de prova\nacarreta a extinção da punibilidade, pelo cumprimento integral da pena\nprivativa de liberdade (art. 90 do Código Penal e 146 da Lei de Execução\nPenal). Precedentes do STJ e do STF. [...]\" (AgRg no HC 398496SP,\nRel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em\n22/08/2017, DJe 31/08/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PENAL. LIVRAMENTO CONDICIONAL. REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO\nAPÓS O TÉRMINO DO PERÍODO DE PROVA. IMPOSSIBILIDADE. EXTINÇÃO DA PENA.\n[...] Consoante o disposto no art. 90 do Código Penal, não é possível a\nrevogação do livramento condicional após o término do período de prova,\npois, terminado o referido prazo, considera-se extinta a pena privativa\nde liberdade. Paciente beneficiado com o livramento condicional em\n15/6/2012, com período de prova até 12/4/2014. O novo crime foi\npraticado em 23/9/2013. Entretanto, o benefício foi prorrogado somente\nem 13/1/2015 e revogado em 4/11/2016. Assim, a prorrogação e a revogação\ndo benefício ocorreram em data muito posterior ao término do período de\nprova, restando evidenciada a ocorrência de constrangimento ilegal.\n[...]\" (HC 390312SP, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA\nTURMA, julgado em 03/08/2017, DJe 14/08/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PENAL. NOVO DELITO PRATICADO DURANTE O LIVRAMENTO\nCONDICIONAL. BENEFÍCIO REVOGADO NO PERÍODO DE PROVA. EXTINÇÃO DA PENA\nPELO DECURSO DO PRAZO. NÃO OCORRÊNCIA. [...] A jurisprudência desta\nCorte firmou o entendimento de que o livramento condicional deve ser\nsuspenso ou revogado de forma expressa durante o período de prova. Do\ncontrário, a pena será extinta, nos termos dos artigos 90 do Código\nPenal e 146 da Lei de Execução Penal. 2. No caso dos autos, o acórdão\nimpugnado consignou que, no dia 22/5/2006, o Juízo da Vara de Execuções\nPenais da Comarca de Cascavel/PR, acolhendo o pedido formulado pelo\nMinistério Público, revogou o livramento condicional anteriormente\nconcedido. 3. Portanto, a conclusão a que chegou o Tribunal de origem\nestá de acordo com jurisprudência desta Corte, uma vez que entre a\nconcessão do livramento condicional, ocorrida em 7/11/2005, e o término\ndo período de prova, previsto para ocorrer na data de 15/1/2007, houve a\nrevogação do benefício, o que impede a extinção da pena pelo simples\ndecurso do prazo. [...]\" (AgRg no HC 372575PR, Rel. Ministro\nANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 06/06/2017, DJe\n13/06/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LIVRAMENTO CONDICIONAL. MEDIDA CAUTELAR. SUSPENSÃO. EXTINÇÃO DA\nPUNIBILIDADE. COMETIMENTO DE NOVO DELITO NO CURSO DO BENEFÍCIO. [...]\nApesar de compulsória a revogação do livramento condicional, no caso de\no liberado ser condenado mediante sentença irrecorrível à pena privativa\nde liberdade por crime cometido durante a vigência do benefício (art.\n86, I, do Código Penal), necessária se faz a suspensão do seu curso, por\nmedida cautelar (art. 732 do CPP e 145 da LEP). (Precedentes do Pretório\nExcelso e desta Corte). II - Não havendo qualquer óbice, suspendendo ou\nrevogando o benefício, deve ser declarada extinta a pena, nos termos do\nart. 90 do Código Penal. [...]\" (HC 370004SP, Rel. Ministro FELIX\nFISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 02/02/2017, DJe 10/02/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LIVRAMENTO CONDICIONAL. FIM DO PERÍODO DE PROVA. AUSÊNCIA DE\nSUSPENSÃO, REVOGAÇÃO OU PRORROGAÇÃO DO BENEFÍCIO. EXTINÇÃO DA PENA.\n[...] Consolidou-se nesta Corte Superior de Justiça entendimento no\nsentido de que, cumprido o prazo do livramento condicional sem a\nsuspensão, prorrogação ou a revogação do benefício pelo Juiz da\nExecução, a pena deve ser declarada extinta - como fez, na espécie, o\nJuízo da instância primeira -, nos termos do art. 90 do Código Penal e\n145 da Lei de Execuções Penais. [...]\" (AgRg no HC 350006MS, Rel.\nMinistro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em\n18/08/2016, DJe 26/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PENAL. LIVRAMENTO CONDICIONAL. COMETIMENTO DE NOVO\nDELITO, NO CURSO DO BENEFÍCIO. INEXISTÊNCIA DE SUSPENSÃO CAUTELAR.\nREVOGAÇÃO POSTERIOR. ILEGALIDADE FLAGRANTE. [...] A teor da\njurisprudência pacífica do STJ, ainda que praticado novo delito no curso\ndo período de prova, extingue-se a pena, nos termos do disposto no art.\n145 da Lei n. 7.210/84, se não houver suspensão cautelar do benefício do\nlivramento condicional dentro desse prazo. [...]\" (HC 333900SP,\nRel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 16/02/2016, DJe\n25/02/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"EXECUÇÃO PENAL E PENAL. [...] LIVRAMENTO CONDICIONAL. PRÁTICA DE NOVO\nCRIME DURANTE O PERÍODO DE PROVAS DO BENEFÍCIO. PRAZO NÃO PRORROGADO OU\nSUSPENSO. FLAGRANTE ILEGALIDADE EVIDENCIADA. [...] Esta Corte firmou o\nentendimento de que 'cabe ao Juízo da Vara de Execuções Penais, nos\ntermos do art. 145 da LEP, quando do cometimento de novo delito no\nperíodo do livramento condicional, suspender cautelarmente a benesse,\ndurante o período de prova, para, posteriormente, revogá-la, em caso de\ncondenação com trânsito em julgado. Expirado o prazo do livramento\ncondicional sem a sua suspensão ou prorrogação (art. 90 do CP), a pena é\nautomaticamente extinta, sendo flagrantemente ilegal a sua revogação\nposterior ante a constatação do cometimento de delito durante o período\nde prova' (HC 279.405/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, DJe\n27/11/2014). [...]\" (RHC 54612SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS,\nQUINTA TURMA, julgado em 24/11/2015, DJe 01/12/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PENAL. LIVRAMENTO CONDICIONAL. PRÁTICA DE NOVO DELITO.\nREVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO APÓS O PERÍODO DE PROVA. INVIABILIDADE. EXTINÇÃO\nDA PUNIBILIDADE. [...] A prática de crime durante o livramento\ncondicional impõe ao magistrado das execuções penais a suspensão\ncautelar desse benefício dentro do período de prova, sendo inviável a\nadoção de tal medida acautelatória após esse período. 2. Inexistindo,\nportanto, decisão que suspenda cautelarmente o livramento condicional e\ntranscorrendo sem óbice o prazo do benefício, é impositivo, nos termos\nda jurisprudência desta Corte, reconhecer a extinção da pena pelo\nintegral cumprimento. [...]\" (AgRg no HC 242036SP, Rel. Ministro\nROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 05/11/2015, DJe\n23/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO PENAL. LIVRAMENTO CONDICIONAL. PRÁTICA DE NOVO DELITO.\nSUSPENSÃO DO BENEFÍCIO APÓS O PERÍODO DE PROVA. INVIABILIDADE. EXTINÇÃO\nDA PUNIBILIDADE. [...] A prática de crime durante o livramento\ncondicional impõe ao magistrado das execuções penais a suspensão\ncautelar desse benefício dentro do período de prova, sendo inviável a\nadoção dessa medida acautelatória após esse período. 2. Inexistindo,\nportanto, decisão que suspenda cautelarmente o livramento condicional e\ntranscorrendo sem óbice o prazo do benefício, é impositivo, nos termos\nda jurisprudência desta Corte, reconhecer a extinção da pena pelo\nintegral cumprimento. [...]\" (HC 295881SP, Rel. Ministro ROGERIO\nSCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 26/08/2014, DJe 08/09/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO. LIVRAMENTO CONDICIONAL. PRÁTICA DE NOVA INFRAÇÃO\nDURANTE O PERÍODO DE PROVA. AUSÊNCIA DE SUSPENSÃO CAUTELAR. PRORROGAÇÃO\nAUTOMÁTICA. IMPOSSIBILIDADE. ILEGALIDADE MANIFESTA. INCIDÊNCIA DOS ARTS.\n90 DO CP E 146 DA LEI N. 7.210/1984. EXTINÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE\nLIBERDADE. [...] Inexistindo suspensão cautelar do livramento\ncondicional, o transcurso do respectivo prazo, sem revogação, implica a\nextinção da pena, diante da impossibilidade de prorrogação automática do\nperíodo de prova. [...]\" (AgRg no HC 277161SP, Rel. Ministro\nSEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 01/10/2013, DJe\n10/10/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 01/10/2018RSSTJ vol. 48 p. 11RSTJ vol. 251 p. 1150", "Precedentes": "AgRg no HC 394664 MG 2017/0074651-0 Decisão:19/10/2017\nDJe DATA:30/10/2017AgRg no HC 377067 SP 2016/0287828-1 Decisão:21/09/2017\nDJe DATA:27/09/2017AgRg no HC 398496 SP 2017/0102043-0 Decisão:22/08/2017\nDJe DATA:31/08/2017HC 390312 SP 2017/0043488-2 Decisão:03/08/2017\nDJe DATA:14/08/2017AgRg no HC 372575 PR 2016/0252738-9 Decisão:06/06/2017\nDJe DATA:13/06/2017HC 370004 SP 2016/0233758-5 Decisão:02/02/2017\nDJe DATA:10/02/2017AgRg no HC 350006 MS 2016/0050443-0 Decisão:18/08/2016\nDJe DATA:26/08/2016HC 333900 SP 2015/0206889-7 Decisão:16/02/2016\nDJe DATA:25/02/2016RHC 54612 SP 2014/0330212-6 Decisão:24/11/2015\nDJe DATA:01/12/2015AgRg no HC 242036 SP 2012/0095508-1 Decisão:05/11/2015\nDJe DATA:23/11/2015HC 295881 SP 2014/0129566-0 Decisão:26/08/2014\nDJe DATA:08/09/2014\nRSSTJ VOL.:00048 PG:00011AgRg no HC 277161 SP 2013/0306039-5 Decisão:01/10/2013\nDJe DATA:10/10/2013", "Referência Legislativa": "LEG:FED DEL:002848 ANO:1940\n***** CP-40 CÓDIGO PENAL\n ART:00090\nLEG:FED LEI:007210 ANO:1984\n***** LEP-84 LEI DE EXECUÇÃO PENAL\n ART:00145 ART:00146" }
Súmula 616
A indenização securitária é devida quando ausente a comunicação prévia do segurado acerca do atraso no pagamento do prêmio, por constituir requisito essencial para a suspensão ou resolução do contrato de seguro. (Súmula n. 616, Segunda Seção, julgado em 23/5/2018, DJe de 28/5/2018.)
{ "Enunciado": "A indenização securitária é devida quando ausente a comunicação prévia\ndo segurado acerca do atraso no pagamento do prêmio, por constituir\nrequisito essencial para a suspensão ou resolução do contrato de seguro.\n(SÚMULA 616, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 23/05/2018, DJe 28/05/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] AÇÃO DE INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA [...] ATRASO NO PAGAMENTO DE\nPRESTAÇÕES - AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO - NÃO CONFIGURAÇÃO DA MORA. [...] O\natraso no pagamento de prestações do prêmio do seguro não determina a\nresolução automática do contrato de seguro, exigindo-se a prévia\nconstituição em mora do contratante pela seguradora, mostrando-se\nindevida a negativa de pagamento da indenização correspondente. [...]\"\n(AgRg no Ag 1381183SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA,\njulgado em 03/10/2017, DJe 11/10/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE COBRANÇA DE INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA. [...] INADIMPLEMENTO\nDE PARCELA DO PRÊMIO. EXTINÇÃO AUTOMÁTICA DO CONTRATO. NÃO OCORRÊNCIA.\nPRÉVIA NOTIFICAÇÃO PARA CONSTITUIÇÃO EM MORA. NECESSIDADE. [...] É\npacífica a jurisprudência da Segunda Seção no sentido de que o atraso no\npagamento de parcela do prêmio do contrato de seguro não acarreta a sua\nextinção automática, porquanto imprescindível a prévia notificação\nespecífica do segurado para a sua constituição em mora. [...]\"\n(AgInt no AREsp 1079821RS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE,\nTERCEIRA\nTURMA, julgado em 15/08/2017, DJe 25/08/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO. ATRASO NAS PRESTAÇÕES. CANCELAMENTO AUTOMÁTICO OU\nSUSPENSÃO DO CONTRATO. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO. [...]\nConsoante orientação firmada por esta Corte, o simples atraso no\npagamento da prestação mensal, sem prévia constituição em mora do\nsegurado, não produz o cancelamento automático ou a imediata suspensão\ndo contrato de seguro firmado entre as partes. [...]\"\n(AgRg no Ag 1286276RS, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA\nTURMA, julgado\nem 18/10/2016, DJe 24/10/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO DE VEÍCULO. [...] INADIMPLÊNCIA DO PRÊMIO. INTERPELAÇÃO.\nAUSÊNCIA. RESOLUÇÃO DO CONTRATO. IMPOSSIBILIDADE. [...] Na linha da\njurisprudência deste STJ, não basta o atraso no pagamento de parcela do\nprêmio para o desfazimento automático do contrato de seguro, sendo\nnecessária a prévia constituição em mora, por interpelação específica.\n[...]\" (AgRg no REsp 1104533RS, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS\nFERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 24/11/2015, DJe 01/12/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO. ATRASO NO PAGAMENTO DO PRÊMIO. SUSPENSÃO AUTOMÁTICA.\nDESCABIMENTO. NECESSIDADE DE INTERPELAÇÃO PRÉVIA. [...] O simples atraso\nno pagamento do prêmio não implica suspensão ou cancelamento automático\ndo contrato de seguro, sendo necessário, ao menos, a interpelação do\nsegurado, comunicando-o da suspensão dos efeitos da avença enquanto\ndurar a mora. [...]\" (AgRg no AREsp 413276DF, Rel. Ministro SIDNEI\nBENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 19/11/2013, DJe 03/12/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO. CANCELAMENTO DE APÓLICE POR INADIMPLEMENTO. AUSÊNCIA DE\nPRÉVIA NOTIFICAÇÃO DO SEGURADO. CLÁUSULA ABUSIVA. [...] Nos termos dos\nprecedentes desta Corte, considera-se abusiva a cláusula contratual que\nprevê o cancelamento ou a extinção do contrato de seguro em razão do\ninadimplemento do prêmio, sem a prévia constituição em mora do segurado,\nmediante prévia notificação. [...]\" (AgRg no AREsp 292544SP, Rel.\nMinistro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 23/04/2013, DJe\n27/05/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO. VEÍCULO. NEGATIVA DE COBERTURA. ATRASO NO PAGAMENTO DE\nPRESTAÇÕES. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO DA MORA. [...] O\natraso no pagamento de prestações do prêmio do seguro não determina a\nresolução automática do contrato de seguro, exigindo-se a prévia\nconstituição em mora do contratante pela seguradora, mostrando-se\nindevida a negativa de pagamento da indenização correspondente. [...]\"\n(AgRg no REsp 1255936PE, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO,\nTERCEIRA TURMA, julgado em 19/02/2013, DJe 25/02/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO DE VIDA - ATRASO NO PAGAMENTO DO PRÊMIO - RESCISÃO\nUNILATERAL DO CONTRATO SEM COMUNICAÇÃO PRÉVIA AO SEGURADO -\nIMPOSSIBILIDADE [...]\" (AgRg no AREsp 216027MG, Rel. Ministro\nMASSAMI UYEDA, TERCEIRA TURMA, julgado em 06/11/2012, DJe 13/11/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO. PRESTAÇÕES. ATRASO. CANCELAMENTO AUTOMÁTICO.\nIMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE INTERPELAÇÃO DO SEGURADO. [...] 'O mero\natraso no pagamento de prestação do prêmio do seguro não importa em\ndesfazimento automático do contrato, para o que se exige, ao menos, a\nprévia constituição em mora do contratante pela seguradora, mediante\ninterpelação' (2ª Seção, REsp n. 316.552/SP, Rel. Min. Aldir Passarinho\nJunior, por maioria, DJU de 12.04.2004). [...]\" (REsp 867489PR,\nRel. Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA TURMA, julgado em\n14/09/2010, DJe 24/09/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO. [...] ATRASO NO PAGAMENTO. NECESSIDADE DE CONSTITUIÇÃO EM\nMORA. [...] Esta Corte tem entendimento de que o simples atraso no\npagamento do prêmio não implica suspensão ou cancelamento automático da\ncobertura securitária, fazendo-se necessária a constituição em mora do\nsegurado, por intermédio de interpelação específica informando a\nsuspensão das coberturas contratuais, enquanto em aberto a dívida.\n[...]\" (AgRg no Ag 1149715GO, Rel. Ministro VASCO DELLA GIUSTINA\n(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RS), TERCEIRA TURMA, julgado em\n15/06/2010, DJe 29/06/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO DE AUTOMÓVEL. MORA DO SEGURADO. SUSPENSÃO OU\nDESCONSTITUIÇÃO DA RELAÇÃO CONTRATUAL. NECESSIDADE DE NOTIFICAÇÃO\nPRÉVIA. [...] Em se tratando de atraso no pagamento de prestações\nrelativas a prêmio de seguro, é necessária prévia notificação do\nsegurado para efeito de sua constituição em mora. O mero atraso no\nadimplemento de prestações não basta para a desconstituição da relação\ncontratual. [...]\" (AgRg no REsp 926637SP, Rel. Ministro JOÃO\nOTÁVIO DE NORONHA, QUARTA TURMA, julgado em 04/05/2010, DJe 17/05/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO DE VIDA. ATRASO NO PAGAMENTO DO PRÊMIO. AUSÊNCIA DE\nCONSTITUIÇÃO EM MORA DO SEGURADO. SUSPENSÃO AUTOMÁTICA. DESCABIMENTO.\n[...] O simples atraso no pagamento do prêmio não implica suspensão ou\ncancelamento automático da cobertura securitária, fazendo-se necessária\na interpelação do segurado, apta a constituí-lo em mora. [...]\"\n(AgRg no REsp 906608SP, Rel. Ministro FERNANDO GONÇALVES, QUARTA\nTURMA,\njulgado em 18/08/2009, DJe 31/08/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTRATO DE SEGURO. CANCELAMENTO UNILATERAL. MORA NO PAGAMENTO DO\nPRÊMIO. IGUAL DIREITO NÃO GARANTIDO AO SEGURADO. CLÁUSULA NULA.\nOCORRÊNCIA DE SINISTRO. INDENIZAÇÃO DEVIDA. [...] É entendimento\npacificado nesta Corte que o simples atraso não implica suspensão ou\ncancelamento automático do contrato de seguro, fazendo-se necessária, ao\nmenos, a interpelação do segurado, comunicando-o do cancelamento dos\nefeitos do pacto. [...]\" (AgRg no Ag 773533RS, Rel. Ministro PAULO\nFURTADO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/BA), TERCEIRA TURMA, julgado em\n26/05/2009, DJe 09/06/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTRATO DE SEGURO. ATRASO NO PAGAMENTO. AUSÊNCIA DE CONSTITUIÇÃO\nEM MORA DO SEGURADO. CANCELAMENTO AUTOMÁTICO DA COBERTURA SECURITÁRIA.\nIMPOSSIBILIDADE, NA ESPÉCIE. PRECEDENTE DA 2ª SEÇÃO DESTE TRIBUNAL.\n[...]\" (AgRg no REsp 334712RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,\nQUARTA TURMA, julgado em 02/04/2009, DJe 20/04/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO - ATRASO DE PRESTAÇÃO - MORA - CARACTERIZAÇÃO -\nCANCELAMENTO AUTOMÁTICO DA COBERTURA - IMPOSSIBILIDADE. [...] Para que\nse caracterize mora no pagamento de prestações relativas ao prêmio é\nnecessário interpelar o segurado. Mero atraso não basta para\ndesconstituir a relação contratual.\" (REsp 997061SP, Rel. Ministro\nHUMBERTO GOMES DE BARROS, TERCEIRA TURMA, julgado em 24/03/2008, DJe\n13/05/2008)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO. AUTOMÓVEL. ATRASO NO PAGAMENTO DE PRESTAÇÃO. AUSÊNCIA DE\nPRÉVIA CONSTITUIÇÃO EM MORA. IMPOSSIBILIDADE DE AUTOMÁTICO CANCELAMENTO\nDA AVENÇA PELA SEGURADORA. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL CONFIGURADO.\nCOBERTURA DEVIDA. [...] O mero atraso no pagamento de prestação do\nprêmio do seguro não importa em desfazimento automático do contrato,\npara o que se exige, ao menos, a prévia constituição em mora do\ncontratante pela seguradora, mediante interpelação. [...]\"\n(REsp 316449SP, Rel. Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA\nTURMA,\njulgado em 09/10/2002, DJ 12/04/2004, p. 183)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO. AUTOMÓVEL. ATRASO NO PAGAMENTO DE PRESTAÇÃO. AUSÊNCIA DE\nPRÉVIA CONSTITUIÇÃO EM MORA. IMPOSSIBILIDADE DE AUTOMÁTICO CANCELAMENTO\nDA AVENÇA PELA SEGURADORA. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL CONFIGURADO.\nCOBERTURA DEVIDA. [...] O mero atraso no pagamento de prestação do\nprêmio do seguro não importa em desfazimento automático do contrato,\npara o que se exige, ao menos, a prévia constituição em mora do\ncontratante pela seguradora, mediante interpelação. [...]\"\n(REsp 316552SP, Rel. Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, SEGUNDA\nSEÇÃO,\njulgado em 09/10/2002, DJ 12/04/2004, p. 184)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 28/05/2018RSSTJ vol. 47 p. 283RSTJ vol. 250 p. 1015", "Precedentes": "AgRg no Ag 1381183 SP 2011/0005793-6 Decisão:03/10/2017\nDJe DATA:11/10/2017AgInt no AREsp 1079821 RS 2017/0074445-0 Decisão:15/08/2017\nDJe DATA:25/08/2017AgRg no Ag 1286276 RS 2010/0044650-3 Decisão:18/10/2016\nDJe DATA:24/10/2016AgRg no REsp 1104533 RS 2008/0254895-6 Decisão:24/11/2015\nDJe DATA:01/12/2015AgRg no AREsp 413276 DF 2013/0350208-5 Decisão:19/11/2013\nDJe DATA:03/12/2013AgRg no AREsp 292544 SP 2013/0028032-3 Decisão:23/04/2013\nDJe DATA:27/05/2013AgRg no REsp 1255936 PE 2011/0118896-3 Decisão:19/02/2013\nDJe DATA:25/02/2013AgRg no AREsp 216027 MG 2012/0168320-0 Decisão:06/11/2012\nDJe DATA:13/11/2012REsp 867489 PR 2006/0153219-7 Decisão:14/09/2010\nDJe DATA:24/09/2010AgRg no Ag 1149715 GO 2009/0013497-7 Decisão:15/06/2010\nDJe DATA:29/06/2010AgRg no REsp 926637 SP 2007/0032812-1 Decisão:04/05/2010\nDJe DATA:17/05/2010\nLEXSTJ VOL.:00250 PG:00135AgRg no REsp 906608 SP 2006/0262447-7 Decisão:18/08/2009\nDJe DATA:31/08/2009AgRg no Ag 773533 RS 2006/0097986-4 Decisão:26/05/2009\nDJe DATA:09/06/2009AgRg no REsp 334712 RS 2001/0096470-6 Decisão:02/04/2009\nDJe DATA:20/04/2009REsp 997061 SP 2006/0023986-0 Decisão:24/03/2008\nDJe DATA:13/05/2008REsp 316449 SP 2001/0039604-6 Decisão:09/10/2002\nDJ DATA:12/04/2004 PG:00183REsp 316552 SP 2001/0039883-9 Decisão:09/10/2002\nDJ DATA:12/04/2004 PG:00184\nRSSTJ VOL.:00047 PG:00283", "Referência Legislativa": "LEG:FED DEL:000073 ANO:1966\n ART:00012\nLEG:FED CIR:000067 ANO:1998\n ART:00001 ART:00002 ART:00003\n(SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS - SUSEP)" }
Súmula 615
Não pode ocorrer ou permanecer a inscrição do município em cadastros restritivos fundada em irregularidades na gestão anterior quando, na gestão sucessora, são tomadas as providências cabíveis à reparação dos danos eventualmente cometidos. (Súmula n. 615, Primeira Seção, julgado em 9/5/2018, DJe de 14/5/2018.)
{ "Enunciado": "Não pode ocorrer ou permanecer a inscrição do município em cadastros\nrestritivos fundada em irregularidades na gestão anterior quando, na\ngestão sucessora, são tomadas as providências cabíveis à reparação dos\ndanos eventualmente cometidos. (SÚMULA 615, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em\n09/05/2018, DJe 14/05/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] INSCRIÇÃO DE MUNICÍPIO NO CADASTRO DE INADIMPLENTES POR ATOS DA\nGESTÃO ANTERIOR. ADOÇÃO DE PROVIDÊNCIAS RECONHECIDA PELO TRIBUNAL A QUO.\n[...] O Superior Tribunal de Justiça tem jurisprudência no sentido de\nque, comprovada a adoção de providências contra ex-prefeito para reparar\nos danos eventualmente cometidos, preserva-se o Município do\nconstrangimento de ser incluído no rol dos inadimplentes. 3. De acordo\ncom o voto condutor, \"os documentos trazidos pela parte ré de fls: 87/88\n(posteriores à contestação) evidenciam a realização da Tomada de Contas\nEspecial Simplificada n° 308/2007, referente ao Convenio 3309/2002, em\nque foi identificado como responsável o Sr José Gilvando, Leão Novato.\nAdemais, verifica-se dos documentos de fls. 39/44 que foi ajuizada ação\ncivil pública pelo requerente objetivando o ressarcimento ao erário do\nvalor de R$ 10.483,73, o que demonstra a iniciativa do autor em tomar as\nprovidencias cabíveis para a devida reparação do prejuízo causado ao\nMunicípio. Há de se ressaltar ainda que em casos como o tratado nos\npresentes autos segundo a orientação jurisprudencial assente no egrégio\nSuperior Tribunal de Justiça, há de ser liberada a inscrição da\nmunicipalidade no cadastro do SIAFI, assim como em cadastro de\ninadimplência quando a administração que sucedeu o ex-gestor faltoso\npromove a adoção das providências tendentes ao ressarcimento ao erário\"\n(fl. 147-148, e-STJ). [...]\" (REsp 1676240MG, Rel. Ministro HERMAN\nBENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/09/2017, DJe 13/09/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INSCRIÇÃO DE MUNICÍPIO POR ATOS DA GESTÃO ANTERIOR NO CADASTRO DO\nSIAFI. IMPOSSIBILIDADE, DESDE QUE TOMADAS AS PROVIDÊNCIAS OBJETIVANDO O\nRESSARCIMENTO AO ERÁRIO. [...] O Superior Tribunal de Justiça tem\nentendimento de que é possível a suspensão das restrições quanto ao\nrepasse dos recursos federais com a exclusão do nome do município dos\ncadastros do SIAFI, quando há comprovação de que foram adotadas medidas\nnecessárias por parte do gestor atual, com vistas à recuperação do\ncrédito. [...] II - Se o aresto afirma que o novo sucessor da\nadministração municipal adotou todas as providências que estavam a seu\nalcance contra o ex-prefeito no sentido de reparar os danos\neventualmente cometidos, autorizado está a suspensão do nome do\nmunicípio do rol de inadimplentes, ainda que não tenha sido instaurada a\ntomada de contas especial, omissão atribuída pela instância ordinária à\nUnião. [...]\" (AgInt no AREsp 927037MA, Rel. Ministro FRANCISCO\nFALCÃO, SEGUNDA TURMA, julgado em 08/08/2017, DJe 17/08/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INADIMPLÊNCIA DO EX-GESTOR. SUCESSOR ADOTA PROVIDÊNCIA PARA\nRESSARCIR O ERÁRIO. INSCRIÇÃO NO SIAFI. IMPOSSIBILIDADE. [...] É\npacífico o entendimento no Superior Tribunal de Justiça segundo o qual,\no acórdão recorrido adotou entendimento consolidado nesta Corte, segundo\no qual há de ser liberada a inscrição da municipalidade no cadastro do\nSIAFI, assim em cadastro de inadimplência, quando a administração que\nsucedeu o ex-gestor faltoso promove a adoção das providências tendentes\nao ressarcimento ao Erário. [...]\" (AgInt no REsp 1285294PB, Rel.\nMinistra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 27/06/2017, DJe\n02/08/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INSCRIÇÃO DE MUNICÍPIO NO CADASTRO DE INADIMPLENTES POR ATOS DA\nGESTÃO ANTERIOR. ADOÇÃO DE PROVIDÊNCIAS RECONHECIDA PELO TRIBUNAL A QUO.\n[...] O Superior Tribunal de Justiça tem jurisprudência no sentido de\nque, comprovada a adoção de providências contra ex-prefeito para reparar\nos danos eventualmente cometidos, preserva-se o Município do\nconstrangimento de ser incluído no rol dos inadimplentes. 3. De acordo\ncom o voto condutor, 'a gestão atual do Município comprovou ter adotado\nmedidas judiciais (requerimento de instauração de Tomada de Contas\nEspecial em face do ex-gestor junto ao Tribunal de Contas da União e de\nrequerimento de instauração de procedimento investigatório junto ao\nMinistério Público Federal, fls. 38/41), não havendo, portanto, inércia\nno que tange a providências relacionadas á situação de inadimplência'\n(fl. 148, e-STJ). [...]\" (REsp 1667651MA, Rel. Ministro HERMAN\nBENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/06/2017, DJe 20/06/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] MUNICÍPIO. INSCRIÇÃO NO SIAFI E NO CADIN. INADIMPLÊNCIA COMETIDA\nPOR ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL ANTERIOR. SUCESSOR TOMA PROVIDÊNCIAS\nOBJETIVANDO RESSARCIR O ERÁRIO. EXCLUSÃO. [...] A jurisprudência do STJ\né no sentido de que nos casos de inadimplência cometida por\nadministração municipal anterior, o nome do município não deve ser\ninserido no CADIN ou no SIAFI, em situações em que o gestor sucessor\nadota providências para responsabilização do ex-administrador. [...]\"\n(AgInt no AREsp 942301TO, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA\nTURMA, julgado em 08/06/2017, DJe 22/06/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IMPOSSIBILIDADE DE INSCRIÇÃO DE MUNICÍPIO NO CADASTRO DO SIAFI E\nCADIN POR ATOS DA GESTÃO ANTERIOR QUANDO ADOTADAS PROVIDÊNCIAS PARA\nRESSARCIR O ERÁRIO. [...] O Superior Tribunal de Justiça entende que, em\nse tratando de inadimplência cometida por gestão municipal anterior, em\nque o atual prefeito tomou providências para regularizar a situação, não\ndeve o nome do Município ser inscrito no cadastro de inadimplentes.\n[...]\" (AgInt no AREsp 977129MA, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL\nMARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 14/03/2017, DJe 17/03/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INSCRIÇÃO DO MUNICÍPIO DE MATINHA/MA NO SIAFI. IMPOSSIBILIDADE.\nIRREGULARIDADES POR PARTE DO EX-PREFEITO. ADOÇÃO, PELA ADMINISTRAÇÃO\nPOSTERIOR, DAS MEDIDAS TENDENTES AO RESSARCIMENTO AO ERÁRIO E À\nRESPONSABILIZAÇÃO DO EX-GESTOR. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM A\nJURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. [...] Na origem, trata-se de ação ordinária\najuizada pelo Município de Matinha/MA contra a União, objetivando a\nexclusão de seu nome nos cadastros do SIAFI. [...] IV. O acórdão\nrecorrido encontra-se em consonância com a jurisprudência desta Corte,\nconsolidada no sentido de que, 'em se tratando de inadimplência cometida\npor gestão municipal anterior, em que o atual prefeito tomou\nprovidências para regularizar a situação, não deve o nome do Município\nser inscrito no cadastro de inadimplentes' [...]\" (AgRg no AREsp\n777771MA, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em\n27/09/2016, DJe 13/10/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INSCRIÇÃO DE MUNICÍPIO NO CADASTRO DO SIAFI POR ATOS DA GESTÃO\nANTERIOR. IMPOSSIBILIDADE. [...] O Superior Tribunal de Justiça entende\nque, em se tratando de inadimplência cometida por gestão municipal\nanterior, em que o atual prefeito tomou providências para regularizar a\nsituação, não deve o nome do Município ser inscrito no cadastro de\ninadimplentes. [...]\" (AgRg no AREsp 214518DF, Rel. Ministra REGINA\nHELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 22/09/2015, DJe 28/09/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INSCRIÇÃO DE MUNICÍPIO NO CADASTRO DO SIAFI POR ATOS DA GESTÃO\nANTERIOR. IMPOSSIBILIDADE. PROVIDÊNCIAS QUE OBJETIVAM O RESSARCIMENTO AO\nERÁRIO. [...] O Tribunal de origem firmou entendimento no sentido de que\né possível a suspensão das restrições quanto ao repasse de recursos\nfederais com a exclusão do nome do município dos cadastros do\nSIAFI/CADIN/CAUC, 'quando há comprovação de que foram adotadas as\nmedidas necessárias por parte do gestor atual, objetivando a recuperação\ndo crédito, referente ao gestor anterior e após a instauração de tomada\nde contas especial e remessa ao TCU'. [...]\" (AgRg no AREsp 283917PB, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em\n10/02/2015, DJe 19/02/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INSCRIÇÃO DE MUNICÍPIO NO CADASTRO DO SIAFI POR ATOS DA GESTÃO\nANTERIOR. IMPOSSIBILIDADE. PROVIDÊNCIAS QUE OBJETIVAM O RESSARCIMENTO AO\nERÁRIO. [...] Hipótese em que a agravante alega apenas que as ações\nindicadas pelo município agravado em sua inicial não seriam aptas à\nexclusão do seu nome do cadastro de inadimplentes, matéria relacionada\ndiretamente com o mérito da ação e ainda não decidida na origem. 3.\nAinda que superado tal óbice, o acórdão recorrido está em conformidade\ncom a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, segundo a qual\n'deve ser liberada da inadimplência a prefeitura administrada pelo\nprefeito que sucedeu o administrador faltoso, quando tomadas as\nprovidências objetivando o ressarcimento ao erário, em conformidade com\nos parágrafos 2º e 3º do artigo 5º da Instrução Normativa nº\n1/STN'[...]\" (AgRg no AREsp 85066MA, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES\nLIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 05/03/2013, DJe 10/05/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INSCRIÇÃO DE MUNICÍPIO NO CADASTRO DO SIAFI POR ATOS DA GESTÃO\nANTERIOR. IMPOSSIBILIDADE. PROVIDÊNCIAS OBJETIVANDO O RESSARCIMENTO AO\nERÁRIO. [...] O Superior Tribunal de Justiça, em diversos precedentes,\nvem se manifestando no sentido de que, em se tratando de inadimplência\ncometida por gestão municipal anterior, em que o atual prefeito tomou\nprovidências para regularizar a situação, não deve o nome do Município\nser inscrito no cadastro de inadimplentes. [...]\" (AgRg no Ag\n1241532DF, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA,\njulgado em 08/02/2011, DJe 17/02/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INSCRIÇÃO NO SIAFI. MANDATO. RESPONSABILIDADE DE EX-PREFEITO.\nCONVÊNIO. [...] A inadimplência da prefeitura administrada pelo prefeito\nque sucedeu o administrador faltoso não impõe a inscrição automática no\nSIAFI, quando adotadas todas as providências objetivando o ressarcimento\nao erário, em conformidade com os §§ 2º e 3º, da Instrução Normativa nº\n01/STN. [...]\" (AgRg no Ag 966345PI, Rel. Ministro LUIZ FUX,\nPRIMEIRA TURMA, julgado em 15/06/2010, DJe 01/07/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] MUNICÍPIO. PRESTAÇÃO DE CONTAS. INSCRIÇÃO NO CADASTRO DO SIAFI.\nIMPOSSIBILIDADE. PROVIDÊNCIAS OBJETIVANDO O RESSARCIMENTO AO ERÁRIO.\n[...] A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é firme em que\ndeve ser liberada da inadimplência a prefeitura administrada pelo\nprefeito que sucedeu o administrador faltoso, quando tomadas as\nprovidências objetivando o ressarcimento ao erário, em conformidade com\nos parágrafos 2º e 3º do artigo 5º da Instrução Normativa nº 1/STN.\n[...]\" (AgRg no Ag 1202092PI, Rel. Ministro HAMILTON CARVALHIDO,\nPRIMEIRA TURMA, julgado em 23/03/2010, DJe 14/04/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INSCRIÇÃO NO SIAFI. MANDATO. RESPONSABILIDADE DE EX-PREFEITO.\nCONVÊNIO. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01/STN-97 [...] É cediço, no âmbito da\n1ª seção, que deve ser liberada da inadimplência a prefeitura\nadministrada pelo prefeito que sucedeu o administrador faltoso, quando\ntomadas todas as providências objetivando o ressarcimento ao erário, em\nconformidade com os §§ 2º e 3º, da Instrução Normativa nº 01/STN. [...]\nÉ de ser liberada da inadimplência a prefeitura administrada pelo\nprefeito que sucedeu o administrador faltoso, quando tomadas todas as\nprovidências objetivando o ressarcimento ao erário, em conformidade com\nos §§ 2º e 3º, da Instrução Normativa nº 01/STN. [...]\" (MS 11496DF, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 27/06/2007, DJ\n27/08/2007, p. 174)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONVÊNIO COM A UNIÃO FEDERAL. CONSTRUÇÃO DE DOIS POÇOS ARTESIANOS\nE DUAS LAVANDERIAS. IRREGULARIDADES NA PRESTAÇÃO DE CONTAS. INSCRIÇÃO NO\nCADIN E NO SIAFI. ART. 5º, §1º DA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01/STN-97.\nPREFEITO POSTERIOR. RESSALVA. INADIMPLÊNCIA. SUSPENSÃO. [...] É de ser\nliberada da inadimplência a prefeitura administrada pelo prefeito que\nsucedeu o administrador faltoso, quando tomadas todas as providências\nobjetivando o ressarcimento ao erário, em conformidade com os §§ 2º e\n3º, da Instrução Normativa nº 01/STN. [...]\" (MS 8117DF, Rel.\nMinistro FRANCISCO FALCÃO, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 28/04/2004, DJ\n24/05/2004, p. 145)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 14/05/2018RSSTJ vol. 47 p. 275RSTJ vol. 250 p. 1014", "Precedentes": "REsp 1676240 MG 2017/0117689-6 Decisão:05/09/2017\nDJe DATA:13/09/2017AgInt no AREsp 927037 MA 2016/0145191-2 Decisão:08/08/2017\nDJe DATA:17/08/2017AgInt no REsp 1285294 PB 2011/0239793-5 Decisão:27/06/2017\nDJe DATA:02/08/2017REsp 1667651 MA 2017/0078299-4 Decisão:13/06/2017\nDJe DATA:20/06/2017AgInt no AREsp 942301 TO 2016/0167164-2 Decisão:08/06/2017\nDJe DATA:22/06/2017AgInt no AREsp 977129 MA 2016/0232467-2 Decisão:14/03/2017\nDJe DATA:17/03/2017AgRg no AREsp 777771 MA 2015/0223273-7 Decisão:27/09/2016\nDJe DATA:13/10/2016AgRg no AREsp 214518 DF 2012/0166050-4 Decisão:22/09/2015\nDJe DATA:28/09/2015AgRg no AREsp 283917 PB 2013/0009040-5 Decisão:10/02/2015\nDJe DATA:19/02/2015AgRg no AREsp 85066 MA 2011/0277365-4 Decisão:05/03/2013\nDJe DATA:10/05/2013AgRg no Ag 1241532 DF 2009/0199387-8 Decisão:08/02/2011\nDJe DATA:17/02/2011AgRg no Ag 966345 PI 2007/0237948-0 Decisão:15/06/2010\nDJe DATA:01/07/2010AgRg no Ag 1202092 PI 2009/0107792-0 Decisão:23/03/2010\nDJe DATA:14/04/2010MS 11496 DF 2006/0007603-0 Decisão:27/06/2007\nDJ DATA:27/08/2007 PG:00174MS 8117 DF 2001/0197276-3 Decisão:28/04/2004\nDJ DATA:24/05/2004 PG:00145\nRSSTJ VOL.:00047 PG:00275\nRSTJ VOL.:00196 PG:00052", "Referência Legislativa": "LEG:FED LCP:000101 ANO:2000\n***** LRF-00 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL\n ART:00025\nLEG:FED LEI:010522 ANO:2002\n ART:00007 ART:00026\nLEG:FED INT:000001 ANO:1997\n ART:00005\n(SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL - STN)" }
Súmula 614
O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação jurídico-tributária de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito desses tributos. (Súmula n. 614, Primeira Seção, julgado em 9/5/2018, DJe de 14/5/2018.)
{ "Enunciado": "O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação\njurídico-tributária de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem\npara repetir indébito desses tributos. (SÚMULA 614, PRIMEIRA SEÇÃO,\njulgado em 09/05/2018, DJe 14/05/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] IPTU. ILEGITIMIDADE ATIVA DO LOCATÁRIO PARA POSTULAR DECLARAÇÃO\nDE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA E REPETIÇÃO DE INDÉBITO.\n[...] A jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça é no sentido\nde que 'o locatário, por não ostentar a condição de contribuinte ou de\nresponsável tributário, não tem legitimidade ativa para postular a\ndeclaração de inexistência de relação jurídica tributária, bem como a\nrepetição de indébito referente ao IPTU, à Taxa de Conservação e Limpeza\nPública ou à Taxa de Iluminação Pública' (AgRg no REsp 836.089/SP, Rel.\nMinistro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 23/02/2011, DJe\n26/04/2011). [...]\" (AgRg no AREsp 789835SP, Rel. Ministro MAURO\nCAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 03/11/2015, DJe 12/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IPTU. RESTITUIÇÃO DE INDÉBITO. LEGITIMIDADE ATIVA DO DESTINATÁRIO\nDO CARNÊ. IMPOSSIBILIDADE. ENTENDIMENTO DA PRIMEIRA SEÇÃO DO STJ NO AGRG\nNO RESP 836.089/SP. [...] Configura-se matéria de direito o debate\nacerca da legitimidade ativa para postulação de repetição de indébito de\nIPTU. 2. O entendimento da Primeira Seção deste Superior Tribunal de\nJustiça é pela impossibilidade de que pessoa diferente do proprietário\ndo imóvel seja legitimado ativo para postular repetição de indébito de\nIPTU, uma vez que, seja locatário, seja destinatário do carnê, a\nobrigação contratual entre este e o proprietário do imóvel\n(contribuinte) não pode ser oponível à Fazenda (AgRg no REsp 836.089/SP,\nRel. Ministro Luiz Fux, Primeira Seção, DJe 26/04/2011). [...]\"\n(AgRg no AgRg no AREsp 143631RJ, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES,\nPRIMEIRA\nTURMA, julgado em 04/10/2012, DJe 10/10/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TAXAS DE LIMPEZA E CONSERVAÇÃO DE VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS.\nREPETIÇÃO DE INDÉBITO. ILEGITIMIDADE ATIVA DO LOCATÁRIO. [...] O\nlocatário, por não ostentar a condição de contribuinte ou de responsável\ntributário, não tem legitimidade ativa para postular a declaração de\ninexistência da relação jurídica tributária, bem como a repetição de\nindébito referente ao IPTU, à Taxa de Conservação e Limpeza Pública ou à\nTaxa de Iluminação Pública. [...] 2. A Primeira Seção, em sede de\nrecurso repetitivo, sedimentou o entendimento no sentido de que a\nlegitimidade ativa para postular a repetição de indébito é conferida\ntão-somente ao sujeito passivo da relação jurídico-tributária, in\nverbis: - 'Os impostos incidentes sobre o patrimônio (Imposto sobre a\nPropriedade Territorial Rural - ITR e Imposto sobre a Propriedade\nPredial e Territorial Urbana - IPTU) decorrem de relação jurídica\ntributária instaurada com a ocorrência de fato imponível encartado,\nexclusivamente, na titularidade de direito real, razão pela qual\nconsubstanciam obrigações propter rem, impondo-se sua assunção a todos\naqueles que sucederem ao titular do imóvel.' (REsp 1073846/SP, submetido\nao rito previsto no art. 543-C do CPC, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA\nSEÇÃO, julgado em 25/11/2009, DJe 18/12/2009) - 'O 'contribuinte de\nfato' (in casu, distribuidora de bebida) não detém legitimidade ativa ad\ncausam para pleitear a restituição do indébito relativo ao IPI incidente\nsobre os descontos incondicionais, recolhido pelo 'contribuinte de\ndireito' (fabricante de bebida), por não integrar a relação jurídica\ntributária pertinente.' - '(...) é certo que o recolhimento indevido de\ntributo implica na obrigação do Fisco de devolução do indébito ao\ncontribuinte detentor do direito subjetivo de exigi-lo. - 'Em suma: o\ndireito subjetivo à repetição do indébito pertence exclusivamente ao\ndenominado contribuinte de direito. Porém, uma vez recuperado o indébito\npor este junto ao Fisco, pode o contribuinte de fato, com base em norma\nde direito privado, pleitear junto ao contribuinte tributário a\nrestituição daqueles valores. (REsp 903394/AL, submetido ao rito\nprevisto no art. 543-C do CPC, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO,\njulgado em 24/03/2010, DJe 26/04/2010) 3. Destarte, o locatário, por não\nostentar a condição de contribuinte ou de responsável tributário, não\ntem legitimidade ativa para postular a declaração de inexistência da\nrelação jurídica tributária, bem como a repetição de indébito referente\nao IPTU, à Taxa de Conservação e Limpeza Pública ou à Taxa de Iluminação\nPública. [...]\" (AgRg no REsp 836089SP, Rel. Ministro LUIZ FUX,\nPRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 23/02/2011, DJe 26/04/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IPTU - LEGITIMIDADE ATIVA - PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL. [...] O\nlocatário é parte ilegítima para litigar a respeito de questões que\nenvolvam o pagamento do IPTU e outras exações cujo sujeito passivo seja\no proprietário do imóvel. [...]\" (REsp 852169PR, Rel. Ministra\nELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 26/05/2009, DJe 04/06/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] REPETIÇÃO DE INDÉBITO. IPTU. LEGITIMIDADE ATIVA. PROPRIETÁRIO DO\nIMÓVEL. [...] O locatário não detém legitimidade para litigar em demanda\nvisando à impugnação de lançamento referente ao IPTU, porquanto não se\nreveste ele da condição de contribuinte ou de responsável tributário.\n[...]\" (AgRg no Ag 900568RJ, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA\nTURMA, julgado em 05/08/2008, DJe 11/09/2008)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IPTU. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE E REPETIÇÃO DE\nINDÉBITO. ILEGITIMIDADE DO LOCATÁRIO. [...] Hipótese em que o locatário\nnão tem legitimidade para postular a declaração de inexigibilidade\nparcial do IPTU e total da Taxa de Coleta de Lixo - TCDL por não se\nenquadrar como contribuinte, nem como responsável tributário. [...]\"\n(REsp 552468RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,\njulgado em 04/09/2007, DJ 08/02/2008, p. 638)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] REPETIÇÃO DE INDÉBITO TRIBUTÁRIO. IPTU. LOCATÁRIO. ILEGITIMIDADE.\n[...] O locatário não possui legitimidade ativa para propor ação\nobjetivando a restituição de valores referentes ao IPTU. [...]\"\n(REsp 883724RJ, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado\nem\n20/03/2007, DJ 29/03/2007, p. 250)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IPTU. TAXA DE CONSERVAÇÃO E LIMPEZA PÚBLICAS. RESTITUIÇÃO.\nLOCATÁRIO. ILEGITIMIDADE ATIVA. [...] Locatário não possui legitimidade\npara propor ações que visem a repetição do que foi pago a título de taxa\nde municipalidade ou de IPTU. [...]\" (REsp 613717RJ, Rel. Ministro\nJOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA TURMA, julgado em 14/11/2006, DJ\n19/12/2006, p. 368)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 14/05/2018RSSTJ vol. 47 p. 265RSTJ vol. 250 p. 1013", "Precedentes": "AgRg no AREsp 789835 SP 2015/0245475-4 Decisão:03/11/2015\nDJe DATA:12/11/2015AgRg no AgRg no AREsp 143631 RJ 2012/0025517-6\nDecisão:04/10/2012\nDJe DATA:10/10/2012AgRg no REsp 836089 SP 2006/0100809-1 Decisão:23/02/2011\nDJe DATA:26/04/2011\nRSSTJ VOL.:00047 PG:00265REsp 852169 PR 2006/0101537-3 Decisão:26/05/2009\nDJe DATA:04/06/2009AgRg no Ag 900568 RJ 2007/0080471-0 Decisão:05/08/2008\nDJe DATA:11/09/2008REsp 552468 RJ 2003/0113468-0 Decisão:04/09/2007\nDJ DATA:08/02/2008 PG:00638\nRT VOL.:00871 PG:00178REsp 883724 RJ 2006/0159450-4 Decisão:20/03/2007\nDJ DATA:29/03/2007 PG:00250REsp 613717 RJ 2003/0223999-7 Decisão:14/11/2006\nDJ DATA:19/12/2006 PG:00368", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:005172 ANO:1966\n***** CTN-66 CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL\n ART:00032 ART:00034 ART:00123 ART:00166" }
Súmula 613
Não se admite a aplicação da teoria do fato consumado em tema de Direito Ambiental. (Súmula n. 613, Primeira Seção, julgado em 9/5/2018, DJe de 14/5/2018.)
{ "Enunciado": "Não se admite a aplicação da teoria do fato consumado em tema de Direito\nAmbiental. (SÚMULA 613, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/05/2018, DJe\n14/05/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] OCUPAÇÃO DE ÁREA PÚBLICA. ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL.\nLEGALIDADE NO ATO DO ESTADO DE DISCIPLINAR A UTILIZAÇÃO DA ÁREA E ZELAR\nPARA QUE SUA DESTINAÇÃO SEJA PRESERVADA. A OCUPAÇÃO DE ÁREA PÚBLICA,\nFEITA DE MANEIRA IRREGULAR, NÃO GERA OS EFEITOS GARANTIDOS AO POSSUIDOR\nDE BOA-FÉ. IMPOSSIBILIDADE DE ALEGAÇÃO DE FATO CONSUMADO EM MATÉRIA\nAMBIENTAL. [...] Os impetrantes buscam o reconhecimento da ilegalidade\nno procedimento de desocupação perpetrado pelo Secretário de\nAdministração de Parques do Distrito Federal, objetivando que a\nautoridade coatora abstenha-se de praticar qualquer ato tendente a\nremover os moradores do Parque das Copaíbas. 2. Nos termos da Lei\nComplementar Distrital 265/1999 e Lei Distrital 1.600/1997, não há como\nreconhecer a ilegalidade no ato do Estado de disciplinar a utilização da\nárea e zelar para que sua destinação seja preservada. É justamente por\nestar inserida na citada APA, que incumbe ao Estado o gerenciamento da\nárea, exercendo regularmente o direito de restringir o uso e gozo da\npropriedade em favor do interesse da coletividade. 3. Cumpre ao Estado,\nnestas situações, empreender ações efetivas visando não só a salvaguarda\nda diversidade biológica local, como também a regência urbanística das\náreas, garantindo a sustentabilidade do usufruto dos recursos\ndisponibilizados pela Natureza, além de atender ao projeto original da\nCapital, que assegura a existência de áreas de lazer no Lago voltadas à\npopulação em geral do Distrito Federal. 4. Vale frisar que a própria\nimpetrante reconhece que ocupa a área de maneira irregular e precária,\numa vez que a Ação de Interdito Proibitório já reintegrou a TERACAP na\nposse da área em litígio, assim, não há como reconhecer a violação a\ndireito líquido e certo como sustentando na peça inaugural da segurança.\n5. É firme o entendimento desta Corte de que a ocupação de área pública,\nfeita de maneira irregular, não gera os efeitos garantidos ao possuidor\nde boa-fé pelo Código Civil, configurando-se mera detenção. 6. Não\nprospera também a alegação de aplicação da teoria do fato consumado, em\nrazão de os moradores já ocuparem a área, com tolerância do Estado por\nanos, uma vez que tratando-se de construção irregular em Área de\nProteção Ambiental-APA, a situação não se consolida no tempo. Isso\nporque, a aceitação da teoria equivaleria a perpetuar o suposto direito\nde poluir, de degradar, indo de encontro ao postulado do meio ambiente\nequilibrado, bem de uso comum do povo essencial à qualidade sadia de\nvida. [...]\" (AgRg no RMS 28220DF, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES\nMAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/04/2017, DJe 26/04/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. EDIFICAÇÃO EM ÁREA DE PROTEÇÃO PERMANENTE.\nPROXIMIDADE A LEITO DE RIO. CONSTATAÇÃO DE ATIVIDADE CAUSADORA DE\nIMPACTO AMBIENTAL. CASAS DE VERANEIO. IMPOSSIBILIDADE DE ALEGAÇÃO DE\nFATO CONSUMADO EM MATÉRIA AMBIENTAL. INEXISTÊNCIA DE AQUISIÇÃO DE\nDIREITO DE POLUIR. [...]\" (AgRg no REsp 1497346MS, Rel. Ministro\nMAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/11/2015, DJe\n27/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AMBIENTAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. EDIFICAÇÃO EM ÁREA DE PROTEÇÃO\nPERMANENTE. PROXIMIDADE DE LEITO DE RIO. CASAS DE VERANEIO. ILEGALIDADE.\nSITUAÇÃO NÃO ABRANGIDA PELAS EXCEÇÕES LEGAIS PREVISTAS NOS ARTS. 61-A A\n65 DA LEI 12.651/2012. [...] Na origem cuida-se de ação civil pública\npromovida pelo Ministério Público com o objetivo de condenar o\nrecorrido: (a) a desocupar, demolir e remover as edificações erguidas em\nárea de preservação permanente localizada a menos de 100m do Rio\nIvinhema; (b) a abster-se de promover qualquer intervenção ou atividade\nna área de preservação permanente; (c) a reflorestar toda a área\ndegradada situada nos limites do lote descrito na petição inicial; (d) a\npagar indenização por danos ambientais em valor a ser arbitrado pelo\njuízo. [...] 3. No caso concreto, as instâncias ordinárias constataram\nque há edificações (casas de veraneio), inclusive com estradas de\nacesso, dentro de uma Área de Preservação Permanente, com supressão\nquase total da vegetação local. 4. Constatada a degradação, deve-se\nproceder às medidas necessárias para recompor a área. As exceções legais\na esse entendimento encontram-se previstas nos arts. 61-A a 65 do Código\nFlorestal, não abrangendo a manutenção de casas de veraneio. [...]\"\n(AgRg no REsp 1494681MS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA\nTURMA, julgado em 03/11/2015, DJe 16/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FATO CONSUMADO. MATÉRIA AMBIENTAL. INEXISTÊNCIA. [...] Cuida-se\nde ação civil pública na qual a parte ora recorrente foi condenada a\ndemolir casa que edificou em área de preservação permanente\ncorrespondente a manguezal e a margem de curso d´água, a remover os\nescombros daí resultantes e a recuperar a vegetação nativa do local.\n[...] 4. Por fim, cumpre esclarecer que, em tema de direito ambiental,\nnão se admite a incidência da teoria do fato consumado. [...]\"\n(AgRg no REsp 1491027PB, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA\nTURMA,\njulgado em 13/10/2015, DJe 20/10/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. [...] FUNÇÃO SOCIAL E FUNÇÃO ECOLÓGICA DA\nPROPRIEDADE E DA POSSE. ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. RESERVA LEGAL.\nRESPONSABILIDADE OBJETIVA PELO DANO AMBIENTAL. OBRIGAÇÃO PROPTER REM.\nDIREITO ADQUIRIDO DE POLUIR. [...] Inexiste direito adquirido a poluir\nou degradar o meio ambiente. O tempo é incapaz de curar ilegalidades\nambientais de natureza permanente, pois parte dos sujeitos tutelados -\nas gerações futuras - carece de voz e de representantes que falem ou se\nomitam em seu nome. 3. Décadas de uso ilícito da propriedade rural não\ndão salvo-conduto ao proprietário ou posseiro para a continuidade de\natos proibidos ou tornam legais práticas vedadas pelo legislador,\nsobretudo no âmbito de direitos indisponíveis, que a todos aproveita,\ninclusive às gerações futuras, como é o caso da proteção do meio\nambiente. 4. As APPs e a Reserva Legal justificam-se onde há vegetação\nnativa remanescente, mas com maior razão onde, em conseqüência de\ndesmatamento ilegal, a flora local já não existe, embora devesse\nexistir. 5. Os deveres associados às APPs e à Reserva Legal têm natureza\nde obrigação propter rem, isto é, aderem ao título de domínio ou posse.\n[...]\" (REsp 948921SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA\nTURMA, julgado em 23/10/2007, DJe 11/11/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 14/05/2018RSSTJ vol. 47 p. 253RSTJ vol. 250 p. 1012", "Precedentes": "AgRg no RMS 28220 DF 2008/0251026-4 Decisão:18/04/2017\nDJe DATA:26/04/2017\nRSSTJ VOL.:00047 PG:00253AgRg no REsp 1497346 MS 2014/0300286-0 Decisão:19/11/2015\nDJe DATA:27/11/2015AgRg no REsp 1494681 MS 2014/0291491-8 Decisão:03/11/2015\nDJe DATA:16/11/2015AgRg no REsp 1491027 PB 2014/0275509-9 Decisão:13/10/2015\nDJe DATA:20/10/2015REsp 948921 SP 2005/0008476-9 Decisão:23/10/2007\nDJe DATA:11/11/2009", "Referência Legislativa": "LEG:FED CFB:****** ANO:1988\n***** CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988\n ART:00225\nLEG:FED LEI:004771 ANO:1965\n***** CFLO-65 CÓDIGO FLORESTAL DE 1965\n(REVOGADA)\nLEG:FED LEI:006938 ANO:1981\n ART:00002 INC:00001 ART:00014 PAR:00001\nLEG:FED LEI:012651 ANO:2012\n***** CFLO-12 CÓDIGO FLORESTAL DE 2012\n ART:0061A ART:0061B ART:0061C ART:00062 ART:00063\n ART:00064 ART:00065" }
Súmula 612
O certificado de entidade beneficente de assistência social (CEBAS), no prazo de sua validade, possui natureza declaratória para fins tributários, retroagindo seus efeitos à data em que demonstrado o cumprimento dos requisitos estabelecidos por lei complementar para a fruição da imunidade. (Súmula n. 612, Primeira Seção, julgado em 9/5/2018, DJe de 14/5/2018.)
{ "Enunciado": "O certificado de entidade beneficente de assistência social (CEBAS), no\nprazo de sua validade, possui natureza declaratória para fins\ntributários, retroagindo seus efeitos à data em que demonstrado o\ncumprimento dos requisitos estabelecidos por lei complementar para a\nfruição da imunidade. (SÚMULA 612, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em\n09/05/2018, DJe 14/05/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA.\nEFEITOS EX TUNC. [...] Esta Corte reconheceu inúmeras vezes que a\ndecisão que declara a imunidade tributária tem efeitos ex tunc e\nretroage à data em que preencheu os pressupostos legais para sua\nconcessão. [...]\" (AgInt no AREsp 32152PR, Rel. Ministro NAPOLEÃO\nNUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 15/12/2016, DJe 07/02/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IMUNIDADE DE ENTIDADE BENEFICENTE. CEBAS. RENOVAÇÃO. NATUREZA\nDECLARATÓRIA DO ATO. EFEITOS RETROATIVOS À DATA EM QUE A ENTIDADE CUMPRE\nOS PRESSUPOSTOS LEGAIS PARA SUA CONCESSÃO. [...] 'De acordo com a\njurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a decisão administrativa\nque reconhece a imunidade tributária tem natureza declaratória e, por\nconseguinte, produz efeitos ex tunc, de forma a autorizar a retroação\ndos seus efeitos, a partir do momento em que preenchidos os requisitos\nlegais, para a concessão da imunidade' (AgRg no AREsp 194.981/RJ, Rel.\nMinistra Assusete Magalhães, Segunda Turma, julgado em 23/6/2015, DJe\n1º/7/2015). 2. A hipótese dos autos não se refere a pedido inicial de\ncertificado de entidade beneficiente, mas de requerimento de renovação\ndesse certificado, o que pressupõe que a sinalização positiva ao\nrequerimento deve retroagir à data limite de validade da certificação\nanterior, dada a natureza declaratória do ato. [...]\" (AgInt no REsp\n1596529PR, Rel. Ministra DIVA MALERBI (DESEMBARGADORA CONVOCADA TRF\n3ª REGIÃO), SEGUNDA TURMA, julgado em 09/08/2016, DJe 18/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CERTIFICADO DE ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL\n(CEBAS). ATO DECLARATÓRIO. EFICÁCIA EX TUNC. TERMO INICIAL: DATA DO\nCUMPRIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS. PRECEDENTES. SÚMULA Nº 568 DO STJ.\nAFERIÇÃO DO CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS DO ART. 55 DA LEI Nº 8.212/91.\nMATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 7 DO STJ. [...] O\nacórdão recorrido se manifestou no mesmo sentido da jurisprudência desta\nCorte relativamente a não ser suficiente a impedir o reconhecimento da\nimunidade tributária a circunstância do recorrido não possuir o\nCertificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS), uma\nvez que o referido certificado trata de ato declaratório e, nessa\nqualidade, possui eficácia ex tunc. [...] 3. No que tange ao termo\ninicial da eficácia retroativa do ato declaratório de emissão do CEBAS\npara fins de imunidade tributária, a jurisprudência desta Corte não\nlimita seus efeitos à data do requerimento do certificado, mas sim à\ndata do preenchimento dos requisitos legais para fruição da imunidade,\nvisto que o que se declara no ato é justamente o preenchimento de tais\nrequisitos. 4. A Corte a quo concluiu que a recorrida cumpriu os\nrequisitos do art. 55 da Lei nº 8.212/91, não sendo possível a esta\nCorte alterar essa conclusão. Igualmente não é possível, no caso\nconcreto, revolver a documentação acostada aos autos para aferir a data\ndo preenchimento dos requisitos legais para o gozo da imunidade, uma vez\nque para tal providência é vedada em sede de recurso especial em razão\ndo óbice da Súmula nº 7 do STJ. [...]\" (AgInt no REsp 1600065RS,\nRel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em\n02/08/2016, DJe 12/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CERTIFICADO DE ENTIDADE ASSISTENCIAL. ART. 55 DA LEI N.\n8.212/1991 E ART. 1º DA LEI N. 12.101/09. DECISÃO QUE RECONHECE A\nIMUNIDADE TRIBUTÁRIA. EFEITOS EX TUNC À DATA EM QUE A ENTIDADE REUNIA OS\nPRESSUPOSTOS LEGAIS PARA SUA CONCESSÃO. [...] O STJ consolidou seu\nentendimento no sentido de que o certificado que reconhece a entidade\ncomo filantrópica, de utilidade pública, tem efeito ex tunc, por se\ntratar de ato declaratório, consoante orientação consagrada pelo Supremo\nTribunal Federal no julgamento do Recurso Extraordinário n. 115.510/RJ.\nPrecedente: AgRg no AREsp 291.799/RJ, Rel. Min. Humberto Martins,\nSegunda Turma, DJe 1º/8/13. 4. Logo, a imunidade concedida às entidades\nreconhecidas como filantrópicas retroage à data em que preencheu os\npressupostos legais para sua concessão. [...]\" (REsp 1592203RS,\nRel. Ministra DIVA MALERBI (DESEMBARGADORA CONVOCADA TRF 3ª REGIÃO),\nSEGUNDA TURMA, julgado em 07/06/2016, DJe 13/06/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ENTIDADE FILANTRÓPICA. CERTIFICADO. NATUREZA DECLARATÓRIA DO ATO.\n[...] A circunstância do recorrido não possuir o Certificado de Entidade\nBeneficente de Assistência Social (CEBAS), não é suficiente a impedir o\nreconhecimento da imunidade tributária no caso concreto pois, a teor da\njurisprudência desta Corte, referido certificado trata-se de ato\ndeclaratório. [...]\" (REsp 1517801SC, Rel. Ministro BENEDITO\nGONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/09/2015, DJe 25/09/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. DECISÃO ADMINISTRATIVA QUE RECONHECE A\nIMUNIDADE TRIBUTÁRIA. EFEITOS EX TUNC. RETROAÇÃO DOS EFEITOS A PARTIR DA\nDATA EM QUE PREENCHIDOS OS REQUISITOS LEGAIS. [...] In casu, a discussão\ntrazida aos autos diz respeito tanto aos efeitos que devem ser\nconferidos à decisão administrativa que reconhece a imunidade tributária\nà entidade filantrópica, quanto à época em que houve a comprovação dos\nrequisitos, para o gozo da aludida imunidade. II. Partindo-se da\npremissa fática delineada pela Corte de origem, contata-se que,\nconquanto a entidade filantrópica tivesse preenchido os requisitos do\nart. 14 do CTN, desde a data da sua criação, o Município de Niterói\npretendia que os efeitos da imunidade tributária fossem reconhecidos\napenas a partir da data em que houve o reconhecimento da imunidade, pela\nautoridade administrativa. III. De acordo com a jurisprudência do\nSuperior Tribunal de Justiça, a decisão administrativa que reconhece a\nimunidade tributária tem natureza declaratória e, por conseguinte,\nproduz efeitos ex tunc, de forma a autorizar a retroação dos seus\nefeitos, a partir do momento em que preenchidos os requisitos legais,\npara a concessão da imunidade. IV. Por outro lado, tendo a Corte a quo\nexpressamente consignado que a entidade filantrópica havia preenchido os\nrequisitos previstos no art. 14 do CTN, desde a sua criação, somente com\no reexame do conjunto fático-probatório seria possível afastar tal\nentendimento. Incidência, no caso, do óbice da Súmula 7 do STJ. [...]\"\n(AgRg no AREsp 194981RJ, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA\nTURMA, julgado em 23/06/2015, DJe 01/07/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ENTIDADE FILANTRÓPICA. DECISÃO QUE RECONHECE A IMUNIDADE\nTRIBUTÁRIA. EFEITOS EX TUNC À DATA EM QUE A ENTIDADE REUNIA OS\nPRESSUPOSTOS LEGAIS PARA SUA CONCESSÃO. [...] 'O STJ consolidou seu\nentendimento no sentido de que o certificado que reconhece a entidade\ncomo filantrópica, de utilidade pública, tem efeito ex tunc, por se\ntratar de ato declaratório, consoante orientação consagrada pelo Supremo\nTribunal Federal no julgamento do Recurso Extraordinário n. 115.510/RJ'\n(AgRg no AREsp 291.799/RJ, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, Segunda Turma,\nDJe 1º/8/13). 2. A imunidade concedida às entidades reconhecidas como\nfilantrópicas retroage à data em que preencheu os pressupostos legais\npara sua concessão. 3. A verificação da documentação acostada aos autos\nna instância ordinária a fim de afirmar a data em que a entidade\npreencheu os requisitos legais para concessão da imunidade revela-se\ninviável por demandar o reexame de prova, providência vedada pela Súmula\n7/STJ. [...]\" (AgRg no AREsp 4224GO, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES\nLIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 01/04/2014, DJe 08/04/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ENTIDADE FILANTRÓPICA. DECISÃO QUE RECONHECE A IMUNIDADE\nTRIBUTÁRIA. EFEITOS EX TUNC À DATA EM QUE A ENTIDADE REUNIA OS\nPRESSUPOSTOS LEGAIS PARA SUA CONCESSÃO. [...] 'O STJ consolidou seu\nentendimento no sentido de que o certificado que reconhece a entidade\ncomo filantrópica, de utilidade pública, tem efeito ex tunc, por se\ntratar de ato declaratório, consoante orientação consagrada pelo Supremo\nTribunal Federal no julgamento do Recurso Extraordinário n. 115.510/RJ'\n(AgRg no AREsp 291.799/RJ, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, Segunda Turma,\nDJe 1º/8/13). 2. A imunidade concedida às entidades reconhecidas como\nfilantrópicas retroage à data em que preencheu os pressupostos legais\npara sua concessão. 3. A verificação da documentação acostada aos autos\nna instância ordinária a fim de afirmar a data em que a entidade\npreencheu os requisitos legais para concessão da imunidade revela-se\ninviável por demandar o reexame de prova, providência vedada pela Súmula\n7/STJ. [...]\" (AgRg no AREsp 115095RJ, Rel. Ministro ARNALDO\nESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 11/02/2014, DJe 19/02/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 14/05/2018RSSTJ vol. 47 p. 243RSTJ vol. 250 p. 1011", "Precedentes": "AgInt no AREsp 32152 PR 2011/0182428-9 Decisão:15/12/2016\nDJe DATA:07/02/2017AgInt no REsp 1596529 PR 2016/0094364-0 Decisão:09/08/2016\nDJe DATA:18/08/2016AgInt no REsp 1600065 RS 2016/0113875-1 Decisão:02/08/2016\nDJe DATA:12/08/2016REsp 1592203 RS 2016/0083528-7 Decisão:07/06/2016\nDJe DATA:13/06/2016REsp 1517801 SC 2013/0384089-6 Decisão:17/09/2015\nDJe DATA:25/09/2015\nRSSTJ VOL.:00047 PG:00243AgRg no AREsp 194981 RJ 2012/0132666-7 Decisão:23/06/2015\nDJe DATA:01/07/2015AgRg no AREsp 4224 GO 2011/0043512-1 Decisão:01/04/2014\nDJe DATA:08/04/2014AgRg no AREsp 115095 RJ 2012/0005696-7 Decisão:11/02/2014\nDJe DATA:19/02/2014", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:005172 ANO:1966\n***** CTN-66 CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL\n ART:00009 INC:00004 LET:C ART:00014" }
Súmula 611
Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância, é permitida a instauração de processo administrativo disciplinar com base em denúncia anônima, em face do poder-dever de autotutela imposto à Administração. (Súmula n. 611, Primeira Seção, julgado em 9/5/2018, DJe de 14/5/2018.)
{ "Enunciado": "Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou\nsindicância, é permitida a instauração de processo administrativo\ndisciplinar com base em denúncia anônima, em face do poder-dever de\nautotutela imposto à Administração. (SÚMULA 611, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado\nem 09/05/2018, DJe 14/05/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. ANALISTA JUDICIÁRIO, EXECUÇÃO DE\nMANDADOS. SINDICÂNCIA INVESTIGATIVA E PROCESSO ADMINISTRATIVO\nDISCIPLINAR. DENÚNCIA ANÔNIMA. PODER-DEVER DA ADMINISTRAÇÃO. ART. 143 DA\nLEI 8.112/1990. DENÚNCIA ACOMPANHADA POR OUTROS ELEMENTOS DE PROVA\nSUFICIENTES A DENOTAR A CONDUTA IRREGULAR DO SERVIDOR. [...] Trata-se de\nrecurso ordinário em Mandado de Segurança onde pretende o recorrente a\nconcessão integral da segurança a fim de reconhecer a nulidade da\nSindicância e do Processo Administrativo Disciplinar e,\nconsequentemente, do ato apontado como coator, porquanto teriam sido\ndeflagrados através de denúncia anônima, a violar a regra do art. 144 da\nLei 8.112/1990; tendo em vista que o fato noticiado não configuraria\nevidente infração disciplinar ou ilícito penal, porquanto ocorrido em\nevento externo ao local de trabalho e que sequer haveria a comprovação\nda autoria e materialidade, não guardando relação direta com os deveres\nou proibições impostas aos servidores públicos federais e diante da\ninobservância do princípio da hierarquia na formação das Comissões de\nSindicância e de Processo Administrativo Disciplinar. 2. É firme o\nentendimento no âmbito do STJ no sentido de que inexiste ilegalidade na\ninstauração de sindicância investigativa e processo administrativo\ndisciplinar com base em denúncia anônima, por conta do poder-dever de\nautotutela imposto à Administração (art. 143 da Lei 8.112/1990), ainda\nmais quando a denúncia decorre de Ofício do próprio Diretor do Foro e é\nacompanhada de outros elementos de prova que denotariam a conduta\nirregular praticada pelo investigado, como no presente casu. [...]\"\n(RMS 44298PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA,\njulgado em 18/11/2014, DJe 24/11/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ENGENHEIRO DO DNIT. DEMISSÃO POR GERÊNCIA DE SOCIEDADE PRIVADA E\nIMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. DENÚNCIA ANÔNIMA. INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR.\nREALIZAÇÃO. NULIDADE. NÃO CONFIGURAÇÃO. [...] Trata-se de mandado de\nsegurança que ataca ato do Ministro de Estado Chefe da Controladoria\nGeral da União, publicado no DOU de 15/02/2012, consistente na demissão\ndo impetrante do cargo de engenheiro do Departamento Nacional de\nInfraestrutura de Transportes - DNIT, 'pela prática das infrações\ndisciplinares previstas nos artigos 117, inciso X e 132, inciso IV, com\nos efeitos decorrentes do artigo 136, todos da Lei 8.112, de 11 de\ndezembro de 1990' (fl. 513-e). 2. Alega o impetrante, em síntese, que:\n(a) é nulo processo administrativo disciplinar instaurado com base em\ndenúncia anônima; (b) a pena de demissão foi aplicada quando já\nprescrita a pretensão punitiva da Administração; (c) não houve\ndemonstração de que o exercício de gerência de sociedade privada causou\ndanos à Administração Pública ou ao Erário; (d) não está configurada a\nprática de improbidade administrativa, uma vez que sua evolução\npatrimonial guarda compatibilidade com os ganhos obtidos com a sociedade\nprivada. 3. Não há falar em nulidade se o processo administrativo\ndisciplinar é instaurado somente após a realização de investigação\npreliminar para averiguar o conteúdo da denúncia anônima. [...]\" (MS\n18664DF, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO,\njulgado em 23/04/2014, DJe 30/04/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL. SUPERINTENDENTE REGIONAL. DEMISSÃO.\nDESPROPORCIONALIDADE CONFIGURADA. [...] Trata-se de mandado de segurança\natacando ato do Ministro de Estado da Justiça consistente na demissão do\nimpetrante do cargo de Policial Rodoviário Federal em razão de diversas\nirregularidades funcionais apuradas em processo administrativo\ndisciplinar. 2. Defende o impetrante a ilegalidade do ato administrativo\nque importou na sua demissão do cargo de Policial Rodoviário Federal\npelos seguintes fundamentos: o processo administrativo teve motivação\npolítica; houve cerceamento do direito de defesa diante da ausência de\noitiva de testemunhas por ele arroladas; inexiste ato ímprobo diante das\nprovas colhidas no âmbito do processo administrativo; não foram\ndemonstrados desonestidade, proveito próprio, dolo/culpa e a intenção de\nlesar o ente público; e, finalmente, é desproporcional a pena aplicada.\n3. Das nulidades invocadas, tem razão o impetrante quando defende a\ndesproporcionalidade da pena de demissão relativamente aos fatos a ele\nimputados. Com efeito, as condutas apuradas justificam reprimendas, uma\nvez que ferem princípios da Administração Pública, além de comprometer a\nprestação do serviço público e a imagem das instituições públicas\nperante os cidadãos; entretanto, são por si sós insuficientes para\nensejar a pena de demissão, sob pena de ofensa aos princípios da\nproporcionalidade e da razoabilidade. [...]\" (MS 19833DF, Rel.\nMinistro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 26/02/2014,\nDJe 21/05/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. [...] PROCESSO ADMINISTRATIVO\nDISCIPLINAR INSTAURADO COM BASE EM DENÚNCIA ANÔNIMA. POSSIBILIDADE.\nACÓRDÃO RECORRIDO EM SINTONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. [...] O\nacórdão ora recorrido se mostra em sintonia com a jurisprudência do STJ\nno sentido de que não há ilegalidade na instauração de processo\nadministrativo com fundamento em denúncia anônima, por conta do\npoder-dever de autotutela imposto à Administração e, por via de\nconsequência, ao administrador público. [...]\" (AgRg no REsp 1307503RR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em\n06/08/2013, DJe 13/08/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. CASSAÇÃO\nDE APOSENTADORIA. CONDUTAS DESCRITAS NO ARTIGO 117, IX E XI, DA LEI\n8.112/90. INTERMEDIAÇÃO DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS. VIOLAÇÃO À\nDIGNIDADE DA FUNÇÃO PÚBLICA. [...] DENÚNCIA ANÔNIMA. POSSIBILIDADE.\n[...] O mandado de segurança foi impetrado com o objetivo de anular a\nPortaria n. 202/2010 editada pelo Ministro de Estado da Previdência\nSocial que cassou a aposentadoria da impetrante com fundamento nos\nartigos 117, IX e XI, 132, XIII e 134, com os efeitos previstos no\nartigo 137, todos da Lei 8.112/90 (atuar como procurador ou\nintermediário junto a repartições públicas e valer-se do cargo para\nlograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da\nfunção pública). O ato de cassação se deu ante a apuração das seguintes\nfaltas funcionais: (1ª) no exercício de suas funções no cargo de Técnico\ndo INSS a impetrante formatou pelo menos 3 (três) benefícios de pessoas\ndomiciliadas em São Paulo/SP cuja documentação foi a ela apresentada por\nestagiário do escritório de sua irmã na Agência da Previdência Social de\nBauru/SP, tendo fornecido o próprio endereço para as correspondências a\nserem emitidas pelo INSS aos segurados, o que caracteriza a\nintermediação; (2ª) concessão irregular do benefício a segurado\ndomiciliado em São Paulo e assessorado pelo escritório de advocacia da\nirmã, ante o não cumprimento da carência prevista no artigo 182 do\nDecreto 3.048/99 à época do exame dos documentos pela impetrante. [...]\n6. O fato de a denúncia anônima ter sido acompanhada de cópia de e-mail\nenviado pela impetrante à sua irmã (advogada dos beneficiários) não\nvicia a apuração dos fatos, notadamente porque o poder-dever da\nAdministração Pública teria sido exercido independentemente desse\ndocumento. Entretanto, o Processo Administrativo Disciplinar contém\noutras provas dos fatos que não são ilícitas nem derivam da ilícita, ou\nseja, são autônomas, não guardam relação com o e-mail capturado pelo\ndenunciante anônimo, tampouco sofreram a repercussão deste documento,\nrazão pela qual o ato impugnado não deve ser anulado. [...]\" (MS\n15517DF, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em\n09/02/2011, DJe 18/02/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA DECISÃO DO CONSELHO DA MAGISTRATURA.\nCONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA ASSEGURADOS NO PROCESSO, EIS QUE SE DEFENDE\nO ACUSADO DE FATOS E NÃO DE SUA CAPITULAÇÃO JURÍDICA. [...] Não há falar\nem processo administrativo instaurado com base em denúncia anônima, in\ncasu. Em verdade, diante do recebimento de tal denúncia, determinou o\njuiz Corregedor ao Oficial de Justiça diligência com a finalidade de\napurar os fatos e, somente após a constatação, in loco, de que suposta\nirregularidade estaria ocorrendo, aí sim, houve a abertura de processo,\ninstaurado por meio de Portaria. [...]\" (RMS 21268PR, Rel. Ministro\nFRANCISCO FALCÃO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/12/2007, DJe 28/04/2008)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 14/05/2018RSSTJ vol. 47 p. 215RSTJ vol. 250 p. 1010", "Precedentes": "RMS 44298 PR 2013/0379189-4 Decisão:18/11/2014\nDJe DATA:24/11/2014MS 18664 DF 2012/0116964-4 Decisão:23/04/2014\nDJe DATA:30/04/2014MS 19833 DF 2013/0053774-0 Decisão:26/02/2014\nDJe DATA:21/05/2014AgRg no REsp 1307503 RR 2011/0295408-0 Decisão:06/08/2013\nDJe DATA:13/08/2013MS 15517 DF 2010/0131058-6 Decisão:09/02/2011\nDJe DATA:18/02/2011\nRSSTJ VOL.:00047 PG:00215RMS 21268 PR 2005/0216429-2 Decisão:18/12/2007\nDJe DATA:28/04/2008", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:008112 ANO:1990\n***** RJU-90 REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA\nUNIÃO\n ART:00143 ART:00144\nLEG:FED LEI:009784 ANO:1999\n***** LPA-99 LEI DE PROCESSO ADMINISTRATIVO\n ART:00002 ART:00005 ART:00029" }
Súmula 610
O suicídio não é coberto nos dois primeiros anos de vigência do contrato de seguro de vida, ressalvado o direito do beneficiário à devolução do montante da reserva técnica formada. (Súmula n. 610, Segunda Seção, julgado em 25/4/2018, DJe de 7/5/2018.)
{ "Enunciado": "O suicídio não é coberto nos dois primeiros anos de vigência do contrato\nde seguro de vida, ressalvado o direito do beneficiário à devolução do\nmontante da reserva técnica formada. (SÚMULA 610, SEGUNDA SEÇÃO, julgado\nem 25/04/2018, DJe 07/05/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] SEGURO DE VIDA. SUICÍDIO OCORRIDO ANTES DE COMPLETADOS DOIS ANOS\nDE VIGÊNCIA DO CONTRATO. INDENIZAÇÃO INDEVIDA. ART. 798 DO CÓDIGO CIVIL.\n[...] De acordo com a redação do art. 798 do Código Civil de 2002, a\nseguradora não está obrigada a indenizar o suicídio ocorrido dentro dos\ndois primeiros anos do contrato. 2. O legislador estabeleceu critério\nobjetivo para regular a matéria, tornando irrelevante a discussão a\nrespeito da premeditação da morte, de modo a conferir maior segurança\njurídica à relação havida entre os contratantes. [...]\"\n(AgRg nos EDcl nos EREsp 1076942PR, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,\nRel. p/ Acórdão\nMinistro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 27/05/2015,\nDJe 15/06/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO DE VIDA. SUICÍDIO DENTRO DO PRAZO DE DOIS ANOS DO INÍCIO\nDA VIGÊNCIA DO SEGURO. [...] Durante os dois primeiros anos de vigência\ndo contrato de seguro de vida, o suicídio é risco não coberto. Deve ser\nobservado, porém, o direito do beneficiário ao ressarcimento do montante\nda reserva técnica já formada (Código Civil de 2002, art. 798 c/c art.\n797, parágrafo único). 2. O art. 798 adotou critério objetivo temporal\npara determinar a cobertura relativa ao suicídio do segurado, afastando\no critério subjetivo da premeditação. Após o período de carência de dois\nanos, portanto, a seguradora será obrigada a indenizar, mesmo diante da\nprova mais cabal de premeditação. [...]\" (REsp 1334005GO, Rel.\nMinistro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, Rel. p/ Acórdão Ministra MARIA\nISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 08/04/2015, DJe 23/06/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 07/05/2018RSSTJ vol. 47 p. 185RSTJ vol. 250 p. 1009", "Precedentes": "AgRg nos EDcl nos EREsp 1076942 PR 2011/0121373-0\nDecisão:27/05/2015\nDJe DATA:15/06/2015REsp 1334005 GO 2012/0144622-7 Decisão:08/04/2015\nDJe DATA:23/06/2015\nRSSTJ VOL.:00047 PG:00185", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:010406 ANO:2002\n***** CC-02 CÓDIGO CIVIL DE 2002\n ART:00797 PAR:ÚNICO ART:00798" }
Súmula 609
A recusa de cobertura securitária, sob a alegação de doença preexistente, é ilícita se não houve a exigência de exames médicos prévios à contratação ou a demonstração de má-fé do segurado. (Súmula n. 609, Segunda Seção, julgado em 11/4/2018, DJe de 17/4/2018.)
{ "Enunciado": "A recusa de cobertura securitária, sob a alegação de doença\npreexistente, é ilícita se não houve a exigência de exames médicos\nprévios à contratação ou a demonstração de má-fé do segurado. (SÚMULA\n609, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 11/04/2018, DJe 17/04/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] SEGURO. COBERTURA CONTRATUAL. DOENÇA PRÉ-EXISTENTE. MÁ-FÉ NÃO\nCOMPROVADA. INEXISTÊNCIA DE REALIZAÇÃO DE EXAMES PRÉVIOS POR PARTE DA\nSEGURADORA. PRECEDENTES. NECESSIDADE DE REVISÃO DO CONTEXTO FÁTICO\nPROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DAS SÚMULAS 5 E 7/STJ. [...]\"\n(AgInt no AREsp 868485RS, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO,\nTERCEIRA TURMA, julgado em 22/08/2017, DJe 06/09/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO DE VIDA. PREEXISTÊNCIA DE MOLÉSTIA NÃO DECLARADA. AUSÊNCIA\nDE MÁ-FÉ. NÃO SOLICITAÇÃO DE EXAMES MÉDICOS PELA SEGURADORA. INDENIZAÇÃO\nDEVIDA. [...] Consoante o entendimento pacificado nesta Corte Superior,\na seguradora não se desobriga do dever de indenizar, mesmo que o\nsinistro seja proveniente de doença preexistente ao tempo da celebração\ndo contrato, quando não promove o exame médico prévio. Precedentes. 3.\nSe a seguradora, em contrato típico de adesão, aceita a proposta e\ncelebra com o proponente contrato de seguro sem lhe exigir atestado de\nsaúde ou submetê-lo a exames, a fim de verificar sua real condição\nfísica, deve suportar o risco do negócio, notadamente quando não fica\ncomprovado que o segurado tenha agido de má-fé. [...]\"\n(AgInt no AREsp 767967RS, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA,\njulgado em\n03/08/2017, DJe 14/08/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO DE VIDA. DOENÇA PREEXISTENTE. MÁ-FÉ NÃO COMPROVADA.\nREEXAME DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS E DE PROVAS. SÚMULAS N. 5 E 7/STJ.\n[...] Não comprovada a má-fé do segurado quando da contratação do seguro\nsaúde e, ainda, não exigida, pela seguradora, a realização de exames\nmédicos, não pode a cobertura securitária ser recusada com base na\nalegação da existência de doença pré-existente. [...]\"\n(AgInt no REsp 1280544PR, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI,\nQUARTA TURMA, julgado em 02/05/2017, DJe 09/05/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DEMANDA POSTULANDO O PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA (SEGURO\nDE VIDA) [...] A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de não\nser possível à seguradora eximir-se do dever de pagamento da cobertura\nsecuritária sob a alegação de omissão de informações por parte do\nsegurado, se dele não exigiu exames médicos prévios à contratação do\nseguro. Precedentes.1.1. Consoante cediço no STJ, a suposta má-fé do\nsegurado (decorrente da omissão intencional de doença preexistente)\nserá, excepcionalmente, relevada quando, sem sofrer de efeitos\nantecipados, mantém vida regular por vários anos, demonstrando que\npossuía razoável estado de saúde no momento da contratação/renovação da\napólice securitária. [...]\" (AgRg no REsp 1359184SP, Rel. Ministro\nMARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 06/12/2016, DJe 15/12/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO DE VIDA. DOENÇA PREEXISTENTE. NÃO COMPROVAÇÃO DE MÁ-FÉ.\nREEXAME DE PROVAS. SÚMULA 7/STJ. [...] Nos termos da jurisprudência do\nSTJ: 'Não comprovada a má-fé do segurado quando da contratação do seguro\nsaúde e, ainda, não exigida, pela seguradora, a realização de exames\nmédicos, não pode a cobertura securitária ser recusada com base na\nalegação da existência de doença pré-existente' (AgRg no AREsp\n177.250/MT, Relator Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, DJe de 30/10/2012). 3.\nMediante análise do conjunto fático-probatório dos autos, tem-se que o\neg. Tribunal de origem concluiu que o segurado não procedeu de má-fé por\nocasião da contratação do seguro. Nesse contexto, afigura-se inviável\nrever tal conclusão, tendo em vista o óbice da Súmula 7/STJ. [...]\"\n(AgInt no AREsp 826988MT, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA,\njulgado em 17/05/2016, DJe 03/06/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA E POR DANOS MORAIS. CONTRATO DE SEGURO DE\nVIDA. RECUSA INJUSTIFICADA DA COBERTURA. MESMO TRATAMENTO JURÍDICO DADO\nAO CONTRATO DE SEGURO DE SAÚDE. DANO MORAL IN RE IPSA. CONFIGURAÇÃO.\nDOENÇA PREEXISTENTE. MÁ-FÉ DA SEGURADA NÃO VERIFICADA. DIREITO À\nINDENIZAÇÃO. REFORMA DO JULGADO. NECESSIDADE DE REEXAME DE PROVA.\nINVIABILIDADE. APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 7 DO STJ. [...] Na hipótese em\ncomento, não obstante se tratar de seguro de vida, o Juízo singular\nentendeu que a negativa da cobertura, sob o argumento de doença\npreexistente, configurou dano moral e, consequentemente, deu ensejo à\nindenização. Aplicação da Súmula nº 7 do STJ. 2. A recusa injustificada\nda cobertura oriunda de contrato de seguro de vida, neste caso, teve o\nmesmo tratamento jurídico dado ao contrato de seguro de saúde,\ncaracterizando dano moral in re ipsa, ou seja, aquele que independe da\ncomprovação do abalo psicológico sofrido pelo segurado. 2. A Corte\nestadual, embasada na jurisprudência do STJ, entendeu que a\nseguradora-agravante não poderia negar o pagamento da indenização se\nassumiu o risco ao não realizar os exames médicos antes da contratação\ndo seguro de vida, considerando ilícita a recusa da cobertura\nsecuritária, sob a alegação de doença preexistente. [...]\"\n(AgRg no REsp 1299589SP, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA\nTURMA, julgado\nem 01/09/2015, DJe 11/09/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO DE VIDA. FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO. ENFERMIDADE\nPREEXISTENTE. OMISSÃO DO SEGURADO. ATESTADOS COMPROBATÓRIOS DA SAÚDE DO\nSEGURADO NÃO EXIGIDOS. MÁ-FÉ DO SEGURADO NÃO COMPROVADA. EXCLUSÃO DE\nCOBERTURA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULAS N. 7 E 83 DO STJ. [...] A mera\nalegação de que o segurado se omitiu em informar enfermidade\npreexistente não é bastante para afastar o pagamento da indenização\nsecuritária se, no momento da contratação, a seguradora não exigiu\natestados comprobatórios do estado do segurado nem constatou sua má-fé.\n[...] 3. Concluir que o segurado omitiu, de má-fé, doença preexistente\nquando da contratação do seguro de vida demanda o reexame do conjunto\nfático-probatório dos autos. Aplicação da Súmula n. 7/STJ. [...]\"\n(AgRg no AREsp 353692DF, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA,\nTERCEIRA TURMA, julgado em 09/06/2015, DJe 11/06/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO DE VIDA. DEVER DE INDENIZAR. CONDIÇÃO PREEXISTENTE NÃO\nCOMPROVADA. REEXAME DE MATÉRIA PROBATÓRIA. NÃO REALIZAÇÃO DE EXAMES\nPRÉVIOS. SÚMULA N. 83/STJ. [...] É inviável a revisão, em recurso\nespecial, de matéria probatória relativa à existência de doença\npreexistente à contratação do seguro e à má-fé da parte contratante.\nIncidência da Súmula n. 7/STJ. 2. É indevida a negativa de cobertura do\nseguro de vida por doença preexistente sem a realização de exames\nprévios e comprovação da má-fé da parte contratante. Aplicação da Súmula\nn. 83/STJ. [...]\" (AgRg no AREsp 330295RS, Rel. Ministro JOÃO\nOTÁVIO DE NORONHA, TERCEIRA TURMA, julgado em 10/02/2015, DJe\n13/02/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DANO MORAL. CARACTERIZAÇÃO DA LESÃO EXTRAPATRIMONIAL. VALOR.\nRAZOABILIDADE. CONCLUSÕES ALCANÇADAS PELA CORTE DE ORIGEM.\nIMPOSSIBILIDADE DE REVISÃO NA VIA ELEITA. SÚMULA 7/STJ. [...]\"\n(AgRg no AREsp 429295RJ, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO,\nTERCEIRA\nTURMA, julgado em 09/12/2014, DJe 16/12/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO. RECUSA DA COBERTURA. DOENÇA PREEXISTENTE. AUSÊNCIA DE\nREALIZAÇÃO DE EXAMES PRÉVIOS. MÁ-FÉ. REEXAME DE MATÉRIA\nFÁTICO-PROBATÓRIA. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N. 5 E 7 DO STJ. [...]\nConforme pacífica jurisprudência desta Corte, a seguradora não pode se\neximir de pagar a indenização securitária alegando que a doença é\npreexistente à contratação, se não exigiu prévios exame clínicos do\nsegurado. 2. O recurso especial não comporta o exame de questões que\nimpliquem revolvimento do contexto fático-probatório dos autos ou\ninterpretação de cláusula contratual, a teor do que dispõem as Súmulas\nn. 5 e 7 do STJ. 3. No caso concreto, o Tribunal de origem concluiu que\na recorrente, ré na demanda, não se desincumbiu do ônus de comprovar a\nalegada má-fé da segurada. Alterar esse entendimento é inviável na\ninstância especial a teor dos óbices das referidas súmulas. [...]\"\n(EDcl no AREsp 237692SC, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA,\nQUARTA TURMA, julgado em 18/06/2013, DJe 25/06/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO. RECUSA INJUSTIFICADA DA COBERTURA SECURITÁRIA. DANO MORAL\nCONFIGURADO. DEVER DE INDENIZAR. [...] Quanto à alegação no sentido de\nque a recusa do prêmio foi justificada porque a agravada agiu de má-fé,\nao ocultar doença preexistente, a sua verificação demandaria a incursão\nna seara fática dos autos. E, sob este aspecto, tem aplicação a Súmula 7\ndo STJ. 2. Não comprovada a má-fé do segurado quando da contratação do\nseguro saúde e, ainda, não exigida, pela seguradora, a realização de\nexames médicos, não pode a cobertura securitária ser recusada com base\nna alegação da existência de doença pré-existente. 3. Danos morais\ncaracterizados pela recusa injustificada da cobertura securitária.\n[...]\" (AgRg no AREsp 177250MT, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,\nQUARTA TURMA, julgado em 23/10/2012, DJe 30/10/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO SAÚDE. COBERTURA. RECUSA. MÁ-FÉ DO SEGURADO AO INFORMAR\nDOENÇAS PREEXISTENTES. PRÉVIA SOLICITAÇÃO DE EXAMES MÉDICOS. DEVER DA\nSEGURADORA. OBESIDADE MÓRBIDA JÁ EXISTENTE NA DATA DA CONTRATAÇÃO. VÍCIO\nDA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE. AUSÊNCIA. [...] Provado nos autos que, no\nato de assinatura do contrato, o recorrente já era portador de obesidade\nmórbida, os respectivos riscos certamente foram levados em consideração\ne aceitos pela seguradora ao admiti-lo como segurado, não se podendo\nfalar em vício na manifestação de vontade. Ademais, diante do quadro de\nobesidade mórbida, era razoável supor que o segurado apresentasse\nproblemas de saúde dela decorrentes - inclusive diabetes, hipertensão e\ncardiopatia - de sorte que, em respeito ao princípio da boa-fé, a\nseguradora não poderia ter adotado uma postura passiva, de simplesmente\naceitar as negativas do segurado quanto à existência de problemas de\nsaúde, depois se valendo disso para negar-lhe cobertura. 2. Antes de\nconcluir o contrato de seguro saúde, pode a seguradora exigir do\nsegurado a realização de exames médicos para constatação de sua efetiva\ndisposição física e psíquica, mas, não o fazendo e ocorrendo sinistro,\nnão se eximirá do dever de indenizar, salvo se comprovar a má-fé do\nsegurado ao informar seu estado de saúde. Precedentes. 3. A má-fé do\nsegurado somente implicará isenção de cobertura caso tenha tido o condão\nde ocultar ou dissimular o próprio risco segurado, isto é, a omissão do\nsegurado deve ter sido causa determinante para a seguradora assumir o\nrisco da cobertura que se pretende afastar. 4. Somente se pode falar em\nvício da livre manifestação de vontade caso o comportamento do segurado\ntenha efetivamente influenciado a análise do risco, afetando de forma\ndecisiva o desígnio da seguradora. 5. O princípio da boa-fé contratual,\ncontido nos arts. 422 do CC/02 e 4º, III, do CDC, inclui o dever de não\nse beneficiar da má-fé da parte contrária. Ter-se-á caracterizada, nessa\nsituação, o dolo recíproco ou bilateral, previsto no art. 150 do CC/02,\nconsistente em tirar proveito da leviandade da outra parte para obter\nvantagem indevida no negócio. [...]\" (REsp 1230233MG, Rel. Ministra\nNANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 03/05/2011, DJe 11/05/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 17/04/2018RSSTJ vol. 47 p. 173RSTJ vol. 250 p. 1008", "Precedentes": "AgInt no AREsp 868485 RS 2016/0042168-5 Decisão:22/08/2017\nDJe DATA:06/09/2017AgInt no AREsp 767967 RS 2015/0213476-2 Decisão:03/08/2017\nDJe DATA:14/08/2017AgInt no REsp 1280544 PR 2011/0177268-6 Decisão:02/05/2017\nDJe DATA:09/05/2017AgRg no REsp 1359184 SP 2012/0230033-0 Decisão:06/12/2016\nDJe DATA:15/12/2016AgInt no AREsp 826988 MT 2015/0306062-2 Decisão:17/05/2016\nDJe DATA:03/06/2016AgRg no REsp 1299589 SP 2011/0303939-0 Decisão:01/09/2015\nDJe DATA:11/09/2015AgRg no AREsp 353692 DF 2013/0180406-6 Decisão:09/06/2015\nDJe DATA:11/06/2015AgRg no AREsp 330295 RS 2013/0093825-1 Decisão:10/02/2015\nDJe DATA:13/02/2015AgRg no AREsp 429295 RJ 2013/0375529-2 Decisão:09/12/2014\nDJe DATA:16/12/2014EDcl no AREsp 237692 SC 2012/0209952-0 Decisão:18/06/2013\nDJe DATA:25/06/2013AgRg no AREsp 177250 MT 2012/0094846-9 Decisão:23/10/2012\nDJe DATA:30/10/2012REsp 1230233 MG 2010/0219612-1 Decisão:03/05/2011\nDJe DATA:11/05/2011\nRSSTJ VOL.:00047 PG:00173", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:010406 ANO:2002\n***** CC-02 CÓDIGO CIVIL DE 2002\n ART:00422 ART:00765 ART:00766\nLEG:FED LEI:008078 ANO:1990\n***** CDC-90 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR\n ART:00051 INC:00004" }
Súmula 608
Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão. (Súmula n. 608, Segunda Seção, julgado em 11/4/2018, DJe de 17/4/2018.)
{ "Enunciado": "Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de\nsaúde, salvo os administrados por entidades de autogestão. (SÚMULA 608,\nSEGUNDA SEÇÃO, julgado em 11/04/2018, DJe 17/04/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] AÇÃO COLETIVA AJUIZADA POR ASSOCIAÇÃO CIVIL. ILEGITIMIDADE ATIVA\nAD CAUSAM. [...] Demanda coletiva na qual se alega a suposta violação do\ndireito dos magistrados do Estado de Pernambuco de aderirem e serem\nmantidos em plano de saúde de autogestão administrado por pessoa\njurídica de direito privado instituída pela associação profissional,\nindependentemente de prévio ingresso no quadro social desta última. 2.\nConsoante cediço na Segunda Seção, não se aplica o Código de Defesa do\nConsumidor ao contrato de plano de saúde administrado por entidade de\nautogestão, ante a inexistência de relação de consumo (REsp\n1.285.483/PB, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, julgado em 22.06.2016,\nDJe 16.08.2016). [...]\" (AgInt no REsp 1358893PE, Rel. Ministro\nLUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 21/11/2017, DJe\n23/11/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PLANO DE SAÚDE. ENTIDADE DE AUTOGESTÃO. CDC. INAPLICABILIDADE.\n[...] As entidades de autogestão não visam o lucro e constituem sistemas\nfechados, já que os planos que administram não estão disponíveis no\nmercado consumidor em geral, mas, ao contrário, a apenas um grupo\nrestrito de beneficiários. 2. A Segunda Seção desta Corte Superior\nconsagrou o entendimento de não se aplicar o Código de Defesa do\nConsumidor ao contrato de plano de saúde administrado por entidade de\nautogestão, haja vista a inexistência de relação de consumo. [...]\"\n(AgInt no REsp 1563986MS, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA,\nTERCEIRA TURMA, julgado em 22/08/2017, DJe 06/09/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PLANO DE SAÚDE. GEAP. ENTIDADE DE AUTOGESTÃO. [...] Cinge-se a\ncontrovérsia a saber se a reestruturação no regime de custeio do plano\nde saúde administrado pela GEAP, entidade de autogestão, por meio da\nResolução GEAP/CONDEL nº 616/2012, que implicou a majoração das\nmensalidades dos usuários, foi ilegal e abusiva. 2. As entidades de\nautogestão não visam o lucro e constituem sistemas fechados, já que os\nplanos que administram não estão disponíveis no mercado consumidor em\ngeral, mas, ao contrário, a apenas um grupo restrito de beneficiários.\n3. A Segunda Seção desta Corte Superior consagrou o entendimento de não\nse aplicar o Código de Defesa do Consumidor ao contrato de plano de\nsaúde administrado por entidade de autogestão, haja vista a inexistência\nde relação de consumo. [...]\" (REsp 1673366RS, Rel. Ministro\nRICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 08/08/2017, DJe\n21/08/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PLANO DE SAÚDE. OPERADORA NA MODALIDADE DE AUTOGESTÃO. RELAÇÃO DE\nCONSUMO NÃO CONFIGURADA. [...] A Segunda Seção, quando do julgamento do\nRecurso Especial 1.285.483/PB, Relator Ministro Luis Felipe Salomão,\njulgado em 22/6/2016, DJe 16/8/2016, firmou o entendimento no sentido de\nque 'não se aplica o Código de Defesa do Consumidor ao contrato de plano\nde saúde administrado por entidade de autogestão, por inexistência de\nrelação de consumo'. 2. Tendo a Corte local decidido a causa\nexclusivamente à luz do Código de Defesa do Consumidor, fica prejudicada\na análise das questões suscitadas das razões do recurso especial, de\nmodo que é necessário o retorno dos autos à Corte de origem, para novo\njulgamento do recurso de apelação, ante a vedação da interpretação de\ncláusulas contratuais e reexame de fatos e provas (Súmulas 5 e 7 do\nSTJ). [...]\" (AgInt no AREsp 943838SP, Rel. Ministra MARIA ISABEL\nGALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 20/06/2017, DJe 27/06/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PLANO DE SAÚDE GERIDO POR AUTOGESTÃO. [...] A questão posta a\ndesate nestes autos, consiste em aferir se é abusiva, cláusula\ncontratual em plano de saúde gerido por autogestão, que restringe o\nfornecimento de medicamento importado sem registro na ANVISA. 3. Por\nocasião do julgamento do REsp 1285483/PB, a Segunda Seção do STJ afastou\na aplicação do Código de Defesa do Consumidor ao contrato de plano de\nsaúde administrado por entidade de autogestão, por inexistência de\nrelação de consumo. [...]\" (REsp 1644829SP, Rel. Ministra NANCY\nANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 21/02/2017, DJe 23/02/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ASSISTÊNCIA PRIVADA À SAÚDE. PLANOS DE SAÚDE DE AUTOGESTÃO. FORMA\nPECULIAR DE CONSTITUIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO. PRODUTO NÃO OFERECIDO AO\nMERCADO DE CONSUMO. INEXISTÊNCIA DE FINALIDADE LUCRATIVA. RELAÇÃO DE\nCONSUMO NÃO CONFIGURADA. NÃO INCIDÊNCIA DO CDC. [...] A operadora de\nplanos privados de assistência à saúde, na modalidade de autogestão, é\npessoa jurídica de direito privado sem finalidades lucrativas que,\nvinculada ou não à entidade pública ou privada, opera plano de\nassistência à saúde com exclusividade para um público determinado de\nbeneficiários. 2. A constituição dos planos sob a modalidade de\nautogestão diferencia, sensivelmente, essas pessoas jurídicas quanto à\nadministração, forma de associação, obtenção e repartição de receitas,\ndiverso dos contratos firmados com empresas que exploram essa atividade\nno mercado e visam ao lucro. 3. Não se aplica o Código de Defesa do\nConsumidor ao contrato de plano de saúde administrado por entidade de\nautogestão, por inexistência de relação de consumo. [...]\"\n(REsp 1285483PB, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO,\njulgado\nem 22/06/2016, DJe 16/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PLANO DE SAÚDE DE AUTOGESTÃO [...] Os planos de autogestão, em\ngeral, são administrados paritariamente e no seu conselho deliberativo\nou de administração há representantes do órgão ou empresa instituidora e\ndos associados ou usuários. O objetivo desses planos fechados é baratear\no custo, tendo em vista que não visam o lucro e evitam despesas da\nintermediação. II - Nos planos de saúde fechados, a mensalidade dos\nassociados é um percentual da remuneração, criando um sistema solidário\nentre os participantes, pois, quem tem maior salário, contribui com mais\npara o todo, e o custo adicional por dependentes é menor, sendo que em\nalgumas caixas de assistência não há cobrança adicional por dependente.\nIII - A questão ultrapassa a aplicação ou não do Código de Defesa do\nConsumidor. Nos planos de autogestão, os regulamentos e normas\nrestritivas que buscam a proteção do equilíbrio atuarial e mensalidades\nde custo menor, não podem ser vistas como cláusulas contratuais\nabusivas. A relação jurídica desses planos tem peculiaridades, seja na\nsua constituição, administração, obtenção de receitas e forma de\nassociar-se, completamente diferentes dos contratos firmados com\nempresas que exploram essa atividade no mercado e visam o lucro. A Lei\ndos planos de saúde dá tratamento diferenciado a essa modalidade (Lei\n9.656/98 - art. 10, § 3º). IV - O tratamento legal a ser dado na relação\njurídica entre os associados e os planos de saúde de autogestão, os\nchamados planos fechados, não pode ser o mesmo dos planos comuns, sob\npena de se criar prejuízos e desequilíbrios que, se não inviabilizarem a\ninstituição, acabarão elevando o ônus dos demais associados,\ndesrespeitando normas e regulamentos que eles próprios criaram para que\no plano desse certo. Os associados que seguem e respeitam as normas do\nplano, arcarão com o prejuízo, pois a fonte de receita é a contribuição\ndos associados acrescida da patronal ou da instituidora. V - Portanto,\nas restrições de cobertura ou de ressarcimento a eventos nos planos de\nautogestão não violam princípios do Código de Defesa do Consumidor.\n[...]\" (REsp 1121067PR, Rel. Ministro MASSAMI UYEDA, TERCEIRA\nTURMA, julgado em 21/06/2011, DJe 03/02/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"´[...] PLANOS DE SAÚDE. [...] Nos contrato de seguro em grupo, o\nestipulante é mandatário dos segurados, sendo parte ilegítima para\nfigurar no polo passivo da ação de cobrança. Precedentes. 2. Veda-se a\ndiscriminação do idoso em razão da idade, nos termos do art. 15, § 3º,\ndo Estatuto do Idoso, o que impede especificamente o reajuste das\nmensalidades dos planos de saúde sob alegação de alta sinistralidade do\ngrupo, decorrente da maior concentração dos segurados nas faixas etárias\nmais avançadas; essa vedação não envolve, todavia, os demais reajustes\npermitidos em lei, os quais ficam garantidos às empresas prestadoras de\nplanos de saúde, sempre ressalvada a abusividade. [...]\"\n(REsp 1106557SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA,\njulgado em\n16/09/2010, DJe 21/10/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO DE SAÚDE - CONTRATO FIRMADO ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI N.\n9656/98 - OBRIGAÇÃO DE TRATO SUCESSIVO - POSSIBILIDADE DE SE AFERIR, NAS\nRENOVAÇÕES, A ABUSIVIDADE DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS À LUZ DO QUE DISPÕE A\nLEGISLAÇÃO CONSUMERISTA - ENTENDIMENTO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA\nDESTE TRIBUNAL [...]\" (AgRg no Ag 1250819PR, Rel. Ministro MASSAMI\nUYEDA, TERCEIRA TURMA, julgado em 04/05/2010, DJe 18/05/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PLANO DE SAÚDE. ALTERAÇÃO UNILATERAL DO CONTRATO. INTERNAÇÃO EM\nHOSPITAL NÃO CONVENIADO. CDC. BOA-FÉ OBJETIVA. [...] A operadora do\nplano de saúde está obrigada ao cumprimento de uma boa-fé qualificada,\nou seja, uma boa-fé que pressupõe os deveres de informação, cooperação e\ncuidado com o consumidor/segurado. 2. No caso, a empresa de saúde\nrealizou a alteração contratual sem a participação do consumidor, por\nisso é nula a modificação que determinou que a assistência médico\nhospitalar fosse prestada apenas por estabelecimento credenciado ou,\ncaso o consumidor escolhesse hospital não credenciado, que o\nressarcimento das despesas estaria limitado à determinada tabela.\nViolação dos arts. 46 e 51, IV e § 1º do CDC. [...]\" (REsp 418572SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em\n10/03/2009, DJe 30/03/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PLANO DE SAÚDE. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. CLÁUSULA ABUSIVA.\nDANO MORAL. [...] Nos contratos de trato sucessivo, em que são\ncontratantes um fornecedor e um consumidor, destinatário final dos\nserviços prestados, aplica-se o Código de Defesa do Consumidor. 2. A\nsuspensão do atendimento do plano de saúde em razão do simples atraso da\nprestação mensal, ainda que restabelecido o pagamento, com os\nrespectivos acréscimos, configura-se, por si só, ato abusivo. [...]\"\n(REsp 285618SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA,\njulgado em 18/12/2008, DJe 26/02/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PLANO DE SAÚDE. INCIDÊNCIA DO CDC. [...] Conquanto geralmente nos\ncontratos o mero inadimplemento não seja causa para ocorrência de danos\nmorais, a jurisprudência desta Corte vem reconhecendo o direito ao\nressarcimento dos danos morais advindos da injusta recusa de cobertura\nde seguro saúde, pois tal fato agrava a situação de aflição psicológica\ne de angústia no espírito do segurado, uma vez que, ao pedir a\nautorização da seguradora, já se encontra em condição de dor, de abalo\npsicológico e com a saúde debilitada. [...]\" (REsp 986947RN, Rel.\nMinistra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 11/03/2008, DJe\n26/03/2008)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PLANO DE SAÚDE. LIMITAÇÃO TEMPORAL DE INTERNAÇÃO. CLÁUSULA\nABUSIVA. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, ART. 51-IV. [...] É abusiva,\nnos termos da lei (CDC, art. 51-IV), a cláusula prevista em contrato de\nseguro-saúde que limita o tempo de internação do segurado. II - Tem-se\npor abusiva a cláusula, no caso, notadamente em face da impossibilidade\nde previsão do tempo da cura, da irrazoabilidade da suspensão do\ntratamento indispensável, da vedação de restringir-se em contrato\ndireitos fundamentais e da regra de sobredireito, contida no art. 5º da\nLei de Introdução ao Código Civil, segundo a qual, na aplicação da lei,\no juiz deve atender aos fins sociais a que ela se dirige a às exigências\ndo bem comum. [...]\" (REsp 251024SP, Rel. Ministro SÁLVIO DE\nFIGUEIREDO TEIXEIRA, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 27/09/2000, DJ\n04/02/2002, p. 270)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 17/04/2018RSSTJ vol. 47 p. 125RSTJ vol. 250 p. 1007", "Precedentes": "AgInt no REsp 1358893 PE 2011/0035395-6 Decisão:21/11/2017\nDJe DATA:23/11/2017AgInt no REsp 1563986 MS 2015/0270170-3 Decisão:22/08/2017\nDJe DATA:06/09/2017REsp 1673366 RS 2017/0059911-4 Decisão:08/08/2017\nDJe DATA:21/08/2017AgInt no AREsp 943838 SP 2016/0170552-6 Decisão:20/06/2017\nDJe DATA:27/06/2017REsp 1644829 SP 2016/0209408-0 Decisão:21/02/2017\nDJe DATA:23/02/2017REsp 1285483 PB 2011/0239595-2 Decisão:22/06/2016\nDJe DATA:16/08/2016\nRSSTJ VOL.:00047 PG:00125REsp 1121067 PR 2009/0018858-4 Decisão:21/06/2011\nDJe DATA:03/02/2012\nRDDP VOL.:00110 PG:00151REsp 1106557 SP 2008/0262553-6 Decisão:16/09/2010\nDJe DATA:21/10/2010AgRg no Ag 1250819 PR 2009/0222990-5 Decisão:04/05/2010\nDJe DATA:18/05/2010REsp 418572 SP 2002/0025515-0 Decisão:10/03/2009\nDJe DATA:30/03/2009REsp 285618 SP 2000/0112252-5 Decisão:18/12/2008\nDJe DATA:26/02/2009\nRSSTJ VOL.:00042 PG:00581REsp 986947 RN 2007/0216173-9 Decisão:11/03/2008\nDJe DATA:26/03/2008\nRT VOL.:00873 PG:00175REsp 251024 SP 2000/0023828-7 Decisão:27/09/2000\nDJ DATA:04/02/2002 PG:00270\nLEXSTJ VOL.:00151 PG:00127\nRSSTJ VOL.:00024 PG:00027\nRSTJ VOL.:00154 PG:00193", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:009656 ANO:1998\n ART:00001 PAR:00002 ART:00010 PAR:00003 ART:0035G\nLEG:FED RSN:000137 ANO:2006\n(AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANS)\nLEG:FED SUM:******\n***** SUM(STJ) SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA\n SUM:000563" }
Súmula 607
A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, I, da Lei n. 11.343/2006) configura-se com a prova da destinação internacional das drogas, ainda que não consumada a transposição de fronteiras. (Súmula n. 607, Terceira Seção, julgado em 11/4/2018, DJe de 17/4/2018.)
{ "Enunciado": "A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, I, da Lei n.\n11.343/2006) configura-se com a prova da destinação internacional das\ndrogas, ainda que não consumada a transposição de fronteiras. (SÚMULA\n607, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 11/04/2018, DJe 17/04/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] TRÁFICO TRANSNACIONAL DE DROGAS. [...] Para a incidência da causa\nespecial de aumento de pena prevista no inciso I do art. 40 da Lei de\nDrogas, é irrelevante que haja a efetiva transposição das fronteiras\nnacionais, sendo suficiente, para a configuração da transnacionalidade\ndo delito, que haja a comprovação de que a substância tinha como\ndestino/origem localidade em outro País. [...]\"\n(AgRg no AREsp 377808MS, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA\nTURMA, julgado\nem 12/09/2017, DJe 22/09/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS. [...] MAJORANTE DO ART. 40, I,\nDA LEI N. 11.343/2006. CARACTERIZADA. BIS IN IDEM. NÃO OCORRÊNCIA.\nCIRCUNSTÂNCIAS QUE EVIDENCIAM A TRANSNACIONALIDADE DO DELITO.\nSUFICIÊNCIA. [...] Para a incidência da majorante da transnacionalidade,\né suficiente a comprovação, na instrução criminal, de que os agentes\ntinham como intento a disseminação do vício no exterior, sendo\nindiferente o fato de não terem conseguido ultrapassar as fronteiras\nnacionais com a substância ilícita (Precedentes). [...]\"\n(REsp 1391929RJ, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA,\njulgado em\n08/11/2016, DJe 14/11/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO TRANSNACIONAL DE DROGAS. [...] TRASNACIONALIDADE DO\nDELITO. CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO. BIS IN IDEM. NÃO OCORRÊNCIA. [...]\nPara a incidência da causa especial de aumento de pena prevista no\ninciso I do art. 40 da Lei de Drogas, é irrelevante a efetiva\ntransposição das fronteiras nacionais, sendo suficiente, para a\nconfiguração da transnacionalidade do delito, a comprovação de que a\nsubstância tinha como destino/origem localidade em outro país. [...]\"\n(REsp 1395927SP, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA,\njulgado em 13/09/2016, DJe 20/09/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. [...] TRANSNACIONALIDADE. [...]\nAs instâncias ordinárias entenderam configurada a transnacionalidade do\ndelito de tráfico de drogas, notadamente em razão de a prisão em\nflagrante ter ocorrido no Aeroporto Internacional de Belém, após o\ncheck-in do paciente em voo destinado a Portugal, havendo despachado\nmalas em cujo interior foram encontrados entorpecentes. Diante das\nassertivas firmadas na origem, tem-se que entendimento diverso, no\nsentido do afastamento do caráter internacional do delito, demandaria\naprofundado reexame dos elementos fático-probatórios dos autos, o que\nnão se coaduna com a via do habeas corpus. Precedentes. - Ainda que\nassim não fosse, esta Corte Superior adota o entendimento de que a\nconfiguração da transnacionalidade do delito de tráfico de entorpecentes\nprescinde do efetivo rompimento de fronteiras, bastando que se verifique\nque a droga seria destinada para fora do país, o que resta consignado\nnos autos. [...]\" (HC 303259PA, Rel. Ministro ERICSON MARANHO\n(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTA TURMA, julgado em 17/09/2015,\nDJe 09/10/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO TRANSNACIONAL. TRANSPOSIÇÃO DE FRONTEIRAS.\nDESNECESSIDADE. [...] A majorante do tráfico transnacional de drogas se\nconfigura com a prova da destinação internacional da drogas, ainda que\nnão consumada a transposição de fronteiras. [...]\" (HC 212789SP,\nRel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 07/10/2014, DJe\n21/10/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO INTERNACIONAL. [...] INCIDÊNCIA DA CAUSA DE AUMENTO\nPREVISTA NO ART. 40, I, DA LEI N. 11.343/2006. PRESCINDIBILIDADE DE\nEFETIVA TRANSPOSIÇÃO DE FRONTEIRAS. [...] Como é cediço, para\nreconhecimento da transnacionalidade do tráfico, não há necessidade da\nefetiva transposição das fronteiras nacionais, bastando que as\ncircunstâncias do fato a evidenciem. [...]\" (AgRg no AREsp 225357SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em\n20/03/2014, DJe 27/03/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] USO DE DOCUMENTO FALSO E TRÁFICO INTERNACIONAL DE ENTORPECENTES.\n[...] TRANSNACIONALIDADE. EFETIVA TRANSPOSIÇÃO DA FRONTEIRA\nINTERNACIONAL. DESNECESSIDADE. [...] 'Não é necessária a efetiva\ntransposição da fronteira internacional para que fique autorizada a\nincidência da causa de aumento de pena prevista no art. 40, I da Lei\n11.343/06; bastarão, para tanto, evidências de que a substância\nentorpecente mercadejada tem como destino qualquer ponto além das linhas\ndivisórias internacionais' (HC 137158/SP, 5.ª Turma, Rel. Min. NAPOLEÃO\nNUNES MAIA FILHO, DJe de 21/06/2010). [...]\" (HC 179519SP, Rel.\nMinistra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 18/12/2012, DJe\n01/02/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO DE DROGAS. TRANSNACIONALIDADE. [...] Para a configuração\nda transnacionalidade do tráfico de drogas não se faz necessária a\nefetiva transposição de fronteiras. [...]\" (RHC 18850PA, Rel.\nMinistro OG FERNANDES, SEXTA TURMA, julgado em 12/04/2012, DJe\n30/04/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO TRANSNACIONAL DE DROGAS. [...] ART. 40, INCISO I, DA LEI\n11.343/06. PRETENDIDO AFASTAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. ELEMENTOS CONCRETOS\nDOS AUTOS QUE EVIDENCIAM A TRANSNACIONALIDADE DO DELITO. FINALIDADE DO\nAGENTE. MAJORANTE DEVIDAMENTE JUSTIFICADA. ILEGALIDADE NÃO DEMONSTRADA.\n[...] Para a incidência da majorante prevista no inciso I do art. 40 da\nLei n.º 11.343/06, é desnecessário que haja a efetiva transposição das\nfronteiras nacionais, bastando apenas a finalidade do agente de levar a\nsubstância entorpecente para o exterior. [...]\" (HC 157867SP, Rel.\nMinistro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 22/11/2011, DJe\n07/12/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO TRANSNACIONAL DE ENTORPECENTES. [...] TRANSPOSIÇÃO DO\nTERRITÓRIO NACIONAL. DESNECESSIDADE. ELEMENTOS CONCRETOS QUE EVIDENCIAM\nA INTENÇÃO DO AGENTE DE REMETER O ENTORPECENTE PARA O EXTERIOR. [...] É\npacífico nesta Corte Superior de Justiça o entendimento de que a\ncaracterização da transnacionalidade do tráfico de entorpecentes\nprescinde da transposição de fronteiras do objeto material do ilícito,\nbastando que as circunstâncias que gravitam em torno da execução do\ncrime indiquem que a droga seria destinada para local situado fora dos\nlimites territoriais nacionais. [...]\" (HC 188857SP, Rel. Ministro\nJORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 22/11/2011, DJe 19/12/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 17/04/2018RSSTJ vol. 47 p. 115RSTJ vol. 250 p. 1006", "Precedentes": "AgRg no AREsp 377808 MS 2013/0273854-0 Decisão:12/09/2017\nDJe DATA:22/09/2017REsp 1391929 RJ 2013/0205502-8 Decisão:08/11/2016\nDJe DATA:14/11/2016REsp 1395927 SP 2013/0273558-3 Decisão:13/09/2016\nDJe DATA:20/09/2016HC 303259 PA 2014/0223303-5 Decisão:17/09/2015\nDJe DATA:09/10/2015HC 212789 SP 2011/0159540-6 Decisão:07/10/2014\nDJe DATA:21/10/2014\nRB VOL.:00613 PG:00052AgRg no AREsp 225357 SP 2012/0183808-0 Decisão:20/03/2014\nDJe DATA:27/03/2014HC 179519 SP 2010/0130356-0 Decisão:18/12/2012\nDJe DATA:01/02/2013RHC 18850 PA 2005/0213246-0 Decisão:12/04/2012\nDJe DATA:30/04/2012HC 157867 SP 2009/0248165-2 Decisão:22/11/2011\nDJe DATA:07/12/2011HC 188857 SP 2010/0199291-0 Decisão:22/11/2011\nDJe DATA:19/12/2011\nRSSTJ VOL.:00047 PG:00115", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:011343 ANO:2006\n***** LDR-06 LEI DE DROGAS\n ART:00040 INC:00001" }
Súmula 606
Não se aplica o princípio da insignificância a casos de transmissão clandestina de sinal de internet via radiofrequência, que caracteriza o fato típico previsto no art. 183 da Lei n. 9.472/1997. (Súmula n. 606, Terceira Seção, julgado em 11/4/2018, DJe de 17/4/2018.)
{ "Enunciado": "Não se aplica o princípio da insignificância a casos de transmissão\nclandestina de sinal de internet via radiofrequência, que caracteriza o\nfato típico previsto no art. 183 da Lei n. 9.472/1997. (SÚMULA 606,\nTERCEIRA SEÇÃO, julgado em 11/04/2018, DJe 17/04/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] ART. 183 DA LEI N. 9.472/1997. CRIME CONTRA AS TELECOMUNICAÇÕES.\nTRANSMISSÃO DE SINAL DE INTERNET VIA RÁDIO SEM AUTORIZAÇÃO LEGAL.\nSERVIÇO DE COMUNICAÇÃO MULTIMÍDIA. TIPICIDADE DA CONDUTA. [...] A\norientação consolidada nesta Corte é no sentido de que o serviço de\ncomunicação multimídia - internet via rádio - caracteriza atividade de\ntelecomunicação, ainda que se trate de serviço de valor adicionado nos\ntermos do art. 61, § 1º, da Lei n. 9.472/1997, motivo pelo qual, quando\noperado de modo clandestino, amolda-se, em tese, ao delito descrito no\nart. 183 da referida norma. [...]\" (AgRg no AREsp 971115PA, Rel.\nMinistro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 27/04/2017,\nDJe 08/05/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIÇO DE COMUNICAÇÃO MULTIMÍDIA (INTERNET VIA RÁDIO).\nATIPICIDADE. IMPOSSIBILIDADE. CRIME CONSUMADO. [...] Segundo a\njurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, 'a conduta de transmitir\nsinal de internet, via rádio, de forma clandestina, caracteriza, a\nprincípio, o delito insculpido no art. 183, da Lei 9.472/97' (AgRg no CC\nn. 111.056/SP, Rel. Ministro Og Fernandes, 3ª S., DJe 16/9/2010). [...]\"\n(AgRg no AREsp 941989MS, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA\nTURMA, julgado em 30/03/2017, DJe 07/04/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIME DE TELECOMUNICAÇÕES. SERVIÇO DE VALOR ADICIONADO. ACESSO À\nINTERNET. VIOLAÇÃO DO ART. 183 DA LEI N. 9.472/1997. [...] De acordo com\no entendimento firmado nesta Corte, 'a transmissão de sinal de internet\nvia radio, sem autorização da ANATEL, caracteriza o fato típico previsto\nno artigo 183 da Lei n. 9.472/1997, ainda que se trate de serviço de\nvalor adicionado de que cuida o artigo 61, § 1°, da mesma lei' (AgRg no\nREsp 1.566.462/SC, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA\nTURMA, julgado em 15/3/2016, DJe 28/3/2016). [...]\"\n(AgRg no AREsp 682689MG, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA\nTURMA, julgado em\n07/03/2017, DJe 15/03/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIME DE TELECOMUNICAÇÕES. SERVIÇO DE VALOR ADICIONADO.\nTIPICIDADE. [...] A jurisprudência desta Corte Superior se firmou no\nsentido de que a transmissão de sinal de internet via radio sem\nautorização da ANATEL caracteriza o fato típico previsto no artigo 183\nda Lei nº 9.472/97, ainda que se trate de serviço de valor adicionado de\nque cuida o artigo 61, § 1°, da mesma lei. (AgRg no REsp 1566462/SC,\nRel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em\n15/03/2016, DJe 28/03/2016). [...]\" (AgInt no REsp 1470311CE, Rel.\nMinistro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 18/08/2016, DJe\n29/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIME DE TELECOMUNICAÇÕES. RETRANSMISSÃO DE SINAL DE INTERNET VIA\nRÁDIO. SERVIÇO DE VALOR ADICIONADO. CLASSIFICAÇÃO QUE NÃO RETIRA A\nNATUREZA DE SERVIÇO DE TELECOMUNICAÇÃO. 2. INVIABILIDADE DE APLICAÇÃO DO\nPRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. 3. CRIME DE PERIGO ABSTRATO.\nDESNECESSIDADE DE PREJUÍZO CONCRETO. [...] É pacífico no Superior\nTribunal de Justiça o entendimento no sentido de que a transmissão\nclandestina de sinal de internet, via radiofrequência, sem autorização\nda Agência Nacional de Telecomunicações, caracteriza, em tese, o delito\nprevisto no artigo 183 da Lei n. 9.472/1997. Não há se falar em\natipicidade do delito pela previsão de que se trata de serviço de valor\nadicionado, uma vez que referida característica não exclui sua natureza\nde efetivo serviço de telecomunicação. 2. Prevalece no Superior Tribunal\nde Justiça o entendimento no sentido de não ser possível a incidência do\nprincípio da insignificância nos casos de prática do delito descrito no\nart. 183 da Lei n. 9.472/1997. Isso porque se considera que a instalação\nde estação clandestina de radiofrequência, sem autorização dos órgãos e\nentes com atribuições para tanto, já é, por si, suficiente para\ncomprometer a segurança, a regularidade e a operabilidade do sistema de\ntelecomunicações do país, não podendo, portanto, ser vista como uma\nlesão inexpressiva. 3. O delito do art. 183 da Lei n. 9.427/1997 é de\nperigo abstrato, uma vez que, para sua consumação, basta que alguém\ndesenvolva de forma clandestina as atividades de telecomunicações, sem\nnecessidade de demonstrar o prejuízo concreto para o sistema de\ntelecomunicações. [...]\" (AgRg no REsp 1560335MG, Rel. Ministro\nREYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 21/06/2016, DJe\n29/06/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] OPERAÇÃO CLANDESTINA DE RADIODIFUSÃO PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE\nACESSO À INTERNET. CRIME CONTRA AS TELECOMUNICAÇÕES. ART. 183 DA LEI N.º\n9.472/97. CONDUTA TÍPICA. ACÓRDÃO DO TRIBUNAL DE ORIGEM EM CONSONÂNCIA\nCOM A ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL DESTA CORTE SUPERIOR. [...] O aresto\nobjurgado alinha-se a entendimento assentado neste Sodalício no sentido\nde que a operação de internet via rádio caracteriza-se como serviço de\ntelecomunicação multimídia que demanda autorização prévia para\nviabilizar sua exploração, providência cuja inobservância pode vir a\nconfigurar, em tese, o delito tipificado no art. 183 da Lei 9.472/97,\nainda que se trate de mero valor adicionado de que trata o art. 61 da\nmesma lei. [...]\" (AgRg no AREsp 852730SP, Rel. Ministro JORGE\nMUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 02/06/2016, DJe 15/06/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] OPERAÇÃO DE RADIODIFUSÃO CLANDESTINA (ART. 183 DA LEI\n9.472/1997). APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. IMPOSSIBILIDADE.\n[...] Este Superior Tribunal de Justiça pacificou sua jurisprudência no\nsentido de que a transmissão de sinal de internet via radio sem\nautorização da ANATEL caracteriza o fato típico previsto no artigo 183\nda Lei nº 9.472/97, ainda que se trate de serviço de valor adicionado de\nque cuida o artigo 61, § 1°, da mesma lei. 2. É também pacífica a\njurisprudência desta Corte no sentido de que a instalação de estação de\nradiodifusão clandestina é delito de natureza formal de perigo abstrato\nque, por si só, é suficiente para comprometer a segurança, a\nregularidade e a operabilidade do sistema de telecomunicações do país,\nnão tendo aplicação o princípio da insignificância mesmo que se trate de\nserviço de baixa potência. [...]\" (AgRg no REsp 1566462SC, Rel.\nMinistra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em\n15/03/2016, DJe 28/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIME DE TELECOMUNICAÇÕES. RETRANSMISSÃO DE SINAL DE INTERNET VIA\nRÁDIO. SERVIÇO DE VALOR ADICIONADO. CLASSIFICAÇÃO QUE NÃO RETIRA A\nNATUREZA DE SERVIÇO DE TELECOMUNICAÇÃO. 2. CRIME DE PERIGO ABSTRATO.\nDESNECESSIDADE DE PREJUÍZO CONCRETO. INVIABILIDADE DE APLICAÇÃO DO\nPRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. [...] É pacífico no Superior Tribunal de\nJustiça o entendimento no sentido de que a transmissão clandestina de\nsinal de internet, via radiofrequência, sem autorização da Agência\nNacional de Telecomunicações, caracteriza, em tese, o delito previsto no\nartigo 183 da Lei n. 9.472/1997. Não há se falar em atipicidade do\ndelito pela previsão de que se trata de serviço de valor adicionado, uma\nvez que referida característica não exclui sua natureza de efetivo\nserviço de telecomunicação. 2. Prevalece no Superior Tribunal de Justiça\no entendimento no sentido de não ser possível a incidência do princípio\nda insignificância nos casos de prática do delito descrito no art. 183\nda Lei n. 9.472/1997. Isso porque se considera que a instalação de\nestação clandestina de radiofrequência, sem autorização dos órgãos e\nentes com atribuições para tanto, já é, por si, suficiente para\ncomprometer a segurança, a regularidade e a operabilidade do sistema de\ntelecomunicações do país, não podendo, portanto, ser vista como uma\nlesão inexpressiva. [...]\" (AgRg no RHC 33399PB, Rel. Ministro\nREYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 04/02/2016, DJe\n15/02/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ART. 183 DA LEI N. 9.472/1997. SERVIÇO DE PROVEDOR DE INTERNET.\nSERVIÇO DE COMUNICAÇÃO MULTIMÍDIA (INTERNET VIA RÁDIO). EXPLORAÇÃO\nCLANDESTINA. PROSSEGUIMENTO DA AÇÃO PENAL. [...] A Terceira Seção do\nSuperior Tribunal de Justiça considera que a conduta de transmitir sinal\nde internet, via rádio, de forma clandestina, caracteriza, em princípio,\no delito descrito no art. 183 da Lei 9.472/1997. 2. Prevalece no\nSuperior Tribunal de Justiça o entendimento de não ser possível a\nincidência do principio da insignificância nos casos de prática do\ndelito descrito no art. 183 da Lei n. 9.472/1997. [...]\"\n(AgRg no REsp 1483107RN, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA\nTURMA, julgado\nem 01/12/2015, DJe 17/12/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO CLANDESTINA DE RADIODIFUSÃO PARA PRESTAÇÃO\nDE SERVIÇO DE ACESSO À INTERNET. CRIME CONTRA AS TELECOMUNICAÇÕES. ART.\n183 DA LEI 9.472/97. INAPLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA.\n[...] No âmbito do Superior Tribunal de Justiça prevalece o entendimento\nno sentido de que o fato do art. 61, § 1°, da Lei 9.472/97 disciplinar\nque não constitui serviço de telecomunicação qualquer serviço de valor\nadicionado, não implica no reconhecimento, por si só, da atipicidade da\nconduta atribuída ao agravante, tendo em vista que a prestação de\nserviço a internet engloba as duas categorias de serviço mencionadas. II\n- A prática de serviço de radiodifusão clandestina, mesmo que de baixa\npotência, como ocorreu in casu, constitui um delito formal de perigo\nabstrato, o que afasta o reconhecimento da atipicidade material da\nconduta pela aplicação do princípio da insignificância. [...]\"\n(AgRg no AREsp 685463SC, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA,\njulgado\nem 17/09/2015, DJe 01/10/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXPLORAÇÃO CLANDESTINA DE SERVIÇOS DE INTERNET. ART. 183 DA LEI\nN. 9.472/1997. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. NÃO INCIDÊNCIA. [...] A\nexploração clandestina de sinal de internet, sem autorização da Agência\nNacional de Telecomunicações, caracteriza, em tese, o delito previsto no\nartigo 183 da Lei n. 9.472/1997. 2. Conforme entendimento desta Corte de\nJustiça, inaplicável o princípio da insignificância ao delito previsto\nno artigo 183 da Lei n. 9.472/1997, visto que o desenvolvimento\nclandestino de atividades de telecomunicação é crime formal, de perigo\nabstrato, que tem como bem jurídico tutelado a segurança dos meios de\ncomunicação (AgRg no AREsp 383.884/PB, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI\nCRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 07/10/2014, DJe 23/10/2014). [...]\"\n(AgRg no AREsp 599005PR, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA,\njulgado em 14/04/2015, DJe 24/04/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIME CONTRA AS TELECOMUNICAÇÕES. SERVIÇOS DE INTERNET.\nEXPLORAÇÃO CLANDESTINA. ART. 183 DA LEI N. 9.472/1997. PRINCÍPIO DA\nINSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. [...] Conforme entendimento deste\nSuperior Tribunal de Justiça, a transmissão clandestina de sinal de\ninternet, via rádio, sem autorização da Agência Nacional de\nTelecomunicações, caracteriza, em tese, o delito previsto no artigo 183\nda Lei n. 9.472/1997. 2. Inaplicável o princípio da insignificância ao\ndelito previsto no artigo 183 da Lei n. 9.472/1997, pois o\ndesenvolvimento clandestino de atividades de telecomunicação é crime\nformal, de perigo abstrato, que tem como bem jurídico tutelado a\nsegurança dos meios de comunicação. [...]\" (AgRg no AREsp 383884PB,\nRel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 07/10/2014,\nDJe 23/10/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXPLORAÇÃO CLANDESTINA DE SINAL DE INTERNET VIA RÁDIO. CRIME, EM\nTESE, INSCULPIDO NO ART. 183 DA LEI 9.472/97. [...] Conforme a\njurisprudência pacífica do Superior Tribunal de Justiça, a transmissão\nde sinal de internet via rádio constitui, em tese, o delito previsto no\nart. 183 da Lei n.º 9.472/97. Assim, estando perfeitamente descrita na\ndenúncia a atividade de 'distribuição comercial de internet sem fio, sem\na competente concessão do Poder Público', acompanhada de elementos\nmínimos de convicção acerca da ocorrência do delito, mostra-se presente\na justa causa para o exercício da ação penal. 2. 'O fato de os\nequipamentos radiotransmissores terem baixa potência ou pequeno alcance\né indiferente para a adequação típica da conduta' (HC 184.053/BA, 5.ª\nTurma, Rel. Min. MARCO AURÉLIO BELLIZZE, DJe de 08/05/2012). [...]\"\n(AgRg no REsp 1376056PB, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA,\njulgado em 26/11/2013, DJe 09/12/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 17/04/2018RSSTJ vol. 47 p. 105RSTJ vol. 250 p. 1005", "Precedentes": "AgRg no AREsp 971115 PA 2016/0220018-6 Decisão:27/04/2017\nDJe DATA:08/05/2017AgRg no AREsp 941989 MS 2016/0168406-2 Decisão:30/03/2017\nDJe DATA:07/04/2017AgRg no AREsp 682689 MG 2015/0074187-5 Decisão:07/03/2017\nDJe DATA:15/03/2017AgInt no REsp 1470311 CE 2014/0187219-0 Decisão:18/08/2016\nDJe DATA:29/08/2016AgRg no REsp 1560335 MG 2015/0256542-8 Decisão:21/06/2016\nDJe DATA:29/06/2016AgRg no AREsp 852730 SP 2016/0035263-0 Decisão:02/06/2016\nDJe DATA:15/06/2016AgRg no REsp 1566462 SC 2015/0288069-5 Decisão:15/03/2016\nDJe DATA:28/03/2016\nRSSTJ VOL.:00047 PG:00105AgRg no RHC 33399 PB 2012/0150932-0 Decisão:04/02/2016\nDJe DATA:15/02/2016AgRg no REsp 1483107 RN 2014/0246679-1 Decisão:01/12/2015\nDJe DATA:17/12/2015AgRg no AREsp 685463 SC 2015/0083506-8 Decisão:17/09/2015\nDJe DATA:01/10/2015AgRg no AREsp 599005 PR 2014/0272962-2 Decisão:14/04/2015\nDJe DATA:24/04/2015AgRg no AREsp 383884 PB 2013/0292743-5 Decisão:07/10/2014\nDJe DATA:23/10/2014AgRg no REsp 1376056 PB 2013/0115707-4 Decisão:26/11/2013\nDJe DATA:09/12/2013", "Referência Legislativa": "LEG:FED CFB:****** ANO:1988\n***** CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988\n ART:00021 INC:00011\nLEG:FED LEI:004117 ANO:1962\n***** CBT-62 CÓDIGO BRASILEIRO DE TELECOMUNICAÇÕES\n ART:00070\nLEG:FED LEI:009472 ANO:1997\n***** LGT-97 LEI GERAL DE TELECOMUNICAÇÕES\n ART:00061 ART:00183" }
Súmula 605
A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos. (Súmula n. 605, Terceira Seção, julgado em 14/3/2018, DJe de 19/3/2018.)
{ "Enunciado": "A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato\ninfracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso,\ninclusive na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21\nanos. (SÚMULA 605, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 14/03/2018, DJe 19/03/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. [...] LIBERDADE ASSISTIDA.\nSUPERVENIÊNCIA DA MAIORIDADE CIVIL. IRRELEVÂNCIA. [...] É pacífico o\nentendimento deste Superior Tribunal de Justiça no sentido de que as\nmedidas socioducativas aplicadas ao menor infrator com base no ECA,\nincluída a liberdade assistida, podem ser estendidas até que ele\ncomplete 21 (vinte e um) anos, sendo irrelevante a implementação da\nmaioridade civil ou penal no decorrer de seu cumprimento (AgRg no REsp\n1375556/RJ, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA,\njulgado em 21/11/2013, DJe 10/12/2013). [...]\"\n(AgInt no REsp 1573110RJ, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA,\njulgado em\n06/06/2017, DJe 13/06/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ECA. MENOR DE IDADE À ÉPOCA DO FATO. SUPERVENIÊNCIA DA\nMAIORIDADE. IRRELEVÂNCIA. ART. 2º, PARÁGRAFO ÚNICO, DO ECA. [...] A\nsuperveniência da maioridade penal do adolescente (18 anos) no curso do\nprocedimento de apuração do ato infracional ou quanto submetido à medida\nsocioeducativa não provoca a extinção do procedimento ou da medida, bem\ncomo não enseja a liberdade compulsória (HC 316.693/SP, Rel. Ministro\nLÁZARO GUIMARÃES - Desembargador convocado do TRF, 5ª REGIÃO, QUINTA\nTURMA, DJe de 28.3.2016). [...]\" (AgInt no REsp 1619769MG, Rel.\nMinistro JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 01/06/2017, DJe\n09/06/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ATO INFRACIONAL ANÁLOGO AO ART. 157, CAPUT DO CÓDIGO PENAL.\nCUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA. SUPERVENIÊNCIA DA MAIORIDADE\nPENAL. IRRELEVÂNCIA. [...] As medidas socioeducativas aplicadas ao menor\ninfrator com base no ECA podem ser estendidas até que ele complete 21\n(vinte e um) anos, sendo irrelevante a implementação da maioridade civil\nou penal no decorrer de seu cumprimento. [...]\"\n(AgRg no AREsp 1022549ES, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA,\nQUINTA TURMA,\njulgado em 23/05/2017, DJe 31/05/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. [...] ATO INFRACIONAL EQUIPARADO\nAO DELITO DO ART. 157, § 2º, INCISOS I E II, DO CÓDIGO PENAL. MEDIDA DE\nINTERNAÇÃO IMPOSTA PELO EG. TRIBUNAL DE ORIGEM. ALEGADA VIOLAÇÃO DO\nPRINCÍPIO DA ATUALIDADE NÃO CONFIGURADA. MAIORIDADE PENAL. IRRELEVÂNCIA.\n[...] A medida socioeducativa de internação está autorizada nas\nhipóteses taxativamente previstas no art. 122 do ECA (v. g. HC n.\n291.176/SP, Quinta Turma, Rel. Min. Jorge Mussi, DJe de 21/8/2014). III\n- In casu, a aplicação da medida socioeducativa de internação encontra\npleno respaldo na orientação jurisprudencial desta Corte Superior, pois\nestá fundamentada em elementos concretos extraídos dos autos que\ndemonstram a incidência da hipótese prevista no art. 122, inciso I, do\nEstatuto da Criança e do Adolescente, uma vez que o adolescente foi\nidentificado como a pessoa que, previamente ajustado com outros\nindivíduos, subtraiu para ele, mediante grave ameaça exercida com o\nemprego de arma de fogo, bens pertencentes à Empresa Brasileira de\nCorreios e Telégrafos. IV - Não há violação ao princípio da atualidade,\numa vez que, segundo dispõe o próprio Estatuto da Criança e do\nAdolescente, os princípios da proporcionalidade e da atualidade, em tema\nde aplicação de medidas socioeducativas, devem ser observados 'no\nmomento em que a decisão é tomada' (Lei n. 8.069/90, art. 100, parágrafo\núnico, inciso VIII). V - A superveniência da maioridade penal não impede\no cumprimento de qualquer espécie de medida socioeducativa\n(precedentes). [...]\" (HC 354952SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER,\nQUINTA TURMA, julgado em 21/03/2017, DJe 27/03/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. [...] ATOS INFRACIONAIS ANÁLOGOS\nAOS DELITOS DE TRÁFICO E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. MEDIDA\nSOCIOEDUCATIVA DE SEMILIBERDADE. SUPERVENIÊNCIA DA MAIORIDADE RELATIVA.\nEXTINÇÃO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA. IMPOSSIBILIDADE. LIBERAÇÃO\nCOMPULSÓRIA SOMENTE AOS 21 ANOS DE IDADE. [...] Nos termos da\ninterpretação do art. 121, § 5°, da Lei n. 8.069/1990, para sujeitar o\nadolescente às medidas socioeducativas, deve ser considerada a\ninimputabilidade penal à data do fato. Diante disso, esta Corte assentou\no entendimento segundo o qual a superveniência de maioridade relativa\n(período entre 18 e 21 anos), não tem o condão de extinguir a medida\nsocioeducativa, a qual ocorrerá apenas com a liberação compulsória do\nmenor, aos 21 anos de idade. [...]\" (HC 352662RJ, Rel. Ministro\nREYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 21/02/2017, DJe\n24/02/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ATOS INFRACIONAIS EQUIPARADOS AOS CRIME DE TRÁFICO DE DROGAS E DE\nASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. LIBERDADE ASSISTIDA. SUPERVENIÊNCIA DA\nMAIORIDADE. EXTINÇÃO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA. IMPOSSIBILIDADE.\nLIBERAÇÃO COMPULSÓRIA SOMENTE AOS 21 ANOS DE IDADE. [...] Para sujeição\ndo adolescente às medidas previstas na Lei n. 8.069/1990, deve ser\nconsiderada a inimputabilidade penal à data do fato, sendo irrelevante a\nsuperveniência da maioridade no curso da representação, pois, consoante\na interpretação do art. 121, § 5°, da Lei n. 8.069/1990, a liberação\nserá compulsória somente aos 21 anos de idade. [...]\" (HC 371512SC,\nRel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 18/10/2016,\nDJe 10/11/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ATO INFRACIONAL EQUIPARADO AO DELITO DE TRÁFICO DE DROGAS.\nIMPOSIÇÃO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA. LIBERDADE ASSISTIDA. MAIORIDADE\nCIVIL. SUPERVENIÊNCIA. EXTINÇÃO. DESCABIMENTO. [...] É pacífico o\nentendimento do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que as\nmedidas socioeducativas aplicadas ao menor infrator com base no ECA,\nincluída a liberdade assistida, podem ser estendidas até que ele\ncomplete 21 (vinte e um) anos, sendo irrelevante a implementação da\nmaioridade civil ou penal no decorrer de seu cumprimento (AgRg no REsp\nn. 1.375.556/RJ, Ministra Maria Thereza de Assis Moura, Sexta Turma, DJe\n10/12/2013). [...]\" (AgInt no REsp 1618713RJ, Rel. Ministro\nSEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 20/09/2016, DJe\n06/10/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ATO INFRACIONAL EQUIPARADO AO TRÁFICO DE DROGAS. ART. 122 DO ECA.\nMEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE INTERNAÇÃO. ROL TAXATIVO. REITERAÇÃO DELITIVA.\nSUPERVENIÊNCIA DA MAIORIDADE PENAL NO CURSO DO PROCESSO OU DA EXECUÇÃO\nDA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA. IRRELEVÂNCIA. [...] A medida socioeducativa de\ninternação é possível somente nas situações taxativamente elencadas no\nart. 122 do ECA, quais sejam, quando se tratar de ato infracional\ncometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa, por reiteração no\ncometimento de outras infrações graves e por descumprimento reiterado e\ninjustificável da medida anteriormente imposta. 3. Hipótese em que o\nTribunal a quo destacou a reiteração delitiva específica na prática de\natos infracionais para a fixação da medida socioeducativa de internação.\n4. A Quinta Turma desta Corte Superior, seguindo o entendimento do\nSupremo Tribunal Federal, tem ressaltado que, para a caracterização da\nreiteração prevista no art. 122, II, do ECA, não se exige a presença de\ntrês ou mais condutas infracionais, por ausência de previsão legal. 5. A\nsuperveniência da maioridade penal do adolescente (18 anos) no curso do\nprocedimento de apuração do ato infracional ou quanto submetido à medida\nsocioeducativa não provoca a extinção do procedimento ou da medida, bem\ncomo não enseja a liberdade compulsória. [...]\" (HC 316693SP, Rel.\nMinistro LÁZARO GUIMARÃES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 5ª REGIÃO),\nQUINTA TURMA, julgado em 17/03/2016, DJe 28/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - ECA. ATO INFRACIONAL\nEQUIPARADO AO DELITO DE ROUBO DUPLAMENTE QUALIFICADO. MEDIDA\nSOCIOEDUCATIVA DE INTERNAÇÃO. POSSIBILIDADE. CRIME COMETIDO COM\nVIOLÊNCIA E GRAVE AMEAÇA. PREVISÃO NO ART. 122, I, DO ECA.\nSUPERVENIÊNCIA DE MAIORIDADE PENAL. IRRELEVÂNCIA. INEXISTÊNCIA DE\nCONSTRANGIMENTO ILEGAL. [...] Nos termos do art. 122 do Estatuto da\nCriança e Adolescente, a medida socioeducativa de internação é possível\nsomente nas seguintes hipóteses: a) pela prática de ato infracional\nmediante grave ameaça ou violência contra a pessoa; b) pela reiteração\nno cometimento de outras infrações graves; ou c) em razão do\ndescumprimento reiterado e injustificado de medida anteriormente\nimposta. No caso dos autos, a internação por prazo indeterminado\ndeveu-se ao fato de ter sido atribuído ao paciente ato infracional\npraticado com violência à pessoa, roubo qualificado pelo uso de arma de\nfogo e pelo concurso de agentes, atendendo-se, assim, a previsão do art.\n122, I, da Lei n. 8.069/90. O Estatuto da Criança e do Adolescente leva\nem consideração apenas a idade do menor ao tempo do fato (ECA, art. 104,\nparágrafo único), admitindo, consoante o disposto no art. 121, § 5º, a\npossibilidade de aplicação ou de extensão do cumprimento da medida\nsocioeducativa até os 21 anos de idade, abarcando qualquer que seja a\nmedida imposta ao adolescente. [...]\" (HC 344160SP, Rel. Ministro\nERICSON MARANHO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTA TURMA, julgado\nem 17/03/2016, DJe 31/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. [...] ATO INFRACIONAIS\nEQUIPARADOS AOS CRIMES DE HOMICÍDIO QUALIFICADO, DESTRUIÇÃO DE CADÁVER E\nINCÊNDIO CIRCUNSTANCIADO. [...] FATO ANTERIOR À INCIDÊNCIA DOS 18 ANOS\nDE IDADE. MEDIDA SOCIOEDUCATIVA. MANUTENÇÃO APÓS A MAIORIDADE.\nPOSSIBILIDADE. EXTINÇÃO COMPULSÓRIA (21 ANOS DE IDADE). [...] A\nsuperveniência de imputabilidade penal não tem o condão de interferir na\naplicabilidade das regras do Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo\npossível a aplicação de medida socioeducativa até que o adolescente\ncomplete 21 anos, desde que a prática do ato infracional tenha ocorrido\nantes do jovem contar 18 anos de idade. [...]\" (HC 345311SC, Rel.\nMinistra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em\n03/03/2016, DJe 10/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. [...] MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE\nLIBERDADE ASSISTIDA. [...] PLEITO DE EXTINÇÃO. MAIORIDADE DO\nSOCIOEDUCANDO. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. [...] A aplicação de medida\nsocioeducativa tem por objetivo a ressocialização do adolescente. A\nmaioridade penal apenas torna o adolescente imputável, não possui\nrelevância e não tem o condão de descontinuar a aplicação da medida\nsocioeducativa imposta. O Estatuto da Criança e do Adolescente (art.\n121, § 5º) admite a possibilidade de extensão do cumprimento, até os 21\nanos de idade, de qualquer medida socioeducativa aplicada. [...]\"\n(HC 318980SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado\nem\n17/11/2015, DJe 23/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE\nLIBERDADE ASSISTIDA. SUPERVENIÊNCIA DA MAIORIDADE. IRRELEVÂNCIA. [...] A\nsuperveniência da maioridade penal ou civil não afasta a possibilidade\nde manutenção da medida socioeducativa anteriormente imposta, devendo-se\nlevar em consideração apenas a idade do menor ao tempo do fato. [...]\"\n(HC 229476RJ, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, QUINTA TURMA, julgado\nem 03/02/2015, DJe 11/02/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE\nLIBERDADE ASSISTIDA. SUPERVENIÊNCIA DA MAIORIDADE DURANTE O CUMPRIMENTO\nDA MEDIDA IMPOSTA. IRRELEVÂNCIA. INADMISSIBILIDADE DA SUA EXTINÇÃO.\n[...] Esta Corte Superior possui o entendimento pacífico de que o\nEstatuto da Criança e do Adolescente, no seu art. 121, § 5º, admite a\npossibilidade da extensão do cumprimento da medida socioeducativa até os\n21 anos de idade, abarcando qualquer que seja a medida imposta ao\nadolescente. - Tendo em conta que o recorrente, nascido em 07/02/1993,\nainda não completou 21 (vinte e um) anos, não há falar em extinção da\nmedida socioeducativa imposta. [...]\" (REsp 1340450RJ, Rel.\nMinistra MARILZA MAYNARD (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/SE), SEXTA\nTURMA, julgado em 05/12/2013, DJe 16/12/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. ATO INFRACIONAL ANÁLOGO AO\nCRIME DE ROUBO. AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS. MEDIDA\nSOCIOEDUCATIVA DE LIBERDADE ASSISTIDA. MAIORIDADE PENAL. ARTS. 120, §\n2º, E 121, § 5º, DA LEI N. 8.069/1990. [...] Para efeito de aplicação\ndas medidas socioeducativas previstas no Estatuto da Criança e do\nAdolescente, leva-se em consideração a idade do menor à data do fato,\ncom a possibilidade de se estender a medida até os 21 anos de idade,\nsendo irrelevante a implementação da maioridade civil ou penal no\ndecorrer de seu cumprimento. [...]\" (HC 243524RJ, Rel. Ministro\nSEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 03/10/2013, DJe\n15/10/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. LIBERDADE ASSISTIDA.\nSUPERVENIÊNCIA DE MAIORIDADE DURANTE O CUMPRIMENTO DA MEDIDA\nSOCIOEDUCATIVA. IRRELEVÂNCIA PARA CONTINUIDADE NO CUMPRIMENTO DA MEDIDA.\n[...] É possível o cumprimento de liberdade assistida até os 21 anos de\nidade, aplicada a adolescente em razão de fato praticado durante a\nmenoridade. [...]\" (MC 20401RJ, Rel. Ministra MARILZA MAYNARD\n(DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/SE), QUINTA TURMA, julgado em\n09/04/2013, DJe 15/04/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ECA. ATO INFRACIONAL ANÁLOGO AO DELITO DE HOMICÍDIO DUPLAMENTE\nQUALIFICADO. SEMILIBERDADE. MANUTENÇÃO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA APÓS A\nMAIORIDADE DO ADOLESCENTE. AUSÊNCIA DE ÓBICE LEGAL. [...] O Estatuto da\nCriança e do Adolescente admite a possibilidade da extensão do\ncumprimento da medida socioeducativa até os 21 anos de idade, abarcando\nqualquer que seja a medida imposta ao adolescente, máxime se este não\ndemonstra estar ressocializado, tendo o Juízo processante reconhecido\nser prematura até mesmo substituição da semiliberdade pela liberdade\nassistida. II. Maioridade que apenas torna o adolescente imputável,\nporém, não afasta a possibilidade de manutenção da medida socioeducativa\nanteriormente imposta, mesmo quando esta é cumprida em meio semiaberto\n(Precedentes). [...]\" (HC 174689RJ, Rel. Ministro GILSON DIPP,\nQUINTA TURMA, julgado em 02/08/2011, DJe 17/08/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 19/03/2018RSSTJ vol. 47 p. 93RSTJ vol. 249 p. 1319", "Precedentes": "AgInt no REsp 1573110 RJ 2015/0312107-1 Decisão:06/06/2017\nDJe DATA:13/06/2017AgInt no REsp 1619769 MG 2016/0212782-7 Decisão:01/06/2017\nDJe DATA:09/06/2017AgRg no AREsp 1022549 ES 2016/0313613-7 Decisão:23/05/2017\nDJe DATA:31/05/2017HC 354952 SP 2016/0111581-6 Decisão:21/03/2017\nDJe DATA:27/03/2017HC 352662 RJ 2016/0084940-4 Decisão:21/02/2017\nDJe DATA:24/02/2017\nRSSTJ VOL.:00047 PG:00093HC 371512 SC 2016/0244385-3 Decisão:18/10/2016\nDJe DATA:10/11/2016AgInt no REsp 1618713 RJ 2016/0207234-5 Decisão:20/09/2016\nDJe DATA:06/10/2016HC 316693 SP 2015/0033738-9 Decisão:17/03/2016\nDJe DATA:28/03/2016HC 344160 SP 2015/0308618-2 Decisão:17/03/2016\nDJe DATA:31/03/2016HC 345311 SC 2015/0315529-1 Decisão:03/03/2016\nDJe DATA:10/03/2016HC 318980 SP 2015/0056968-2 Decisão:17/11/2015\nDJe DATA:23/11/2015HC 229476 RJ 2011/0310865-1 Decisão:03/02/2015\nDJe DATA:11/02/2015REsp 1340450 RJ 2012/0179013-4 Decisão:05/12/2013\nDJe DATA:16/12/2013HC 243524 RJ 2012/0106304-3 Decisão:03/10/2013\nDJe DATA:15/10/2013MC 20401 RJ 2012/0267414-3 Decisão:09/04/2013\nDJe DATA:15/04/2013HC 174689 RJ 2010/0098759-9 Decisão:02/08/2011\nDJe DATA:17/08/2011", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:008069 ANO:1990\n***** ECA-90 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE\n ART:00002 PAR:ÚNICO ART:00104 PAR:ÚNICO ART:00121\n PAR:00005" }
Súmula 604
O mandado de segurança não se presta para atribuir efeito suspensivo a recurso criminal interposto pelo Ministério Público. (Súmula n. 604, Terceira Seção, julgado em 28/2/2018, DJe de 5/3/2018.)
{ "Enunciado": "O mandado de segurança não se presta para atribuir efeito suspensivo a\nrecurso criminal interposto pelo Ministério Público. (SÚMULA 604,\nTERCEIRA SEÇÃO, julgado em 28/02/2018, DJe 05/03/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] PROGRESSÃO DE REGIME DEFERIDA. INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO EM EXECUÇÃO\nPELO PARQUET. MANDADO DE SEGURANÇA IMPETRADO PARA CONFERIR EFEITO\nSUSPENSIVO AO RECURSO. NÃO CABIMENTO. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. [...]\nConsoante a jurisprudência desta Corte, não é cabível, em regra, a\nimpetração de mandado de segurança para fins de obter efeito suspensivo\na agravo em execução interposto contra decisão que concedeu progressão\nde regime ao apenado. [...]\" (AgRg no HC 388235SP, Rel. Ministro\nROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 18/05/2017, DJe\n30/05/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO DE ENTORPECENTES. PRISÃO EM FLAGRANTE. LIBERDADE\nPROVISÓRIA CONCEDIDA PELO JUÍZO SINGULAR. INTERPOSIÇÃO DE RECURSO EM\nSENTIDO ESTRITO. MANDADO DE SEGURANÇA. ATRIBUIÇÃO DE EFEITO SUSPENSIVO\nPRETENDIDA PELO PARQUET. CONCESSÃO DA ORDEM PELO TRIBUNAL DE ORIGEM.\nDESCABIMENTO DA REFERIDA IMPETRAÇÃO. COAÇÃO ILEGAL EVIDENCIADA.\nCONCESSÃO DE HABEAS CORPUS DE OFÍCIO. DECISUM ACERTADO. RECURSO\nDESPROVIDO. [...] Concedida liberdade provisória, não se admite a\nimpetração de mandado de segurança pelo Ministério Público para fins de\natribuição de efeito suspensivo a recurso em sentido estrito, que não o\ndetém. [...]\" (AgRg no HC 377712SP, Rel. Ministro JORGE MUSSI,\nQUINTA TURMA, julgado em 02/05/2017, DJe 09/05/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IMPETRAÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA PARA CONFERIR EFEITO\nSUSPENSIVO A RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. INADMISSIBILIDADE. [...]\nHipótese na qual concedi a ordem para casar decisão do Tribunal a quo\nque deferiu liminar em mandado de segurança para conferir efeito\nsuspensivo a recurso em sentido estrito interposto contra decisão que\ndeferira ao ora agravado o direito de responder ao processo em\nliberdade. 2. Nos termos da jurisprudência consolidada desta Corte\nSuperior, é incabível a impetração de mandado de segurança pelo\nMinistério Público para atribuir efeito suspensivo a recurso em sentido\nestrito interposto pela acusação (Precedentes). [...]\"\n(AgRg no HC 369841SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA,\nQUINTA TURMA,\njulgado em 02/02/2017, DJe 10/02/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO DE ENTORPECENTES. LIBERDADE PROVISÓRIA CONCEDIDA EM\nPRIMEIRA INSTÂNCIA. MANDADO DE SEGURANÇA IMPETRADO PELO PARQUET.\nCONCESSÃO LIMINAR DE EFEITO SUSPENSIVO A RECURSO EM SENTIDO ESTRITO.\nIMPOSSIBILIDADE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. [...] Afigura-se\nincabível, na espécie, a impetração de mandado de segurança para fins de\nconferir efeito suspensivo a recurso em sentido estrito interposto\ncontra decisão que indefere o pedido de prisão preventiva (precedentes).\n[...]\" (HC 369043SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA,\njulgado em 15/12/2016, DJe 10/02/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PRISÃO PREVENTIVA. CONCESSÃO DE LIBERDADE PROVISÓRIA.\nINTERPOSIÇÃO DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. IMPETRAÇÃO DE MANDADO DE\nSEGURANÇA PARA ATRIBUIÇÃO DE EFEITO SUSPENSIVO. IMPOSSIBILIDADE.\nJURISPRUDÊNCIA DO STJ. [...] Este Superior Tribunal de Justiça não\nadmite a impetração de mandado de segurança com a finalidade de conferir\nefeito suspensivo a recurso em sentido estrito interposto, em face de\ndecisão concessiva de liberdade provisória (precedentes). [...]\"\n(AgRg no HC 354095SP, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA,\njulgado em\n01/09/2016, DJe 13/09/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LIBERDADE PROVISÓRIA. UTILIZAÇÃO DO MANDADO DE SEGURANÇA PARA\nIMPRIMIR EFEITO SUSPENSIVO A RSE. IMPOSSIBILIDADE. [...] A\njurisprudência desta Corte é pacífica em inadmitir o manejo do mandado\nde segurança para conferir efeito suspensivo a recurso em sentido\nestrito interposto pelo Ministério Público contra decisão que concedeu\nliberdade provisória ao paciente. [...]\" (HC 362604SP, Rel.\nMinistro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 16/08/2016,\nDJe 26/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] MANDADO DE SEGURANÇA BUSCANDO ATRIBUIR EFEITO SUSPENSIVO A AGRAVO\nEM EXECUÇÃO. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. IMPOSSIBILIDADE. [...] Com\nefeito, consolidou-se nesta Corte Superior de Justiça entendimento no\nsentido de ser incabível o mandado de segurança para conferir efeito\nsuspensivo a agravo em execução interposto pelo Ministério Público.\n[...]\" (HC 299398SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA,\nQUINTA TURMA, julgado em 28/06/2016, DJe 01/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROGRESSÃO DE REGIME DEFERIDA. MANDADO DE SEGURANÇA IMPETRADO\nPARA CONFERIR EFEITO SUSPENSIVO A AGRAVO EM EXECUÇÃO. INCABÍVEL. ART.\n197 DA LEI DE EXECUÇÕES PENAIS. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO.\n[...] A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é firme no\nsentido do descabimento de mandado de segurança para conferir efeito\nsuspensivo a agravo em execução interposto a decisão que concede\nprogressão de regime. Isso porque, conforme preconiza o art. 197 da Lei\nde Execuções Penais, 'das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso\nde agravo, sem efeito suspensivo'. Assim, o manejo do mandado de\nsegurança como sucedâneo recursal, notadamente com o fito de obter\nmedida não prevista em lei, revela-se de todo inviável, sendo, ademais,\nimpossível falar em direito líquido e certo na ação mandamental quando a\npretensão carece de amparo legal. Precedentes. Assim, impõe-se a\ncassação da decisão liminar que imprimiu efeito suspensivo ao Agravo em\nExecução n. 7001194-92.2016.8.26.0344, em trâmite perante o Tribunal de\nJustiça do Estado de São Paulo, bem como ao acórdão que\nintempestivamente a confirmou. É devido, ainda, o retorno do apenado ao\nregime deferido em primeiro grau, até que a decisão prolatada pelo\nMagistrado das Execuções venha a ser substituída ou confirmada por\nocasião do julgamento do aludido agravo em execução. [...]\"\n(HC 354622SP, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA TURMA,\njulgado em\n28/06/2016, DJe 01/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] MANDADO DE SEGURANÇA BUSCANDO ATRIBUIR EFEITO SUSPENSIVO A AGRAVO\nEM EXECUÇÃO. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. PRECEDENTES. CONSTRANGIMENTO\nILEGAL EVIDENCIADO. [...] Dispõe o art. 197 da Lei de Execuções Penais:\n'Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito\nsuspensivo.' 2. É cabível a impetração de mandado de segurança na esfera\ncriminal, desde que preenchidos os requisitos autorizadores previstos no\nart. 5º, LXIX, da Constituição Federal. 3. Esta Corte firmou\nentendimento no sentido que é incabível mandado de segurança para\nconferir efeito suspensivo a agravo em execução interposto pelo\nMinistério Público. [...]\" (HC 344698SP, Rel. Ministro RIBEIRO\nDANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 02/06/2016, DJe 10/06/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ROUBO. PRISÃO PREVENTIVA. LIBERDADE PROVISÓRIA CONCEDIDA. RECURSO\nEM SENTIDO ESTRITO INTERPOSTO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO. IMPETRAÇÃO DE\nMANDADO DE SEGURANÇA. OBTENÇÃO DE EFEITO SUSPENSIVO NO RECURSO EM\nSENTIDO ESTRITO. ILEGALIDADE MANIFESTA. RECONHECIMENTO. [...] No sistema\nrecursal processual penal, a destinação de efeito suspensivo obedece a\numa lógica que presta reverência aos direitos e garantias fundamentais,\niluminada pelo devido processo legal. Nesse contexto, segundo a\njurisprudência desta Corte, revela constrangimento ilegal o manejo de\nmandado de segurança para se restabelecer constrição em desfavor do\nindivíduo, na pendência de irresignação interposta, qual seja, recurso\nem sentido estrito. [...]\" (HC 348486SP, Rel. Ministra MARIA\nTHEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 17/03/2016, DJe\n31/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROGRESSÃO DE REGIME. INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO EM EXECUÇÃO PELO\nPARQUET. MANDADO DE SEGURANÇA COM A FINALIDADE DE OBTENÇÃO DE EFEITO\nSUSPENSIVO AO RECURSO. IMPOSSIBILIDADE. IMPROPRIEDADE DA VIA ELEITA.\n[...] Consoante a jurisprudência sedimentada desta Corte Superior, o\nmandado de segurança não se presta para atribuir efeito suspensivo a\nrecurso de agravo em execução interposto pelo Ministério Público contra\ndecisão que concede benefício da Lei de Execuções Penais (Precedentes:\nHC n.º 127.563/RS, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, Quinta Turma, DJe de\n21/09/2009; e RMS n.º 23.086/MG, Rel. Min. Laurita Vaz, Quinta Turma,\nDJe de 03/11/2008). [...]\" (AgRg no HC 148623SP, Rel. Ministra\nALDERITA RAMOS DE OLIVEIRA (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/PE), SEXTA\nTURMA, julgado em 18/06/2013, DJe 01/07/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS. CONDENAÇÃO. SUBSTITUIÇÃO DA PENA\nPRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITOS. EXPEDIÇÃO DE ALVARÁ\nDE SOLTURA. IMPETRAÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA, PELO MINISTÉRIO PÚBLICO,\nPARA ATRIBUIR EFEITO SUSPENSIVO AO APELO INTERPOSTO. IMPOSSIBILIDADE.\n[...] A teor da jurisprudência consolidada deste Superior Tribunal de\nJustiça, é incabível a impetração do mandado de segurança para conferir\nefeito suspensivo a recurso de apelação interposto pelo Ministério\nPúblico. [...]\" (HC 228762SP, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA\nTURMA, julgado em 21/05/2013, DJe 28/05/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] HOMICÍDIO. CONDENAÇÃO. DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE.\nIMPETRAÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA ATRIBUIR\nEFEITO SUSPENSIVO A RECURSO CABÍVEL INTERPOSTO. IMPOSSIBILIDADE. [...]\nConforme vem reiteradamente decidindo este Superior Tribunal de Justiça,\né incabível a impetração de mandado de segurança pelo Ministério Público\npara conferir efeito suspensivo a recurso cabível interposto. [...]\"\n(HC 226043MT, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA\nTURMA, julgado em 11/04/2013, DJe 23/04/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 05/03/2018RSSTJ vol. 47 p. 79RSTJ vol. 249 p. 1318", "Precedentes": "AgRg no HC 388235 SP 2017/0029944-3 Decisão:18/05/2017\nDJe DATA:30/05/2017AgRg no HC 377712 SP 2016/0291121-4 Decisão:02/05/2017\nDJe DATA:09/05/2017AgRg no HC 369841 SP 2016/0232578-3 Decisão:02/02/2017\nDJe DATA:10/02/2017HC 369043 SP 2016/0226102-6 Decisão:15/12/2016\nDJe DATA:10/02/2017AgRg no HC 354095 SP 2016/0103134-2 Decisão:01/09/2016\nDJe DATA:13/09/2016HC 362604 SP 2016/0183219-9 Decisão:16/08/2016\nDJe DATA:26/08/2016HC 299398 SP 2014/0176299-4 Decisão:28/06/2016\nDJe DATA:01/08/2016HC 354622 SP 2016/0108579-4 Decisão:28/06/2016\nDJe DATA:01/08/2016HC 344698 SP 2015/0312711-0 Decisão:02/06/2016\nDJe DATA:10/06/2016HC 348486 SP 2016/0027818-1 Decisão:17/03/2016\nDJe DATA:31/03/2016AgRg no HC 148623 SP 2009/0187160-6 Decisão:18/06/2013\nDJe DATA:01/07/2013HC 228762 SP 2011/0305327-0 Decisão:21/05/2013\nDJe DATA:28/05/2013HC 226043 MT 2011/0281427-5 Decisão:11/04/2013\nDJe DATA:23/04/2013\nRSSTJ VOL.:00047 PG:00079", "Referência Legislativa": "LEG:FED CFB:****** ANO:1988\n***** CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988\n ART:00005 INC:00069\nLEG:FED DEL:003689 ANO:1941\n***** CPP-41 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\n ART:00581 ART:00584 ART:00593 ART:00597\nLEG:FED LEI:007210 ANO:1984\n***** LEP-84 LEI DE EXECUÇÃO PENAL\n ART:00197" }
Súmula 603(súmula cancelada)
É vedado ao banco mutuante reter, em qualquer extensão, os salários, vencimentos e/ou proventos de correntista para adimplir o mútuo (comum) contraído, ainda que haja cláusula contratual autorizativa, excluído o empréstimo garantido por margem salarial consignável, com desconto em folha de pagamento, que possui regramento legal específico e admite a retenção de percentual. (Súmula n. 603, Segunda Seção, julgado em 22/2/2018, DJe de 26/2/2018.)
{ "Enunciado": "É vedado ao banco mutuante reter, em qualquer extensão, os salários,\nvencimentos e/ou proventos de correntista para adimplir o mútuo (comum)\ncontraído, ainda que haja cláusula contratual autorizativa, excluído o\nempréstimo garantido por margem salarial consignável, com desconto em\nfolha de pagamento, que possui regramento legal específico e admite a\nretenção de percentual. (SÚMULA 603, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em\n22/02/2018, DJe 26/02/2018)SÚMULA CANCELADA:A Segunda Seção, na sessão de 22/08/2018, ao julgar o REsp 1.555.722/SP,\ndeterminou o CANCELAMENTO da Súmula 603 do STJ (DJe 27/08/2018).", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] EMPRÉSTIMO BANCÁRIO. RETENÇÃO INTEGRAL DO SALÁRIO DO CORRENTISTA.\nILEGALIDADE. [...] 'Ainda que expressamente ajustada, a retenção\nintegral do salário de correntista com o propósito de honrar débito\ndeste com a instituição bancária enseja a reparação moral' (AgRg nos\nEDcl no AREsp n. 215.768/RJ, Relator Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA\nTURMA, DJe 29/10/2012). [...]\" (AgRg nos EDcl no AREsp 425992RJ,\nRel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em\n03/02/2015, DJe 10/02/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTRATO BANCÁRIO. DESCONTO EM CONTA-CORRENTE. IMPOSSIBILIDADE.\nVALOR FIXADO A TÍTULO COMPENSATÓRIO. [...] Nos termos da jurisprudência\ndo STJ, é ilegal a apropriação do salário, depositado em conta-corrente,\npara a satisfação de saldo negativo existente na sua conta, cabendo a\nesta a satisfação do crédito por meio de cobrança judicial. [...]\"\n(AgRg nos EDcl no AREsp 429476RJ, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA\nTURMA, julgado em 18/09/2014, DJe 03/11/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTRATO DE CONTA CORRENTE. DESCONTO AUTOMÁTICO DE DÉBITOS PELA\nINSTITUIÇÃO FINANCEIRA. IMPOSSIBILIDADE. DANO MORAL. EXISTÊNCIA. [...]\nAinda que expressamente pactuado pelo cliente que quaisquer valores\ndepositados em sua conta corrente possam ser utilizados para o pagamento\ndo débito contraído, a retenção integral de seu salário pela instituição\nfinanceira para esse fim resulta em ilícito passível de indenização por\ndano moral. [...]\" (AgRg no AREsp 175375RJ, Rel. Ministro JOÃO\nOTÁVIO DE NORONHA, TERCEIRA TURMA, julgado em 06/08/2013, DJe\n22/08/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] BANCÁRIO. CONTRATO DE CHEQUE ESPECIAL. RETENÇÃO DO SALÁRIO DO\nCORRENTISTA. ILEGALIDADE. [...] A retenção de salário do correntista\npara fins de saldar débito relativo ao contrato de cheque especial,\nainda que conste cláusula autorizativa, não se reveste de legalidade,\nporquanto a instituição financeira pode buscar a satisfação de seu\ncrédito pelas vias judiciais. 2. 'Não é lícito ao banco valer-se do\nsalário do correntista, que lhe é confiado em depósito, pelo empregador,\npara cobrir saldo devedor de conta-corrente. Cabe-lhe obter o pagamento\nda dívida em ação judicial. Se nem mesmo ao judiciário é lícito penhorar\nsalários, não será a instituição privada autorizada a fazê-lo.' [...]\"\n(AgRg no REsp 876856MG, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA,\nTERCEIRA TURMA, julgado em 07/03/2013, DJe 13/03/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] REMUNERAÇÃO DEPOSITADA EM CONTA-CORRENTE. DESCONTO DE VALORES\nPARA PAGAMENTO DE EMPRÉSTIMO. IMPOSSIBILIDADE. SITUAÇÃO DIVERSA DO\nEMPRÉSTIMO CONSIGNADO EM FOLHA DE PAGAMENTO. [...] Consoante\njurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, é ilegal o desconto em\nconta-corrente de valores referentes a salários ou outra verba alimentar\npara pagamento de empréstimo, situação que se distingue do contrato de\nmútuo com cláusula de desconto em folha de pagamento. [...]\"\n(AgRg no REsp 1108935RS, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA,\njulgado em\n04/09/2012, DJe 26/09/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTRATO BANCÁRIO. DÉBITOS. SALÁRIO/VENCIMENTOS. RETENÇÃO.\nINADMISSIBILIDADE. [...] A jurisprudência do Superior Tribunal de\nJustiça não admite que a instituição financeira credora retenha valores\ndecorrentes de salário ou vencimentos do devedor depositados em sua\nconta para se creditar de débitos contratuais. [...]\"\n(EDcl no REsp 988178PB, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA\nTURMA, julgado\nem 23/08/2011, DJe 31/08/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTRATO DE MÚTUO. DEDUÇÃO DO SALÁRIO DO CORRENTISTA, A TÍTULO DE\nCOMPENSAÇÃO, DE VALORES INADIMPLIDOS. IMPOSSIBILIDADE. [...]\nInadmissível a apropriação, pelo banco credor, de salário do\ncorrentista, como forma de compensação de parcelas inadimplidas de\ncontrato de mútuo. [...]\" (AgRg no REsp 1214519PR, Rel. Ministro\nSIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 16/06/2011, DJe 28/06/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE REVISÃO CONTRATUAL. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS. DESCONTO DAS\nPRESTAÇÕES EM CONTA CORRENTE [...] Inadmissível a apropriação, pelo\nbanco credor, de salário do correntista, como forma de compensação de\nparcelas inadimplidas em contrato de mútuo. [...]\"\n(AgRg no REsp 975464SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA\nTURMA, julgado em\n26/04/2011, DJe 02/05/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTA-CORRENTE. PROVENTOS APOSENTADORIA. RETENÇÃO.\nIMPOSSIBILIDADE. DANO MORAL CONFIGURADO. [...] Não se confunde o\ndesconto em folha para pagamento de empréstimo garantido por margem\nsalarial consignável, prática que encontra amparo em legislação\nespecífica, com a hipótese desses autos, onde houve desconto integral\ndos proventos de aposentadoria depositados em conta corrente, para a\nsatisfação de mútuo comum. - Os proventos advindos de aposentadoria\nprivada de caráter complementar têm natureza remuneratória e se\nencontram expressamente abrangidos pela dicção do art. 649, IV, CPC, que\nassegura proteção a 'vencimentos, subsídios, soldos, salários,\nremunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios;\nas quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao\nsustento do devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e\nos honorários de profissional liberal'. - Não é lícito ao banco reter os\nproventos devidos ao devedor, a título de aposentadoria privada\ncomplementar, para satisfazer seu crédito. Cabe-lhe obter o pagamento da\ndívida em ação judicial. Se nem mesmo ao Judiciário é lícito penhorar\nsalários, não será a instituição privada autorizada a fazê-lo. - Ainda\nque expressamente ajustada, a retenção integral do salário de\ncorrentista com o propósito de honrar débito deste com a instituição\nbancária enseja a reparação moral. [...]\" (REsp 1012915PR, Rel.\nMinistra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 16/12/2008, DJe\n03/02/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTA-CORRENTE. SALDO DEVEDOR. SALÁRIO. RETENÇÃO.\nIMPOSSIBILIDADE. DANO MORAL CONFIGURADO. [...] Não se confunde o\ndesconto em folha para pagamento de empréstimo garantido por margem\nsalarial consignável, prática que encontra amparo em legislação\nespecífica, com a hipótese desses autos, onde houve desconto integral do\nsalário depositado em conta corrente, para a satisfação de mútuo comum.\n- Não é lícito ao banco valer-se do salário do correntista, que lhe é\nconfiado em depósito, pelo empregador, para cobrir saldo devedor de\nconta-corrente. Cabe-lhe obter o pagamento da dívida em ação judicial.\nSe nem mesmo ao Judiciário é lícito penhorar salários, não será a\ninstituição privada autorizada a fazê-lo. - Ainda que expressamente\najustada, a retenção integral do salário de correntista com o propósito\nde honrar débito deste com a instituição bancária enseja a reparação\nmoral. [...]\" (REsp 1021578SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,\nTERCEIRA TURMA, julgado em 16/12/2008, DJe 18/06/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DÍVIDA DE CORRENTISTA. RETENÇÃO INTEGRAL DE VENCIMENTOS. DANO\nMORAL. CONFIGURAÇÃO. Ainda que expressamente ajustada, a retenção\nintegral do salário de correntista com o propósito de honrar débito\ndeste com a instituição bancária enseja a reparação moral. [...]\"\n(REsp 595006RS, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA, QUARTA TURMA,\njulgado em 15/08/2006, DJ 18/09/2006, p. 323)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] BANCO. Cobrança. Apropriação de depósitos do devedor. O banco não\npode apropriar-se da integralidade dos depósitos feitos a título de\nsalários, na conta do seu cliente, para cobrar-se de débito decorrente\nde contrato bancário, ainda que para isso haja cláusula permissiva no\ncontrato de adesão. [...]\" (REsp 492777RS, Rel. Ministro RUY\nROSADO DE AGUIAR, QUARTA TURMA, julgado em 05/06/2003, DJ 01/09/2003, p.\n298)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 26/02/2018RSSTJ vol. 47 p. 61RSSTJ vol. 47 p. 71RSTJ vol. 249 p. 1317RSTJ vol. 251 p. 1149", "Precedentes": "AgRg nos EDcl no AREsp 425992 RJ 2013/0369777-2\nDecisão:03/02/2015\nDJe DATA:10/02/2015AgRg nos EDcl no AREsp 429476 RJ 2013/0375623-0\nDecisão:18/09/2014\nDJe DATA:03/11/2014AgRg no AREsp 175375 RJ 2012/0095253-2 Decisão:06/08/2013\nDJe DATA:22/08/2013AgRg no REsp 876856 MG 2006/0181245-7 Decisão:07/03/2013\nDJe DATA:13/03/2013AgRg no REsp 1108935 RS 2008/0278696-3 Decisão:04/09/2012\nDJe DATA:26/09/2012EDcl no REsp 988178 PB 2007/0218260-5 Decisão:23/08/2011\nDJe DATA:31/08/2011AgRg no REsp 1214519 PR 2010/0172128-4 Decisão:16/06/2011\nDJe DATA:28/06/2011AgRg no REsp 975464 SP 2007/0186884-8 Decisão:26/04/2011\nDJe DATA:02/05/2011REsp 1012915 PR 2007/0288591-9 Decisão:16/12/2008\nDJe DATA:03/02/2009\nRSSTJ VOL.:00047 PG:00061REsp 1021578 SP 2008/0004832-2 Decisão:16/12/2008\nDJe DATA:18/06/2009\nRSSTJ VOL.:00047 PG:00071REsp 595006 RS 2003/0040928-9 Decisão:15/08/2006\nDJ DATA:18/09/2006 PG:00323\nRB VOL.:00515 PG:00025\nREVFOR VOL.:00391 PG:00390\nRNDJ VOL.:00083 PG:00082\nRSTJ VOL.:00203 PG:00406REsp 492777 RS 2003/0007719-9 Decisão:05/06/2003\nDJ DATA:01/09/2003 PG:00298", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:005869 ANO:1973\n***** CPC-73 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 1973\n ART:00649 INC:00004\nLEG:FED LEI:013105 ANO:2015\n***** CPC-15 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015\n ART:00833 INC:00004" }
Súmula 602
O Código de Defesa do Consumidor é aplicável aos empreendimentos habitacionais promovidos pelas sociedades cooperativas. (Súmula n. 602, Segunda Seção, julgado em 22/2/2018, DJe de 26/2/2018.)
{ "Enunciado": "O Código de Defesa do Consumidor é aplicável aos empreendimentos\nhabitacionais promovidos pelas sociedades cooperativas. (SÚMULA 602,\nSEGUNDA SEÇÃO, julgado em 22/02/2018, DJe 26/02/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] INADIMPLEMENTO CONTRATUAL. IMÓVEL NÃO ENTREGUE NO PRAZO.\nCOOPERATIVA. REEXAME DE FATOS E PROVAS E REVISÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL.\nSUMULAS 5 E 7 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. CÓDIGO DE DEFESA DO\nCONSUMIDOR. [...] Não cabe, em recurso especial, reexaminar matéria de\nfato ou revisar cláusula contratual (Súmulas 5 e 7 do STJ). 2. As\ndisposições do CDC são aplicáveis aos empreendimentos habitacionais\npromovidos pelas sociedades cooperativas. [...]\"\n(AgInt no AREsp 454376SP, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI,\nQUARTA TURMA, julgado\nem 09/03/2017, DJe 15/03/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] COOPERATIVA HABITACIONAL. DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL. IMÓVEL.\nPRAZO DE ENTREGA. NÃO CUMPRIMENTO. QUANTIA PAGA. RESTITUIÇÃO INTEGRAL E\nIMEDIATA. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. SÚMULA N° 568 DO SUPERIOR TRIBUNAL\nDE JUSTIÇA. [...] Não há falar em retenção de valores de caráter\nadministrativo na hipótese de descumprimento contratual da cooperativa,\nocasionado pelo atraso na entrega do imóvel antes negociado, sendo\ndevida a restituição integral e imediata dos valores já pagos.\nPrecedentes. 2. É firme a orientação deste Tribunal Superior no sentido\nde que as disposições do Código de Defesa do Consumidor são aplicáveis\naos empreendimentos habitacionais promovidos pelas sociedades\ncooperativas. 3. Os magistrados da instância ordinária decidiram em\nperfeita consonância com a jurisprudência desta Corte, circunstância que\natrai a incidência da Súmula nº 568/STJ. [...]\"\n(AgInt no AREsp 949537SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA,\nTERCEIRA TURMA,\njulgado em 25/10/2016, DJe 16/11/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] COOPERATIVA HABITACIONAL. SALDO RESIDUAL. RATEIO. INEXIGIBILIDADE\nDO DÉBITO. INTERPRETAÇÃO DE CLÚSULAS CONTRATUAIS. REEXAME DE MATÉRIA\nFÁTICO-PROBATÓRIA. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 5/STJ E 7/STJ. CDC.\nINCIDÊNCIA. [...] Inviável, na estreita via do recurso especial, a\ninterpretação de cláusulas contratuais, bem como o reexame das premissas\nfático-probatórias que levaram as instâncias ordinárias à conclusão de\ninexigibilidade do débito, por força das Súmulas n. 5 e 7/STJ. 2. 'Esta\nCorte possui orientação no sentido de que as disposições do Código de\nDefesa do Consumidor são aplicáveis aos empreendimentos habitacionais\npromovidos pelas sociedades cooperativas'. (AgRg no AREsp 727.571/SP,\nRel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Terceira Turma, julgado em\n15/10/2015, DJe 20/10/2015 - sem destaque no original) [...]\"\n(AgInt no AREsp 914288SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA\nTURMA,\njulgado em 27/09/2016, DJe 07/10/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] COOPERATIVA HABITACIONAL. SALDO RESIDUAL. RATEIO. INEXIGIBILIDADE\nDO DÉBITO. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. SÚMULA Nº 7/STJ. CDC.\nINCIDÊNCIA. [...] Inviável, na estreita via do recurso especial, o\nreexame das premissas fático-probatórias que levaram as instâncias\nordinárias à conclusão de inexigibilidade do débito, por força das\nSúmulas nºs 5 e 7/STJ. 2. Esta Corte possui orientação no sentido de que\nas disposições do Código de Defesa do Consumidor são aplicáveis aos\nempreendimentos habitacionais promovidos pelas sociedades cooperativas.\n[...]\" (AgInt no AREsp 901484SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS\nCUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 18/08/2016, DJe 26/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] COOPERATIVAS. EMPREENDIMENTOS HABITACIONAIS. INCIDÊNCIA DO CDC.\n[...] De todo modo, nos termos da jurisprudência desta Corte, as\ndisposições do Código de Defesa do Consumidor são aplicáveis aos\nempreendimentos habitacionais promovidos pelas sociedades cooperativas.\n[...]\" (AgInt no AREsp 133203SP, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA\nTURMA, julgado em 16/06/2016, DJe 03/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] COOPERATIVA HABITACIONAL. SALDO RESIDUAL. RATEIO. INEXIGIBILIDADE\nDO DÉBITO. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. SÚMULA Nº 7/STJ. CDC.\nINCIDÊNCIA. [...] Inviável, na estreita via do recurso especial, o\nreexame das premissas de fático-probatórias que levaram as instâncias\nordinárias à conclusão de inexigibilidade do débito, por força da Súmula\nnº 7/STJ. 2. Esta Corte possui orientação no sentido de que as\ndisposições do Código de Defesa do Consumidor são aplicáveis aos\nempreendimentos habitacionais promovidos pelas sociedades cooperativas.\n[...]\" (AgRg no AREsp 727571SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS\nCUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/10/2015, DJe 20/10/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] COOPERATIVA HABITACIONAL. RESCISÃO CONTRATUAL. EMPREENDIMENTO\nVENDIDO E NÃO REALIZADO. DEVOLUÇÃO DAS IMPORTÂNCIAS PAGAS COM RETENÇÃO\nDE PARTE DO MONTANTE. LEI DE CONDOMÍNIOS E INCORPORAÇÕES. LEI DAS\nCOOPERATIVAS. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. SÚMULAS N. 284 DO STF E 5\nE 7 DO STJ. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM A ORIENTAÇÃO DO STJ.\nSÚMULA N. 83 DO STJ. [...] As disposições do CDC são aplicáveis aos\nempreendimentos habitacionais promovidos pelas sociedades cooperativas.\n3. É inviável o conhecimento da tese defendida no recurso especial -\npossibilidade de alteração da forma de devolução das parcelas pagas - se\na Corte de origem, considerando as peculiaridades do caso, concluiu ser\nabusiva cláusula de estatuto social e regimento interno de cooperativa\nque embasava a pretensão recursal. Incidência das Súmulas n. 5 e 7 do\nSTJ. [...]\" (AgRg no REsp 1315625SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE\nNORONHA, TERCEIRA TURMA, julgado em 06/10/2015, DJe 13/10/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] COOPERATIVA HABITACIONAL. APLICAÇÃO DO CDC. SÚMULA N. 83/STJ.\n[...] As disposições do CDC são aplicáveis aos empreendimentos\nhabitacionais promovidos pelas sociedades cooperativas. [...]\"\n(AgRg no REsp 1280916SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA,\nTERCEIRA\nTURMA, julgado em 25/08/2015, DJe 10/09/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] COOPERATIVA HABITACIONAL. ASSOCIAÇÃO DOS ADQUIRENTES. APLICAÇÃO\nDO CDC. [...] O Superior Tribunal de Justiça possui orientação\npacificada no sentido de que as disposições do Código de Defesa do\nConsumidor são aplicáveis aos empreendimentos habitacionais promovidos\npelas sociedades cooperativas. [...]\" (AgRg no REsp 1380977SP, Rel.\nMinistro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 25/08/2015, DJe\n28/08/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 26/02/2018RSSTJ vol. 47 p. 49RSTJ vol. 249 p. 1316", "Precedentes": "AgInt no AREsp 454376 SP 2013/0416080-5 Decisão:09/03/2017\nDJe DATA:15/03/2017AgInt no AREsp 949537 SP 2016/0180817-2 Decisão:25/10/2016\nDJe DATA:16/11/2016AgInt no AREsp 914288 SP 2016/0116307-0 Decisão:27/09/2016\nDJe DATA:07/10/2016AgInt no AREsp 901484 SP 2016/0094602-6 Decisão:18/08/2016\nDJe DATA:26/08/2016AgInt no AREsp 133203 SP 2011/0310070-8 Decisão:16/06/2016\nDJe DATA:03/08/2016AgRg no AREsp 727571 SP 2015/0142235-7 Decisão:15/10/2015\nDJe DATA:20/10/2015AgRg no REsp 1315625 SP 2012/0059218-1 Decisão:06/10/2015\nDJe DATA:13/10/2015AgRg no REsp 1280916 SP 2011/0186226-8 Decisão:25/08/2015\nDJe DATA:10/09/2015AgRg no REsp 1380977 SP 2011/0300168-3 Decisão:25/08/2015\nDJe DATA:28/08/2015\nRSSTJ VOL.:00047 PG:00049", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:008078 ANO:1990\n***** CDC-90 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR" }
Súmula 601
O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que decorrentes da prestação de serviço público. (Súmula n. 601, Corte Especial, julgado em 7/2/2018, DJe de 14/2/2018.)
{ "Enunciado": "O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de\ndireitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores,\nainda que decorrentes da prestação de serviço público. (SÚMULA 601,\nCORTE ESPECIAL, julgado em 07/02/2018, DJe 14/02/2018)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] AÇÃO COLETIVA DE CONSUMO. MINISTÉRIO PÚBLICO. LEGITIMIDADE ATIVA.\n[...] A jurisprudência desta Corte Superior adota a teoria da asserção,\nsegundo a qual a presença das condições da ação, entre elas a\nlegitimidade ativa, é apreciada à luz da narrativa contida na petição\ninicial, não se confundindo com o exame do direito material objeto da\nação, a ser enfrentado mediante confronto dos elementos de fato e de\nprova apresentados pelas partes em litígio. 3. O interesse tutelado\nnesta 'ação coletiva de consumo', além de sua relevância social,\ntranscende a esfera de interesses dos efetivos contratantes, tendo\nreflexo em uma universalidade de potenciais consumidores indetermináveis\nde plano, que podem, igualmente de forma sistemática e reiterada, ser\nafetados pela prática apontada como abusiva, massificando o conflito.\nAlcança, portanto, direitos individuais homogêneos e difusos, estando\ncaracterizada a legitimidade ativa do Ministério Público do Estado do\nRio Grande do Sul para propor a ação, sendo irrelevante a\ndisponibilidade do direito envolvido na lide. 4. Na linha da\njurisprudência desta Corte, o Ministério Público tem legitimidade ativa\npara propor ação civil pública e ação coletiva com o propósito de velar\npor direitos difusos e, também, individuais homogêneos dos consumidores,\nainda que disponíveis. [...]\" (AgRg no REsp 932994RS, Rel. Ministro\nANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 15/09/2016, DJe\n22/09/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. TELEFONIA. [...] MINISTÉRIO PÚBLICO.\nLEGITIMIDADE ATIVA. [...] O Ministério Público detém legitimidade para\n'promover Ação Civil Pública ou Coletiva para tutelar não apenas\ndireitos difusos ou coletivos de consumidores, mas também direitos\nindividuais homogêneos, inclusive quando decorrentes da prestação de\nserviços públicos' (REsp 929.792/SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA\nFILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/02/2016, DJe 31/03/2016). [...]\"\n(AgRg no REsp 1221289PR, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA\nTURMA, julgado em 23/06/2016, DJe 16/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DIREITO DO CONSUMIDOR. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. MINISTÉRIO PÚBLICO.\nLEGITIMIDADE. [...] O Ministério Público tem legitimidade para a\npropositura de ação civil pública objetivando a defesa de direitos\ndifusos e individuais homogêneos do consumidor. [...]\" (REsp 871172SE, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em\n14/06/2016, DJe 24/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. [...] LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA\nA DEFESA DE INTERESSES INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS DE CONSUMIDORES, AINDA QUE\nDISPONÍVEIS. [...] O Ministério Público tem legitimidade ativa para a\npropositura de ação civil pública destinada à defesa de direitos\nindividuais homogêneos de consumidores, ainda que disponíveis, pois se\nestá diante de legitimação voltada à promoção de valores e objetivos\ndefinidos pelo próprio Estado. [...]\" (REsp 1254428MG, Rel.\nMinistro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, TERCEIRA TURMA, julgado em 02/06/2016,\nDJe 10/06/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. TELEFONIA. [...] MINISTÉRIO PÚBLICO.\nLEGITIMIDADE ATIVA. [...] Trata-se, na origem, de ação civil pública\najuizada pelo Ministério Público de Santa Catarina em face da OI/SA, em\nque se pretende a condenação da requerida a reparar todos os telefones\nde uso público em Itajaí, bem como a inserir informações claras e\nprecisas sobre como utilizá-los e os códigos de seleção das prestadoras.\n3. A decisão agravada foi acertada e baseada na jurisprudência pacífica\ndo STJ, ao concluir pela legitimidade ativa do Ministério Público para\najuizar ação civil pública a fim de promover a defesa dos direitos\ndifusos e coletivos dos consumidores, e de seus interesses o direitos\nindividuais homogêneos, inclusive no que se refere à prestação de\nserviços públicos, tal como ocorre na espécie. [...]\"\n(AgRg nos EDcl no REsp 1508524SC, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL\nMARQUES, SEGUNDA\nTURMA, julgado em 10/03/2016, DJe 16/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONCESSÃO DE TRANSPORTE URBANO DE PASSAGEIROS. TARIFA FIXADA POR\nDECRETO DO PREFEITO MUNICIPAL. LEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO\nPARA QUESTIONAR O SEU VALOR. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. [...] O Ministério\nPúblico tem legitimidade subjetiva ativa para promover Ação Civil\nPública ou Coletiva para tutelar não apenas direitos difusos ou\ncoletivos de consumidores, mas também direitos individuais homogêneos,\ninclusive quando decorrentes da prestação de serviços públicos. [...]\"\n(REsp 929792SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA\nTURMA, julgado em 18/02/2016, DJe 31/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ILEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO. AUSÊNCIA\nDE RELEVÂNCIA SOCIAL. ACÓRDÃO RECORRIDO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA\nDESTA CORTE. [...] A orientação jurisprudencial desta Corte Superior tem\nse inclinado a permitir a legitimação dos órgãos do Ministério Público\npara demandarem na defesa de direitos individuais homogêneos, desde que\npresente a relevância social dos interesses defendidos, consubstanciada\nna transcendência dos efeitos à esfera de interesses individuais,\nrefletindo em uma universalidade de potenciais consumidores que podem\nser afetados pela prática apontada como abusiva. Precedentes. 2. Na\nhipótese dos autos não se verifica a relevância social apta a legitimar\na extraordinária atuação do Parquet, porquanto pretende a proteção de\ndireito disponível e que não possui natureza coletiva, já que o titular\ndo direito que se busca a proteção é plenamente identificável. O\nentendimento adotado pelo acórdão recorrido encontra-se em harmonia com\na jurisprudência desta Corte, atraindo a aplicação da Súmula 83/STJ.\n[...]\" (AgRg no REsp 1411444SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO\nBELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 27/10/2015, DJe 13/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE ENERGIA\nELÉTRICA. LEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO. [...] De acordo com\na jurisprudência deste STJ, o Ministério Público ostenta legitimidade\nativa para a propositura de ação civil pública objetivando resguardar\ndireitos individuais homogêneos dos consumidores. [...]\"\n(AgRg no AREsp 300270MG, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA\nTURMA, julgado\nem 17/09/2015, DJe 24/09/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ADULTERAÇÃO DE COMBUSTÍVEL. DIREITOS DIFUSOS\nE COLETIVOS. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. [...] Extrai-se\ndos autos que a vexata quaestio envolve a tutela de direitos individuais\nhomogêneos de consumidores e difusos, tendo em vista que se trata de\nmatéria atrelada à comercialização de combustível automotor fora dos\npadrões da ANP, isto é, adulterado. 2. É indiscutível a legitimidade do\nMinistério Público Federal para propor a presente ação, porquanto, além\nde se verificar que o feito está relacionado à tutela de direitos\ncoletivos, os quais, in casu, por sua própria natureza extravasam\nlimites estaduais, nota-se que a fiscalização e a regulamentação da\nvenda de combustíveis pertence a ente autárquico federal, qual seja, a\nAgência Nacional do Petróleo. [...]\" (AgRg no REsp 1518698SE, Rel.\nMinistro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 25/08/2015, DJe\n16/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO.\nEXISTÊNCIA DE DIREITO INDIVIDUAL HOMOGÊNEO. CONSUMIDORES USUÁRIOS DOS\nSERVIÇOS DE TELEFONIA. ACÓRDÃO RECORRIDO CONSONANTE COM O ENTENDIMENTO\nDESTA CORTE. SÚMULA 83/STJ. [...] O Tribunal de origem, ao avaliar a\nlegitimidade do Parquet para propor o presente feito, fundou suas razões\nde decidir na afirmação de que são evidentes os interesses e os direitos\nindividuais homogêneos, uma vez que, 'no caso em testilha, evidencia-se\nque os direitos coletivos tutelados são de natureza individual e\nhomogênea, máxime em se considerando que não obstante pudessem ser\nprotegidos individualmente, visto que divisíveis, a tutela coletiva\ntambém é admissível porquanto resultante do mesmo contrato de adesão'\n(fl. 253, e-STJ). 4. A jurisprudência desta Corte firmou-se no mesmo\nsentido da tese esposada pelo acórdão recorrido de que há legitimidade\ndo Ministério Público para 'promover ação civil pública ou coletiva para\ntutelar, não apenas direitos difusos ou coletivos de consumidores, mas\ntambém de seus direitos individuais homogêneos, inclusive quando\ndecorrentes da prestação de serviços públicos. Trata-se de legitimação\nque decorre, genericamente, dos artigos 127 e 129, III da Constituição\nda República e, especificamente, do artigo 82, I do Código de Defesa do\nConsumidor (Lei 8.078/90)' (REsp 984.005/PE, Rel. Min. Teori Albino\nZavascki, Primeira Turma, julgado em 13.9.2011, DJe de 26.10.2011).\nIncidência da Súmula 83/STJ. [...]\" (AgRg no AREsp 255845SP, Rel.\nMinistro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 07/05/2015, DJe\n10/08/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO. PUBLICIDADE ENGANOSA\nVEICULADA POR CANAIS DE TELEVISÃO, JORNAIS E, PESSOALMENTE, POR\nCORRETORES. AÇÃO HÍBRIDA. DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS, DIFUSOS E\nCOLETIVOS. [...] As tutelas pleiteadas em ações civis públicas não são\nnecessariamente puras e estanques. Não é preciso que se peça, de cada\nvez, uma tutela referente a direito individual homogêneo, em outra ação\numa de direitos coletivos em sentido estrito e, em outra, uma de\ndireitos difusos, notadamente em se tratando de ação manejada pelo\nMinistério Público, que detém legitimidade ampla no processo coletivo.\nIsso porque embora determinado direito não possa pertencer, a um só\ntempo, a mais de uma categoria, isso não implica dizer que, no mesmo\ncenário fático ou jurídico conflituoso, violações simultâneas de\ndireitos de mais de uma espécie não possam ocorrer. 2. No caso concreto,\ntrata-se de ação civil pública de tutela híbrida. Percebe-se que: (a) há\ndireitos individuais homogêneos referentes aos eventuais danos\nexperimentados por aqueles compradores de título de capitalização em\nrazão da publicidade tida por enganosa; (b) há direitos coletivos\nresultantes da ilegalidade em abstrato da propaganda em foco, a qual\natinge igualmente e de forma indivisível o grupo de contratantes atuais\ndo título de capitalização; (c) há direitos difusos, relacionados ao\nnúmero de pessoas indeterminadas e indetermináveis atingidas pela\npublicidade, inclusive no que tange aos consumidores futuros. 3. Na\nhipótese, a ação coletiva foi proposta visando cessar a transmissão de\npublicidade enganosa atinente aos produtos denominados Super Fácil Carro\ne Super Fácil Casa, veiculada por canais de televisão, jornais, além da\nabordagem pessoal, por meio de corretores, prepostos da empresa ré,\natingindo número indeterminado de consumidores. 4. Mesmo que se\nconsidere que na situação em concreto não há direitos difusos, é de\nnotar que, no tocante ao interesse individual homogêneo, o Ministério\nPúblico também preencheu o critério para a sua atuação na defesa desse\ninteresse transindividual, qual seja: o interesse social relevante. 5. O\nSTF e o STJ reconhecem que o evidente relevo social da situação em\nconcreto atrai a legitimação do Ministério Público para a propositura de\nação civil pública em defesa de interesses individuais homogêneos, mesmo\nque disponíveis, em razão de sua vocação constitucional para defesa dos\ndireitos fundamentais ou dos objetivos fundamentais da República, tais\ncomo: a dignidade da pessoa humana, meio ambiente, saúde, educação,\nconsumidor, previdência, criança e adolescente, idoso, moradia, salário\nmínimo, serviço público, dentre outros. No caso, verifica-se que há\ninteresse social relevante do bem jurídico tutelado, atrelado à\nfinalidade da instituição, notadamente por tratar de relação de consumo\nem que atingido um número indeterminado de pessoas e, ainda, pela\nmassificação do conflito em si considerado, estando em conformidade com\nos ditames dos arts. 127 e 129, III, da Constituição Federal, arts. 81 e\n82 do CDC e arts. 1º e 5º da Lei n. 7.347/1985. [...]\" (REsp 1209633RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em\n14/04/2015, DJe 04/05/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. [...] LEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO\nPÚBLICO. PRECEDENTES. [...] A presente ação civil pública foi proposta\ncom base nos 'interesses individuais homogêneos' do\nconsumidores/usuários do serviço bancário, tutelados pela Lei n.º 8.078,\nem seu art. 81, parágrafo único, inciso III, ou seja, aqueles entendidos\ncomo decorrentes de origem comum, consoante demonstrado pelo Tribunal de\norigem, motivo pelo qual não há falar em falta de legitimação do\nMinistério Público para propor a ação (REsp n.º 794752/MA, Relator Min.\nLuis Felipe Salomão, Quarta Turma, DJe de 12.04.2010) [...]\"\n(AgRg no REsp 1349634DF, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO,\nTERCEIRA\nTURMA, julgado em 16/10/2014, DJe 24/10/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA. MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. LEGITIMIDADE.\nDIREITO INDIVIDUAL HOMOGÊNEO. CONSUMIDOR. SERVIÇOS DE INTERNET. [...] O\nobjeto da Ação Civil Pública é a defesa dos direitos dos consumidores de\nterem o serviço de acesso à internet por banda larga (VELOX), a preços\nuniformes em todo o Estado do Rio de Janeiro. 2. O direito discutido\nestá dentro da órbita jurídica de cada indivíduo, sendo divisível, com\ntitulares determinados e decorrente de uma origem comum, o que\nconsubstancia direitos individuais homogêneos. 3. A jurisprudência desta\nCorte Superior de Justiça é no sentido da legitimidade do Ministério\nPúblico para 'promover ação civil pública ou coletiva para tutelar, não\napenas direitos difusos ou coletivos de consumidores, mas também de seus\ndireitos individuais homogêneos, inclusive quando decorrentes da\nprestação de serviços públicos. Trata-se de legitimação que decorre,\ngenericamente, dos artigos 127 e 129, III da Constituição da República\ne, especificamente, do artigo 82, I do Código de Defesa do Consumidor\n(Lei 8.078/90)' (REsp 984.005/PE, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki,\nPrimeira Turma, julgado em 13/9/2011, DJe 26/10/2011). [...]\"\n(AgRg no AREsp 209779RJ, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA,\njulgado em\n05/11/2013, DJe 20/11/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO CIVIL PÚBLICA - DESCONTO AUTOMÁTICO PARA AMORTIZAR DÉBITO\nDECORRENTE DE CONTRATO DE MÚTUO [...] Legitimidade ativa do Ministério\nPúblico para a propositura de ação civil pública, pois a demanda foi\nproposta com base nos 'interesses individuais homogêneos' dos\nconsumidores/usuários de serviço bancário, tutelados pela Lei nº 8.078,\nem seu art. 81, parágrafo único, inciso III. A defesa dos consumidores\nconstitui uma das finalidades primordiais do Ministério Público, nos\ntermos dos arts. 127 da CF e 21 da Lei 7.327/85. [...]\"\n(AgRg no AREsp 34403RJ, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA,\njulgado em\n09/04/2013, DJe 18/04/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"AÇÃO CIVIL PÚBLICA. [...] TRANSPORTE PÚBLICO. SISTEMA DE BILHETAGEM\nELETRÔNICA. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO. RELAÇÃO DE CONSUMO.\nVIOLAÇÃO DO DIREITO BÁSICO DO CONSUMIDOR À INFORMAÇÃO ADEQUADA. [...] O\nMinistério Público tem legitimidade ativa para a propositura de ação\ncivil pública que visa à tutela de direitos difusos, coletivos e\nindividuais homogêneos, conforme inteligência dos arts. 129, III da\nConstituição Federal, arts. 81 e 82 do CDC e arts. 1º e 5º da Lei\n7.347/85. [...]\" (REsp 1099634RJ, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,\nTERCEIRA TURMA, julgado em 08/05/2012, DJe 15/10/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 14/02/2018RSSTJ vol. 47 p. 11RSTJ vol. 249 p. 1315", "Precedentes": "AgRg no REsp 932994 RS 2007/0047766-8 Decisão:15/09/2016\nDJe DATA:22/09/2016AgRg no REsp 1221289 PR 2010/0211318-0 Decisão:23/06/2016\nDJe DATA:16/08/2016REsp 871172 SE 2006/0096433-6 Decisão:14/06/2016\nDJe DATA:24/08/2016\nRSTJ VOL.:00243 PG:00602REsp 1254428 MG 2011/0094322-5 Decisão:02/06/2016\nDJe DATA:10/06/2016\nIP VOL.:00098 PG:00255\nRIP VOL.:00098 PG:00255AgRg nos EDcl no REsp 1508524 SC 2014/0341597-0 Decisão:10/03/2016\nDJe DATA:16/03/2016REsp 929792 SP 2007/0018251-5 Decisão:18/02/2016\nDJe DATA:31/03/2016\nRSSTJ VOL.:00047 PG:00011AgRg no REsp 1411444 SP 2013/0276272-1 Decisão:27/10/2015\nDJe DATA:13/11/2015AgRg no AREsp 300270 MG 2013/0045276-1 Decisão:17/09/2015\nDJe DATA:24/09/2015AgRg no REsp 1518698 SE 2015/0047921-7 Decisão:25/08/2015\nDJe DATA:16/11/2015AgRg no AREsp 255845 SP 2012/0237877-8 Decisão:07/05/2015\nDJe DATA:10/08/2015REsp 1209633 RS 2010/0146309-0 Decisão:14/04/2015\nDJe DATA:04/05/2015AgRg no REsp 1349634 DF 2012/0216812-3 Decisão:16/10/2014\nDJe DATA:24/10/2014AgRg no AREsp 209779 RJ 2012/0156690-0 Decisão:05/11/2013\nDJe DATA:20/11/2013AgRg no AREsp 34403 RJ 2011/0187508-1 Decisão:09/04/2013\nDJe DATA:18/04/2013REsp 1099634 RJ 2008/0230182-0 Decisão:08/05/2012\nDJe DATA:15/10/2012", "Referência Legislativa": "LEG:FED CFB:****** ANO:1988\n***** CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988\n ART:00127 ART:00129 INC:00003\nLEG:FED LEI:008078 ANO:1990\n***** CDC-90 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR\n ART:00081 ART:00082\nLEG:FED LEI:007347 ANO:1985\n***** LACP-85 LEI DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA\n ART:00001 ART:00005 ART:00021" }
Súmula 600
Para a configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) não se exige a coabitação entre autor e vítima. (Súmula n. 600, Terceira Seção, julgado em 22/11/2017, DJe de 27/11/2017.)
{ "Enunciado": "Para a configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo\n5º da Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) não se exige a coabitação\nentre autor e vítima. (SÚMULA 600, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em\n22/11/2017, DJe 27/11/2017)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] LESÃO CORPORAL. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. ART. 129, § 9º DO CP.\nCOMPETÊNCIA DA VARA DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. EX-NAMORADO, COM FILHA\nCOMUM. RELAÇÃO ÍNTIMA DE AFETO. INCIDÊNCIA DA LEI 11.340/06. [...]\nConsiderando que restou consignado na origem que o recorrente e a vítima\nmantiveram relacionamento afetivo, tendo, inclusive, uma filha em comum,\ncom menos de um ano de idade, a agressão à ex-namorada configura crime\nde violência doméstica abrangido pela Lei Maria da Penha. 2. Estabelece\no art. 5º da Lei nº 11.340/06 traz três hipóteses de incidência: em\nrazão do local (domicílio), em razão do vínculo familiar, mesmo\nvoluntário, e em razão do vínculo afetivo, situação esta em que se\nenquadra o ex-namorado. 3. Embora terminado o relacionamento amoroso e\njá não mais residindo o agressor no mesmo domicílio, a violência deu-se\nem razão da relação afetiva com a mulher, que é pela lei especial\nprotegida. 4. A mulher possui na Lei Maria da Penha a proteção acolhida\npelo país em direito convencional de proteção ao gênero, que independe\nda demonstração de concreta fragilidade, física, emocional ou\nfinanceira. 5. É da competência da Vara da Violência Doméstica o\njulgamento do crime contra a mulher atingida por violência de homem em\nseu domicílio, ou com quem mantenha vínculo familiar, ou mesmo com quem\ntenha tido relação íntima de afeto. [...]\" (AgRg no RHC 74107SP,\nRel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 15/09/2016, DJe\n26/09/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LESÕES CORPORAIS PRATICADAS COM VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR\nPOR NAMORADO CONTRA NAMORADA. LEI MARIA DA PENHA. INCIDÊNCIA.\nDESNECESSIDADE DE COABITAÇÃO. EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE INTIMIDADE E\nAFETO ENTRE AGRESSOR E VÍTIMA. [...] Nos termos do artigo 5º, inciso\nIII, da Lei 11.340/2006, é perfeitamente possível a prática de violência\ndoméstica e familiar nas relações entre namorados, ainda que não tenham\ncoabitado, exigindo-se, contudo, que os fatos tenham sido praticados em\nrazão da relação de intimidade e afeto existente entre o agressor e a\nvítima. Precedentes. 2. Na hipótese dos autos, tanto o magistrado de\norigem quanto a autoridade apontada como coatora consignaram que o\npaciente teria agredido a vítima em razão do relacionamento amoroso que\nmantiveram por aproximadamente um ano, e que teria se revelado sério e\nduradouro, circunstância que permite a aplicação da Lei 11.340/2006.\n[...]\" (HC 357885SP, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA,\njulgado em 23/08/2016, DJe 31/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] VIAS DE FATO. LEI MARIA DA PENHA. CONDUTA PRATICADA CONTRA IRMÃ.\nINEXISTÊNCIA DE COABITAÇÃO. IRRELEVÂNCIA. VULNERABILIDADE ÍNSITA À\nCONDIÇÃO DA MULHER HODIERNA. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. [...]\nEsta Corte Superior de Justiça tem entendimento consolidado no sentido\nde que a caracterização da violência doméstica e familiar contra a\nmulher não depende do fato de agente e vítima conviverem sob o mesmo\nteto, sendo certo que a sua hipossuficiência e vulnerabilidade é\npresumida pela Lei n. 11.340/06. Precedentes. 2. Na hipótese,\ndepreende-se que os fatos atribuídos ao paciente, não obstante tenham\nocorrido em local público, foram nitidamente influenciados pela relação\nfamiliar que mantém com a vítima, sua irmã, circunstância que dá ensejo\nà incidência da norma contida no artigo 5º, inciso II, da Lei Maria da\nPenha. [...]\" (HC 280082RS, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA\nTURMA, julgado em 12/02/2015, DJe 25/02/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LEI MARIA DA PENHA. AMEAÇA E LESÃO CORPORAL. [...] 'A Lei n.º\n11.340/2006, denominada Lei Maria da Penha, em seu art. 5.º, inc. III,\ncaracteriza como violência doméstica aquela em que o agressor conviva ou\ntenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação' (CC n.\n100.654/MG, Terceira Seção, Rel. Ministra Laurita Vaz, DJe de\n13/5/2009). [...]\" (RHC 51303BA, Rel. Ministro FELIX FISCHER,\nQUINTA TURMA, julgado em 09/12/2014, DJe 18/12/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LESÃO CORPORAL. [...] VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A\nMULHER. RELAÇÃO ÍNTIMA DE AFETO ENTRE AUTORES E VÍTIMA. COABITAÇÃO.\nDESNECESSIDADE. INCIDÊNCIA DA LEI MARIA DA PENHA. [...] A Terceira Seção\ndeste Superior Tribunal afirmou que o legislador, ao editar a Lei Maria\nda Penha, teve em conta a mulher numa perspectiva de gênero e em\ncondições de hipossuficiência ou inferioridade física e econômica em\nrelações patriarcais. Ainda, restou consignado que o escopo da lei é a\nproteção da mulher em situação de fragilidade/vulnerabilidade diante do\nhomem ou de outra mulher, desde que caracterizado o vínculo de relação\ndoméstica, familiar ou de afetividade (CC n. 88.027/MG, Ministro Og\nFernandes, DJ 18/12/2008). 4. A intenção do legislador, ao editar a Lei\nMaria da Penha, foi de dar proteção à mulher que tenha sofrido agressão\ndecorrente de relacionamento amoroso, e não de relações transitórias,\npassageiras, sendo desnecessária, para a comprovação do aludido vínculo,\na coabitação entre o agente e a vítima ao tempo do crime. 5. No caso dos\nautos, mostra-se configurada, em princípio, uma relação íntima de afeto\nentre autores e ofendida, pois, além de os agressores já terem convivido\ncom a vítima, o próprio paciente (pai da vítima) declarou, perante a\nautoridade policial, que a ofendida morou com ele por algum tempo, tendo\ninclusive montado um quarto em sua residência para ela. 6. Para a\nincidência da Lei Maria da Penha, faz-se necessária a demonstração da\nconvivência íntima, bem como de uma situação de vulnerabilidade da\nmulher, que justifique a incidência da norma de caráter protetivo,\nhipótese esta configurada nos autos. 7. Para efetivamente verificar se o\ndelito supostamente praticado pelos pacientes não guarda nenhuma\nmotivação de gênero nem tenha sido perpetrado em contexto de relação\níntima de afeto, seria necessário o revolvimento de matéria\nfático-probatória, o que, conforme cediço, não é cabível no âmbito\nestrito do writ. [...]\" (HC 181246RS, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS\nJÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 20/08/2013, DJe 06/09/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AMEAÇA DE MORTE FEITA POR IRMÃOS DA VÍTIMA. LEI MARIA DA PENHA.\nINCIDÊNCIA. COABITAÇÃO. DESNECESSIDADE. [...] Consoante entendimento\ndesta Corte, a relação existente entre o sujeito ativo e o passivo de\ndeterminado delito deve ser analisada em face do caso concreto, para\nverificar a aplicação da Lei Maria da Penha, sendo desnecessário que se\nconfigure a coabitação entre eles. 2. Hipótese que se amolda àqueles\nobjeto de proteção da Lei nº 11.340/2006, já que caracterizada a relação\níntima de afeto entre os agentes e a vítima. [...]\" (HC 184990RS,\nRel. Ministro OG FERNANDES, SEXTA TURMA, julgado em 12/06/2012, DJe\n09/11/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LEI MARIA DA PENHA. EX-NAMORADOS. APLICABILIDADE. [...] A\nTerceira Seção deste Superior Tribunal de Justiça vem firmando\nentendimento jurisprudencial no sentido de que a ameaça cometida por\nex-namorado que não se conforma com o rompimento do vínculo configura\nviolência doméstica, ensejando a aplicação da Lei nº 11.340/06. [...]\"\n(RHC 27317RJ, Rel. Ministro GILSON DIPP, QUINTA TURMA, julgado em\n17/05/2012, DJe 24/05/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LEI MARIA DA PENHA. EX-NAMORADOS. VIOLÊNCIA COMETIDA EM RAZÃO DO\nINCONFORMISMO DO AGRESSOR COM O FIM DO RELACIONAMENTO. CONFIGURAÇÃO DE\nVIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER. APLICAÇÃO DA LEI 11.340/2006. [...]\nConfigura violência contra a mulher, ensejando a aplicação da Lei nº\n11.340/2006, a agressão cometida por ex-namorado que não se conformou\ncom o fim de relação de namoro, restando demonstrado nos autos o nexo\ncausal entre a conduta agressiva do agente e a relação de intimidade que\nexistia com a vítima. 2. In casu, a hipótese se amolda perfeitamente ao\nprevisto no art. 5º, inciso III, da Lei nº 11.343/2006, já que\ncaracterizada a relação íntima de afeto, em que o agressor conviveu com\na ofendida por vinte e quatro anos, ainda que apenas como namorados,\npois aludido dispositivo legal não exige a coabitação para a\nconfiguração da violência doméstica contra a mulher. [...]\"\n(CC 103813MG, Rel. Ministro JORGE MUSSI, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em\n24/06/2009, DJe 03/08/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LEI MARIA DA PENHA. VIOLÊNCIA PRATICADA EM DESFAVOR DE\nEX-NAMORADA. CONDUTA CRIMINOSA VINCULADA A RELAÇÃO ÍNTIMA DE AFETO.\nCARACTERIZAÇÃO DE ÂMBITO DOMÉSTICO E FAMILIAR. LEI N.º 11.340/2006.\nAPLICAÇÃO. [...] A Lei n.º 11.340/2006, denominada Lei Maria da Penha,\nem seu art. 5.º, inc. III, caracteriza como violência doméstica aquela\nem que o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida,\nindependentemente de coabitação. Contudo, necessário se faz salientar\nque a aplicabilidade da mencionada legislação a relações íntimas de\nafeto como o namoro deve ser analisada em face do caso concreto. Não se\npode ampliar o termo - relação íntima de afeto - para abarcar um\nrelacionamento passageiro, fugaz ou esporádico. 2. In casu, verifica-se\nnexo de causalidade entre a conduta criminosa e a relação de intimidade\nexistente entre agressor e vítima, que estaria sendo ameaçada de morte\napós romper namoro de quase dois anos, situação apta a atrair a\nincidência da Lei n.º 11.340/2006. [...]\" (CC 100654MG, Rel.\nMinistra LAURITA VAZ, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 25/03/2009, DJe\n13/05/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER (LEI 11.340/06).\nAGRESSÃO DE EX-COMPANHEIRO APARENTEMENTE VINCULADA À RELAÇÃO ÍNTIMA DE\nAFETO DO AGRESSOR COM A VÍTIMA. LESÃO CORPORAL, INJÚRIA E AMEAÇA. [...]\nA Lei 11.340/06 buscou proteger não só a vítima que coabita com o\nagressor, mas também aquela que, no passado, já tenha convivido no mesmo\ndomicílio, contanto que haja nexo entre a agressão e a relação íntima de\nafeto que já existiu entre os dois. 2. A conduta atribuída ao\nex-companheiro da vítima amolda-se, em tese, ao disposto no art. 7o.,\ninciso I da Lei 11.340/06, que visa a coibir a violência física,\nentendida como qualquer conduta que ofenda a integridade ou a saúde\ncorporal da mulher, a violência psicológica e a violência moral,\nentendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou\ninjúria. [...]\" (CC 102832MG, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA\nFILHO, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 25/03/2009, DJe 22/04/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LEI MARIA DA PENHA [...] VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - AUSÊNCIA DE\nCOABITAÇÃO - IRRELEVÂNCIA - VIOLÊNCIA QUE DECORREU, EM TESE, DO\nRELACIONAMENTO AMOROSO ENTÃO EXISTENTE ENTRE AUTOR E VÍTIMA [...] Para a\nconfiguração de violência doméstica, basta que estejam presentes as\nhipóteses previstas no artigo 5º da Lei 11.343/2006 (Lei Maria da\nPenha), dentre as quais não se encontra a necessidade de coabitação\nentre autor e vítima. [...]\" (HC 115857MG, Rel. Ministra JANE SILVA\n(DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/MG), SEXTA TURMA, julgado em 16/12/2008,\nDJe 02/02/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIME COM VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA MULHER. AGRESSÕES\nMÚTUAS ENTRE NAMORADOS SEM CARACTERIZAÇÃO DE SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE\nDA MULHER. INAPLICABILIDADE DA LEI Nº 11.340/06. [...] Delito de lesões\ncorporais envolvendo agressões mútuas entre namorados não configura\nhipótese de incidência da Lei nº 11.340/06, que tem como objeto a mulher\nnuma perspectiva de gênero e em condições de hipossuficiência ou\nvulnerabilidade. 2. Sujeito passivo da violência doméstica objeto da\nreferida lei é a mulher. Sujeito ativo pode ser tanto o homem quanto a\nmulher, desde que fique caracterizado o vínculo de relação doméstica,\nfamiliar ou de afetividade, além da convivência, com ou sem coabitação.\n2. No caso, não fica evidenciado que as agressões sofridas tenham como\nmotivação a opressão à mulher, que é o fundamento de aplicação da Lei\nMaria da Penha. Sendo o motivo que deu origem às agressões mútuas o\nciúmes da namorada, não há qualquer motivação de gênero ou situação de\nvulnerabilidade que caracterize hipótese de incidência da Lei nº\n11.340/06. [...]\" (CC 96533MG, Rel. Ministro OG FERNANDES, TERCEIRA\nSEÇÃO, julgado em 05/12/2008, DJe 05/02/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 27/11/2017RSSTJ vol. 46 p. 843RSTJ vol. 248 p. 858", "Precedentes": "AgRg no RHC 74107 SP 2016/0202021-6 Decisão:15/09/2016\nDJe DATA:26/09/2016HC 357885 SP 2016/0142719-7 Decisão:23/08/2016\nDJe DATA:31/08/2016HC 280082 RS 2013/0351114-8 Decisão:12/02/2015\nDJe DATA:25/02/2015RHC 51303 BA 2014/0225436-6 Decisão:09/12/2014\nDJe DATA:18/12/2014HC 181246 RS 2010/0143266-0 Decisão:20/08/2013\nDJe DATA:06/09/2013\nRJTJRS VOL.:00298 PG:00085\nRSTJ VOL.:00232 PG:00680HC 184990 RS 2010/0169388-0 Decisão:12/06/2012\nDJe DATA:09/11/2012RHC 27317 RJ 2009/0240403-0 Decisão:17/05/2012\nDJe DATA:24/05/2012CC 103813 MG 2009/0038310-8 Decisão:24/06/2009\nDJe DATA:03/08/2009\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00843CC 100654 MG 2008/0247639-7 Decisão:25/03/2009\nDJe DATA:13/05/2009CC 102832 MG 2009/0016941-4 Decisão:25/03/2009\nDJe DATA:22/04/2009HC 115857 MG 2008/0206191-4 Decisão:16/12/2008\nDJe DATA:02/02/2009CC 96533 MG 2008/0127028-7 Decisão:05/12/2008\nDJe DATA:05/02/2009", "Referência Legislativa": "LEG:FED CFB:****** ANO:1988\n***** CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988\n ART:00226 PAR:00008\nLEG:FED LEI:011340 ANO:2006\n***** LMP-06 LEI MARIA DA PENHA\n ART:00005 ART:00007" }
Súmula 599
O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública. (Súmula n. 599, Corte Especial, julgado em 20/11/2017, DJe de 27/11/2017.)
{ "Enunciado": "O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a\nadministração pública. (SÚMULA 599, CORTE ESPECIAL, julgado em\n20/11/2017, DJe 27/11/2017)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] FURTO TENTADO. ESCALADA. RÉU REINCIDENTE. DELITO PRATICADO CONTRA\nA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. NÃO\nINCIDÊNCIA. [...] Consoante entendimento jurisprudencial, o 'princípio\nda insignificância - que deve ser analisado em conexão com os postulados\nda fragmentaridade e da intervenção mínima do Estado em matéria penal -\ntem o sentido de excluir ou de afastar a própria tipicidade penal,\nexaminada na perspectiva de seu caráter material. (...) Tal postulado -\nque considera necessária, na aferição do relevo material da tipicidade\npenal, a presença de certos vetores, tais como (a) a mínima ofensividade\nda conduta do agente, (b) a nenhuma periculosidade social da ação, (c) o\nreduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e (d) a\ninexpressividade da lesão jurídica provocada - apoiou-se, em seu\nprocesso de formulação teórica, no reconhecimento de que o caráter\nsubsidiário do sistema penal reclama e impõe, em função dos próprios\nobjetivos por ele visados, a intervenção mínima do Poder Público.' (HC\nnº 84.412-0/SP, STF, Min. Celso de Mello, DJU 19.11.2004) 3. Não é\ninsignificante a tentativa de furto praticado mediante escalada.\nAdemais, o paciente é reincidente na prática de delito contra o\npatrimônio e o valor da res não pode ser considerado ínfimo (holofote\navaliado em cem reais). Não se pode desconsiderar, ainda, que o crime\nfoi cometido contra sociedade de economia mista estadual (SABESP), ou\nseja, contra a administração pública indireta, o que configura\nreprovabilidade suficiente a justificar a intervenção estatal por meio\ndo processo penal. 4. Em tais circunstâncias, não há como reconhecer o\ncaráter bagatelar do comportamento imputado, havendo afetação do bem\njurídico. [...]\" (HC 274487SP, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, Rel. p/\nAcórdão Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em\n05/04/2016, DJe 15/04/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIME CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PECULATO. PRINCÍPIO DA\nINSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. [...] O aresto objurgado alinha-se a\nentendimento assentado neste Sodalício no sentido de ser incabível a\naplicação do princípio da insignificância aos delitos cometidos contra a\nAdministração Pública, uma vez que a norma visa a resguardar não apenas\na dimensão material, mas, principalmente, a moral administrativa,\ninsuscetível de valoração econômica. [...]\" (AgRg no AREsp 572572PR, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 08/03/2016, DJe\n16/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...]´PECULATO. APROPRIAÇÃO DE ENCOMENDAS DA CAMPANHA PAPAI NOEL DOS\nCORREIOS. [...] INAPLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA AOS\nCRIMES COMETIDOS CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. [...] O entendimento\nadotado no acórdão impugnado encontra-se em sintonia com a\njurisprudência desta Corte no tocante à inaplicabilidade do princípio da\ninsignificância ao crime de peculato, uma vez que a norma visa\nresguardar não apenas a dimensão material, mas, principalmente, a\nmoralidade administrativa, insuscetível de valoração econômica (AgRg no\nREsp n. 1.308.038/SP, de minha relatoria, Sexta Turma, DJe 29/5/2015).\n[...]\" (AgRg no AREsp 648194SP, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS\nJÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 03/03/2016, DJe 14/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PECULATO. [...] PEDIDO DE APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA\nINSIGNIFICÂNCIA. CRIME CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. INVIABILIDADE.\nPROTEÇÃO DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA, INSUSCETÍVEL DE VALORAÇÃO\nECONÔMICA. [...] É inaplicável o princípio da insignificância aos crimes\npraticados contra a Administração Pública, pois a norma penal visa\nresguardar não apenas a dimensão material, mas, principalmente, a\nmoralidade administrativa, insuscetível de valoração econômica (APn n.\n702/AP, Ministro João Otávio de Noronha, Corte Especial, DJe 1º/7/2015).\n[...]\" (AgRg no HC 188151SP, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR,\nSEXTA TURMA, julgado em 23/02/2016, DJe 07/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE [...] Este col.\nTribunal possui entendimento no sentido da impossibilidade, em regra, de\nse aplicar o princípio da insignificância ao crime praticado contra a\nAdministração Pública, uma vez que a norma busca resguardar também a\nmoral administrativa (precedentes). Ademais, no caso, não se pode\nconsiderar irrisório o valor do bem subtraído (R$ 2.000,00). [...]\"\n(AgRg no REsp 1511985PR, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA,\njulgado em 20/08/2015, DJe 01/09/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PECULATO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. NÃO INCIDÊNCIA. DELITO\nCONTRA A ADMINISTRAÇÃO PUBLICA. ART. 20 DA LEI N. 10.522/2002.\nINAPLICABILIDADE. [...] Segundo a jurisprudência desta Corte, não se\naplica o princípio da insignificância aos crimes cometidos contra a\nadministração pública, ainda que o valor seja irrisório, porquanto a\nnorma penal busca tutelar não somente o patrimônio, mas também a moral\nadministrativa. 2. Não se aplica ao crime de peculato o disposto no art.\n20 da Lei n. 10.522/2002, com a alteração dada pelas Portarias n. 75 e\nn. 130/2012, por não se tratar de supressão de tributo. 3. De qualquer\nforma, mostra-se irrelevante a discussão acerca do valor indevidamente\napropriado, ante a reprovabilidade da conduta perpetrada pelo agravante,\nque se utilizou do cargo de gerente e tesoureiro da agência dos Correios\npara se apropriar da quantia de R$ 5.680,78. [...]\"\n(AgRg no AREsp 487715CE, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, QUINTA\nTURMA, julgado em\n18/08/2015, DJe 01/09/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PECULATO (ART. 312 DO CP), ORDENAÇÃO DE DESPESAS NÃO AUTORIZADAS\nEM LEI (ART. 359-D DO CP) E ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA (ART. 288 DO CP).\nCHEQUES EMITIDOS PELA DIREÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS E SACADOS EM ESPÉCIE\nPOR CONSELHEIROS E SERVIDORES OU UTILIZADOS PARA PAGAMENTOS INDEVIDOS.\nPAGAMENTOS DE VERBAS ILEGAIS A CONSELHEIROS E REEMBOLSO DE DESPESAS\nMÉDICAS INIDÔNEAS E PARA TRATAMENTOS ESTÉTICOS. CONCERTO DOS ENVOLVIDOS\nDE MODO COMISSIVO E OMISSIVO. INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA E\nMATERIALIDADE. PRESENTE A JUSTA CAUSA PARA ABERTURA DE AÇÃO PENAL. [...]\nA denúncia deve ser recebida quando o Ministério Público narra fatos\nsubsumíveis aos tipos penais do peculato, da ordenação de despesas não\nautorizadas e da associação criminosa. Além disso, as condutas devem ser\nsuficientemente individualizadas a fim permitir o pleno exercício do\ndireito de defesa. 2. A descrição de conduta de conselheiro de tribunal\nde contas que, no exercício da presidência, em conjunto com servidores,\nsaca e se apropria de vultosas quantias em espécie oriundas do próprio\ntribunal preenche o tipo do peculato-apropriação (art. 312, caput, 1a.\nparte, do CP). 3. Tipifica, em tese, o crime de peculato-desvio (art.\n312, caput, 2a. parte do CP) utilizar-se do mesmo expediente para pagar\najuda de custo, estruturação de gabinete, segurança pessoal, despesas\nmédicas e estéticas em proveito de conselheiros, passagens aéreas e\nverbas em favor de servidores inexistentes ou 'fantasmas', entre outras\ndespesas sem amparo legal. 4. A prática atribuída a conselheiros e\nmembro do Ministério Público atuante no tribunal de contas que, de\nmaneira comissiva ou omissiva, organizam-se para reforçar rubrica\norçamentária genérica e dela subtrair quantias expressivas ou desviá-las\nsem destinação pública tem aptidão para caracterizar associação\ncriminosa. 5. Ordenação de despesa não autorizada é, em princípio, crime\nmeio para o peculato. Pelo princípio da consunção, ele é absorvido pelo\npeculato mais gravoso se o dolo é de assenhoramento de valores públicos.\nA certificação do elemento subjetivo - o dolo - exige, no entanto, o\nexaurimento da instrução criminal, sendo prematuro atestá-lo ou\nafastá-lo em fase de recebimento de denúncia. [...]\" (APn 702AP,\nRel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, CORTE ESPECIAL, julgado em\n03/06/2015, DJe 01/07/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CÓDIGO PENAL MILITAR. ART. 303, § 2º, NA FORMA DO ART. 30, II, DO\nCPM. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICAÇÃO. CRIMES CONTRA A\nADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. MORALIDADE ADMINISTRATIVA INSUSCETÍVEL DE\nVALORAÇÃO ECONÔMICA. [...] É firme a jurisprudência deste Superior\nTribunal no sentido da não aplicação do princípio da insignificância aos\ncrimes contra a Administração Pública, uma vez que a norma visa\nresguardar não apenas a dimensão material, mas, principalmente, a\nmoralidade administrativa, insuscetível de valoração econômica. [...]\"\n(AgRg no REsp 1308038SP, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA\nTURMA, julgado em 19/05/2015, DJe 29/05/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PECULATO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. [...]\nNão se aplica o princípio da insignificância aos crimes contra a\nAdministração Pública, uma vez que a norma visa resguardar não apenas a\ndimensão material, mas, principalmente, a moralidade administrativa,\ninsuscetível de valoração econômica (AgRg no REsp n. 1.382.289/PR,\nMinistro Jorge Mussi, Quinta Turma, DJe 11/6/2014). [...]\"\n(AgRg no AREsp 614524MG, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA\nTURMA,\njulgado em 14/04/2015, DJe 23/04/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ART. 312, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL.\nPRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. Essa eg. Corte Superior\npossui entendimento no sentido da impossibilidade, em regra, de se\naplicar o princípio da insignificância ao crime praticado contra a\nAdministração Pública, uma vez que a norma busca resguardar também a\nmoral administrativa (precedentes). [...]\" (RHC 51356SC, Rel.\nMinistro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 03/02/2015, DJe\n18/02/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE CONTRA A\nADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. [...] O acórdão recorrido está em perfeita\nconsonância com a jurisprudência desta Corte Superior, firme no sentido\nde que não se aplica, em regra, o princípio da insignificância aos\ncrimes contra a Administração Pública, ainda que o valor da lesão possa\nser considerado ínfimo, uma vez que a norma visa resguardar não apenas o\naspecto patrimonial mas principalmente a moral administrativa. [...]\"\n(AgRg no AREsp 342908DF, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE,\nQUINTA TURMA, julgado em 18/06/2014, DJe 27/06/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PECULATO. CRIME CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PRINCÍPIO DA\nINSIGNIFICÂNCIA. NÃO CABIMENTO. [...] Não se aplica o princípio da\ninsignificância aos crimes contra a Administração Pública, uma vez que a\nnorma visa resguardar não apenas a dimensão material, mas,\nprincipalmente, a moral administrativa, insuscetível de valoração\neconômica. [...]\" (AgRg no REsp 1382289PR, Rel. Ministro JORGE\nMUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 05/06/2014, DJe 11/06/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA\nINSIGNIFICÂNCIA. INVIABILIDADE. [...] Não se admite, em regra, a\naplicação do princípio da insignificância aos delitos praticados contra\na administração pública, haja vista buscar-se, nesses casos, além da\nproteção patrimonial, a tutela da moral administrativa. [...]\"\n(AgRg no Ag 1105736MG, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA,\nSEXTA\nTURMA, julgado em 07/12/2010, DJe 17/12/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 27/11/2017RSSTJ vol. 46 p. 825RSTJ vol. 248 p. 857", "Precedentes": "HC 274487 SP 2013/0243890-8 Decisão:05/04/2016\nDJe DATA:15/04/2016\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00825AgRg no AREsp 572572 PR 2014/0212773-0 Decisão:08/03/2016\nDJe DATA:16/03/2016AgRg no AREsp 648194 SP 2015/0019574-0 Decisão:03/03/2016\nDJe DATA:14/03/2016AgRg no HC 188151 SP 2010/0193359-5 Decisão:23/02/2016\nDJe DATA:07/03/2016AgRg no REsp 1511985 PR 2015/0014797-7 Decisão:20/08/2015\nDJe DATA:01/09/2015AgRg no AREsp 487715 CE 2014/0060304-0 Decisão:18/08/2015\nDJe DATA:01/09/2015APn 702 AP 2011/0011824-7 Decisão:03/06/2015\nDJe DATA:01/07/2015AgRg no REsp 1308038 SP 2012/0046856-2 Decisão:19/05/2015\nDJe DATA:29/05/2015AgRg no AREsp 614524 MG 2014/0306488-4 Decisão:14/04/2015\nDJe DATA:23/04/2015RHC 51356 SC 2014/0224467-3 Decisão:03/02/2015\nDJe DATA:18/02/2015AgRg no AREsp 342908 DF 2013/0167774-1 Decisão:18/06/2014\nDJe DATA:27/06/2014AgRg no REsp 1382289 PR 2013/0131925-2 Decisão:05/06/2014\nDJe DATA:11/06/2014AgRg no Ag 1105736 MG 2008/0225756-4 Decisão:07/12/2010\nDJe DATA:17/12/2010", "Referência Legislativa": "LEG:FED DEL:002848 ANO:1940\n***** CP-40 CÓDIGO PENAL\n ART:00171 PAR:00003 ART:00312 ART:0359D" }
Súmula 598
É desnecessária a apresentação de laudo médico oficial para o reconhecimento judicial da isenção do imposto de renda, desde que o magistrado entenda suficientemente demonstrada a doença grave por outros meios de prova. (Súmula n. 598, Primeira Seção, julgado em 8/11/2017, DJe de 20/11/2017.)
{ "Enunciado": "É desnecessária a apresentação de laudo médico oficial para o\nreconhecimento judicial da isenção do imposto de renda, desde que o\nmagistrado entenda suficientemente demonstrada a doença grave por outros\nmeios de prova. (SÚMULA 598, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 08/11/2017, DJe\n20/11/2017)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] IMPOSTO DE RENDA. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. PROVA. PRINCÍPIO DO\nLIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO. LAUDO DE PERITO OFICIAL.\nPRESCINDIBILIDADE. PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA. SÚMULA 7/STJ. [...] O Tribunal\na quo reformou sentença de improcedência do pedido declaratório do\ndireito à isenção do imposto de renda, por constatar que, a prova\n(laudos de exames laboratoriais de fls. 09/10) é robusta no sentido de\natestar que o impetrante foi acometido de neoplasia maligna\n(adenocarcinoma acinar usual, presença de lesões displásicas e arranjos\npseudocribiformes, Gleason - grau histológico II) (fl. 127). [...] 3.\nQuanto à questão probatória, a jurisprudência do STJ encontra-se\nassentada no sentido de que, pelo princípio do livre convencimento\nmotivado, o juiz não está adstrito ao laudo do perito oficial para\nefeito do reconhecimento do direito à isenção do imposto de renda em\nrazão de moléstia grave. 4. A revisão do entendimento impugnado acerca\nda existência de prova pré-constituída demanda revolvimento\nfático-probatório (Súmula 7/STJ). [...]\" (AREsp 968384SP, Rel.\nMinistro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 27/06/2017, DJe\n30/06/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IRPF. ISENÇÃO. PORTADOR DE MOLÉSTIA GRAVE. LAUDO PERICIAL.\nSERVIÇO MÉDICO OFICIAL. PRESCINDIBILIDADE. LIVRE CONVICÇÃO MOTIVADA DO\nMAGISTRADO. [...] O Superior Tribunal de Justiça vem entendendo ser\ndesnecessária a apresentação de laudo médico oficial para o\nreconhecimento da isenção de Imposto de Renda no caso de moléstia grave,\ntendo em vista que a norma prevista no art. 30 da Lei 9.250/1995 não\nvincula o Juiz, que, nos termos dos arts. 131 e 436 do CPC, é livre na\napreciação das provas. [...]\" (AgRg no AREsp 533874RS, Rel.\nMinistro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em\n16/05/2017, DJe 23/05/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA. MOLÉSTIA GRAVE. LAUDO MÉDICO\nOFICIAL. DESNECESSIDADE. TERMO INICIAL. DATA DA DOENÇA. [...] A\njurisprudência desta Corte sedimentou-se no sentido da desnecessidade de\nlaudo oficial para comprovação de moléstia grave para fins de isenção de\nimposto de renda, podendo o magistrado valer-se de outras provas\nproduzidas. 3. Firme também é o posicionamento desta Corte de que o\ntermo inicial da isenção do imposto de renda sobre proventos de\naposentadoria prevista no art. 6º, XIV, da Lei n. 7.713/88 é a data de\ncomprovação da doença mediante diagnóstico médico e não necessariamente\na data de emissão do laudo oficial. [...]\" (REsp 1584534SE, Rel.\nMinistra DIVA MALERBI (DESEMBARGADORA CONVOCADA TRF 3ª REGIÃO), SEGUNDA\nTURMA, julgado em 18/08/2016, DJe 29/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA. MOLÉSTIA GRAVE. LIVRE CONVENCIMENTO\nDO MAGISTRADO. [...] É pacífico o entendimento no Superior Tribunal de\nJustiça segundo o qual a imposição de comprovação da existência de\nmoléstia grave por meio de laudo pericial emitido por serviço médico\noficial para efeito de isenção do Imposto de Renda é aplicável apenas à\nAdministração Pública, não se exigindo do Magistrado uma vez que cabe a\nele a livre apreciação motivada das provas. [...]\" (AgInt no REsp\n1581095SC, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado\nem 19/05/2016, DJe 27/05/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ISENÇÃO. AUSÊNCIA DE IMPOSTO DE RENDA. COMPROVAÇÃO. MOLÉSTIA\nGRAVE. NEOPLASIA MALIGNA. DESNECESSIDADE DE LAUDO OFICIAL. PRINCÍPIO DO\nCONVENCIMENTO MOTIVADO DO JUIZ. [...] A jurisprudência do STJ\nsedimentou-se no sentido de que o imposto de renda não incide sobre os\nproventos de aposentadoria percebidos por portadores de moléstias graves\nnos termos do art. 6º da Lei 7.713/1988. Ademais, é assente na\njurisprudência do STJ o entendimento no sentido da desnecessidade de\nlaudo oficial para a comprovação de moléstia grave para fins de isenção\nde imposto de renda, desde que o magistrado entenda suficientemente\nprovada a doença, Princípio do Convencimento Motivado do Juiz. 5. Numa\ninterpretação literal, deve-se entender que a isenção prevista no art.\n6º, XIV, da Lei 7.713/88 favorece o portador de neoplasia maligna, desde\nque assim caracterizada, de acordo com as definições médicas. [...]\"\n(REsp 1593845MG, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,\njulgado em 19/05/2016, DJe 01/06/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA. DESNECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA\nMOLÉSTIA GRAVE, POR LAUDO MÉDICO OFICIAL. LIVRE CONVICÇÃO MOTIVADA DO\nMAGISTRADO. [...] Segundo a jurisprudência pacífica desta Corte, a\ndisposição contida no art. 30, caput, da Lei 9.250/95 está voltada para\na Administração Pública, e não para o magistrado, que pode formar a sua\nconvicção com base no acervo probatório dos autos, por força do\nprincípio da persuasão racional, insculpido no art. 131 do CPC. Assim,\nnão se afigura necessária a comprovação da moléstia grave, mediante\nlaudo expedido por médico oficial, para fins de concessão da isenção do\nImposto de Renda. [...]\" (AgRg no AREsp 556281RS, Rel. Ministra\nASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/11/2015, DJe\n30/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA. MOLÉSTIA GRAVE. DESNECESSIDADE DE\nCOMPROVAÇÃO PERANTE JUNTA MÉDICA OFICIAL. MOLÉSTIA GRAVE COMPROVA DE\nOUTRAS FORMAS. POSSIBILIDADE. [...] A questão a ser revisitada em agravo\nregimental consiste no reconhecimento da isenção de imposto de renda à\ncontribuinte acometido de cardiopatia grave. 2. O Tribunal de origem\nmanifestou-se no mesmo sentido da jurisprudência do STJ, quanto à\ndesnecessidade de laudo oficial para a comprovação de moléstia grave\npara fins de isenção de imposto de renda, desde que o magistrado entenda\nsuficientemente provada a doença. [...]\" (AgRg no AREsp 691189MG,\nRel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em\n21/05/2015, DJe 27/05/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IRRF. ISENÇÃO. PORTADOR DE MOLÉSTIA GRAVE. VIOLAÇÃO ART. 30 DA\nLEI 9.250/95. INOCORRÊNCIA. LAUDO PERICIAL. SERVIÇO MÉDICO OFICIAL.\nPRESCINDIBILIDADE. LIVRE CONVICÇÃO MOTIVADA DO MAGISTRADO. [...] 'O\nSuperior Tribunal de Justiça vem entendendo ser desnecessária a\napresentação de laudo médico oficial para o reconhecimento da isenção de\nimposto de renda no caso de moléstia grave, tendo em vista que a norma\nprevista no art. 30 da Lei 9.250/95 não vincula o Juiz, que, nos termos\ndos arts. 131 e 436 do CPC, é livre na apreciação das provas' (AgRg no\nREsp 1.233.845/PR Rel. Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira Turma, DJe\n16/12/2011). [...]\" (AgRg no AREsp 540471RS, Rel. Ministro BENEDITO\nGONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 19/03/2015, DJe 27/03/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IMPOSTO DE RENDA. ISENÇÃO E MOLÉSTIA GRAVE. COMPROVAÇÃO. LAUDO\nOFICIAL. DESNECESSIDADE. [...] A jurisprudência desta Corte\nsedimentou-se no sentido da desnecessidade de laudo oficial para a\ncomprovação de moléstia grave para fins de isenção de imposto de renda,\ndesde que o magistrado entenda suficientemente provada a doença. [...]\"\n(AgRg no AREsp 506459RS, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA,\njulgado em 10/06/2014, DJe 25/06/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA. REVISÃO DO BENEFÍCIO. PORTADOR DE\nNEOPLASIA MALIGNA. CONTEMPORANEIDADE DOS SINTOMAS. DESNECESSIDADE. LAUDO\nPERICIAL. SERVIÇO MÉDICO OFICIAL. PRESCINDIBILIDADE. LIVRE CONVICÇÃO\nMOTIVADA DO MAGISTRADO. [...] A jurisprudência desta Corte firmou-se no\nsentido de que 'após a concessão da isenção do Imposto de Renda sobre os\nproventos de aposentadoria ou reforma percebidos por portadores de\nmoléstias graves, nos termos art. 6º, inciso XIV, da Lei 7.713/88, o\nfato de a Junta Médica constatar a ausência de sintomas da doença não\njustifica a revogação do benefício isencional, tendo em vista que a\nfinalidade desse benefício é diminuir o sacrifícios dos aposentados,\naliviando-os dos encargos financeiros.' (REsp 1.202.820/RS, Rel.\nMinistro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 15/10/2010). [...]\n2. O magistrado não está vinculado aos laudos médicos oficiais, podendo\ndecidir o feito de acordo com outras provas juntadas aos autos, sendo\nlivre seu convencimento. [...] 3. No caso, ficou consignado que a parte\nagravada é portadora de neoplasia maligna, que, muito embora tenha\nexistido cirurgia que extirpou lesões decorrentes da enfermidade, ainda\nnecessita de acompanhamento contínuo, em razão da existência de outras\náreas afetadas pela doença. [...]\" (AgRg no AREsp 371436MS, Rel.\nMinistro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 03/04/2014, DJe\n11/04/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IMPOSTO DE RENDA. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. PROVA. LAUDO OFICIAL.\nDESNECESSIDADE. A isenção do imposto de renda por motivo de doença\ndepende da prova de que o interessado padeça de uma das enfermidades\nelencadas em lei ou a elas assemelhadas, tendo a lei indicado como única\nprova possível o laudo oficial. Nada obstante isso, a jurisprudência do\nSuperior Tribunal de Justiça vem se orientando em sentido contrário,\nentendendo ser desnecessário o laudo oficial à vista do convencimento\nmotivado do juiz. [...]\" (AgRg no AREsp 394520RS, Rel. Ministro ARI\nPARGENDLER, PRIMEIRA TURMA, julgado em 11/03/2014, DJe 21/03/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA. MOLÉSTIA GRAVE. CARDIOPATIA GRAVE\nFARTAMENTE COMPROVADA. O MAGISTRADO NÃO ESTA ADSTRITO AO LAUDO MÉDICO\nOFICIAL, JÁ QUE É LIVRE NA APRECIAÇÃO DAS PROVAS. PRECEDENTES DE AMBAS\nAS TURMAS DA PRIMEIRA SEÇÃO. [...] O Superior Tribunal de Justiça vem\nentendendo que a norma prevista no art. 30 da Lei 9.250/95 não vincula o\nJuiz, que é livre na apreciação da prova apresentada por ambas as\npartes, nos termos dos arts. 131 e 436 do CPC. [...] 2. O laudo pericial\ndo serviço médico oficial é, sem dúvida alguma, uma importante prova e\nmerece toda a confiança e credibilidade, mas não tem o condão de\nvincular o Juiz que, diante das demais provas produzidas nos autos,\npoderá concluir pela comprovação da moléstia grave; entendimento\ncontrário conduziria ao entendimento de que ao Judiciário não haveria\noutro caminho senão a mera chancela do laudo produzido pela perícia\noficial, o que não se coaduna com os princípios do contraditório e da\nampla defesa. 3. A perícia médica oficial não é o único meio de prova\nhabilitado à comprovação da existência de moléstia grave para fins de\nisenção de imposto; desde que haja prova pré-constituída, o Mandado de\nSegurança pode ser utilizado para fins de afastar/impedir a cobrança de\nimposto. [...]\" (AgRg no AREsp 81149ES, Rel. Ministro NAPOLEÃO\nNUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 15/10/2013, DJe 04/12/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IMPOSTO DE RENDA. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. LAUDO OFICIAL.\nDESNECESSIDADE. [...] 'O Superior Tribunal de Justiça vem entendendo ser\ndesnecessária a apresentação de laudo médico oficial para o\nreconhecimento da isenção de imposto de renda no caso de moléstia grave,\ntendo em vista que a norma prevista no art. 30 da Lei 9.250/95 não\nvincula o Juiz, que, nos termos dos arts. 131 e 436 do CPC, é livre na\napreciação das provas' (AgRg no REsp 1.233.845/PR, Primeira Turma, Rel.\nMin. NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, DJe 16/12/11). [...]\" (AgRg no AREsp\n276420SE, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado\nem 21/03/2013, DJe 15/04/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA. MOLÉSTIA GRAVE. NEOPLASIA MALIGNA\nFARTAMENTE COMPROVADA. DESNECESSIDADE DE LAUDO MÉDICO OFICIAL.\nPRECEDENTES DE AMBAS AS TURMAS DA PRIMEIRA SEÇÃO. [...] O Superior\nTribunal de Justiça vem entendendo ser desnecessária a apresentação de\nlaudo médico oficial para o reconhecimento da isenção de imposto de\nrenda no caso de moléstia grave, tendo em vista que a norma prevista no\nart. 30 da Lei 9.250/95 não vincula o Juiz, que, nos termos dos arts.\n131 e 436 do CPC, é livre na apreciação das provas. [...]\"\n(AgRg no REsp 1233845PR, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO,\nPRIMEIRA\nTURMA, julgado em 22/11/2011, DJe 16/12/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 20/11/2017RSSTJ vol. 46 p. 811RSTJ vol. 248 p. 856", "Precedentes": "AREsp 968384 SP 2016/0216663-8 Decisão:27/06/2017\nDJe DATA:30/06/2017AgRg no AREsp 533874 RS 2014/0150066-3 Decisão:16/05/2017\nDJe DATA:23/05/2017REsp 1584534 SE 2016/0030818-7 Decisão:18/08/2016\nDJe DATA:29/08/2016AgInt no REsp 1581095 SC 2016/0022341-4 Decisão:19/05/2016\nDJe DATA:27/05/2016REsp 1593845 MG 2016/0079558-7 Decisão:19/05/2016\nDJe DATA:01/06/2016\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00811AgRg no AREsp 556281 RS 2014/0188368-9 Decisão:17/11/2015\nDJe DATA:30/11/2015AgRg no AREsp 691189 MG 2015/0080941-3 Decisão:21/05/2015\nDJe DATA:27/05/2015AgRg no AREsp 540471 RS 2014/0159803-3 Decisão:19/03/2015\nDJe DATA:27/03/2015AgRg no AREsp 506459 RS 2014/0098482-9 Decisão:10/06/2014\nDJe DATA:25/06/2014AgRg no AREsp 371436 MS 2013/0217325-0 Decisão:03/04/2014\nDJe DATA:11/04/2014AgRg no AREsp 394520 RS 2013/0316680-9 Decisão:11/03/2014\nDJe DATA:21/03/2014AgRg no AREsp 81149 ES 2011/0264569-0 Decisão:15/10/2013\nDJe DATA:04/12/2013\nRDDP VOL.:00132 PG:00168AgRg no AREsp 276420 SE 2013/0004105-2 Decisão:21/03/2013\nDJe DATA:15/04/2013AgRg no REsp 1233845 PR 2011/0021951-9 Decisão:22/11/2011\nDJe DATA:16/12/2011", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:009250 ANO:1995\n ART:00030" }
Súmula 597
A cláusula contratual de plano de saúde que prevê carência para utilização dos serviços de assistência médica nas situações de emergência ou de urgência é considerada abusiva se ultrapassado o prazo máximo de 24 horas contado da data da contratação. (Súmula n. 597, Segunda Seção, julgado em 8/11/2017, DJe de 20/11/2017.)
{ "Enunciado": "A cláusula contratual de plano de saúde que prevê carência para\nutilização dos serviços de assistência médica nas situações de\nemergência ou de urgência é considerada abusiva se ultrapassado o prazo\nmáximo de 24 horas contado da data da contratação. (SÚMULA 597, SEGUNDA\nSEÇÃO, julgado em 08/11/2017, DJe 20/11/2017)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] PLANO DE SAÚDE. [...] PRAZO DE CARÊNCIA PARA HIPÓTESES DE\nURGÊNCIA. VINTE E QUATRO HORAS (24H). PREVALÊNCIA DA GARANTIA DA SAÚDE E\nDA VIDA DO SEGURADO. JUSTA EXPECTATIVA. [...] Em se tratando de\nprocedimento de urgência, ou seja, de atendimento médico que se não for\nrealizado imediatamente implica em risco concreto de morte ou lesão\nirreparável para o paciente, deve ser adotado o prazo de carência de\nvinte e quatro horas, e não o de cento e oitenta dias, sob pena de\nviolação da legítima expectativa do consumidor ao celebrar o contrato\npara preservar a sua vida, sua saúde e sua integridade física. [...]\"\n(AgInt no REsp 1448660MG, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO,\nTERCEIRA TURMA, julgado em 04/04/2017, DJe 10/04/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA OU URGÊNCIA. MITIGAÇÃO DO PRAZO DE\nCARÊNCIA. PROTEÇÃO DA VIDA. RECUSA INDEVIDA. DANO MORAL. [...] 'A\ncláusula de carência do contrato de plano de saúde deve ser mitigada\ndiante de situações emergenciais graves nas quais a recusa de cobertura\npossa frustrar o próprio sentido e razão de ser do negócio jurídico\nfirmado' (AgInt no AREsp 892.340/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,\nQUARTA TURMA, julgado em 09/08/2016, DJe 16/08/2016). 2. A recusa\nindevida da operadora de plano de saúde a autorizar o tratamento do\nsegurado é passível de condenação por dano moral, uma vez que agrava a\nsituação de aflição e angústia do segurado, comprometido em sua higidez\nfísico-psicológica pela enfermidade. [...]\" (AgInt no AREsp 949288CE, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em\n20/10/2016, DJe 24/10/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PLANO DE SAÚDE. NEGATIVA DE AUTORIZAÇÃO PARA TRATAMENTO DE\nEMERGÊNCIA. PERÍODO DE CARÊNCIA. CLÁUSULA ABUSIVA. DANO MORAL. [...] A\njurisprudência desta Corte é firme no sentido de que o mero\ndescumprimento contratual não enseja indenização por dano moral. No\nentanto, nas hipóteses em que há recusa de cobertura por parte da\noperadora do plano de saúde para tratamento emergencial, como ocorrido\nno presente caso, a orientação desta Corte é assente quanto à\ncaracterização de dano moral, não se tratando apenas de mero\naborrecimento. 2. A cláusula contratual que prevê prazo de carência para\nutilização dos serviços prestados pelo plano de saúde não é considerada\nabusiva, desde que não obste a cobertura do segurado em casos de\nemergência ou urgência. [...]\" (AgInt no AREsp 912662SP, Rel.\nMinistro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 06/09/2016, DJe\n21/09/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PLANO DE SAÚDE. COBERTURA. PROCEDIMENTOS IMPRESCINDÍVEIS AO ÊXITO\nDO TRATAMENTO. EXCLUSÃO. ABUSIVIDADE. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. VALOR\nRAZOÁVEL. REVISÃO. REVOLVIMENTO DE MATÉRIA FÁTICA. VEDAÇÃO DAS SÚMULAS\n07 E 83 DO STJ. [...]\" (AgInt no AREsp 833977DF, Rel. Ministro\nPAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 01/09/2016, DJe\n12/09/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PLANO DE SAÚDE. EMERGÊNCIA. RECUSA NO ATENDIMENTO. PRAZO DE\nCARÊNCIA. CLÁUSULA. ABUSIVIDADE. PRECEDENTES. SÚMULA Nº 568/STJ.\nINCIDÊNCIA. [...] Esta Corte Superior firmou o entendimento de que o\nperíodo de carência contratualmente estipulado pelos planos de saúde não\nprevalece diante de situações emergenciais graves nas quais a recusa de\ncobertura possa frustrar o próprio sentido e a razão de ser do negócio\njurídico firmado. Incidência da Súmula nº 568/STJ. [...]\"\n(AgInt no AREsp 858013DF, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA,\nTERCEIRA\nTURMA, julgado em 09/08/2016, DJe 16/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PLANO DE SAÚDE. ATENDIMENTO E TRATAMENTO EMERGENCIAL. UTEI.\nINSUFICIÊNCIA REAL AGUDA. CARÊNCIA. NEGATIVA DE COBERTURA INJUSTIFICADA.\n[...] A cláusula de carência do contrato de plano de saúde deve ser\nmitigada diante de situações emergenciais graves nas quais a recusa de\ncobertura possa frustrar o próprio sentido e razão de ser do negócio\njurídico firmado. 2. A recusa indevida de tratamento médico - nos casos\nde urgência - agrava a situação psicológica e gera aflição, que\nultrapassam os meros dissabores, caracterizando o dano moral\nindenizável. [...]\" (AgInt no AREsp 892340SP, Rel. Ministro LUIS\nFELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 09/08/2016, DJe 16/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PLANO DE SAÚDE. CARÊNCIA. CONTRATO QUE AFASTA A NECESSIDADE DE\nCUMPRIMENTO DO PRAZO. SÚMULAS N. 5 E 7 DO STJ. ATENDIMENTO DE\nEMERGÊNCIA. AFASTAMENTO DA CARÊNCIA. SÚMULA 83/STJ. RECUSA NO\nATENDIMENTO. DANO MORAL. CONFIGURAÇÃO. SÚMULA 83/STJ. [...] Inviável\ninfirmar as conclusões do acórdão recorrido, o qual asseverou que o\ncontrato firmado entre as partes estabelece que novos associados não\nnecessitariam cumprir os prazos de carência. Revisão das cláusulas\ncontratuais e das provas dos autos. Incidência das Súmulas n. 5 e 7 do\nSTJ. 2. De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça,\né abusiva a cláusula contratual que estabelece prazo de carência para\nsituações de emergência. Precedentes. Incidência do óbice previsto no\nenunciado n. 83 da Súmula desta Corte. 3. O entendimento firmado no STJ\né no sentido de que há caracterização do dano moral quando a operadora\ndo plano de saúde se recusa à cobertura do tratamento médico emergencial\nou de urgência, como no caso dos autos, não havendo que se falar em mero\naborrecimento por inadimplemento contratual. Aplicação da Súmula 83/STJ.\n[...]\" (AgRg no AREsp 854954CE, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO\nBELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 24/05/2016, DJe 06/06/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER (COBERTURA FINANCEIRA DE TRATAMENTO\nMÉDICO DE URGÊNCIA) CUMULADA COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS\n[...] Prazo de carência (180 dias) estipulado pelo plano de saúde para\ncobertura de doenças e lesões preexistentes ao contrato. 1.1. A\njurisprudência do STJ é no sentido de que 'lídima a cláusula de carência\nestabelecida em contrato voluntariamente aceito por aquele que ingressa\nem plano de saúde, merecendo temperamento, todavia, a sua aplicação\nquando se revela circunstância excepcional, constituída por necessidade\nde tratamento de urgência decorrente de doença grave que, se não\ncombatida a tempo, tornará inócuo o fim maior do pacto celebrado, qual\nseja, o de assegurar eficiente amparo à saúde e à vida' (REsp\n466.667/SP, Rel. Ministro Aldir Passarinho Júnior, Quarta Turma, julgado\nem 27.11.2007, DJ 17.12.2007). 1.2. Cláusula limitativa do tempo de\ninternação do paciente. Nos termos da jurisprudência cristalizada na\nSúmula 302/STJ, é abusivo o preceito contratual que restringe, no tempo,\na internação hospitalar indispensável ao tratamento do usuário do plano\nde saúde. Correta aplicação da Súmula 83/STJ. [...]\"\n(AgRg no AREsp 627782SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA,\njulgado em\n05/03/2015, DJe 11/03/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTRATO DE PLANO DE SAÚDE. NEGATlVA DE ATENDIMENTO DE URGÊNCIA.\nCONFIGURADO O DANO MORAL. REVISÃO DO VALOR DA CONDENAÇÃO.\nIMPOSSIBILIDADE. QUANTUM RAZOÁVEL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 83 DO STJ.\n[...] As instâncias ordinárias reconheceram que houve recusa\ninjustificada de cobertura de seguro para o atendimento médico de\nemergência e internação em unidade de tratamento intensiva (contenção de\naneurisma cerebral). 2. O Superior Tribunal de Justiça orienta que é\nabusiva a cláusula contratual que estabelece o prazo de carência para\nsituações de emergência, em que a vida do segurado encontra-se em risco,\npois o valor da vida humana se sobrepõe a qualquer outro interesse. 3.\nMostra-se razoável a fixação em R$ 20.000,00 (vinte mil reais) para\nreparação do dano moral pelo ato ilícito reconhecido, consideradas as\ncircunstâncias do caso e as condições econômicas das partes. 4. Este\nSodalício Superior altera o valor indenizatório por dano moral apenas\nnos casos em que o valor arbitrado pelo acórdão recorrido se mostrar\nirrisório ou exorbitante, situação que não se faz presente no caso em\ntela. 5. A prestadora de serviço não apresentou argumento novo capaz de\nmodificar a conclusão adotada, que se apoiou em entendimento aqui\nconsolidado. Incidência da Súmula nº 83, do STJ. [...]\"\n(AgRg no AREsp 595365SP, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA\nTURMA, julgado em\n04/12/2014, DJe 16/12/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"SEGURO DE SAÚDE. [...] PRAZO CONTRATUAL DE CARÊNCIA PARA COBERTURA\nSECURITÁRIA. POSSIBILIDADE. CONSUMIDOR QUE, MESES APÓS A ADESÃO DE SEU\nGENITOR AO CONTRATO DE SEGURO, VÊ-SE ACOMETIDO POR TUMOR CEREBRAL E\nHIDROCEFALIA AGUDA. ATENDIMENTO EMERGENCIAL. SITUAÇÃO-LIMITE EM QUE O\nBENEFICIÁRIO NECESSITA, COM PREMÊNCIA, DE PROCEDIMENTOS\nMÉDICOS-HOSPITALARES COBERTOS PELO SEGURO. INVOCAÇÃO DE CARÊNCIA.\nDESCABIMENTO, TENDO EM VISTA A EXPRESSA RESSALVA CONTIDA NO ARTIGO 12,V,\nALÍNEA 'C', DA LEI 9.656/98 E A NECESSIDADE DE SE TUTELAR O DIREITO\nFUNDAMENTAL À VIDA. [...] 'Lídima a cláusula de carência estabelecida em\ncontrato voluntariamente aceito por aquele que ingressa em plano de\nsaúde, merecendo temperamento, todavia, a sua aplicação quando se revela\ncircunstância excepcional, constituída por necessidade de tratamento de\nurgência decorrente de doença grave que, se não combatida a tempo,\ntornará inócuo o fim maior do pacto celebrado, qual seja, o de assegurar\neficiente amparo à saúde e à vida'. (REsp 466.667/SP, Rel. Ministro\nALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA TURMA, julgado em 27/11/2007, DJ\n17/12/2007, p. 174) 2. Diante do disposto no artigo 12 da Lei 9.656/98,\né possível a estipulação contratual de prazo de carência, todavia o\ninciso V, alínea 'c', do mesmo dispositivo estabelece o prazo máximo de\nvinte e quatro horas para cobertura dos casos de urgência e emergência.\n3. Os contratos de seguro e assistência à saúde são pactos de cooperação\ne solidariedade, cativos e de longa duração, informados pelos princípios\nconsumeristas da boa-fé objetiva e função social, tendo o objetivo\nprecípuo de assegurar ao consumidor, no que tange aos riscos inerentes à\nsaúde, tratamento e segurança para amparo necessário de seu parceiro\ncontratual. 4. Os artigos 18, § 6º, III, e 20, § 2º, do Código de Defesa\ndo Consumidor preveem a necessidade da adequação dos produtos e serviços\nà legítima expectativa que o Consumidor tem de, em caso de pactuação de\ncontrato oneroso de seguro de assistência à saúde, não ficar\ndesamparado, no que tange à procedimento médico premente e essencial à\npreservação de sua vida. 5. Portanto, não é possível a Seguradora\ninvocar prazo de carência contratual para restringir o custeio dos\nprocedimentos de emergência, relativos a tratamento de tumor cerebral\nque acomete o beneficiário do seguro. 6. Como se trata de\nsituação-limite em que há nítida possibilidade de violação ao direito\nfundamental à vida, 'se o juiz não reconhece, no caso concreto, a\ninfluência dos direitos fundamentais sobre as relações privadas, então\nele não apenas lesa o direito constitucional objetivo, como também\nafronta direito fundamental considerado como pretensão em face do\nEstado, ao qual, enquanto órgão estatal, está obrigado a observar'.(RE\n201819, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Relator(a) p/ Acórdão: Min.\nGILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 11/10/2005, DJ 27-10-2006\nPP-00064 EMENT VOL-02253-04 PP-00577 RTJ VOL-00209-02 PP-00821) [...]\"\n(REsp 962980SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA,\njulgado em 13/03/2012, DJe 15/05/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 20/11/2017RSSTJ vol. 46 p. 779RSTJ vol. 248 p. 855", "Precedentes": "AgInt no REsp 1448660 MG 2014/0085001-9 Decisão:04/04/2017\nDJe DATA:10/04/2017AgInt no AREsp 949288 CE 2016/0180440-0 Decisão:20/10/2016\nDJe DATA:24/10/2016AgInt no AREsp 912662 SP 2016/0113657-7 Decisão:06/09/2016\nDJe DATA:21/09/2016AgInt no AREsp 833977 DF 2015/0323044-5 Decisão:01/09/2016\nDJe DATA:12/09/2016AgInt no AREsp 858013 DF 2016/0030227-7 Decisão:09/08/2016\nDJe DATA:16/08/2016AgInt no AREsp 892340 SP 2016/0080503-4 Decisão:09/08/2016\nDJe DATA:16/08/2016AgRg no AREsp 854954 CE 2016/0018079-4 Decisão:24/05/2016\nDJe DATA:06/06/2016AgRg no AREsp 627782 SP 2014/0301141-7 Decisão:05/03/2015\nDJe DATA:11/03/2015AgRg no AREsp 595365 SP 2014/0257168-1 Decisão:04/12/2014\nDJe DATA:16/12/2014REsp 962980 SP 2007/0144835-5 Decisão:13/03/2012\nDJe DATA:15/05/2012\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00779", "Referência Legislativa": null }
Súmula 596
A obrigação alimentar dos avós tem natureza complementar e subsidiária, somente se configurando no caso de impossibilidade total ou parcial de seu cumprimento pelos pais. (Súmula n. 596, Segunda Seção, julgado em 8/11/2017, DJe de 20/11/2017.)
{ "Enunciado": "A obrigação alimentar dos avós tem natureza complementar e subsidiária,\nsomente se configurando no caso de impossibilidade total ou parcial de\nseu cumprimento pelos pais. (SÚMULA 596, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em\n08/11/2017, DJe 20/11/2017)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] OBRIGAÇÃO ALIMENTAR AVOENGA. RESPONSABILIDADE COMPLEMENTAR E\nSUBSIDIÁRIA DOS AVÓS. PRESSUPOSTOS. [...] A obrigação alimentar dos avós\napresenta natureza complementar e subsidiária, somente se configurando\nquando pai e mãe não dispuserem de meios para promover as necessidades\nbásicas dos filhos. 2. Necessidade de demonstração da impossibilidade de\nos dois genitores proverem os alimentos de seus filhos. [...]\" (REsp\n1415753MS, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA,\njulgado em 24/11/2015, DJe 27/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ALIMENTOS. INCAPACIDADE FINANCEIRA DO GENITOR. AVÓS. OBRIGAÇÃO\nSUBSIDIÁRIA E COMPLEMENTAR. [...] A responsabilidade dos avós de prestar\nalimentos aos netos não é apenas sucessiva, mas também complementar,\nquando demonstrada a insuficiência de recursos do genitor. [...]\"\n(AgRg no AREsp 367646DF, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA,\nTERCEIRA TURMA, julgado em 08/05/2014, DJe 19/05/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PRESTAÇÃO DE ALIMENTOS PELOS AVÓS. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA E\nCOMPLEMENTAR. IMPOSSIBILIDADE TOTAL OU PARCIAL DO PAI. NÃO\nCARACTERIZADA. [...] 'A responsabilidade dos avós de prestar alimentos é\nsubsidiária e complementar à responsabilidade dos pais, só sendo\nexigível em caso de impossibilidade de cumprimento da prestação - ou de\ncumprimento insuficiente - pelos genitores.' (REsp 831.497/MG, Rel.\nMinistro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, QUARTA TURMA, julgado em 4/2/2010, DJe\nde 11/2/2010) [...]\" (AgRg no AREsp 390510MS, Rel. Ministro RAUL\nARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 17/12/2013, DJe 04/02/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE ALIMENTOS - PENSÃO ALIMENTÍCIA - AVÓ PATERNA -\nCOMPLEMENTAÇÃO - POSSIBILIDADE, DESDE QUE DEMONSTRADA A HIPOSSUFICIÊNCIA\nDO GENITOR - CIRCUNSTÂNCIA VERIFICADA NA ESPÉCIE - DEVER DE ALIMENTAR\nCARACTERIZADO [...]\" (AgRg no AREsp 138218MS, Rel. Ministro MASSAMI\nUYEDA, TERCEIRA TURMA, julgado em 28/08/2012, DJe 04/09/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE ALIMENTOS DIRIGIDA CONTRA OS AVÓS PATERNOS. AUSÊNCIA DE\nPRÉVIO PEDIDO EM RELAÇÃO AO PAI. RESPONSABILIDADE DOS PROGENITORES\nSUBSIDIÁRIA E COMPLEMENTAR. AUSÊNCIA, OUTROSSIM, DE PROVA DA\nPOSSIBILIDADE DOS RÉUS. [...] A exegese firmada no STJ acerca do art.\n397 do Código Civil anterior é no sentido de que a responsabilidade dos\navós pelo pagamento de pensão aos netos é subsidiária e complementar a\ndos pais, de sorte que somente respondem pelos alimentos na\nimpossibilidade total ou parcial do pai que, no caso dos autos, não foi\nalvo de prévia postulação. [...]\" (REsp 576152ES, Rel. Ministro\nALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA TURMA, julgado em 08/06/2010, DJe\n01/07/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE ALIMENTOS. RESPONSABILIDADE DOS AVÓS. OBRIGAÇÃO SUCESSIVA\nE COMPLEMENTAR. [...] A responsabilidade dos avós de prestar alimentos é\nsubsidiária e complementar à responsabilidade dos pais, só sendo\nexigível em caso de impossibilidade de cumprimento da prestação - ou de\ncumprimento insuficiente - pelos genitores. [...]\" (REsp 831497MG,\nRel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, QUARTA TURMA, julgado em\n04/02/2010, DJe 11/02/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE ALIMENTOS. PEDIDO CONTRA A AVÓ. POSSIBILIDADE.\nINCAPACIDADE FINANCEIRA DOS PAIS. [...] Esta Corte Superior de Justiça\njá consolidou o entendimento de que a responsabilidade dos avós, na\nprestação de alimentos, é sucessiva e complementar a dos pais, devendo\nser demonstrado, à primeira, que estes não possuem meios de suprir,\nsatisfatoriamente, a necessidade dos alimentandos. [...]\" (AgRg no Ag\n1010387SC, Rel. Ministro VASCO DELLA GIUSTINA (DESEMBARGADOR\nCONVOCADO DO TJ/RS), TERCEIRA TURMA, julgado em 23/06/2009, DJe\n30/06/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ALIMENTOS. AVÓS. RESPONSABILIDADE SUCESSIVA E COMPLEMENTAR. [...]\nNos termos da jurisprudência consolidada do STJ, a responsabilidade dos\navós em prestar alimentos é sucessiva e complementar. [...]\" (REsp\n858506DF, Rel. Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA TURMA,\njulgado em 20/11/2008, DJe 15/12/2008)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE ALIMENTOS - POSSIBILIDADE ECONÔMICA DOS PAIS PARA O\nSUSTENTO INTEGRAL DOS FILHOS RECONHECIDA PELO TRIBUNAL LOCAL - ALEGAÇÃO\nDE NECESSIDADE DE RESPONSABILIZAÇÃO COMPLEMENTAR DA AVÓ PATERNA -\nIMPOSSIBILIDADE DE VERIFICAÇÃO - REEXAME DE PROVAS - SÚMULA 07/STJ [...]\nA teor da jurisprudência desta Corte, 'a responsabilidade dos avós de\nprestar alimentos aos netos não é apenas sucessiva, mas também\ncomplementar, quando demonstrada a insuficiência de recursos do\ngenitor.' (Resp 579.385/SP, Rel. Min. NANCY ANDRIGHI, DJ de 04/10/2004).\n2 - Reconhecido pelo Tribunal local a possibilidade econômica dos pais\npara o sustento integral dos menores, de modo a dispensar a\ncomplementação pela avó paterna, inviável a modificação da conclusão do\nacórdão recorrido, pois ensejaria o reexame do conjunto probatório\nacostado aos autos (Súmula 07/STJ). [...]\" (REsp 804150DF, Rel.\nMinistro JORGE SCARTEZZINI, QUARTA TURMA, julgado em 02/05/2006, DJ\n22/05/2006, p. 217)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ALIMENTOS. RESPONSABILIDADE DOS AVÓS. OBRIGAÇÃO COMPLEMENTAR E\nSUCESSIVA. [...] A obrigação alimentar não tem caráter de solidariedade,\nno sentido que 'sendo várias pessoas obrigadas a prestar alimentos todos\ndevem concorrer na proporção dos respectivos recursos.' 2 - O demandado,\nno entanto, terá direito de chamar ao processo os co-responsáveis da\nobrigação alimentar, caso não consiga suportar sozinho o encargo, para\nque se defina quanto caberá a cada um contribuir de acordo com as suas\npossibilidades financeiras. 3 - Neste contexto, à luz do novo Código\nCivil, frustrada a obrigação alimentar principal, de responsabilidade\ndos pais, a obrigação subsidiária deve ser diluída entre os avós\npaternos e maternos na medida de seus recursos, diante de sua\ndivisibilidade e possibilidade de fracionamento. A necessidade alimentar\nnão deve ser pautada por quem paga, mas sim por quem recebe,\nrepresentando para o alimentado maior provisionamento tantos quantos\ncoobrigados houver no pólo passivo da demanda. [...]\" (REsp 658139RS, Rel. Ministro FERNANDO GONÇALVES, QUARTA TURMA, julgado em\n11/10/2005, DJ 13/03/2006, p. 326)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] Alimentos. Responsabilidade dos avós. Complementar. [...] A\nresponsabilidade dos avós de prestar alimentos aos netos não é apenas\nsucessiva, mas também complementar, quando demonstrada a insuficiência\nde recursos do genitor. - Tendo o Tribunal de origem reconhecido a\npossibilidade econômica do avô e a insuficiência de recursos do genitor,\ninviável a modificação da conclusão do acórdão recorrido, pois\nimplicaria em revolvimento do conjunto fático-probatório. [...]\" (REsp\n579385SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em\n26/08/2004, DJ 04/10/2004, p. 291)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 20/11/2017RSSTJ vol. 46 p. 767RSTJ vol. 248 p. 854", "Precedentes": "REsp 1415753 MS 2012/0139676-9 Decisão:24/11/2015\nDJe DATA:27/11/2015\nJPL VOL.:00012 PG:00174\nRB VOL.:00028 PG:00043\nRB VOL.:00626 PG:00043\nRIOBDF VOL.:00093 PG:00122\nRJP VOL.:00067 PG:00174\nRSDF VOL.:00093 PG:00122\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00767\nRSTP VOL.:00093 PG:00122AgRg no AREsp 367646 DF 2013/0226134-1 Decisão:08/05/2014\nDJe DATA:19/05/2014AgRg no AREsp 390510 MS 2013/0293071-4 Decisão:17/12/2013\nDJe DATA:04/02/2014AgRg no AREsp 138218 MS 2012/0045620-5 Decisão:28/08/2012\nDJe DATA:04/09/2012\nRIOBDF VOL.:00074 PG:00144REsp 576152 ES 2003/0142789-0 Decisão:08/06/2010\nDJe DATA:01/07/2010REsp 831497 MG 2006/0053462-0 Decisão:04/02/2010\nDJe DATA:11/02/2010AgRg no Ag 1010387 SC 2008/0025400-3 Decisão:23/06/2009\nDJe DATA:30/06/2009REsp 858506 DF 2006/0121252-4 Decisão:20/11/2008\nDJe DATA:15/12/2008REsp 804150 DF 2005/0207864-0 Decisão:02/05/2006\nDJ DATA:22/05/2006 PG:00217\nRBDF VOL.:00037 PG:00100REsp 658139 RS 2004/0063876-0 Decisão:11/10/2005\nDJ DATA:13/03/2006 PG:00326\nRBDF VOL.:00037 PG:00090\nRSTJ VOL.:00201 PG:00474REsp 579385 SP 2003/0137926-5 Decisão:26/08/2004\nDJ DATA:04/10/2004 PG:00291\nRNDJ VOL.:00062 PG:00119\nRSTJ VOL.:00187 PG:00323", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:010406 ANO:2002\n***** CC-02 CÓDIGO CIVIL DE 2002\n ART:01696 ART:01698" }
Súmula 595
As instituições de ensino superior respondem objetivamente pelos danos suportados pelo aluno/consumidor pela realização de curso não reconhecido pelo Ministério da Educação, sobre o qual não lhe tenha sido dada prévia e adequada informação. (Súmula n. 595, Segunda Seção, julgado em 25/10/2017, DJe de 6/11/2017.)
{ "Enunciado": "As instituições de ensino superior respondem objetivamente pelos danos\nsuportados pelo aluno/consumidor pela realização de curso não\nreconhecido pelo Ministério da Educação, sobre o qual não lhe tenha sido\ndada prévia e adequada informação. (SÚMULA 595, SEGUNDA SEÇÃO, julgado\nem 25/10/2017, DJe 06/11/2017)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL [...] A instituição de ensino\nsuperior responde objetivamente pelos danos causados ao aluno em\ndecorrência da falta de reconhecimento do curso pelo MEC, quando violado\no dever de informação ao consumidor. [...]\" (AgRg no AREsp 651099PR, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 26/05/2015, DJe\n03/06/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. CURSO DE MESTRADO. CREDENCIAMENTO NO ÓRGÃO\nGOVERNAMENTAL. AUSÊNCIA. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MATERIAIS E\nMORAIS. AQUILATAÇÃO. [...] Tratando-se de relação regida pelo Código de\nDefesa do Consumidor, a instituição de ensino é objetivamente\nresponsável pelos prejuízos causados em decorrência do não\ncredenciamento de curso de mestrado se, em virtude desse entrave, o\nconsumidor não obteve a correspondente titulação. Incidência das normas\ndos arts. 14 e 20, caput e § 2º, do CDC. 2. No caso concreto, a despeito\nda finalização imperfeita, os serviços contratados foram efetivamente\nprestados à consumidora, que deles pode extrair alguma utilidade,\ninclusive para eventual aproveitamento, em outra instituição de ensino,\ndas disciplinas cursadas. Em tal circunstância, pelo voto médio, a\nindenização foi fixada na forma prevista pelo art. 20, inc. III, do CDC,\nafastando-se a incidência da regra do inciso II do mesmo dispositivo.\n[...]\" (REsp 1079145SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Rel. p/\nAcórdão Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em\n28/04/2015, DJe 12/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CURSO SUPERIOR DE FARMÁCIA. FALTA DE RECONHECIMENTO PELO MEC.\nINDEFERIMENTO DA INSCRIÇÃO PELO CONSELHO PROFISSIONAL. RESPONSABILIDADE\nCIVIL DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO. EXCLUDENTE DA CULPA EXCLUSIVA DE\nTERCEIRO. DESCABIMENTO NA ESPÉCIE. LUCROS CESSANTES. EFETIVA\nDEMONSTRAÇÃO DE PREJUÍZO. AUSÊNCIA. AFASTAMENTO. DANO MORAL. FIXAÇÃO EM\nSALÁRIOS MÍNIMOS. POSSIBILIDADE. MONTANTE. REDUÇÃO. [...] A instituição\nde ensino superior responde objetivamente pelos danos causados ao aluno\nem decorrência da falta de reconhecimento do curso pelo MEC, quando\nviolado o dever de informação ao consumidor. 3. A alegação de culpa\nexclusiva de terceiro em razão da recusa indevida do registro pelo\nconselho profissional não tem o condão de afastar a responsabilidade\ncivil da instituição de ensino perante o aluno, a qual decorre do\ndefeito na prestação do serviço. 4. Para o deferimento de lucros\ncessantes, é imprescindível a efetiva demonstração do prejuízo, que deve\npartir de previsão objetiva de lucro, frustrada em decorrência direta da\nobrigação inadimplida. 5. A formação em curso superior e a inscrição no\nrespectivo conselho profissional, por si sós, não autorizam a conclusão\nde ganho imediato com a atividade profissional. 6. Inexiste veto à\nfixação de indenização com base no salário mínimo. O que se proibe é sua\nvinculação como critério de correção monetária. Precedentes. 7. O\nmontante fixado a título de indenização por danos morais comporta\nrevisão em sede de recurso especial quando manifestamente exorbitante,\ncircunstância reconhecida no caso. Valor reduzido para R$ 50.000,00.\n[...]\" (REsp 1232773SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA,\nTERCEIRA TURMA, julgado em 18/03/2014, DJe 03/04/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"LEGISLAÇÃO DE ENSINO. RECURSO ESPECIAL. CURSO SUPERIOR NÃO RECONHECIDO\nPELO MEC. IMPOSSIBILIDADE DE EXERCER A PROFISSÃO. RESPONSABILIDADE\nOBJETIVA DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO. DANO MATERIAL NÃO RECONHECIDO. DANO\nMORAL. VALOR. REVISÃO PELO STJ. MONTANTE EXORBITANTE OU IRRISÓRIO.\nCABIMENTO. [...] A Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB (Lei n.\n9.394/1996) exige sejam os cursos reconhecidos por prazo limitado de\nvalidade, sendo renovado o reconhecimento, periodicamente, após processo\nregular de avaliação (art. 46). Regulamentando tal disposição, foi\nemitida a Portaria n. 877 de 1997, então vigente, que dispunha que o\nreconhecimento de cursos superiores deveriam ser requeridos a partir do\nterceiro ano, quando se tratar de curso com duração superior a cinco. 3.\nA instituição de ensino que oferece curso de bacharelado em Direito sem\nprovidenciar o reconhecimento deste no Ministério da Educação e Cultura\n(MEC), antes de sua conclusão - resultando na impossibilidade de aluno,\naprovado no exame da OAB, obter inscrição definitiva de advogado-,\nresponde objetivamente pelo serviço defeituoso. 4. O requerente à\ninscrição no quadro de advogados da OAB, na falta de diploma\nregularmente registrado, apresenta certidão de graduação em Direito,\nacompanhada de cópia autenticada do respectivo histórico escolar, por\nlicença do art. 23 do Regulamento da Advocacia. De todo modo, o diploma\nou certidão devem ser emitidos por instituição de ensino que esteja\nreconhecida pelo Ministério da Educação. A ausência do reconhecimento do\ncurso impede a inscrição. Precedentes. 5. No caso concreto não foi\ndemonstrado dano material efetivo. Depreende-se de sua exordial que o\nautor somente pretendeu indenização por danos materiais com fundamento\nem lucros cessantes, tendo sido o pleito acatado pelas instâncias\nordinárias, motivo pelo qual esta Corte não pode reconhecer a teoria da\nperda de uma chance, sob pena de julgamento extra petita. 6. O montante\narbitrado a título de danos morais comporta revisão pelo Superior\nTribunal de Justiça nas hipóteses em que for claramente irrisório ou\nexorbitante. [...]\" (REsp 1244685SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE\nSALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 03/10/2013, DJe 17/10/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO INDENIZATÓRIA - DANOS MORAIS E MATERIAIS - PRESTAÇÃO DE\nSERVIÇOS EDUCACIONAIS - MATRÍCULA, FREQUÊNCIA E CONCLUSÃO EM CURSO DE\nPÓS-GRADUAÇÃO (MESTRADO) NÃO RECONHECIDO PELA CAPES - PUBLICIDADE\nENGANOSA DIVULGADA AO DISCENTE - CORTE LOCAL RECONHECENDO A\nRESPONSABILIDADE CIVIL DA DEMANDADA, E CONDENANDO-A AO PAGAMENTO DOS\nDANOS MATERIAIS E MORAIS. INSURGÊNCIA DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO. [...]\nDanos morais. 1.1 Resulta cristalina a responsabilidade civil da\ninstituição de ensino, que, promovendo a divulgação de propaganda\nenganosa, oferece curso de pós-graduação (mestrado), mas omite aos\nrespectivos alunos a relevante informação de que não possui\nreconhecimento e validade perante o órgão governamental competente. A\nsúmula n. 7/STJ, ademais, impede a revisão das premissas fáticas que\nnortearam as conclusões fixadas no aresto hostilizado. 1.2 O posterior\nreconhecimento e consequente convalidação, pelo órgão competente, de\npós-graduação (mestrado) cursada pela demandante, longo período após a\nconclusão obtida pela aluna, não elimina o dever da instituição de\nensino em indenizar os danos morais sofridos pela discente. Pois,\nmostra-se evidente a frustração, o sofrimento e a angústia daquela que\nse viu por mais de 5 anos privada de fruir os benefícios e prerrogativas\nprofissionais colimados quando da matrícula e frequência ao curso de\npós-graduação. 1.3 É ilegítimo o arbitramento de indenização por danos\nmorais vinculada ao valor futuro do salário mínimo que se encontrar\nvigente à época do pagamento. Precedentes. Excessividade do quantum.\nAdequação do aresto hostilizado no particular. 2. Danos materiais.\nPretensão voltada ao ressarcimento dos valores despendidos a título de\nmatrículas, mensalidades, passagens, alimentação e demais gastos com o\ncurso de mestrado. Descabimento. A superveniente convalidação do diploma\nde pós-graduação obtido pela demandante, torna indevida a indenização\npor danos materiais, concernentes às despesas para frequência ao curso.\n[...]\" (REsp 1101664SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA,\njulgado em 07/02/2013, DJe 28/02/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CURSO SUPERIOR NÃO RECONHECIDO PELO MEC. CIRCUNSTÂNCIA\nPREVIAMENTE INFORMADA AOS ALUNOS. POSSIBILIDADE DE EXERCER A PROFISSÃO\nCOM REGISTRO PROVISÓRIO DO ALUNO NO CONSELHO PROFISSIONAL REGIONAL. DANO\nMORAL. AUSÊNCIA. [...] Essa Corte reconhece a responsabilidade objetiva\nda instituição de ensino e o direito à compensação por danos morais a\naluno de curso não reconhecido pelo Ministério da Educação quando\nviolado o dever de informação ao consumidor. 3. Na hipótese, a situação\ndo curso era conhecida pelos alunos e as providências quanto ao seu\nreconhecimento oficial, após a conclusão da primeira turma, foram\ntomadas pela instituição. 4. A demora no reconhecimento do curso pelo\nMEC, não impediu que a recorrente fosse contratada por duas empresas do\nramo farmacêutico, ou seja, não impediu que ela exercesse sua atividade\nprofissional. 5. Como já eram previsíveis os aborrecimentos e dissabores\npor quais passou até o reconhecimento oficial do curso pelo MEC porque a\nrecorrente foi informada da situação pela instituição de ensino, não\nficou demonstrada a ocorrência do dano moral passível de compensação.\n[...]\" (REsp 1230135MT, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA\nTURMA, julgado em 04/12/2012, DJe 11/12/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CURSO SUPERIOR NÃO. RECONHECIDO PELO MEC. CIRCUNSTÂNCIA NÃO\nINFORMADA AOS ALUNOS. IMPOSSIBILIDADE DE EXERCER A PROFISSÃO.\nRESPONSABILIDADE OBJETIVA DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO. DANO MORAL. VALOR.\nREVISÃO PELO STJ. MONTANTE EXORBITANTE OU IRRISÓRIO. CABIMENTO. [...] A\ninstituição de ensino que oferece curso de bacharelado em Direito sem\nsalientar a inexistência de chancela do MEC, resultando na\nimpossibilidade de aluno, aprovado no exame da OAB, obter inscrição\ndefinitiva de advogado, responde objetivamente, nos termos do art. 14 do\nCDC, pelo descumprimento do dever de informar, por ocultar circunstância\nque seria fundamental para a decisão de se matricular ou não no curso.\n3. O art. 6º, III, do CDC institui o dever de informação e consagra o\nprincípio da transparência, que alcança o negócio em sua essência,\nporquanto a informação repassada ao consumidor integra o próprio\nconteúdo do contrato. Trata-se de dever intrínseco ao negócio e que deve\nestar presente não apenas na formação do contrato, mas também durante\ntoda a sua execução. 4. O direito à informação visa a assegurar ao\nconsumidor uma escolha consciente, permitindo que suas expectativas em\nrelação ao produto ou serviço sejam de fato atingidas, manifestando o\nque vem sendo denominado de consentimento informado ou vontade\nqualificada. 5. Não exclui a responsabilidade da instituição de ensino\nperante o aluno a possível discussão frente ao Conselho Profissional a\nrespeito da exigibilidade, ou não, por este, da comprovação do\nreconhecimento do curso pelo MEC, reservando-se a matéria para eventual\ndireito de regresso. 6. A melhor exegese do art. 8º, II, da Lei nº\n8.906/94, sugere que se considere como instituição de ensino\n'oficialmente autorizada e credenciada', aquela cujo curso de\nbacharelado em Direito conte com a chancela do MEC. 7. O montante\narbitrado a título de danos morais somente comporta revisão pelo STJ nas\nhipóteses em que for claramente irrisório ou exorbitante. [...]\" (REsp\n1121275SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em\n27/03/2012, DJe 17/04/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"RESPONSABILIDADE CIVIL. CURSO SUPERIOR RECONHECIDO PELO MEC SOMENTE\nAPÓS A FORMATURA. INDEFERIMENTO DA INSCRIÇÃO DE EX-ESTUDANTE PELO\nCONSELHO PROFISSIONAL. RESPONSABILIDADE DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO.\nALEGAÇÃO DE CULPA DO CONSELHO PROFISSIONAL. MATÉRIA QUE NÃO INTERFERE NA\nRESPONSABILIDADE DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO RELATIVAMENTE AO ALUNO.\nRESPONSABILIDADE POR DANO MORAL DETERMINADA. DANO MATERIAL NÃO\nRECONHECIDO PELO ACÓRDÃO RECORRIDO, SEM A VINDA DE DE RECURSO PARA ESTE\nTRIBUNAL. [...] A instituição de ensino que não providencia, durante o\ncurso, a regularização de curso superior junto ao MEC, é responsável\npelo dano moral causado a aluno que, a despeito da colação de grau, não\npode se inscrever no Conselho Profissional respectivo e, assim, exercer\no ofício para o qual se graduou. 2.- Não afasta a responsabilidade da\nInstituição de Ensino perante o aluno a possível discussão entre a\naludida Instituição e o Conselho Profissional a respeito da\nexigibilidade, ou não, por este, da comprovação de seu reconhecimento\npelo Ministério da Educação, reservando-se a matéria para eventual\nacionamento entre a Instituição de Ensino e o Conselho Profissional. 3.-\nRetardando-se a inscrição do ex-aluno no Conselho Profissional, porque\nnão reconhecido o curso, tem ele direto a indenização por dano moral,\nmas não à devolução do valor dos pagamentos realizados para a realização\ndo curso, nem, no caso concreto, porque matéria irrecorrida, à\ncondenação da Instituição de Ensino por danos materiais. 4.- Valor do\ndano moral razoável, arbitrado pela sentença e confirmado pelo Acórdão\nrecorrido em 25 (vinte e cinco) salários mínimos, na data do julgamento\nda apelação pelo Tribunal de origem (31.7.2007, fls.361). [...]\" (REsp\n1034289SP, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em\n17/05/2011, DJe 06/06/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO INDENIZATÓRIA. CURSO DE MESTRADO NÃO RECONHECIDO PELO\nMEC/CAPES. PRETENSÃO DE DANOS MORAIS, MATERIAIS E LUCROS CESSANTES.\nDEFERIMENTO DO PRIMEIRO. IMPROCEDÊNCIA DOS DEMAIS. SÚMULA N. 7 - STJ.\n[...] Devido o dano moral pela frustração na obtenção de diploma de\nmestrado devido ao não reconhecimento do curso oferecido pela\ninstituição de ensino ré perante o Ministério da Educação. II.\nDescabimento, por outro lado, da restituição das mensalidades ante a\nprestação do ensino e o ulterior reconhecimento do curso, bem como de\nlucros cessantes, porquanto não pode haver responsabilização por efeitos\ncolaterais, caso de pretendida melhoria salarial em carreira do serviço\npúblico, que são inteiramente estranhos à relação contratual existente\nentre o autor e a associação recorrida. [...]\" (REsp 998265RO, Rel.\nMinistro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA TURMA, julgado em 15/04/2010,\nDJe 01/02/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 06/11/2017RSSTJ vol. 46 p. 749RSTJ vol. 248 p. 853", "Precedentes": "AgRg no AREsp 651099 PR 2015/0008551-9 Decisão:26/05/2015\nDJe DATA:03/06/2015REsp 1079145 SP 2008/0171611-0 Decisão:28/04/2015\nDJe DATA:12/11/2015REsp 1232773 SP 2011/0009182-3 Decisão:18/03/2014\nDJe DATA:03/04/2014\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00749\nRSTJ VOL.:00240 PG:00553REsp 1244685 SP 2010/0162509-0 Decisão:03/10/2013\nDJe DATA:17/10/2013REsp 1101664 SP 2008/0252069-0 Decisão:07/02/2013\nDJe DATA:28/02/2013\nRSDCPC VOL.:00083 PG:00086REsp 1230135 MT 2010/0230883-3 Decisão:04/12/2012\nDJe DATA:11/12/2012REsp 1121275 SP 2009/0019668-6 Decisão:27/03/2012\nDJe DATA:17/04/2012REsp 1034289 SP 2008/0034798-0 Decisão:17/05/2011\nDJe DATA:06/06/2011\nREVPRO VOL.:00197 PG:00483\nRT VOL.:00911 PG:00493REsp 998265 RO 2007/0248032-9 Decisão:15/04/2010\nDJe DATA:01/02/2011\nLEXSTJ VOL.:00258 PG:00107", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:010406 ANO:2002\n***** CC-02 CÓDIGO CIVIL DE 2002\n ART:00186 ART:00927\nLEG:FED LEI:008078 ANO:1990\n***** CDC-90 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR\n ART:00006 INC:00003 ART:00014 PAR:00001 ART:00020\n PAR:00002 ART:00037 PAR:00001 PAR:00003" }
Súmula 594
O Ministério Público tem legitimidade ativa para ajuizar ação de alimentos em proveito de criança ou adolescente independentemente do exercício do poder familiar dos pais, ou do fato de o menor se encontrar nas situações de risco descritas no art. 98 do Estatuto da Criança e do Adolescente, ou de quaisquer outros questionamentos acerca da existência ou eficiência da Defensoria Pública na comarca. (Súmula n. 594, Segunda Seção, julgado em 25/10/2017, DJe de 6/11/2017.)
{ "Enunciado": "O Ministério Público tem legitimidade ativa para ajuizar ação de\nalimentos em proveito de criança ou adolescente independentemente do\nexercício do poder familiar dos pais, ou do fato de o menor se encontrar\nnas situações de risco descritas no art. 98 do Estatuto da Criança e do\nAdolescente, ou de quaisquer outros questionamentos acerca da existência\nou eficiência da Defensoria Pública na comarca. (SÚMULA 594, SEGUNDA\nSEÇÃO, julgado em 25/10/2017, DJe 06/11/2017)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. AÇÃO DE ALIMENTOS. LEGITIMIDADE\nATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO. DIREITO INDIVIDUAL INDISPONÍVEL. RECURSO\nESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC. [...] Para\nefeitos do art. 543-C do CPC, aprovam-se as seguintes teses: 1.1. O\nMinistério Público tem legitimidade ativa para ajuizar ação de alimentos\nem proveito de criança ou adolescente. 1.2. A legitimidade do Ministério\nPúblico independe do exercício do poder familiar dos pais, ou de o menor\nse encontrar nas situações de risco descritas no art. 98 do Estatuto da\nCriança e do Adolescente, ou de quaisquer outros questionamentos acerca\nda existência ou eficiência da Defensoria Pública na comarca. [...]\"\n(REsp 1265821BA, submetido ao procedimento dos recursos especiais\nrepetitivos, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado\nem 14/05/2014, DJe 04/09/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. AÇÃO DE ALIMENTOS. LEGITIMIDADE\nATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO. DIREITO INDIVIDUAL INDISPONÍVEL. RECURSO\nESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC. [...] Para\nefeitos do art. 543-C do CPC, aprovam-se as seguintes teses: 1.1. O\nMinistério Público tem legitimidade ativa para ajuizar ação de alimentos\nem proveito de criança ou adolescente. 1.2. A legitimidade do Ministério\nPúblico independe do exercício do poder familiar dos pais, ou de o menor\nse encontrar nas situações de risco descritas no art. 98 do Estatuto da\nCriança e do Adolescente, ou de quaisquer outros questionamentos acerca\nda existência ou eficiência da Defensoria Pública na comarca. [...]\"\n(REsp 1327471MT, submetido ao procedimento dos recursos especiais\nrepetitivos, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado\nem 14/05/2014, DJe 04/09/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] MINISTÉRIO PÚBLICO DOS ESTADOS. LEGITIMIDADE RECURSAL NO ÂMBITO\nDO STJ. NOVA ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL. INTEMPESTIVIDADE DOS EMBARGOS\nDE DECLARAÇÃO AFASTADA. AÇÃO DE ALIMENTOS. LEGITIMIDADE ATIVA DO\nMINISTÉRIO PÚBLICO. ART. 201, III, DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO\nADOLESCENTE. POSSIBILIDADE. [...] O Ministério Público dos Estados\npossui legitimidade para atuar perante os Tribunais Superiores, devendo\no Procurador-Geral de Justiça ser intimado pessoalmente das decisões de\nseu interesse. 2. A oposição dos embargos de declaração torna\ndesnecessária a determinação de nova intimação do representante legal do\nMinistério Público do Estado da Bahia, em prestígio à celeridade da\ntramitação do processo e ante à ausência de prejuízo, restando afastada\na intempestividade do recurso. 3. 'No caso em tela, os autos revelam\ntratar-se de menor com poucos recursos, que reside em uma Comarca\nprejudicada pela deficiente estrutura estatal, na qual só existe\nDefensoria Pública em certos dias da semana conforme declarou o próprio\ndefensor público, conforme transcrição do Acórdão. Assim, é evidente a\ndificuldade de localização de advogados que patrocinem os interesses dos\njurisdicionados hipossuficientes, de modo que negar a legitimidade do\nrecorrente somente agravaria a já difícil situação em que se encontra o\nmenor, carente e vulnerável' (AgRg no REsp 1245127/BA, 3ª Turma, Min.\nSidnei Beneti, DJe 07/12/2011). [...]\"\n(AgRg nos EDcl no REsp 1262864BA, Rel. Ministro PAULO DE TARSO\nSANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 13/05/2014, DJe 22/05/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. MINISTÉRIO PÚBLICO. LEGITIMIDADE\nATIVA. ARTIGO ANALISADO: 201, III, ECA. [...] Discute-se a legitimidade\ndo Ministério Público para o ajuizamento de ação/execução de alimentos\nem benefício de criança/adolescente cujo poder familiar é exercido\nregularmente pelo genitor e representante legal. 3. O Ministério Público\ntem legitimidade para a propositura de execução de alimentos em favor de\ncriança ou adolescente, nos termos do art. 201, III, do ECA, dado o\ncaráter indisponível do direito à alimentação. 4. É socialmente\nrelevante e legítima a substituição processual extraordinária do\nMinistério Público, na defesa dos economicamente pobres, também em\nvirtude da precária ou inexistente assistência jurídica prestada pela\nDefensoria Pública. [...]\" (REsp 1269299BA, Rel. Ministra NANCY\nANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/10/2013, DJe 21/10/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE ALIMENTOS. LEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO. ART.\n201, III, DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. POSSIBILIDADE.\nSERVIÇO DE DEFENSORIA PÚBLICA PRESTADO APENAS DUAS VEZES NA SEMANA NA\nLOCALIDADE. [...] O Ministério Público tem legitimidade para a\npropositura de ações de alimentos em favor de criança ou adolescente,\nnos termos do art. 201, III, da Lei 8.069/90 (Estatuto da criança e do\nadolescente). 2.- No caso em tela, os autos revelam tratar-se de menor\ncom poucos recursos, que reside em uma Comarca prejudicada pela\ndeficiente estrutura estatal, na qual só existe Defensoria Pública em\ncertos dias da semana conforme declarou o próprio defensor público,\nconforme transcrição do Acórdão. Assim, é evidente a dificuldade de\nlocalização de advogados que patrocinem os interesses dos\njurisdicionados hipossuficientes, de modo que negar a legitimidade do\nrecorrente somente agravaria a já difícil situação em que se encontra o\nmenor, carente e vulnerável. [...]\" (AgRg no REsp 1245127BA, Rel.\nMinistro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 08/11/2011, DJe\n07/12/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE ALIMENTOS. LEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO. ART.\n201, III, DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. [...] O Ministério\nPúblico tem legitimidade para a propositura de ações de alimentos em\nfavor de criança ou adolescente, nos termos do art. 201, III, da Lei\n8.069/90 (Estatuto da criança e do adolescente). [...]\"\n(REsp 1113590MG, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA,\njulgado em\n24/08/2010, DJe 10/09/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] Ação de execução de alimentos. Ministério Público. Legitimidade\nativa. - É socialmente relevante e legítima a substituição processual\nextraordinária do Ministério Público, notadamente quando na defesa dos\neconomicamente pobres, como também em virtude da precária ou inexistente\nassistência jurídica prestada pelas Defensorias Públicas. - Dado o\ncaráter indisponível do direito a receber alimentos, em se tratando de\ncriança ou adolescente, é legítima a atuação do Ministério Público como\nsubstituto processual em ação de execução de prestação alimentícia por\ndescumprimento de acordo referendado pelo próprio Órgão Ministerial. - O\ntão-só descumprimento de acordo de alimentos evidencia violação a\ndireito da criança, que se vê privada do atendimento de suas\nnecessidades básicas. [...]\" (REsp 510969PR, Rel. Ministra NANCY\nANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 06/10/2005, DJ 06/03/2006, p. 372)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 06/11/2017RSSTJ vol. 46 p. 727RSTJ vol. 248 p. 852", "Precedentes": "REsp 1265821 BA 2011/0163873-1 Decisão:14/05/2014\nDJe DATA:04/09/2014REsp 1327471 MT 2011/0176288-0 Decisão:14/05/2014\nDJe DATA:04/09/2014\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00727AgRg nos EDcl no REsp 1262864 BA 2011/0149505-5\nDecisão:13/05/2014\nDJe DATA:22/05/2014REsp 1269299 BA 2011/0183244-4 Decisão:15/10/2013\nDJe DATA:21/10/2013AgRg no REsp 1245127 BA 2011/0068532-2 Decisão:08/11/2011\nDJe DATA:07/12/2011\nRT VOL.:00917 PG:00720REsp 1113590 MG 2009/0026873-9 Decisão:24/08/2010\nDJe DATA:10/09/2010\nRB VOL.:00564 PG:00035REsp 510969 PR 2003/0045745-5 Decisão:06/10/2005\nDJ DATA:06/03/2006 PG:00372\nRB VOL.:00509 PG:00028", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:013105 ANO:2015\n***** CPC-15 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015\n ART:01036\nLEG:FED LEI:008069 ANO:1990\n***** ECA-90 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE\n ART:00098 ART:00201 INC:00003" }
Súmula 593
O crime de estupro de vulnerável se configura com a conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante eventual consentimento da vítima para a prática do ato, sua experiência sexual anterior ou existência de relacionamento amoroso com o agente. (Súmula n. 593, Terceira Seção, julgado em 25/10/2017, DJe de 6/11/2017.)
{ "Enunciado": "O crime de estupro de vulnerável se configura com a conjunção carnal ou\nprática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante\neventual consentimento da vítima para a prática do ato, sua experiência\nsexual anterior ou existência de relacionamento amoroso com o agente.\n(SÚMULA 593, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 25/10/2017, DJe 06/11/2017)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] ESTUPRO DE VULNERÁVEL. ART. 217-A DO CÓDIGO PENAL. VÍTIMA MENOR\nDE 14 ANOS. PRESUNÇÃO ABSOLUTA DE VIOLÊNCIA. DÚVIDA SOBRE A PRÁTICA DE\nCONJUNÇÃO CARNAL. ALTERAÇÃO DO JULGADO. NECESSIDADE DE REVOLVIMENTO\nFÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA N. 7 DO STJ. [...] No julgamento do REsp\nrepetitivo n. 1.480.881/PI, de minha relatoria, a Terceira Seção desta\nCorte Superior sedimentou a jurisprudência, então já dominante, pela\npresunção absoluta da violência em casos da prática de conjunção carnal\nou ato libidinoso diverso com pessoa menor de 14 anos. 2. No caso dos\nautos, o Tribunal de origem, em nenhum momento, reconheceu ter havido a\nprática da conjunção carnal e expôs a segunda tese (de presunção\nrelativa de violência) apenas na aventada hipótese de ter havido o ato\nsexual. Vale dizer, a Corte de origem teve dúvida - devidamente\nfundamentada pela desarmonia da palavra da vítima com os depoimentos\nprestados pelas outras testemunhas - acerca da efetiva cópula vaginal\n(ou de qualquer outro ato libidinoso). 3. Para a desconstituição da\nconclusão alcançada pelo TJMG - afirmar que houve, sim, conjunção carnal\nentre a vítima e o recorrido - implicaria o reexame das provas acostadas\naos autos, o que é vedado pela Súmula n. 7 desta Corte. [...]\"\n(REsp 1361564MG, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA,\njulgado\nem 12/04/2016, DJe 25/04/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ESTUPRO DE VULNERÁVEL. VIOLÊNCIA PRESUMIDA. CARÁTER ABSOLUTO.\nNATUREZA HEDIONDA DO DELITO. [...] Entende esta Corte que o\nconsentimento da vítima não é capaz de afastar a tipicidade do crime de\nestupro de vulnerável, pois a presunção de violência é absoluta na\nprática de conjunção carnal ou outro ato libidinoso com menor de 14\nanos. 3. Até mesmo os delitos de estupro e atentado violento ao pudor\npraticados antes de vigente a Lei 12.015/2009, ainda que cometidos\nmediante violência presumida, consideram-se hediondos. [...]\"\n(HC 256402PR, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em\n05/04/2016, DJe 18/04/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ESTUPRO DE VULNERÁVEL. CARÁTER ABSOLUTO DA PRESUNÇÃO DE\nVIOLÊNCIA. [...] Nesta Corte, firmou-se a orientação no sentido de ser\nabsoluta a presunção de violência na prática de conjunção carnal ou\noutro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos, de forma que o\nsuposto consentimento da vítima, sua anterior experiência sexual ou a\nexistência de relacionamento amoroso com o agente não torna atípico o\ncrime de estupro de vulnerável. [...]\" (AgRg no REsp 1472138GO,\nRel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em\n23/02/2016, DJe 29/02/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ESTUPRO DE VULNERÁVEL. CONFIGURAÇÃO. 'Para a caracterização do\ncrime de estupro de vulnerável previsto no art. 217-A, caput, do Código\nPenal, basta que o agente tenha conjunção carnal ou pratique qualquer\nato libidinoso com pessoa menor de 14 anos. O consentimento da vítima,\nsua eventual experiência sexual anterior ou a existência de\nrelacionamento amoroso entre o agente e a vítima não afastam a\nocorrência do crime' (REsp n. 1.480.881/PI, Terceira Seção, Rel. Min.\nRogerio Schietti Cruz, DJe de 10/9/2015). [...]\"\n(AgRg no REsp 1536880ES, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA,\njulgado em\n02/02/2016, DJe 15/02/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ESTUPRO E ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. [...] VÍTIMA MENOR DE 14\nANOS. CONSENTIMENTO OU PRÉVIA EXPERIÊNCIA SEXUAL. IRRELEVÂNCIA.\nRELATIVIZAÇÃO DA PRESUNÇÃO DE VIOLÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE. [...] Por\nforça do recente julgamento do REsp repetitivo n. 1.480.881/PI, de minha\nrelatoria, a Terceira Seção desta Corte Superior sedimentou a\njurisprudência, então já dominante, pela presunção absoluta da violência\nem casos da prática de conjunção carnal ou ato de libidinoso diverso com\npessoa menor de 14 anos. 3. A tese assentada é clara: para a\ncaracterização do crime de estupro de vulnerável previsto no art. 217-A,\ncaput, do Código Penal, basta que o agente tenha conjunção carnal ou\npratique qualquer ato libidinoso com pessoa menor de 14 anos. O\nconsentimento da vítima, sua eventual experiência sexual anterior ou a\nexistência de relacionamento amoroso entre o agente e a vítima não\nafastam a ocorrência do crime. [...]\" (AgRg no REsp 1465769SC, Rel.\nMinistro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 10/11/2015, DJe\n25/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. MENOR DE CATORZE ANOS. VIOLÊNCIA\nPRESUMIDA. MATÉRIA PACIFICADA NA TERCEIRA SEÇÃO. [...] A Terceira Seção\ndesta Corte, no julgamento do REsp 1480881/PI, julgado sob o rito do\nart. 543-C do CPC (recursos repetitivos), pacificou o entendimento de\nque, em crimes sexuais cometidos contra menores de 14 anos, a presunção\nde violência é absoluta, bastando, para a caracterização do crime de\nestupro de vulnerável previsto no art. 217-A, caput, do Código Penal,\nque o agente tenha conjunção carnal ou pratique qualquer ato libidinoso\ncontra a vítima. 2. 'A modernidade, a evolução moral dos costumes\nsociais e o acesso à informação não podem ser vistos como fatores que se\ncontrapõem à natural tendência civilizatória de proteger certos\nsegmentos da população física, biológica, social ou psiquicamente\nfragilizados. No caso de crianças e adolescentes com idade inferior a 14\nanos, o reconhecimento de que são pessoas ainda imaturas - em menor ou\nmaior grau - legitima a proteção penal contra todo e qualquer tipo de\niniciação sexual precoce a que sejam submetidas por um adulto, dados os\nriscos imprevisíveis sobre o desenvolvimento futuro de sua personalidade\ne a impossibilidade de dimensionar as cicatrizes físicas e psíquicas\ndecorrentes de uma decisão que um adolescente ou uma criança de tenra\nidade ainda não é capaz de livremente tomar.' (REsp 1480881/PI, Rel.\nMinistro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 26/08/2015,\nDJe 10/09/2015). [...]\" (AgRg no REsp 1427049TO, Rel. Ministro\nGURGEL DE FARIA, QUINTA TURMA, julgado em 27/10/2015, DJe 16/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ESTUPRO DE VULNERÁVEL. REEXAME DE PROVAS. DESRESPEITO. SÚMULA\n7/STJ. INEXISTÊNCIA. QUALIFICAÇÃO JURÍDICA DOS FATOS. POSSIBILIDADE.\nMATÉRIA PACIFICADA. RECURSO ESPECIAL REPETITIVO JÁ DECIDIDO. REPERCUSSÃO\nGERAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SOBRESTAMENTO. DESNECESSIDADE.\nRELATIVIZAÇÃO DA PRESUNÇÃO DE VULNERABILIDADE. [...] Não havia\nnecessidade de suspensão do processo em razão da existência de recurso\nespecial repetitivo pendente de julgamento, uma vez que o tema debatido\npossuía jurisprudência pacificada neste Tribunal. Ademais, o aludido\nrepetitivo (REsp n. 1.480.881/PI) foi provido, por unanimidade, na\nsessão de 26/8/2015, pela Terceira Seção desta Corte, para reafirmar\nque o consentimento da vítima, a existência de relacionamento amoroso ou\na sua experiência sexual anterior não afastam a configuração do crime do\nart. 217-A do Código Penal. 3. A existência de repercussão geral em\nrecurso extraordinário não torna obrigatório o sobrestamento de recurso\nespecial, tendo em vista que, ao contrário do que ocorre no primeiro, a\ncontrovérsia, nesse último, é debatida apenas sobre o enfoque\ninfraconstitucional. [...]\" (AgRg no REsp 1439120MG, Rel. Ministro\nSEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 08/09/2015, DJe\n29/09/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSAMENTO SOB O RITO DO ART. 543-C DO CPC. RECURSO\nREPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. ESTUPRO DE VULNERÁVEL. VÍTIMA MENOR DE\n14 ANOS. FATO POSTERIOR À VIGÊNCIA DA LEI 12.015/09. CONSENTIMENTO DA\nVÍTIMA. IRRELEVÂNCIA. ADEQUAÇÃO SOCIAL. REJEIÇÃO. PROTEÇÃO LEGAL E\nCONSTITUCIONAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. [...] A jurisprudência do\nSupremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça assentou o\nentendimento de que, sob a normativa anterior à Lei nº 12.015/09, era\nabsoluta a presunção de violência no estupro e no atentado violento ao\npudor (referida na antiga redação do art. 224, 'a', do CPB), quando a\nvítima não fosse maior de 14 anos de idade, ainda que esta anuísse\nvoluntariamente ao ato sexual (EREsp 762.044/SP, Rel. Min. Nilson Naves,\nRel. para o acórdão Ministro Felix Fischer, 3ª Seção, DJe 14/4/2010). 2.\nNo caso sob exame, já sob a vigência da mencionada lei, o recorrido\nmanteve inúmeras relações sexuais com a ofendida, quando esta ainda era\numa criança com 11 anos de idade, sendo certo, ainda, que mantinham um\nnamoro, com troca de beijos e abraços, desde quando a ofendida contava 8\nanos. 3. Os fundamentos empregados no acórdão impugnado para absolver o\nrecorrido seguiram um padrão de comportamento tipicamente patriarcal e\nsexista, amiúde observado em processos por crimes dessa natureza, nos\nquais o julgamento recai inicialmente sobre a vítima da ação delitiva,\npara, somente a partir daí, julgar-se o réu. 4. A vítima foi etiquetada\npelo 'seu grau de discernimento', como segura e informada sobre os\nassuntos da sexualidade, que 'nunca manteve relação sexual com o acusado\nsem a sua vontade'. Justificou-se, enfim, a conduta do réu pelo\n'discernimento da vítima acerca dos fatos e o seu consentimento', não se\natribuindo qualquer relevo, no acórdão vergastado, sobre o comportamento\ndo réu, um homem de idade, então, superior a 25 anos e que iniciou o\nnamoro - 'beijos e abraços' - com a ofendida quando esta ainda era uma\ncriança de 8 anos. 5. O exame da história das ideias penais - e, em\nparticular, das opções de política criminal que deram ensejo às\nsucessivas normatizações do Direito Penal brasileiro - demonstra que não\nmais se tolera a provocada e precoce iniciação sexual de crianças e\nadolescentes por adultos que se valem da imaturidade da pessoa ainda em\nformação física e psíquica para satisfazer seus desejos sexuais. 6. De\num Estado ausente e de um Direito Penal indiferente à proteção da\ndignidade sexual de crianças e adolescentes, evoluímos, paulatinamente,\npara uma Política Social e Criminal de redobrada preocupação com o\nsaudável crescimento, físico, mental e emocional do componente\ninfanto-juvenil de nossa população, preocupação que passou a ser, por\ncomando do constituinte (art. 226 da C.R.), compartilhada entre o\nEstado, a sociedade e a família, com inúmeros reflexos na dogmática\npenal. 7. A modernidade, a evolução moral dos costumes sociais e o\nacesso à informação não podem ser vistos como fatores que se contrapõem\nà natural tendência civilizatória de proteger certos segmentos da\npopulação física, biológica, social ou psiquicamente fragilizados. No\ncaso de crianças e adolescentes com idade inferior a 14 anos, o\nreconhecimento de que são pessoas ainda imaturas - em menor ou maior\ngrau - legitima a proteção penal contra todo e qualquer tipo de\niniciação sexual precoce a que sejam submetidas por um adulto, dados os\nriscos imprevisíveis sobre o desenvolvimento futuro de sua personalidade\ne a impossibilidade de dimensionar as cicatrizes físicas e psíquicas\ndecorrentes de uma decisão que um adolescente ou uma criança de tenra\nidade ainda não é capaz de livremente tomar. 8. Não afasta a\nresponsabilização penal de autores de crimes a aclamada aceitação social\nda conduta imputada ao réu por moradores de sua pequena cidade natal, ou\nmesmo pelos familiares da ofendida, sob pena de permitir-se a sujeição\ndo poder punitivo estatal às regionalidades e diferenças socioculturais\nexistentes em um país com dimensões continentais e de tornar írrita a\nproteção legal e constitucional outorgada a específicos segmentos da\npopulação. 9. Recurso especial provido, para restabelecer a sentença\nproferida nos autos da Ação Penal n. 0001476-20.2010.8.0043, em\ntramitação na Comarca de Buriti dos Lopes/PI, por considerar que o\nacórdão recorrido contrariou o art. 217-A do Código Penal,\nassentando-se, sob o rito do Recurso Especial Repetitivo (art. 543-C do\nCPC), a seguinte tese: Para a caracterização do crime de estupro de\nvulnerável previsto no art. 217-A, caput, do Código Penal, basta que o\nagente tenha conjunção carnal ou pratique qualquer ato libidinoso com\npessoa menor de 14 anos. O consentimento da vítima, sua eventual\nexperiência sexual anterior ou a existência de relacionamento amoroso\nentre o agente e a vítima não afastam a ocorrência do crime.\"\n(REsp 1480881PI, submetido ao procedimento dos recursos especiais\nrepetitivos, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, TERCEIRA SEÇÃO,\njulgado em 26/08/2015, DJe 10/09/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIME CONTRA OS COSTUMES. ART. 224, 'A', DO CÓDIGO PENAL NA\nREDAÇÃO ANTERIOR À LEI N. 12.015/2009. VÍTIMA MENOR DE 14 ANOS.\nPRESUNÇÃO ABSOLUTA DE VIOLÊNCIA. [...] Não obstante a jurisprudência\ndesta Corte estivesse em descompasso por algum tempo, a Terceira Seção\npacificou o entendimento de que a presunção de violência nos crimes\ncontra os costumes cometidos contra menores de 14 (quatorze) anos,\nprevista na antiga redação do art. 224, 'a', do Código Penal, possui\ncaráter absoluto, constituindo critério objetivo para verificar a\nausência de condições de anuir com o ato sexual. [...]\"\n(AgRg nos EREsp 1435416SC, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, TERCEIRA\nSEÇÃO, julgado em 22/04/2015, DJe 05/05/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] NEGATIVA DE VIGÊNCIA AO ART. 217-A DO CP. OCORRÊNCIA. ESTUPRO DE\nVULNERÁVEL. VÍTIMA MENOR DE 14 ANOS. CONSENTIMENTO. IRRELEVÂNCIA. [...]\nPacificou-se a jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça no\nsentido de que, segundo o sistema normativo em vigor após a edição da\nLei n.º 12.015/09, a conjunção carnal ou outro ato libidinoso com menor\nde 14 (catorze) anos configura o crime do artigo 217-A do Código Penal\nindependentemente de grave ameaça ou violência (real ou presumida),\nrazão pela qual tornou-se irrelevante eventual consentimento ou\nautodeterminação da vítima para a configuração do delito. [...]\"\n(AgRg no REsp 1363531MG, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS\nMOURA, SEXTA TURMA, julgado em 27/06/2014, DJe 04/08/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ESPECIAL. PENAL. ARTS. 213 C.C 224,\nALÍNEA A, DO CÓDIGO PENAL, NA REDAÇÃO ANTERIOR À LEI N.º 12.015/2009.\nPRESUNÇÃO ABSOLUTA DE VIOLÊNCIA. CONSENTIMENTO DAS VÍTIMAS.\nIRRELEVÂNCIA. INCAPACIDADE VOLITIVA. PROTEÇÃO À LIBERDADE SEXUAL DO\nMENOR. [...] A literalidade da Lei Penal em vigor denota clara intenção\ndo Legislador de proteger a liberdade sexual do menor de catorze anos,\ninfligindo um dever geral de abstenção, porquanto se trata de pessoa que\nainda não atingiu a maturidade necessária para assumir todas as\nconsequências de suas ações. Não é por outra razão que o Novo Código\nCivil Brasileiro, aliás, considera absolutamente incapazes para exercer\nos atos da vida civil os menores de dezesseis anos, proibidos de se\ncasarem, senão com autorização de seus representantes legais (art. 3.º,\ninciso I; e art. 1517). A Lei Penal, por sua vez, leva em especial\nconsideração o incompleto desenvolvimento físico e psíquico do jovem\nmenor de quatorze anos, para impor um limite objetivo para o\nreconhecimento da voluntariedade do ato sexual. 2. A presunção de\nviolência nos crimes contra os costumes cometidos contra menores de 14\nanos, prevista na antiga redação do art. 224, alínea a, do Código Penal,\npossui caráter absoluto, pois constitui critério objetivo para se\nverificar a ausência de condições de anuir com o ato sexual. Não pode,\npor isso, ser relativizada diante de situações como de um inválido\nconsentimento da vítima; eventual experiência sexual anterior; tampouco\no relacionamento amoroso entre o agente e a vítima. [...]\" (EREsp\n1152864SC, Rel. Ministra LAURITA VAZ, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em\n26/02/2014, DJe 01/04/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ESTUPRO CONTRA MENORES DE 14 (QUATORZE) ANOS. CONDUTA ANTERIOR À\nLEI Nº 10.215/09. VIOLÊNCIA. PRESUNÇÃO ABSOLUTA. RELATIVIZAÇÃO.\nIMPOSSIBILIDADE. CONDIÇÃO E CONSENTIMENTO DA VÍTIMA. IRRELEVÂNCIA. [...]\nA jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou o entendimento\nde que o consentimento da vítima menor de 14 (quatorze) anos é\nirrelevante para a configuração do delito de estupro, devendo a\npresunção de violência, antes disciplinada no art. 224, 'a', do Código\nPenal, ser considerada de natureza absoluta. 2. No caso, a aquiescência\nda vítima menor de 14 (quatorze) anos com o ato sexual, não afasta a\nocorrência do crime de estupro. [...]\" (REsp 1184236TO, Rel.\nMinistro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 07/12/2010, DJe\n17/12/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 06/11/2017RSSTJ vol. 46 p. 689RSTJ vol. 248 p. 851", "Precedentes": "REsp 1361564 MG 2013/0010777-9 Decisão:12/04/2016\nDJe DATA:25/04/2016HC 256402 PR 2012/0211761-1 Decisão:05/04/2016\nDJe DATA:18/04/2016AgRg no REsp 1472138 GO 2014/0177687-0 Decisão:23/02/2016\nDJe DATA:29/02/2016AgRg no REsp 1536880 ES 2015/0136521-6 Decisão:02/02/2016\nDJe DATA:15/02/2016AgRg no REsp 1465769 SC 2014/0167874-3 Decisão:10/11/2015\nDJe DATA:25/11/2015AgRg no REsp 1427049 TO 2013/0420795-5 Decisão:27/10/2015\nDJe DATA:16/11/2015AgRg no REsp 1439120 MG 2014/0046701-8 Decisão:08/09/2015\nDJe DATA:29/09/2015REsp 1480881 PI 2014/0207538-0 Decisão:26/08/2015\nDJe DATA:10/09/2015\nJC VOL.:00131 PG:00066\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00689AgRg nos EREsp 1435416 SC 2014/0326216-0 Decisão:22/04/2015\nDJe DATA:05/05/2015AgRg no REsp 1363531 MG 2013/0027835-7 Decisão:27/06/2014\nDJe DATA:04/08/2014EREsp 1152864 SC 2012/0044486-8 Decisão:26/02/2014\nDJe DATA:01/04/2014REsp 1184236 TO 2010/0043308-1 Decisão:07/12/2010\nDJe DATA:17/12/2010", "Referência Legislativa": "LEG:FED DEL:002848 ANO:1940\n***** CP-40 CÓDIGO PENAL\n ART:0217A\nLEG:FED LEI:013105 ANO:2015\n***** CPC-15 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015\n ART:01036" }
Súmula 592
O excesso de prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar só causa nulidade se houver demonstração de prejuízo à defesa. (Súmula n. 592, Primeira Seção, julgado em 13/9/2017, DJe de 18/9/2017.)
{ "Enunciado": "O excesso de prazo para a conclusão do processo administrativo\ndisciplinar só causa nulidade se houver demonstração de prejuízo à\ndefesa. (SÚMULA 592, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13/09/2017, DJe\n18/09/2017)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] PROCESSO DISCIPLINAR. AUDITORA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL.\nATRIBUIÇÃO DE IRREGULARIDADES NA EMISSÃO DE CND'S PARA A REGULARIZAÇÃO\nDE OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL. SERVIDORA FEDERAL POR ISSO DEMITIDA.\nEXCESSO DE PRAZO NA CONCLUSÃO DO PAD. NULIDADE NÃO CONFIGURADA. [...] A\njurisprudência desta Corte Superior permanece firme no sentido de que o\nexcesso de prazo na conclusão do processo administrativo disciplinar não\nenseja, só por si, a nulidade absoluta do procedimento, por isso se\nexigindo a demonstração de efetivo prejuízo para o exercício da defesa\ndo servidor implicado, que não pode ser presumido. [...] ainda nesse\nmesmo contexto de excesso de prazo, o advento da penalidade imposta ao\nagente público também não se constitui, isoladamente considerado, em\nfator idôneo a ensejar a nulidade do procedimento. [...]\" (MS 17868DF, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 08/03/2017,\nDJe 23/03/2017)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. DEMISSÃO. DISCIPLINAR. TÉCNICO\nAMBIENTAL. IBAMA. APURAÇÃO DE FRAUDES NA FISCALIZAÇÃO. [...] EXCESSO DE\nPRAZO. AUSÊNCIA DE MÁCULA. [...] Mandado de segurança impetrado contra\naplicação da penalidade de demissão a servidor do IBAMA, por violação do\nartigo 117, inciso XI, e do art. 132, incisos IV e XIII, da Lei n.\n8.112/90 após processo disciplinar no qual se apurou a ação em diversas\nirregularidades na fiscalização ambiental; o impetrante alega\ncerceamento de defesa em razão da generalidade do ato de instauração e\ndo termo de indiciamento, bem como prescrição da pretensão punitiva e\nirregularidade nas prorrogações do prazo de conclusão. [...] 6. A\njurisprudência é pacífica no sentido de que o excesso de prazo em\nprocesso administrativo disciplinar não tem o condão de produzir sua\nnulidade. [...]\" (MS 16614DF, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,\nPRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/06/2015, DJe 14/04/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DISCIPLINAR. DEMISSÃO. ALEGAÇÕES DE NULIDADE NO PROCESSO\nADMINISTRATIVO. [...] EXCESSO DE PRAZO. AUSÊNCIA DE MÁCULA. [...]\nMandado de segurança impetrado com o objetivo de anular ato de demissão\nda impetrante, após processo disciplinar, com fulcro nos arts. 117,\nincisos IX, e 132, incisos IV e XI, em razão da prática de fraudes ao\nsistema de fiscalização do trabalho; é alegada a prescrição da pretensão\npunitiva, bem como é postulado o cerceamento de defesa com base em\ndiversos argumentos formais. [...] As sucessivas prorrogações do prazo\nde conclusão do processo disciplinar não são capazes, por si, de trazer\na nulidade ao processo disciplinar. [...]\" (MS 17727DF, Rel.\nMinistro HUMBERTO MARTINS, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/06/2015, DJe\n01/07/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DISCIPLINAR. DEMISSÃO. ALEGAÇÕES DE NULIDADE NO PROCESSO\nADMINISTRATIVO. [...] EXCESSO DE PRAZO. AUSÊNCIA DE MÁCULA. [...]\nMandado de segurança impetrado em prol da anulação da portaria de\ndemissão do impetrante do cargo de agente administrativo, sob a alegação\nde diversas máculas formais no processo administrativo disciplinar,\nquais sejam: prescrição da pretensão punitiva e o cerceamento de defesa,\nconsubstanciado em diversos argumentos. [...] 4. As sucessivas\nprorrogações do prazo de conclusão do processo disciplinar não são\ncapazes, por si sós, de trazer a nulidade ao processo disciplinar.\n[...]\" (MS 17726DF, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, PRIMEIRA SEÇÃO,\njulgado em 08/04/2015, DJe 15/04/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. DEMISSÃO. IBAMA. ALEGAÇÃO APENAS DE\nMÁCULAS FORMAIS. [...] EXCESSO DE PRAZO. NÃO VIOLAÇÃO. [...] Cuida-se de\nmandado de segurança impetrado por servidor público federal contra o ato\nde demissão do cargo de Técnico Ambiental do IBAMA - Instituto\nBrasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, no qual\nsão alegadas somente quatro máculas de cunho formal. [...] 4. A\njurisprudência é pacífica no sentido de que o excesso de prazo em\nprocesso administrativo disciplinar não tem o condão de produzir sua\nnulidade. [...]\" (MS 16554DF, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,\nPRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 08/10/2014, DJe 16/10/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. DEMISSÃO. ESCREVENTE\nJUDICIAL. PRÁTICA DE ATOS PARTICULARES EM NOME DO JUIZADO ESPECIAL.\nEXCESSO DE PRAZO. NÃO OCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO. [...] Esta Corte\nde Justiça firmou entendimento de que o excesso de prazo para a\nconclusão dos trabalhos, quando não trouxer prejuízo ao exercício de\ndefesa do servidor, não gera nulidade do processo administrativo\ndisciplinar. [...] 2. Hipótese em que a Comissão Processante foi nomeada\nem 30/6/2006, ato que marcaria o início do processo administrativo, o\nqual se findou com a publicação do ato de demissão, ocorrido em 1º de\ndezembro de 2009. 3. Não prospera a alegação de excesso de prazo, já que\nvárias foram as interferências promovidas pelo próprio recorrente, que\nacabaram por impedir a tramitação regular do processo disciplinar, na\nmedida em que se recusou a comparecer para prestar esclarecimentos,\nassim como, intimado, não apresentou defesa, tendo recusado a defesa\ntécnica quando nomeada em seu favor, somente vindo a apresentar\nalegações finais após meses de delonga. 4. Ademais, não houve\ndemonstração de prejuízo sofrido pelo recorrente, o que faz incidir, na\nespécie, o princípio do pas de nullitté sans grief. [...]\" (RMS\n35458MG, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em\n20/05/2014, DJe 26/05/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E\nABASTECIMENTO. AGENTE DE VIGILÂNCIA. DEMISSÃO. DIREITO LÍQUIDO E CERTO\nNÃO CONFIGURADO. [...] Conforme informações da autoridade impetrada, os\nfatos tiveram início com a 'Operação Lactose', realizada pela Polícia\nFederal em conjunto com Fiscais Federais Agropecuários da\nSuperintendência Federal de Agricultura no Estado da Paraíba, que\ndesarticulou organização acusada de adulterar leite em pó integral nos\nEstados da Paraíba, do Pernambuco, do Ceará, da Bahia e de Santa\nCatarina. 2. O impetrante foi indiciado por substituir, no laboratório\noficial de análise, amostras de leite oriundas da fiscalização do\nMinistério da Agricultura por outras dentro dos padrões técnicos, que\nlhe eram entregues em locais previamente acertados ou remetidos pela\nempresa interessada; bem assim por avisar previamente essa mesma empresa\ndas fiscalizações que seriam realizadas pelo Ministério da Agricultura,\ncom o objetivo de burlar a fiscalização. [...] 4. A jurisprudência do\nSTF e do STJ é firme no sentido de que o excesso de prazo para a\nconclusão do processo administrativo disciplinar, por si só, não\nacarreta em sua nulidade, especialmente quando o interessado, como no\ncaso dos autos, não demonstra de que forma tal fato causou prejuízos à\nsua defesa. [...]\" (MS 16192DF, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL\nMARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/04/2013, DJe 18/04/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] POLICIAL CIVIL ESTADUAL. DELITO ADMINISTRATIVO TAMBÉM APURADO\nCOMO CRIME DE CONCUSSÃO. ALEGAÇÕES DE NULIDADE DO PROCESSO DISCIPLINAR.\n[...] EXCESSO DE PRAZO. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE DANOS. [...]\nCuida-se de recurso ordinário interposto contra acórdão que denegou a\nsegurança em pleito mandamental em prol da anulação de processo\nadministrativo disciplinar que resultou na demissão dos recorrentes,\npoliciais civis estaduais. 2. Descreve-se nos autos que os policiais\ncivis foram indiciados por participar em concussão contra lojista; as\nalegações de nulidade estão cingidas ao empréstimo de provas, ao excesso\nde prazo e à dissociação das penalidades e das provas, bem como à\ninaplicabilidade da Lei Estadual para fundamentar a penalidade. [...] 4.\nÉ pacífica a jurisprudência no sentido de que o extrapolar do prazo - em\nprocessos administrativo disciplinares - não enseja por si só nulidade\nao feito. O excesso de prazo só tem o condão de macular o processo\nadministrativo se sua duração se reverter em evidenciado prejuízo, ao\nsabor do brocardo \"pas de nulité sans grief\". [...] 5. Ademais, no caso\nem tela, nota-se que, próximo ao fim do prazo, os recorrentes demandaram\na oitiva de mais testemunhas de defesa (apenso 14: fls. 46-49, e-STJ), o\nque fez com que a autoridade viesse a deferir pedido de dilação\ntemporal, e fica evidente que a dilação ocorreu para ampliar o direito\nde defesa dos recorrentes. [...]\" (RMS 33628PE, Rel. Ministro\nHUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 02/04/2013, DJe 12/04/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO. DEMISSÃO. ACUMULAÇÃO ILEGAL DE CARGOS. [...]\nPROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR REGIDO PELO ART. 133 DA LEI N.\n8.112/90. EXCESSO DE PRAZO. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO. [...] Mandado de\nsegurança em que se questiona demissão de servidora pública federal em\ndecorrência da acumulação ilegal de cargo com emprego público (agente\nadministrativo da Secretaria da Receita Previdenciária e professora da\nrede municipal de ensino). [...] 4. Não obstante o § 7º do art. 133 da\nLei n. 8.112/90 prever que 'O prazo para a conclusão do processo\nadministrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta\ndias [...]' e admitir a prorrogação formal por até quinze dias '[...]\nquando as circunstâncias o exigirem', tais preceitos devem ser\ninterpretados cum grano salis. Não há falar em nulidade do PAD tão só\npelo excesso de prazo, conforme dispõe o § 1º do art. 169 da Lei n.\n8.112/90. Ademais, para o reconhecimento dessa nulidade, deve-se\ndemonstrar o efetivo prejuízo, o que não ocorreu no caso dos autos.\n[...]\" (MS 15768DF, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA\nSEÇÃO, julgado em 29/02/2012, DJe 06/03/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] OPERAÇÃO CARONTE. DEMISSÃO DE FUNCIONÁRIO ENVOLVIDO. MANDADO DE\nSEGURANÇA QUE APONTA ILICITUDES NO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR.\n[...] A impetração tem origem em investigações da Polícia Federal sobre\nirregularidades praticadas no INSS de Belém/Pará. Por meio da chamada\n'Operação Caronte', 'apurou-se que servidores do INSS, com\nhabitualidade, facilitavam o andamento de procedimentos administrativos\nprevidenciários, mediante fraude, inserindo dados inverídicos, criando\nfalsas situações de regularidade de pessoas jurídicas junto ao INSS,\nemitindo Certidões Negativas de Débito (CNDs) e Certidões Positivas de\nDébito com Efeito de Negativa (CPDs - EN) indevidamente e autorizando\nrecebimento irregular de créditos previdenciários'. [...] 7. Não enseja\nnulidade o excesso de prazo na conclusão do PAD, especialmente quando\nnão demonstrado qualquer prejuízo ao impetrado. [...]\" (MS 15825DF,\nRel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/03/2011,\nDJe 19/05/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 18/09/2017RSSTJ vol. 46 p. 665RSTJ vol. 247 p. 1168", "Precedentes": "MS 17868 DF 2011/0286358-8 Decisão:08/03/2017\nDJe DATA:23/03/2017\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00665MS 16614 DF 2011/0084209-1 Decisão:10/06/2015\nDJe DATA:14/04/2016MS 17727 DF 2011/0257195-8 Decisão:10/06/2015\nDJe DATA:01/07/2015MS 17726 DF 2011/0257194-6 Decisão:08/04/2015\nDJe DATA:15/04/2015MS 16554 DF 2011/0079773-8 Decisão:08/10/2014\nDJe DATA:16/10/2014RMS 35458 MG 2011/0186353-3 Decisão:20/05/2014\nDJe DATA:26/05/2014MS 16192 DF 2011/0044726-3 Decisão:10/04/2013\nDJe DATA:18/04/2013RMS 33628 PE 2011/0014650-8 Decisão:02/04/2013\nDJe DATA:12/04/2013MS 15768 DF 2010/0173948-9 Decisão:29/02/2012\nDJe DATA:06/03/2012MS 15825 DF 2010/0190770-1 Decisão:14/03/2011\nDJe DATA:19/05/2011", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:008112 ANO:1990\n***** RJU-90 REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA\nUNIÃO\n ART:00169 PAR:00001" }
Súmula 591
É permitida a "prova emprestada" no processo administrativo disciplinar, desde que devidamente autorizada pelo juízo competente e respeitados o contraditório e a ampla defesa. (Súmula n. 591, Primeira Seção, julgado em 13/9/2017, DJe de 18/9/2017.)
{ "Enunciado": "É permitida a prova emprestada no processo administrativo disciplinar,\ndesde que devidamente autorizada pelo juízo competente e respeitados o\ncontraditório e a ampla defesa. (SÚMULA 591, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em\n13/09/2017, DJe 18/09/2017)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL. PROCESSO\nADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. PENA DE DEMISSÃO. ART. 117, XI E 132, IV E\nXI, DA LEI 8.112/1990. 'OPERAÇÃO POEIRA NO ASFALTO'. [...] USO DE PROVA\nEMPRESTADA. INTERCEPÇÃO TELEFÔNICA. POSSIBILIDADE. AUTORIZAÇÃO JUDICIAL\nE OBSERVÂNCIA DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. JUNTADA DE SENTENÇA\nPENAL NA FASE DE PRONUNCIAMENTO DA CONSULTORIA JURÍDICA. INEXISTÊNCIA DE\nNULIDADE. MERO REFORÇO ARGUMENTATIVO. EXISTÊNCIA DE PROVAS CONTUNDENTES\nDA INFRAÇÃO FUNCIONAL. [...] Pretende o impetrante, ex-Policial\nRodoviário Federal, a concessão da segurança para anular a Portaria 759,\nde 03 de maio de 2011, do Ministro de Estado da Justiça, que lhe impôs\npena de demissão do cargo público anteriormente ocupado, pelo\nenquadramento nas infrações disciplinares previstas nos arts. 117, XI e\n132, IV e XI, da Lei 8.112/1990, sob o pretexto de que a pretensão\npunitiva está fulminada pela prescrição, a portaria inaugural do PAD\nseria nula por não indicar o teor da acusação, a intercepção telefônica\nfoi utilizada sem prova técnica, a ilicitude das interceptações\ntelefônicas, a ocorrência de cerceamento de direito de defesa diante da\njuntada aos autos da sentença penal condenatória, sem que fosse\noportunizado o direito ao contraditório e a inexistência de provas do\nilícito. [...] É firme o entendimento no âmbito do Superior Tribunal de\nJustiça no sentido de que é admitida a utilização no processo\nadministrativo disciplinar de 'prova emprestada' devidamente autorizada\nna esfera criminal, desde que respeitado o contraditório e a ampla\ndefesa, dispensada a realização de prova pericial. [...]\" (MS 17536DF, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em\n13/04/2016, DJe 20/04/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. DEMISSÃO.\n[...] USO DE PROVA EMPRESTADA DA ESFERA CRIMINAL. POSSIBILIDADE. [...]\nConsta dos documentos acostados que o impetrante foi submetido a\nprocesso administrativo disciplinar, que resultou na demissão, mediante\nPortaria Ministerial n. 589, de 1º/4/2014, tendo como fundamento a\nprática das infrações disciplinares previstas nos arts. 117, inciso IX\n(valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em\ndetrimento da dignidade da função pública), e 132, incisos IV\n(improbidade administrativa), XI (corrupção) e XIII (transgressão dos\nincisos IX a XVI do art. 117), da Lei n. 8.112/90, de forma a sujeitá-lo\nà penalidade de demissão, por força do disposto no art. 132, caput, e\nincisos IV, XI e XIII, da referida Lei. [...] 3. Não há impedimento da\nutilização da prova emprestada de feito criminal no processo\nadministrativo disciplinar, desde que regularmente autorizada, o que se\ndeu na espécie. [...]\" (MS 21002DF, Rel. Ministro OG FERNANDES,\nPRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 24/06/2015, DJe 01/07/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. POLICIAL RODOVIÁRIO. PROCESSO\nDISCIPLINAR. OPERAÇÃO POEIRA NO ASFALTO. CASSAÇÃO DA APOSENTADORIA.\n[...] INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS. PROVA EMPRESTADA. POSSIBILIDADE. [...]\nO mandado de segurança foi impetrado contra ato atribuído ao Ministro de\nEstado da Justiça consubstanciado na Portaria nº 731/2011, que aplicou a\npena de cassação da aposentadoria do impetrante por manter conduta\nincompatível com a moralidade administrativa, valer-se do cargo para\nlograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da\nfunção pública e receber propina em razão de suas atribuições (arts.\n117, IX, XI e XII, e 132, incisos IV e XI, da Lei nº 8.112/90). [...] 4.\nProva emprestada. Respeitado o contraditório e a ampla defesa, é\nadmitida a utilização, no processo administrativo, de 'prova emprestada'\ndevidamente autorizada na esfera criminal, não havendo previsão legal\npara que os áudios das interceptações telefônicas devam ser periciados,\nnos termos da Lei nº 9.296/96. [...]\" (MS 17535DF, Rel. Ministro\nBENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/09/2014, DJe\n15/09/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DEMISSÃO DE SERVIDOR PÚBLICO COM FUNDAMENTO NO ARTIGO 117, IX, DA\nLEI N. 8.112/90. FATOS APURADOS EM DECORRÊNCIA DA 'OPERAÇÃO CARONTE'\nDEFLAGRADA PELA POLÍCIA FEDERAL. IRREGULARIDADES EM AGÊNCIA DA\nPREVIDÊNCIA SOCIAL. [...] Mandado de segurança impetrado por ex-Auditora\nFiscal da Receita Federal do Brasil envolvida na confecção de defesas\nadministrativas e peça judicial para empresas em débito junto ao INSS, o\nque ensejou a sua demissão por incorrer na proibição contida no inciso\nIX do artigo 117 da Lei n. 8.112/90, conforme apurado no processo\ndisciplinar instaurado em face do que foi apurado pela 'Operação\nCaronte', da Polícia Federal. [...] 5. Essa Corte Superior tem firme\nentendimento de que é possível a utilização de provas emprestadas de\ninquérito policial e processo criminal na instrução de processo\ndisciplinar, desde que assegurado o contraditório e a ampla defesa como\nocorrido nos autos. [...]\" (MS 15907DF, Rel. Ministro BENEDITO\nGONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/05/2014, DJe 20/05/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. POLICIAL RODOVIÁRIO. PROCESSO\nDISCIPLINAR. DEMISSÃO. OPERAÇÃO POEIRA NO ASFALTO. [...] INTERCEPTAÇÕES\nTELEFÔNICAS. PROVA EMPRESTADA. POSSIBILIDADE. DEVIDA AUTORIZAÇÃO\nJUDICIAL. SUBMISSÃO AO CONTRADITÓRIO. [...] Cuida-se de mandado de\nsegurança impetrado por policial rodoviário federal contra ato de\ndemissão aplicado com base nos arts. 116, incisos II e IX, 117, incisos\nI, IV e XI, e 132, incisos IV e XI, da Lei n. 8.112/90, após a\ntramitação de processo administrativo disciplinar, aberto após o\nrecebimento de informações derivados de investigação nomeada como\nOperação Poeira no Asfalto; o impetrante alega diversas máculas de\ncaráter formal e material, bem como se insurge em divergência ao mérito\nda deliberação administrativa. [...] É possível o uso de interceptações\ntelefônicas, na forma de provas emprestadas, derivadas de processo\npenal, desde que tenha havido autorização judicial para tanto, como na\nespécie (fl. 511), bem como que tenha sido dada oportunidade para o\ncontraditório em relação a elas, como se verifica dos autos (fls.\n5877-5878). [...] 6. Em diversos momentos do processo disciplinar, é\npossível perceber que os servidores puderam contraditar as provas, que\nnão se resumiram àquelas emprestadas, tendo sido tomados depoimentos,\nassim como apreciados documentos. Fica claro que a comissão franqueou a\npossibilidade de produção de contraprovas, não se localizando nenhum\ncerceamento à defesa. [...]\" (MS 17534DF, Rel. Ministro HUMBERTO\nMARTINS, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/03/2014, DJe 20/03/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SERVIDOR PÚBLICO - PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR - DEMISSÃO\n- CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO DEMONSTRADO [...] É perfeitamente possível a\nutilização em processo administrativo de prova emprestada de ação penal,\nmesmo quando anulada a sentença, notadamente quando esse fato se deu por\nmotivos meramente processuais ou procedimentais, mantidos incólumes os\ndemais atos do processo. [...]\" (MS 16133DF, Rel. Ministra ELIANA\nCALMON, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 25/09/2013, DJe 02/10/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 18/09/2017RSSTJ vol. 46 p. 639RSTJ vol. 247 p. 1167", "Precedentes": "MS 15907 DF 2010/0205800-8 Decisão:14/05/2014\nDJe DATA:20/05/2014MS 16133 DF 2011/0030578-0 Decisão:25/09/2013\nDJe DATA:02/10/2013MS 17534 DF 2011/0215509-0 Decisão:12/03/2014\nDJe DATA:20/03/2014\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00639MS 17535 DF 2011/0215527-8 Decisão:10/09/2014\nDJe DATA:15/09/2014MS 17536 DF 2011/0215536-7 Decisão:13/04/2016\nDJe DATA:20/04/2016MS 21002 DF 2014/0119218-9 Decisão:24/06/2015\nDJe DATA:01/07/2015", "Referência Legislativa": null }
Súmula 590
Constitui acréscimo patrimonial a atrair a incidência do imposto de renda, em caso de liquidação de entidade de previdência privada, a quantia que couber a cada participante, por rateio do patrimônio, superior ao valor das respectivas contribuições à entidade em liquidação, devidamente atualizadas e corrigidas. (Súmula n. 590, Primeira Seção, julgado em 13/9/2017, DJe de 18/9/2017.)
{ "Enunciado": "Constitui acréscimo patrimonial a atrair a incidência do imposto de\nrenda, em caso de liquidação de entidade de previdência privada, a\nquantia que couber a cada participante, por rateio do patrimônio,\nsuperior ao valor das respectivas contribuições à entidade em\nliquidação, devidamente atualizadas e corrigidas. (SÚMULA 590, PRIMEIRA\nSEÇÃO, julgado em 13/09/2017, DJe 18/09/2017)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] FUNDO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. EXTINÇÃO. LIQUIDAÇÃO. RATEIO DO\nPATRIMÔNIO. IMPOSTO DE RENDA. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONFORMIDADE COM O\nENTENDIMENTO PACIFICADO PELA PRIMEIRA SEÇÃO. RECURSO ESPECIAL REPETITIVO\nN. 760.246/PR. ART. 543-C DO CPC. [...] A Primeira Seção do Superior\nTribunal de Justiça, no julgamento do REsp 760.246/PR, de relatoria do\nMinistro Teori Albino Zavascki (sessão de 10/12/2008), firmou\nposicionamento no sentido de que 'a quantia que couber por rateio a cada\nparticipante, superior ao valor das respectivas contribuições, constitui\nacréscimo patrimonial (CTN, art. 43) e, como tal, atrai a incidência de\nimposto de renda'. 2. Aresto a quo em consonância com a jurisprudência\ndo STJ. Incidência do art. 543-C, § 7º, do CPC. [...]\"\n(AgRg no Ag 965909DF, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA\nTURMA, julgado\nem 19/02/2009, DJe 05/03/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RATEIO PATRIMONIAL DECORRENTE DA EXTINÇÃO DO PLANO DE PREVIDÊNCIA\nCOMPLEMENTAR GERIDO PELA CENTRUS. [...] Nos presentes autos, a\ncontrovérsia consiste em saber se, no rateio de que trata o § 3º do art.\n14 da Lei 9.650, de 27 de maio de 1998, o Imposto de Renda das Pessoas\nFísicas incide, ou não, sobre a fração patrimonial decorrente das\ncontribuições efetuadas pelos participantes do plano de previdência\ncomplementar gerido pela Fundação Banco Central de Previdência Privada -\nCentrus, incluída a rentabilidade patrimonial correspondente a tais\ncontribuições. 2. Esta Seção, ao julgar os EREsp 380.011/RS (Rel. Min.\nTeori Albino Zavascki, DJ de 2.5.2005, p. 149), enfrentou situação\nanáloga ao caso em apreço, ocasião em que assentou o seguinte\nentendimento: '(...) sobre o montante restituído aos autores a título de\nrateio da entidade de previdência privada, deve incidir o Imposto de\nRenda: (a) na parte que, porventura, exceder ao valor total das\ncontribuições realizadas pelo participante, atualizadas monetariamente;\ne (b) na parcela relativa às contribuições (atualizadas monetariamente)\ndo participante no período anterior a 1º/01/1989 e posterior a\n1º/01/1996. Desse modo, incidirá o referido imposto sobre todos os\nvalores que não corresponderem às contribuições do participante\nrealizadas no período de vigência da Lei 7.713/88.' 3. O acórdão\nembargado não divergiu da supracitada orientação jurisprudencial, que,\naliás, tem sido aplicada nos mais recentes julgados desta Corte. [...]\n4. Ademais, na sessão realizada em 10 de dezembro de 2008, em razão do\nprocedimento contido no art. 543-C do Código de Processo Civil e na\nResolução do STJ nº 8/2008, a controvérsia foi dirimida pela Primeira\nSeção desta Corte, ocasião em que ficou decidido: 'A quantia que couber\npor rateio a cada participante, superior ao valor das respectivas\ncontribuições, constitui acréscimo patrimonial (CTN, art. 43) e, como\ntal, atrai a incidência de imposto de renda.' (REsp 760.246/PR, Rel.\nMin. Teori Albino Zavascki). [...]\" (AgRg nos EREsp 983617DF, Rel.\nMinistra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 16/02/2009, DJe\n23/03/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL DE ENTIDADE FECHADA DE PREVIDÊNCIA\nPRIVADA. RATEIO DO PATRIMÔNIO. INCIDÊNCIA DE IMPOSTO DE RENDA. [...]\nPacificou-se a jurisprudência da 1ª Seção do STJ no sentido de que, por\nforça da isenção concedida pelo art. 6º, VII, b, da Lei 7.713/88, na\nredação anterior à que lhe foi dada pela Lei 9.250/95, é indevida a\ncobrança de imposto de renda sobre o valor da complementação de\naposentadoria e o do resgate de contribuições correspondentes a\nrecolhimentos para entidade de previdência privada ocorridos no período\nde 1º.01.1989 a 31.12.1995 [...] 2. A quantia que couber por rateio a\ncada participante, superior ao valor das respectivas contribuições,\nconstitui acréscimo patrimonial (CTN, art. 43) e, como tal, atrai a\nincidência de imposto de renda. [...] Acórdão sujeito ao regime do art.\n543-C do CPC e da Resolução STJ 08/08.\" (REsp 760246PR, submetido\nao procedimento dos recursos especiais repetitivos, Rel. Ministro TEORI\nALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/12/2008, DJe 19/12/2008)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IMPOSTO DE RENDA DAS PESSOAS FÍSICAS. EXTINÇÃO DE PLANO DE\nPREVIDÊNCIA PRIVADA. RATEIO DA FRAÇÃO PATRIMONIAL DECORRENTE DAS\nCONTRIBUIÇÕES DOS PARTICIPANTES. INCIDÊNCIA. [...] A controvérsia\nconsiste em saber se, no rateio de que trata o § 3º do art. 14 da Lei\n9.650, de 27 de maio de 1998, o Imposto de Renda das Pessoas Físicas\nincide, ou não, sobre a fração patrimonial decorrente das contribuições\nefetuadas pelos participantes do plano de previdência complementar\ngerido pela Fundação Banco Central de Previdência Privada - Centrus,\nincluída a rentabilidade patrimonial correspondente a tais\ncontribuições. 3. A Primeira Seção, ao julgar os EREsp 380.011/RS (Rel.\nMin. Teori Albino Zavascki, DJ de 2.5.2005, p. 149), enfrentou situação\nanáloga ao caso em apreço, ocasião em que assentou o seguinte\nentendimento: '(...) sobre o montante restituído aos autores a título de\nrateio da entidade de previdência privada, deve incidir o Imposto de\nRenda: (a) na parte que, porventura, exceder ao valor total das\ncontribuições realizadas pelo participante, atualizadas monetariamente;\ne (b) na parcela relativa às contribuições (atualizadas monetariamente)\ndo participante no período anterior a 1º/01/1989 e posterior a\n1º/01/1996. Desse modo, incidirá o referido imposto sobre todos os\nvalores que não corresponderem às contribuições do participante\nrealizadas no período de vigência da Lei 7.713/88.' [...]\"\n(AgRg no REsp 1057964DF, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA\nTURMA, julgado\nem 04/12/2008, DJe 11/02/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 18/09/2017RSSTJ vol. 46 p. 625RSTJ vol. 247 p. 1166", "Precedentes": "AgRg no Ag 965909 DF 2007/0238209-9 Decisão:19/02/2009\nDJe DATA:05/03/2009AgRg nos EREsp 983617 DF 2008/0261055-1 Decisão:16/02/2009\nDJe DATA:23/03/2009\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00625REsp 760246 PR 2005/0100784-8 Decisão:10/12/2008\nDJe DATA:19/12/2008\nRSSTJ VOL.:00045 PG:00495\nRSTJ VOL.:00213 PG:00052AgRg no REsp 1057964 DF 2008/0105049-3 Decisão:04/12/2008\nDJe DATA:11/02/2009", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:013105 ANO:2015\n***** CPC-15 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015\n ART:01036\nLEG:FED LEI:005172 ANO:1966\n***** CTN-66 CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL\n ART:00043" }
Súmula 589
É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas. (Súmula n. 589, Terceira Seção, julgado em 13/9/2017, DJe de 18/9/2017.)
{ "Enunciado": "É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções\npenais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas.\n(SÚMULA 589, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 13/09/2017, DJe 18/09/2017)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] VIAS DE FATO COMETIDA NO ÂMBITO FAMILIAR CONTRA MULHER. PRINCÍPIO\nDA BAGATELA IMPRÓPRIA. INAPLICABILIDADE. [...] O Superior Tribunal de\nJustiça tem jurisprudência reiterada de que não incide os princípios da\ninsignificância e da bagatela imprópria aos crimes e às contravenções\npraticados mediante violência ou grave ameaça contra mulher, no âmbito\ndas relações domésticas, dada a relevância penal da conduta.[...]\"\n(AgRg no REsp 1602827MS, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA\nTURMA, julgado em 20/10/2016, DJe 09/11/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LESÃO CORPORAL. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. ART. 129, § 9º, DO CP.\nPRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. REPROVABILIDADE DA\nCONDUTA. [...] Não se aplicam aos delitos cometidos mediante violência à\npessoa, no âmbito das relações domésticas, os princípios da\ninsignificância e da bagatela imprópria, diante da significativa\nreprovabilidade da conduta. [...]\" (AgInt no AREsp 758017SP, Rel.\nMinistro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 09/08/2016, DJe\n22/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LESÃO CORPORAL. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. ART. 129, § 9º, DO CP.\nPRINCÍPIO DA BAGATELA IMPRÓPRIA. INAPLICABILIDADE. [...] O princípio da\nbagatela imprópria não tem aplicação aos delitos praticados com\nviolência à pessoa, no âmbito das relações domésticas, dada a relevância\npenal da conduta [...]\" (AgRg no REsp 1463975MS, Rel. Ministro NEFI\nCORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 09/08/2016, DJe 22/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] VIAS DE FATO. PRINCÍPIO DA BAGATELA IMPRÓPRIA. VIOLÊNCIA\nDOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER. INAPLICABILIDADE. [...] A\njurisprudência desta Corte Superior não admite a aplicação do princípio\nda insignificância ou da bagatela imprópria no que se refere aos crimes\nou às contravenções penais praticados contra mulher no âmbito das\nrelações domésticas, haja vista o bem jurídico tutelado. [...]\"\n(AgRg no AREsp 535917MS, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA\nTURMA,\njulgado em 14/06/2016, DJe 23/06/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LESÕES CORPORAIS. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. PRINCÍPIO DA\nINSIGNIFICÂNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA. [...] A jurisprudência\ndo STJ orienta que o princípio da insignificância não se aplica a\ndelitos praticados em ambiente doméstico devido ao relevante desvalor da\nconduta, mesmo diante da preservação ou do restabelecimento da relação\nfamiliar e de o agressor ser dotado de condições pessoais favoráveis.\n[...]\" (AgRg no AREsp 845105SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA\nFONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 19/04/2016, DJe 29/04/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LEI MARIA DA PENHA. PRINCÍPIO DA BAGATELA IMPRÓPRIA.\nINAPLICABILIDADE. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. [...] A jurisprudência desta\nCorte Superior está consolidada no sentido de não admitir a aplicação\ndos princípios da insignificância e da bagatela imprópria aos crimes e\ncontravenções praticados com violência ou grave ameaça contra mulher, no\nâmbito das relações domésticas, dada a relevância penal da conduta, não\nimplicando a reconciliação do casal atipicidade material da conduta ou\ndesnecessidade de pena. [...]\" (HC 333195MS, Rel. Ministro RIBEIRO\nDANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 12/04/2016, DJe 26/04/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PRINCÍPIO DA BAGATELA IMPRÓPRIA. AMEAÇA. VIAS DE FATO. VIOLÊNCIA\nDOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER. INAPLICABILIDADE. [...] É pacífico\no entendimento desta Corte Superior de que não é aplicável o princípio\nda bagatela imprópria aos delitos, crimes e contravenções penais,\npraticados em situação de violência doméstica e familiar contra a\nmulher. [...]\" (HC 294044MS, Rel. Ministro ERICSON MARANHO\n(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTA TURMA, julgado em 23/02/2016,\nDJe 07/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INFRAÇÃO PRATICADA NO ÂMBITO DOMÉSTICO. PRINCÍPIO DA\nINSIGNIFICÂNCIA. IMPOSSIBILIDADE. [...] O acórdão impugnado está de\nacordo com a jurisprudência desta Corte no sentido de que não têm\naplicação aos delitos com violência à pessoa, no âmbito das relações\ndomésticas, tanto o princípio da insignificância como o da bagatela\nimprópria, sendo pacífico o entendimento deste Superior Tribunal de\nJustiça no sentido da relevância penal de tais condutas [...]\" (AgRg\nno HC 318849MS, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA,\njulgado em 27/10/2015, DJe 16/11/2015)\n\n\"[...] LESÃO CORPORAL. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA\nOU BAGATELA IMPRÓPRIA. NÃO APLICAÇÃO. [...] No que toca aos delitos com\nviolência à pessoa, no âmbito das relações domésticas, não têm aplicação\ntanto o princípio da insignificância, que importa no reconhecimento da\natipicidade do fato, como tampouco da bagatela imprópria, pelo qual se\nreconhece a desnecessidade de aplicação da pena, tendo este Superior\nTribunal de Justiça firmado entendimento no sentido da relevância penal\nde tais condutas. [...]\" (AgRg no REsp 1543718MS, Rel. Ministra\nMARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 03/09/2015, DJe\n22/09/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LESÕES CORPORAIS PRATICADAS NO ÂMBITO FAMILIAR (CP, ART. 129, §\n9º). APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. IMPOSSIBILIDADE. [...]\n'Não é possível a aplicação do princípio da insignificância nos crimes\nde que decorre violência física, ainda mais se ele é praticado no âmbito\nfamiliar' (AgRg no AREsp 19.042/DF, Rel. Ministro Marco Aurélio\nBellizze, Quinta Turma, julgado em 14/02/2012; RHC 35.769/RJ, Rel.\nMinistra Maria Thereza de Assis Moura, Sexta Turma). [...]\" (HC\n317781MS, Rel. Ministro NEWTON TRISOTTO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO\nTJ/SC), QUINTA TURMA, julgado em 06/08/2015, DJe 19/08/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 18/09/2017RSSTJ vol. 46 p. 615RSTJ vol. 247 p. 1165", "Precedentes": "AgRg no REsp 1602827 MS 2016/0145781-0 Decisão:20/10/2016\nDJe DATA:09/11/2016AgInt no AREsp 758017 SP 2015/0194163-4 Decisão:09/08/2016\nDJe DATA:22/08/2016AgRg no REsp 1463975 MS 2014/0159810-9 Decisão:09/08/2016\nDJe DATA:22/08/2016AgRg no AREsp 535917 MS 2014/0154875-7 Decisão:14/06/2016\nDJe DATA:23/06/2016AgRg no AREsp 845105 SP 2016/0025787-3 Decisão:19/04/2016\nDJe DATA:29/04/2016HC 333195 MS 2015/0200666-0 Decisão:12/04/2016\nDJe DATA:26/04/2016\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00615HC 294044 MS 2014/0105751-5 Decisão:23/02/2016\nDJe DATA:07/03/2016AgRg no HC 318849 MS 2015/0056038-6 Decisão:27/10/2015\nDJe DATA:16/11/2015AgRg no REsp 1543718 MS 2015/0171297-8 Decisão:03/09/2015\nDJe DATA:22/09/2015HC 317781 MS 2015/0044731-0 Decisão:06/08/2015\nDJe DATA:19/08/2015", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:011340 ANO:2006\n***** LMP-06 LEI MARIA DA PENHA" }
Súmula 588
A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. (Súmula n. 588, Terceira Seção, julgado em 13/9/2017, DJe de 18/9/2017.)
{ "Enunciado": "A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência\nou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da\npena privativa de liberdade por restritiva de direitos. (SÚMULA 588,\nTERCEIRA SEÇÃO, julgado em 13/09/2017, DJe 18/09/2017)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. LEI MARIA DA PENHA. VIOLAÇÃO DOS ARTS. 44,\nI, DO CP E 17 DA LEI N. 11.340/2006. SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE\nLIBERDADE POR RESTRITIVAS DE DIREITOS. IMPOSSIBILIDADE. CRIME COMETIDO\nCOM GRAVE VIOLÊNCIA À PESSOA. [...] Quanto à impossibilidade de se\nafastar a substituição da pena privativa de liberdade quanto às\ncontravenções penais, notadamente nas hipóteses de violência no âmbito\ndoméstico, o Superior Tribunal de Justiça tem manifestado entendimento\nacerca da ampliação dos efeitos do art. 44, I, do Código Penal, por\nforça do art. 17 da Lei n. 11.340/2006. Precedentes. 2. A jurisprudência\ndo Superior Tribunal de Justiça tem se firmado no sentido de que a\nprática de delito ou contravenção cometido com violência ou grave ameaça\nno ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de\nliberdade por restritiva de direitos. Precedentes. (AgRg no REsp n.\n1.459.909/MS, Ministra Maria Thereza de Assis Moura, Sexta Turma, DJe\n5/9/2014). 3. O Tribunal a quo ao autorizar a substituição da pena\nprivativa de liberdade por restritivas de direitos, acabou por\ndesconstituir o sursis concedido na sentença condenatória, sucede que,\npor consectário lógico, ao ser afastada a substituição da pena por esta\nCorte Superior, retornam os efeitos do édito condenatório singular na\nparte em que concedera o sursis, uma vez que, no recurso especial, não\nse postulou a cassação deste último. [...]\" (AgRg no REsp 1607382MS, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em\n27/09/2016, DJe 13/10/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] VIAS DE FATO RECONHECIDAS PELO ACÓRDÃO RECORRIDO. VIOLAÇÃO DO\nART. 44, I, DO CP. OCORRÊNCIA. SUBSTITUIÇÃO DA PENA. IMPOSSIBILIDADE.\nCRIME COMETIDO COM VIOLÊNCIA À PESSOA. [...] 'Na via especial, a\ndiscussão acerca da classificação jurídica dos fatos dispostos nos autos\nmitiga a incidência da Súmula 7/STJ.' (AgRg no AREsp 788.967/MS, Rel.\nMinistro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 17/12/2015, DJe\n3/2/2016.) 2. A jurisprudência pacífica deste Superior Tribunal de\nJustiça tem se direcionado pela impossibilidade de substituição da pena\nprivativa de liberdade por restritiva de direitos em hipótese de\nviolência doméstica (art. 44, I, do CP). [...]\"\n(AgRg no REsp 1534703MS, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA\nTURMA, julgado em\n20/09/2016, DJe 28/09/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AMEAÇA. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE\nLIBERDADE POR RESTRITIVAS DE DIREITO. IMPOSSIBILIDADE. [...] Consoante\nentendimento pacificado neste Superior Tribunal de Justiça, a\nsubstituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos\né inviável em delitos de violência ou grave ameaça cometidos contra a\nmulher em ambiente doméstico. [...]\" (AgRg no REsp 1557673MS, Rel.\nMinistro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 20/09/2016, DJe\n28/09/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIME DE LESÃO CORPORAL. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. SUBSTITUIÇÃO DA\nPENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DE DIREITOS. VEDAÇÃO LEGAL.\nART. 44, I, CÓDIGO PENAL. [...] Embora a Lei n. 11.340/2006 não vede a\nsubstituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos,\nobstando apenas a imposição de prestação pecuniária e o pagamento\nisolado de multa, o art. 44, I, do CP proíbe a conversão da pena\ncorporal em restritiva de direitos quando o crime for cometido com\nviolência à pessoa, conforme ocorreu no caso dos autos. [...]\"\n(AgRg no REsp 1521993RO, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA\nTURMA,\njulgado em 04/08/2016, DJe 15/08/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE\nPOR RESTRITIVA DE DIREITOS. NÃO CABIMENTO. [...] Não há falar em\nincidência da Súmula 7/STJ, se, com base em fato incontroverso contido\nno acórdão recorrido - contravenção penal ocorrida no âmbito da\nviolência doméstica -, concluiu-se pela impossibilidade de substituição\nda pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, nos termos da\njurisprudência consolidada pelo Superior Tribunal de Justiça. [...]\"\n(AgInt no REsp 1575512MS, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA,\njulgado em 17/05/2016, DJe 25/05/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONTRAVENÇÃO PENAL. VIAS DE FATO. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. PRETENSÃO\nPELA CONVERSÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE\nDIREITOS. IMPOSSIBILIDADE. [...] A substituição da pena privativa de\nliberdade por restritiva de direitos pressupõe que o crime não tenha\nsido cometido com violência ou grave ameaça, o que não ocorreu no caso\nem tela, pois consta dos autos ter a vítima sofrido vários tipos de\nagressões, como socos e aperto no pescoço. Essa circunstância, por si\nsó, inviabiliza a substituição da pena. [...]\" (AgRg no AREsp 788967MS, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em\n17/12/2015, DJe 03/02/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE\nPOR RESTRITIVAS DE DIREITOS. IMPOSSIBILIDADE. Não há falar em conversão\nda pena privativa de liberdade para restritiva de direitos quando o\ndelito envolve violência ou grave ameaça à pessoa, ex vi do art. 44, I,\ndo Código Penal (Precedentes). [...]\" (AgRg no AREsp 710998MS, Rel.\nMinistro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 20/10/2015, DJe\n29/10/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LESÃO CORPORAL E AMEAÇA COMETIDOS EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA\nDOMÉSTICA E FAMILIAR. [...] SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE\nPOR RESTRITIVA DE DIREITOS. IMPOSSIBILIDADE. DELITOS COMETIDOS COM\nVIOLÊNCIA E GRAVE AMEAÇA. VEDAÇÃO PREVISTA NO INCISO I DO ARTIGO 44 DO\nCÓDIGO PENAL. [...] Hipótese quem que o recorrente foi condenado por\nofender a integridade corporal de sua companheira, agredindo-a\nfisicamente, causando-lhe lesões corporais de natureza leve, bem como\npor ameaçá-la de causar-lhe mal injusto e grave. 2. O Tribunal a quo,\nratificando o édito condenatório, vedou a substituição da pena privativa\nde liberdade imposta em desfavor do agravante, a despeito desta ter sido\nfixada em patamar inferior a 4 (quatro) anos, em razão do delito ter\nsido praticado com emprego de violência e grave ameaça, o que por si só,\nobsta a concessão do aludido benefício, nos termos do art. 44, I, do\nCódigo Penal. [...]\" (AgRg no AREsp 733395MS, Rel. Ministro JORGE\nMUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 15/10/2015, DJe 21/10/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. SUBSTITUIÇÃO DA PENA POR RESTRITIVA DE\nDIREITOS. INADMISSIBILIDADE. [...] É inadmissível a substituição da pena\nprivativa de liberdade por restritiva de direitos nos casos de crime\ncometido mediante violência ou grave ameaça à pessoa, a teor do disposto\nno art. 44, I, do Código Penal. [...]\" (AgRg no REsp 1497232RJ,\nRel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em\n02/06/2015, DJe 09/06/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LESÕES CORPORAIS NO ÂMBITO DAS RELAÇÕES DOMÉSTICAS. SUBSTITUIÇÃO\nDA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITOS. ART. 44 DO\nCÓDIGO PENAL. AUSÊNCIA DE PREENCHIMENTO DO REQUISITO OBJETIVO. CRIME\nPRATICADO COM GRAVE AMEAÇA CONTRA A PESSOA. [...] Para a substituição da\npena privativa de liberdade por restritiva de direitos, devem ser\npreenchidos, cumulativamente, os requisitos objetivos e subjetivos\nexigidos no art. 44 do Código Penal. 2. Na hipótese, o agente ameaçou de\nmorte a vítima se ela tentasse fazê-lo sair de casa, o que afasta a\nconfiguração do requisito previsto no inciso I do art. 44 do Código\nPenal. [...]\" (HC 303262MS, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ,\nSEXTA TURMA, julgado em 14/04/2015, DJe 22/04/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ART. 129, § 9º, DO CÓDIGO PENAL. LESÃO CORPORAL LEVE. CRIME\nPRATICADO NO ÂMBITO DOMÉSTICO. SUBSTITUIÇÃO DA PENA POR RESTRITIVA DE\nDIREITOS. IMPOSSIBILIDADE. [...] Caracterizada a ocorrência de violência\ndoméstica à pessoa, incide a proibição legal de substituição da sanção\nreclusiva por restritivas de direitos prevista no art. 44, I, do Código\nPenal. [...]\" (AgRg no REsp 1513633MS, Rel. Ministro JORGE MUSSI,\nQUINTA TURMA, julgado em 07/04/2015, DJe 15/04/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LEI MARIA DA PENHA. AMEAÇA DE MORTE. SUBSTITUIÇÃO DA PENA\nPRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITOS. IMPOSSIBILIDADE.\nREQUISITOS DO ART. 44 DO CÓDIGO PENAL. [...] O artigo 44 do Código Penal\nestabelece que será aplicada a substituição da pena privativa de\nliberdade pela restritiva de direitos quando o crime não for cometido\ncom violência ou grave ameaça. [...]\" (HC 306856MS, Rel. Ministro\nFELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 05/03/2015, DJe 10/04/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] LESÕES CORPORAIS NO ÂMBITO DAS RELAÇÕES DOMÉSTICAS. SUBSTITUIÇÃO\nDA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITOS. ART. 44 DO\nCÓDIGO PENAL. AUSÊNCIA DE PREENCHIMENTO DO REQUISITO OBJETIVO. CRIME\nPRATICADO COM VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA. [...] Para a substituição da\npena privativa de liberdade por restritiva de direitos, devem ser\npreenchidos, cumulativamente, os requisitos objetivos e subjetivos\nexigidos no art. 44 do Código Penal. 2. Na hipótese, o agente segurou a\nvítima - sua ex-companheira -, pelos cabelos e, com uma caneta,\nfurou-lhe o pescoço, o que afasta a configuração do requisito previsto\nno inciso I do art. 44 do Código Penal, visto que o delito foi praticado\ncom violência à pessoa. [...]\" (HC 298866MS, Rel. Ministro ROGERIO\nSCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 24/02/2015, DJe 02/03/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE\nPOR RESTRITIVA DE DIREITOS. IMPOSSIBILIDADE. [...] Ante o óbice previsto\nno art. 44, inciso I, Código Penal, encontra-se assente nesta Corte o\nentendimento quanto à impossibilidade de substituição da pena privativa\nde liberdade por restritiva de direitos, nos delitos que envolvam\nviolência doméstica. [...]\" (AgRg no REsp 1474891MS, Rel. Ministro\nNEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 18/12/2014, DJe 12/02/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DISSÍDIO E VIOLAÇÃO AOS ART. 44, I, E 17 DA LEI Nº 11.340/06.\nOCORRÊNCIA. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE\nLIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITOS. IMPOSSIBILIDADE. [...] A\njurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça tem se firmado no\nsentido de que a prática de delito ou contravenção cometido com\nviolência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a\nsubstituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.\n[...]\" (AgRg no REsp 1459909MS, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE\nASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 26/08/2014, DJe 05/09/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. LEI MARIA DA PENHA. SUBSTITUIÇÃO DA PENA\nCORPORAL POR RESTRITIVA DE DIREITOS. VEDAÇÃO. NÃO PREENCHIMENTO DOS\nREQUISITOS DO ART. 44, I, DO CÓDIGO PENAL. [...] O artigo 44 do Código\nPenal estabelece requisitos que, se preenchidos, autorizam a\nsubstituição da pena corporal por restritiva de direitos. Todavia, na\nespécie, diante do crime praticado pelo recorrente (ameaça de morte),\nnão resta preenchida a hipótese do inciso I do referido artigo. [...]\"\n(RHC 36539MS, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA\nTURMA, julgado em 13/05/2014, DJe 20/05/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 18/09/2017RSSTJ vol. 46 p. 605RSTJ vol. 247 p. 1164", "Precedentes": "AgRg no REsp 1607382 MS 2016/0160007-3 Decisão:27/09/2016\nDJe DATA:13/10/2016AgRg no REsp 1534703 MS 2015/0127556-9 Decisão:20/09/2016\nDJe DATA:28/09/2016AgRg no REsp 1557673 MS 2015/0245459-0 Decisão:20/09/2016\nDJe DATA:28/09/2016AgRg no REsp 1521993 RO 2015/0072086-0 Decisão:04/08/2016\nDJe DATA:15/08/2016AgInt no REsp 1575512 MS 2015/0324713-5 Decisão:17/05/2016\nDJe DATA:25/05/2016AgRg no AREsp 788967 MS 2015/0253898-6 Decisão:17/12/2015\nDJe DATA:03/02/2016AgRg no AREsp 710998 MS 2015/0117715-3 Decisão:20/10/2015\nDJe DATA:29/10/2015AgRg no AREsp 733395 MS 2015/0151644-8 Decisão:15/10/2015\nDJe DATA:21/10/2015AgRg no REsp 1497232 RJ 2014/0311566-7 Decisão:02/06/2015\nDJe DATA:09/06/2015HC 303262 MS 2014/0223335-1 Decisão:14/04/2015\nDJe DATA:22/04/2015\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00605AgRg no REsp 1513633 MS 2015/0020087-6 Decisão:07/04/2015\nDJe DATA:15/04/2015HC 306856 MS 2014/0266621-5 Decisão:05/03/2015\nDJe DATA:10/04/2015HC 298866 MS 2014/0169227-0 Decisão:24/02/2015\nDJe DATA:02/03/2015AgRg no REsp 1474891 MS 2014/0209281-1 Decisão:18/12/2014\nDJe DATA:12/02/2015AgRg no REsp 1459909 MS 2014/0145826-5 Decisão:26/08/2014\nDJe DATA:05/09/2014RHC 36539 MS 2013/0091610-0 Decisão:13/05/2014\nDJe DATA:20/05/2014", "Referência Legislativa": "LEG:FED DEL:002848 ANO:1940\n***** CP-40 CÓDIGO PENAL\n ART:00044 INC:00001\nLEG:FED LEI:011340 ANO:2006\n***** LMP-06 LEI MARIA DA PENHA" }
Súmula 587
Para a incidência da majorante prevista no art. 40, V, da Lei n. 11.343/2006, é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da Federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico interestadual. (Súmula n. 587, Terceira Seção, julgado em 13/9/2017, DJe de 18/9/2017.)
{ "Enunciado": "Para a incidência da majorante prevista no art. 40, V, da Lei n.\n11.343/2006, é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre\nestados da Federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da\nintenção de realizar o tráfico interestadual. (SÚMULA 587, TERCEIRA\nSEÇÃO, julgado em 13/09/2017, DJe 18/09/2017)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] TRÁFICO DE DROGAS. INTERESTADUALIDADE DO DELITO. REVOLVIMENTO DE\nMATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. DESNECESSIDADE. [...] A conclusão pela\ninterestadualidade do crime de tráfico de drogas não demanda o\nrevolvimento de matéria fático-probatória, procedimento que, de fato, é\nvedado em recurso especial, conforme o enunciado na Súmula n. 7 do STJ.\nDemanda apenas a revaloração de fatos incontroversos que já estão\ndelineados nos autos e das provas que já foram devidamente colhidas ao\nlongo de toda a instrução probatória, bem como a discussão, meramente\njurídica, acerca da interpretação a ser dada à majorante prevista no\ninciso V do art. 40, no sentido de saber se é necessária ou não a\nefetiva transposição da divisa interestadual pelo agente para a\nconfiguração da interestadualidade do delito. 2. Uma vez que o contexto\nfático-probatório delineado nos autos demonstra, de maneira inequívoca,\nque as acusadas foram presas em flagrante, com 393,4 kg de maconha, e\nque a droga seria transportada para cidade localizada em outro estado da\nFederação, deve ser aplicada a majorante prevista no art. 40, V, da Lei\nn. 11.343/2006. [...]\" (AgRg no REsp 1395663MS, Rel. Ministro\nROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 03/05/2016, DJe\n12/05/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO DE DROGAS. ART. 33 DA LEI N. 11.343/2006. PACIENTE\nCONDENADO À PENA DE 7 ANOS E 6 MESES DE RECLUSÃO, EM REGIME FECHADO.\nPLEITO DE EXCLUSÃO DA CAUSA DE AUMENTO DO ART. 40, V, DA LEI\nN.11.343/2006. INTERESTADUALIDADE. PACIENTE QUE CONFESSOU O TRANSPORTE\nINTERESTADUAL DAS DROGAS APREENDIDAS. DESNECESSIDADE DE QUE HAJA A\nTRANSPOSIÇÃO DA FRONTEIRA. [...] Nos termos da jurisprudência desta\nCorte, a incidência da causa de aumento de pena prevista no art. 40, V,\nda Lei 11.343/2006 prescinde da efetiva transposição de fronteiras\ninterestaduais, sendo suficiente a existência de elementos que\nevidenciem a destinação final da droga para fora dos limites do Estado.\n- Hipótese em que o Tribunal de origem reconheceu a incidência da causa\nde aumento prevista no art. 40, V, da Lei n. 11.343/2006, com base na\nprópria confissão do paciente, destacando que o fato de o paciente ter\nsido surpreendido antes de ingressar no Estado de Goiás não exclui a\nmajorante em tela, pois não é necessária, para sua configuração, a\nefetiva transposição das fronteiras. [...]\" (HC 318599MS, Rel.\nMinistro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em\n07/04/2016, DJe 15/04/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO DE DROGAS E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. [...] CAUSA DE\nAUMENTO DO INCISO V DO ARTIGO 40, DA LEI N. 11.343/2006.\nINTERESTADUALIDADE CONFIGURADA. [...] Na linha da jurisprudência desta\neg. Corte, a demonstração da intenção do agente de realizar o tráfico\ninterestadual justifica a aplicação da causa de aumento prevista no art.\n40, inciso V, da Lei n. 11.343/2006, revelando-se desnecessária a\nefetiva comprovação da transposição de fronteiras. (Precedentes). [...]\"\n(HC 326074PE, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em\n10/03/2016, DJe 21/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. [...] INTERESTADUALIDADE.\nDESNECESSIDADE DE EFETIVA COMPROVAÇÃO DA TRANSPOSIÇÃO DE FRONTEIRAS.\nDEMONSTRAÇÃO DA INTENÇÃO DE REALIZAR O TRÁFICO ENTRE ESTADOS.\nSUFICIÊNCIA. [...] Esta Corte já assentou o entendimento no sentido de\nque, para a incidência da majorante prevista no art. 40, inciso V, da\nLei n.º 11.343/06 é desnecessária a efetiva comprovação da transposição\nde fronteiras entre estados da federação, sendo suficiente a\ndemonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico interestadual.\n[...]\" (HC 339333MS, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA,\nSEXTA TURMA, julgado em 01/03/2016, DJe 09/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO PRIVILEGIADO. NÃO CONFIGURADO. CIRCUNSTÂNCIAS DO FATO QUE\nRETRATAM DEDICAÇÃO À ATIVIDADE CRIMINOSA. INTERESTADUALIDADE DO DELITO.\nMAJORANTE. TRANSPOSIÇÃO DE FRONTEIRA INTERESTADUAL. IRRELEVÂNCIA. [...]\nConsoante entendimento deste Superior Tribunal de Justiça, a incidência\nda causa de aumento de pena prevista no art. 40, V, da Lei 11.343/2006,\nprescinde da efetiva transposição de fronteiras interestaduais, sendo\nsuficiente a existência de elementos que evidenciem a destinação final\nda droga para fora dos limites do Estado. [...]\"\n(AgRg no AREsp 784321MS, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA,\nQUINTA TURMA,\njulgado em 17/12/2015, DJe 02/02/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO DE DROGAS. DOSIMETRIA DA PENA. MAJORANTE DA\nINTERESTADUALIDADE. TRANSPOSIÇÃO DAS FRONTEIRAS. PRESCINDIBILIDADE.\n[...] Segundo reiterados julgados desta Corte, para a caracterização da\nmajorante da interestadualidade no crime de tráfico de drogas, não é\nnecessária a efetiva transposição das fronteiras estaduais pelo agente,\nsendo suficiente a comprovação de que a substância entorpecente seria\nentregue ou disseminada em outro estado da federação. [...]\"\n(AgRg no AREsp 368971AC, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA\nTURMA, julgado\nem 10/11/2015, DJe 18/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO DE ENTORPECENTE. DOSIMETRIA. AFASTAMENTO DA CAUSA DE\nAUMENTO DO ART. 40, INCISO V, DA LEI N.º 11.343/06. INTERESTADUALIDADE.\nDESNECESSIDADE DE EFETIVA COMPROVAÇÃO DA TRANSPOSIÇÃO DE FRONTEIRAS.\nDEMONSTRAÇÃO DA INTENÇÃO DE REALIZAR O TRÁFICO ENTRE ESTADOS.\nDESNECESSIDADE. [...] A jurisprudência deste Tribunal entende que, para\na incidência da majorante prevista no art. 40, inciso V, da Lei n.º\n11.343/06 é desnecessária a efetiva comprovação da transposição de\nfronteiras entre estados da federação, sendo suficiente a demonstração\ninequívoca da intenção de realizar o tráfico interestadual. IV - In\ncasu, o paciente foi preso em flagrante delito quando transportava em\nônibus público, com destino a Porto Velho/RO, 13,800 kg de maconha,\ncircunstância que revela tratar-se de tráfico interestadual de drogas.\n[...]\" (HC 330561MS, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA,\njulgado em 03/11/2015, DJe 25/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO INTERESTADUAL DE DROGAS. [...] INTERESTADUALIDADE.\nMAJORANTE CONFIGURADA. [...] Para a incidência da causa especial de\naumento de pena prevista no inciso V do art. 40 da Lei de Drogas, é\nirrelevante que haja a efetiva transposição da divisa interestadual pelo\nagente, sendo suficiente, para a configuração da interestadualidade do\ndelito, a comprovação de que a substância tinha como destino localidade\nem outro estado da Federação. 3. Os recorridos foram presos em flagrante\ncom substância entorpecente adquirida em Amambai- MS e apreendida em\nCaarapó- MS, havendo o próprio acusado confessado que a droga seria\ntransportada para outra unidade da Federação, qual seja, Goiás, de modo\nque se mostra devida a incidência da causa especial de aumento de pena\nprevista no inciso V do art. 40 da Lei n. 11.343/2006, ainda que não\ntenha ocorrido a efetiva transposição da fronteira interestadual. [...]\"\n(REsp 1370391MS, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA,\njulgado em 03/11/2015, REPDJe 23/02/2016, DJe 19/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO DE DROGAS. MAJORANTE. INTERESTADUALIDADE DO DELITO.\nTRANSPOSIÇÃO DA FRONTEIRA INTERESTADUAL. IRRELEVÂNCIA. [...] Este\nSuperior Tribunal possui o entendimento de que, para a incidência da\ncausa especial de aumento de pena prevista no inciso V do art. 40 da Lei\nde Drogas, é irrelevante que haja a efetiva transposição da divisa\ninterestadual pelo agente, sendo suficiente, para a configuração da\ninterestadualidade do delito, que haja a comprovação de que a substância\ntinha como destino localidade em outro Estado da Federação. 2. Uma vez\nevidenciado que a substância entorpecente seria transportada para outra\nunidade da Federação, mostra-se irretocável a decisão ora agravada, ao\nentender devida a incidência da causa especial de aumento de pena\nprevista no inciso V do art. 40 da Lei n. 11.343/2006, ainda que não\ntenha havido a efetiva transposição da fronteira interestadual. [...]\"\n(AgRg no REsp 1343897MS, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA\nTURMA, julgado em 14/04/2015, DJe 22/04/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO. CAUSA DE AUMENTO. TRANSPORTE INTERESTADUAL. INCIDÊNCIA.\n[...] Esta Corte já assentou o entendimento no sentido de que, para a\nincidência da majorante prevista no art. 40, inciso V, da Lei n.º\n11.343/06 é desnecessária a efetiva comprovação da transposição de\nfronteiras entre estados da federação, sendo suficiente a demonstração\ninequívoca da intenção de realizar o tráfico interestadual (HC\n207.304/MS, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA,\njulgado em 04/02/2014, DJe 18/02/2014). 2. A incidência da causa de\naumento prevista no art. 40, V, da Lei n. 11.343/2006 não importou em\nreapreciação do conjunto probatório dos autos, mas tão somente na\nafirmação de tese jurídica contrária àquela contida no acórdão\nimpugnado, qual seja, a desnecessidade de efetiva transposição de divisa\nestadual, sendo suficiente a constatação de que a droga tinha como\ndestino outro estado. [...]\" (AgRg no REsp 1424848MS, Rel. Ministro\nNEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 18/12/2014, DJe 12/02/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] VIOLAÇÃO DO ART. 40, V, DA LEI N. 11.343/2006. CAUSA DE AUMENTO\nDE PENA. TRANSPOSIÇÃO DA FRONTEIRA DOS ESTADOS. PRESCINDIBILIDADE.\nRESTABELECIMENTO DA MAJORANTE. [...] É assente no Superior Tribunal de\nJustiça que não é necessária a transposição da fronteira interestadual\npara a caracterização da causa de aumento relativa à interestadualidade,\nbastando, para tanto, apenas a evidência de que a droga tinha como\ndestino outro Estado. [...]\" (AgRg no AREsp 419167AC, Rel. Ministro\nMARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em 06/05/2014, DJe\n15/05/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PENAL. INCIDÊNCIA DA CAUSA DE AUMENTO DO TRÁFICO DE DROGAS\nRELATIVA À INTERESTADUALIDADE DO DELITO. ART. 40, V, DA LEI N.\n11.343/2006. [...] A incidência da causa de aumento do tráfico\ninterestadual de entorpecentes não exige a efetiva transposição pelo\nagente da divisa estadual, bastando a comprovação de que a substância se\ndestinava a outra unidade da federação. [...]\" (AgRg no REsp 1390977MS, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 26/11/2013, DJe\n04/12/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO DE DROGAS. LEI N. 11.343/2006. TRÁFICO INTERESTADUAL DE\nDROGAS. MAJORANTE PREVISTA NO ART. 40, V, DA LEI DE DROGAS. EFETIVA\nTRANSPOSIÇÃO DE FRONTEIRAS. IRRELEVÂNCIA. INCIDÊNCIA DA CAUSA ESPECIAL\nDE AUMENTO QUE SE MOSTRA DEVIDA. [...] Para a incidência da causa\nespecial de aumento de pena prevista no art. 40, V, da Lei n.\n11.343/2006, não é necessária a efetiva transposição da divisa\ninterestadual, sendo suficiente que fique demonstrado, pelas\ncircunstâncias e provas dispostas nos autos, que a substância\nentorpecente apreendida teria como destino localidade de outro estado da\nFederação. [...]\" (AgRg no REsp 1378898MS, Rel. Ministro SEBASTIÃO\nREIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 27/08/2013, DJe 09/09/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO INTERESTADUAL DE DROGAS. MAJORANTE PREVISTA NO ART. 40,\nV, DA LEI DE DROGAS. EFETIVA TRANSPOSIÇÃO DE FRONTEIRAS. IRRELEVÂNCIA.\nINCIDÊNCIA DA CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO QUE SE MOSTRA DEVIDA. [...] Para\na incidência da causa especial de aumento de pena prevista no art. 40,\nV, da Lei n. 11.343/2006, não é necessária a efetiva transposição da\ndivida interestadual, sendo suficiente que fique demonstrado, pelos\nelementos de prova, que a substância entorpecente apreendida teria como\ndestino localidade de outro estado da Federação. 4. Não há\nconstrangimento ilegal no reconhecimento e aplicação da causa especial\nde aumento de pena prevista no art. 40, V, da Lei n. 11.343/2006, quando\nverificado que o paciente foi abordado por policiais militares dentro de\nônibus que tinha como itinerário Ponta Porã/MS - Campo Grande/MS, tendo\nele próprio confessado que pretendida transportar a droga até a cidade\nde Cuiabá/MT. [...]\" (HC 219675MS, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS\nJÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 06/12/2012, DJe 18/12/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRÁFICO INTERESTADUAL DE DROGAS. [...] INTERESTADUALIDADE. CAUSA\nDE ESPECIAL AUMENTO PREVISTA NO ART. 40, V, DA LEI ANTITÓXICOS.\nTRANSPORTE QUE NÃO ULTRAPASSOU A FRONTEIRA ENTRE DOIS ESTADOS.\nIRRELEVÂNCIA. DROGA QUE TINHA COMO DESTINO OUTRO ESTADO DA FEDERAÇÃO.\nILEGALIDADE AUSENTE. [...] O entendimento prevalente na Terceira Seção\ndeste STJ é no sentido de que basta que esteja comprovado que o produto\ntóxico tinha como destino outra unidade federativa, sendo irrelevante\nque haja ou não a efetiva transposição da divisa interestadual para a\nincidência da causa especial de aumento do art. 40, V, da Lei 11.343/06.\n2. Constatado que a agente foi flagrada em São Paulo dentro de ônibus\nque se dirigia ao Rio de Janeiro, não há ilegalidade no reconhecimento e\naplicação da hipótese prevista no art. 40,V, da Lei n. 11.343/06. [...]\"\n(HC 230835SP, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em\n04/09/2012, DJe 21/09/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 18/09/2017RSSTJ vol. 46 p. 593RSTJ vol. 247 p. 1163", "Precedentes": "AgRg no AREsp 368971 AC 2013/0258241-9 Decisão:10/11/2015\nDJe DATA:18/11/2015AgRg no AREsp 419167 AC 2013/0360640-3 Decisão:06/05/2014\nDJe DATA:15/05/2014AgRg no AREsp 784321 MS 2015/0244454-3 Decisão:17/12/2015\nDJe DATA:02/02/2016AgRg no REsp 1343897 MS 2012/0195268-8 Decisão:14/04/2015\nDJe DATA:22/04/2015AgRg no REsp 1378898 MS 2013/0135116-7 Decisão:27/08/2013\nDJe DATA:09/09/2013AgRg no REsp 1390977 MS 2013/0229530-9 Decisão:26/11/2013\nDJe DATA:04/12/2013AgRg no REsp 1395663 MS 2013/0279298-6 Decisão:03/05/2016\nDJe DATA:12/05/2016AgRg no REsp 1424848 MS 2013/0408974-3 Decisão:18/12/2014\nDJe DATA:12/02/2015HC 219675 MS 2011/0229353-2 Decisão:06/12/2012\nDJe DATA:18/12/2012HC 230835 SP 2012/0006273-4 Decisão:04/09/2012\nDJe DATA:21/09/2012HC 318599 MS 2015/0053224-2 Decisão:07/04/2016\nDJe DATA:15/04/2016HC 326074 PE 2015/0132934-6 Decisão:10/03/2016\nDJe DATA:21/03/2016HC 330561 MS 2015/0174147-7 Decisão:03/11/2015\nDJe DATA:25/11/2015\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00593HC 339333 MS 2015/0266742-0 Decisão:01/03/2016\nDJe DATA:09/03/2016REsp 1370391 MS 2013/0073453-5 Decisão:03/11/2015\nREPDJe DATA:23/02/2016\nDJe DATA:19/11/2015", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:011343 ANO:2006\n***** LDR-06 LEI DE DROGAS\n ART:00040 INC:00005" }
Súmula 586
A exigência de acordo entre o credor e o devedor na escolha do agente fiduciário aplica-se, exclusivamente, aos contratos não vinculados ao Sistema Financeiro da Habitação - SFH. (Súmula n. 586, Corte Especial, julgado em 19/12/2016, DJe de 1/2/2017.)
{ "Enunciado": "A exigência de acordo entre o credor e o devedor na escolha do agente\nfiduciário aplica-se, exclusivamente, aos contratos não vinculados ao\nSistema Financeiro da Habitação - SFH. (SÚMULA 586, CORTE ESPECIAL,\njulgado em 19/12/2016, DJe 01/02/2017)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] ESCOLHA DO AGENTE FIDUCIÁRIO E INTIMAÇÃO POR EDITAL DO LEILÃO NA\nEXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL. DECISÃO CONFORME PRECEDENTE DA CORTE. [...] A\ndecisão da Corte local que entendeu pela possibilidade de intimação por\nedital do leilão na execução extrajudicial e de escolha unilateral do\nagente fiduciário, está em consonância com a jurisprudência firmada em\nprecedente da Corte Especial. [...]\" (AgRg no Ag 1098876PR, Rel.\nMinistro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 18/08/2011, DJe\n24/08/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ESCOLHA UNILATERAL DO AGENTE FIDUCIÁRIO. LEGALIDADE. [...] No\njulgamento do REsp 1.160.435/PE, acima mencionado, a Corte Especial do\nSTJ consolidou o entendimento segundo o qual não se aplica aos contratos\nvinculados ao Sistema Financeiro de Habitação - SFH a exigência de comum\nacordo entre credor e devedor na escolha do agente fiduciário para\npromover a execução extrajudicial (art. 30, I, § 2º, do Decreto-Lei\n70/66). [...]\" (AgRg no AREsp 533790PR, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO,\nQUARTA TURMA, julgado em 12/02/2015, DJe 05/03/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] MÚTUO HABITACIONAL [...] DISPENSADA A ESCOLHA DO AGENTE\nFIDUCIÁRIO DE COMUM ACORDO ENTRE O CREDOR E O DEVEDOR, IN CASU [...]\"\n(AgRg no REsp 1053130SC, Rel. Ministro MASSAMI UYEDA, TERCEIRA\nTURMA, julgado em 21/08/2008, DJe 11/09/2008)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO. [...] ESCOLHA DO AGENTE FIDUCIÁRIO.\n[...] O art. 30 , inciso II, do DL 70/66 prevê que a escolha do agente\nfiduciário entre 'as instituições financeiras inclusive sociedades de\ncrédito imobiliário, credenciadas a tanto pelo Banco Central da\nRepública do Brasil, nas condições que o Conselho Monetário Nacional,\nvenha a autorizar', e prossegue afirmando, em seu parágrafo § 2º, que,\nnos casos em que as instituições mencionadas inciso transcrito estiverem\nagindo em nome do extinto Banco Nacional de Habitação - BNH, fica\ndispensada a escolha do agente fiduciário de comum acordo entre o credor\ne o devedor, ainda que prevista no contrato originário do mútuo\nhipotecário. Além disso, não indica a recorrente quaisquer\ncircunstâncias que demonstrem parcialidade do agente fiduciário ou\nprejuízos advindos de sua atuação, capazes de macular o ato executivo, o\nque afasta a alegação de nulidade de escolha unilateral pelo credor.\n[...]\" (REsp 485253RS, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI,\nPRIMEIRA TURMA, julgado em 05/04/2005, DJ 18/04/2005, p. 214)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SFH - ESCOLHA DO AGENTE FIDUCIÁRIO - POSSIBILIDADE [...] Não se\naplica aos contratos vinculados ao Sistema Financeiro da Habitação - SFH\na exigência de comum acordo entre credor e devedor na escolha do agente\nfiduciário para promover a execução extrajudicial (art. 30, I, § 2º do\nDecreto-Lei 70/66). [...]\" (REsp 842452MT, Rel. Ministra ELIANA\nCALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 02/10/2008, DJe 29/10/2008)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO. [...] ESCOLHA UNILATERAL DO\nAGENTE FIDUCIÁRIO. EXPRESSA PREVISÃO LEGAL. POSSIBILIDADE. [...]\nTratando-se de hipoteca constituída no âmbito do Sistema Financeiro da\nHabitação, e atuando as instituições elencadas no inciso II do art. 30,\ndo Decreto-Lei 70/66, como mandatárias do Banco Nacional da Habitação,\nfica dispensada a escolha do agente fiduciário de comum acordo entre o\ncredor e o devedor, ainda que haja expressa previsão contratual. [...]\"\n(REsp 867809MT, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em\n05/12/2006, DJ 05/03/2007, p. 265)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO\nCPC. SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO - SFH. ESCOLHA UNILATERAL DO AGENTE\nFIDUCIÁRIO. POSSIBILIDADE. EXEGESE DO ART. 30, I E II, § § 1º E 2º, DO\nDECRETO-LEI N. 70/66. [...] A exigência de comum acordo entre o credor e\no devedor na escolha do agente fiduciário tão somente se aplica aos\ncontratos não vinculados ao Sistema Financeiro da Habitação-SFH,\nconforme a exegese do art. 30, I e II, e § § 1º e 2º do Decreto-Lei\n70/66. [...]\" (REsp 1160435PE, submetido ao procedimento dos\nrecursos especiais repetitivos, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, CORTE\nESPECIAL, julgado em 06/04/2011, DJe 28/04/2011)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 01/02/2017RSSTJ vol. 46 p. 575RSTJ vol. 245 p. 958", "Precedentes": "AgRg no Ag 1098876 PR 2008/0182101-2 Decisão:18/08/2011\nDJe DATA:24/08/2011AgRg no AREsp 533790 PR 2014/0146074-8 Decisão:12/02/2015\nDJe DATA:05/03/2015AgRg no REsp 1053130 SC 2008/0093262-6 Decisão:21/08/2008\nDJe DATA:11/09/2008REsp 485253 RS 2002/0122148-9 Decisão:05/04/2005\nDJ DATA:18/04/2005 PG:00214REsp 842452 MT 2006/0086267-3 Decisão:02/10/2008\nDJe DATA:29/10/2008REsp 867809 MT 2006/0127449-6 Decisão:05/12/2006\nDJ DATA:05/03/2007 PG:00265REsp 1160435 PE 2009/0190221-8 Decisão:06/04/2011\nDJe DATA:28/04/2011\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00575", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:013105 ANO:2015\n***** CPC-15 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015\n ART:01036\nLEG:FED DEL:000070 ANO:1966\n ART:00030 INC:00001 INC:00002 PAR:00001 PAR:00002" }
Súmula 585
A responsabilidade solidária do ex-proprietário, prevista no art. 134 do Código de Trânsito Brasileiro - CTB, não abrange o IPVA incidente sobre o veículo automotor, no que se refere ao período posterior à sua alienação. (Súmula n. 585, Primeira Seção, julgado em 14/12/2016, DJe de 1/2/2017.)
{ "Enunciado": "A responsabilidade solidária do ex-proprietário, prevista no art. 134 do\nCódigo de Trânsito Brasileiro - CTB, não abrange o IPVA incidente sobre\no veículo automotor, no que se refere ao período posterior à sua\nalienação. (SÚMULA 585, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/12/2016, DJe\n01/02/2017)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] IPVA. SUJEIÇÃO PASSIVA. [...] É pacífico no âmbito de ambas as\nTurmas que integram a Primeira Seção deste Superior Tribunal que o art.\n134 do CTB 'não se aplica a débitos tributários relativos ao não\npagamento de IPVA, por não serem relacionados a penalidade aplicada em\ndecorrência de infração de trânsito' (REsp 1.116.937/PR, Primeira Turma,\nRel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe 8/10/09). 2. Os consectários do não\ncumprimento da obrigação prevista no art. 134 do CTB não são capazes de\ngerar, no campo tributário, a responsabilidade solidária do alienante\nfaltoso. Do contrário, estar-se-ia encampando censurável interpretação\ndos arts. 123 e 124 do CTN que resultasse no alargamento das hipóteses\nde solidariedade fiscal, que, por sua vez, deve decorrer expressamente\nde lei. [...]\" (AgRg no AREsp 382552SC, Rel. Ministro ARNALDO\nESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 07/11/2013, DJe 21/11/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ART. 134 DO CTB. ALIENAÇÃO DE VEÍCULO. AUSÊNCIA DE COMUNICAÇÃO AO\nÓRGÃO COMPETENTE. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO ALIENANTE APENAS À\nEVENTUAIS INFRAÇÕES DE TRÂNSITO. INTERPRETAÇÃO NÃO EXTENSIVA AO IPVA.\n[...] É firme a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça no\nsentido de que, nos termos do art. 134 do CTB, de que é obrigada a\ncomunicar, a parte alienante do veículo, a transferência de propriedade\nao órgão competente, sob pena de responder solidariamente em casos de\neventuais infrações de trânsito. 2. Contudo, tal situação não pode ser\naplicada extensivamente ao pagamento do IPVA, tendo em vista que a\nmencionada exação não se confunde com qualquer tipo de penalidade.\n[...]\" (AgRg no AREsp 534268SC, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,\nPRIMEIRA TURMA, julgado em 16/04/2015, DJe 24/04/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IPVA. ALIENAÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR. RESPONSABILIDADE\nTRIBUTÁRIA. DEVER DO ALIENANTE DE INFORMAR, AO DETRAN, A TRANSFERÊNCIA\nDA PROPRIEDADE DO BEM. ART. 134 DO CTB. AUSÊNCIA DE COMUNICAÇÃO QUE\nTORNA O ALIENANTE RESPONSÁVEL POR INFRAÇÕES DE TRÂNSITO COMETIDAS ANTES\nDA COMUNICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE EXTENSÃO DA REGRA PARA FINS DE\nRESPONSABILIZAÇÃO TRIBUTÁRIA, EM RELAÇÃO AO IPVA. [...] O Superior\nTribunal de Justiça, analisando o art. 134 do CTB, firmou entendimento\nno sentido de que a responsabilidade solidária, prevista em desfavor do\nalienante do veículo automotor, que não informou, ao DETRAN, a\ntransferência de propriedade do bem, restringe-se às penalidades\nrelacionadas às infrações de trânsito cometidas até a data da\ncomunicação, não abrangendo o pagamento do IPVA, tributo que, nessa\nqualidade, não possui caráter de sanção. II. Com efeito, '(...) o art.\n134 do Código de Trânsito Brasileiro refere-se às penalidades (infrações\nde trânsito), não sendo possível interpretá-lo ampliativamente para\ncriar responsabilidade tributária ao antigo proprietário, não prevista\nno CTN, em relação a imposto, no que se refere ao período posterior à\nalienação. Ressalte-se que a exigência de encaminhamento do comprovante\n(comunicação), na forma prevista no artigo referido, não se caracteriza\ncomo condição nem como ato constitutivo da transferência da propriedade,\ntendo como finalidade apenas afastar a responsabilidade do antigo\nproprietário pelas penalidades impostas e suas reincidências até a data\nda comunicação. Precedentes' (STJ, AgRg no REsp 1.525.642/SP, Rel.\nMinistro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe de 1º/06/2015).\n[...]\" (AgRg no AREsp 770700SP, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES,\nSEGUNDA TURMA, julgado em 03/11/2015, DJe 17/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ALIENAÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR. AUSÊNCIA DE COMUNICAÇÃO AOS\nÓRGÃOS COMPETENTES. PAGAMENTO DO IPVA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO\nALIENANTE. NÃO CONFIGURAÇÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 83/STJ. ACÓRDÃO\nFUNDAMENTADO EM LEI FEDERAL. ART. 134 DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO.\nSÚMULA N. 280/STF. INAPLICABILIDADE. [...] É pacífico o entendimento no\nSuperior Tribunal de Justiça segundo o qual a obrigatoriedade de a parte\nalienante do veículo comunicar a transferência de propriedade ao órgão\ncompetente, sob pena de responder solidariamente em casos de eventuais\ninfrações de trânsito, prevista no art. 134 do Código de Trânsito\nBrasileiro, não se aplica extensivamente ao pagamento do IPVA, tendo em\nvista que a mencionada exação não se confunde com qualquer tipo de\npenalidade. II - O recurso especial, interposto pela alínea a e/ou pela\nalínea c, do inciso III, do art. 105, da Constituição da República, não\nmerece prosperar quando o acórdão recorrido encontra-se em sintonia com\na jurisprudência dessa Corte, a teor da Súmula n. 83/STJ. III - Tendo o\nacórdão recorrido analisado a controvérsia à luz do art. 134 do Código\nde Trânsito Brasileiro, ainda que mencione a lei local, revela-se\ninaplicável o verbete da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal.\nPrecedente. [...]\" (AgRg no REsp 1528438SP, Rel. Ministra REGINA\nHELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/12/2015, DJe 05/02/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ART. 134 DO CTB. ALIENAÇÃO DE VEÍCULO. AUSÊNCIA DE COMUNICAÇÃO AO\nÓRGÃO COMPETENTE. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO ALIENANTE APENAS A\nEVENTUAIS INFRAÇÕES DE TRÂNSITO. INTERPRETAÇÃO NÃO EXTENSIVA AO IPVA.\n[...] Nos termos da jurisprudência pacífica do STJ, a regra do art. 134\ndo CTB (é obrigatória a comunicação pela parte alienante do veículo da\ntransferência de propriedade ao órgão competente, sob pena de responder\nsolidariamente em casos de eventuais infrações de trânsito) não se\naplica aos débitos tributários, em especial ao IPVA, tendo em vista que\na mencionada exação não se confunde com nenhum tipo de penalidade.\n[...]\" (AgRg no REsp 1540127SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,\nSEGUNDA TURMA, julgado em 03/09/2015, DJe 14/09/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IPVA. ALIENAÇÃO. RESPONSABILIDADE DO ANTIGO PROPRIETÁRIO. ARTIGO\n134 DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO. INFRAÇÕES DE TRÂNSITO. [...] O\nartigo 134 do CTB dispõe sobre a incumbência do alienante de comunicar a\ntransferência de propriedade ao órgão de trânsito, no prazo de trinta\ndias, sob pena de responder solidariamente por eventuais infrações de\ntrânsito. O referido dispositivo não se aplica a débitos tributários\nrelativos ao não pagamento de IPVA, por não serem relacionados a\npenalidade aplicada em decorrência de infração de trânsito. [...]\"\n(REsp 1116937PR, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA,\njulgado em 01/10/2009, DJe 08/10/2009)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] IPVA E TAXA DE LICENCIAMENTO. ALIENAÇÃO DE VEÍCULO. AUSÊNCIA DE\nCOMUNICAÇÃO, NA FORMA DO ART. 134 DO CTB. CIRCUNSTÂNCIA QUE NÃO GERA\nRESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA AO ANTIGO PROPRIETÁRIO, EM RELAÇÃO AO\nPERÍODO POSTERIOR À ALIENAÇÃO. [...] O art. 134 da Lei 9.503/97 (Código\nde Trânsito Brasileiro) estabelece que, 'no caso de transferência de\npropriedade, o proprietário antigo deverá encaminhar ao órgão executivo\nde trânsito do Estado dentro de um prazo de trinta dias, cópia\nautenticada do comprovante de transferência de propriedade, devidamente\nassinado e datado, sob pena de ter que se responsabilizar solidariamente\npelas penalidades impostas e suas reincidências até a data da\ncomunicação'. Por outro lado, o art. 123, I, do CTB impõe a\nobrigatoriedade de expedição de novo Certificado de Registro de Veículo\nquando for transferida a propriedade, sendo que, nesta hipótese, o prazo\npara o proprietário adotar as providências necessárias à efetivação da\nexpedição do novo Certificado de Registro de Veículo é de trinta dias (§\n1º). Ressalte-se que tal obrigação é imposta ao proprietário -\nadquirente do veículo - pois, em se tratando de bem móvel, a\ntransferência da propriedade ocorre com a tradição (arts. 1.226 e 1.267\ndo CC/2002). 2. A responsabilidade solidária prevista no art. 134 do CTB\nrefere-se às penalidades (infrações de trânsito), não sendo possível\ninterpretá-lo ampliativamente para criar responsabilidade tributária ao\nantigo proprietário, não prevista no CTN, em relação a imposto ou taxa\nincidente sobre veículo automotor, no que se refere ao período posterior\nà alienação. Ressalte-se que a exigência de encaminhamento do\ncomprovante (comunicação), na forma prevista no artigo referido, não se\ncaracteriza como condição nem como ato constitutivo da transferência da\npropriedade, tendo como finalidade apenas afastar a responsabilidade do\nantigo proprietário pelas penalidades impostas e suas reincidências até\na data da comunicação. [...]\" (REsp 1180087MG, Rel. Ministro MAURO\nCAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 07/08/2012, DJe 14/08/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] TRANSFERÊNCIA DO VEÍCULO NO DETRAN. SOLIDARIEDADE NO PAGAMENTO\nDAS PENALIDADES IMPOSTAS. FALTA DE RESPONSABILIDADE NO PAGAMENTO DOS\nDÉBITOS TRIBUTÁRIOS. IPVA. [...] A jurisprudência do STJ é no sentido de\nque, embora o dispositivo atribua ao antigo proprietário a\nresponsabilidade de comunicar ao órgão executivo de trânsito a\ntransferência do veículo, sob pena de ter que arcar solidariamente com\nas penalidades impostas, a referida disposição legal somente incide nas\ninfrações de trânsito, não se aplicando a débitos tributários relativos\nao não pagamento de IPVA, por não se relacionam com a violação às regras\nde trânsito. [...]\" (REsp 1540072SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,\nSEGUNDA TURMA, julgado em 22/09/2015, DJe 11/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 01/02/2017RSSTJ vol. 46 p. 565RSTJ vol. 245 p. 957", "Precedentes": "AgRg no AREsp 382552 SC 2013/0263368-1 Decisão:07/11/2013\nDJe DATA:21/11/2013AgRg no AREsp 534268 SC 2014/0147131-4 Decisão:16/04/2015\nDJe DATA:24/04/2015AgRg no AREsp 770700 SP 2015/0210558-0 Decisão:03/11/2015\nDJe DATA:17/11/2015AgRg no REsp 1528438 SP 2015/0090089-4 Decisão:17/12/2015\nDJe DATA:05/02/2016AgRg no REsp 1540127 SP 2015/0149954-5 Decisão:03/09/2015\nDJe DATA:14/09/2015REsp 1116937 PR 2009/0007611-8 Decisão:01/10/2009\nDJe DATA:08/10/2009\nRSTJ VOL.:00216 PG:00214REsp 1180087 MG 2010/0021130-6 Decisão:07/08/2012\nDJe DATA:14/08/2012REsp 1540072 SP 2015/0151564-1 Decisão:22/09/2015\nDJe DATA:11/11/2015\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00565", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:010406 ANO:2002\n***** CC-02 CÓDIGO CIVIL DE 2002\n ART:01226 ART:01267\nLEG:FED LEI:009503 ANO:1997\n***** CTB-97 CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO\n ART:00134" }
Súmula 584
As sociedades corretoras de seguros, que não se confundem com as sociedades de valores mobiliários ou com os agentes autônomos de seguro privado, estão fora do rol de entidades constantes do art. 22, § 1º, da Lei n. 8.212/1991, não se sujeitando à majoração da alíquota da Cofins prevista no art. 18 da Lei n. 10.684/2003. (Súmula n. 584, Primeira Seção, julgado em 14/12/2016, DJe de 1/2/2017.)
{ "Enunciado": "As sociedades corretoras de seguros, que não se confundem com as\nsociedades de valores mobiliários ou com os agentes autônomos de seguro\nprivado, estão fora do rol de entidades constantes do art. 22, § 1º, da\nLei n. 8.212/1991, não se sujeitando à majoração da alíquota da Cofins\nprevista no art. 18 da Lei n. 10.684/2003. (SÚMULA 584, PRIMEIRA SEÇÃO,\njulgado em 14/12/2016, DJe 01/02/2017)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] COFINS. MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA. EMPRESA CORRETORA DE SEGUROS.\nEQUIVALÊNCIA INEXISTENTE COM AGENTE DE SEGUROS PRIVADOS. PRECEDENTES.\nRECURSOS ESPECIAIS PARADIGMAS: 1.400.287/RS E 1.391.092/SC. A Primeira\nSeção do STJ, sob o rito dos recursos repetitivos (art. 543-C do CPC),\nno julgamento dos Recursos Especiais 1.391.092/SC e 1.400.287/SC, ambos\nde relatoria do Min. Mauro Campbell Marques, reiterou entendimento de\nque as sociedades corretoras de seguro não se equiparam às sociedades\ncorretoras de valores mobiliários ou aos agentes autônomos de seguros\nprivados para fins de viabilizar a extensão da majoração de alíquota da\nCOFINS, prevista pelo art. 18 da Lei 10.684/03. [...]\" (AgRg no AREsp\n327554RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em\n10/11/2015, DJe 20/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] COFINS. ALTERAÇÃO DE ALÍQUOTA PARA 4%. ART. 18 DA LEI\n10.684/2003. EXTENSÃO ÀS SOCIEDADES CORRETORAS DE SEGUROS.\nIMPOSSIBILIDADE. RECURSOS ESPECIAIS REPETITIVOS 1.391.092/SC E\n1.400.287/RS. [...] Na sessão do dia 22.04.2015, a Primeira Seção do\nSuperior Tribunal de Justiça, no julgamento dos Recursos Especiais nº\n1.391.092/SC e nº 1.400.287/SC (acórdãos ainda pendentes de publicação),\nsob o rito do artigo 543-C do CPC, decidiu pela impossibilidade de\nextensão da majoração da alíquota da COFINS estabelecida no art. 18 da\nLei nº 10.684/03, às sociedades corretoras de seguros, tendo em vista\nque tais sociedades não podem ser equiparadas às sociedades corretoras\nprevistas pelo artigo 22, § 1º, da Lei nº 8.212/91, na medida em que\nessas se referem a entidades ligadas ao Sistema Financeiro. Nesse\nsentido: EAREsp 342463/SC, Relator Ministro BENEDITO GONÇALVES , DJe\n01/06/2015. [...]\" (AgRg no AREsp 402105RS, Rel. Ministro OLINDO\nMENEZES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO), PRIMEIRA TURMA,\njulgado em 20/10/2015, DJe 06/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] COFINS. ALTERAÇÃO DE ALÍQUOTA PARA 4%. ART. 18 DA LEI\n10.684/2003. EXTENSÃO ÀS SOCIEDADES CORRETORAS DE SEGUROS.\nIMPOSSIBILIDADE. RECURSOS ESPECIAIS REPETITIVOS DE N. 1.391.092-SC E\n1.400.287-RS. [...] A Primeira Seção, por ocasião do julgamento dos\nRecursos Especiais Repetitivos de n. 1.391.092-SC e 1.400.287-RS, ambos\nda relatoria do Sr. Ministro Mauro Campbell, sob o rito do artigo 543-C\ndo CPC, decidiu que: (i) as sociedades corretoras de seguros não são\nequiparadas aos agentes autônomos, em razão das especificidades e\ndiferenças das atividades desenvolvidas por cada uma, nos termos da\njurisprudência já pacificada desta Corte; e (ii) as empresas corretoras\nde seguros, cujo objeto social se refere às atividades de intermediação\npara captação de clientes (segurados), não se enquadram no rol das\nsociedades corretoras, previstas no art. 22, § 1º, da Lei nº 8.212/91,\nporquanto estas destinam-se à distribuição de títulos e valores\nmobiliários. [...]\" (EAREsp 342463SC, Rel. Ministro BENEDITO\nGONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 27/05/2015, DJe 01/06/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] COFINS. MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA. SOCIEDADES CORRETORAS DE SEGUROS.\nNÃO SUJEIÇÃO. RECURSOS ESPECIAIS REPETITIVOS N. 1.391.092-SC E\n1.400.287-RS. [...] A Primeira Seção sob o rito do artigo 543-C do CPC,\npor ocasião do julgamento dos Recursos Especiais de n. 1.391.092/SC e\n1.400.287/SC, decidiu pela impossibilidade de extensão da majoração de\nalíquota da COFINS, prevista pelo art. 18 da Lei 10.684/03, às\nsociedades corretoras de seguros. [...]\" (AgRg no AREsp 403669RS,\nRel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 19/05/2015,\nDJe 28/05/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] COFINS. SOCIEDADES CORRETORAS DE SEGURO. INTERPRETAÇÃO DO ART.\n22, §1º, DA LEI 8.212/91 APLICADO À COFINS POR FORÇA DO ART. 3º, §6º DA\nLEI N. 9.718/98 E ART. 18 DA LEI 10.684/2003. MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA (4%)\nPREVISTA NO ART. 18 DA LEI 10.684/2003. IMPOSSIBILIDADE. [...] Não cabe\nconfundir as 'sociedades corretoras de seguros' com as 'sociedades\ncorretoras de valores mobiliários' (regidas pela Resolução BACEN n.\n1.655/89) ou com os 'agentes autônomos de seguros privados'\n(representantes das seguradoras por contrato de agência). As 'sociedades\ncorretoras de seguros' estão fora do rol de entidades constantes do art.\n22, §1º, da Lei n. 8.212/91. 2. Precedentes no sentido da\nimpossibilidade de enquadramento das empresas corretoras de seguro como\nsociedades corretoras: [...] 3. Precedentes no sentido da\nimpossibilidade de equiparação das empresas corretoras de seguro aos\nagentes de seguros privados: [...] 4. Precedentes superados no sentido\nda possibilidade de enquadramento das empresas corretoras de seguro como\nsociedades corretoras: [...] 5. Temas já julgados em sede de recurso\nrepresentativo da controvérsia, na forma do art. 543-C, do CPC, no RESP\n1.391.092 - SC e no RESP 1.400.287 - RS, Primeira Seção, Rel. Min. Mauro\nCampbell Marques, julgados em 22.04.2015. [...]\" (EAREsp 329732RS,\nRel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em\n13/05/2015, DJe 01/07/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RECURSO REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. [...]\nCOFINS. SOCIEDADES CORRETORAS DE SEGURO. EQUIPARAÇÃO COM AGENTE AUTÔNOMO\nDE SEGURO. IMPOSSIBILIDADE. INTERPRETAÇÃO DO ART. 22, §1º, DA LEI\n8.212/91 APLICADO À COFINS POR FORÇA DO ART. 3º, §6º DA LEI N. 9.718/98\nE ART. 18 DA LEI 10.684/2003. MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA (4%) PREVISTA NO\nART. 18 DA LEI 10.684/2003. [...] Não cabe confundir as 'sociedades\ncorretoras de seguros' com as 'sociedades corretoras de valores\nmobiliários' (regidas pela Resolução BACEN n. 1.655/89) ou com os\n'agentes autônomos de seguros privados' (representantes das seguradoras\npor contrato de agência). As 'sociedades corretoras de seguros' estão\nfora do rol de entidades constantes do art. 22, §1º, da Lei n. 8.212/91.\n3. Precedentes no sentido da impossibilidade de enquadramento das\nempresas corretoras de seguro como sociedades corretoras: [...] 4.\nPrecedentes no sentido da impossibilidade de equiparação das empresas\ncorretoras de seguro aos agentes de seguros privados: [...] 5.\nPrecedentes superados no sentido da possibilidade de enquadramento das\nempresas corretoras de seguro como sociedades corretoras: [...] Acórdão\nsubmetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ n. 8/08.\"\n(REsp 1391092SC, submetido ao procedimento dos recursos especiais\nrepetitivos, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO,\njulgado em 22/04/2015, DJe 10/02/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RECURSO REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC.\nCOFINS. SOCIEDADES CORRETORAS DE SEGURO E SOCIEDADES CORRETORAS,\nDISTRIBUIDORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS. INTERPRETAÇÃO DO ART.\n22, §1º, DA LEI 8.212/91 APLICADO À COFINS POR FORÇA DO ART. 3º, §6º DA\nLEI N. 9.718/98 E ART. 18 DA LEI 10.684/2003. MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA (4%)\nPREVISTA NO ART. 18 DA LEI 10.684/2003. [...] Não cabe confundir as\n'sociedades corretoras de seguros' com as 'sociedades corretoras de\nvalores mobiliários' (regidas pela Resolução BACEN n. 1.655/89) ou com\nos 'agentes autônomos de seguros privados' (representantes das\nseguradoras por contrato de agência). As 'sociedades corretoras de\nseguros' estão fora do rol de entidades constantes do art. 22, §1º, da\nLei n. 8.212/91. 2. Precedentes no sentido da impossibilidade de\nenquadramento das empresas corretoras de seguro como sociedades\ncorretoras: [...] 3. Precedentes no sentido da impossibilidade de\nequiparação das empresas corretoras de seguro aos agentes de seguros\nprivados: [...] 4. Precedentes superados no sentido da possibilidade de\nenquadramento das empresas corretoras de seguro como sociedades\ncorretoras: [...] Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da\nResolução STJ n. 8/08.\" (REsp 1400287RS, submetido ao procedimento\ndos recursos especiais repetitivos, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL\nMARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/04/2015, DJe 03/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 01/02/2017RSSTJ vol. 46 p. 533RSTJ vol. 245 p. 956", "Precedentes": "AgRg no AREsp 327554 RS 2013/0093272-1 Decisão:10/11/2015\nDJe DATA:20/11/2015AgRg no AREsp 402105 RS 2013/0329310-6 Decisão:20/10/2015\nDJe DATA:06/11/2015EAREsp 342463 SC 2014/0101370-3 Decisão:27/05/2015\nDJe DATA:01/06/2015AgRg no AREsp 403669 RS 2013/0332033-4 Decisão:19/05/2015\nDJe DATA:28/05/2015EAREsp 329732 RS 2013/0400478-1 Decisão:13/05/2015\nDJe DATA:01/07/2015REsp 1391092 SC 2013/0109503-3 Decisão:22/04/2015\nDJe DATA:10/02/2016REsp 1400287 RS 2013/0191520-9 Decisão:22/04/2015\nDJe DATA:03/11/2015\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00533", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:013105 ANO:2015\n***** CPC-15 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015\n ART:01036\nLEG:FED LEI:008212 ANO:1991\n***** LOSS-91 LEI ORGÂNICA DA SEGURIDADE SOCIAL\n ART:00022 PAR:00001\nLEG:FED LEI:009718 ANO:1998\n ART:00003 PAR:00006\nLEG:FED LEI:010684 ANO:2003\n ART:00018" }
Súmula 583
O arquivamento provisório previsto no art. 20 da Lei n. 10.522/2002, dirigido aos débitos inscritos como dívida ativa da União pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados, não se aplica às execuções fiscais movidas pelos conselhos de fiscalização profissional ou pelas autarquias federais. (Súmula n. 583, Primeira Seção, julgado em 14/12/2016, DJe de 09/05/2019, DJe de 1/2/2017.)
{ "Enunciado": "O arquivamento provisório previsto no art. 20 da Lei n. 10.522/2002,\ndirigido aos débitos inscritos como dívida ativa da União pela\nProcuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados, não se\naplica às execuções fiscais movidas pelos conselhos de fiscalização\nprofissional ou pelas autarquias federais. (SÚMULA 583, PRIMEIRA SEÇÃO,\njulgado em 14/12/2016, DJe 09/05/2019, DJe 01/02/2017)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] REMISSÃO. ART. 14 DA LEI N. 11.941/09. APLICABILIDADE À FAZENDA\nNACIONAL. [...] A Lei n. 11.941/09 remite os débitos com a Fazenda\nNacional vencidos há cinco anos ou mais cujo valor total consolidado\nseja igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais), não se aplicando\naos créditos pertencentes ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos\nRecursos Naturais Renováveis - IBAMA. [...]\" (AgRg no REsp 1345799RS, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/12/2014,\nDJe 04/02/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO FISCAL. ARQUIVAMENTO. ART. 20 DA LEI N. 10.522/2002.\nINMETRO. AUTARQUIA FEDERAL. PROCURADORIA-GERAL FEDERAL.\nINAPLICABILIDADE. PRECEDENTE REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. [...] Ao\napreciar o Recurso Especial 1.363.163/SP (Rel. Ministro Benedito\nGonçalves, DJe 30/9/2013), interposto pelo Conselho Regional de\nCorretores de Imóveis do Estado de São Paulo - CRECI - 2ª Região, a\nPrimeira Seção entendeu que a possibilidade de arquivamento do feito em\nrazão do diminuto valor da execução a que alude o art. 20 da Lei n.\n10.522/2002 destina-se exclusivamente aos débitos inscritos como Dívida\nAtiva da União, pela Procuradoria da Fazenda Nacional ou por ela\ncobrados. 2. Naquela assentada, formou-se a compreensão de que o\ndispositivo em comento, efetivamente, não deixa dúvidas de que o comando\nnele inserido refere-se unicamente aos débitos inscritos na Dívida Ativa\nda União pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela\ncobrados, de valor consolidado igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil\nreais). 3. Não se demonstra possível, portanto, aplicar-se, por\nanalogia, o referido dispositivo legal às execuções fiscais que se\nvinculam a regramento específico, ainda que propostas por entidades de\nnatureza autárquica federal, como no caso dos autos. 4. Desse modo,\nconclui-se que o disposto no art. 20 da Lei n. 10.522/2002 não se aplica\nàs execuções de créditos das autarquias federais cobrados pela\nProcuradoria-Geral Federal. [...]\" (AgRg no REsp 1371592CE, Rel.\nMinistro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 11/02/2014, DJe\n06/03/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. EXECUÇÃO FISCAL.\nARQUIVAMENTO. ART. 20 DA LEI N. 10.522/2002. IBAMA. AUTARQUIA FEDERAL.\nPROCURADORIA-GERAL FEDERAL. INAPLICABILIDADE. [...] Ao apreciar o\nRecurso Especial 1.363.163/SP (Rel. Ministro Benedito Gonçalves, DJe\n30/9/2013), interposto pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis\ndo Estado de São Paulo - CRECI - 2ª Região, a Primeira Seção entendeu\nque a possibilidade de arquivamento do feito em razão do diminuto valor\nda execução a que alude o art. 20 da Lei n. 10.522/2002 destina-se\nexclusivamente aos débitos inscritos como Dívida Ativa da União, pela\nProcuradoria da Fazenda Nacional ou por ela cobrados. 2. Naquela\nassentada, formou-se a compreensão de que o dispositivo em comento,\nefetivamente, não deixa dúvidas de que o comando nele inserido refere-se\nunicamente aos débitos inscritos na Dívida Ativa da União pela\nProcuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados, de valor\nconsolidado igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais). 3. Não se\ndemonstra possível, portanto, aplicar-se, por analogia, o referido\ndispositivo legal às execuções fiscais que se vinculam a regramento\nespecífico, ainda que propostas por entidades de natureza autárquica\nfederal, como no caso dos autos. 4. Desse modo, conclui-se que o\ndisposto no art. 20 da Lei n. 10.522/2002 não se aplica às execuções de\ncréditos das autarquias federais cobrados pela Procuradoria-Geral\nFederal. [...] Acórdão submetido ao regime estatuído pelo art. 543-C do\nCPC e Resolução STJ 8/2008.\" (REsp 1343591MA, submetido ao\nprocedimento dos recursos especiais repetitivos, Rel. Ministro OG\nFERNANDES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 11/12/2013, DJe 18/12/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO FISCAL. CONSELHOS DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL. DÉBITOS\nCOM VALORES INFERIORES A R$ 10.000,00. ARQUIVAMENTO SEM BAIXA.\nIMPOSSIBILIDADE. ARTIGO 20, DA LEI 10.522/02. INAPLICABILIDADE. LEI\n12.514/11. PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE. RECURSO ESPECIAL REPETITIVO,\nSUJEITO AO REGIME DO ARTIGO 543-C, DO CPC. [...] Recurso especial no\nqual se debate a possibilidade de aplicação do artigo 20 da Lei\n10.522/02 às execuções fiscais propostas pelos Conselhos Regionais de\nFiscalização Profissional. 2. Da simples leitura do artigo em comento,\nverifica-se que a determinação nele contida, de arquivamento, sem baixa,\ndas execuções fiscais referentes aos débitos com valores inferiores a R$\n10.000,00 (dez mil reais) destina-se exclusivamente aos débitos\ninscritos como dívida ativa da União, pela Procuradoria da Fazenda\nNacional ou por ela cobrados. 3. A possibilidade / necessidade de\narquivamento do feito em razão do valor da execução fiscal foi\ndeterminada pela Lei 10.522/02, mediante critérios específicos dos\ndébitos de natureza tributária cuja credora é a União, dentre os quais\nos custos gerados para a administração pública para a propositura e o\nimpulso de demandas desta natureza, em comparação com os benefícios\npecuniários que poderão advir de sua procedência. 4. Não há falar em\naplicação, por analogia, do referido dispositivo legal aos Conselhos de\nFiscalização Profissional, ainda que se entenda que as mencionadas\nentidades tenham natureza de autarquias, mormente porque há regra\nespecífica destinada às execuções fiscais propostas pelos Conselhos de\nFiscalização Profissional, prevista pelo artigo 8º da Lei n.\n12.514/2011, a qual, pelo Princípio da Especialidade, deve ser aplicada\nno caso concreto. 5. A submissão dos Conselhos de fiscalização\nprofissional ao regramento do artigo 20 da Lei 10.522/02 configura, em\núltima análise, vedação ao direito de acesso ao poder judiciário e à\nobtenção da tutela jurisdicional adequada, assegurados\nconstitucionalmente, uma vez que cria obstáculo desarrazoado para que as\nentidades em questão efetuem as cobranças de valores aos quais têm\ndireito. [...] Acórdão sujeito ao regime do artigo 543-C, do CPC.\"\n(REsp 1363163SP, submetido ao procedimento dos recursos especiais\nrepetitivos, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado\nem 11/09/2013, DJe 30/09/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 09/05/2019DJe 01/02/2017RSSTJ vol. 46 p. 509RSSTJ vol. 46 p. 522RSTJ vol. 245 p. 955", "Precedentes": "AgRg no REsp 1345799 RS 2012/0199651-6 Decisão:18/12/2014\nDJe DATA:04/02/2015AgRg no REsp 1371592 CE 2013/0063531-1 Decisão:11/02/2014\nDJe DATA:06/03/2014REsp 1343591 MA 2012/0190792-4 Decisão:11/12/2013\nDJe DATA:18/12/2013\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00509\nRSTJ VOL.:00233 PG:00052REsp 1363163 SP 2013/0024112-0 Decisão:11/09/2013\nDJe DATA:30/09/2013\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00522", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:013105 ANO:2015\n***** CPC-15 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015\n ART:01036\nLEG:FED LEI:009469 ANO:1997\n ART:0001A\nLEG:FED LEI:010480 ANO:2002\n ART:00010\nLEG:FED LEI:010522 ANO:2002\n ART:00020\nLEG:FED LEI:011098 ANO:2005\n ART:00005\nLEG:FED LEI:011457 ANO:2007\n ART:00022\nLEG:FED LEI:012514 ANO:2011\n ART:00008\nLEG:FED PRT:000075 ANO:2012\n ART:00002\n(MINISTÉRIO DA FAZENDA)" }
Súmula 582
Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada. (Súmula n. 582, Terceira Seção, julgado em 14/9/2016, DJe de 19/9/2016.)
{ "Enunciado": "Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante\nemprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em\nseguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada,\nsendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada. (SÚMULA 582,\nTERCEIRA SEÇÃO, julgado em 14/09/2016, DJe 19/09/2016)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] ROUBO. MOMENTO CONSUMATIVO. TEORIA DA AMOTIO. INVERSÃO DA POSSE.\nCONSUMAÇÃO. DESNECESSIDADE DA POSSE MANSA E PACÍFICA. ENTENDIMENTO DA\nTERCEIRA SEÇÃO. RECURSO ESPECIAL REPETITIVO 1.499.050/RJ. [...] De\nacordo com a jurisprudência consolidada deste Superior Tribunal de\nJustiça, reafirmada no recente julgamento do Recurso Especial Repetitivo\n1.499.050/RJ pela Terceira Seção, deve ser adotada a teoria da\naprehensio ou amotio no que se refere à consumação do delito de roubo,\nque ocorre no momento em que o agente se torna possuidor da res furtiva,\nainda que a posse não seja de forma mansa e pacífica, não sendo\nnecessário que o objeto subtraído saia da esfera de vigilância da\nvítima. [...]\" (AgRg no REsp 1201491RJ, Rel. Ministra MARIA THEREZA\nDE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 15/03/2016, DJe 12/04/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ROUBO. CRIME CONSUMADO. POSSE MANSA E PACÍFICA DA RES. [...] A\njurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça - STJ firmou\nentendimento no sentido de que o crime de roubo se consuma no momento em\nque o agente se torna possuidor da coisa subtraída, mediante violência\nou grave ameaça, sendo prescindível a posse mansa, pacífica ou\ndesvigiada (REsp 1.499.050/RJ, TERCEIRA SEÇÃO, Rel. Ministro ROGÉRIO\nSCHIETTI CRUZ, DJe 9/11/2015). [...]\" (AgRg no AREsp 515834MG, Rel.\nMinistro ERICSON MARANHO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTA\nTURMA, julgado em 23/02/2016, DJe 11/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ROUBO. MOMENTO CONSUMATIVO. INVERSÃO DA POSSE DO BEM. [...]\nConforme decidido pela Terceira Seção deste Superior Tribunal por\nocasião do julgamento do Recurso Especial n. 1.499.050/RJ,\nrepresentativo da controvérsia (de minha relatoria, ainda não\npublicado), 'Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem,\nmediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo\ne em seguida a perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa\nroubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada'.\n[...]\" (REsp 1440149SP, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA\nTURMA, julgado em 03/12/2015, DJe 15/12/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ROUBO. MOMENTO CONSUMATIVO. INVERSÃO DA POSSE DO BEM. [...]\nConforme decidido pela Terceira Seção deste Superior Tribunal por\nocasião do julgamento do Recurso Especial n. 1.499.050/RJ,\nrepresentativo da controvérsia (de minha relatoria, ainda não\npublicado), 'Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem,\nmediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo\ne em seguida a perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa\nroubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada'.\n[...]\" (REsp 1351255RJ, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA\nTURMA, julgado em 19/11/2015, DJe 03/12/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"RECURSO ESPECIAL. PROCESSAMENTO SOB O RITO DO ART. 543-C DO CÓDIGO DE\nPROCESSO CIVIL. RECURSO REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. ROUBO. MOMENTO\nCONSUMATIVO. POSSE MANSA E PACÍFICA DA RES FURTIVA. DESNECESSIDADE.\n[...] Recurso Especial processado sob o regime previsto no art. 543-C, §\n2º, do CPC, c/c o art. 3º do CPP, e na Resolução n. 8/2008 do STJ. TESE:\nConsuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem, mediante\nemprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em\nseguida a perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada,\nsendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada. 2. A\njurisprudência pacífica desta Corte Superior e do Supremo Tribunal\nFederal é de que o crime de roubo se consuma no momento em que o agente\nse torna possuidor da coisa subtraída, mediante violência ou grave\nameaça, ainda que haja imediata perseguição e prisão, sendo prescindível\nque o objeto subtraído saia da esfera de vigilância da vítima.\nJurisprudência do STF (evolução). [...]\" (REsp 1499050RJ, submetido\nao procedimento dos recursos especiais repetitivos, Rel. Ministro\nROGERIO SCHIETTI CRUZ, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 14/10/2015, DJe\n09/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ART. 157 DO CÓDIGO PENAL. MOMENTO CONSUMATIVO. INVERSÃO DA POSSE\nDA RES FURTIVA. Segundo a jurisprudência deste eg. Superior Tribunal de\nJustiça, o crime de roubo se consuma no momento em que o agente se torna\npossuidor da res subtraída, pouco importando que a posse seja ou não\nmansa e pacífica. Assim, é prescindível que a res saia da esfera de\nvigilância da vítima, bastando que cesse a grave ameaça ou a violência\n(precedentes do STJ e do STF). [...]\" (AgRg no REsp 1490926RS, Rel.\nMinistro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 10/02/2015, DJe\n23/02/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ROUBO. MOMENTO CONSUMATIVO. POSSE MANSA E PACÍFICA DA RES\nFURTIVA. DESNECESSIDADE. JURISPRUDÊNCIA PACÍFICA. SÚMULA 83/STJ.\nPRETENSÃO DE DESCLASSIFICAÇÃO PARA TENTATIVA. DELITO CONSUMADO. [...] É\nassente no Superior Tribunal de Justiça a orientação de que para a\nconsumação do delito de roubo não é necessária a posse mansa e pacífica\ndo bem subtraído, sendo suficiente a inversão da posse mediante\nviolência ou grave ameaça, ainda que haja imediata perseguição e prisão,\nsendo prescindível que o objeto subtraído saia da esfera de vigilância\nda vítima. [...]\" (AgRg nos EDcl no AREsp 506442ES, Rel. Ministro\nWALTER DE ALMEIDA GUILHERME (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), QUINTA\nTURMA, julgado em 18/12/2014, DJe 02/02/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ROUBO SIMPLES. [...] MOMENTO CONSUMATIVO. PRESCINDIBILIDADE DA\nPOSSE TRANQUILA DA RES. ADOÇÃO DA TEORIA DA AMOTIO. [...] Os tribunais\nsuperiores adotaram a teoria da apprehensio, também denominada de\namotio, segundo a qual o crime de roubo, assim como o de furto,\nconsuma-se no momento em que o agente se torna possuidor da coisa alheia\nmóvel, pouco importando se por longo ou breve espaço temporal, sendo\nprescindível a posse mansa, pacífica, tranquila e/ou desvigiada. 4. No\ncaso em exame, mostra-se incontroverso que o crime de roubo foi\nconsumado porque houve inversão da posse e o bem subtraído chegou a ser\nretirado da esfera de disponibilidade da vítima, ainda que por curto\nperíodo de tempo. [...]\" (HC 202394RJ, Rel. Ministro GURGEL DE\nFARIA, QUINTA TURMA, julgado em 25/11/2014, DJe 03/12/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CRIME DE ROUBO SIMPLES. MOMENTO CONSUMATIVO. PRESCINDIBILIDADE DA\nPOSSE TRANQUILA DA RES. ADOÇÃO DA TEORIA DA AMOTIO. [...] Os Tribunais\nSuperiores adotaram a teoria da apprehensio, também denominada de\namotio, segundo a qual o crime de roubo, assim como o de furto,\nconsuma-se no momento em que o agente se torna possuidor da coisa alheia\nmóvel, pouco importando se por longo ou breve espaço temporal, sendo\nprescindível a posse mansa, pacífica, tranquila e/ou desvigiada. 3. No\ncaso, o paciente subtraiu o bem da vítima mediante grave ameaça -\nexercida com simulação de arma de fogo -, dela se afastando, sendo\ncapturado somente após a busca efetuada pelos policiais. Assim, descabe\na desclassificação pretendida para a forma tentada. [...]\"\n(HC 270093SP, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, QUINTA TURMA, julgado\nem\n06/11/2014, DJe 14/11/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ROUBO. CONSUMAÇÃO. INVERSÃO DA POSSE. [...] A jurisprudência do\nSuperior Tribunal de Justiça já se consolidou no sentido de que o delito\nde roubo consuma-se com a simples inversão da posse da coisa alheia\nmóvel, ainda que por breve instante, sendo desnecessário que o bem saia\nda esfera de vigilância da vítima. Prescindível, portanto, a posse\ntranquila do bem, obstada, muitas vezes, pela imediata perseguição\npolicial. [...]\" (EDcl no REsp 1425160RJ, Rel. Ministro NEFI\nCORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 09/09/2014, DJe 25/09/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ROUBO. 1. RECONHECIMENTO DA FORMA TENTADA. POSSE TRANQUILA DO\nOBJETO. IRRELEVÂNCIA. TEORIA DA AMOTIO. SIMPLES INVERSÃO DA POSSE. [...]\nPrevalece no Superior Tribunal de Justiça a orientação de que o crime de\nroubo se consuma no momento em que o agente se torna possuidor da res\nfurtiva, mediante violência ou grave ameaça, ainda que haja imediata\nperseguição e prisão, sendo prescindível que o objeto subtraído saia da\nesfera de vigilância da vítima. [...]\" (AgRg no AREsp 503847RS,\nRel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em\n18/06/2014, DJe 01/08/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 19/09/2016RB vol. 637 p. 81RSSTJ vol. 46 p. 489", "Precedentes": "AgRg no REsp 1201491 RJ 2010/0120953-7 Decisão:15/03/2016\nDJe DATA:12/04/2016AgRg no AREsp 515834 MG 2014/0113195-9 Decisão:23/02/2016\nDJe DATA:11/03/2016REsp 1440149 SP 2014/0044962-7 Decisão:03/12/2015\nDJe DATA:15/12/2015REsp 1351255 RJ 2012/0230482-6 Decisão:19/11/2015\nDJe DATA:03/12/2015REsp 1499050 RJ 2014/0319516-0 Decisão:14/10/2015\nDJe DATA:09/11/2015\nRDTJRJ VOL.:00107 PG:00082\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00489AgRg no REsp 1490926 RS 2014/0280309-2 Decisão:10/02/2015\nDJe DATA:23/02/2015AgRg nos EDcl no AREsp 506442 ES 2014/0098429-6\nDecisão:18/12/2014\nDJe DATA:02/02/2015HC 202394 RJ 2011/0072743-4 Decisão:25/11/2014\nDJe DATA:03/12/2014HC 270093 SP 2013/0141212-5 Decisão:06/11/2014\nDJe DATA:14/11/2014EDcl no REsp 1425160 RJ 2013/0410595-2 Decisão:09/09/2014\nDJe DATA:25/09/2014AgRg no AREsp 503847 RS 2014/0093428-8 Decisão:18/06/2014\nDJe DATA:01/08/2014", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:013105 ANO:2015\n***** CPC-15 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015\n ART:01036\nLEG:FED DEL:002848 ANO:1940\n***** CP-40 CÓDIGO PENAL\n ART:00157" }
Súmula 581
A recuperação judicial do devedor principal não impede o prosseguimento das ações e execuções ajuizadas contra terceiros devedores solidários ou coobrigados em geral, por garantia cambial, real ou fidejussória. (Súmula n. 581, Segunda Seção, julgado em 14/9/2016, DJe de 19/9/2016.)
{ "Enunciado": "A recuperação judicial do devedor principal não impede o prosseguimento\ndas ações e execuções ajuizadas contra terceiros devedores solidários ou\ncoobrigados em geral, por garantia cambial, real ou fidejussória.\n(SÚMULA 581, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 14/09/2016, DJe 19/09/2016)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] RECUPERAÇÃO JUDICIAL. FIANÇA. INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA. [...] 'A\nrecuperação judicial do devedor principal não impede o prosseguimento\ndas execuções nem induz suspensão ou extinção de ações ajuizadas contra\nterceiros devedores solidários ou coobrigados em geral, por garantia\ncambial, real ou fidejussória, pois não se lhes aplicam a suspensão\nprevista nos arts. 6º, caput, e 52, inciso III, ou a novação a que se\nrefere o art. 59, caput, por força do que dispõe o art. 49, § 1º, todos\nda Lei n. 11.101/2005' (REsp n. 1.333.349/SP). [...]\"\n(AgRg no AgRg no AREsp 641967RS, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE\nNORONHA, TERCEIRA TURMA,\njulgado em 15/03/2016, DJe 28/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"´[...] EXECUÇÃO AJUIZADA EM FACE DE SÓCIOS-AVALISTAS DE PESSOA JURÍDICA\nEM RECUPERAÇÃO JUDICIAL - SUSPENSÃO DA AÇÃO - IMPOSSIBILIDADE -\nAUTONOMIA DAS OBRIGAÇÕES ASSUMIDAS NO TÍTULO DE CRÉDITO [...] O disposto\nno art. 49, §1º, da Lei 11.101/2005, prevê que os credores do devedor em\nrecuperação judicial conservam seus direitos e privilégios contra os\ncoobrigados, fiadores e obrigados de regresso (REsp n.º 1.333.349/SP,\nDJe 02/02/2015) 2. A exceção prevista no art. 6.º, da Lei de Falências\nsomente alcança os sócios solidários, presentes naqueles tipos\nsocietários (em nome coletivo) na qual a responsabilidade pessoal dos\nassociados não é limitada às suas respectivas quotas/ações. 3. O\ndeferimento do pedido de recuperação judicial não obsta o prosseguimento\nde eventual execução movida em face de seus respectivos avalistas, tendo\nem vista o caráter autônomo da garantia cambiária oferecida. [...]\"\n(CC 142726GO, Rel. Ministro MARCO BUZZI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em\n24/02/2016, DJe 01/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RECUPERAÇÃO JUDICIAL. NOVAÇÃO. CRÉDITOS. COBRANÇA. SUSPENSÃO.\nGARANTES. NÃO OCORRÊNCIA. [...] Em julgamento proferido pelo rito do\nart. 543-C do Código de Processo Civil, assentou o Superior Tribunal de\nJustiça que 'A recuperação judicial do devedor principal não impede o\nprosseguimento das execuções nem induz suspensão ou extinção de ações\najuizadas contra terceiros devedores solidários ou coobrigados em geral,\npor garantia cambial, real ou fidejussória, pois não se lhes aplicam a\nsuspensão prevista nos arts. 6º, caput, e 52, inciso III, ou a novação a\nque se refere o art. 59, caput, por força do que dispõe o art. 49, § 1º,\ntodos da Lei n. 11.101/2005'. (REsp 1333349/SP, Rel. Ministro Luis\nFelipe Salomão, Segunda Seção, julgado em 26/11/2014, DJe 2/2/2015)\n[...]\" (AgRg no AREsp 579915SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO\nBELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 16/02/2016, DJe 11/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CÉDULA DE CRÉDITO RURAL. DECRETO-LEI N. 167 DE 1967, ART. 60, §§\n1º E 2º. GARANTIA DADA POR TERCEIROS. VALIDADE. RECUPERAÇÃO JUDICIAL.\nPROSSEGUIMENTO DAS EXECUÇÕES INDIVIDUAIS. POSSIBILIDADE. TESE FIRMADA EM\nREPETITIVO. [...] 'As mudanças no Decreto-lei n.167/67 não tiveram como\nalvo as cédulas de crédito rural. Por isso elas nem sequer foram\nmencionadas nas proposições que culminaram com a aprovação da Lei nº\n6.754/79, que alterou o Decreto-lei referido. A interpretação\nsistemática do art. 60 do Decreto-lei nº 167/67 permite inferir que o\nsignificado da expressão 'também são nulas outras garantias, reais ou\npessoais', disposta no seu § 3º, refere-se diretamente ao § 2º, ou seja,\nnão se dirige às cédulas de crédito rural, mas apenas às notas e\nduplicatas rurais' (REsp 1.483.853/MS, TERCEIRA TURMA, Rel. Ministro\nMOURA RIBEIRO, julgado em 4/11/2014, DJe de 18/11/2014). 2. 'Dada a\nnatureza de financiamento bancário, inexiste óbice à prestação de\nquaisquer garantias na cédula de crédito rural, sendo válidas mesmo as\ndadas por terceiro pessoa física, cumprindo-se assim a função social\ndessa espécie contratual' (AgRg no AREsp 17.723/MS, Rel. Ministro RAUL\nARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 10/03/2015, DJe 08/04/2015). 3. 'A\nrecuperação judicial do devedor principal não impede o prosseguimento\ndas execuções nem induz suspensão ou extinção de ações ajuizadas contra\nterceiros devedores solidários ou coobrigados em geral, por garantia\ncambial, real ou fidejussória, pois não se lhes aplicam a suspensão\nprevista nos arts. 6º, caput, e 52, inciso III, ou a novação a que se\nrefere o art. 59, caput, por força do que dispõe o art. 49, § 1º, todos\nda Lei n. 11.101/2005'. (REsp 1333349/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE\nSALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 26/11/2014, DJe 02/02/2015). [...]\"\n(AgRg no AREsp 353436SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA\nTURMA, julgado em 18/06/2015, DJe 26/06/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC E\nRESOLUÇÃO STJ N. 8/2008. DIREITO EMPRESARIAL E CIVIL. RECUPERAÇÃO\nJUDICIAL. PROCESSAMENTO E CONCESSÃO. GARANTIAS PRESTADAS POR TERCEIROS.\nMANUTENÇÃO. SUSPENSÃO OU EXTINÇÃO DE AÇÕES AJUIZADAS CONTRA DEVEDORES\nSOLIDÁRIOS E COOBRIGADOS EM GERAL. IMPOSSIBILIDADE. INTERPRETAÇÃO DOS\nARTS. 6º, CAPUT, 49, § 1º, 52, INCISO III, E 59, CAPUT, DA LEI N.\n11.101/2005. [...] Para efeitos do art. 543-C do CPC: 'A recuperação\njudicial do devedor principal não impede o prosseguimento das execuções\nnem induz suspensão ou extinção de ações ajuizadas contra terceiros\ndevedores solidários ou coobrigados em geral, por garantia cambial, real\nou fidejussória, pois não se lhes aplicam a suspensão prevista nos arts.\n6º, caput, e 52, inciso III, ou a novação a que se refere o art. 59,\ncaput, por força do que dispõe o art. 49, § 1º, todos da Lei n.\n11.101/2005'. [...]\" (REsp 1333349SP, submetido ao procedimento dos\nrecursos especiais repetitivos, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,\nSEGUNDA SEÇÃO, julgado em 26/11/2014, DJe 02/02/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RECUPERAÇÃO JUDICIAL. NOVAÇÃO. CONDIÇÃO RESOLUTIVA. SUSPENSÃO.\nNÃO CABIMENTO. [...] A novação operada pelo plano de recuperação fica\nsujeita a condição resolutiva, nos termos do art. 61 da Lei n.º\n11.101/05. 2. Não se suspendem as execuções individuais direcionadas aos\navalistas de título cujo devedor principal é sociedade em recuperação\njudicial. [...]\" (AgRg no REsp 1334284MT, Rel. Ministro PAULO DE\nTARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 02/09/2014, DJe\n15/09/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RECUPERAÇÃO JUDICIAL. HOMOLOGAÇÃO DO PLANO. NOVAÇÃO SUI GENERIS.\nEFEITOS SOBRE TERCEIROS COOBRIGADOS. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. DESCABIMENTO.\nMANUTENÇÃO DAS GARANTIAS. ARTS. 49, § 1º E 59, CAPUT, DA LEI N.\n11.101/2005. [...] A novação prevista na lei civil é bem diversa daquela\ndisciplinada na Lei n. 11.101/2005. Se a novação civil faz, como regra,\nextinguir as garantias da dívida, inclusive as reais prestadas por\nterceiros estranhos ao pacto (art. 364 do Código Civil), a novação\ndecorrente do plano de recuperação traz como regra, ao reverso, a\nmanutenção das garantias (art. 59, caput, da Lei n. 11.101/2005),\nsobretudo as reais, as quais só serão suprimidas ou substituídas\n\"mediante aprovação expressa do credor titular da respectiva garantia\",\npor ocasião da alienação do bem gravado (art. 50, § 1º). Assim, o plano\nde recuperação judicial opera uma novação sui generis e sempre sujeita a\numa condição resolutiva, que é o eventual descumprimento do que ficou\nacertado no plano (art. 61, § 2º, da Lei n. 11.101/2005). 2. Portanto,\nmuito embora o plano de recuperação judicial opere novação das dívidas a\nele submetidas, as garantias reais ou fidejussórias, de regra, são\npreservadas, circunstância que possibilita ao credor exercer seus\ndireitos contra terceiros garantidores e impõe a manutenção das ações e\nexecuções aforadas em face de fiadores, avalistas ou coobrigados em\ngeral. 3. Deveras, não haveria lógica no sistema se a conservação dos\ndireitos e privilégios dos credores contra coobrigados, fiadores e\nobrigados de regresso (art. 49, § 1º, da Lei n. 11.101/2005) dissesse\nrespeito apenas ao interregno temporal que medeia o deferimento da\nrecuperação e a aprovação do plano, cessando tais direitos após a\nconcessão definitiva com a homologação judicial. [...]\"\n(REsp 1326888RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA,\njulgado\nem 08/04/2014, DJe 05/05/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DEFERIMENTO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL À EMPRESA. EXTENSÃO DOS\nEFEITOS A COOBRIGADOS AVALISTAS. NÃO CABIMENTO. [...] Por força da\nautonomia da obrigação cambiária, o processamento de recuperação\njudicial deferido à empresa coexecutada não suspende a execução em\nrelação aos coobrigados. [...]\" (AgRg no AREsp 276695SP, Rel.\nMinistro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em\n18/02/2014, DJe 28/02/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DEFERIMENTO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL À EMPRESA CO-EXECUTADA.\nEXECUÇÃO INDIVIDUAL DO AVALISTA. SUSPENSÃO. NÃO CABIMENTO. AUTONOMIA DAS\nOBRIGAÇÕES ASSUMIDAS NO TÍTULO DE CRÉDITO EXEQUENDO. [...] Conforme o\ndisposto art. 6º da Lei n. 11.101/05, o deferimento de recuperação\njudicial à empresa co-executada não tem o condão de suspender a execução\nem relação a seus avalistas, a exceção do sócio com responsabilidade\nilimitada e solidária. 2.- O Aval é ato dotado de autonomia substancial\nem que se garante o pagamento do título de crédito em favor do devedor\nprincipal ou de um co-obrigado, isto é, é uma garantia autônoma e\nsolidária. Assim, não sendo possível o credor exercer seu direito contra\no avalizado, no caso a empresa em recuperação judicial, tal fato não\ncompromete a obrigação do avalista, que subsiste integralmente. 3.- As\ndeliberações constantes do plano de recuperação judicial, ainda que\naprovados por sentença transitada em julgado, não podem afastar as\nconsequências decorrentes das disposições legais, no caso, o art. 49, §\n1º, da Lei n. 11.101/05, o qual prevê que 'os credores do devedor em\nrecuperação judicial conservam seus direitos e privilégios contra os\ncoobrigados, fiadores e obrigados de regresso'. [...]\"\n(AgRg nos EDcl no REsp 1280036SP, Rel. Ministro SIDNEI BENETI,\nTERCEIRA TURMA,\njulgado em 20/08/2013, DJe 05/09/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] CONCESSÃO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL A EMPRESA COEXECUTADA. AVAL.\nOBRIGAÇÃO CAMBIÁRIA AUTÔNOMA. PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO INDIVIDUAL.\n[...] A concessão da recuperação judicial a empresa coexecutada não\nsuspende a execução individual em relação aos avalistas. Jurisprudência\ndo STJ. 2. A novação do crédito não alcança o instituto do aval,\ngarantia pessoal e autônoma por meio da qual o garantidor compromete-se\na pagar título de crédito nas mesmas condições do devedor. [...]\"\n(AgRg no AREsp 96501RS, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA,\nTERCEIRA TURMA, julgado em 06/08/2013, DJe 20/08/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXTINÇÃO DA MEDIDA CAUTELAR POR NÃO SE VERIFICAR A PRESENÇA\nCONCOMITANTE DOS CORRELATOS REQUISITOS. INSURGÊNCIA DA REQUERENTE. [...]\nIncidência, em tese, do enunciado n. 7 da súmula do STJ. A argumentação\nexpendida pelos recorrentes, no sentido da desnecessidade da produção de\nprova documental, em confronto com a fundamentação exarada pelo Tribunal\nde origem, que, ao contrário reconhece a pertinência daquela,\nespecialmente em alusão à alegação de conluio entre o procurador e os\nrepresentados, encontra óbice, em princípio, no Enunciado n. 7 da Súmula\ndo STJ. [...]\" (AgRg na MC 20907MS, Rel. Ministro MARCO BUZZI,\nQUARTA TURMA, julgado em 25/06/2013, DJe 01/08/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RECUPERAÇÃO JUDICIAL. ART. 6, CAPUT, DA LEI N. 11.101/2005.\nEXECUÇÃO CONTRA COOBRIGADOS, FIADORES E OBRIGADOS DE REGRESSO.\nPOSSIBILIDADE. [...] A suspensão prevista no art. 6º, caput, da Lei n.\n11.101/2005 atinge somente a empresa devedora em regime de falência,\nrecuperação judicial ou liquidação extrajudicial, não impedindo o curso\ndas execuções contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso\n(art. 49, § 1º, da citada lei), com ressalva dos sócios com\nresponsabilidade ilimitada e solidária. [...]\" (AgRg no REsp 1191297RJ, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, TERCEIRA TURMA, julgado em\n25/06/2013, DJe 01/07/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RECUPERAÇÃO JUDICIAL. DÍVIDA PARTICULAR DO SÓCIO. ARTIGO 6º, DA\nLEI 11.101/05. [...] Tratando-se de dívida particular do sócio não\nsolidário das obrigações da sociedade, não há suspensão em razão da\nrecuperação judicial desta. [...]\" (AgRg no AREsp 305907RS, Rel.\nMinistra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 18/06/2013, DJe\n28/06/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO. RECUPERAÇÃO JUDICIAL DEFERIDA À EMPRESA EXECUTADA.\nSUSPENSÃO DA EXECUÇÃO. NÃO APLICABILIDADE AOS AVALISTAS. [...] 'Conforme\no disposto art. 6º da Lei n. 11.101/05, o deferimento de recuperação\njudicial à empresa co-executada não tem o condão de suspender a execução\nem relação a seus avalistas, a exceção do sócio com responsabilidade\nilimitada e solidária' (EAg n. 1.179.654/SP, Relator Ministro SIDNEI\nBENETI, julgado em 28/3/2012, DJe 13/4/2012). [...]\"\n(AgRg no AREsp 133109SP, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA,\nQUARTA TURMA,\njulgado em 05/02/2013, DJe 18/02/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXECUÇÃO AJUIZADA EM FACE DE SÓCIO-AVALISTA DE PESSOA JURÍDICA EM\nRECUPERAÇÃO JUDICIAL. SUSPENSÃO DA AÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. PENHORA VIA\nBACEN- JUD. ESGOTAMENTO DOS MEIOS APTOS A GARANTIR A EXECUÇÃO.\nDESNECESSIDADE. [...] O caput do art. 6º da Lei n. 11.101/05, no que\nconcerne à suspensão das ações por ocasião do deferimento da\nrecuperação, alcança apenas os sócios solidários, presentes naqueles\ntipos societários em que a responsabilidade pessoal dos consorciados não\né limitada às suas respectivas quotas/ações. 2. Não se suspendem, porém,\nas execuções individuais direcionadas aos avalistas de título cujo\ndevedor principal é sociedade em recuperação judicial, pois diferente é\na situação do devedor solidário, na forma do § 1º do art. 49 da referida\nLei. De fato, '[a] suspensão das ações e execuções previstas no art. 6º\nda Lei n. 11.101/2005 não se estende aos coobrigados do devedor'\n(Enunciado n. 43 da I Jornada de Direito Comercial CJF/STJ). 3. A\npenhora de ativos via BACEN-Jud não se mostra mais como exceção cabível\nsomente quando esgotados outros meios para a consecução do crédito\nexequendo, desde a edição da Lei n. 11.382/2006, podendo ser levada a\nefeito como providência vocacionada a conferir racionalidade e\nceleridade ao processo satisfativo. [...]\" (REsp 1269703MG, Rel.\nMinistro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 13/11/2012, DJe\n30/11/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DEFERIMENTO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL À EMPRESA CO-EXECUTADA.\nEXECUÇÃO INDIVIDUAL. SUSPENSÃO. NÃO CABIMENTO. AUTONOMIA DAS OBRIGAÇÕES\nASSUMIDAS NO TÍTULO DE CRÉDITO EXEQUENDO. [...] Conforme o disposto art.\n6º da Lei n. 11.101/05, o deferimento de recuperação judicial à empresa\nco-executada não tem o condão de suspender a execução em relação a seus\navalistas, a exceção do sócio com responsabilidade ilimitada e\nsolidária. 2.- Os credores sujeitos aos efeitos da recuperação judicial\nconservam intactos seus direitos e, por lógica, podem executar o\navalista desse título de crédito (REsp 1.095.352/SP, Rel. Min. MASSAMI\nUYEDA, DJe 3.2.11). 3.- O Aval é ato dotado de autonomia substancial em\nque se garante o pagamento do título de crédito em favor do devedor\nprincipal ou de um co-obrigado, isto é, é uma garantia autônoma e\nsolidária. Assim, não sendo possível o credor exercer seu direito contra\no avalizado, no caso a empresa em recuperação judicial, tal fato não\ncompromete a obrigação do avalista, que subsiste integralmente. [...]\"\n(EAg 1179654SP, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado\nem 28/03/2012, DJe 13/04/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 19/09/2016RB vol. 637 p. 81RSSTJ vol. 46 p. 469", "Precedentes": "AgRg no AgRg no AREsp 641967 RS 2014/0341541-5\nDecisão:15/03/2016\nDJe DATA:28/03/2016CC 142726 GO 2015/0207184-8 Decisão:24/02/2016\nDJe DATA:01/03/2016\nRSDCPC VOL.:00100 PG:00173AgRg no AREsp 579915 SP 2014/0211970-4 Decisão:16/02/2016\nDJe DATA:11/03/2016AgRg no AREsp 353436 SP 2013/0163094-7 Decisão:18/06/2015\nDJe DATA:26/06/2015REsp 1333349 SP 2012/0142268-4 Decisão:26/11/2014\nDJe DATA:02/02/2015\nRMP VOL.:00056 PG:00379\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00469\nRSTJ VOL.:00236 PG:00324AgRg no REsp 1334284 MT 2012/0145873-7 Decisão:02/09/2014\nDJe DATA:15/09/2014REsp 1326888 RS 2012/0116271-2 Decisão:08/04/2014\nDJe DATA:05/05/2014AgRg no AREsp 276695 SP 2012/0272815-8 Decisão:18/02/2014\nDJe DATA:28/02/2014AgRg nos EDcl no REsp 1280036 SP 2011/0177296-5\nDecisão:20/08/2013\nDJe DATA:05/09/2013AgRg no AREsp 96501 RS 2011/0246645-0 Decisão:06/08/2013\nDJe DATA:20/08/2013AgRg na MC 20907 MS 2013/0119182-2 Decisão:25/06/2013\nDJe DATA:01/08/2013AgRg no REsp 1191297 RJ 2010/0078074-1 Decisão:25/06/2013\nDJe DATA:01/07/2013AgRg no AREsp 305907 RS 2013/0056522-8 Decisão:18/06/2013\nDJe DATA:28/06/2013AgRg no AREsp 133109 SP 2011/0300801-2 Decisão:05/02/2013\nDJe DATA:18/02/2013\nRDDP VOL.:00121 PG:00179REsp 1269703 MG 2011/0125550-9 Decisão:13/11/2012\nDJe DATA:30/11/2012EAg 1179654 SP 2011/0034134-5 Decisão:28/03/2012\nDJe DATA:13/04/2012", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:013105 ANO:2015\n***** CPC-15 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015\n ART:01036\nLEG:FED LEI:011101 ANO:2005\n***** LF-05 LEI DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL E DE\nFALÊNCIA\n ART:00006 ART:00049 PAR:00001 ART:00052 INC:00003\n ART:00059" }
Súmula 580
A correção monetária nas indenizações do seguro DPVAT por morte ou invalidez, prevista no § 7º do art. 5º da Lei n. 6.194/1974, redação dada pela Lei n. 11.482/2007, incide desde a data do evento danoso. (Súmula n. 580, Segunda Seção, julgado em 14/9/2016, DJe de 19/9/2016.)
{ "Enunciado": "A correção monetária nas indenizações do seguro DPVAT por morte ou\ninvalidez, prevista no § 7º do art. 5º da Lei n. 6.194/1974, redação\ndada pela Lei n. 11.482/2007, incide desde a data do evento danoso.\n(SÚMULA 580, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 14/09/2016, DJe 19/09/2016)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] SEGURO. DPVAT. INDENIZAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. TERMO INICIAL.\nDATA DO SINISTRO. [...] 'A incidência de atualização monetária nas\nindenizações por morte ou invalidez do seguro DPVAT, prevista no § 7º do\nart. 5º da Lei n. 6.194/74, redação dada pela Lei n. 11.482/2007,\nopera-se desde a data do evento danoso' (REsp n. 1.483.620/SC, submetido\nao regime do art. 543-C do CPC). [...]\" (AgRg no REsp 1555050PR,\nRel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, TERCEIRA TURMA, julgado em\n01/12/2015, DJe 14/12/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO DPVAT. CORREÇÃO MONETÁRIA. TERMO\nINICIAL. DATA DO EVENTO DANOSO. SÚMULA 83/STJ. QUESTÃO CONSOLIDADA NO\nÂMBITO DO STJ NO RECURSO ESPECIAL REPETITIVO N. 1.483.620/SC. [...] A\nincidência de atualização monetária nas indenizações por morte ou\ninvalidez do seguro DPVAT, prevista no § 7º do art. 5º da Lei n.\n6194/74, redação dada pela Lei n. 11.482/2007, opera-se desde a data do\nevento danoso (REsp n. 1.483.620/SC, Segunda Seção, Relator o Ministro\nPaulo de Tarso Sanseverino, DJe de 1º/6/2015, julgado sob o rito do art.\n543-C do CPC). [...]\" (AgRg no REsp 1509650SP, Rel. Ministro MARCO\nAURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 27/10/2015, DJe 13/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO DPVAT. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA. ACIDENTE DE\nTRABALHO. INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA. CABIMENTO. REQUISITOS. ACIDENTE DE\nTRÂNSITO, DANO PESSOAL E NEXO CAUSAL. VEÍCULO SOB REPARO. VIA PÚBLICA.\nMOVIMENTAÇÃO PRESERVADA. CAUSA DETERMINANTE NO INFORTÚNIO. PARTICIPAÇÃO\nATIVA. INVALIDEZ PERMANENTE. CARACTERIZAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. TERMO\nINICIAL. EVENTO DANOSO. [...] Cinge-se a controvérsia a saber se o\nacidente sofrido pelo recorrido e que lhe acarretou invalidez parcial\npermanente está coberto pelo Seguro de Danos Pessoais Causados por\nVeículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT). 2. O seguro DPVAT\npossui a natureza de seguro obrigatório de responsabilidade civil, de\ncunho eminentemente social, criado pela Lei nº 6.197/1974 para indenizar\nos beneficiários ou as vítimas de acidentes, incluído o responsável pelo\ninfortúnio, envolvendo veículo automotor terrestre (urbano, rodoviário e\nagrícola) ou a carga transportada, e que sofreram dano pessoal,\nindependentemente de culpa ou da identificação do causador do dano. 3. A\nconfiguração de um fato como acidente de trabalho, a possibilitar\neventual indenização previdenciária, não impede a sua caracterização\ncomo sinistro coberto pelo seguro obrigatório DPVAT desde que também\nestejam presentes seus elementos constituintes: acidente causado por\nveículo automotor, dano pessoal e relação de causalidade. Precedentes.\n4. Embora a regra no seguro DPVAT seja o sinistro ocorrer em via\npública, com o veículo em circulação, há hipóteses, excepcionais, em que\no desastre pode se dar com o veículo parado ou estacionado, a exemplo de\nexplosões, incêndios e danos oriundos de falha mecânica ou elétrica a\nprejudicar o condutor ou terceiros. O essencial é que o veículo seja o\ncausador do dano - mesmo que não esteja em trânsito - e não mera\nconcausa passiva do acidente, como sói acontecer em condutas imputáveis\nà própria vítima quando cai de um automóvel inerte, sendo este apenas\nparte do cenário do infortúnio. 5. Se o veículo de via terrestre, apesar\nde estar sob reparos, em funcionamento, teve participação ativa no\nacidente, a provocar danos pessoais graves em usuário, não consistindo\nem mera concausa passiva, há a hipótese de incidência do seguro DPVAT.\nNo caso, o caminhão foi a razão determinante da invalidez permanente do\nautor, sendo evidente a relação de causalidade (nexo causal). 6. A\nSegunda Seção deste Tribunal Superior, ao julgar o REsp nº 1.483.620/SC,\nsubmetido ao rito dos recursos repetitivos (art. 543-C do Código de\nProcesso Civil), consagrou o entendimento de que a incidência de\natualização monetária nas indenizações por morte ou invalidez do seguro\nDPVAT, prevista no § 7º do art. 5º da Lei nº 6.194/1974, redação dada\npela Lei nº 11.482/2007, opera-se desde a data do evento danoso até o\ndia do efetivo pagamento. Incidência da Súmula nº 43/STJ. [...]\" (REsp\n1358961GO, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA,\njulgado em 15/09/2015, DJe 18/09/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO DPVAT. INDENIZAÇÃO. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. TERMO A QUO.\nDATA DO EVENTO DANOSO. [...] 'Para os fins do art. 543-C do CPC: A\nincidência de atualização monetária nas indenizações por morte ou\ninvalidez do seguro DPVAT, prevista no § 7º do art. 5º da Lei n.\n6194/74, redação dada pela Lei n. 11.482/2007, opera-se desde a data do\nevento danoso' (REsp 1483620/SC, Rel. Ministro PAULO DE TARSO\nSANSEVERINO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 27/05/2015, DJe 02/06/2015).\n[...]\" (EDcl no AREsp 738582PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,\nQUARTA TURMA, julgado em 25/08/2015, DJe 31/08/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO OBRIGATÓRIO. DPVAT. INDENIZAÇÃO CORREÇÃO MONETÁRIA DESDE O\nEVENTO DANOSO. [...] 'A incidência de atualização monetária nas\nindenizações por morte ou invalidez do seguro DPVAT, prevista no § 7º do\nart. 5º da Lei n. 6194/74, redação dada pela Lei n. 11.482/2007,\nopera-se desde a data do evento danoso' (REsp n. 1483620/SC, submetido\nao rito do art. 543-C do CPC, Relator Ministro PAULO DE TARSO\nSANSEVERINO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 27/05/2015, DJe 02/06/2015).\n[...]\" (EDcl no REsp 1467664SC, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS\nFERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 23/06/2015, DJe 29/06/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AUTOS DE AÇÃO DE COBRANÇA C/C PEDIDO INCIDENTAL DE EXIBIÇÃO DE\nDOCUMENTOS [...] A correção monetária da indenização decorrente do\nseguro DPVAT (artigos 3º e 5º da Lei 6.194/74 com a redação dada pela\nLei 11.482/2007, na qual convertida a Medida Provisória 340/2006),\nconsoante cediço nesta Corte, deve incidir a partir da data do evento\ndanoso até o dia do pagamento, à luz da Súmula 43/STJ. Entendimento\nsedimentado nesta e. Corte pelo rito do art. 543-C do CPC. [...]\"\n(EDcl no REsp 1477539SC, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA,\njulgado em 23/06/2015, DJe 30/06/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. CIVIL. SEGURO DPVAT. INDENIZAÇÃO.\nATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. TERMO 'A QUO'. DATA DO EVENTO DANOSO. ART. 543-C\nDO CPC. [...] Polêmica em torno da forma de atualização monetária das\nindenizações previstas no art. 3º da Lei 6.194/74, com redação dada pela\nMedida Provisória n. 340/2006, convertida na Lei 11.482/07, em face da\nomissão legislativa acerca da incidência de correção monetária. 2.\nControvérsia em torno da existência de omissão legislativa ou de\nsilêncio eloquente da lei. 3. Manifestação expressa do STF, ao analisar\na ausência de menção ao direito de correção monetária no art. 3º da Lei\nnº 6.194/74, com a redação da Lei nº 11.482/2007, no sentido da\ninexistência de inconstitucionalidade por omissão (ADI 4.350/DF). 4.\nPara os fins do art. 543-C do CPC: A incidência de atualização monetária\nnas indenizações por morte ou invalidez do seguro DPVAT, prevista no §\n7º do art. 5º da Lei n. 6194/74, redação dada pela Lei n. 11.482/2007,\nopera-se desde a data do evento danoso. [...]\" (REsp 1483620SC,\nsubmetido ao procedimento dos recursos especiais repetitivos, Rel.\nMinistro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em\n27/05/2015, DJe 02/06/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO DPVAT. [...] CORREÇÃO MONETÁRIA. TERMO\nINICIAL. DATA DO EVENTO DANOSO. PRECEDENTES DO STJ. [...] Na ação de\ncobrança visando a complementação do seguro DPVAT o termo inicial da\ncorreção monetária é a data do evento danoso. [...]\" (AgRg no REsp\n1482716SC, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA,\njulgado em 09/12/2014, DJe 16/12/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] ACIDENTE DE TRÂNSITO. SEGURO OBRIGATÓRIO - DPVAT. TERMO A QUO DA\nCORREÇÃO MONETÁRIA. EVENTO DANOSO. [...] Nas hipóteses em que se busca a\nindenização do seguro obrigatório DPVAT, relativamente a sinistros\nocorridos na vigência da Lei nº 11.482/2007, incide a correção monetária\na contar do evento danoso. [...]\" (AgRg no REsp 1470348SC, Rel.\nMinistro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 23/10/2014, DJe\n03/11/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT. CORREÇÃO MONETÁRIA. TERMO A QUO. DATA\nDO ACIDENTE. [...] 'Na ação de cobrança de indenização do seguro DPVAT o\ntermo inicial da correção monetária é a data do evento danoso' (AgRg no\nAREsp 46.024/PR, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em\n16/02/2012, DJe 12/03/2012). [...]\" (AgRg no REsp 1480735SC, Rel.\nMinistro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 21/10/2014, DJe\n30/10/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] DPVAT. CORREÇÃO MONETÁRIA. TERMO INICIAL. EVENTO DANOSO. [...] A\nindenização decorrente do seguro obrigatório deve ser atualizada\nmonetariamente desde a data do evento danoso até o dia do pagamento.\n[...]\" (AgRg no REsp 1469465SC, Rel. Ministra MARIA ISABEL\nGALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 09/09/2014, DJe 18/09/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AÇÃO DE COBRANÇA. INDENIZAÇÃO DO SEGURO DPVAT. CORREÇÃO\nMONETÁRIA. TERMO INICIAL. [...] Na ação de cobrança de indenização do\nseguro DPVAT o termo inicial da correção monetária é a data do evento\ndanoso. [...]\" (AgRg no AREsp 46024PR, Rel. Ministro SIDNEI BENETI,\nTERCEIRA TURMA, julgado em 16/02/2012, DJe 12/03/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 19/09/2016RB vol. 637 p. 81RSSTJ vol. 46 p. 449", "Precedentes": "AgRg no REsp 1555050 PR 2015/0228005-4 Decisão:01/12/2015\nDJe DATA:14/12/2015AgRg no REsp 1509650 SP 2014/0346426-0 Decisão:27/10/2015\nDJe DATA:13/11/2015REsp 1358961 GO 2012/0267303-2 Decisão:15/09/2015\nDJe DATA:18/09/2015EDcl no AREsp 738582 PR 2015/0162785-5 Decisão:25/08/2015\nDJe DATA:31/08/2015EDcl no REsp 1467664 SC 2014/0175022-1 Decisão:23/06/2015\nDJe DATA:29/06/2015EDcl no REsp 1477539 SC 2014/0220495-3 Decisão:23/06/2015\nDJe DATA:30/06/2015REsp 1483620 SC 2014/0245497-6 Decisão:27/05/2015\nDJe DATA:02/06/2015\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00449AgRg no REsp 1482716 SC 2014/0244815-0 Decisão:09/12/2014\nDJe DATA:16/12/2014AgRg no REsp 1470348 SC 2014/0181044-4 Decisão:23/10/2014\nDJe DATA:03/11/2014AgRg no REsp 1480735 SC 2014/0233251-4 Decisão:21/10/2014\nDJe DATA:30/10/2014AgRg no REsp 1469465 SC 2014/0177975-0 Decisão:09/09/2014\nDJe DATA:18/09/2014AgRg no AREsp 46024 PR 2011/0149361-7 Decisão:16/02/2012\nDJe DATA:12/03/2012", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:013105 ANO:2015\n***** CPC-15 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015\n ART:01036\nLEG:FED LEI:006194 ANO:1974\n ART:00005 PAR:00007\nLEG:FED LEI:011482 ANO:2007\n ART:00008" }
Súmula 579
Não é necessário ratificar o recurso especial interposto na pendência do julgamento dos embargos de declaração, quando inalterado o resultado anterior. (Súmula n. 579, Corte Especial, julgado em 1/7/2016, DJe de 1/8/2016.)
{ "Enunciado": "Não é necessário ratificar o recurso especial interposto na pendência do\njulgamento dos embargos de declaração, quando inalterado o resultado\nanterior. (SÚMULA 579, CORTE ESPECIAL, julgado em 01/07/2016, DJe\n01/08/2016)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] APELAÇÃO INTERPOSTA ANTES DO JULGAMENTO DOS EMBARGOS DE\nDECLARAÇÃO. NÃO MODIFICAÇÃO DO JULGADO. RATIFICAÇÃO DESNECESSÁRIA.\nSÚMULA N. 418/STJ. NÃO INCIDÊNCIA. [...] A única interpretação a ser\natribuída à Súmula n. 418 do STJ é a de que a ratificação do recurso\ninterposto na pendência de julgamento de embargos de declaração é\nnecessária tão somente quando houver alteração na conclusão do\njulgamento anterior (Questão de Ordem no REsp 1.129.215/DF). [...]\"\n(AgRg no AREsp 824816MG, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA,\nTERCEIRA TURMA, julgado em 15/03/2016, DJe 29/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] EXTEMPORANEIDADE DO APELO NOBRE. SÚMULA 418/STJ. NÃO APLICAÇÃO.\n[...] A Corte Especial do STJ, no julgamento da Questão de Ordem nos\nautos do REsp n. 1.129.215/DF, firmou entendimento que a única\ninterpretação cabível para o enunciado da Súmula 418 do STJ é aquela que\nprevê o ônus da ratificação do recurso interposto na pendência de\nembargos declaratórios apenas quando houver alteração na conclusão do\njulgamento anterior e, mesmo assim, apenas na parte em que houve\nalteração do julgado, o que não é a hipótese dos autos. Extemporaneidade\nafastada. [...]\" (AgRg nos EDcl no AREsp 775039MS, Rel. Ministro\nMARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/03/2016, DJe\n05/04/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INTERPOSIÇÃO DE RECURSO DE APELAÇÃO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO E\nOPOSIÇÃO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PELA DEFESA. DESNECESSIDADE DE\nRATIFICAÇÃO DO RECLAMO PELA ACUSAÇÃO. JULGAMENTO DOS ACLARATÓRIOS QUE\nNÃO PROVOCOU MODIFICAÇÕES NA DECISÃO IMPUGNADA. TEMPESTIVIDADE DA\nIRRESIGNAÇÃO MINISTERIAL. [...] Em Questão de Ordem no REsp\n1.129.215/DF, a Corte Especial deste Sodalício firmou o entendimento de\nque 'a única interpretação cabível para o enunciado da Súmula 418 do STJ\né aquela que prevê o ônus da ratificação do recurso interposto na\npendência de embargos de declaração apenas quando houver alteração na\nconclusão do julgamento anterior'. 2. No caso dos autos, embora o\nMinistério Público tenha interposto sua apelação antes do julgamento dos\naclaratórios opostos pela defesa, não a ratificando posteriormente, a\napreciação do mencionado recurso integrativo em nada alterou o conteúdo\ndo julgado impugnado pela acusação, o que impede o reconhecimento da\nintempestividade da insurgência por ela apresentada. [...]\"\n(HC 342405MG, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em\n10/03/2016, DJe 16/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. SÚMULA 418/STJ.\nINAPLICABILIDADE. DECISÃO MONOCRÁTICA. EXAURIMENTO DE INSTÂNCIA. [...] A\nCorte Especial, na Sessão Ordinária de 16.9.2015, no julgamento de\nQuestão de Ordem suscitada nos autos do REsp 1.129.215/DF (Rel. Min.\nLuis Felipe Salomão), firmou entendimento no sentido de que a única\ninterpretação possível a ser atribuída ao enunciado 418 da Súmula deste\nTribunal é a de que há necessidade de ratificação do recurso interposto\nna pendência de julgamento de embargos de declaração tão somente quando\nhouver alteração na conclusão do julgamento anterior. 2. É inadmissível\nrecurso especial quando couber, na instância ordinária, recurso do\ndecisório impugnado. [...]\" (AgRg no AREsp 707910RJ, Rel. Ministro\nJOÃO OTÁVIO DE NORONHA, TERCEIRA TURMA, julgado em 08/03/2016, DJe\n11/03/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RECURSO INTERPOSTO ANTES DO JULGAMENTO DOS EMBARGOS DE\nDECLARAÇÃO. NÃO ALTERAÇÃO DA DECISÃO EMBARGADA. DESNECESSIDADE DE\nRATIFICAÇÃO. INSTRUMENTALISMO PROCESSUAL. CONHECIMENTO DO RECURSO. NOVA\nINTERPRETAÇÃO DA SÚMULA 418 DO STJ QUE PRIVILEGIA O MÉRITO DO RECURSO E\nO AMPLO ACESSO À JUSTIÇA. [...] A Corte Especial, no julgamento da\nQuestão de Ordem afetada pela Quarta Turma, conferiu nova exegese à\nSúmula 418 do STJ, entendendo que a única interpretação cabível para\nreferido enunciado é 'aquela que prevê o ônus da ratificação do recurso\ninterposto na pendência de embargos declaratórios apenas quando houver\nalteração na conclusão do julgamento anterior' (REsp 1129215/DF, Rel.\nMinistro Luis Felipe Salomão, Corte Especial, julgado em 16/09/2015, DJe\n03/11/2015). [...]\" (REsp 1129215DF, Rel. Ministro LUIS FELIPE\nSALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 08/03/2016, DJe 06/04/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] AFASTADA A INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 418 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE\nJUSTIÇA. [...] Afastada a arguição de incidência da Súmula n. 418 do\nSTJ, uma vez que a interpretação cabível para esse enunciado é a que\nprevê o ônus da ratificação do recurso interposto apenas em caso de\nalteração do julgado anterior, o que não se verificou in casu. [...]\"\n(AgRg no REsp 1062910RS, Rel. Ministro ERICSON MARANHO\n(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTA TURMA, julgado em 04/02/2016,\nDJe 18/02/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] NECESSIDADE DE RATIFICAÇÃO DO RECURSO ESPECIAL INTERPOSTO ANTES\nDO JULGAMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO: VERBETE 418 DA SÚMULA/STJ.\nAPLICAÇÃO MITIGADA. [...] A questão era objeto de dissensões pontuais\nnesta Corte Superior até que, recentemente, em 16/09/2015, a Corte\nEspecial, reapreciando o correto entendimento a ser dado ao teor da\nsúmula 418/STJ, no julgamento da Questão de Ordem no REsp nº\n1.129.215/DF, Relator o Ministro Luis Felipe Salomão, assentou que 'a\núnica interpretação cabível para o enunciado da súmula 418/STJ é aquela\nque prevê o ônus da ratificação do recurso interposto na pendência de\nembargos declaratórios apenas quando houver alteração na conclusão do\njulgamento anterior'. 6. O entendimento jurisprudencial prevalecente se\naplica ao caso concreto em que os embargos de declaração manejados\ncontra acórdão do Tribunal de Justiça foram rejeitados, reputando-se,\nassim, desnecessária a ratificação do recurso especial. [...]\"\n(AgRg nos EREsp 964419MG, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA,\nTERCEIRA SEÇÃO, julgado em 09/12/2015, DJe 15/12/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] PRETENSÃO DA FAZENDA NACIONAL DE RECONHECIMENTO DA\nEXTEMPORANEIDADE DO RECURSO ESPECIAL DA ORA EMBARGADA, INTERPOSTO ANTES\nDO JULGAMENTO DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS DA ELETROBRAS E DA FAZENDA\nNACIONAL, SEM POSTERIOR RATIFICAÇÃO. OMISSÃO QUE SE RECONHECE.\nPROVIDÊNCIA QUE SE CONSIDERA DESNECESSÁRIA, ENTRETANTO. NO STJ: QO NO\nRESP. 1.129.215/DF, REL. MIN. LUIS FELIPE SALOMÃO, JULGAMENTO EM\n16.9.2015, ACÓRDÃO PENDENTE DE PUBLICAÇÃO. NO STF: AI 703.269\nAGR-ED-ED-EDV-ED, REL. MIN. LUIZ FUX, DJE 8.5.2015. EXIGÊNCIA DE\nRATIFICAÇÃO DO APELO ESPECIAL INAPLICÁVEL AO PRESENTE CASO.\nEXTEMPORANEIDADE AFASTADA. [...] Em Questão de Ordem no REsp.\n1.129.215/DF, Rel. Min. LUIS FELIPE SALOMÃO, julgamento em 16.9.2015,\nacórdão pendente de publicação, a Corte Especial conferiu nova leitura à\nSúmula 418 do STJ, cuja interpretação original tinha por inadmissível o\nRecurso Especial interposto antes da publicação do acórdão dos Embargos\nde Declaração, sem posterior ratificação. 2. Trata-se de entendimento\nque acompanha o alcançado pelo órgão plenário do STF nos autos do AI\n703.269 AgR-ED-ED-EDv-ED, Rel. Min. LUIZ FUX, DJe 8.5.2015: a\nextemporaneidade não se verifica com a interposição de recurso antes do\ntermo a quo e consequentemente não gera a ausência de preenchimento de\nrequisito de admissibilidade da tempestividade. [...]\"\n(EDcl no AgRg no REsp 834025RS, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA\nFILHO, CORTE\nESPECIAL, julgado em 04/11/2015, DJe 20/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] SÚMULA N. 418 DO STJ. INAPLICABILIDADE. OMISSÕES NÃO VERIFICADAS.\nTEMPESTIVIDADE DAS APELAÇÕES DOS CORRÉUS. [...] Afastam-se a incidência\ndo enunciado n. 418 da Súmula do STJ e, por consequência, a\nextemporaneidade do recurso especial da autora, tendo em vista que,\napesar de ter sido interposto antes da publicação do acórdão dos\naclaratórios, tais embargos foram rejeitados, permanecendo hígido o\naresto que julgou as apelações. Orientação adotada pela CORTE ESPECIAL,\nem 16.9.2015, ao acolher a Questão de Ordem no REsp n. 1.129.215/DF,\nRel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO. [...]\" (REsp 1080597SP, Rel.\nMinistro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 06/10/2015,\nDJe 04/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RECURSO INTERPOSTO ANTES DO JULGAMENTO DOS EMBARGOS DE\nDECLARAÇÃO. NÃO ALTERAÇÃO DA DECISÃO EMBARGADA. DESNECESSIDADE DE\nRATIFICAÇÃO. INSTRUMENTALISMO PROCESSUAL. CONHECIMENTO DO RECURSO.\nINTERPRETAÇÃO DA SÚMULA 418 DO STJ QUE PRIVILEGIA O MÉRITO DO RECURSO E\nO AMPLO ACESSO À JUSTIÇA. [...] Segundo dispõe a Súmula 418 do STJ 'é\ninadmissível o recurso especial interposto antes da publicação do\nacórdão dos embargos de declaração, sem posterior ratificação'. 2. A\nCorte Especial do STJ, no julgamento da Questão de Ordem no REsp n.\n1.129.215/DF, rel. Min. Luis Felipe Salomão, firmou o entendimento de\nque 'a única interpretação cabível para o enunciado da Súmula 418 do STJ\né aquela que prevê o ônus da ratificação do recurso interposto na\npendência de embargos declaratórios apenas quando houver alteração na\nconclusão do julgamento anterior'. [...]\" (AgRg nos EAREsp 300967SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, CORTE ESPECIAL, julgado em\n16/09/2015, DJe 20/11/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RECURSO INTERPOSTO ANTES DO JULGAMENTO DOS EMBARGOS DE\nDECLARAÇÃO. NÃO ALTERAÇÃO DA DECISÃO EMBARGADA. DESNECESSIDADE DE\nRATIFICAÇÃO. INSTRUMENTALISMO PROCESSUAL. CONHECIMENTO DO RECURSO. NOVA\nINTERPRETAÇÃO DA SÚMULA 418 DO STJ QUE PRIVILEGIA O MÉRITO DO RECURSO E\nO AMPLO ACESSO À JUSTIÇA. [...] A Corte Especial, no julgamento da\nQuestão de Ordem afetada pela Quarta Turma, conferiu nova exegese à\nSúmula 418 do STJ, entendendo que a única interpretação cabível para\nreferido enunciado é 'aquela que prevê o ônus da ratificação do recurso\ninterposto na pendência de embargos declaratórios apenas quando houver\nalteração na conclusão do julgamento anterior' (REsp 1129215/DF, Rel.\nMinistro Luis Felipe Salomão, Corte Especial, julgado em 16/09/2015, DJe\n03/11/2015). [...]\" (REsp 1129215DF, Rel. Ministro LUIS FELIPE\nSALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 08/03/2016, DJe 06/04/2016)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 01/08/2016RB vol. 637 p. 81RSSTJ vol. 46 p. 381RSSTJ vol. 46 p. 421", "Precedentes": "AgRg no AREsp 824816 MG 2015/0312627-4 Decisão:15/03/2016\nDJe DATA:29/03/2016AgRg nos EDcl no AREsp 775039 MS 2015/0219014-4\nDecisão:15/03/2016\nDJe DATA:05/04/2016HC 342405 MG 2015/0300314-2 Decisão:10/03/2016\nDJe DATA:16/03/2016AgRg no AREsp 707910 RJ 2015/0108226-6 Decisão:08/03/2016\nDJe DATA:11/03/2016REsp 1129215 DF 2009/0051245-3 Decisão:08/03/2016\nDJe DATA:06/04/2016\nREVPRO VOL.:00258 PG:00539\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00421AgRg no REsp 1062910 RS 2008/0120440-6 Decisão:04/02/2016\nDJe DATA:18/02/2016AgRg nos EREsp 964419 MG 2005/0053514-3 Decisão:09/12/2015\nDJe DATA:15/12/2015EDcl no AgRg no REsp 834025 RS 2006/0052941-0\nDecisão:04/11/2015\nDJe DATA:20/11/2015REsp 1080597 SP 2008/0183438-0 Decisão:06/10/2015\nDJe DATA:04/11/2015AgRg nos EAREsp 300967 SP 2014/0245665-6 Decisão:16/09/2015\nDJe DATA:20/11/2015\nREVPRO VOL.:00254 PG:00483REsp 1129215 DF 2009/0051245-3 Decisão:16/09/2015\nDJe DATA:03/11/2015\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00381", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:013105 ANO:2015\n***** CPC-15 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015\n ART:00218 PAR:00004 ART:01024 PAR:00005" }
Súmula 578
Os empregados que laboram no cultivo da cana-de-açúcar para empresa agroindustrial ligada ao setor sucroalcooleiro detêm a qualidade de rurícola, ensejando a isenção do FGTS desde a edição da Lei Complementar n. 11/1971 até a promulgação da Constituição Federal de 1988. (Súmula n. 578, Primeira Seção, julgado em 22/6/2016, DJe de 27/6/2016.)
{ "Enunciado": "Os empregados que laboram no cultivo da cana-de-açúcar para empresa\nagroindustrial ligada ao setor sucroalcooleiro detêm a qualidade de\nrurícola, ensejando a isenção do FGTS desde a edição da Lei Complementar\nn. 11/1971 até a promulgação da Constituição Federal de 1988. (SÚMULA\n578, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/06/2016, DJe 27/06/2016)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] FGTS. AGROINDÚSTRIA. USINA DE ÁLCOOL E AÇÚCAR. TRABALHADOR DA\nLAVOURA CANAVIEIRA. QUALIFICAÇÃO COMO TRABALHADOR RURAL. ISENÇÃO. [...]\nNa hipótese dos autos, a apontada contradição confunde-se com o\ninconformismo da parte acerca do julgamento da controvérsia de fundo\nproferido pelo Tribunal, situação não enquadrada entre os vícios do art.\n535 do CPC. Ao que se verifica não há fundamentos antagônicos no voto\ncondutor do julgado que manteve absoluta coerência ao decidir que, para\no enquadramento da atividade do rurícola, deve preponderar a atividade\ndesenvolvida pelo próprio empregado, e não pela categoria do empregador.\nDecidiu-se, ainda, que apenas em relação aos empregados que trabalhavam\nna extração da cana-de-açúcar não era legítima a cobrança das\ncontribuições para o FGTS. [...] 3. A Lei Complementar n. 11/71, ao\ninstituir o Programa de Assistência ao Trabalhador Rural, e a Lei n.\n5.889/73, ao estabelecer regras para o referido programa, excluíram da\nexigência do recolhimento do FGTS aqueles trabalhadores que desenvolviam\natividades classificadas como rurais. Somente com a promulgação da\nConstituição Federal de 1988, que desenvolveu um sistema de equiparação\nentre os trabalhadores urbanos e rurais, a contribuição para o FGTS\npassou a ser obrigatória, independentemente da atividade desempenhada\npelo empregado, seja urbana, seja rural. 4. Na hipótese dos autos,\ndiscute-se a exigibilidade do FGTS dos empregados de usinas\nsucroalcooleiras que trabalham na lavoura canavieira, durante o período\ncompreendido entre os anos de 1984 e 1988, ou seja, no período em que\nnão era obrigatória a vinculação ao FGTS de empregados rurais. 5. A Lei\n5.889/73 preconizou normas reguladoras do trabalho rural, estabelecendo\nos critérios para definição do empregado rural, ao prever em seu art.\n2º, que o empregado rural é toda pessoa física que presta serviços a\nempregador rural, sob a dependência deste e mediante salário,\ndesenvolvendo suas atividades em propriedade rural ou prédio rústico. E,\nem relação ao empregador rural, o art. 3º da mencionada norma legal\ndefiniu-o como sendo 'a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não,\nque explore atividade agro-econômica, em caráter permanente ou\ntemporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de\nempregados', inclusive mediante a exploração industrial em\nestabelecimento agrário (§ 1º). 6. De acordo com a lei em referência,\numa mesma empresa agroindustrial, poderia ser qualificada como\nempregadora rural relativamente aos seus empregados que realizavam\natividade rurais, e como urbana no que tange às demais atividades\ndesenvolvidas. 7. Sobre o tema, o Tribunal Superior do Trabalho firmou\nentendimento de que a atividade exercida pelo empregado é que define a\ncondição deste como rural ou industriário, assentando, inclusive, que o\ncultivo de cana- de-açúcar para usina sucroalcooleira não constitui\natividade agroindustrial, mas sim rural. [...] 8. Assim, conclui-se que\nos empregados, que laboram no cultivo da cana-de-açúcar para empresa\nagroindustrial ligada ao setor alcooleiro, detém a qualidade de\nrurícola, o que traz como consequência a isenção do FGTS desde a edição\nda Lei Complementar n. 11/71 até a promulgação da Constituição Federal\nde 1988. [...]\" (REsp 1133662PE, submetido ao procedimento dos\nrecursos especiais repetitivos, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,\nPRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/08/2010, DJe 19/08/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] FGTS - TRABALHADOR RURAL - CARACTERIZAÇÃO - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS\nÀ AGROINDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA [...] Segundo os arts. 2º e 3º da Lei\n5.889/73 considera-se trabalhador rural toda pessoa física que, em\npropriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não\neventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário\ne empregador rural a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que\nexplore atividade agro-econômica, em caráter permanente ou temporário,\ndiretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados. 4. A\natividade sucroalcooleira insere-se na atividade de agroindústria e\nportanto os trabalhadores que a desenvolvem se enquadram como\ntrabalhadores rural. Entendimento do Tribunal Superior do Trabalho.\n[...]\" (EDcl no REsp 952052PE, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA\nTURMA, julgado em 04/03/2010, DJe 12/03/2010)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 27/06/2016RB vol. 637 p. 81RSSTJ vol. 46 p. 367", "Precedentes": "REsp 1133662 PE 2009/0129027-3 Decisão:09/08/2010\nDJe DATA:19/08/2010\nDECTRAB VOL.:00200 PG:00045\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00367EDcl no REsp 952052 PE 2007/0112374-2 Decisão:04/03/2010\nDJe DATA:12/03/2010", "Referência Legislativa": "LEG:FED CFB:****** ANO:1988\n***** CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988\n ART:00007 INC:00003\nLEG:FED LCP:000011 ANO:1971\nLEG:FED LEI:013105 ANO:2015\n***** CPC-15 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015\n ART:01036\nLEG:FED LEI:005889 ANO:1973\n ART:00002 ART:00003 PAR:00001" }
Súmula 577
É possível reconhecer o tempo de serviço rural anterior ao documento mais antigo apresentado, desde que amparado em convincente prova testemunhal colhida sob o contraditório. (Súmula n. 577, Primeira Seção, julgado em 22/6/2016, DJe de 27/6/2016.)
{ "Enunciado": "É possível reconhecer o tempo de serviço rural anterior ao documento\nmais antigo apresentado, desde que amparado em convincente prova\ntestemunhal colhida sob o contraditório. (SÚMULA 577, PRIMEIRA SEÇÃO,\njulgado em 22/06/2016, DJe 27/06/2016)", "Excerto dos Precedentes Originários": "\"[...] APOSENTADORIA. TEMPO DE SERVIÇO RURAL. INÍCIO DE PROVA MATERIAL\nRECONHECIDO PELAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS E AMPLIADO PELAS PROVAS\nTESTEMUNHAIS. CONJUNTO PROBATÓRIO HARMÔNICO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA\n83/STJ. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 7/STJ. [...] O tempo de serviço rural\npode ser comprovado mediante a produção de início de prova material,\ncomplementada por prova testemunhal idônea - quando necessária ao\npreenchimento de eventuais lacunas -, não sendo esta admitida\nexclusivamente, a teor do disposto no art. 55, § 3º, da Lei 8.213/91 e\nna Súmula 149 do STJ. 2. Não se exige prova documental plena da\natividade rural em relação a todos os anos integrantes do período\ncorrespondente à carência, mas um documento que, juntamente com a prova\noral, criando um liame com a circunstância fática que se quer\ndemonstrar, possibilite um juízo de valor seguro. Precedentes. 3. Com\nbase nas circunstâncias fáticas, o Tribunal de origem, ao apreciar a\nquestão, entendeu que a recorrida preencheu os requisitos para a\nconcessão da aposentadoria por idade rural. Entender de modo diverso do\nconsignado pela Corte a quo exige o reexame de matéria\nfático-probatória, o que é vedado pela Súmula 7 do STJ. [...]\"\n(AgRg no AREsp 730275PR, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA\nTURMA,\njulgado em 25/08/2015, DJe 02/09/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] APOSENTADORIA RURAL POR IDADE. COMPROVAÇÃO DO LABOR RURAL POR\nMEIO DE INÍCIO DE PROVA MATERIAL COMPLEMENTADA POR PROVA TESTEMUNHAL.\n[...] A CF/88 incluiu o trabalhador do campo no Regime Geral de\nPrevidência Social, nos termos do art. 201, § 7o., II, tendo a Lei\n8.213/91, que regula os Benefícios da Previdência Social, estabelecido\num período de transição em que o trabalhador rural que já integrava o\nsistema de previdência social encontra-se dispensado do recolhimento das\ncontribuições necessárias ao reconhecimento do tempo de atividade\nagrícola. 2. A Lei 8.213/91 dispõe em seu art. 143 que será devida\naposentadoria por idade ao trabalhador rural que completar 60 anos de\nidade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher, além de comprovar o\nexercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período\nimediatamente anterior ao requerimento do benefício, em número de meses\nidêntico à carência. 3. O art. 55, § 3o. e o art. 106, parágr. único da\nLei 8.213/91 elencam os documentos necessários à comprovação do\nexercício de atividade rural, ressalvando não ser admitida prova\nexclusivamente testemunhal, salvo na ocorrência de motivo de força maior\nou caso fortuito. Esta Corte já pacificou entendimento de que o rol\nprevisto no citado art. 106 da Lei 8.213/91 é meramente exemplificativo\n4. A concessão de aposentadoria rural possui relevante valor social, uma\nvez que busca amparar o obreiro rural por meio de distribuição da renda\npela via da assistência social. Dessa forma, não se deve aplicar rigor\nexcessivo na comprovação da atividade rurícola, sob pena de tornar-se\ninfactível, em face das peculiaridades que envolvem o trabalhador do\ncampo, que normalmente não dispõe de documentos que comprovem sua\nsituação. Diante dessa situação, conforme orientação jurisprudencial do\nSTJ, para a demonstração do exercício de trabalho rural não se exige que\na prova material abranja todo o período de carência exigido pelo art.\n142 da Lei 8.213/91, sendo necessário apenas início de prova material\ncomplementado por prova testemunhal 5. In casu, o Magistrado de 1o. grau\nentendeu que os depoimentos colhidos em juízo aliados à prova material\nconseguiram demonstrar de forma idônea, harmônica e precisa o labor\nrural exercido pela autora. 6. Contudo, o Tribunal a quo não reconheceu\no direito ao benefício, por entender que a parte autora não apresentou\nprova material contemporânea aos fatos alegados, não abrangendo também\ntodo o período de carência, o que, como visto, vai de encontro ao\nentendimento jurisprudencial do STJ, que permite que a prova testemunhal\namplie o período constante da prova material, como no caso. [...]\"\n(AgRg no AgRg no AREsp 591005SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA\nFILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 12/05/2015, DJe 21/05/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RURAL. INÍCIO DE PROVA MATERIAL. VALIDADE DOS DOCUMENTOS EM NOME\nDO CÔNJUGE, DESDE QUE COMPLEMENTADA COM ROBUSTA PROVA TESTEMUNHAL.\nEFICÁCIA PROBATÓRIA DOS DOCUMENTOS APRESENTADOS. PERÍODO ANTERIOR E\nPOSTERIOR. VALORAÇÃO DO CONJUNTO PROBATÓRIO POSSIBILIDADE. ÓBICE DA\nSÚMULA 7/STJ AFASTADO. [...] O labor campesino, para fins de percepção\nde aposentadoria rural por idade, deve ser demonstrado por início de\nprova material e ampliado por prova testemunhal, ainda que de maneira\ndescontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento, pelo\nnúmero de meses idêntico à carência. 2. São aceitos, como início de\nprova material, os documentos em nome do cônjuge que o qualifiquem como\nlavrador, mesmo após seu falecimento, desde que a prova documental seja\ncomplementada com robusta e idônea prova testemunhal, atestando a\ncontinuidade da atividade rural. 3. No julgamento do Resp 1.348.633/SP,\nda relatoria do Ministro Arnaldo Esteves Lima, submetido ao rito do art.\n543-C do CPC, esta Corte, examinando a matéria concernente à\npossibilidade de reconhecimento do período de trabalho rural anterior ao\ndocumento mais antigo apresentado, consolidou o entendimento de que a\nprova material juntada aos autos possui eficácia probatória tanto para o\nperíodo anterior quanto para o posterior à data do documento, desde que\ncorroborado por robusta prova testemunhal. 4. O juízo acerca da validade\ne eficácia dos documentos apresentados como o início de prova material\ndo labor campesino não enseja reexame de prova, vedado pela Súmula\n7/STJ, mas sim valoração do conjunto probatório existente (AgRg no REsp\n1.309.942/MG, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA,\njulgado em 20/03/2014, DJe 11/04/2014). [...]\" (AgRg no REsp 1452001SP, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 05/03/2015,\nDJe 12/03/2015)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] INÍCIO DE PROVA MATERIAL EXTEMPORÂNEO. RATIFICAÇÃO POR MEIO DE\nROBUSTA PROVA TESTEMUNHAL. MATÉRIA DEFINIDA EM SEDE DE RECURSO ESPECIAL\nREPETITIVO. [...] Este Superior Tribunal firmou entendimento de que as\nprovas testemunhais, tanto do período anterior ao mais antigo documento\nquanto do posterior ao mais recente, são válidas para complementar o\ninício de prova material do tempo de serviço rural (Recurso Especial\nRepetitivo 1.348.633/SP - acórdão ainda não publicado). [...]\"\n(AgRg no REsp 1347289SP, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA,\njulgado\nem 24/04/2014, DJe 20/05/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] RURÍCOLA. APOSENTADORIA POR IDADE. COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE\nRURAL. [...] INÍCIO DE PROVA MATERIAL, RATIFICADO PELA PROVA\nTESTEMUNHAL. CONTEMPORANEIDADE. DESNECESSIDADE. [...] Embora\nimprescindível o início de prova documental do tempo de serviço, a lei\nnão exige que corresponda ele, necessariamente, ao período de carência\nou a todo o período que se pretende comprovar. III. Havendo, nos autos,\ninício de prova material, ratificado pela prova testemunhal, é de rigor\no reconhecimento da condição da autora como trabalhadora rural, sem que\ntal implique revisão de matéria fática. [...]\" (AgRg no REsp 1364417RJ, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em\n27/03/2014, DJe 08/04/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA.\nAPOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. ART. 55, § 3º, DA LEI 8.213/91.\nTEMPO DE SERVIÇO RURAL. RECONHECIMENTO A PARTIR DO DOCUMENTO MAIS\nANTIGO. DESNECESSIDADE. INÍCIO DE PROVA MATERIAL CONJUGADO COM PROVA\nTESTEMUNHAL. PERÍODO DE ATIVIDADE RURAL COINCIDENTE COM INÍCIO DE\nATIVIDADE URBANA REGISTRADA EM CTPS. [...] A controvérsia cinge-se em\nsaber sobre a possibilidade, ou não, de reconhecimento do período de\ntrabalho rural anterior ao documento mais antigo juntado como início de\nprova material. 2. De acordo com o art. 400 do Código de Processo Civil\n'a prova testemunhal é sempre admissível, não dispondo a lei de modo\ndiverso\". Por sua vez, a Lei de Benefícios, ao disciplinar a\naposentadoria por tempo de serviço, expressamente estabelece no § 3º do\nart. 55 que a comprovação do tempo de serviço só produzirá efeito quando\nbaseada em início de prova material, \"não sendo admitida prova\nexclusivamente testemunhal, salvo na ocorrência de motivo de força maior\nou caso fortuito, conforme disposto no Regulamento' (Súmula 149/STJ). 3.\nNo âmbito desta Corte, é pacífico o entendimento de ser possível o\nreconhecimento do tempo de serviço mediante apresentação de um início de\nprova material, desde que corroborado por testemunhos idôneos.\nPrecedentes. 4. A Lei de Benefícios, ao exigir um 'início de prova\nmaterial', teve por pressuposto assegurar o direito à contagem do tempo\nde atividade exercida por trabalhador rural em período anterior ao\nadvento da Lei 8.213/91 levando em conta as dificuldades deste,\nnotadamente hipossuficiente. 5. Ainda que inexista prova documental do\nperíodo antecedente ao casamento do segurado, ocorrido em 1974, os\ntestemunhos colhidos em juízo, conforme reconhecido pelas instâncias\nordinárias, corroboraram a alegação da inicial e confirmaram o trabalho\ndo autor desde 1967. 6. No caso concreto, mostra-se necessário decotar,\ndos períodos reconhecidos na sentença, alguns poucos meses em função de\nos autos evidenciarem os registros de contratos de trabalho urbano em\ndatas que coincidem com o termo final dos interregnos de labor como\nrurícola, não impedindo, contudo, o reconhecimento do direito à\naposentadoria por tempo de serviço, mormente por estar incontroversa a\ncircunstância de que o autor cumpriu a carência devida no exercício de\natividade urbana, conforme exige o inc. II do art. 25 da Lei 8.213/91.\n[...] Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do Código de Processo\nCivil.\" (REsp 1348633SP, submetido ao procedimento dos recursos\nespeciais repetitivos, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA\nSEÇÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 05/12/2014)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"[...] APOSENTADORIA POR IDADE. TRABALHADOR RURAL. INÍCIO DE PROVA\nMATERIAL CORROBORADO POR ROBUSTA PROVA TESTEMUNHAL. [...] A comprovação\ndo exercício de atividade rural para fins previdenciários pressupõe o\nque a norma denomina de início de prova material. A ratio legis do\ndispositivo mencionado não é a demonstração exaustiva, mas um ponto de\npartida que propicie ao julgador meios de convencimento. 2. É o\nentendimento desta Corte Superior, em interpretação do art. 143 da Lei\nn. 8.213/1991, que não é necessário que a prova material se refira a\ntodo o período de carência se este for demonstrado por outros meios,\ncomo, por exemplo, pelos depoimentos testemunhais, como ocorreu no caso\ndos autos. 3. A Primeira Seção desta Corte, no julgamento de recurso\nespecial submetido à sistemática dos recursos repetitivos, REsp\n1.304.479/SP, de relatoria do Min. Herman Benjamim, julgado em\n10.10.2012 (DJ de 19.12.2012), consignou que o 'trabalho urbano de um\ndos membros do grupo familiar não descaracteriza, por si só, os demais\nintegrantes como segurados especiais, devendo ser averiguada, a\ndispensabilidade do trabalho rural para a subsistência do grupo\nfamiliar, incumbência esta das instâncias ordinárias (Súmula 7/STJ)'.\n[...]\" (AgRg no REsp 1367415RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,\nSEGUNDA TURMA, julgado em 04/04/2013, DJe 15/04/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"TRABALHADOR RURAL. APOSENTADORIA POR IDADE. TEMPO DE SERVIÇO.\nCOMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE AGRÍCOLA NO PERÍODO DE CARÊNCIA. INÍCIO DE\nPROVA MATERIAL AMPLIADO POR PROVA TESTEMUNHAL. REVISÃO. SÚMULA 7/STJ.\n[...] O Tribunal a quo concluiu o seguinte: 'os documentos apresentados\npela parte autora configuram início razoável de prova material da\natividade de rurícola em atenção à solução pro misero, adotada no âmbito\ndo Colendo STJ e pelos Tribunais Regionais Federais; a prova oral\nproduzida nos autos confirma sem sombra de dúvidas a qualidade de\ntrabalhador rural da parte autora' (e-STJ fl. 72). 2. Para o\nreconhecimento do tempo de serviço do trabalhador rural, não há\nexigência legal de que o documento apresentado como início de prova\nmaterial abranja todo o período que se quer comprovar; basta o início de\nprova material ser contemporâneo aos fatos alegados e referir-se, pelo\nmenos, a uma fração daquele período, corroborado com prova testemunhal,\na qual amplie sua eficácia probatória, como ocorre na hipótese.\nPrecedentes. 3. Acolher a pretensão do recorrente de que não foram\npreenchidos todos os requisitos para a concessão de aposentadoria, bem\ncomo apurar a dispensabilidade do trabalho rural para a subsistência do\ngrupo familiar, é tarefa que demandaria o revolvimento dos elementos\nfático-probatórios da demanda, o que é vedado na presente seara\nrecursal, consoante disposto no enunciado da Súmula 7/STJ. [...]\"\n(AgRg no AREsp 286515MG, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA,\njulgado em 19/03/2013, DJe 25/03/2013)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual\"RECURSO ESPECIAL. MATÉRIA REPETITIVA. ART. 543-C DO CPC E RESOLUÇÃO STJ\n8/2008. RECURSO REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. SEGURADO ESPECIAL.\nTRABALHO RURAL. INFORMALIDADE. BOIAS-FRIAS. PROVA EXCLUSIVAMENTE\nTESTEMUNHAL. ART. 55, § 3º, DA LEI 8.213/1991. SÚMULA 149/STJ.\nIMPOSSIBILIDADE. PROVA MATERIAL QUE NÃO ABRANGE TODO O PERÍODO\nPRETENDIDO. IDÔNEA E ROBUSTA PROVA TESTEMUNHAL. EXTENSÃO DA EFICÁCIA\nPROBATÓRIA. NÃO VIOLAÇÃO DA PRECITADA SÚMULA. [...] Trata-se de Recurso\nEspecial do INSS com o escopo de combater o abrandamento da exigência de\nprodução de prova material, adotado pelo acórdão recorrido, para os\ndenominados trabalhadores rurais boias-frias. [...] 3. Aplica-se a\nSúmula 149/STJ ('A prova exclusivamente testemunhal não basta à\ncomprovação da atividade rurícola, para efeitos da obtenção de benefício\nprevidenciário') aos trabalhadores rurais denominados 'boias-frias',\nsendo imprescindível a apresentação de início de prova material. 4. Por\noutro lado, considerando a inerente dificuldade probatória da condição\nde trabalhador campesino, o STJ sedimentou o entendimento de que a\napresentação de prova material somente sobre parte do lapso temporal\npretendido não implica violação da Súmula 149/STJ, cuja aplicação é\nmitigada se a reduzida prova material for complementada por idônea e\nrobusta prova testemunhal. 5. No caso concreto, o Tribunal a quo, não\nobstante tenha pressuposto o afastamento da Súmula 149/STJ para os\n'boias-frias', apontou diminuta prova material e assentou a produção de\nrobusta prova testemunhal para configurar a recorrida como segurada\nespecial, o que está em consonância com os parâmetros aqui fixados. 6.\nRecurso Especial do INSS não provido. Acórdão submetido ao regime do\nart. 543-C do CPC e da Resolução 8/2008 do STJ.\" (REsp 1321493PR,\nsubmetido ao procedimento dos recursos especiais repetitivos, Rel.\nMinistro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/10/2012, DJe\n19/12/2012)Inteiro Teor do AcórdãoConsulta Processual", "Fonte(s)": "DJe 27/06/2016RB vol. 637 p. 81RSSTJ vol. 46 p. 335", "Precedentes": "AgRg no AREsp 730275 PR 2015/0147672-4 Decisão:25/08/2015\nDJe DATA:02/09/2015AgRg no AgRg no AREsp 591005 SP 2014/0227482-8\nDecisão:12/05/2015\nDJe DATA:21/05/2015AgRg no REsp 1452001 SP 2014/0102489-6 Decisão:05/03/2015\nDJe DATA:12/03/2015AgRg no REsp 1347289 SP 2012/0207780-9 Decisão:24/04/2014\nDJe DATA:20/05/2014AgRg no REsp 1364417 RJ 2013/0032315-4 Decisão:27/03/2014\nDJe DATA:08/04/2014REsp 1348633 SP 2012/0214203-0 Decisão:28/08/2013\nDJe DATA:05/12/2014\nRSSTJ VOL.:00046 PG:00335AgRg no REsp 1367415 RS 2013/0032867-3 Decisão:04/04/2013\nDJe DATA:15/04/2013AgRg no AREsp 286515 MG 2013/0015143-6 Decisão:19/03/2013\nDJe DATA:25/03/2013REsp 1321493 PR 2012/0089100-7 Decisão:10/10/2012\nDJe DATA:19/12/2012", "Referência Legislativa": "LEG:FED LEI:013105 ANO:2015\n***** CPC-15 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015\n ART:01036\nLEG:FED LEI:008213 ANO:1991\n***** LBPS-91 LEI DE BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL\n ART:00055 PAR:00003 ART:00106 ART:00142\nLEG:FED DEC:003048 ANO:1999\n***** RPS-99 REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL\n ART:00063\nLEG:FED SUM:******\n***** SUM(STJ) SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA\n SUM:000149" }