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Desta arte vai fazendo a gente amiga, |
Não sendo seu soldado exprimentado, |
"Dambos de dois a fronte coroada |
E, como é já no mar costume usado, |
Dos olhos facilmente não podia: |
Ambas vêm pela mão, igual partido, |
Nem parentes, nem férvidos amantes, |
As mulheres consigo e o manso gado |
Entres a barra, tu com toda armada: |
Ao longo desta costa, começando |
"Dar-te-ei, Senhor ilustre, relação |
Vendo o Gama, atentado, a estranheza |
O Samorim, se queixam que perdidos |
De nobre ou de imortal merecimento, |
Outros muitos já postos em cilada. |
Lá teve de Torcato e de Corvino. |
Que vós outros agora ao mundo dais, |
"As Dórcadas passamos, povoadas |
A subidos e ilustres movimentos: |
De consciência e de virtude interna |
Pelo Cunha também, que nunca extinto |
Espanha, França, Itália celebrada, |
Dos vestidos, olhados juntamente, |
E por melhor tecer o astuto engano, |
Da índia, e onde a gente se reforme." |
Tão bela quanto pode imaginar-se; |
Que nunca veja as partes do Oriente. |
Que tamanhas vitórias, tão famosas, |
"Que se o facundo Ulisses escapou |
Vendo o Gama este globo, comovido |
Que entre o Tarteso e Goadiana habita? |
Dos vagarosos bois, ali sentadas, |
Que também flamas trémulas vapora, |
Que já se mostra qual na inteira idade, |
De peitos inumanos e insolentes, |
A Polidoro mata o Ptei Treício, |
"E coa famosa gente à guerra usada |
Gentes de nós souberam ser vencidas. |
As nossas, o seu mar se corta e fende; |
Pelo Cunha também, que nunca extinto |
Por obra deste, o Sol, andando a tento, |
"Olha estoutra bandeira, e vê pintado |
Determinei por armas de tomá-la, |
Pouco e pouco sorrindo e gritos dando, |
Ainda que tivesse a voz de ferro. |
Aquelas proeminências gloriosas, |
Achas que tens direito em senhorios |
De várias regiões e várias terras. |
Nomes de mil nações, nunca sabidas: |
Fará em Noronha a morte o usado ofício, |
E entrega Capitães aos inimigos; |
E do Sul para o Sol, terra onde havia |
Não se quer mais deter, que ainda tinha |
Da maldade dos pais, da culpa alheia, |
Porque de todas tudo note e veja. |
Gentes que tais caminhos cometessem? |
Vencerei (não só estes adversários) |
De dia em pensamentos, que voavam. |
Príncipe, nem dos pais aos filhos fica, |
"Eis vem o pai, com ânimo estupendo, |
Cada um tem por gosto tão perfeito, |
Parte, por onde a gente se espalhou, |
E se a luz dos antigos seus parentes |
Que mande da fazenda, enfim, lhe manda, |
Que a própria e natural fidelidade: |
Claras fontes o límpidas manavam |
Que mortos pela praia e mar se estendem |
Em desafios, justas e torneios, |
"Ulisses é o que faz a santa casa |
"Não falta com razões quem desconcerte |
As águas campo deixam às cidades, |
Os dois que em gente as pedras converteram. |
"Cinco vezes a Lua se escondera, |
"Passam também as ondas Eritreias, |
No gesto ledos vêm, e humanamente |
Já mais seguro do que dantes vinha. |
Vitupério nenhum, mas só desgosto. |
E tornava do Fogo a esfera fria. |
Nela vê, como tinha por costume, |
Pelos paternais paços sublimados, |
louvemos sempre o usado mantimento, |
Morrer, enquanto fortes sostiveram |
O coração no peito, que estremece |
Que, para assinalar lugares tais, |
Pois inda neste Reino e neste Rei |
Da terra um braço vem ao mar, que cheio |
A lei de Cristo à lei de Mafamede. |
E do arco, que os cornos arremeda |
Grandes batalhas tem desbaratadas, |
Defenderei da força dura e infesta |
Os feridos com grita o Céu feriam, |
Gente impedir-se quanto desejasse. |
Cidades outras mil, que vou passando, |
"Sabia bem que se com fé formada |
Cantar a gente surda e endurecida. |
"Depois que foi por Rei alevantado, |
A clara forma ali estava esculpida |
D'além do claro Tejo deleitoso; |
Dizendo ser sua filha herdeira dela. |
As que Ele para si na Cruz tomou) |
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