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90
| exam_id
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values | exam_year
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values | university
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sequence | nullified
bool 0
classes | question
stringlengths 31
2.75k
| choices
sequence | answerKey
stringclasses 5
values |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
UNICAMP_2022_4 | 4 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | Na ribeira do Eufrates assentado,
Discorrendo me achei pela memória
Aquele breve bem, aquela glória,
Que em ti, doce Sião, tinha passado.
Da causa de meus males perguntado
Me foi: Como não cantas a história
De teu passado bem e da vitória
Que sempre de teu mal hás alcançado?
Não sabes, que a quem canta se lhe esquece
O mal, inda que grave e rigoroso?
Canta, pois, e não chores dessa sorte.
Respondi com suspiros: Quando cresce
A muita saudade, o piedoso
Remédio é não cantar senão a morte.
(Luís de Camões, 20 sonetos. Org. Sheila Hue. Campinas: Editora da
Unicamp, 2018, p.113).
Considerando as características formais e o núcleo
temático, é correto afirmar que o poema retoma o dito
popular | {
"text": [
"“longe dos olhos, perto do coração”.",
"“mais vale cantar mal que chorar bem”.",
"“a cada canto seu Espírito Santo”.",
"“quem canta seus males espanta”."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | D |
UNICAMP_2022_5 | 5 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | (...) eu sou um pobre relojoeiro que, cansado de ver que os
relógios deste mundo não marcam a mesma hora, descri
do ofício. (...) Um exemplo. O Partido Liberal, segundo li,
estava encasacado e pronto para sair, com o relógio na
mão, porque a hora pingava. Faltava-lhe só o chapéu, que
seria o chapéu Dantas, ou o chapéu Saraiva (ambos da
chapelaria Aristocrata); era só pô-lo na cabeça, e sair.
Nisto passa o carro do paço com outra pessoa, e ele
descobre que ou o seu relógio está adiantado, ou o de Sua
Alteza é que se atrasara. Quem os porá de acordo?
(Machado de Assis, Bons dias. Introdução e notas John Gledson. 3. ed.
Campinas: Editora da Unicamp, 2008, p. 79.)
Com relação ao excerto da crônica de Machado de Assis,
publicada em 05 de abril de 1888 na Gazeta de Notícias, é
correto afirmar que a metáfora mecânica faz referência à
passagem do tempo, aludindo à expectativa de mudança
de | {
"text": [
"regime a partir de discordâncias políticas que levaram \nà eleição do governo imperial.",
"século, marcada pela perspectiva da chegada do \nmeteorito de Bendegó na corte imperial.",
"mentalidade escravagista, com um pacto político para \nsuspensão de costumes imperiais.",
"legislação, com a alternância entre partidos para a \nformação de um novo ministério do governo imperial."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | D |
UNICAMP_2022_6 | 6 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | No ano seguinte, o Ateneu revelou-se-me noutro aspecto.
Conhecera-o interessante, com as seduções do que é
novo, com as projeções obscuras de perspectiva,
desafiando curiosidade e receio; conhecera-o insípido e
banal como os mistérios resolvidos, caiado de tédio;
conhecia-o agora intolerável como um cárcere, murado de
desejos e privações.
(Raul Pompeia, O Ateneu. 7ª. ed. São Paulo: Ática, 1980, p. 98.)
Com base no excerto que inicia o capítulo VIII do romance
de Raul Pompéia e no seu subtítulo – crônica de saudades
–, é correto afirmar que a obra é | {
"text": [
"um relato, em primeira pessoa, de experiências \ncoletivas e íntimas, no qual o protagonista mostra \naspectos da realidade social, valorizando o sistema \nescolar e prisional.",
"um romance de formação, no qual o protagonista \nrevela condutas e intrigas no ambiente escolar, com \nelogios à pedagogia corretiva e aos valores morais da \nburguesia.",
"uma narrativa memorialista de experiências vividas \nnum internato, na qual o protagonista revela aspectos \ndo sistema educacional da época, com críticas à \nhipocrisia burguesa.",
"um relato saudosista de experiências vividas no \ninternato, no qual o protagonista mostra o poder de \nsedução e corrupção das amizades, com críticas à \nfalsidade da burguesia."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2022_11 | 11 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | No conjunto de seus diferentes usos, a palavra “cultura” pode
significar um valor individual do sujeito que “tem cultura”; um
valor coletivo de povos, etnias e grupos sociais que produzem
bens culturais que podem tornar-se propriedade de alguns; um
valor de produto comercializado, como um livro, um quadro,
uma peça teatral. O controle da circulação de bens começa
com a invenção da imprensa no século XV, seguida da
regulação dos direitos autorais e de reprodução. Hoje, a
expansão da tecnologia digital, o compartilhamento nas redes
e seu monopólio resultam em condições ainda mais
complexas de produção, circulação e comercialização de bens
culturais. Além disso, tradições milenares no Extremo Oriente
e em alguns povos originários da América Latina mostram que
o mundo não é só o que chamamos de Ocidente e que as
noções de cópia, original, livre e coletivo diferem entre culturas
diversas. Nesse contexto, pergunta o autor, como defender
uma cultura livre?
(Adaptado de Leonardo Foleto, Introdução ao livro A cultura é livre: uma
história da resistência antipropriedade. Disponível em https://
outraspalavras.net/alemdamercadoria/cultura-seus-tres-significados-e-sua-
libertacao/ . Acessado em 10/04/2021.)
Com base no que afirma o autor, a defesa de uma cultura
livre dependeria | {
"text": [
"da produção e circulação de bens culturais por grupos \nsociais.",
"da atenção dada aos valores individuais e aos direitos \nautorais.",
"da consideração de experiências e valores de outras \nculturas.",
"do compartilhamento de bens culturais via tecnologia \ndigital."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2022_13 | 13 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"mathematics"
] | null | Certo país adquiriu 5.000.000 de doses das vacinas Alfa,
Beta e Gama, pagando um preço de $40.000.000,00 pelo
total. Cada dose das vacinas Alfa, Beta e Gama custou
$5,00, $10,00 e $20,00, respectivamente. Sabendo que o
número de doses adquiridas da vacina Beta é o triplo do
número de doses adquiridas da vacina Gama, o número de
doses adquiridas da vacina Alfa foi de: | {
"text": [
"1.500.000.",
"2.000.000.",
"2.500.000.",
"3.000.000."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | D |
UNICAMP_2022_14 | 14 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"mathematics"
] | null | Certo modelo de carro é vendido em duas versões: uma a
gasolina e outra híbrida. Essa última versão conta com um
motor elétrico para funcionar em baixas velocidades,
reduzindo, assim, o consumo de combustível e também os
índices de poluição.
A versão a gasolina custa R$ 150.000,00 e a versão
híbrida custa R$ 180.000,00. A tabela a seguir indica o
consumo de combustível de cada uma das versões:
Uso na cidade Uso na estrada
Versão a gasolina 12 km/l 14 km/l
Versão híbrida 18 km/l 16 km/l
Note que a versão híbrida é mais econômica, porém custa
mais caro.
Um motorista faz diariamente um percurso de 36 km na
cidade e de 56 km na estrada. Considerando que cada litro
de gasolina custa R$ 5,00 e que, ao longo do tempo, esse
preço será constante e o percurso não se alterará, quantos
anos de uso serão necessários para que a economia no
abastecimento compense o preço mais alto pago
inicialmente pelo carro híbrido? | {
"text": [
"Mais que 8 e menos que 10 anos.",
"Mais que 10 e menos que 12 anos.",
"Mais que 12 e menos que 14 anos.",
"Mais que 14 e menos que 16 anos."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2022_16 | 16 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"mathematics"
] | null | Dados os números reais positivos a1,a2,…,an a média
geométrica destes termos é calculada por:
M = (a1...a1)^(1/n),
A média geométrica de 1,10,100...,10^22 é: | {
"text": [
"10^11",
"10^12",
"10^13",
"10^14"
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2022_17 | 17 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"mathematics"
] | null | USE O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER À
QUESTÃO.
Para conter uma certa epidemia viral, uma vacina será
aplicada a uma população. Sabe-se que:
• a efetividade de uma vacina pode ser entendida como
sendo a porcentagem dos indivíduos vacinados que
estarão imunes à doença; e
• para controlar a epidemia, a porcentagem mínima de
uma dada população a ser imunizada é dada pela
fórmula I(R0) = 100(R0 -1)/R0 , em que R0 > 1 é um
valor associado às características da epidemia.
Assume-se, ainda, que uma eventual imunização somente
é adquirida por meio da vacina.
Em relação à epidemia e à vacinação, é correto afirmar
que | {
"text": [
"a porcentagem mínima da população que deve ser \nvacinada para controlar a epidemia é sempre maior \nque 50%.",
"para uma vacina, quanto maior , menor a \nporcentagem mínima da população que deve ser \nvacinada para controlar a epidemia. R0",
"para uma vacina, quanto maior , maior a \nporcentagem mínima da população que deve ser \nvacinada para controlar a epidemia. R0",
"para um dado , quanto maior a efetividade da \nvacina, maior a porcentagem mínima da população \nque deve ser vaciRn0ada para controlar a epidemia."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2022_18 | 18 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"mathematics"
] | null | USE O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER À
QUESTÃO.
Para conter uma certa epidemia viral, uma vacina será
aplicada a uma população. Sabe-se que:
• a efetividade de uma vacina pode ser entendida como
sendo a porcentagem dos indivíduos vacinados que
estarão imunes à doença; e
• para controlar a epidemia, a porcentagem mínima de
uma dada população a ser imunizada é dada pela
fórmula I(R0) = 100(R0 -1)/R0 , em que R0 > 1 é um
valor associado às características da epidemia.
Assume-se, ainda, que uma eventual imunização somente
é adquirida por meio da vacina.
Assuma que R0=2 Sabendo que uma dada vacina tem
80% de efetividade, em qual dos intervalos se encontra a
porcentagem minima da população que deve ser vacinada
para controlar a epidemia? | {
"text": [
"Entre 46% e 55%.",
"Entre 56% e 65%.",
"Entre 66% e 75%.",
"Entre 76% e 85%."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2022_19 | 19 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"mathematics"
] | null | Um círculo está inscrito em um quadrilátero ABCD. Seja o
ponto de tangência do lado DA com o círculo. Sabe-se que
as medidas dos lados AB,BC e CD formam, nesta ordem,
uma progressão aritmética crescente de números inteiros e
que a medida do lado DA é𝐴 3. Considerando que a medida
do segmento TA é um número inteiro, as medidas dos
lados AB,BC e CD são, respectivamente: | {
"text": [
"1,3,5.",
"2,3,4.",
"2,4,6.",
"3,4,5."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2022_20 | 20 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"mathematics"
] | null | Considere a matriz
A=[[1,k],[3,k^2]] e
e seja B= A + A^T , onde A^T é a transposta da matriz A.
Sobre o sistema
B*[[x],[y]]=[[2021],[2022]]
é correto afirmar que | {
"text": [
"se k=0, o sistema não tem solução.",
"se k = -1, o sistema tem infinitas soluções.",
"se k = -1, o sistema não tem solução.",
"se k = 3, o sistema tem infinitas soluções."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2022_22 | 22 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"mathematics"
] | null | A parábola y = -x^2 + bx + c intercepta o eixo x nos pontos (p,0) e (q,0).
Sabe-se que ela intercepta uma única vez
cada uma das retas dadas pelas equações y=2x+1 e y=1 - x/2. o valor de p + q é | {
"text": [
"2/3.",
"3/4.",
"4/3.",
"3/2."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2022_23 | 23 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"mathematics"
] | null | O polinômio p(x) = 2x^3 + ax^2 + bx + c é divisível por 2x^2 - x + 4. O valor de c + 2b - a é: | {
"text": [
"9.",
"15.",
"21.",
"25."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2022_25 | 25 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"english"
] | null | A palavra “cringe” viralizou nas redes sociais no Brasil em
2021. Observe sua definição, em português, apontada pelo
“Dicionário Informal” on-line:
Vergonha alheia;
Exemplo de uso da palavra cringe:
A cena que presenciamos ontem foi muito cringe.
É cada situação cringe que presenciamos.
Não consigo nem ver, de tão cringe.
Veja, agora, a definição da mesma palavra pelo
“Cambridge Dictionary”, também em versão on-line:
to suddenly move away from someone or
something because you are frightened
to feel very embarrassed:
• I cringed at the sight of my dad dancing.
(Disponível em: https://www.dicionarioinformal.com.br/diferenca-entre/crin
ge/inglês/; https://dictionary.cambridge.org/us/dictionary/english/cringe.
Acessado em 05/07/2021.)
Com base nessas duas definições, pode-se dizer que, em
português, a palavra “cringe” | {
"text": [
"é empregada numa classe gramatical diferente da \nempregada em inglês, apesar de os sentidos serem \nsemelhantes nas duas línguas.",
"figura no mesmo tempo verbal que figura em inglês, \napesar de assumir sentidos diferentes nas duas \nlínguas.",
"é empregada na mesma classe gramatical em que é \nempregada em inglês, apesar de assumir sentidos \ndiferentes nas duas línguas.",
"figura em um gênero textual diferente do gênero em \nque figura em inglês, apesar de os sentidos serem \nsemelhantes nas duas línguas."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2022_29 | 29 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"english"
] | null | There is no evidence that hydroxychloroquine helps
Covid-19 patients. So why is Congress still discussing it?
By Ashish Jha
Dean of the Brown University School of Public Health
Nov 24, 2020
Last week, in the United States Senate, the conversation was
all about the drug hydroxychloroquine. There has been no
evidence that hydroxychloroquine improves outcomes for
Covid-19 patients; some studies have found that it causes
more harm than good. The hearing and the theater around it
reflect the disinformation campaigns that have undermined
belief in science. Neither Ron Johnson, the Wisconsin senator
who is the chairman of the committee, nor his chosen
witnesses showed more than a passing interest in evidence.
Intuition and the personal experiences of individual doctors
were the guiding principles. Early in the pandemic, President
Trump referred to hydroxychloroquine as a “game changer”; “I
feel good about it”, he said.
That’s not how we practice medicine. We have to protect lives
through public health measures while we await widespread
vaccinations. By endorsing unfounded therapies, we risk
jeopardizing a century’s work of medical progress. Do we
really want to go back to not using the best evidence to decide
which treatments work? Do we want to let politicians prescribe
our medications? Science and evidence are the tools we use
to know what is true. They are the foundation of modern
medicine and public health.
(Adaptado de https://www.nytimes.com/2020/11/24/opinion/hydroxychloro
quine-covid.html. Acessado em 06/06/2021.)
Com base no texto, assinale a alternativa que responde à
pergunta apresentada no título do artigo. | {
"text": [
"Porque a propagação de notícias falsas confunde os \nespecialistas e fomenta discussões prejudiciais ao \navanço da medicina moderna.",
"Porque a grande mídia se sobrepõe às evidências da \nciência, o que leva a tomada de decisões para um \nâmbito político.",
"Porque faltam estudos que comprovem a ineficácia da \nhidroxicloroquina como tratamento para Covid-19, o \nque demanda novas pesquisas.",
"Porque algumas discussões no âmbito político e \nadministrativo são pautadas por aspectos subjetivos e \nnão por dados empíricos."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | D |
UNICAMP_2022_32 | 32 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"english"
] | null | A poeta e ativista palestina Rafeef Ziadah estava
participando da cobertura jornalística do massacre em
Gaza quando um jornalista não-palestino perguntou-lhe se
as coisas não seriam melhores se os palestinos parassem
de ensinar o ódio às suas crianças. Em resposta a essa
pergunta, Ziadah compôs o poema “We teach life, sir”,
transcrito a seguir:
Today, my body was a TV’d massacre
that had to fit into sound-bites and word limits.
And I perfected my English and I learned my UN resolutions.
But still, he asked me, Ms. Ziadah, don’t you think that
everything would be resolved
if you would just stop teaching so much hatred to your
children?
Pause.
I look inside of me for strength to be patient
but patience is not at the tip of my tongue as the bombs drop
over Gaza.
Today, my body was a TV’d massacre made to fit into sound-
bites and word limits
and move those that are desensitized to terrorist blood.
And these are not two equal sides: occupier and occupied.
And a hundred dead, two hundred dead, and a thousand dead.
And between that, war crime, and massacre,
I vent out words and smile “not exotic”, “not terrorist”.
No sound-bite will fix this.
We teach life, sir.
(Adaptado de https://blissonature.wordpress.com/2011/11/17/rafeef-ziadah-
we-teach-life-sir-text-transcription-lyrics-words-of-poem/. Acessado em 01/
07/2021.)
A partir da leitura do texto, depreende-se que | {
"text": [
"a violência contra palestinos chega ao mundo reduzida \na pequenas frases e a um certo limite de palavras.",
"os bombardeamentos em Gaza são motivados por \nimagens estereotipadas da população na televisão.",
"o ensino dos conflitos históricos em Gaza é baseado \nem sentimentos como o ódio e a insensibilidade.",
"o aprendizado de inglês e das resoluções da ONU está \nassociado ao fim da violência na Palestina."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2022_37 | 37 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"chemistry"
] | null | USE O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER À
QUESTÃO.
Resíduos de papel contribuem para que o clima mude mais
do que a maioria das pessoas pensam. A Blue Planet Ink
anunciou que sua tinta de impressora autoapagável Paper
Saver® agora está disponível em cartuchos
remanufaturados para uso em impressoras de uma
determinada marca. A tinta autoapagável (economizadora
de papel) é uma tinta roxa de base aquosa, que pode ser
impressa em papel sulfite normal. Um cartucho rende a
impressão de até 4000 folhas. Com a exposição ao ar, ao
absorver dióxido de carbono e vapor de água, o
componente ativo (corante) da tinta perde sua cor, a
impressão torna-se não visível e o papel fica branco,
tornando possível sua reutilização.
A "pegada de carbono" isto é, a quantidade de carbono
gerada na produção, transporte e descarte – de 120 folhas
de papel é a mesma de um carro a gasolina que se move
por 16 km. O Regulamento sobre Automóveis de
Passageiros da Comissão Europeia estabeleceu como
meta que as emissões dos veículos leves não poderão
ultrapassar 95 g CO2/km a partir de 2020. Levando em
conta a combustão completa da gasolina (considere a
gasolina como sendo constituída unicamente por C8H18) e nas informações do texto de referência, o uso de um
cartucho da tinta Paper Saver®, nas condições
estabelecidas pela Comissão Europeia,considerando Massas molares em g.mol^-1: H = 1, C = 12, O = 16, permitiria reduzir a
emissão de aproximadamente: | {
"text": [
"1,5 kg de CO2 , que é uma massa maior do que a massa de gasolina que foi queimada.",
"50 kg de CO2 , que é uma massa menor do que a massa de gasolina que foi queimada.",
"1,5 kg de CO2 , que é uma massa menor do que a massa de gasolina que foi queimada.",
"50 kg de CO2 , que é uma massa maior do que a massa de gasolina que foi queimada."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | D |
UNICAMP_2022_38 | 38 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"chemistry"
] | null | O crescente interesse em combustíveis renováveis,
derivados tanto da cana de açúcar quanto da cana de
energia, tem impulsionado estudos no sentido de permitir o
maior aproveitamento desses dois tipos de cana na
produção de bioetanol de primeira e segunda geração,
sendo este último um biocombustível produzido a partir de
fibras presentes na cana. Em um simpósio brasileiro sobre
bioetanol e biorrefino, realizado em 2017, foram
apresentados dados relativos à produção de bioetanol a
partir de cana de açúcar e cana de energia. Um pequeno
extrato desses dados encontra-se na tabela a seguir.
Característica - Cana de açúcar - Cana de energia
Teor de fibra (%) - 14 - 25
Massa de fibra (t/ha) - 11 - 45
Teor de açúcar (%) - 14 - 8
Massa de açúcar (t/ha) - 11 - 14
Comparando-se os dados, pode-se concluir que a
vantagem da cana de energia em relação à cana de açúcar
reside em uma maior produção de bioetanol de | {
"text": [
"primeira e de segunda geração; o aumento maior se dá \nna produção de bioetanol de segunda geração, tendo \ncomo base a produtividade por hectare.",
"segunda geração, produção essa que compensa a \ndiminuição na produção de bioetanol de primeira \ngeração, tendo como base a produtividade por hectare.",
"primeira geração, produção essa que compensa a \ndiminuição na produção de bioetanol de segunda \ngeração, tendo como base os teores indicados.",
"primeira e de segunda geração; o aumento maior se dá \nna produção de bioetanol de primeira geração, tendo \ncomo base os teores indicados."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2022_43 | 43 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"geography"
] | null | Na economia do Chile, entre outros aspectos, destacam-se
as indústrias vitivinícola, agrícola, pesqueira e mineira.
Houve um ciclo muito forte de exportação de matérias-
primas que produziu um grande crescimento econômico,
no chamado “milagre chileno”, a partir dos anos 1980.
Segundo o Banco Mundial, o paradoxo foi o aumento brutal
da desigualdade. As consequências surgiram em 2019,
com protestos sociais que culminaram com uma
Assembleia Constituinte para rever a Constituição vigente,
ainda um resquício do período da ditadura.
(Adaptado de https://brasil.elpais.com/internacional/2021-07-04/chile-inicia-
um-novo-ciclo-e-comeca-a-redigir-a-constituicao-que-substituira-a-de-pino
chet.html. Acessado em 03/07/2021.)
Sobre a formação socioespacial chilena, é correto afirmar
que | {
"text": [
"pratica a vitivinicultura na Patagônia, extrai bauxita no \nAtacama, conta com uma economia bastante centrada \nno Estado e as privatizações foram generalizadas.",
"extrai cobre da Patagônia, pratica a salmonicultura no \nAtacama, conta com uma economia bastante centrada \nno mercado e as privatizações só atingiram o setor do \npetróleo.",
"pratica a carcinicultura na Patagônia, extrai ouro do \nAtacama, conta com uma economia centrada nas \nempresas estatais e as privatizações foram \ninexistentes.",
"extrai cobre do Atacama, pratica a salmonicultura na \nPatagônia, conta com uma economia bastante \ncentrada no mercado e as privatizações foram \ngeneralizadas."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | D |
UNICAMP_2022_46 | 46 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"geography",
"history"
] | null | Os quilombos, espaços da resistência e da insurgência
negra desde a sua origem, foram criados como estratégia
de enfrentamento ao sistema escravocrata. Nos processos
de resistência e sobrevivência dos quilombos que chegam
aos dias atuais, as relações culturais, as identidades e os
conflitos têm como elemento central os territórios,
tensionados por interesses ilegítimos e inconstitucionais de
terceiros em disputa pela propriedade da terra. Pouco se
divulga que existem, atualmente no território brasileiro,
aproximadamente 3.500 comunidades quilombolas que
guardam um sentimento de pertença a um grupo e a um
lugar. Estão distribuídas por todas as regiões do país, com
destaque para os estados do Pará, Maranhão, Bahia,
Minas Gerais, Pernambuco e Rio Grande do Sul.
(Adaptado de Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades
Negras Rurais Quilombolas [CONAQ]; TERRA DE DIREITOS, Racismo e
violência contra quilombos no Brasil. Disponível em
https://cdhpf.org.br/cat_galeria/publicacoes/estudos/racismo-e-violencia-
contra quilombos-no-brasil/. Acessado em 03/07/2021.)
Sobre a demarcação e titulação das terras quilombolas no
Brasil, é correto afirmar que teve início com a | {
"text": [
"lei de Terras de 1850; avançou na segunda metade do \nséculo XIX, especialmente após a abolição da \nescravatura e a institucionalização dos territórios \nquilombolas rurais.",
"Constituição de 1988; ainda está em curso o processo \nde demarcação e poucos territórios quilombolas (rurais \ne urbanos) receberam a titulação da propriedade até o \nmomento.",
"lei de Terras de 1850; na ocasião, foram demarcados \nos territórios rurais quilombolas, uma vez que não \nhavia trabalho para homens negros e mulheres negras \nnas cidades.",
"Constituição de 1988; na década passada, por meio de \npolíticas públicas, foi finalizada a demarcação e a \ntitulação dos territórios quilombolas rurais, ficando \npendente a titulação dos quilombos urbanos."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2022_48 | 48 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"geography",
"history"
] | null | Pouco a pouco a noção de “governança” toma o lugar da
categoria “soberania”, tornada antiquada e desvalorizada
segundo os princípios da disciplina neoliberal da
globalização econômica. Para os defensores da
governança, um Estado não deve mais ser julgado por sua
capacidade de assegurar soberania sobre um território,
mas pelo respeito às injunções de organismos
internacionais que representam grandes interesses
comerciais e financeiros globais.
(Adaptado de Pierre Dardot e Christian Laval, A nova razão do mundo:
ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo, 2016, p. 276.)
Sobre os conceitos de “governança” e “soberania”,
podemos afirmar que | {
"text": [
"são sinônimos, pois fazem referência à melhor forma \nde ajustar a condução das empresas e dos Estados ao \ncontrole democrático das populações.",
"as legislações indiretas que beneficiam determinados \ninteresses em detrimento do interesse público são \ndeclinantes, daí a menor importância das privatizações \nhoje.",
"os dois termos são contraditórios, na medida em que \nrepresentam interesses opostos: de um lado os \ninteresses públicos nacionais; de outro, as exigências \nda globalização.",
"implicam cogovernanças privado-públicas das políticas \neconômicas, levando à produção de medidas e \ndispositivos favoráveis às soberanias nacionais."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2022_50 | 50 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"history"
] | null | Na Antiguidade Clássica, os gregos sabiam que a terra era
redonda. Supunha-se, porém, que, se existisse gente do
outro lado do globo, elas viveriam de pernas para o ar, uma
vez que, nessa época, não havia ainda notícia da força da
gravidade. Sobre a percepção da Terra e a ciência nos
Descobrimentos, há um público que pensa na modernidade
científica como algo do século XVII, esquecendo que uma
nova mentalidade empírica com implicações tecnológicas
motivou os Descobrimentos portugueses. O norte-
americano Washington Irving e o francês Antoine-Jean
Letronne, em finais do século XIX e princípios do XX,
difundiram o mito da "terra plana”, o que logo ganhou
adeptos. De acordo com os autores desse mito, Colombo
teria proposto a D. João II sua teoria supostamente
revolucionária da esfericidade da terra. O rei teria reunido
seus especialistas, que rejeitaram a proposta porque
achavam que a terra era plana. A viagem de Colombo com
a descoberta das Américas, todavia, confirmaria a
redondeza da Terra. O mito, porém, prevaleceu. No
entanto, a realidade é deveras fascinante.
(Adaptado de Onésimo Teotónio Almeida, A ciência no Portugal da
Expansão. Ideias. jornaldeletras. pt. 26 de setembro a 9 de outubro de
2018, p. 31-32.)
Baseado no enunciado acima, é correto afirmar: | {
"text": [
"O mito da terra plana, disseminado em finais do século \nXIX, foi usado para interpretar os Descobrimentos \nportugueses, e até hoje cativa um público. Ainda \nassim, desde a Antiguidade, já se sabia que a Terra é \nredonda.",
"Os Descobrimentos portugueses subordinam-se à \nnoção de Revolução Científica do século XVII, \nresultando em uma inovação tecnológica associada a \numa mentalidade racionalista singular.",
"O texto propõe compreender os Descobrimentos \nportugueses como impulsionados por uma nova \nmentalidade empírica com implicações tecnológicas, o \nque reafirma a noção da Terra plana.",
"No domínio da modernidade científica, os \nDescobrimentos portugueses vão além do mito de \nColombo e da Terra plana. Seus conhecimentos, \nporém, desembocaram em resultados de pouco \nsignificado histórico."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2022_51 | 51 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"history"
] | null | A rainha Nzinga (1624-1663), governante seiscentista do
Ndongo, um reino da África Central situado na atual
Angola, chegou ao poder graças à sua competência militar,
à diplomacia bem sucedida, à manipulação da religião e de
conflitos entre potências europeias. Ela criou as condições
para a primeira sublevação popular mbundu contra a
exploração portuguesa ao atrair para sua causa os chefes
que estavam sob influência europeia. Depois conquistou o
reino vizinho de Matamba e o governou por três décadas
junto com o que restou do poderoso reino Ndongo;
desafiou treze governadores portugueses que regeram
Angola entre 1622 e 1633. Apesar de seus feitos e o longo
reinado, comparável ao de Elizabeth I (1503—1603) da
Inglaterra, ela foi desacreditada pelos contemporâneos
europeus e por autores posteriores.
(Adaptado de Linda Heywood, Nzinga de Angola: a rainha guerreira de
África. Lisboa: Casa das Letras, 2017. p. 10-12; 82.)
Com base no excerto e em seus conhecimentos, é correto
afirmar que a rainha Nzinga: | {
"text": [
"Utilizou, como estratégias políticas para conter o \navanço português em seus territórios, a formação de \nalianças com reinos vizinhos (como Congo), a \nexploração dos conflitos entre Portugal e Holanda e a \ninterferência nas redes do tráfico.",
"Expulsou os portugueses de Angola e reconstruiu o \nreino do Ndongo em sua extensão original através da \npolítica de distribuição de terras aos sobas que \naceitaram a sua legitimidade no trono.",
"Aboliu o tráfico atlântico de escravizados, apesar da \noposição de missionários e comerciantes portugueses \nque viviam em Luanda, e perseguiu os sobas \nenvolvidos com o comércio.",
"Enfrentou um mundo onde o imaginário monárquico e \no ideário político eram hegemonicamente masculinos \ne, assim como a Rainha Elizabeth I, não teve sucesso \npolítico e militar."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2022_52 | 52 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"geography",
"history"
] | null | A sociedade é uma benção, mas o governo, mesmo em
seu melhor estado, é apenas um mal necessário. No seu
pior estado, é um mal intolerável, pois quando sofremos ou
ficamos expostos, por causa de um governo, às mesmas
desgraças que poderíamos esperar em um país sem
governo, nossa calamidade pesa ainda mais ao
considerarmos que somos nós que fornecemos os meios
pelos quais sofremos. Há algo de muito ridículo na
composição da monarquia; primeiro ela exclui um homem
dos meios de informação, mas lhe permite agir em casos
que requerem capacidade superior de julgamento. A
posição de um rei o aparta do mundo; no entanto, a
atividade de um rei exige que ele conheça perfeitamente o
mundo. Com isso, as diferentes partes, opondo-se de
forma antinatural e destruindo uma à outra, provam que
essa figura é absurda e inútil.
(Adaptado de Thomas Paine, Senso comum e os direitos do homem.
L&PM Pocket. Edição do Kindle - posição 32 a 138.)
O trecho acima foi retirado do panfleto O Senso comum e
Os direitos do homem, publicado de forma anônima, em
1776. Com autoria assumida por Thomas Paine, a obra
causou grande reação pública. A partir do texto e das
informações fornecidas, é correto dizer que o autor | {
"text": [
"apresenta a Monarquia como um mal necessário e a \nfigura do rei absolutista como absurda e inútil, contudo \ninquestionável. Paine tornou-se o principal nome \ncontrário à Revolução Americana.",
"estabelece uma relação direta entre a sociedade e o \ngoverno, abrindo espaço para debates acerca do mau \ngoverno. O panfleto escrito por Paine tornou-se uma \nbase teórica para a Revolução Americana.",
"demonstra como regimes autoritários favorecem os \nmeios de informação, para que os homens exerçam \nsuas capacidades de julgamento. Paine usou jornais \npara combater a Revolução Americana.",
"considera que sociedades com e sem governos têm os \nmesmos benefícios, desenvolvendo-se de formas \nsemelhantes. Paine desencorajou o engajamento dos \ncolonos ingleses na Revolução Americana."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2022_53 | 53 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"history"
] | null | Não parece ser obra do acaso a preservação da unidade
territorial do Império do Brasil, quando comparada à
fragmentação política experimentada pelos antigos vice-
reinos hispano-americanos, entre 1810 e 1825. Em Lisboa,
no âmbito da Sociedade Real Marítima e Militar (1798-
1807), foram preparadas memórias históricas, corográficas
e roteiros hidrográficos redigidos pelos engenheiros
militares e navais. Esta documentação serviu à diplomacia
do Império brasileiro nos tribunais internacionais; mas
também, muniu, internamente, a organização das
expedições de conquista territorial, levadas ao cabo pelas
elites regionais antes e após a Independência.
(Adaptado de Iris Kantor, Mapas em trânsito: projeções cartográficas e
processo de emancipação política do Brasil (1779-1822). Araucaria. Ver.
Iberoamericana de Filos., Polít. y Humanidades. 2010, 12, n. 24. p. 110.)
Considerando o excerto acima e seus estudos, pode-se
afirmar que | {
"text": [
"o processo de fragmentação política da América \nhispânica durante o período da independência foi \nsimilar ao processo histórico da independência no \nBrasil.",
"na Sociedade Real Marítima e Militar, os estudos dos \nengenheiros militares e navais eram documentos \npúblicos amplamente divulgados em livros didáticos da \népoca.",
"a documentação da Sociedade Real Marítima e Militar \nfoi usada, no Brasil, na fundação do Estado e no \nreconhecimento territorial da nação.",
"as elites regionais, formadas em Direito, atuaram na \nformação do território brasileiro, pouco dialogando com \nos estudos de engenharia militar."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2022_54 | 54 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"history"
] | null | No início da década de 1920, o Brasil se preparou para
celebrar os cem anos de sua independência na Exposição
Internacional do Centenário da Independência do Brasil,
um de seus momentos simbólicos mais significativos.
Ocorrido na cidade do Rio de Janeiro, entre 7 de setembro
de 1922 e 2 de julho de 1923, o evento mobilizou grandes
recursos financeiros e foi responsável pela reordenação do
espaço urbano. O Estado, por meio da comissão
organizadora do evento, incentivou pela primeira vez a
realização de documentários fílmicos.
(Adaptado de Eduardo Morettin, Um apóstolo do modernismo na
Exposição Internacional do Centenário: Armando Pamplona e a
Independência. Film. Significação, 2012, n. 37, p. 77.)
A partir do texto, assinale a alternativa correta sobre o
evento do centenário da independência. | {
"text": [
"Este evento apostou no cinema e na exposição para \nexibir de modo tradicional, aos brasileiros, um país \nibérico, associado às navegações modernas.",
"Esta política de celebração de centenários datava do \nséculo XIX, envolvendo esporadicamente os serviços \ndiplomáticos do ocidente.",
"A política de associar o cinema à exposição do \ncentenário da independência evidencia uma vontade \ndo Estado em propagandear um país moderno.",
"O cinema e a exposição eram veículos de propaganda \npolítica, continuando um projeto de tornar o Rio de \nJaneiro o cartão postal da monarquia brasileira."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2022_55 | 55 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"history"
] | null | É uma tarefa difícil realizar um diagnóstico do tempo
presente. Definir o presente como “época”? Os marcos
canônicos (geralmente de natureza política) variam,
sabidamente, ao gosto das experiências nacionais. Na
França, na península Ibérica e no Brasil, o marco que
define o início da história contemporânea é a Revolução
Francesa. Na Alemanha e na Inglaterra, o historiador que
se dedica à história contemporânea trabalha
preferencialmente com eventos posteriores à II Guerra
Mundial. Contemporânea, na Rússia, é a história posterior
a 1918. Na Itália, por sua vez, trata-se do período que
advém após o Congresso de Viena (1814-1815).
(Adaptado de Helena Miranda Mollo, Sergio da Mata, Mateus Henrique de
Faria Pereira e Flávia Varella, Tempo presente & usos do passado. Rio de
Janeiro: Editora FGV, 2012. Posição Kindle: 107-111.)
A partir da leitura do texto, é correto afirmar que | {
"text": [
"o recorte temporal de História Contemporânea é \nnatural e consensual entre as civilizações ocidentais e \nresume o que podemos definir como História do \nTempo Presente.",
"experiências traumáticas marcadas, por exemplo, \npelas duas grandes guerras mundiais, definem nossa \nexperiência de tempo presente e delimitam o início da \nHistória Contemporânea.",
"as balizas cronológicas da História que definem as \nperiodizações usadas pelas grandes narrativas \nhistóricas e livros escolares são de natureza política, \nvariando de acordo com as experiências nacionais.",
"os riscos de se construir narrativas múltiplas sobre a \nhistória do tempo presente tornam urgente uma \nrevisão histórica que estabeleça balizas cronológicas \nuniversais na linearidade do tempo histórico."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2022_56 | 56 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"history"
] | null | No Brasil, um exemplo de história que precisa ser narrada
é a dos movimentos em defesa dos direitos que hoje
reconhecemos como movimentos LGBTQIA+. Tais
movimentos eclodiram como um ato de resistência em
plena ditadura civil-militar, marcada pela repressão e por
ideais conservadores. Naquele contexto, a busca por
visibilidade passou a ser compreendida como um dos
elementos fundamentais para a conquista da cidadania.
Entre outras coisas, os ativistas defendiam que os direitos
políticos, sociais e civis tornam-se socialmente legítimos
para os cidadãos quando envolvem o direito aos meios de
comunicação e à livre expressão.
(Baseado em Vinicius Ferreira e Igor Sacramento, Editorial: Movimento
LGBT no Brasil: violências, memórias e lutas. Reciis – Rev Eletron Comun
Inf Inov Saúde. 2019 abr.-jun.13(2): p. 234-239.)
A partir da leitura do texto, assinale a alternativa correta
acerca da historicidade dos movimentos políticos
identitários e suas estratégias políticas de ação. | {
"text": [
"Esses movimentos eclodiram na segunda metade do \nséculo XX, foram perseguidos e silenciados pela \nditadura militar e retornaram à cena pública após a \ninstauração de um regime democrático.",
"Por sua capacidade de obter alcance social, desde a \ndécada de 1970, as mídias são ferramentas para a \nconstrução de uma cidadania plena, sendo a busca por \nvisibilidade, portanto, uma das estratégias de ação do \nmovimento LGBTQIA+.",
"O Brasil do século XX construiu-se como uma \ndemocracia racial, o que garantiu aos movimentos \npolíticos e identitários nacionais o acesso aos direitos \ncivis, políticos e sociais, esvaziando as agendas dos \nmilitantes LGBTQIA+.",
"Na atualidade, a onda de crimes de homofobia e \ntransfobia estimulam o movimento LGBTQIA+ a rever \na pauta da visibilidade dos sujeitos, tornando a \nmilitância mais discreta e voltada para o espaço \nprivado da ação dos indivíduos."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2022_57 | 57 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"physics"
] | null | Sempre que necessário aproxime π = 3.
USE O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER À
QUESTÃO
Em 2018, a NASA lançou a sonda Solar Parker com o
objetivo de estudar o Sol. Para isso, ao longo de suas
órbitas, a sonda se aproximará gradativamente da estrela,
coletando dados a cada passagem. Em abril de 2021, a
Solar Parker fez sua oitava aproximação, atingindo dois
novos recordes de artefatos realizados pelo homem: maior
velocidade e máxima aproximação do Sol.
Uma sonda viaja a uma velocidade de módulo constante
igual a v = 5x10^5km/h (aproximadamente a velocidade
atingida pela sonda em abril de 2021), tangenciando a
superfície da Terra ao longo da Linha do Equador. Em uma
hora, aproximadamente quantas voltas a sonda dá em
torno da Terra?
Dado: Raio da Terra R = 6,0x10^3km. | {
"text": [
"83",
"30",
"14",
"0"
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2022_58 | 58 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"physics"
] | null | Sempre que necessário aproxime π = 3.
USE O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER À
QUESTÃO
Em 2018, a NASA lançou a sonda Solar Parker com o
objetivo de estudar o Sol. Para isso, ao longo de suas
órbitas, a sonda se aproximará gradativamente da estrela,
coletando dados a cada passagem. Em abril de 2021, a
Solar Parker fez sua oitava aproximação, atingindo dois
novos recordes de artefatos realizados pelo homem: maior
velocidade e máxima aproximação do Sol.
A força gravitacional exercida pelo Sol sobre a sonda Solar
Parker tem módulo dado por F =GMm/r^2, sendo
Sol
G 6,7x10^(-11)N⋅m^2/kg^2 a constante gravitacional
universal, M = 2,0x10^30 kg a massa do Sol, m a massa
da sonda, e r a distância entre a sonda e o centro do Sol.
Sendo r =1,0x10^7 km (aproximadamente a distância
atingida pela sonda em abril de 2021), qual é o módulo da
aceleração gravitacional do Sol na referida posição? | {
"text": [
"6,7x10^-29 m/s^2.",
"1,34 m/s^2.",
"9,8 m/s^2.",
"2,0x10^10 m/s^2."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2022_59 | 59 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"physics"
] | null | USE O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER À QUESTÃO
Em abril de 2021 faleceu o astronauta norte-americano
Michael Collins, integrante da missão Apolo 11, que levou
o primeiro homem à Lua. Enquanto os dois outros
astronautas da missão, Neil Armstrong e Buzz Aldrin,
desceram até a superfície lunar, Collins permaneceu em
órbita lunar pilotando o Módulo de Comando Columbia.
A órbita do Columbia era aproximadamente circular, e o
módulo da aceleração gravitacional na órbita era
g_orb =1,4m/s^2. A força resultante centrípeta é desempenhada pela força gravitacional exercida pela Lua,
ou seja, F_cp = m_columbia g_orb . Sendo o módulo da velocidade do Columbia v =1600m/s,qual foi aproximadamente o
período T da órbita? | {
"text": [
"T = 20 min.",
"T = 2,0 h.",
"T = 3,0 h.",
"T = 4,0 h."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2022_60 | 60 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"physics"
] | null | USE O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER À QUESTÃO
Em abril de 2021 faleceu o astronauta norte-americano
Michael Collins, integrante da missão Apolo 11, que levou
o primeiro homem à Lua. Enquanto os dois outros
astronautas da missão, Neil Armstrong e Buzz Aldrin,
desceram até a superfície lunar, Collins permaneceu em
órbita lunar pilotando o Módulo de Comando Columbia.
A viagem desde o Columbia até a superfície da Lua foi
realizada no Módulo Lunar Eagle, formado por dois
estágios: um usado na descida e outro, na subida. A
massa seca do estágio de subida, ou seja, sem contar a
massa do combustível (quase totalmente consumido na
viagem de volta), era m = 2500 kg. Considere que o
módulo da aceleração gravitacional seja aproximadamente
constante e dado por g = g_orb =1,4 m/s^2 desde a
superfície lunar até a órbita do Columbia, que se situava a
uma altitude h =110 km. Qual é a variação da energia
potencial gravitacional do estágio de subida (massa seca
que reencontra o Columbia) na viagem de volta? | {
"text": [
"3,85x10^5 J.",
"2,75x10^8 J.",
"3,85x10^8 J.",
"2,75x10^9 J."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2022_65 | 65 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"biology"
] | null | O Programa Mundial de Alimentos da Organização das
Nações Unidas (PMA-ONU) foi agraciado com o prêmio
Nobel da Paz em 2020. No Brasil, um dos maiores
produtores de alimentos do mundo, quatro em cada 10
famílias não tiveram acesso diário, regular, e permanente à
quantidade suficiente de comida em 2017 e 2018. A fome é
declarada quando a desnutrição é generalizada e quando
as pessoas começam a morrer por falta de alimentos
nutritivos e suficientes. A diversidade dos alimentos
ingeridos garante nutrientes para o desempenho ideal das
funções do organismo.
(Fonte: UNITED NATIONS [UN]. World Food Program. What is famine?
Disponível em https://www.wfp.org/stories/what-is-famine. Acessado em
08/06/ 2021.)
Assinale a alternativa correta sobre os nutrientes e sua
importância para a saúde humana. | {
"text": [
"A hidrólise dos carboidratos essenciais fornece \naminoácidos para a formação das proteínas, as quais \ntêm função construtora de diferentes tecidos.",
"Os lipídios contêm desoxirriboses e ácidos graxos, \nconstituem as membranas plasmáticas e participam da \nsíntese de colesterol no organismo.",
"Os sais minerais são substâncias inorgânicas \nessenciais para diversas funções do organismo, como \na síntese de glicogênio, de proteínas e de vitaminas.",
"As vitaminas atuam como antioxidantes e são \nsubstâncias energéticas cuja composição fornece ao \norganismo glicídios utilizados na respiração celular."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2022_67 | 67 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"biology"
] | null | "Eu estava tão fraca, meu corpo estava tão debilitado, que
pensava: só quero terminar a obra antes de morrer”,
relatou a artista plástica Gillian Genser durante a
confecção da escultura que representaria Adão. Nessa
obra, a artista utilizou conchas de mexilhão azul, que vive
nas águas da costa Atlântica do Canadá. Mas durante a
criação da obra, a artista apresentou sintomas de
demência severa, dores que a imobilizavam, problemas de
fala, desorientação espacial, perda de memória. Foi
diagnosticada com envenenamento por arsênico e por
chumbo, apesar de dizer aos especialistas que não
trabalhava com materiais tóxicos, apenas naturais.
(Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-46908197. Acessado em
11/06/2021.)
Considerando o relato da reportagem e seus
conhecimentos, assinale a alternativa correta sobre os
mexilhões. | {
"text": [
"São moluscos bivalves - considerados predadores \nativos das cadeias tróficas -, capazes de metabolizar e \nexcretar elevadas taxas de arsênico e chumbo.",
"São moluscos bivalves - considerados bentônicos \nfiltradores - tolerantes à poluição e capazes de \nbioacumular elevadas taxas de arsênico e chumbo.",
"São crustáceos - considerados predadores ativos das \ncadeias tróficas -, capazes de metabolizar e excretar \nelevadas taxas de arsênico e chumbo.",
"São crustáceos - considerados bentônicos filtradores - \ntolerantes à poluição e capazes de bioacumular \nelevadas taxas de arsênico e chumbo."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2022_68 | 68 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"geography"
] | null | A estiagem prolongada no Pantanal, devido às fracas
temporadas de chuvas em 2019 e 2020, criou condições
para a manutenção e propagação do fogo, e para o menor
nível de inundação do Pantanal dos últimos 50 anos.
(Adaptado de Marcos Pivetta, Pesquisa Fapesp, São Paulo, v. 297, nov.
2020, p. 31-35.)
Considerando as informações fornecidas e seu
conhecimento sobre os biomas, é correto afirmar que | {
"text": [
"a pluviosidade sobre os rios da bacia do rio Paraguai é \ndeterminante para as inundações do Pantanal, um \nbioma com misto de vegetações de floresta, cerrado e \ncampo. A produtividade primária do bioma, devido à \nconversão de luz solar em energia e biomassa, dá \nsuporte para os demais níveis tróficos.",
"a pluviosidade sobre os rios da bacia do rio Cuiabá é \ndeterminante para as inundações do Pantanal, um \nbioma com misto de vegetações de floresta, cerrado e \ncaatinga. A produtividade primária do bioma, devido à \nconversão de luz solar em energia e matéria orgânica, \ndá suporte aos animais endêmicos.",
"as chuvas sobre os rios da bacia do rio Paraguai são \nimportantes para o ciclo de alagamento do Pantanal, \num bioma com misto de vegetações de floresta, \ncerrado e caatinga. A produtividade secundária do \nbioma, com a conversão de luz solar em energia e \nbiomassa, dá suporte para os demais níveis tróficos.",
"as chuvas sobre os rios da bacia do rio Cuiabá são \nimportantes para o ciclo de alagamento do Pantanal, \num bioma com misto de vegetações de floresta, \ncerrado e campo. A produtividade secundária do \nbioma, com a conversão de luz solar em energia e \nmatéria orgânica, dá suporte aos animais endêmicos."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2022_71 | 71 | UNICAMP_2022 | 2022 | UNICAMP | [
"biology"
] | null | Vacinar-se é um ato necessário para proteção individual e
coletiva. Até o momento, quatro vacinas contra o novo
coronavírus (SARS-CoV-2) receberam autorização da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso
no Brasil e podem apresentar biotecnologia distinta para
promover a resposta imune do organismo.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a
relação entre o princípio tecnológico da vacina e a resposta
imune induzida no organismo vacinado. | {
"text": [
"O DNA sintético induz a produção da proteína spike do \nSARS-CoV-2, o que estimula a produção de antígenos \npelo sistema imune.",
"O adenovírus, como um vetor viral replicante, carrega \no gene da proteína spike do SARS-CoV-2 e induz a \nprodução de anticorpos pelo sistema imune.",
"A partícula viral ativa do SARS-CoV-2 possui no \ncapsídeo a proteína spike, que induz a produção de \nantígenos pelo sistema imune.",
"O RNAm sintético fornece instruções ao organismo \npara a produção da proteína spike do SARS-CoV-2, o \nque estimula a produção de anticorpos pelo sistema \nimune."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | D |
UNICAMP_2023_2 | 2 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | Papo Preto: Vamos falar sobre transfeminismo?
Neste episódio do podcast Papo Preto, o apresentador Yago Ro-
drigues e a cinegrafista Débora Oliveira recebem Jarda Maria,
que se tornou símbolo da luta pelos direitos das transexuais em
Recife após ingressar na Universidade Federal de Pernambuco.
Ela fala sobre os desafios de ocupar e se manter no ambiente
acadêmico e da importância de compreender o que é o trans-
feminismo.
Jarda explica que o conceito de transfeminismo ou feminismo
trans surge nos EUA quando foi percebido que as pautas dis-
cutidas no feminismo não abarcavam a situação das mulheres
trans e travestis. Ela diz que há muita cobrança em cima da
comunidade de transexuais e travestis sobre os motivos e as
causas da violência que sofrem todos os dias, mas as respostas
devem partir da sociedade, que deve praticar a não violência e
dar exemplos.
“Nós já estamos preocupadas em pensar esses meios de sobre-
vivência, que as pessoas que movimentam a transfobia pensem
os movimentos de enfrentamento. A transfobia e a travestifobia
são problemáticas cisgêneras e não nossa. Nós somos vítimas
desse processo”, afirma Jarda.
(PAPO PRETO 69: Vamos falar sobre transfeminismo? [Locução de] Yago Rodrigues.
S. I. Ecoa Produções, 09/03/2020. Podcast. Disponível em https://uol.com.br/ecoa/vi-
deos/2022/03/09/papo-preto-69-vamos-falar-sobre-transfeminism0.htm. Acesso em
20/10/2022.)
Sobre as ocorrências do item trans no texto, podemos afirmar
que | {
"text": [
"introduzem termos como transfeminismo e transfobia, que \nservem para conceituar tipos de violência contra mulheres \ntrans.",
"o seu emprego em transfeminismo indica que a pauta fe-\nminista já se estende às mulheres trans, mas ainda exclui as \ntravestis.",
"é empregado como antônimo do prefixo cis- para indicar \nque a transfobia e a travestifobia devem preocupar apenas \nas pessoas cisgêneras.",
"remete a transexuais e travestis no termo feminismo trans, \nque é sinônimo de transfeminismo e abrange grupos não \nincluídos na pauta feminista."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | D |
UNICAMP_2023_3 | 3 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | Leia o texto a seguir para responder à questão.
Quebrando o silêncio dos hospícios
Stella do Patrocínio, apesar de ser reconhecida postumamente
como poeta, nunca se definiu assim e não escreveu nenhuma
das linhas que estão no livro Reino dos bichos e dos animais é o
meu nome, pelo qual ficou conhecida. A potência de suas pa-
lavras se encontra no seu falatório (como chamava suas falas),
que foi preservado em fitas de áudio pela artista plástica Carla
Guagliardi. As conversas entre as duas foram gravadas durante
oficinas de arte para pacientes psiquiátricos, entre 1986 e 1988,
e o livro, publicado muitos anos depois da morte de Patrocínio,
é um recorte de frases dela, transcritas desses diálogos.
As falas de Patrocínio são de uma mulher negra e pobre que foi
levada à força pela polícia e internada, no Centro Pedro 2º e de-
pois na Colônia Juliano Moreira, no Rio de Janeiro, onde ficou
por trinta anos; quando morreu, foi enterrada como indigente.
A história de Patrocínio é a história de milhares de vítimas que
foram encarceradas nos hospícios brasileiros por serem conside-
radas “desajustadas”. Em sua maioria negras. Ali, elas sofreram
abusos, violências e torturas, além de serem abandonadas pelo
Estado.
(Adaptado de: Quebrando o silêncio dos hospícios. Quatro cinco um, 05/2022, p. 27.)
Examinando a relação do título com o corpo do excerto da re-
portagem de revista, o que representa a quebra do “silêncio
dos hospícios”? | {
"text": [
"A morte esquecida de Stella do Patrocínio em uma institui-\nção para reclusão de pessoas com transtornos mentais (ou \nassim consideradas).",
"As oficinas de arte que permitiram a Stella do Patrocínio \ntornar pública a sua voz e as histórias de mulheres encarce-\nradas em instituições manicomiais.",
"O livro de Stella do Patrocínio que narra as histórias de mu-\nlheres vítimas de violência manicomial, abandonadas pelo \nEstado.",
"As falas gravadas de Stella do Patrocínio que expressam \ntanto o seu percurso individual quanto a história de outras \nmulheres."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | D |
UNICAMP_2023_4 | 4 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | Leia o texto a seguir para responder à questão.
Quebrando o silêncio dos hospícios
Stella do Patrocínio, apesar de ser reconhecida postumamente
como poeta, nunca se definiu assim e não escreveu nenhuma
das linhas que estão no livro Reino dos bichos e dos animais é o
meu nome, pelo qual ficou conhecida. A potência de suas pa-
lavras se encontra no seu falatório (como chamava suas falas),
que foi preservado em fitas de áudio pela artista plástica Carla
Guagliardi. As conversas entre as duas foram gravadas durante
oficinas de arte para pacientes psiquiátricos, entre 1986 e 1988,
e o livro, publicado muitos anos depois da morte de Patrocínio,
é um recorte de frases dela, transcritas desses diálogos.
As falas de Patrocínio são de uma mulher negra e pobre que foi
levada à força pela polícia e internada, no Centro Pedro 2º e de-
pois na Colônia Juliano Moreira, no Rio de Janeiro, onde ficou
por trinta anos; quando morreu, foi enterrada como indigente.
A história de Patrocínio é a história de milhares de vítimas que
foram encarceradas nos hospícios brasileiros por serem conside-
radas “desajustadas”. Em sua maioria negras. Ali, elas sofreram
abusos, violências e torturas, além de serem abandonadas pelo
Estado.
(Adaptado de: Quebrando o silêncio dos hospícios. Quatro cinco um, 05/2022, p. 27.)
Com base ainda no texto, “falatório” pode ser considerado
como | {
"text": [
"a modalidade declamada dos poemas de Stella do Patrocí-\nnio.",
"uma prática discursiva oral nomeada por Stella do Patrocí-\nnio.",
"a denominação, usada no manicômio, para conversas tera-\npêuticas.",
"um gênero de poesia transcrita produzida por Stella do Pa-\ntrocínio."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2023_6 | 6 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | Você provavelmente já encontrou pelas redes sociais o famige-
rado #sqn, aquele jeito telegráfico de dizer que tal coisa é mui-
to legal, “só que não”. Agora, imagine uma língua diferente
do português que tenha incorporado um conceito parecido na
própria estrutura das palavras, criando o que foi apelidado de
“sufixo frustrativo”. Bom, é assim no kotiria, um idioma da fa-
mília linguística tukano falado por indígenas do Alto Rio Negro,
na fronteira do Brasil com a Colômbia. Para exprimir a função
“frustrativa”, o kotiria usa um sufixo com a forma -ma. Você
quer dizer que foi até um lugar sem conseguir o que queria
indo até lá? Basta pegar o verbo ir, que é wa’a em kotiria, e
acrescentar o sufixo: wa’ama, “ir em vão”.
(Adaptado de: LOPES, R. J. L. A sofisticação das línguas indígenas. Superinteressante,
18/11/2021.)
O excerto, retirado de uma revista de jornalismo científico,
exemplifica um processo de formação de palavras na língua
indígena kotiria e o compara com o uso da hashtag #sqn. É
correto afirmar que essa comparação | {
"text": [
"cria uma falsa equivalência, pois os processos morfológicos \nem kotiria e em português são diferentes.",
"enfatiza a construção de efeitos de sentido parecidos por \nmeio de processos distintos em kotiria e no português de \ninternet.",
"permite compreender processos idênticos de formação de \npalavras nas línguas portuguesa e kotiria.",
"ressalta as diferenças no uso dos sufixos –ma, em kotiria, e \n#sqn, no português usado na internet."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2023_7 | 7 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | Na última crônica da série “Bons dias!”, de 29 de agosto de
1889, série na qual um tema são as questões gerais em torno
do curandeirismo, o narrador enuncia:
“Hão de fazer-me esta justiça, ainda os meus mais ferrenhos
inimigos; é que não sou curandeiro, eu não tenho parente
curandeiro, não conheço curandeiro, e nunca vi cara, foto-
grafia ou relíquia, sequer, de curandeiro. Quando adoeço,
não é de espinhela caída*, — coisa que podia aconselhar-me
a curanderia; é sempre de moléstias latinas ou gregas. Estou
na regra; pago impostos, sou jurado, não me podem arguir
a menor quebra de dever público.”
(ASSIS, Machado de. Bons dias! Campinas: Editora da UNICAMP, p. 295, 2008.)
*espinhela caída: designação popular para doenças caracteri-
zadas por dores pelo corpo (peito, costas e pernas), além de
cansaço físico.
Na “profissão de fé”, feita pelo narrador da crônica no parágra-
fo citado, percebe-se | {
"text": [
"a distinção do narrador como uma figura avessa ao curan-\ndeirismo, por crença na ciência dos filósofos e pensadores \ngregos e latinos, o que marca o tom crítico da série.",
"a caracterização do narrador como uma figura superior à \npopulação em geral, o que ecoa o tom analítico das crônicas \ndessa série.",
"a repetição exagerada da palavra “curandeiro” (e “curan-\nderia”) no trecho, como marca estilística da simplicidade \nlinguística das crônicas dessa série.",
"a personificação gerada por “quando adoeço (...) é sempre \nde moléstias latinas ou gregas”, como marca do estilo em-\npolado do narrador nessa série de crônicas."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2023_8 | 8 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | Conheço um povo sem poligamia: o povo macua. Este
povo deixou as suas raízes e apoligamou-se por influência
da religião. Islamizou-se. (...) Conheço um povo de tradi-
ção poligâmica: o meu, do sul do meu país. Inspirado
no papa, nos padres e nos santos, disse não à poligamia.
Cristianizou-se. Jurou deixar os costumes bárbaros de casar
com muitas mulheres para tornar-se monógamo ou celibatá-
rio. (...) Um dia dizem não aos costumes, sim ao cristianismo
e à lei. No momento seguinte, dizem não onde disseram sim,
ou sim onde disseram não.
(CHIZIANE, Paulina. Niketche. Uma história de poligamia. São Paulo: Companhia das
Letras, 2004, p. 92.)
Baseando-se no excerto e na leitura da obra, é correto afirmar
que | {
"text": [
"a organização familiar é fruto da vida religiosa dos povos, \ncabendo assim a monogamia aos povos cristãos e a poliga-\nmia aos povos islâmicos.",
"os costumes culturais no modo de organizar os arranjos fa-\nmiliares são colocados em xeque por novas estruturas de \npoder, as quais transmitem outros valores.",
"a monogamia aparece como evolução natural aos costumes \nsupostamente bárbaros de os homens se casarem com mui-\ntas mulheres em determinadas culturas africanas.",
"o povo macua tornou-se monogâmico depois de abraçar a \nfé cristã trazida pelo papa e padres, o que pode ser conside-\nrado um aprimoramento social."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2023_9 | 9 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"portuguese",
"history"
] | null | Texto 1
“Parece-me gente de tal inocência que, se nós os entendês-
semos e eles a nós, seriam logo cristãos porque eles não têm
nem conhecem nenhuma crença. E, portanto, se os degre-
dados que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e os
entenderem, não duvido que eles, segundo a santa intenção
de Vossa Alteza, se tornem cristãos e passem a crer em
nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga.
Porque certamente esta gente é boa e de boa simplicidade,
e imprimir-se-á ligeiramente neles qualquer cunho que lhes
quiserem dar. E, pois, Nosso Senhor, que lhes deu bons cor-
pos e bons rostos, como a bons homens, se aqui nos trouxe,
creio que não foi sem um motivo.”
(CAMINHA, Pero Vaz de. Carta de Achamento do Brasil. Campinas: Editora da UNICAMP,
2001, p. 108.)
Texto 2
“As molas do homem primitivo podem ser postas em ação
pelo exemplo, educação e benefícios (...). Newton, se hou-
vesse nascido entre os guaranis, seria mais um bípede, que
pisara sobre a superfície da Terra; mas um guarani criado por
Newton talvez ocupasse o seu lugar. Quem ler o diálogo que
traz Léry na sua viagem ao Brasil entre um francês e um ve-
lho carijó conhecerá que não falta aos índios bravos o lume
natural da razão.”
(ANDRADA E SILVA, José Bonifácio de. Projetos para o Brasil. São Paulo: Companhia das
Letras, 2000, p. 50.)
A partir dos dois textos, escritos em momentos emblemáticos
da história do Brasil (o “achamento” em 1500 e o debate de
ideias para a criação de uma constituição em 1823), seria corre-
to afirmar que os povos originários são | {
"text": [
"definidos como díspares entre si, pois Caminha os vê como \ningênuos, crédulos, enquanto Bonifácio alerta para o perigo \ndos indígenas bravos.",
"considerados uma página em branco e maleáveis, tanto no \ntexto do cronista quinhentista quanto naquele do publicista \noitocentista.",
"apontados como benignos, com a intenção de preservar os \nindígenas distantes da degradação dos costumes europeus.",
"tributários de uma imutabilidade cultural, tanto na crônica \nde Caminha quanto no discurso de José Bonifácio."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2023_10 | 10 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | Texto 1
“Desde que, naufragado, se salvara, o marinheiro vivia ali...
Como ele não tinha meio de voltar à pátria, e cada vez que
se lembrava dela sofria, pôs-se a sonhar uma pátria que nun-
ca tivesse tido: pôs-se a fazer ter sido sua uma outra pátria,
uma outra espécie de país com outras espécies de paisagens,
e outra gente, e outro feitio de passarem pelas ruas e de se
debruçarem das janelas (...)”
(PESSOA, Fernando. O Marinheiro. Campinas: Editora da UNICAMP, p. 59, 2020.)
Texto 2
“Na capacidade para amoldar-se a todos os meios, em pre-
juízo, muitas vezes de suas próprias características raciais e
culturais, revelou o português melhores aptidões de coloni-
zador do que os demais povos (...). Os portugueses precisa-
ram anular-se durante o longo tempo para afinal vencerem.
Como o grão de trigo dos Evangelhos, o qual há de primei-
ramente morrer para depois crescer e dar muitos frutos.”
(HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, p.
224, 2016.)
Levando em conta os textos 1 e 2, assinale a alternativa correta. | {
"text": [
"O marinheiro e o colonizador português são capazes de criar \nvalores e paisagens, reinventando-se, a ponto de forjarem \noutra realidade e outra memória do passado.",
"O marinheiro e o colonizador português constroem novos \nmundos e valores no além-mar, mas são incapazes de anular \nsua identidade original.",
"O marinheiro e o colonizador português, apesar do esforço \nde construção cultural, limitam-se a transpor integralmen-\nte o que aprenderam no passado para as configurações do \nfuturo.",
"O marinheiro e o colonizador português acabam anulando \nsuas identidades originais, representando, assim, figuras in-\nquestionáveis de niilismo."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2023_11 | 11 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | “Ciclo
Manhã. Sangue em delírio, verde gomo,
Promessa ardente, berço e liminar:
A árvore pulsa, no primeiro assomo
Da vida, inchando a seiva ao sol... Sonhar!
Dia. A flor, — o noivado e o beijo, como
Em perfumes um tálamo e um altar:
A árvore abre-se em riso, espera o pomo,
E canta à voz dos pássaros... Amar!
Tarde. Messe e esplendor, glória e tributo;
A árvore maternal levanta o fruto,
A hóstia da ideia em perfeição... Pensar!
Noite. Oh! saudade!...A dolorosa rama
Da árvore a aflita pelo chão derrama
As folhas, como lágrimas... Lembrar!”
(BILAC, Olavo. Tarde. 1.ed. Rio de Janeiro; São Paulo; Belo Horizonte: Libraria Francisco
Alves, p. 12-13, 1919.)
No soneto “Ciclo”, | {
"text": [
"a reiteração de um mesmo tipo de frase no final de cada \nestrofe acentua o idealismo e a rememoração.",
"a metáfora da árvore faz uso de um vocabulário botânico, \nque evoca o cientificismo da época.",
"as frases nominais do início das estrofes contradizem os sen-\ntidos de cada estrofe anterior.",
"o paralelismo estrutural entre as estrofes de “Ciclo” evoca o \ndesgaste dos recursos do poeta."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2023_12 | 12 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | “Deus fez o mar, as árvore, as criança, o amor
O homem me deu a favela, o crack, a trairagem, as arma, as
bebida, as puta
Eu?! Eu tenho uma Bíblia velha, uma pistola automática e
um sentimento de revolta
Eu tô tentando sobreviver no inferno”.
(RACIONAIS MC’S. Gênesis. In: Sobrevivendo no inferno. São Paulo: Companhia das Le-
tras, p. 45, 2018.)
A palavra “Gênesis” dá nome ao primeiro livro da Bíblia. Con-
siderando a obra, na íntegra, dos Racionais MC’s e o excerto
acima dela reproduzido, pode-se dizer que, em relação a esse
trecho, “gênesis” seria uma alusão | {
"text": [
"à influência do cristianismo na dinâmica das comunidades \nperiféricas.",
"ao colapso planetário entrevisto já na origem do mundo na-\ntural.",
"à origem divina do mundo contraposta aos problemas cria-\ndos pelo homem.",
"à origem religiosa dos conflitos armados e da violência social \nno Brasil."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2023_13 | 13 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"biology"
] | null | Um artigo científico relata a construção e a eficiência de um re-
ator fotocatalítico de fluxo contínuo para a degradação de hor-
mônios presentes em águas tratadas para consumo humano.
Num trecho desse estudo, os autores afirmam: “é interessante
notar que 80% de estrogênio foram removidos numa alimen-
tação a 200 ng/L, 25 mW/cm2 e 300 L/(m2 h), enquanto que as
remoções de progesterona e testosterona ficaram em 44% e
33%, respectivamente”.
De acordo com essas informações, pode-se inferir que o reator
é capaz de degradar | {
"text": [
"dois hormônios femininos e um masculino, sendo que de-\ngrada melhor um feminino.",
"dois hormônios femininos e um masculino, sendo que de-\ngrada melhor o masculino.",
"somente hormônios masculinos, sendo que degrada melhor \no estrogênio.",
"somente hormônios femininos, sendo que degrada melhor \no estrogênio."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2023_18 | 18 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"chemistry"
] | null | A caiação ou pintura com cal hidratada (Ca(OH)2) é uma das
formas mais antigas para o revestimento da fachada de edifí-
cios. A cal virgem (CaO) - produzida a partir do aquecimento
do calcário (CaCO3) –, ao ser colocada em água, forma a cal
hidratada que, uma vez aplicada à parede e em contato com o
CO2 do ar atmosférico, vai se transformando em seu precursor,
o carbonato de cálcio. Dessa forma, o carbonato de cálcio fica
aderido à parede, protegendo-a, conservando-a e embelezan-
do-a.
Considere as equações a seguir:
i) CaCO3 → CaO + CO2 ; ∆H = 178 kJ/mol
ii) CaO + H2O → Ca(OH)2 ; ∆H = -109 kJ/mol
iii) Ca(OH)2 + CO2 → CaCO3 + H2O ; ∆H= ?
Levando em conta apenas as equações do processo de trans-
formação e produção do carbonato de cálcio (equações i a iii),
pode-se afirmar que o processo | {
"text": [
"pode ser considerado carbono neutro e que a última equa-\nção representa uma reação que levaria ao aquecimento da \nparede onde a cal foi aplicada.",
"pode ser considerado carbono neutro e que a última equa-\nção representa uma reação que levaria ao resfriamento da \nparede onde a cal foi aplicada.",
"não pode ser considerado carbono neutro e que a última \nequação representa uma reação que levaria ao aquecimento \nda parede onde a cal foi aplicada.",
"não pode ser considerado carbono neutro e que a última \nequação representa uma reação que levaria ao resfriamento \nda parede onde a cal foi aplicada."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2023_21 | 21 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"geography"
] | null | No ano de 2020, iniciou-se um conflito interno na Etiópia, com
complexas implicações humanitárias, econômicas e geopolíti-
cas, adicionando novas tensões à frágil estabilidade política na
região do Chifre da África.
(Adaptado de YARED, Tegbaru. Institute for Security Studies – ISS. Acesso em 09/06/2022.)
As causas do atual conflito na Etiópia resultam | {
"text": [
"da instabilidade das instituições estatais gerada pelo proces-\nso de colonização europeia no século XVIII.",
"do conflito bélico com a Eritreia em razão da disputa pela \nsaída para o Mar Mediterrâneo.",
"da tentativa de secessão da região do Tigré em função dos \nconflitos étnico-religiosos e políticos.",
"da participação de interesses estrangeiros na gestão dos re-\ncursos naturais etíopes, a exemplo do petróleo."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2023_22 | 22 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"geography"
] | null | Tem se tornado lugar comum dizer que o gigantesco volume de
dados extraídos de nossa vida cotidiana está armazenado “na
nuvem”. É quase como dizer: estão por toda a parte e em lugar
nenhum. Flutuam. Se damos, contudo, um passo para além das
metáforas, nos depararemos com a robusta infraestrutura do
capitalismo digital, que está ancorada em territórios concretos
e se inscreve numa geografia do poder. É assim que, segundo a
UNCTAD (2021), de um total de 4.714 data centers existentes
no mundo, quase 80% estão em países desenvolvidos, princi-
palmente nos EUA e países da Europa ocidental.
Sobre os data centers e sua distribuição, é correto afirmar que | {
"text": [
"são infraestruturas concentradas no Norte Global que, por \nserem públicas, controladas pelo Estado, têm seu impacto \nminimizado em questões geopolíticas que perpassam essa \nparte do mundo.",
"o processo de desenvolvimento geograficamente desigual \npouco atua na distribuição da infraestrutura digital e na co-\nleta, armazenagem e tratamento de dados entre as regiões \ndo mundo.",
"sua rarefação no Sul-Global indica que a coleta, a armaze-\nnagem e o tratamento dos dados levanta grave problema \nrelativo à soberania dos Estados nacionais dessa parte do \nmundo.",
"à medida em que se ampliam a coleta e o tratamento massi-\nvo de dados das sociedades, países de todos os continentes \nestão adotando robustas políticas de infraestrutura digital."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2023_25 | 25 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"geography"
] | null | Alguns municípios do Sul do Brasil receberam, nos últimos 10
anos, importantes fluxos de imigrantes e refugiados, sobretu-
do de haitianos, congoleses, senegaleses e venezuelanos. A
presença desses imigrantes e refugiados em regiões de eleva-
da especialização produtiva tem sido motivada pela busca de
trabalho; todavia, crescem registros de denúncias das precárias
condições de vida e situações de xenofobia enfrentadas por es-
sas populações nos municípios onde se instalam.
Assinale a alternativa que indique: (1) a região de especialização
produtiva que mais tem absorvido essa força de trabalho imi-
grante; e (2) a atividade econômica envolvida: | {
"text": [
"(1) Oeste catarinense; (2) indústria frigorífica.",
"(1) Vale dos Sinos (RS); (2) indústria de laticínios.",
"(1) Oeste paranaense; (2) indústria de confecção.",
"(1) Vale do Itajaí (SC); (2) indústria carbonífera."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2023_26 | 26 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"geography"
] | null | A tabela a seguir destaca, para o ano de 2019, os 11 municípios
brasileiros que mais emitiram gases do efeito estufa causadores
do aquecimento global, conforme o total emitido de CO2 em
toneladas.
Emissão de Área Densidade
Município CO2 territorial Demográfica
(em toneladas) (em km²) (pop/área)
Altamira (PA) 35,2 159.533,31 0,72
Apuí (AM) 12,5 54.240,55 0,41
Colniza (MT) 13,5 27.960,24 1,38
Lábrea (AM) 23,2 68.262,68 0,67
Novo Progresso (AM) 14,9 38.162,00 0,68
Novo Repartimento (PA) 11,9 15.398,72 4,93
Pacajá (PA) 16,2 11.832,32 4,03
Porto Velho (RO) 23,3 34.090,95 15,53
Rio de Janeiro (RJ) 13,8 1.200,33 5.597,55
São Félix do Xingu (PA) 28,9 84.212,90 1,53
São Paulo (SP) 16,6 1.521,20 8.054,17
(Fonte: www. seeg.eco.br; IBGE Cidades – Acessado em: 24/06/2022.)
A partir da análise dos dados anteriores e de seu conhecimento,
é correto afirmar que os municípios com | {
"text": [
"menor extensão territorial e alta densidade demográfica fo-\nram responsáveis pela maior emissão de CO2 decorrente da \ndecomposição dos resíduos sólidos em aterros sanitários.",
"grande extensão territorial e baixa densidade demográfica \nforam responsáveis pela maior emissão de CO2 , o que se \ncorrelaciona com o avanço da mineração e a construção de \nhidrelétricas.",
"menor extensão territorial e alta densidade demográfica fo-\nram responsáveis pela maior emissão de CO2 decorrente da \ninstalação de novas indústrias de bens de capital.",
"grande extensão territorial e baixa densidade demográfica \nforam responsáveis pela maior emissão de CO2 , o que se \ncorrelaciona com o avanço do desmatamento e incêndio \nflorestal."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | D |
UNICAMP_2023_27 | 27 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"geography"
] | null | A Amazônia brasileira ganhou destaque nos últimos anos nos
noticiários da mídia nacional e estrangeira, face ao avanço de
graves problemas socioambientais. Nesse contexto, as unidades
de conservação, como as Reservas Extrativistas (RESEX), intro-
duzidas pela Lei 9.985 em 18/07/2000, cumprem um papel im-
portante na preservação ambiental e na proteção social.
Sobre as RESEX no bioma amazônico, é correto afirmar que são
áreas | {
"text": [
"coletivas, demarcadas para populações indígenas, podendo \nser usadas economicamente por meio de pequenas ativi-\ndades de extrativismo vegetal, mineral e animal. Crescem \ndentro das RESEX a exploração turística e as atividades ga-\nrimpeiras.",
"públicas, destinadas ao usufruto das populações tradicionais \nribeirinhas para moradia e atividades econômicas de baixo \nimpacto ambiental. Aumentam no entorno das RESEX a ex-\nploração de madeira e o desmatamento para a implantação \nde atividades pecuárias.",
"coletivas, concedidas para uso misto das populações indíge-\nnas e quilombolas, que exploram comercialmente as rique-\nzas existentes com atividades extrativistas e agropecuária. \nAumentam no entorno das RESEX núcleos urbanos e ativi-\ndades de exploração madeireira.",
"públicas, destinadas às populações tradicionais para resi-\ndência e extrativismo sustentável; quando autorizado pelo \nEstado, grandes empresas podem explorar recursos naturais \nem larga escala. Crescem dentro das RESEX os impactos am-\nbientais e a expulsão de população."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2023_28 | 28 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"geography"
] | null | De que se trata essa biopolítica, esse biopoder? A nova tec-
nologia do poder que se instala se dirige à multiplicidade dos
homens, não na medida em que eles se resumem em corpos,
mas na medida em que ela forma, ao contrário, uma massa
global, afetada por processos de conjunto que são próprios da
vida, que são processos como o nascimento, a morte, a produ-
ção, a doença etc. É com o nascimento da biopolítica que se
lança mão da medição estatística desses fenômenos para fins
de regulamentação e de intervenção. Um novo tipo de poder
que consiste em fazer viver e em deixar morrer.
(Adaptado de FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade. São Paulo: WMF Martins
Fontes, 2010, p. 204.)
Como tecnologia de poder, a biopolítica se inscreve no corpo | {
"text": [
"do indivíduo como problema existencial.",
"da família como problema reprodutivo.",
"da escola como problema disciplinar.",
"da população como problema político.\nUse os valores aproximados: g = 10 m/s2 e π = 3."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | D |
UNICAMP_2023_30 | 30 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"physics"
] | null | Leia o texto a seguir para responder a questão.
O balonismo, um esporte aeronáutico com adeptos em todo o
mundo, oferece um belo espetáculo para os observadores no
solo. Um maçarico é usado para aquecer o ar no interior do
balão, o que faz variar a densidade do ar, permitindo o controle
do movimento de subida e descida do balão
Um balão, inicialmente em repouso no solo, decola e sobe em
movimento uniformemente variado. Se o balão atinge a altura
h = 80 m após um tempo t = 40 s, conclui-se que a aceleração
vertical do balão nesse movimento é igual a | {
"text": [
"2,0 m/s2",
"4,0 m/s2",
"0,05 m/s2",
"0,1 m/s2"
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | D |
UNICAMP_2023_31 | 31 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"physics"
] | null | Leia o texto a seguir para responder a questão.
O balonismo, um esporte aeronáutico com adeptos em todo o
mundo, oferece um belo espetáculo para os observadores no
solo. Um maçarico é usado para aquecer o ar no interior do
balão, o que faz variar a densidade do ar, permitindo o controle
do movimento de subida e descida do balão
A massa total de um balão em um movimento de descida, des-
de a altura inicial h = 80 m até o solo, é m = 2000 kg. Qual é o
trabalho da força peso sobre o balão durante a descida? | {
"text": [
"2,0 x 104 J.",
"1,6 x 105 J",
"2,0 x 105 J",
"1,6 x 106 J"
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | D |
UNICAMP_2023_32 | 32 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"physics"
] | null | Leia o texto a seguir para responder a questão.
O balonismo, um esporte aeronáutico com adeptos em todo o
mundo, oferece um belo espetáculo para os observadores no
solo. Um maçarico é usado para aquecer o ar no interior do
balão, o que faz variar a densidade do ar, permitindo o controle
do movimento de subida e descida do balão
Um balão tem um volume V = 1,6 × 103 m3 de ar quente no
seu interior na temperatura T = 400 K e na pressão atmosférica
p = 1,0 atm = 1,0 x 105 Pa. Sabendo-se que o ar quente se
0
comporta como um gás ideal e que a constante universal dos
gases é R ≅ 8 J/mol.K, quantos mols de ar n há no interior do
balão? | {
"text": [
"5,0 x 10-1 mol",
"4,0 x 100 mol",
"5,0 x 104 mol",
"4,0 x 105 mol."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2023_38 | 38 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"history"
] | null | As estimativas sobre a população de Palmares no século XVII
oscilam entre 5 e 20 mil pessoas. A crônica abaixo, de 1678,
descreve o território palmarino:
Reconhecem-se todos obedientes a um que se chama “o Ganga
Zumba”, que quer dizer “Senhor Grande”. A este tem por seu
rei e senhor todos os mais, assim naturais dos Palmares como
vindos de fora. Habita na sua cidade real que chamam o Maca-
co. Esta é a metrópole entre as mais cidades e povoações. Está
fortificada toda em cerco de pau a pique, com torneiras abertas
para ataque e defesa. E pela parte de fora toda se semeia de
estrepes de ferro e buracos no chão. Ocupa esta cidade dila-
tado espaço, forma-se mais de 1500 casas. A segunda cidade
chama-se Sirbupira; nesta habita o irmão do rei que se chama
“o Zona”. É fortificada toda de madeira e pedras, compreende
mais de oitocentas casas. Das mais cidades e povoações darei
notícia quando lhe referir as ruínas.
(Adaptado de: ANTT, Manuscrito da Livraria, cod. 1185, fls. 149-55v. In: LARA, Silvia;
FACHIN, Phablo (org.). Guerra contra Palmares: o manuscrito de 1678. São Paulo: Chão
Editora, 2021, p. 9 – 49.)
Sobre a organização do espaço palmarino, é correto afirmar
que | {
"text": [
"os negros que fugiram para Palmares ocuparam os espaços \nurbanos das vilas coloniais na Serra da Barriga; essas vilas \ntinham sido abandonadas por Portugal durante as guerras \nde expulsão, de Pernambuco, dos holandeses.",
"o que se convencionou chamar de quilombo de Palmares \nera uma rede de povoações fortificadas, formadas por cen-\ntenas de casas e interligadas por meio de um sistema políti-\nco influenciado por lógicas culturais africanas.",
"as povoações que constituíam Palmares se originaram da \nestrutura urbanística construída por Nassau nas serras de \nPernambuco e Alagoas, a partir da racionalidade holandesa \nna época da luta pelo domínio do açúcar.",
"a maioria da população negra que vivia nos mocambos \nde Palmares no século XVII era crioula, ou seja, nascida no \nBrasil, e combinava a influência da organização política de \nAngola e das redes urbanas litorâneas e europeias de Per-\nnambuco."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2023_39 | 39 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"history"
] | null | No livro “A invenção dos direitos humanos”, a historiadora Lynn
Hunt nomeou dois mecanismos de transformação na França de
fins do século XVIII. O primeiro seria a popularização dos cha-
mados romances epistolares. As cartas enviadas pelas protago-
nistas discorrem sobre as emoções humanas para os leitores. As
lutas das personagens Clarissa e Pâmela, descritas por Samuel
Richardson, ou as questões de Júlia, personagem de Jean-Jac-
ques Rousseau, fizeram com que os leitores reconhecessem a
legitimidade de seus desejos e de suas vivências. Outro meca-
nismo de transformação social foi a campanha contra a tortura,
marcada por uma nova visão de corpo. Para Hunt, ler relatos de
tortura e romances epistolares ajudou a moldar o foro íntimo de
cada um, o que teve repercussão na política.
Considerando o texto acima e o contexto histórico comentado,
assinale a alternativa correta sobre os direitos humanos. | {
"text": [
"O nascimento dos direitos humanos ligou-se ao apareci-\nmento do sentimento de empatia entre diferentes sujeitos \nsociais, independentemente de sua condição social, como \nse podia ver nos romances epistolares. Isso influenciou os \npreceitos de liberdade individual e de igualdade social.",
"Conhecidas através dos romances policiais editados pela \nimprensa revolucionária francesa, as personagens literárias \nfemininas subalternas ganharam importância ao se oporem \nà tortura, defendida pelo Terceiro Estado nos debates sobre \ndireitos humanos.",
"O nascimento dos direitos humanos envolveu a contestação, \npela imprensa francesa, da tortura como prática de obten-\nção de testemunho ou como castigo. Isso se devia ao fato \nde que a tortura feria a concepção cristã de corpo, defendi-\nda pela Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.",
"Ao afirmar que todos são iguais perante a lei e que todos \ngozam dos mesmos direitos, independentemente de sua \norigem social ou nascimento, a Declaração dos Direitos do \nHomem e do Cidadão defendia o cidadão passivo, indife-\nrente à violência e à humilhação na convivência cotidiana."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2023_41 | 41 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"history"
] | null | Na Greve de 1917 em São Paulo, os conflitos propagaram-se a
partir do Cotonifício* Crespi, com cerca de 2 mil trabalhadores;
em pouco tempo, congregaram 50 mil pessoas numa cidade de
400 mil habitantes. Entre sociedades de classes, as quais eram
combativas, políticas e de identidade étnica, havia sido organi-
zado em março daquele ano, pouco antes da eclosão da greve,
o Comitê Popular de Agitação contra a exploração das crianças.
Por meio de enquetes, reuniões e palestras, o Comitê procura-
va revelar as relações de trabalho a que os menores estavam
sujeitos: jornadas extenuantes e graves acidentes. Nas notícias
de jornais, era comum encontrar casos como o de José, de 12
anos, que teve o braço esmagado por uma máquina amassa-
deira da fábrica de biscoitos “A Fidelidade”, e Henrique Guido,
de 8 anos, que teve os dedos decepados numa oficina da Barra
Funda.
(Adaptado de FRACCARO, Glaucia. Mulheres, sindicato e organização política nas greves
de 1917 em São Paulo. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 37, n. 76, p. 76-77,
2017.)
*Cotonifício: algodoaria.
Com base no excerto e em seus conhecimentos sobre a história
do trabalho no Brasil, é correto afirmar que | {
"text": [
"as mobilizações da greve de 1917 tinham por objetivo im-\nplementar a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), base \nlegal da igualdade salarial entre homens, mulheres e crian-\nças, reconhecida nos anos de 1990.",
"em resposta à greve de 1917, o presidente Venceslau Brás \ninstitui, no ano seguinte, para a indústria brasileira, a igual-\ndade de salário entre homens e mulheres e torna ilegal o \ntrabalho infantil no setor têxtil de todo o país.",
"a greve de 1917 foi impulsionada, entre outros fatores, pe-\nlos baixos salários (não obstante o cenário de alta inflação), \nmultas contra os trabalhadores, acidentes, jornadas extenu-\nantes, e falta de regulamentação do trabalho de menores.",
"na época da greve de 1917, o trabalho das crianças nas \nfábricas era considerado ilegal; o trabalho infantil foi regu-\nlamentado posteriormente por Getúlio Vargas por meio das \nleis trabalhistas."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2023_42 | 42 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"history"
] | null | “Como pode um povo vivo
Viver nesta carestia
Como poderei viver
Como poderei viver
Dia e noite, noite e dia
Com a barriga vazia
Como pode um operário
Viver com esse salário
Como pode a criançada
Estudar sem comer nada”
(“Programa oficial do lançamento geral do abaixo-assinado” do Movimento do Custo de
Vida, 12/03/1978. Doc. 039_4. Fundo ECO_PRE, Centro Pastoral Vergueiro. Citado em:
MONTEIRO, Thiago Nunes. Como pode um povo vivo viver nesta carestia: O Movimento
do Custo de Vida em São Paulo (1973-1982). São Paulo: Humanitas, 2017.)
A letra acima foi utilizada pela campanha coordenada pelo Mo-
vimento Custo de Vida, iniciado por mulheres das periferias da
cidade de São Paulo, em 1978. Sobre as lutas por melhores
condições de vida durante a década de 1970 na ditadura militar
(1964-85), é correto afirmar que | {
"text": [
"o Movimento do Custo de Vida foi organizado para pro-\ntestar contra as políticas econômicas e sociais da ditadura \nmilitar que provocavam o arrocho salarial e a inflação.",
"diante da impossibilidade de fazer protestos de rua, o Movi-\nmento do Custo de Vida teve atuação por meio de letras de \nmúsicas de duplo sentido (para driblar a censura), veiculadas \nno rádio.",
"após reunir cerca de 200 mil pessoas na Praça da Sé em São \nPaulo em 1978, o Movimento do Custo de Vida migrou para \na luta armada como resposta à repressão.",
"as Comunidades Eclesiais de Base, instaladas nas periferias \ndas grandes cidades e onde começou o Movimento do Cus-\nto de Vida, foram desmanteladas em 1979."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2023_43 | 43 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"history"
] | null | Sobre os debates entre os Governos do Mercosul, é importan-
te destacar que existem instâncias de construção de memórias
regionais. Estas experiências acompanham os processos de ver-
dade e justiça que estão em andamento nos países para revisar,
investigar e julgar os crimes de lesa-humanidade cometidos, no
passado, pelo Estado. Nesta linha, os lugares de Memória são
instâncias que buscam transformar certas marcas a fim de evo-
car memórias e torná-las inteligíveis ao situá-las no contexto de
um relato mais amplo.
(Adaptado de: MERCOSUL. Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos do MER-
COSUL (IPPDH). Princípios fundamentais para as políticas públicas sobre lugares de me-
mória. Buenos Aires: Mercosul, p. 5, 2012.)
A partir do excerto e de seus conhecimentos, assinale a alter-
nativa correta. | {
"text": [
"Embora o Mercosul seja definido pela integração econômi-\nca, seus países membros também partilham experiências de \nditaduras militares no passado, experiências essas que cons-\ntituem uma memória regional comum.",
"A escolha de lugares de memória comuns ao passado dos \npaíses membros do Mercosul pauta a agenda econômica de \nsua integração e baliza a construção de patrimônios edifi-\ncados.",
"A reparação dos crimes cometidos pelas ditaduras militares \ndos estados membros do Mercosul se tornou possível com \na criação de instâncias jurídicas supranacionais que julgam \nviolações contra a humanidade.",
"Ainda que novas, nota-se que o objetivo das políticas pú-\nblicas de memória do Mercosul – acerca dos traumas das \nditaduras – é eleger um conjunto de patrimônios edificados \npara pacificar o passado."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2023_44 | 44 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"history"
] | null | A palavra Antropoceno aparece hoje no título de centenas de
livros e artigos científicos, em milhares de citações, e seu uso
continua a crescer nos meios de comunicação. Referindo-se à
época em que as ações humanas começaram a provocar altera-
ções biofísicas em escala planetária, o termo foi criado nos anos
de 1980 e popularizado na década de 2000. Grupos de espe-
cialistas constataram que essas alterações afetavam o Sistema
Terra do relativo equilíbrio observado desde o início do Holoce-
no, há 11.700 anos. Para marcar o início dessa nova era, tais
grupos escolheram simbolicamente o ano de 1784, momento
do aperfeiçoamento da máquina a vapor e sua popularização.
O contexto também corresponde ao início da revolução indus-
trial e da utilização dos combustíveis fósseis.
(Adaptado de LÉNA, Philippe; ISSBERNER, Liz-Rejane. Antropoceno: os desafios essen-
ciais de um debate científico. Correio da Unesco. Suplemento online. Unesco Courrier.
2018-2. Disponível em: https://pt.unesco.org/courier/2018-2/antropoceno-os-desafios-
-essenciais-um-debate-cientifico . Acesso em 03/05/2022.)
Com base na leitura do texto acima e em seus conhecimentos,
assinale a alternativa correta. | {
"text": [
"A partir do século XVIII, com o Iluminismo, a crença da supe-\nrioridade humana sobre a natureza foi amplamente questio-\nnada, o que diminuiu os impactos das ações humanas sobre \no Planeta em todo o século XX e XXI.",
"A partir da Era Moderna, o antropocentrismo pautou a cren-\nça na superioridade humana sobre a natureza; essa ideia \nfoi consolidada em 1784, mantendo-se nas ciências até o \npresente com o nome de Antropoceno.",
"Mudança climática, alteração da cobertura vegetal e perda \nde biodiversidade em grande escala são marcas da huma-\nnidade no Planeta desde as expansões marítimas do século \nXVI, sendo pouco preocupantes para as ciências.",
"Com a popularização do estilo de vida norte-americano, \nhouve uma aceleração das mudanças causadas pela ação \nhumana sobre o Planeta Terra, mudanças essas que vinham \nocorrendo desde 1784, com a Revolução Industrial."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | D |
UNICAMP_2023_46 | 46 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"english"
] | null | Leia um trecho de um romance publicado em 1985.
But if you happen to be a man sometime in the future, and
you’ve made it this far, please remember you will never be sub-
ject to the temptation or feeling you must forgive, a man, as
a woman. But remember that forgiveness too is a power. To
beg for it is a power, and to withhold or bestow it is a power,
perhaps the greatest. Maybe none of this is about control. May-
be it isn’t really about who can own whom, who can do what
to whom and get away with it, even as far as death. Maybe it
isn’t about who can sit and who has to kneel or stand or lie
down (…). Maybe it’s about who can do what to whom and
be forgiven for it. Never tell me it amounts to the same thing.
(Adaptado de ATWOOD, Margaret. The Handmaid’s Tale. New York: HMH, p. 134, 1985.)
No depoimento, a personagem explicita a relação entre | {
"text": [
"poder e tentação.",
"feminismo e violência.",
"poder e perdão.",
"perdão e feminismo."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2023_47 | 47 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"english"
] | null | O texto a seguir focaliza o termo “audism”, que pode ser tradu-
zido para o português como “ouvintismo”.
Audism is an attitude based on thinking that results in a
negative stigma toward anyone who does not hear. Like racism
or sexism, audism judges, labels, and limits individuals based on
whether a person hears and speaks. Audism reflects the medical
view of deafness as a disability that must be fixed. It is rooted
in the historical belief that deaf people were savages without
language. Because many deaf people grew up in hearing
families who did not learn to sign, audism may be ingrained.
Audism occurs when one:
— Asks a deaf person to read your lips or write when s/he has
indicated this isn’t preferred.
— Asks a deaf person to “tone down” their facial expressions
because they make others uncomfortable.
— Devotes a significant amount of instructional time for a deaf
child to lipreading and speech therapy, rather than educa-
tional subjects.
(Adaptado de: https://vawnet.org/sc/audism-oppression-lives-deaf-individuals. Acesso
em 21/06/2022.)
É correto afirmar que o texto | {
"text": [
"argumenta que o ouvintismo é um conceito médico e lista \nmodos de ser menos ouvintista.",
"apresenta o conceito de ouvintismo e traz exemplos de ati-\ntudes consideradas ouvintistas.",
"compara o ouvintismo a outros preconceitos e lista ações a \nserem tomadas ao lidar com pessoas surdas.",
"explica o que é ouvintismo e exalta a capacidade das crian-\nças surdas de ler os lábios."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2023_50 | 50 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"english"
] | null | COVID AND SMELL LOSS: SOME ANSWERS EMERGE
Researchers are making headway in understanding
how coronavirus causes loss of smell. Several potential
treatments to tackle the condition are undergoing clinical
trials, including steroids and blood plasma. Recently, a study
surveyed 616,318 people in the United States who have
had COVID-19. It found that, compared with those who
had been infected with the original virus, people who had
contracted the Alpha variant were 50% as likely to have
chemosensory disruption. This probability fell to 44% for
the Delta variant, and to 17% for Omicron. However, a
significant portion of people infected early in the pandemic
still experience chemosensory effects. A 2021 study followed
100 people who had had mild cases of COVID-19 and 100
people who repeatedly tested negative. More than a year
after their infections, 46% of those who had had COVID-19
still had smell problems; by contrast, just 10% of the control
group had developed some smell loss, but for other reasons.
Furthermore, 7% of those who had been infected still had
total smell loss, or ‘anosmia’, at the end of the year. Given
that more than 500 million cases of COVID-19 have been
confirmed worldwide, tens of millions of people probably
have lingering smell problems.
(Adaptado de: https://www.nature.com/articles/d41586-022-01589-z. Acesso em
22/06/2022.)
Segundo o texto, | {
"text": [
"o percentual de pessoas infectadas pelo coronavírus a apre-\nsentarem problemas de olfato vem aumentando à medida \nque o vírus evolui.",
"esteroides e plasma sanguíneo são tipos de tratamentos efi-\ncazes contra a perda de olfato após infecção por coronavírus.",
"a perda total de olfato, chamada de “anosmia”, ainda es-\ntava presente, em 2021, em 7% das pessoas infectadas por \ncoronavírus no começo da pandemia.",
"problemas olfativos provavelmente persistem em 500 mi-\nlhões de pessoas que foram infectadas pelo coronavírus."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2023_51 | 51 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"english"
] | null | Leia, a seguir, parte de um discurso da abolicionista estaduni-
dense Sojourner Truth, feito em 1851.
“I think that ‘twixt the negroes of the South and the women
at the North, all talking about rights, the white men will be
in a fix pretty soon. But what’s all this here talking about?
That man over there says that women need to be helped
into carriages, and lifted over ditches, and to have the best
place everywhere. Nobody ever helps me into carriages, or
over mud-puddles, or gives me any best place! And ain’t I a
woman? Look at me! Look at my arm! I have ploughed and
planted, and gathered into barns, and no man could head
me! And ain’t I a woman? I could work as much and eat as
much as a man – when I could get it – and bear the lash as
well! And ain’t I a woman? I have borne thirteen children,
and seen most all sold off to slavery, and when I cried out
with my mother’s grief, none but Jesus heard me! And ain’t
I a woman? (…)”
(Disponível em: https://www.nps.gov/articles/sojourner-truth.htm. Acesso em
24/05/2022.)
Ao longo do discurso, Sojourner Truth repete a mesma pergun-
ta com a finalidade de | {
"text": [
"ilustrar atitudes sexistas vivenciadas por mulheres negras e \nbrancas.",
"problematizar a diferença de tratamento dispensado a mu-\nlheres negras e brancas.",
"advogar pela igualdade de direitos entre homens e mulhe-\nres.",
"criticar a separação entre brancos e negros de diferentes \nclasses sociais."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2023_53 | 53 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"biology"
] | null | O papilomavírus humano (HPV) é um grupo de vírus muito co-
mum no mundo. Existem muitos tipos de HPV e a maioria deles
não causa problemas ao organismo humano. Porém, os tipos
de HPV 16 e 18 estão associados com 70% dos casos de cânce-
res de colo do útero e lesões genitais pré-cancerosas.
(Adaptado de https://www.paho.org/pt/topicos/hpv-e-cancer-do-colo-do-utero. Acesso
em 01/06/2022.)
É correto afirmar que o HPV é transmitido | {
"text": [
"principalmente por contato sexual; o uso de preservativo eli-\nmina a possibilidade de infecção pelos HPV 16 e 18, sendo \nindicado quando existe exposição ao vírus.",
"por contato direto com a pele ou mucosa infectada, sobre-\ntudo durante a relação sexual; a vacinação pode tratar a \ninfecção e as doenças associadas aos diversos tipos de HPV.",
"principalmente por contato sexual; o controle da infecção \ninclui a prevenção pela vacinação contra os HPV 16 e 18, \nsendo indicada antes da exposição ao vírus.",
"por contato direto com a pele ou mucosa infectada, sobre-\ntudo durante a relação sexual; o uso de preservativo impede \no desenvolvimento das doenças associadas ao HPV."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2023_54 | 54 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"biology"
] | null | Na transformação de energia luminosa em energia química pe-
las plantas, há uma série de reações de redução e oxidação.
Para que a cadeia transportadora de elétrons nos cloroplastos
ocorra, os elementos que a compõem estão arranjados nas
membranas dos tilacóides, de acordo com o seu potencial re-
dox. Na atividade fotoquímica, o oxigênio é produzido, assim
como moléculas essenciais para a manutenção do metabolismo
celular, como o ATP e o NADPH.
O doador primário e o aceptor final de elétrons são, respecti-
vamente, | {
"text": [
"oxigênio e NADPH.",
"gás carbônico e ATP.",
"água e NADPH.",
"glicose e ATP."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2023_55 | 55 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"biology"
] | null | Leia o texto a seguir para responder a questão.
A proteína verde fluorescente, do inglês green fluorescence
protein (GFP) - observada pela primeira vez na água-viva (Ae-
quorea victoria) -, tornou-se uma das ferramentas mais impor-
tantes usadas na biociência contemporânea. Evolutivamente, a
distribuição filogenética dos genes homólogos de GFP foi en-
contrada apenas nos filos Cnidaria, Arthropoda e Chordata.
(Adaptado de MACEL, Marie-Lyne et al. Zoological Letters, Londres. v. 6, p.2-11, 2020.)
Considerando a distribuição filogenética do gene GFP, é correto
afirmar a hipótese de origem em | {
"text": [
"ancestral metazoário comum e eventos independentes de \nperda do gene em vários clados.",
"ancestrais metazoários distintos e manutenção do gene em \ntodos os metazoários marinhos.",
"ancestral metazoário comum e manutenção do gene em to-\ndos os metazoários marinhos.",
"ancestrais metazoários distintos e eventos independentes de \nperda do gene em vários clados."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2023_57 | 57 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"biology"
] | null | Cientistas desvendaram o mecanismo causador da síndrome
de Pitt-Hopkins, uma disfunção neuropsiquiátrica que tem ca-
racterísticas do transtorno do espectro autista. A síndrome de
Pitt-Hopkins tem como origem uma mutação no gene TCF4
e causa déficit cognitivo, atraso motor profundo, ausência de
fala funcional e anormalidades respiratórias. O genoma huma-
no tem duas cópias de cada gene. A síndrome de Pitt-Hopkins
ocorre quando uma das cópias do TCF4 não funciona. Os cien-
tistas buscam alternativas para inserir uma terceira cópia ou
fazer com que a única cópia funcional expresse mais proteína
para compensar a cópia defeituosa.
(Adaptado de https://agencia.fapesp.br/estudo-abre-novas-possibilidades-de-tratamen-
to-para-forma-de-autismo/38524/. Acesso em 23/05/2022.)
Considerando as informações apresentadas e seus conhecimen-
tos, é correto afirmar que a síndrome é causada em | {
"text": [
"heterozigose, quando um dos alelos do gene TCF4 não pro-\nduz proteína funcional devido às alterações de bases nitro-\ngenadas que modificam a proteína traduzida.",
"homozigose, quando os dois alelos do gene TCF4 não pro-\nduzem proteína funcional devido à mutação da cromatina \nque modifica a proteína traduzida.",
"heterozigose, quando uma das cromátides do gene TCF4 \nnão produz proteína funcional devido à mutação da croma-\ntina que modifica a proteína traduzida.",
"homozigose, quando as duas cromátides do gene TCF4 não \nproduzem proteína funcional devido às alterações das bases \nnitrogenadas que modificam a proteína traduzida."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2023_59 | 59 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"biology"
] | null | Estudos revelaram como a disbiose – desequilíbrio da micro-
biota intestinal – pode influenciar no desenvolvimento de dis-
túrbios neurodegenerativos como a doença de Parkinson. As
pessoas acometidas por essa doença apresentam alterações
significativas nos centros motores do cérebro.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas no
excerto a seguir.
A agregação da proteína a-sinucleína nos (i) ________ está re-
lacionada com a doença de Parkinson. Foi demonstrado que
células específicas do tecido (ii) ________ da mucosa intestinal
podem expressar essa proteína. A disbiose pode levar ao au-
mento de espécies de (iii) ________ que, eventualmente, contri-
buem para agregação da a-sinucleína no intestino, e essa prote-
ína pode migrar para o (iv) ________, configurando um possível
mecanismo de surgimento da doença de Parkinson esporádica.
(Adaptado de https://agencia.fapesp.br/estudo-revela-como-o-desequilibrio-da-micro-
biota-intestinal-pode-levar-a-doenca-de-parkinson/38159/. Acesso em 07/06/2022.) | {
"text": [
"(i) neurônios; (ii) epitelial; (iii) bactérias; (iv) sistema nervoso \ncentral.",
"(i) linfonodos; (ii) conjuntivo; (iii) bactérias; (iv) sistema ner-\nvoso autônomo.",
"(i) linfonodos; (ii) epitelial; (iii) vírus; (iv) sistema nervoso cen-\ntral.",
"(i) neurônios; (ii) conjuntivo; (iii) vírus; (iv) sistema nervoso \nautônomo."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2023_61 | 61 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"mathematics"
] | null | Um recipiente de 30 litros contém uma solução de 14 partes de
álcool e 1 parte de água. Quantos litros de água devem ser adi-
cionados para que se tenha uma solução com 70% de álcool? | {
"text": [
"8 litros.",
"10 litros.",
"12 litros.",
"14 litros."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2023_64 | 64 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"mathematics"
] | null | Três números reais distintos a, b, c são tais que a, b, c e ab,
bc, ca formam, nessas ordens, duas progressões aritméticas de
mesma razão. O valor do produto abc é | {
"text": [
"1",
"1/8",
"-1",
"6"
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2023_65 | 65 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"mathematics"
] | null | Suponha que uma função ƒ(x) satisfaça à propriedade
ƒ(x . y) = ƒ(x) + ƒ(y).
Sabendo que ƒ(7) = 2 e ƒ(17) = 3, o valor de ƒ(2023) é | {
"text": [
"7",
"8",
"17",
"18"
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2023_67 | 67 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"mathematics"
] | null | Leia o texto a seguir para responder á questão.
Uma transformação de Möbius é um quociente de polinômios
de grau 1. Essas transformações são muito importantes em
computação gráfica e também na área da engenharia conheci-
da como “processamento de sinais”.
Considere a função
y = f (x) = ([x+1]/[x-1]),
definida para x∈R, x ≠ 1, que é uma versão simplificada de
uma transformação de Möbius.
Sobre a função inversa de f (x), é correto afirmar que | {
"text": [
"f-1(x) = f (x) , para x ≠1 .",
"f-1(x) =1/ f (x) , para x ≠ ±1 .",
"f-1(x) = -f (x) , para x ≠1.",
"f-1(x) = f (-x) , para x ≠1."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2023_68 | 68 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"mathematics"
] | null | Leia o texto a seguir para responder á questão.
Uma transformação de Möbius é um quociente de polinômios
de grau 1. Essas transformações são muito importantes em
computação gráfica e também na área da engenharia conheci-
da como “processamento de sinais”.
Considere a função
y = f (x) = ([x+1]/[x-1]),
definida para x∈R, x ≠ 1, que é uma versão simplificada de
uma transformação de Möbius.
Considere a sequência x1 ,x2 ,..., definida por x1 = 6, e para
cada n ≥1, temos xn+1 = f (xn ), ou seja,
x1 = 6,
x2 = f (x1) = 7/5,
x3 = f (x2),
e assim sucessivamente. Então, a soma dos 100 primeiros ter-
mos desta sequência vale | {
"text": [
"140",
"370",
"600",
"740"
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2023_69 | 69 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"mathematics"
] | null | Para qual valor de a o sistema de equações lineares
ax-y = |a|
(4-5a^2)x+ay =1
admite infinitas soluções? | {
"text": [
"1.",
"2",
"-1",
"-2"
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2023_71 | 71 | UNICAMP_2023 | 2023 | UNICAMP | [
"mathematics"
] | null | Em um sorteio com cartelas numeradas de 0001 a 2000, João
decidiu comprar todas as cartelas em que a numeração exibisse
os números 2 e 5, e nenhuma a mais. Por exemplo, João com-
prou as cartelas 1205 e 0025, mas não comprou as cartelas
0514 e 2000.
Considere as afirmações:
I) João comprou 108 cartelas.
II) Se ao invés das cartelas com 2 e 5, João tivesse comprado
as cartelas com 1 e 5, ele teria comprado menos cartelas.
III) João comprou 18 cartelas que possuem o número 3.
Assinale a alternativa correta: | {
"text": [
"Todas as afirmações são verdadeiras.",
"Apenas a afirmação I é verdadeira.",
"Apenas a afirmação II é verdadeira.",
"Apenas as afirmações I e III são verdadeiras."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2024_1 | 1 | UNICAMP_2024 | 2024 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | ‘Nevou’ no Rio
Em pleno verão, o fenômeno que vem chamando atenção nas
ruas do Rio é conhecido como “nevada carioca”, ou apenas
“nevou”. Trata-se da mania de descolorir, platinando os cabelos
até os fios ficarem completamente brancos, que tomou conta
das cabeças dos jovens de Norte a Sul e virou a febre do mo-
mento. A onda começou às vésperas do Natal, ganhou força
no réveillon e entrou em janeiro lotando os salões. Nascida nas
comunidades e nos subúrbios, a tendência ultrapassou fronteiras geográficas e sociais da cidade, principalmente depois de
ganhar as redes e de ter conquistado artistas e atletas. Cabeleireiros e donos de salão apostam que o modismo resiste com
força até os dias de folia.
(Adaptado de: https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2023/01/nevou-no-rio-mania-de-
-descolorir-o-cabelo-ate-ficar-quase-branco-vira-moda-entre-os-cariocas.ghtml. Acesso
em 22/06/2023.)
No texto, o verbo nevar apresenta sentido | {
"text": [
"literal e é sinônimo de descolorir.",
"figurado e quer dizer embranquecer.",
"metafórico e é antônimo de escurecer.",
"metonímico e significa cabelos brancos."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2024_2 | 2 | UNICAMP_2024 | 2024 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | ‘Nevou’ no Rio
Em pleno verão, o fenômeno que vem chamando atenção nas
ruas do Rio é conhecido como “nevada carioca”, ou apenas
“nevou”. Trata-se da mania de descolorir, platinando os cabelos
até os fios ficarem completamente brancos, que tomou conta
das cabeças dos jovens de Norte a Sul e virou a febre do mo-
mento. A onda começou às vésperas do Natal, ganhou força
no réveillon e entrou em janeiro lotando os salões. Nascida nas
comunidades e nos subúrbios, a tendência ultrapassou fronteiras geográficas e sociais da cidade, principalmente depois de
ganhar as redes e de ter conquistado artistas e atletas. Cabeleireiros e donos de salão apostam que o modismo resiste com
força até os dias de folia.
(Adaptado de: https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2023/01/nevou-no-rio-mania-de-
-descolorir-o-cabelo-ate-ficar-quase-branco-vira-moda-entre-os-cariocas.ghtml. Acesso
em 22/06/2023.)
Assinale a alternativa em que todas as palavras listadas têm um
mesmo referente dentro do texto. | {
"text": [
"fenômeno – onda – tendência – modismo",
"mania – onda – febre – força",
"fenômeno – momento – mania – febre",
"modismo – tendência – força – momento"
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2024_5 | 5 | UNICAMP_2024 | 2024 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | O texto a seguir é um trecho da canção Pantanal, que foi tema
de abertura da novela com o mesmo nome, exibida originalmente pela TV Manchete em 1990 e regravada pela TV Globo
em 2022.
Lendas de raças, cidades perdidas nas selvas do coração do Brasil.
Contam os índios de deuses que descem do espaço no coração
do Brasil.
Redescobrindo as Américas quinhentos anos depois,
Lutar com unhas e dentes pra termos direito a um depois.
Fim do milênio, resgate da vida, do sonho, do bem.
A terra é tão verde e azul.
Os filhos dos filhos dos filhos dos nossos filhos verão.
(Pantanal, letra de Marcus Viana, gravada pelo grupo Sagrado Coração da Terra na coletânea em LP Sagrado – Farol da Liberdade, lançada em 1991 pelo selo Sonhos & Sons.)
Nesse trecho da canção, podemos identificar | {
"text": [
"repetição de advérbios que indicam as mesmas circunstâncias de tempo e de lugar, para produzir um efeito de redundância a respeito da luta pela terra.",
"indeterminação de sujeito com verbo na terceira pessoa do \nplural, para produzir um efeito de incerteza quanto ao papel \ndas futuras gerações.",
"atribuição de características positivas por meio de substantivos que indicam cores, para produzir um efeito de otimismo \nna preservação da natureza.",
"encadeamento sucessivo de termos ligados por preposição, \npara produzir um efeito de continuidade temporal quanto à \ncondição do planeta."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | D |
UNICAMP_2024_6 | 6 | UNICAMP_2024 | 2024 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | je ne parle pas bien*
je ne parle pas bien
je ne parle pas bien
je ne parle pas bien
eu tenho uma língua solta
que não me deixa esquecer
que cada palavra minha
é resquício da colonização
cada verbo que aprendi conjugar
foi ensinado com a missão
de me afastar de quem veio antes
nossas escolas não nos ensinam
a dar voos
[...]
reinvenção
nossa revolução surge e urge
das nossas bocas
das falas aprendidas
que são ensinadas
e muitas não compreendidas
salve, a cada gíria
je ne parle pas bien
[...]
o que era pra ser arma de colonizador
está virando revide de ex colonizado
estamos aprendendo as suas línguas
e descolonizando os pensamento
* Je ne parle pas bien, do francês, significa “Eu não falo direito”.
Podemos afirmar que o uso repetido do verso Je ne parle pas
bien no poema slam de Luz Ribeiro | {
"text": [
"expressa a necessidade de repetir muitas vezes uma mesma \nsentença como forma de resistir ao esquecimento de uma \nlíngua.",
"enfatiza a ideia de que a língua francesa do colonizador ain-\nda não foi aprendida e precisa ser repetida várias vezes.",
"é uma constatação de que, na posição de ex-colônia, não \nconseguimos aprender línguas estrangeiras.",
"indica um posicionamento de resistência por meio de uma \ncrítica à aprendizagem forçada da língua do colonizador."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | D |
UNICAMP_2024_7 | 7 | UNICAMP_2024 | 2024 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | Texto 1
“Que século, meus Deus! – exclamaram os ratos
E começaram a roer o edifício”.
(“Edifício Esplendor” (1955), de Carlos Drummond de Andrade, epígrafe do conto “Seminário dos Ratos”, de Lygia Fagundes Telles.)
Texto 2
Epígrafe é um paratexto (um texto que acompanha o texto
principal), que pode justificar ou comentar um título ou texto;
referenciar a relação entre o autor do texto e o da epígrafe; criar
um efeito por meio do qual a presença da epígrafe já evoca a
identificação do autor do texto com uma época ou movimento.
(Adaptado de: GENETTE, G. Paratextos Editoriais. Tradução de Álvaro Faleiros. Cotia: Ateliê Editorial, 2009.)
Considerando os textos 1 e 2, assinale a alternativa correta. | {
"text": [
"A epígrafe associa o conto de Lygia ao “sentimento do mundo” drummondiano.",
"A epígrafe mostra que os versos de Drummond são imprescindíveis à escrita do conto.",
"A epígrafe justifica o título do conto e comenta os possíveis \nsentidos críticos dele.",
"A epígrafe identifica Lygia à geração de 30 do Modernismo, \nao lado de Drummond."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2024_8 | 8 | UNICAMP_2024 | 2024 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | Leia o trecho da reportagem:
“Mulher espancada após boatos em rede social morre no Guarujá, SP
(...)
A dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, morreu na
manhã desta segunda-feira (5), dois dias após ter sido espancada por dezenas de moradores do Guarujá, no litoral de São
Paulo. Segundo a família, ela foi agredida a partir de um boato
gerado por uma página em uma rede social (...)”
(G1, Santos, 05/05/2014. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/05/mulher-espancada-apos-boatos-em-rede-social-morre-em-guaruja-sp.html.
Acessado em 04/07/2023.)
Assinale o trecho de um dos contos a seguir – extraídos de EVARISTO, Conceição. Olhos d’Água. Rio de Janeiro: Pallas; Fundação Biblioteca Nacional, 2016 –, trecho este que relaciona o
acontecimento da reportagem ao texto de ficção: | {
"text": [
"“Os mais velhos, acumulados de tanto sofrimento, olhavam \npara trás e do passado nada reconheciam no presente. Suas \nlutas, seu fazer e saber, tudo parecia ter se perdido no tempo (...) Deram de clamar pela morte. E a todo instante eles \npartiam” (p. 112).",
"“Vi só lágrimas e lágrimas. Entretanto, ela sorria feliz. Mas \neram tantas lágrimas, que eu me perguntei se minha mãe \ntinha olhos ou rios caudalosos sobre a face. E só então compreendi. Minha mãe trazia, serenamente em si, águas correntezas (...). Águas de Mamãe Oxum!” (p. 18-19).",
"“Os assaltantes desceram rápido. Maria olhou saudosa e \ndesesperada para o primeiro. (...) Alguém gritou que aquela \nputa safada lá da frente conhecia os assaltantes (...). A primeira voz, a que acordou a coragem de todos, (...) levantou \ne se encaminhou em direção à Maria (...)” (p. 41-42).",
"“Nos últimos tempos na favela, os tiroteios aconteciam com \nfrequência e a qualquer hora. Os componentes dos grupos \nrivais brigavam para garantir seus espaços e freguesias. Havia ainda o confronto constante com os policiais que invadiam a área” (p. 76)."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2024_9 | 9 | UNICAMP_2024 | 2024 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | No início da novela Casa Velha, de Machado de Assis, o cônego
da Capela Imperial, um personagem da história, assumindo a
voz narrativa dela, conta a seus interlocutores:
“– Não desejo ao meu maior inimigo o que me aconteceu no
mês de abril de 1839.”
(MACHADO DE ASSIS. Casa Velha. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986, p. 11.)
De acordo com o texto, o acontecimento desagradável que vitimou o religioso faz com que ele possa ser considerado, ao final
da narrativa, como | {
"text": [
"um boêmio que se sente entediado na presença dos convivas da Casa Velha: “Disseram-me que era amiga da família, \ne se chamava Mafalda. (...) Creio que disseram ainda outras \ncoisas; mas não me interessando nada, nem a conversação, \nnem a hóspeda, (...) deixei-me estar comigo” (p. 29-30).",
"um antiescravista, obrigado a conviver, na mesma casa grande, com senhores, agregados e escravos: “Lalau (...) com as \nmãos no ombro do moleque, ora fitava os olhos na carapinha deste, ouvindo somente as palavras de Félix; ora erguia-os para o moço (...)” (p. 67).",
"um republicano que suporta um velho Coronel de posições \nconservadoras: “Reverendíssimo, (...) os farrapos invadiram \nSanta Catarina, entraram na Laguna, e os legais fugiram. \nEu, se fosse o governo, mandava fuzilar a todos estes para \nescarmento...” (p. 89).",
"um ingênuo que se deixa iludir em suas relações pessoais: \n“nem por sombras me acudiu que a revelação de Dona Antônia podia não ser verdadeira (...) Não adverti sequer na \nminha cumplicidade. Em verdade, eu é que proferira as palavras que ela trazia na mente (...)” (p. 89)."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | D |
UNICAMP_2024_10 | 10 | UNICAMP_2024 | 2024 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | “Um deles viu umas contas brancas de rosário, acenou que lhas
dessem e divertiu-se muito com elas. Enrolou-as ao pescoço,
depois tirou-as e embrulhou-as no braço, e acenava para a terra
e depois para as contas, e em seguida para o colar do capitão,
dando a entender que eles dariam ouro por aquilo. Isto nós
entendíamos assim porque queríamos. Mas se ele queria dizer
que levaria as contas e mais o colar, isto nós não queríamos
entender, porque não lho daríamos."
(CAMINHA, Pero Vaz de. Carta de Achamento do Brasil. Campinas: Editora da UNICAMP,
p. 108, 2001.)
Em seu relato de viagem, Pero Vaz de Caminha | {
"text": [
"descreve a natureza e as pessoas que os portugueses encontraram no Novo Mundo, inventariando os detalhes da \nviagem, com vistas à preservação da História Colonial.",
"descreve e interpreta os fatos, mostrando que a compreensão dos portugueses sobre os povos originários era mediada \npelos interesses do colonizador.",
"descreve como os povos originários do Novo Mundo auxiliaram os colonizadores na prospecção por riquezas, antevendo a realização do projeto colonizador.",
"descreve e interpreta os fatos, sugerindo que, na visão dos \npovos originários, era possível a convivência pacífica com o \ncolonizador, já que compartilhavam os mesmos interesses."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2024_11 | 11 | UNICAMP_2024 | 2024 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | Em 1921, Mário de Andrade, escrevendo a série de artigos
“Mestres do passado”, publicados no Jornal do Comércio (edição de São Paulo), observou:
"Tarde [de Olavo Bilac] foi uma promessa de anos seguidos. Tais
são, tão salientes os artifícios e tão repetidos que muito bem
provam o esforço do poeta decaído da poesia e a sua parca
inspiração (...).”
(ANDRADE, M. Mestres do passado – Olavo Bilac. In: BRITO, M.S. História do modernismo brasileiro. Antecedentes da Semana de Arte Moderna. 5.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, p. 288-289, 1978.)
Relacione, ao poema a seguir, o trecho da crítica anterior, assinalando a alternativa que coincide com a ideia geral de Mário
sobre a obra de Bilac.
As estrelas
Olavo Bilac
Desenrola-se a sombra no regaço
Da morna tarde, no esmaiado anil;
Dorme, no ofego do calor febril,
A natureza, mole de cansaço.
Vagarosas estrelas! passo a passo,
O aprisco desertando, às mil e às mil,
Vindes do ignoto seio do redil
Num compacto rebanho, e encheis o espaço...
E, enquanto, lentas, sobre a paz terrena,
Vos tresmalhais tremulamente a flux,
– Uma divina música serena
Desce rolando pela vossa luz:
Cuida-se ouvir, ovelhas de ouro: a avena
Do invisível pastor que vos conduz...
(BILAC, Olavo. Tarde. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, p. 42-43, 1919.)
Esmaiado: esmaecido, pálido
Aprisco: curral
Redil: curral para o gado ovino ou caprino; rebanho de ovelhas
Tresmalhar: Afastar-se, perder-se do rebanho
Flux: fluxo
Avena: flauta pastoril | {
"text": [
"O crítico lamenta o espaçamento da criação poética de Bilac, o que se expressa no poema pela imagem das estrelas \nque se afastam umas das outras.",
"O crítico elogia os salientes artifícios da linguagem poética \nde Tarde, o que se pode perceber, por exemplo, pela variedade de sinônimos para a palavra “curral”.",
"O crítico evoca, como resultado da pouca inspiração artística \ndo poeta, a sobrecarga de investimento formal (os hipérbatos ou inversões, por exemplo).",
"O crítico associa a poesia de Bilac ao estilo decadentista, o \nque é reforçado pelas imagens de esgotamento, como se \nvê nas palavras “morna”, “esmaiado”, “ofego”, “mole”, \n“lentas”."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2024_12 | 12 | UNICAMP_2024 | 2024 | UNICAMP | [
"portuguese"
] | null | Leia as duas citações a seguir, extraídas do início e do final de
O Ateneu:
“Lembramo-nos, entretanto, com saudade hipócrita, dos feli-
zes tempos; como se a mesma incerteza de hoje, sob outro
aspecto, não nos houvesse perseguido outrora e não viesse de
longe a enfiada das decepções que nos ultrajam. Eufemismo,
os felizes tempos, eufemismo apenas, igual aos outros que nos
alimentam, a saudade dos dias que correram como melhores.
Bem considerando, a atualidade é a mesma em todas as datas.
Feita a compensação dos desejos que variam, das aspirações
que se transformam, alentadas perpetuamente do mesmo ar-
dor, sobre a mesma base fantástica de esperanças, a atualidade
é uma (...)”.
“Aqui suspendo a crônica das saudades. Saudades verdadei-
ramente? Puras recordações, saudades talvez, se ponderarmos
que o tempo é a ocasião passageira dos fatos, mas sobretudo
— o funeral para sempre das horas.”
(POMPEIA, Raul. O Atheneu (Chronica de saudades). Rio de Janeiro: Tipografia de Gaze-
ta de Notícias, p 3-4 e 368, 1888.)
Com base nessas duas citações, é possível afirmar que, ao fim
da narrativa de Sérgio sobre sua vida no colégio, o narrador | {
"text": [
"idealiza a felicidade experimentada na infância, suas aspira-\nções, seu ardor e suas esperanças.",
"considera que a felicidade passada não era maior que a do \npresente, pois os tempos são iguais.",
"duvida da própria saudade, separando as lembranças relati-\nvas ao passado daquele sentimento associado a elas.",
"denuncia a hipocrisia da saudade que sente, por saber que \na passagem do tempo é incerta."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2024_13 | 13 | UNICAMP_2024 | 2024 | UNICAMP | [
"history"
] | null | Estudos, publicados na Nature Geoscience e na revista Science,
apontam para a queda acentuada das temperaturas na Europa
e na Ásia a partir do ano de 536, gerando a chamada “Pequena Idade do Gelo da Antiguidade Tardia”. As mudanças nas
temperaturas podem ter sido causadas por erupções vulcânicas, cujos efeitos foram reforçados pelas correntes oceânicas,
pela expansão do gelo e pela coincidência de um mínimo solar
(século VI). A conjugação desses fatores teria gerado mudanças
efetivas na história, já que a agricultura e a pastagem teriam
sido diretamente atingidas. Exemplos dessas relações entre o
clima e a história humana podem ser encontrados na Antiguidade, como a invasão da Europa por vários povos das estepes,
a queda do segundo império persa, a entrada dos turcos na
Anatólia, o início da expansão árabe, entre outros.
(Adaptado de: CRIADO, M.l Á. “Uma pequena ‘idade do gelo’ pode ter mudado a história
da Antiguidade (...)”. El País, fev, 2016.)
Com base em seus conhecimentos sobre a Antiguidade e tendo
em vista o excerto anterior, é correto afirmar que | {
"text": [
"a história do planeta Terra e a história humana são indissociáveis; eventos do século VI são bons exemplos disso: \nmudanças nos ecossistemas teriam gerado peste, fome e \nescassez, levando aos deslocamentos de povos.",
"a “Pequena Idade do Gelo da Antiguidade Tardia”, assim \ncomo as mudanças climáticas dos séculos XX e XXI, foram \nprovocadas, em especial, pela ação humana e também pelas \nmudanças nas paisagens dos campos.",
"os efeitos das mudanças climáticas no passado eram locais; \nos eventos históricos citados se desconectavam das mudanças nos ecossistemas encontrados na Europa e na Ásia.",
"os estudos sobre as mudanças nas temperaturas no século VI apresentam uma visão sobre o passado, destacando \ncomo grupamentos humanos controlavam as mudanças na \nnatureza."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2024_14 | 14 | UNICAMP_2024 | 2024 | UNICAMP | [
"history"
] | null | “Dos pretos é tão própria e natural a união que a todos os que
têm a mesma cor, chamam parentes; a todos os que servem na
mesma casa, chamam parceiros; e a todos os que se embarcam
no mesmo navio, chamam malungos.”
(VIEIRA, Padre Antônio. Sermão XX. Parte II. Lisboa: Impressão Craesbeeckiana, p. 165,
1688.)
Sobre as comunidades de malungos no período da escravidão,
é correto afirmar, de acordo com o texto, que são formadas | {
"text": [
"nos laços entre africanos de múltiplas etnias, os quais ha-\nviam atravessado juntos o Atlântico.",
"no encontro dos africanos nas senzalas, no exercício de ofí-\ncios e no trabalho da lavoura.",
"no Novo Mundo por pessoas de uma mesma etnia que se \nreconheciam como iguais.",
"nos quilombos rurais e urbanos, formados por escravizados \nfugidos de muitas etnias."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2024_15 | 15 | UNICAMP_2024 | 2024 | UNICAMP | [
"history"
] | null | No processo de Independência, várias tropas indígenas foram
recrutadas para proteger o território contra uma possível invasão portuguesa no litoral cearense entre setembro e novembro de 1822. Já os índios da vila de Cimbres, em Pernambuco,
se posicionaram em 1824 a favor de Dom João VI, opondo-se
à Independência e à Constituição. No entanto, o que parecia
ser mais comum era o engajamento dos índios no projeto de
Brasil independente, identificando-se como “brasileiros”. Nas
revoltas, buscavam muito menos se contrapor aos europeus e,
assim, lutar por uma nova posição social que não mais os obrigasse ao trabalho forçado.
(Adaptado de: COSTA, J. P. P. “Povos indígenas e a Independência”. Disponível em: https://bicentenario2022.com.br/textos/. Acesso em 21/05/2023.)
Tendo em vista seus conhecimentos sobre a participação dos
povos indígenas no processo de Independência, e considerando
o texto do blog citado, assinale a alternativa correta. | {
"text": [
"As disputas dos ameríndios em torno do “ser brasileiro” visavam à manutenção da ordem social vigente.",
"As populações indígenas participaram, com projetos políticos específicos, dos processos da Independência.",
"A independência era entendida pelos indígenas como uma \nameaça a Dom João VI, símbolo da nação brasileira.",
"A diversidade da ação indígena se relacionava à distribuição \nde terras e títulos estabelecidos pela Corte portuguesa."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2024_16 | 16 | UNICAMP_2024 | 2024 | UNICAMP | [
"history"
] | null | Muitos fotógrafos no século XIX registraram obras de engenharia. O francês Édouard Baldus (1813-1889) atuou, primeiro
como pintor e depois como fotógrafo, no inventário de monumentos arquitetônicos da Comissão dos Monumentos Históricos (1851) na França. Suas fotografias sobre esses monumentos
renderam-lhe fama de fotógrafo de arquitetura. Sob encomenda, Baldus editou um álbum para a Companhia dos Caminhos
Férreos do Norte (1855) e registrou estações, instalações ferroviárias, portos e cidades, ao longo desta via entre Paris e a cidade de Boulogne-sur-Mer. A rainha Vitória ganhou um exemplar
dessa publicação.
(Adaptado de: OLIVEIRA, E. R. Vistas fotográficas das ferrovias: a produção de registros
de obra pública no Brasil do século XIX. Hist cienc saude-Manguinhos [Internet], 25(3),
p. 695-723, 2018.)
Tendo em vista seus conhecimentos sobre mundo contemporâneo e considerando o texto, assinale a alternativa correta. | {
"text": [
"Na Europa do século XIX, a difusão social das fotografias das \nobras públicas se dava por meio de jornais impressos com \nbaixa circulação social e restrita aos estudiosos.",
"No século XIX, a dissociação entre as fotografias de obras \npúblicas e a vida política europeia expressa a desvalorização \nda técnica e do conhecimento científico positivista.",
"A fotografia teve vários usos e funções no século XIX, entre \neles, o de compor inventários arquitetônicos e retratar obras \nde engenharia.",
"O álbum fotográfico dado à rainha Vitória era um gesto diplomático que mostrava o descontentamento francês com \na política inglesa."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2024_18 | 18 | UNICAMP_2024 | 2024 | UNICAMP | [
"history"
] | null | Prisões e torturas igualmente triplicaram, principalmente as de
jornalistas. Dentre elas, a mais emblemática foi a de Vladimir
Herzog, diretor da TV Cultura, que, embora fosse militante
do PCB, não desenvolvia atividade clandestina nem perten-
cia aos quadros do partido. Herzog foi assassinado dentro do
DOI-CODI, sendo a versão oficial de sua morte falsamente atri-
buída a um enforcamento. Em sua Autobiografia, Rita Lee pu-
blicou o bilhete de Elis Regina que fazia menção a uma música
feita para “Vlado” e que, obviamente, fora censurada.
(Adaptado de: LIMA, N. Ditadura no Brasil e Censura nas Canções de Rita Lee. Curitiba:
Appris, 2019, p.17.)
A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos a respeito
desse período da História do Brasil, é correto afirmar, sobre os
eventos narrados, que | {
"text": [
"Rita Lee, Elis Regina, Caetano Veloso, Chico Buarque, entre \noutros artistas nacionais, tiveram suas músicas censuradas \npela Ditadura Militar, apesar da manutenção da garantia \nconstitucional da liberdade de expressão.",
"A Ditadura Militar permitiu a continuidade do Partido Co-\nmunista Brasileiro e perseguia sua atuação revolucionária \nvinculada a Stalin e à União Soviética; por conta disso, pren-\ndia e torturava seus filiados.",
"Centros de detenção da Ditadura Militar, como o DOI-CODI, \noperaram dentro da legalidade constitucional, sendo que \nos presos, políticos ou não, eram fichados e tinham direito à \ndefesa garantido por lei.",
"Vladimir Herzog e outros jornalistas foram vítimas de perse-\nguição política, prisões, torturas e execuções realizadas por \nmilitares, com apoio de parte da sociedade civil, em nome \nda ideologia da segurança nacional."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | D |
UNICAMP_2024_22 | 22 | UNICAMP_2024 | 2024 | UNICAMP | [
"chemistry"
] | null | Um refrigerante comum é uma formulação de vários ingredientes: açúcar (11 g por 100 mL), água (88 g por 100 mL) – componentes majoritários –, além de acidulantes, antioxidantes,
conservantes, adoçantes e CO_2 (componentes em pequenas
quantidades). O acidulante tem como finalidade regular a doçura do açúcar, realçar o paladar e reduzir o pH do refrigerante,
que deve estar entre 2,7 e 3,5. Assim, para se usar uma pequena massa de acidulante que proporcione a redução do pH para
o valor desejado, a massa molar do acidulante deve ser | {
"text": [
"pequena e seu pKa deve estar abaixo da faixa de pH do \nrefrigerante.",
"pequena e seu pKa deve estar acima da faixa de pH do refrigerante.",
"grande e seu pKa deve estar abaixo da faixa de pH do refrigerante.",
"grande e seu pKa deve estar acima da faixa de pH do refrigerante."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2024_27 | 27 | UNICAMP_2024 | 2024 | UNICAMP | [
"geography"
] | null | Povos e comunidades tradicionais são grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais. Esses grupos contam com formas próprias de organização social, além de ocuparem e usarem territórios e recursos naturais como condição para
sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica.
Para tanto, utilizam conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição (Inciso I, Art. 3º, Decreto 6.040
/ 2007). Estima-se que cerca de 4,5 milhões de pessoas fazem
parte de comunidades tradicionais atualmente no Brasil.
(Adaptado de: Populações Tradicionais – Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade. Disponível em: https://www.gov.br/icmbio/pt-br/assuntos/populacoes-tradicionais. Acesso em 12/06/2023.)
Assinale a alternativa que faz a correspondência correta dos povos e comunidades tradicionais com a sua região de atuação e
com as suas práticas específicas de organização socioterritorial. | {
"text": [
"Mulheres quebradeiras de coco babaçu da região do Meio-norte aproveitam as matas de cocais e fazem uso comunitário dos babaçuais para a coleta de coco e de outros produtos das palmeiras.",
"Geraizeiros da região da Amazônia Ocidental se beneficiam \ndos rios para a pesca e praticam o extrativismo de frutos utilizados na culinária regional e transformados em produtos \nalimentícios.",
"Caiçaras da região litorânea do Ceará praticam a pesca artesanal, utilizam as riquezas naturais da Mata Atlântica para o \nextrativismo de frutos e fazem uso dos roçados para atividades agrícolas de subsistência.",
"Faxinalenses do norte de Minas Gerais usufruem dos campos para o desenvolvimento do extrativismo vegetal da erva \nmate e do pinhão, do cultivo agrícola em pequena escala e \nda criação de animais soltos."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2024_28 | 28 | UNICAMP_2024 | 2024 | UNICAMP | [
"geography"
] | null | O litoral brasileiro tem uma história fisiográfica e ecológica rica
e complexa, influenciada por uma variedade de fatores e processos interligados. O Brasil conta com um litoral intertropical e
subtropical onde é possível observar uma diversidade de ocorrências geomorfológicas e paisagísticas que se sucedem ao longo de sua costa.
(Adaptado de: AB'SABER, A. Litoral do Brasil/Brazilian coast. São Paulo: Metalivros,
p. 281, 2005.)
A partir de seus conhecimentos sobre o litoral brasileiro, assinale a alternativa correta. | {
"text": [
"Os manguezais localizam-se nas planícies marinhas recobertas por espécies herbáceas e arbóreas.",
"Os campos de dunas associam-se aos depósitos argilosos e \narenosos, fixados por vegetação pioneira.",
"As falésias ativas evoluem de processos continentais e marinhos, com ausência de vegetação na sua base.",
"Os deltas são formados por sedimentos fluviais e cobertos \npor espécies arbóreas de grande porte."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | C |
UNICAMP_2024_31 | 31 | UNICAMP_2024 | 2024 | UNICAMP | [
"geography"
] | null | Dentro de um território nacional, as regiões são hoje atingidas
por complexos vetores de ordem técnica e política, típicos do
período da globalização. Neste sentido, as regiões, tanto quanto são internamente construídas, seguem as oscilações econômicas nacionais e internacionais. Isso as torna, diferentemente
do passado, mais instáveis e sujeitas a frequentes crises. E, conforme se especializam em diferentes tipos de produção para
atender os mercados internacionais, suas fronteiras tornam-se
mais cambiáveis.
(Adaptado de: SMITH, N. Contorno de uma política espacializada: veículos dos sem-teto
e produção da escala geográfica. In: ARANTES, A. A. (Org.) O espaço da diferença. Campinas: Papirus, p. 152, 2000.)
Tendo em vista seus conhecimentos sobre a dinâmica das regiões no mundo contemporâneo e considerando o texto anterior,
é correto afirmar que | {
"text": [
"desapareceram os laços internos de construção regional, \numa vez que a escala de comando internacional regula as \nespecializações produtivas.",
"múltiplas escalas de ações perpassam e dinamizam a coesão \nregional, ocasionando instabilidade socioeconômica e mutações aceleradas em suas fronteiras.",
"o comando externo da produção vinculado aos mercados \ninternacionais torna as fronteiras regionais estáveis e duradouras na escala do território nacional.",
"a conformação de arranjos produtivos regionais nesse contexto homogeniza o espaço nacional, apagando as antigas \nidentidades e as desigualdades socioterritoriais."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
UNICAMP_2024_34 | 34 | UNICAMP_2024 | 2024 | UNICAMP | [
"physics"
] | null | Use os valores aproximados: g = 10 m/s^2 e π = 3.
Uma das etapas mais difíceis de um voo espacial tripulado é a
reentrada na atmosfera terrestre. Ao reencontrar as camadas
mais altas da atmosfera, a nave sofre forte desaceleração e sua
temperatura externa atinge milhares de graus Celsius. Caso a
reentrada não ocorra dentro das condições apropriadas, há risco de graves danos à nave, inclusive de explosão, e até mesmo
risco de ela ser lançada de volta ao espaço.
Logo ao reentrar na atmosfera terrestre, uma cápsula espacial
passa a descrever, durante certo tempo, um movimento retilíneo uniformemente variado em que ela é freada com aceleração a A = 5,0 m/s^2. Se no início dessa etapa (t = 0) do movimento a velocidade da cápsula é v_0 = 7000 m/s, qual é a
distância percorrida até o tempo t = 200 s? | {
"text": [
"1300 km.",
"1400 km.",
"1500 km.",
"4900 km."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | A |
UNICAMP_2024_35 | 35 | UNICAMP_2024 | 2024 | UNICAMP | [
"physics"
] | null | Use os valores aproximados: g = 10 m/s^2 e π = 3.
Uma das etapas mais difíceis de um voo espacial tripulado é a
reentrada na atmosfera terrestre. Ao reencontrar as camadas
mais altas da atmosfera, a nave sofre forte desaceleração e sua
temperatura externa atinge milhares de graus Celsius. Caso a
reentrada não ocorra dentro das condições apropriadas, há risco de graves danos à nave, inclusive de explosão, e até mesmo
risco de ela ser lançada de volta ao espaço.
Após viajar pela atmosfera por determinado tempo, o
módulo da velocidade da cápsula, que inicialmente era
v_0 = 7000 m/s, fica reduzido a v = 5000 m/s. Sendo a massa da
0
cápsula m = 3000 kg, qual foi o trabalho da força resultante
sobre a cápsula durante esse tempo? | {
"text": [
"-11,1 x 10^10 J.",
"-3,60 x 10^10 J.",
"-6,00 x 10^6 J.",
"-3,00 x 10^6 J."
],
"label": [
"A",
"B",
"C",
"D"
]
} | B |
Subsets and Splits
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