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E de Helicona as Musas fez passar-se
O que fazem do tempo os intervalos,
Lhe atalha o poderoso e grão Tonante.
Chama aquele remédio santo é forte,
Se lá de cima a Guarda soberana
E sabe mais, lhe diz, como entendido
Onde chuva dos céus se não deriva.
Esquecidos de seu valor antigo?
Porque essas honras vãs, esse ouro puro
Banhar-me Apolo na água soberana;
Dum Pólo ao outro Pólo o mar irado,
De Ninfa que sustente o dum Gigante?
Mas esta tenção sua agora passe,
Que em Júpiter aqui se representa,
Vários casos em verso modulando,
Por isto, e porque sabe quanto erra
Por Heitor Português, de quem se nota
Mas um tiro, que com zunido voa,
A pressa com que a armada se levava.
Sem aproveitar dos homens força e arte.
Se em vossos próprios filhos vos vingais
"Cinco vezes a Lua se escondera,
Que criastes os peitos eloquentes
Esbombardeia, acende e desbarata.
Chama aquele remédio santo é forte,
Globo e sua superfícia tão limada,
Que de Herói tão ditoso se lograsse
Estando fora da água incautamente,
"E disse:--"Ó gente ousada, mais que quantas
Que as ondas podem dar da China ao Nilo."
"Porque, se muito os nossos desejaram
Acteon, n'água cristalina e bela;
Que todo Portugal aos Mouros toma;
Da menina que a trouxe na capela,
De algodão, as cabeças apertavam;
De minha gente a grão genealogia:
Estendeu nisto Febo o claro manto
Eneias e Quirino, e os dois Tebanos,
As mulheres e filhos que se matam
O que entre meus antigos é vulgado
Assim o Gentio diz. Responde o Gama:
Cuja mata é do pau cheiroso ornada;
De sangue e corpos mortos ficou cheia
Que sempre f az no mar o irado Eolo,
Aconteceu da mísera e mesquinha
"Que, se aqui a razão se não mostrasse
A terra nunca de outrem sojugada.
Por me lembrar que estáveis cá sem
Senão que aqueles, que eu cantando andava
Os textos; este faz e desfaz leis;
E deixado em ajuda do gentio Rei de
Portuguesa na paz e na milícia."
Que entre as lanças, e setas, e os arneses
Por cima dos arneses: bravo estrago!
E das injúrias sós do mar undoso
Eis nos batéis o fogo se levanta
Disse alegre o piloto Melindano:
De duas mães, que urdia a falsidade
Um monte alto, que corre longamente,
Ou de César, quereis igual memória,
Diz-lhe que o largo prémio levarão
Todas de tal nobreza e tal valor,
Já não descansa o moço até que veja
Rei de Cambaia e a vista lhe amedrenta
Da boca dos pequenos sei, contudo,
Mais mimosa que triste ao Padre fala:
E propondo-lhe a causa a que desceu,
Mais célebre por nome que por fama:
Assim que sempre, enfim, com fama e glória,
Estão virgíneas tetas imitando.
Possam dizer que são pera mandados,
"Porque o filho sublime e soberano,
Tão longo, tão fingido e vão proêmio;
Um ministro à solar quentura veda.
Outros as esperanças de ganhá-la;
Com toda a mais cerúlea companhia,
Da Pátria, por fazer que o Africano
Que da ocidental praia Lusitana,
Da índia tudo quanto Dóris banha,
De Imperador, que sobre os outros mande.
Para o Ponente, o Véspero trazendo,
E por que tudo enfim vos notifique,
A casa Santa passa o santo Henrique,
E agora Guardafú, dos moradores,
As palavras do Rei agradecendo:
Das armas; sós defendem da contrária
Por dar seu parecer, se pôs diante
Cuja fama ninguém virá que dome,
Se o peito, ou de cioso, ou de modesto,
A Aurora nasce, e o claro Sol se esconde.
Austrais, que nunca as sete flamas viram,
Por defender sua terra amedrontada,
Porque a terra dos Vândalos fronteira
Ouvi: vereis o nome engrandecido
Sojuga a fria Sintra o duro braço;
Em doces jogos e em prazer contino:
"lulas o leal vassalo, conhecendo
Até que houveram vista do terreno
Como lhe bem parece, o baixo mundo,
Não nos leitos dourados, entre os finos