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Achas que tens direito em senhorios |
O desejo de ouvir-te o que contares; |
"Partimo-nos assim do santo templo |
"Um filho próprio mata, e logo acusa |
Abrantes vila toma, acompanhado |
Que com Lépido e António fez Augusto. |
Na terra do obsequente ajuntamento |
Antevêem sempre os casos duvidosos, |
Não sofre muito a gente generosa |
Já lá da banda do Austro e do Oriente, |
Assi cantava a Ninfa; e as outras todas, |
Não me mandas contar estranha história, |
Um Brâmene, pessoa proeminente, |
Que não se arme, e se indigne o Céu sereno |
Satisfação de bem sofridos danos, |
Porque, antes de fugir, lhe foge a vida. |
Com que, com minha honra, escuse o dano." |
Contra a lei dos inimigos Sarracenos: |
Para onde é posto o etéreo paraíso. |
Embarcação que o leve às naus lhe pede; |
E como os que na errada Seita creram, |
O Mouro, e toda a sua companhia; |
Nos pudessem mandar ao reino escuro, |
Ó não na creias, porque eu, quando a cria, |
Volvendo o rosto já sereno e santo, |
"Tão grande era de membros, que bem posso |
Deste causa à molesta morte sua, |
Das naus as velas côncavas inchando; |
Se é cristal o que vê, se diamante, |
Assi lhe disse; e logo movimento |
Me mostras tu tão pouca confiança |
--"Viva o famoso Rei que nos liberta!"-- |
Tomai conselho só d'exprimentados |
Qualquer então consigo cuida e nota |
E, porque tanto imitam as antigas |
Maior crédito, e fé de mais alteza, |
"Quero que haja no reino Netunino, |
Fizeram cavaleiros nesta empresa, |
"Deixamos de Massília a estéril costa, |
Vendo-se no cristal resplandecente, |
No tempo que os viris atrevimentos |
A quantas gentes vês, porás o freio."-- |
Em muitos dos exemplos que apresenta); |
Das Musas serás sempre engrandecido, |
"Passada esta tão próspera vitória, |
E se o não é, parece-o; que o furor |
E com razões notáveis e discretas |
"Dai velas, disse, dai ao largo vento, |
"Traziam-na os horríficos algozes |
De homicídio Tomé, que era inocente; |
Como em sinal das pazes que tratava. |
E não sei por que influxo de Destino |
E assim entravam ledos e guerreiros. |
O dano, sem razão, que se lhe ordena |
A branca areia as lágrimas banhavam, |
A âncora solta logo a capitaina, |
Logo o grande Pereira, em quem se encerra |
Muito mal dos estranhos compadece. |
Já que prezas em tanta quantidades |
Iam-se as sombras lentas desfazendo, |
E respondendo ao mensageiro a tento, |
Na quarta parte nova os campos ara, |
O profeta Proteu, deixando o gado |
Eram de várias terras conduzidos, |
Mahoma, alguns os ídolos adoram, |
Mais avante fareis que se conheça |
Mas inda vosso Império preminente. |
Meta setentrional do Sol luzente, |
Muitos lançaram o último suspiro. |
Tantas vezes a morte apercebida! |
Escudos de pinturas diferentes, |
Mas inda vosso Império preminente. |
Se alta fama e rumor deles se estende, |
Ser-lhe-á todo o Oceano obediente. |
(Que o grande esforço só com força rende), |
Por quem, no Estígio lago, jura a Fama |
Do Capitão devoto, que, apartado |
Os que cortando vão co'o duro arado |
Lhe disse eu:--Quem és tu? que esse estupendo |
"E nestes cinco escudos pinta os trinta |
Rege-o um capitão de fronte lisa, |
No trajo a Grega usança está perfeita, |
E não foram ao vento em vão deitadas, |
Tem as relíquias santas e benditas |
De poder defender se não contenta |
Dino da eterna pena do profundo, |
A fúria esperará dos vingadores, |
O mar se via em fogos acendido, |
Por nos roubarem mais a seu seguro. |
Dele em Germânia, com que a morte engane; |
Que ele, nem quem na estirpe seu se chama, |
(Caso feio e cruel!) mas não se espanta, |
Por tão bom Rei, por tão sublime gente. |
Que ele faria dar-lhe obediência. |
O corpo fez perder, que teve o Céu; |
No tempo deste, aos Mouros foi tomado |
Não no pode estorvar, que destinado |
Que compra com a fazenda a liberdade. |
Tapam com as mãos os Mouros os ouvidos. |
Com que seja de todo destruído. |
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