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Ora da Terra estão caminho breve,
Nas bombas que de fogo estão queimando;
Em Santarém do Mauro povo cego,
Alguns, que em espingardas e nas bestas,
Que em risinhos alegres se tornava!
Se mostra um bando negro descoberto.
Que cada região produze e cria.
São Saxones, Boêmios e Panónios,
Mas olha um Eclesiástico guerreiro,
Os dous Cristãos, não vendo que enganados
Ajunta também Mafra, em pouco espaço,
Ajuntando outros muitos, que pretende
Que espera do contrato Lusitano,
Que a douta mão tão claros, tão perfeitos,
Em Vícios mil, e de ti mesma adversa.
Que com tão forte peito navegais.
"Um grande Rei, de lá das partes Onde
Que não menos milagre foi salvar-se
Por causa dos privados foi privado,
Se terras e riqueza mais desejas?
Que por ela se esqueçam os humanos
A Polidoro mata o Ptei Treício,
A vós outros aqui se estão guardando.
Nas águas acendendo fogo ardente.
Regida por um Rei de antiga idade:
(Uns por amigos, outros por parentes,
Porém nem tudo esconde, nem descobre,
Os golpes do gibão ajunta e achega;
Veja a batalha e os seus esforce e anime;
Cesse tudo o que a Musa antígua canta,
Que tamanho terror em si mostrava,
E com ventos contrários a desvia
Que não deseja mais que agasalhar-te,
Vão os anos descendo, e já do Estio
Ela fará que não possa alcançar-te.
Que nas mãos inimigas entregar-se.
No campo, contra os onze Portugueses.
Do Capitão devoto, que, apartado
Vencendo se erguerá na torre erguida,
Os filhos e mulher obriga à pena:
O menos que os de Luso mereceram,
Pelos sinais que neste rio achamos
Que não no largo mar, com leda fronte,
Que a nau passar avante não podia,
Mas o malvado Mouro, não podendo
Pouco obedece o Catual corrupto
O passo e o tracto às gentes atalhavam.
Trazendo por insígnias verdadeiras
Que os membros tem regidos da cabeça,
Que nunca brando pentem conheceram;
Será ali arrebatado e ao Céu subido.
--"Dura inquietação d'alma e da vida,
--"Ó tu, a cujos reinos e coroa
Ou de César, quereis igual memória,
"Não consentiu a morte tantos anos
De outros muitos na morte acompanhado,
A contrária derriba e a sua exalta.
Quem a tamanhas cousas se oferece.
"Sancho, forte mancebo, que ficara
Fizemos desta costa algum desvio,
Afamadas co'o dom da flava Ceres,
O que contou ao Rei o ilustre Gama:
Quando a terra alta se nos foi mostrando,
Senão que tanto tempo ali tardassem,
Contra quem as tirou; que Deus peleja
Com crua lança o peito lhe atravessa.
Dos olhos facilmente não podia:
Virás mandar a terra que descobres.
Como por longo tempo costumava.
Esta fama as orelhas penetrando
Numa alma, doce, incógnita alegria,
Que a pudessem vender pelo que val.
Entre a costa Etiópica e a famosa
Que habitam estas úmidas deidades.
Chama-se a pequena ilha Moçambique.
"E que se houver alguém, com lança e espada,
Te tirará do mundo e seus enganos.
É Teotónio, Prior. Mas vê cercada
E nobres cortesãos, acaso um dia
Com todo o ajuntamento sempiterno,
Terá vitórias, terras e cidades,
Tornando Afonso à Lusitana terra,
Ou que para a luz crástina do dia
Simulando justiça e integridade.
Que a tua estátua ilustre não tivera
Pode o vil interesse e sede inimiga
"Ajuda-o seu destino de maneira
Que esperava dos feros Maumetanos."
De Cananor, com pouca força e gente;
Nem se sabe ainda, não, te afirmo e asselo,
Cantando em baxa voz, envolta em choro,
Em forma do Profeta falso e noto,
Em consonância igual, os instumentos
Fora de Amor, que, enfim, não tem defensa,
Que inda há-de ser um porto mui decente,
Tomai as rédeas vós do Reino vosso:
Que toda a terra é pátria para o forte;
Parece vindo ter ao ninho Hispano
Do descuido remisso de Fernando,
Que é sem princípio e meta limitada.